Arquivos Pernambuco - Página 12 De 113 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

pernambuco

emprego Foto Gabriel Santana Sedepe

Desemprego em Pernambuco atinge menor média anual em uma década

Estado registra queda de 5,1 pontos percentuais desde 2022, segundo a PNAD Contínua. Foto: Gabriel_Santana_Sedep Pernambuco encerrou 2024 com a menor taxa média de desemprego dos últimos dez anos, conforme revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice de desocupação do estado ficou em 10,8%, uma redução expressiva em relação aos 13,4% registrados em 2023 e aos 15,9% de 2022. Desde o início da atual gestão estadual, a queda acumulada é de 5,1 pontos percentuais. O levantamento mostra que o número de pessoas desocupadas caiu 25% nos últimos dois anos, representando 151 mil pernambucanos a menos em situação de desemprego. "Estamos trabalhando em diversas frentes para mudar o quadro do mercado de trabalho no estado. Buscamos atrair novas empresas e indústrias, melhorar o ambiente de negócios e ampliar programas de qualificação, como o Qualifica PE e a Casa do Trabalhador. Conseguimos atingir a menor taxa de desocupação da década, mas seguiremos investindo para gerar ainda mais emprego e renda", afirmou a governadora Raquel Lyra. A tendência de queda se confirmou ao longo do ano. No último trimestre de 2024, a taxa de desemprego caiu para 10,2%, marcando o menor índice trimestral desde 2015. "Os dados da PNAD comprovam os esforços do Governo do Estado para impulsionar o emprego e a renda. Pernambuco liderou a redução do desemprego no Nordeste ao lado do Piauí e obteve a segunda maior queda do Brasil em 2024. Vamos seguir promovendo ações para ampliar oportunidades para os trabalhadores", destacou Amanda Aires, secretária de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo. Aumento da ocupação e crescimento da renda O IBGE também apontou que o número de trabalhadores em Pernambuco subiu de 3,67 milhões no primeiro trimestre de 2023 para 3,96 milhões no quarto trimestre de 2024, um crescimento de 8%, equivalente a 293 mil pessoas a mais no mercado de trabalho. Além disso, o rendimento médio habitual subiu 16% em relação ao final de 2023, chegando a R$ 2.511, um aumento de R$ 347. A pesquisa também mostra queda no número de desalentados, que passou de 258 mil para 230 mil, uma redução de 10,7%. Esse dado sugere um mercado de trabalho mais dinâmico e maior interesse da população na busca por oportunidades, consolidando o cenário positivo para a economia do estado.

Desemprego em Pernambuco atinge menor média anual em uma década Read More »

carnaval Fecomercio PE Credito Makermidia

Carnaval impulsiona emprego e economia em Pernambuco

Estado deve gerar 889 vagas temporárias e movimentar R$ 348,71 milhões. Foto: Makermídia O Carnaval de 2025 promete aquecer a economia pernambucana, gerando oportunidades no mercado de trabalho e fortalecendo o setor de turismo. De acordo com a Fecomércio-PE, com base nos dados do Novo Caged e projeções da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o estado deve criar 889 novas vagas temporárias, um crescimento de 24% em relação ao ano passado. Nos últimos cinco anos, Pernambuco registrou saldo positivo na geração de empregos formais durante fevereiro, mês que concentra os preparativos e a realização da festa. O setor de serviços tem liderado essa movimentação, enquanto o comércio apresentou maior oscilação no período, alcançando seu melhor desempenho em 2021 e uma retração em 2024. Vagas temporárias para o Carnaval oferecidas pelas atividades típicas do turismo Além da geração de empregos, a festividade impacta diretamente o comércio e o turismo. A estimativa é de que as atividades típicas do Carnaval movimentem R$ 348,71 milhões no estado, um crescimento de 1,4% em relação ao ano anterior. Esses números reforçam a importância do evento para a economia local, consolidando o Recife e Olinda como destinos estratégicos para o turismo festivo no Brasil. O impacto econômico se reflete também no setor de alimentação, hospedagem e transporte, que experimentam um aumento na demanda durante o período. Hotéis registram alta ocupação, bares e restaurantes ampliam suas equipes para atender o fluxo de turistas, e empresas de transporte veem crescer a procura por deslocamentos, demonstrando o efeito multiplicador da festa na economia estadual.

