Arquivos Pernambuco - Página 104 De 108 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Algomais em ritmo de transformação

Nestes tempos regidos pelas novas tecnologias, a realidade das pessoas e das empresas está em constante transformação. Tudo flui, nada permanece. Nunca a frase do filósofo Heráclito foi tão atual. Ciente de que “a única coisa que perdura é a mudança”, Algomais também se renova e anuncia três importantes novidades: o lançamento da assinatura paga, a criação do CAM – Cidades Algomais) com o intuito de debater questões da vida urbana, e a entrada de novos sócios na estrutura de gestão da Editora INTG, que passa a ser responsável pela publicação. “O mercado de mídia está num grande processo de transformação, por isso, implantamos essas inovações para acompanhar as demandas atuais”, justifica Ricardo de Almeida, diretor-geral da Algomais e sócio da TGI, empresa responsável pela marca. Uma das demandas mais urgentes refere-se ao crescente número de pessoas interessadas em ser assinantes da revista, incluindo as residentes fora de Pernambuco. Para atendê-las, a solução foi instituir a assinatura paga. “Queríamos um modelo que fosse fácil para o leitor tanto fazer a assinatura como cancelá-la”, explica a diretora de inovação da Algomais Mariana de Melo. Optou-se por um padrão semelhante ao utilizado pela Netflix (empresa de vídeo on demand), no qual o contrato para se tornar assinante renova-se a cada mês e o assinante pode cancelá-lo a qualquer momento. O pagamento é realizado por meio de cartão de crédito, acessando o site assine.revistaalgomais.com, ao preço de R$ 14,90 mensal. “Um dado importante é que a assinatura paga dá acesso à versão digital da revista”, salienta Mariana. Outra vantagem: frete gratuito para todo o Brasil, permitindo aos pernambucanos residentes fora do Estado manterem-se conectados com as notícias de Pernambuco. Nesse processo de inovações, aAlgomais passa a ser uma marca que atua em diferentes plataformas e lança novos produtos. O CAM – Cidades Algomais é uma das novidades criada em parceria com a Agência Mova – Live Marketing, que pertence ao Grupo Duca. A partir desse projeto, serão promovidos eventos com o objetivo de debater temas ligados à vida urbana sob a ótica de práticas bem-sucedidas. “Buscamos referências de ideias e iniciativas que estão revolucionando a forma como pensamos o mundo. São casos locais e globais, que vão estimular nossos gestores e cidadãos a otimizar a experiência nas cidades”, contextualiza Luiz Pessoa de Mello, diretor da Mova. “Acreditamos no poder transformador da inspiração e que exemplos positivos contagiam”, reforça. Esse, na verdade, sempre foi o espírito que moveu a Algomais, ao noticiar os fatos de Pernambuco, mesmo aqueles mais problemáticos, sempre do ponto de vista propositivo. “Estamos muito satisfeitos e cheio de perspectivas com a parceria com a Mova, uma agência conhecida pela competência e criatividade dos eventos que promove”, ressalta Ricardo de Almeida. O primeiro resultado dessa união será concretizado no encontro que acontece dia 13 de junho na cidade de Caruaru. Haverá um debate sobre inovações na gestão de cidades e como a iniciativa privada pode contribuir com os gestores públicos. Participarão ainda como palestrantes a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra e o consultor e sócio da TGI, Francisco Cunha. Outro palestrante confirmado é Gustavo Maia, sócio fundador do Colab, aplicativo desenvolvido em Pernambuco, premiado e reconhecido internacionalmente. É uma plataforma que permite interação direta do cidadão com as prefeituras cadastradas. SOCIEDADE As mudanças promovidas pela Algomais alcançaram também a sua configuração societária. Novos sócios passaram a integrar a sua direção em conjunto com a TGI: o repórter Rafael Dantas e o editor de arte Rivaldo Neto, Mariana de Melo, que passa a gerir a diretoria de inovação, e Cláudia Santos, responsável pela diretoria editorial. Dentro da nova estrutura de gestão, a assembleia de sócios permanece soberana e os sócios da TGI Ricardo de Almeida e Fábio Menezes são respectivamente diretor geral e diretor comercial. A revista continua com o apoio consultivo do seu conselho editorial. “Abrir a participação dessas pessoas na sociedade faz parte do processo de reestruturação. Nós da TGI acreditamos que elas trazem novos ares e vão contribuir para que a Algomais permaneça inovando sempre para levar ao público pernambucano ideias e análises que contribuam para a realidade do Estado”, assegura Ricardo de Almeida.