Carnaval impulsiona emprego e economia em Pernambuco Read More »

queijo artesanal cabra agreste pernambuco garanhuns rota

Pernambuco cria a rota turística do Queijo Artesanal

Projeto Chão de Queijo incentiva a cadeia produtiva de laticínios e do turismo gastronômico e cultural das cidades da Bacia Leiteira *Por Rafael Dantas / Fotos: Alexandre Albuquerque Para quem busca unir turismo e boa gastronomia, Pernambuco oferece experiências imperdíveis, como as vinícolas de Garanhuns e do Vale do São Francisco, além das tradicionais cachaçarias. Agora, um novo roteiro está sendo estruturado no Estado, destacando uma das grandes referências da culinária local: o queijo. Queijarias artesanais de 10 cidades pernambucanas estão abrindo suas portas para apresentar produtos exclusivos e compartilhar histórias e receitas que preservam a tradição. Algumas delas produzem variedades únicas no Brasil. Pernambuco conta oficialmente com 41 queijarias artesanais registradas na Adagro (Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado). No entanto, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, vinculada à Adepe (Agência de Desenvolvimento de Pernambuco), estima que o número real seja próximo de 300. Dentro desse universo, um grupo de 13 produtores da Bacia Leiteira do Agreste passa a integrar o Projeto Chão de Queijo, que busca consolidar a Rota do Queijo Artesanal de Pernambuco, uma iniciativa oficial do Funcultura. “O Projeto Chão de Queijo nasce do desejo de valorizar um dos nossos patrimônios gastronômicos que é o queijo artesanal. Mais do que um simples roteiro, queremos contar as histórias por trás de cada produtor, mostrar a riqueza das técnicas tradicionais e conectar esses saberes a uma experiência de turismo com uma identidade forte local. Acreditamos que essa rota vai encantar visitantes e abrir portas para um reconhecimento ainda maior da nossa cultura", destacou Alexandre Albuquerque, idealizador do Projeto Chão de Queijo. Integram esse roteiro das queijarias artesanais, produções nos municípios de Alagoinha, Bom Conselho, Cachoeirinha, Garanhuns, Sanharó, São Bento do Una, Venturosa, Pedra e Pombos, no Agreste Pernambucano, além de Ribeirão, localizada na Zona da Mata Sul. Algumas dessas cidades já têm vocação turística, que é reforçada com mais um atrativo aos seus visitantes. Outros podem colocar um pé nesse setor da economia pernambucana que é intensivo em mão de obra e que gera oportunidades ligadas à hospedagem, à gastronomia e ao lazer. Os turistas que percorrerem a rota das queijarias artesanais terão a oportunidade de conhecer novos fornecedores e descobrir a origem dos queijos que consomem. “Muitas vezes, as pessoas compram queijo nas capitais, como no Recife, sem saber de onde vem ou quem o produz. Com a rota, poderão conhecer a história dos produtores, acompanhar o processo artesanal e entender o verdadeiro custo do queijo, que é diferente da produção em grande escala. Além disso, terão uma experiência no meio rural, já que muitas queijarias estão localizadas fora dos centros urbanos”, destaca Patrícia Magalhães, Consultora de Turismo e CEO da Avant Turismo PE. DAS COMMODITIES AOS QUEIJOS ARTESANAIS Apesar da tradição na produção de queijos, Pernambuco ainda enfrenta um alto nível de informalidade, especialmente no interior. No entanto, um movimento de valorização tem ganhado força, destacando a identidade e a história de cada produtor, ao mesmo tempo em que aprimora os processos produtivos, agregando sofisticação e reconhecimento ao setor. “O cenário atual de queijos aqui em Pernambuco e no Brasil também, atualmente, se divide em commodities (principalmente muçarela) e os queijos artesanais. Há espaço para ambos, percebemos que o público para queijos artesanais é bem mais seleto e também há ocasiões para cada tipo de queijo”, afirmou Vânia Freire Lemos, coordenadora de operações do CT Laticínios de Garanhuns (Centro Tecnológico Instituto de Laticínios do Agreste) do Itep (Instituto de Tecnologia de Pernambuco). Entre 2020 e 2023, o CT Laticínios, em Garanhuns, desenvolveu um projeto de incubação voltado para empresários da região interessados em atuar no setor de laticínios, por meio de um contrato de gestão assinado entre o Itep e a Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação de Pernambuco (SECTI). Durante esse período, os participantes trabalharam na prospecção, desenvolvimento e produção de queijos finos, especiais e até autorais, aprimorando técnicas e consolidando suas marcas no mercado. Após uma fase experimental, o Laticínio Belamente, de Garanhuns, deu sequência a sua produção própria na sede da Fazenda São José, onde atualmente produz queijos especiais das marcas Sambaiba e Belamente. No local, são fabricados oito tipos diferentes, usando tanto leite de vaca, como de cabra. Apostando na raça indiana Guzerá, conhecida pela rusticidade e pelo leite de alto teor de sólidos (percentual de gordura, proteína e minerais), José Bezerra, proprietário do Laticínio Belamente, decidiu investir em queijos autorais. “Achamos que era uma matéria-prima muito rica para ser vendida apenas como leite fluido, então começamos a experimentar e desenvolver receitas para aproveitar ao máximo seu potencial”, explica o produtor. A fazenda resgatou a tradição familiar na produção de queijos, interrompida por algumas gerações, e hoje se dedica à elaboração de produtos de média e longa maturação, naturalmente sem lactose e livres de conservantes. Além do leite do rebanho Guzerá, a queijaria também utiliza leite de cabra, animal símbolo da resistência da Caatinga. “Queremos explorar ao máximo os recursos do semiárido e produzir em harmonia com o meio ambiente, refletindo isso no produto final”, afirma José Bezerra. A fazenda também está iniciando a recepção de visitantes para roteiros guiados, mediante agendamento pelo Instagram ou por telefone. A coordenadora de operações do Centro Tecnológico Instituto de Laticínios do Agreste destaca que, no caso das queijarias artesanais, diversos protocolos de produção são seguidos até que se atinja o sabor específico de cada produto. “Os diferenciais de raça, alimentação, manejo, tipo de leite e processo produtivo artesanal são, sem dúvida, o conjunto que promove a produção de queijos especiais e sabores característicos. Outro diferencial é que o processo de produção é o mais natural possível”, destacou Vânia. DE PRODUTORES AO ATENDIMENTO AOS TURISTAS Para a maioria dos produtores, a recepção de visitantes na produção não fazia parte da rotina. Uma exceção é a Fazenda Polilac, localizada na entrada de Garanhuns, que já se consolidou como um dos atrativos para quem visita a chamada Suíça Pernambucana. O local atrai muitos visitantes pela venda de produtos artesanais, opções de

Pernambuco cria a rota turística do Queijo Artesanal Read More »

Cezar Andrade economista

Confiança do empresário industrial cresce em Pernambuco, mas cenário ainda exige cautela

ICEI sobe 0,8 ponto em janeiro, sinalizando otimismo moderado diante de desafios econômicos. O economista da FIEPE, Cézar Andrade, destaca a necessidade de medidas que impulsionem a chegada de novos investimentos. Foto: Divulgação O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) em Pernambuco registrou leve alta de 0,8 ponto percentual em janeiro, atingindo 52,5 pontos. O avanço reflete um otimismo moderado, mas o índice permanece 3,2 pontos abaixo do mesmo período de 2024, demonstrando que a confiança ainda não se recuperou totalmente. O resultado estadual contrasta com o cenário nacional, onde o ICEI caiu para 49,1 pontos, indicando desconfiança no setor industrial brasileiro. Apesar do crescimento no estado, a percepção das condições atuais do mercado segue preocupante. O Índice de Condições Atuais caiu 2,2 pontos em janeiro, chegando a 48,2 pontos, abaixo da linha dos 50 pontos, o que reflete um ambiente de maior cautela e incerteza. Segundo o economista da FIEPE, Cézar Andrade, "enquanto a confiança geral apresenta leve melhora e as expectativas para o futuro indicam otimismo moderado, a percepção das condições atuais segue negativa. Diante desse panorama, torna-se essencial a adoção de medidas que impulsionem a economia, estimulem investimentos e promovam um ambiente de negócios mais favorável para a indústria". Por outro lado, o Índice de Expectativas, que mede a confiança dos empresários no futuro, subiu 1,6 ponto, alcançando 53,9 pontos. Apesar de um otimismo renovado para os próximos meses, o indicador ainda está 3,8 pontos abaixo do registrado em janeiro de 2024, sugerindo que as perspectivas de crescimento são cautelosas. Enquanto isso, no Brasil, o índice sofreu leve queda de 0,4 ponto, ficando em 51,5 pontos, ainda acima da linha divisória da confiança.