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Tendência de melhora para Mercado Imobiliário

Pesquisa da Datastore, líder em pesquisa de mercado para o segmento imobiliário, revela que o panorama deste setor da Economia tende a melhorar. De acordo com os números levantados em mais de 3.400 entrevistas, só no Nordeste, a intenção de compra nos próximos 24 meses varia entre 25% e 29% para qualquer renda. Segundo Marcus Araújo, presidente da Datastore, para abocanhar esta fatia, as empresas do ramo precisam repensar seus lançamentos: uma das grandes tendências são as metragens menores. Para o especialista, o que faz as pessoas optarem por metragem menores são cinco fatos que mudaram as demandas: a mulher trabalhando fora cada vez mais; famílias cada vez menores; empregados domésticos mais caros; vida digital - as pessoas não se movimentam mais como antes dentro dos apartamentos ou terrenos - e crise financeira, que diminuiu o poder aquisitivo das famílias. “Todavia é importante citar que os compradores abrem mão de metragem, mas não abrem mão do programa imobiliário, então se queriam três suítes, continuam querendo três suítes, só que agora, um apartamento menor.” – acrescenta. LUZ NO FIM DO TÚNEL - Sobre o fim das dificuldades do mercado, o analista avisa que a reação – que já se desenha com a queda da taxa Selic - deve começar pelo Sudeste, mais especificamente por São Paulo, que está entre os que possuem as contas mais em ordem. “Em sequência, o Centro-Oeste deverá se recuperar primeiro, em função do agronegócio ainda pujante. Aí sim, vem o Nordeste, começando por Pernambuco, pois possui a economia mais em ordem. Mesmo com a desaceleração de Suape e da refinaria Abreu e Lima, ainda há pujança no vetor norte com a Fiat/Jeep e o polo farmacoquímico.” – avalia o estatístico.

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Refinaria Abreu e Lima terá obras da primeira etapa retomadas

A Refinaria Abreu e Lima, localizada em Pernambuco, vai ampliar sua produção em 15%, para 115 mil barris por dia, com a conclusão das obras do primeiro trem de refino. A informação sobre a retomada da construção foi divulgada pelo governo estadual depois da reunião entre o governador Paulo Câmara e o presidente da Petrobras, Pedro Parente, ontem (9), no Rio de Janeiro. Localizada no Complexo Industrial Portuário de Suape, na região metropolitana do Recife, a Refinaria Abreu e Lima começou a operar em 2014, ano em que a construção do restante do projeto foi paralisada. Mesmo incompleta, a estrutura produz 40% do óleo diesel consumido no país. A refinaria é 100% estatal, pertencente à Petrobras. Em fevereiro, o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Aurélio Amaral, disse que a entrada de investidores estrangeiros no projeto estava em estudo para viabilizar a conclusão do complexo. Na reunião, Câmara e Parente também trataram da venda da Petroquímica Suape e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) para o grupo mexicano Alpek. Segundo o governo estadual, a compra depende apenas da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O governador comemorou a venda das estatais à iniciativa privada. “A entrada da Alpek no setor petroquímico do estado foi uma boa notícia para Pernambuco. O presidente Parente nos informou que a Alpek tem todo o interesse em ampliar os investimentos nas duas unidades de Suape”, informou Câmara, em nota. Privatização da Copergás No Rio, o governador de Pernambuco também se reuniu com a presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques, com quem firmou um acordo de cooperação técnica para “avaliar privatização” da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás). “A parceria permitirá avaliar as condições do mercado para análise de parcerias da empresa com o setor privado”, diz a nota divulgada à imprensa. A Copergás é uma empresa de economia mista que tem como maior sócio o governo de Pernambuco, com 51% das ações. A Petrobras Gás S. A. e a japonesa Mitsui - Gás e Energia do Brasil têm 24,5% cada. A companhia tem uma das maiores redes de distribuição do Nordeste e é uma das cinco maiores do Brasil na comercialização de gás natural. Na reunião, Pernambuco recebeu autorização do governo federal para fechar novas operações de crédito no montante de até R$ 600 milhões. O dinheiro será usado para construção de novas escolas em tempo integral, aquisição de motos e helicópteros do Plano de Segurança Pública e aplicação em obras hídricas no Agreste e Sertão pernambucanos. (Agência Brasil)

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Monumento aos Mártires de 1710, 1817 e 1824 (Por Leonardo Dantas Silva)