Confiança do empresário industrial cresce em Pernambuco, mas cenário ainda exige cautela Read More »

Instituto Dom Helder Joao Campos

Recife fortalece preservação da memória de Dom Helder Câmara

Prefeitura renova convênio e garante R$ 300 mil para manutenção do instituto que guarda o legado do arcebispo. Fotos: Wagner Ramos/Prefeitura do Recife (Com informações da Prefeitura do Recife) A Prefeitura do Recife renovou o convênio com o Instituto Dom Helder Câmara (IDHeC) para garantir a preservação do acervo e das atividades dedicadas ao legado do arcebispo emérito de Olinda e Recife. O acordo assegura um investimento de R$ 300 mil ao longo de um ano, viabilizando a manutenção do espaço e ampliando o acesso da população à história do religioso. A assinatura ocorreu neste domingo (9), durante evento que homenageou colaboradores de Dom Helder na Igreja Nossa Senhora das Fronteiras, na Boa Vista. Além da manutenção do instituto, o convênio também contempla um programa de visitação para alunos da rede municipal, promovendo o conhecimento sobre a trajetória do "Dom da Paz". “Estamos assinando, por mais um ano, a garantia do custeio para o Instituto Dom Helder Câmara. Associado a este convênio, também estamos realizando um programa de visitação para as escolas municipais”, destacou o prefeito João Campos. O Instituto Dom Helder Câmara abriga um memorial e museu dedicados ao religioso, com um acervo que inclui manuscritos, prêmios, vestimentas litúrgicas e objetos pessoais. Com o repasse, será possível manter bibliotecários, historiadores e outros profissionais especializados na conservação desse patrimônio. Além disso, as instalações do instituto poderão ser utilizadas para eventos culturais da Prefeitura e da Fundação de Cultura da Cidade do Recife. A renovação do convênio reforça o compromisso do município com a valorização da história e da luta social do arcebispo, que foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e recebeu quatro indicações ao Prêmio Nobel da Paz. “Nós conseguimos digitalizar todo o acervo de Dom Helder através de um convênio firmado, lá trás, ainda na gestão do ex-governador Eduardo Campos. Hoje, damos continuidade a esse convênio com a Prefeitura do Recife e eu gostaria de reforçar a minha gratidão, e a de todo o IDHeC, por essa parceria tão importante”, afirmou Virgínia Pimentel, diretora executiva do Instituto. Localizado na Rua Henrique Dias, na Boa Vista, o Instituto Dom Helder Câmara funciona no prédio anexo à Igreja das Fronteiras, onde o arcebispo viveu de 1968 a 1999. O espaço abriga cerca de mil peças, incluindo móveis, esculturas sacras e uma linha do tempo detalhando sua trajetória. O instituto segue aberto à visitação, recebendo pesquisadores, estudantes e fiéis interessados na vida e obra de Dom Helder.

Recife fortalece preservação da memória de Dom Helder Câmara Read More »

antonio miranda

"A atual situação hídrica em Pernambuco é grave"

Antonio Miranda, Engenheiro do Comitê Tecnológico Permanente do Crea-PE, analisa o impacto da escassez de chuvas no abastecimento hídrico no Estado e as perspectivas com a influência das mudanças climáticas. Também alerta para possibilidade de salinização da água de poços em bairros como Boa Viagem e levanta preocupações com o modelo de concessão da Compesa. Nesta semana o Governo do Estado decretou situação de emergência em 118 dos 184 municípios pernambucanos em razão da escassez de chuvas. Especialista em gestão de serviços de saneamento, o engenheiro civil Antonio da Costa Miranda Neto alerta que a situação do abastecimento hídrico em Pernambuco é grave, com 18 reservatórios em colapso, segundo dados da Apac (Agência Pernambucana de Águas e Clima). Nesta entrevista a Cláudia Santos, Miranda, que é integrante do Comitê Tecnológico Permanente do Crea-PE (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco), analisa esse cenário e o impacto futuro das mudanças climáticas no agravamento da redução das chuvas. Para enfrentar a crise, ele afirma ser necessário atualizar, com maior frequência, o planejamento da gestão hídrica, principalmente em relação à elevação média da temperatura e da quantidade de ondas de calor em Pernambuco. “Essa elevação traz duas consequências ruins, simultaneamente: o aumento da evaporação dos mananciais superficiais e do consumo hídrico, combinação que agrava a escassez de água de abastecimento”, alerta. Diante da gravidade da situação, o engenheiro afirma que medidas, como o reuso da água e um melhor armazenamento de águas de chuva, passaram de recomendáveis a imperativas. O especialista enfatizou ainda sua preocupação com o modelo de concessão da Compesa, no qual a estatal permanece responsável pela produção de água tratada e a distribuição fica a cargo de concessionárias. “A depender de como ficará a modelagem, caso a Compesa não produza em quantidade suficiente, as empresas privadas poderão acioná-la no sentido de serem indenizadas pela falta de água para venda. Nesta hipótese, teríamos sérios problemas econômicos”, adverte. No início de janeiro, a Compesa divulgou um calendário emergencial de abastecimento de água diante da ausência de chuvas e das altas temperaturas no Estado. E, nesta semana, foi decretada situação de emergência. Como o senhor avalia a situação hídrica em Pernambuco e o impacto no abastecimento de água? A atual situação é grave, com 18 reservatórios em colapso, segundo a Apac. Desses, 14 ficam no Sertão, zona mais atingida pela estiagem, mas há também reservatórios vazios no Agreste, Mata Norte e até na Região Metropolitana do Recife. Sabemos que o Agreste pernambucano é a região de menor disponibilidade de água por habitante do Brasil, o que já por si só mostra o tamanho da nossa vulnerabilidade e justifica todos os investimentos na transposição do São Francisco, fazendo com que uma parte dessa água chegue nessa região. Também não é novidade para ninguém que as secas são cíclicas, então o que enfrentamos hoje é o agravamento desses ciclos. A tendência é o aumento de temperatura e das ondas de calor. O ano de 2024 esteve 1,5°C acima da média da Terra em relação aos níveis pré-industriais, o que é uma tragédia. Estamos, portanto, com uma frequência maior na ocorrência desses problemas. É óbvio que isso tudo repercute no abastecimento de água. É também verdade que a Compesa, historicamente, não conseguiu eliminar os seus problemas de produção e de distribuição de água. Salvo engano, foi em 1982 que a empresa institucionalizou os rodízios de abastecimento, para nunca mais deixar de tê-los. Por isso a Região Metropolitana já foi, e talvez continue sendo, a que apresenta maior consumo per capita de água mineral engarrafada no País. Outro reflexo disso é a quantidade de poços perfurados para abastecer os prédios, em diversos bairros, para não ficar dependendo da Compesa. Com a perspectiva de acirramento dos períodos de estiagem, em razão das mudanças climáticas, essas dificuldades no abastecimento de água em Pernambuco tendem a aumentar? A mudança climática está agravando a situação. Entretanto, as projeções neste momento são muito imprecisas, não conseguimos estimar ainda aonde isso vai parar. Se você perguntar hoje aos maiores especialistas da hidrologia, da climatologia, sobre uma perspectiva para 2030, eles não são capazes de informar com segurança, porque estamos ainda em processo de transformação. Por isso, é necessário elaborar revisões frequentes do planejamento da gestão de recursos hídricos que levem em conta as últimas atualizações científicas. Os estudos de hoje não indicam para Pernambuco nenhuma situação calamitosa. Haverá o agravamento das secas e das chuvas, mas não temos razões objetivas para esperar a transformação de zonas do semiárido em áridas, como já existem no Norte da Bahia. Da mesma forma não há previsão de que aconteçam em Pernambuco as tragédias que assolaram o Rio Grande do Sul. Agora, provavelmente, teremos uma frequência maior de ondas de calor. O aquecimento geral do planeta, que causa a elevação do nível do mar, também é uma preocupação muito grande que todos nós devemos ter, principalmente no Recife. O que poderia ser feito para enfrentar os impactos do aumento da temperatura e da escassez hídrica no abastecimento de água? É necessário passar a atualizar, com maior frequência, o planejamento da gestão hídrica, com especial atenção ao aumento médio da temperatura e da quantidade de ondas de calor em Pernambuco. Esses aumentos trazem duas consequências ruins, simultaneamente: o aumento da evaporação dos mananciais superficiais e do consumo hídrico, combinação que agrava a escassez de água de abastecimento. É igualmente prudente considerar a ocorrência de períodos mais severos e prolongados de estiagem no Estado. Mas insisto, será indispensável realizar atualizações frequentes dos cenários, utilizando o que de melhor se dispõe em termos científicos, para estabelecer as medidas necessárias à gestão hídrica, muitas delas urgentes, desde o manejo dos mananciais até medidas de redução das perdas de água e do consumo médio em todas as categorias de consumidores. Nesse contexto, o reuso da água e o melhor aproveitamento de águas de chuva passaram de recomendáveis a imperativos. Em relação à situação dos bairros situados na faixa litorânea do Recife, a grande quantidade de poços aliada à impermeabilidade do