Das antigas províncias formadoras do território nacional, nenhuma contribuiu com o maior número de mártires em favor da causa da liberdade do que Pernambuco, haja visto a imensa lista de condenados à pena capital nos movimentos emancipacionistas de 1710, 1817 e 1824. Numa consulta à História de Pernambuco, veremos que todos os movimentos emancipacionistas aqui originários estavam inspirados no orgulho nativista dos Restauradores de 1654. Uma mesma ideologia, a de que os antepassados pernambucanos conquistaram esta terra aos holandeses e que doaram a El-Rei de Portugal debaixo de certas condições, se repete ao longo de todas as revoluções e vem explicar o ideal republicano da gente de Pernambuco. Esse comportamento é uma constante em quase todos os movimentos revolucionários como bem observou Evaldo Cabral de Mello, “uma espécie de doutrina das relações entre a Capitania e a Coroa”. Falta a essa legião de mártires o reconhecimento da gente pernambucana que, até o momento, em que pesem às comemorações pelo transcurso do segundo centenário da Revolução de 1817, ainda não tiveram os seus nomes gravados em um grande bloco de granito a ser colocado na Praça da República. Assim sendo, estamos propondo a construção deste Monumentos aos Mártires da Pátria, constituído de um bloco de granito de cinco metros, inclinado sobre o jardim central da Praça da República, no qual, em sua face polida, sejam talhados os respectivos nomes dos que deram a vida pela causa da liberdade, de modo a ser conhecidos e reverenciados pelas gerações do presente e do futuro. O IDEÁRIO PERNAMBUCANO O sentimento de pernambucanidade que nos move ao longo dos séculos é derivado da doutrina formadora do sentimento nativista presente nas guerras que antecederam a Restauração Pernambucana de 1654: A gente da terra deveria à Coroa não a vassalagem ‘natural’ a que estariam obrigados os habitantes do Reino e os demais povoadores da América Portuguesa, mas uma vassalagem de cunho contratual, de vez que restaurada a capitania do domínio dos Países Baixos, haviam-na espontaneamente restituído à shttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgania portuguesa (Evaldo Cabral de Mello in Rubro Veio) Quando da revolta dos habitantes de Olinda contra os do Recife, em que se falou na criação de uma república nos moldes venezianos, proclamada em 7 de novembro de 1710, surgiu que veio a ser consagrada pela expressão do escritor José de Alencar (1829-1877) de Guerra dos Mascates; título inspirado na da publicação do romance publicado em 1873. Tratava-se pois de um movimento com um ideário separatista, defendido por alguns dos seus líderes de sentimentos antimonárquicos, falando-se em transformar Pernambuco em uma república, “ad instar a de Veneza”, ou em um governo autônomo “sob a proteção do Rei de França”. No dizer do conselheiro Antônio Rodrigues da Costa, em pronunciamento perante o Conselho Ultramarino (Lisboa), “uma sublevação formal e abominável, de que não há exemplo na Nação Portuguesa, sempre fiel e obediente aos seus legítimos Príncipes”. Temendo pela sua segurança o governador português Sebastião de Castro Caldas foge para Bahia, deixando no governo da capitania o bispo dom Manuel Álvares da Costa, que vem governar Pernambuco até 10 de outubro de 1711, quando é substituído por Felix José Machado de Mendonça Eça Castro e Vasconcelos. Este, nomeado pela Coroa portuguesa, aqui permanece até 1º de junho de 1715, quando retorna à Lisboa (Loreto Couto). No período do seu governo, Felix Machado, a propósito de um suposto plano para assassinar o governador, mandou prender e enviar ao Reino os principais responsáveis pelo primeiro levante, ao arrepio do perdão régio que lhes fora anteriormente concedido por D. João V, segundo bem esclarece Evaldo Cabral de Mello: “Pela portaria de 16 de fevereiro de 1712, o novo governador ordenou a João Marques Bacalhau que, com o auxílio dos oficiais da justiça e da milícia, procedesse à detenção de quinze indivíduos. A lista compreendia Leonardo Bezerra Cavalcanti; seus filhos Cosme e Manuel Bezerra Cavalcanti; seus irmãos Cosme Bezerra Monteiro, Manuel e Pedro Cavalcanti Bezerra; André Dias de Figueiredo e José Tavares de Holanda; João de Barros Rego; Bernardo Vieira de Melo e seu filho André; Matias Vidal de Negreiros; João de Barros Correia; Matias Coelho Barbosa; e Sebastião de Carvalho Andrade.” Recolhidos à cadeia do Limoeiro, em Lisboa, pouco se sabe do final do processo desses pernambucanos, mas tão somente o que nos informa Rocha Pitta, concluindo pela absolvição dos acusados, “fazendo embarcar só dois para a Índia em degredo perpétuo”. Ocorre, segundo pondera Evaldo Cabral de Mello (Fronda dos Mazombos; 1995), que quando a sentença absolutória vem a ser prolatada, “já havia poucos a perdoar, pois nada menos de oito presos haviam falecido no Limoeiro”. Graças às certidões de óbito fornecidas pelo vigário da paróquia de São Martinho, freguesia da Alfama, na qual localizava a cadeia do Limoeiro, “pode-se reconstituir esta intrigante sucessão de mortes”: Manuel Cavalcanti Bezerra (8.1.1714); Bernardo Vieira de Melo (10.1.1714); André Vieira de Melo (10.4.1715); Cosme Bezerra Monteiro (10.5.1715); João Luís Correia (9.6.1715); Matias Coelho Barbosa (13.4.1716); Manuel Bezerra Cavalcanti (11.9.1717); André Dias de Figueiredo (27.11.1718). Conclui José Antônio Gonsalves de Mello, que, pela interligação de um ideário de liberdade dos pernambucanos que remonta “à vitória sobre os holandeses e se renova não só em 1710, aqui referido, como ainda em 1817, 1824 e 1848. Dentro dessa linha de reivindicações, aqueles que pagaram então com a vida, nas celas do Limoeiro, seu ideal político de participação no governo de sua terra, estão na companhia de outros mártires pernambucanos como o padre João Ribeiro, frei Caneca e Nunes Machado”. Por conta da proclamação das República de 1817, treze presos foram condenados à morte. Quatro foram fuzilados em Salvador e nove foram enforcados no Recife, sendo depois seus corpos esquartejados, com as cabeças e mãos expostas em diferentes locais públicos de Pernambuco e da Paraíba, e os troncos amarrados e arrastados por cavalos até o cemitério. Morreram como consequência direta no envolvimento da revolução em 1817: No Largo do Erário (atual Praça da República), depois denominado de Campo da Honra, em 8 de julho de 1817, os capitães Domingos Teotônio Jorge Martins

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"Pernambuco tem perspectivas brilhantes", diz consulesa da China

A Consulesa Geral da China Li Feiyue, em entrevista a Rafael Dantas, falou sobre o funcionamento da representação consular na capital pernambucana e acerca dos planos para a atuação no Estado. Como têm sido as relações entre a China e o Brasil? São dois países em desenvolvimento que têm um relacionamento como parceria estratégica global, boa cooperação e estão em ampliação de cooperação comercial em todos os setores. Nos últimos anos tem ocorrido também a ampliação dos investimentos chineses no País, principalmente nos setores de minas e energia, agricultura e infraestrutura. Desses investimentos, como é a participação de Pernambuco e do Nordeste? Pernambuco tem recebido investimentos, mas não sabemos as estatísticas. Entretanto, com certeza esse percentual é muito baixo. Apesar de ser menos desenvolvido, se comparado com outras regiões do Brasil, o Nordeste tem grandes recursos naturais e manteve um forte crescimento antes da crise brasileira. O Nordeste e Pernambuco, em especial, têm uma perspectiva brilhante. A China tem apenas três consulados no Brasil. Por que Pernambuco foi escolhido? A primeira razão é por causa da posição geográfica. Na história brasileira, Pernambuco foi uma janela de intercâmbio para o exterior. A outra razão é que há muitos cidadãos chineses aqui, morando e trabalhando. A comunidade chinesa do Nordeste é relativamente concentrada no Recife. A nossa jurisdição de atuação engloba oito Estados. O número da comunidade chinesa no Nordeste é de mais ou menos 10 mil pessoas. Só Pernambuco tem quase a metade. Como tem sido a dinâmica do consulado atualmente? Esperamos, através do nosso trabalho, ampliar a cooperação e o intercambio entre cidades e estados do Brasil e da China. Para além disso, esperamos ampliar intercâmbios entre os dois povos e promover o conhecimentos cultural entre os dois países. O consulado geral servirá como ponte para essa cooperação. O segundo ponto é que queremos fazer um trabalho para promover Pernambuco e atrair as empresas chinesas para investirem no Estado, com apresentação das oportunidades locais, aproveitando a política do governo de procurar melhorar o ambiente de atração dos investimentos. A atuação de vocês já têm resultado na vinda de empresários para conhecer o Recife e o Estado? Algumas empresas já prospectaram em Pernambuco. Por exemplo, nos últimos dias recebemos uma empresa chinesa de imóveis para explorar negócios perto de Caruaru. Eles têm interesse e estão em fase de negociação. Que setores vocês identificam com potencial de investimentos para Pernambuco? Em 2015, o primeiro ministro chinês Li Keqiang visitou o Brasil e assinou um acordo de cooperação em infraestrutura e em capacidades produtivas. Essa é nossa prioridade agora. Sabemos que o Brasil precisa de infraestrutura e temos empresas que podem oferecer sua experiência no desenvolvimento de projetos portuários, ferrovias, rodovias, entre outros. Alguma ação cultural planejada para promoção da cultura chinesa aqui? Também temos essa ideia de promoção cultural. O Instituto Confúcio, por exemplo, é uma plataforma para intercambio cultural entre os dois países. No futuro gostaríamos de promover intercâmbio entre universidades daqui e da China. Outro projeto é organizar uma exposição de imagens, de fotografias chinesas.

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Novo regulamento da Copa do Nordeste prejudica o Salgueiro

O sertão está em festa com a classificação do Salgueiro para a final do Campeonato Pernambucano de Futebol. Mas, mesmo após bater o bicampeão pernambucano do Arruda, o Carcará precisará faturar o título para se classificar para a Copa Nordeste 2018. Até o ano passado, os três primeiros colocados garantiam a classificação, mas a mudança no regulamento, que considera o ranking da CBF, dificulta a vida da equipe sertaneja. As novas regras da Copa do Nordeste é de que o campeão do estadual garante vaga. A segunda vaga de Pernambuco é decidida pelo ranking da CBF. O Estado tem ainda uma terceira vaga para o Pré-Nordestão, também decidido através desse ranking. Essa fórmula faz que o Carcará só consiga chegar ao torneio regional se vencer à final. Atualmente o Sport é o pernambucano melhor classificado no País, ficando na 17ª posição (8.019 pontos). O segundo é o Santa Cruz, que está na 26ª posição nacional (5.730 pontos). O Náutico surge na 29ª posição (5.401 pontos). Com exceção do trio da capital, o Salgueiro é o único pernambucano entre os cinquenta primeiros clubes do País, mas está apenas na 49ª colocação (2.461 pontos). O regulamento procura valorizar os clubes mais tradicionais e de maior torcida da região, mas dessa forma dificulta o acesso às equipes em evolução técnica, como é o caso do Salgueiro. As regras foram definidas em fevereiro deste ano.

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Governo de Pernambuco anuncia R$ 290,8 milhões de investimento para novas ações em segurança pública

O Governo de Pernambuco lançou, nesta quarta-feira (12.04), um pacote de ações de investimento na área da segurança pública. Somente na renovação e ampliação das frotas das polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros serão investidos R$ 150,8 milhões até 2018, conforme anunciou o governador Paulo Câmara, durante solenidade no Palácio do Campo das Princesas. Outro investimento do pacote é o aumento do efetivo policial. Para tanto, está previsto um incremento de 4.500 novos policiais nas ruas, um aumento de cerca de 15% do atual efetivo, um incremento de R$ 140 milhões/ano na folha. "Temos que investir e priorizar aquilo que é fundamental: a segurança. Serão realizados investimentos que vão desde recursos humanos até a valorização da carreira. Estamos buscando efetivamente que Pernambuco tenha condições de dar respostas mais rápidas diante de um cenário adverso", cravou o governador Paulo Câmara. O chefe do Executivo estadual reforçou a preparação financeira do Governo do Estado para que os investimentos sejam realizados. "Pernambuco se preparou para equilibrar as contas públicas e, agora, em 2017, tem condições de realizar investimentos dando prioridade à segurança. É um esforço financeiro enorme que está sendo feito diante da gravidade do momento. E esse conjunto de ações, em breve, trará resultados para a população", assegurou. Em relação à renovação e à ampliação das frotas das polícias, está previsto um investimento de mais R$ 80 milhões para continuar as entregas de novas viaturas este ano. Serão 320 novas caminhonetes para o patrulhamento de áreas rurais de difícil acesso e outros 487 novos veículos do tipo hatch e utilitários para todas as regiões do Estado. Também está sendo providenciada a aquisição de 700 novas motocicletas e 3,5 mil kits de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), ao custo de R$ 25 milhões. Já o Batalhão de Choque receberá 12 novos veículos, são eles: três micro-ônibus, quatro vans com 16 lugares cada, quatro caminhonetes 4x4 e um ônibus com 40 lugares, somando um investimento de R$ 3,5 milhões. Visando dar mais agilidade e uma maior mobilidade ao trabalho das polícias no Interior, o Governo do Estado vai adquirir dois helicópteros, com seus respectivos hangares, orçados em R$ 42 milhões. Também serão providenciadas seis lanchas para combate ao tráfico de drogas no Sertão e na Zona da Mata, totalizando um investimento de R$ 318 mil. O secretário de Planejamento e Gestão (Seplag), Márcio Stefanni, destacou a importância da aquisição dos equipamentos, especificamente, entre eles os dois helicópteros. "Muitos dos crimes são realizados à noite e os helicópteros atuais só têm capacidade de voar à luz do dia. Adquirindo esses dois equipamentos, passaremos a voar também à noite", ressaltou. O gestor enfatizou o esforço realizado pelo Governo de Pernambuco na priorização da segurança do Estado. "Esse conjunto de ações demonstra que estamos nos esforçando financeiramente para que os pernambucanos tenham mais segurança". O aumento no efetivo policial será garantido com a entrada nas ruas, a partir do segundo semestre deste ano, de 1,5 mil recrutas que atualmente passam por treinamento. Na Polícia Civil, estão sendo convocados 140 delegados e 600 agentes aprovados no concurso de 2016. Na Polícia Científica estão sendo admitidos 310 novos servidores em diversas especialidades. O governador Paulo Câmara determinou ainda o chamamento de 1,2 mil pessoas que foram aprovadas e não classificadas no último concurso realizado pela Polícia Militar e mais 600 bombeiros militares. Além disso, 750 policiais civis aposentados estão retornando à corporação a fim de atuar em trabalhos administrativos, liberando o pessoal da ativa para as investigações e diligências. Essas ações de aumento no efetivo vão custar R$ 140 milhões/ano. Outra determinação é a realização de concursos anuais para a Polícia Militar, com a garantia de 500 novas vagas a cada ano. (Governo de Pernambuco)

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Relação bilateral entre Pernambuco e Eslovênia pretende aumentar movimentação dos portos de Suape e Koper

A Intermodal South America foi a primeira vitrine para a apresentação do projeto pioneiro que está sendo desenvolvido entre o Porto de Suape, a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) e o consulado da Eslovênia. A intenção é que o Porto de Suape se torne o hub de distribuição para o Nordeste dos produtos que chegam da Eslovênia, via Porto de Koper (o mais importante do País), que passará a receber os produtos brasileiros exportados diretamente de Suape e vice-versa. No primeiro dia da feira (4/3), o presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Marcos Baptista, e o embaixador da República da Eslovênia, Alain Bergant, reuniram-se para discutir a iniciativa e alinhar as estratégias para o desenvolvimento do projeto. Com a aproximação, os dois governos pretendem otimizar a relação e conectar ainda mais as duas regiões que tem grande potencial para exportar e importar seus produtos. “A intenção não é apenas exportar mercadorias para a Eslovênia, que tem 2 milhões de habitantes, o que equivale a população da Região Metropolitana do Recife. Estamos olhando para toda a região da Europa Central, para a República Tcheca, a Eslováquia, os Bálcãs, a Ucrânia e a Rússia. Também podemos atender países como a Áustria e Hungria que não possuem portos e podem ser beneficiados de outras formas”, pontuou Marcos Baptista. O Governo de Pernambuco e o consulado da Eslovênia tem trabalhado intensamente para a geração de novos negócios bilaterais e já estão acontecendo reuniões com empresários dos dois países. “Estamos colocando em prática o que chamamos de diplomacia econômica, focando na facilitação dos movimentos das empresas do Nordeste no exterior, tanto em termos de comercialização de produtos e serviços como no desenvolvimento de novos projetos de investimento. O mesmo serve para as empresas da Eslovênia que desejam firmar negócios no Nordeste”, comentou o cônsul honorário da Eslovênia no Brasil, Rainier Michael. O potencial de Pernambuco, principalmente no setor de exportação das frutas produzidas no vale do São Francisco, tem despertado o interesse do país europeu. “Com essa parceria, facilitaremos o envio das frutas produzidas em Pernambuco saindo diretamente de Suape. Outros setores também podem ser beneficiados como a indústria farmacêutica, o setor de confecções e o setor de metal mecânica. Outros pequenos produtores do setor de bebidas também podem ser beneficiados. A gama de produtos é enorme e as áreas de atuação são estratégicas”, disse Marcos Baptista. Eslovênia – Em 2015, as importações no país registraram o montante de US$ 25,01 bilhões em produtos como máquinas e equipamentos de transporte, produtos manufaturados, químicos, combustíveis, lubrificantes e alimentos. Entre os principais importadores em 2015 estão a Alemanha (16,5%), a Itália (13,6%), a Áustria (10,2%), a China (5,5%), a Croácia (5,1%) e Turquia (4%). Já as exportações registraram o montante de US$ 26,67 bilhões em 2015. Entre as principais mercadorias estão bens manufaturados, máquinas e equipamentos de transporte, produtos químicos e alimentos. Os países exportadores parceiros foram a Alemanha (19,1%), a Itália (10,6%), a Áustria (8%), a Croácia (6,8%), a Eslováquia (4,7%), a Hungria (4,4%), e a França (4,2%). Porto de Koper - O maior dos portos da Eslovênia, está situado a nordeste do Mar Mediterrâneo, no Mar Adriático, ao largo da Baía de Koprski e está em operação desde 1957. A cidade de Koper (antigamente chamada de Capodistria) situa-se na costa sudeste da mesma baía. Desde 1963, a área circunvizinha ao porto foi instituída como zona franca. É o único porto comercial da Eslovênia e um grande percentual de sua movimentação de cargas (aproximadamente 68,1% do total descarregado no porto) está em trânsito e destina-se à Áustria, Hungria, República Tcheca e Eslováquia, principalmente. Em 2016 o porto movimentou 22 milhões de toneladas de cargas. Porto de Suape - Candidato natural para ser o hub port do Nordeste, Suape apresenta as condições básicas para atrair novos negócios. O ancoradouro está situado em uma localização privilegiada na costa brasileira em relação aos demais portos do País, além de estar próximo ao Canal do Panamá, expandido recentemente. Suape possui linhas de navegação para a Costa Oeste dos EUA, Europa, Caribe e Leste da América do Sul. Além disso, tem um dos melhores transit-time para o oriente médio por meio do Canal do Suez, atendendo alguns portos em menos de 28 dias. Nas movimentações portuárias o porto pernambucano tem apresentado sucessivos recordes ao longo dos últimos anos. Só em 2016, foram 22,74 milhões de toneladas, um crescimento de 15% comparado a 2015. Suape é líder na movimentação de contêineres nas regiões Norte/Nordeste do Brasil e líder na movimentação nacional de granéis líquidos, com 17,28 milhões de toneladas movimentadas em 2016. (Suape)

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Pernambuco presente na World Travel Market em São Paulo

Entre os dias 4 e 6 de abril, Pernambuco participa da World Travel Market (WTM) - LatinAmerica, que acontece em São Paulo. A WTM é a principal feira do setor de viagens e turismo da América Latina, além de ser um evento focado na promoção dos destinos das regiões para profissionais de turismo internacionais. A Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Estado (Seturel-PE), por meio da Empresa de Turismo de Pernambuco - Governador Eduardo Campos (Empetur), planejou uma divulgação diferente para atrair a atenção do trade para o Estado. Pernambuco participa da feira em um espaço de 25m², ambientado com elementos e imagens dos destinos indutores. Toda a área do Espaço Pernambuco é destinada para o recebimento de operadores de turismo, agentes de viagem, jornalistas e representantes de Cias aéreas com reuniões previamente agendadas. Para que os visitantes vivenciem a gastronomia de Pernambuco, será oferecido o “RECAFÉ”, em parceria com a Prefeitura do Recife. Além disso, as “Speed Networking Sessions” possibilitam o contato direto com os hostedbuyers, compradores internacionais trazidos pela organização do evento para negociação com destinos, hotéis, receptivos e atrativos. “A participação na WTM - LatinAmerica é uma importante chance de dialogar com o trade nacional e internacional. Temos como intuito divulgar o que Pernambuco tem de melhor, e estreitar relações com as mais diferentes empresas e serviços do setor”, comenta o secretário de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, Felipe Carreras. ELEIÇÃO FORNATUR – Durante a WTM,será realizada a eleição do novo presidente para o Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (FORNATUR), nesta quarta-feira (05/04). O secretário de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, Felipe Carreras, é candidato ao cargo. Caso seja eleito, será a primeira vez que um pernambucano será presidente do Fornatur, que foi criado em 2000. Trata-se de um colegiado formado pelos Secretários de Estado de Turismo ou Presidentes de Órgão Estaduais de Turismo que se reúnem para deliberar sobre os temas relevantes do turismo nacional, incorporando as demandas estaduais, regionais e nacionais. Pernambuco tem se destacado diante dos demais estados no quesito turismo porque enquanto nossos vizinhos amargam queda de desembarque de turistas de 11%, como é o caso de Fortaleza, e 17%, em Salvador, em Pernambuco tivemos aumento de 1,7%, que parece pouco, mas totalizam 100 mil turistas a mais entrando no Estado. Além disso, em 2015, foram 5,4 milhões de visitantes, já em 2016 este número ultrapassou a barreira dos 5,6 milhões e em plena crise. Um aumento de 3,11%. O Estado também recebeu mais turistas estrangeiros nos últimos meses. Foram 154.450 turistas contra 140.342, em 2015. Isto representa um aumento de 10%. Serviço: World Travel Market -Lantin America - WTM 2017 Data: 4 a 6 de abril de 2017 Local: Expo Center Norte, em São Paulo. - Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme. (Governo do Estado de Pernambuco)

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Ideais da Revolução de 1817 continuam atuais e necessários

Há 200 anos, Pernambuco viveu quase três meses de independência do Brasil e de Portugal. A primeira experiência republicana no País logo foi reprimida pela Coroa Portuguesa. Os ideais e contestações dos revolucionários, porém, não morreram. Repercutiram. E alguns problemas levantados pelos heróis da revolução permanecem sendo discutidos hoje. Afinal, que reticências deixadas por aqueles acontecimentos ainda são motivos de luta dos pernambucanos atualmente? A eclosão do movimento de 1817 aconteceu nove anos após o desembarque da família real portuguesa no Brasil. Esse fato, na análise dos especialistas, é marcante para que se acentuem as insatisfações da província, que era uma das mais prósperas na época. Desde que Dom João VI desembarcou no País, a população passou a sofrer com o aumento de impostos para sustentar o monarca e outras 15 mil pessoas que vieram com ele de Portugal.  “Havia uma grande exploração da Corte no Estado. Exemplo disso era o fato de a cidade do Rio de Janeiro ser iluminada com os impostos cobrados no Recife, que vivia às escuras”, exemplifica o historiador Leonardo Dantas. LEIA TAMBÉM Pernambuco falando para o mundo através de Cruz Cabugá Movimentos seguem na defesa da independência Um passeio pelos caminhos da Revolução Os clamores atuais do País por uma reforma tributária e uma melhor distribuição dos recursos da federação guardam semelhanças com o período revolucionário. “Quando a gente não resolve os problemas, os ciclos históricos tendem a se repetir. Os fatos se passam quase os mesmos, só que em camadas diferentes”, avalia o presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Luiz Otávio Cavalcanti, fazendo uma comparação com a insatisfação com os altos tributos sem o devido retorno para o Estado já no século 19. O advogado e especialista em direito público, Fábio Silveira, destaca que vários levantes que aconteceram naquele período se deram justamente pelo volume de tributos impostos aos cidadãos. “Eles chegavam ao ponto de tirar a capacidade econômica e produtiva da população.  Isso fez com que irradiasse aqui a Revolução de 1817. Hoje voltamos a ter uma carga tributária altíssima e um modelo complexo de tributação”. E outro problema que ainda não se resolveu no País é a instauração de um modelo consistente de federação, uma das principais bandeiras dos revolucionários pernambucanos, que contestavam o poder centralizador da Coroa.  “A ideia deles era criar um sistema federativo em que as províncias tivessem seu autogoverno e também uma representação parlamentar. Havia uma inspiração do modelo que se instaurou na América do Norte”, explica o presidente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), George Cabral. Uma das consequências dessa situação é a centralização pela União dos recursos arrecadados no País. “No século 19 o poder moderador da Coroa era centralizador, como toda monarquia. Dessa vez, a concentração é de outra forma, naquela época era politica e administrativa. Agora é financeira. A União consegue sugar quase todas as riquezas do modelo produtivo, que fortalece muito seu cofre e deixa os demais entes da Federação à mercê dela”, declara Fábio Silveira. Mas um debate para encontrar soluções tem crescido nos últimos anos. Entre elas, a rediscussão do chamado Pacto Federativo (mecanismo que define a relação fiscal entre os entes da Federação). O tema foi muito debatido na última eleição presidencial, principalmente por um pernambucano, o então presidenciável Eduardo Campos. Um dos defensores da ideia, o deputado Tadeu Alencar em recente discurso, lembrou que a situação parecia melhorar com a promulgação da Constituição de 1988. Pela nova Carta, 30% dos recursos arrecadados ficavam com a União, distribuindo os 70% restantes com os Estados e municípios. “Hoje, essa equação foi inteiramente subvertida, fazendo com que governos estaduais e prefeituras promovam, de tempos em tempos, a mais ultrajante caravana em busca de recursos junto ao Poder Central”, critica Alencar. A pauta chega em 2017 nas mãos do presidente Michel Temer, que se apresenta como líder de um governo reformista. “Agora, o Executivo quer se empenhar na reforma tributária. É mais uma reforma que queremos patrocinar e levar adiante”, prometeu o presidente no seu balanço de gestão em 2016. Porém, diferente do que pretendiam os revolucionários de 1817, a reforma em andamento foca mais na simplificação da legislação dos tributos do que na diminuição dos impostos ou na melhor partilha da arrecadação entre a União e os Estados. “A reforma de hoje significa tirar de um canto para colocar em outro. Isso sem perder arrecadação. É uma carga de País desenvolvido, mas com um retorno de serviços públicos muito baixo”, critica o professor do departamento de economia da UFPE, João Policarpo Lima. Para conseguir avanços no Pacto Federativo Luiz Otávio Cavalcanti avalia que há condições de reverter o quadro atual e sugere um caminho político. “Não estou defendendo a Confederação do Equador, mas defendo a Confederação do Nordeste. O que seria? Seria todos os Estados se unirem em torno de uma agenda comum, um projeto comum. Se a bancada nordestina é tão poderosa a ponto de eleger a mesa da Câmara ou de indicar ministros de Estado, por que a gente não se une programaticamente para promover mudanças?”     DEPENDÊNCIA Durante esses dois séculos, segundo Cavalcanti, o Nordeste manteve-se dependente. Primeiro em razão dos interesses lusitanos e atualmente com a política econômica do País, que beneficia a indústria paulista. Ele afirma que a legislação alfandegária do País prejudica Estados nordestinos, ao erigir uma barreira fiscal e tributária que dificulta a importação de bens produzidos no exterior. “Isso torna a região cativa dos produtos fabricados pela indústria paulista. Compramos assim produtos mais caros e de menor qualidade, em vez de termos acesso a bens produzidos na Europa e Estados Unidos. Então, o que existia na época era o colonialismo, o que existe hoje é o neocolonialismo interno”. É fácil compreender a comparação feita por Cavalcanti: a situação econômica  de Pernambuco se agravara com a seca de 1816 (veja matéria na página 18), que reduziu a produção de açúcar e algodão. Ao lado disso,  produtos pernambucanos passaram a conviver com a concorrência de outros países, com forte impacto na

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