"A atual situação hídrica em Pernambuco é grave" Read More »

Data Center

Pernambuco entra no promissor mercado dos Data Centers

Com a inauguração ainda este ano da primeira empresa do setor, a expectativa é de que novos players sejam atraídos para o Estado. Também espera-se a instalação de um cabo submarino e o impulsionamento das energias renováveis, já que essas estruturas são intensivas em consumo energético. *Por Rafael Dantas Com a explosão de informações geradas pelo avanço da inteligência artificial no mundo, um setor que tem uma grande demanda para crescer é dos data centers. Essas infraestruturas abrigam servidores, sistemas de armazenamento e equipamentos de rede usados para processar, armazenar e gerenciar dados. Pernambuco coloca um pé nesse mercado com a chegada do primeiro empreendimento que deve ser inaugurado ainda em 2025. O investimento de R$ 300 milhões foi anunciado pela empresa pernambucana Um Telecom que criou a unidade de negócios Atlantic Data Centers. O investimento é dividido em três fases, a primeira será o Recife1, que será instalado no Parqtel (Parque Tecnológico de Eletrônicos e Tecnologias Associadas de Pernambuco), no Recife, e vai requerer R$ 50 milhões, com recursos financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). No primeiro momento, o empreendimento ocupará uma área de aproximadamente 14 mil metros quadrados, com 150 racks (estruturas metálicas usadas para organizar e acomodar servidores e dispositivos de rede) e potência de 1 MW dedicada a equipamentos de TI. Nas duas fases seguintes, a expectativa é de atingir até 6 MW. “Infraestrutura digital é um conjunto composto por conectividade e data centers. O Brasil hoje tem uma taxa enorme de penetração da conectividade, mas temos uma grande carência de data centers. E isso não é um ‘privilégio’ do País”, afirma Daniel Gomes, presidente da Atlantic Data Centers. “Essa carência é forte no mundo todo, com o avanço da inteligência artificial. E a tendência é que a IA chegue em todos os aplicativos que usamos”. O data center local, que nascerá conectado com mais de 22 mil quilômetros de redes de fibra óptica, tem como potenciais clientes um amplo leque de empresas, que vai das big techs globais às operações de companhias nacionais e pernambucanas. Entre os possíveis usuários estão os players do ecossistema do Porto Digital e grandes protagonistas da economia pernambucana, como a Stellantis, em Goiana, e o Porto de Suape, no litoral sul. SEGURANÇA DA DESCENTRALIZAÇÃO Atualmente, a maioria dessas infraestruturas está instalada em São Paulo. No Nordeste, o destaque é o Ceará. A centralização delas em poucas cidades, no entanto, não é um fator recomendado, por questões de segurança. “Os data centers são considerados infraestruturas críticas porque armazenam e processam grandes volumes de dados essenciais para operações governamentais, empresariais e de serviços públicos. A descentralização desses data centers é importante por várias razões”, afirma Leandro Oliveira Moraes, que é professor da UniFBV Wyden e especializado em gerenciamento de projetos e em big data. Ele aponta que a descentralização ajuda a garantir que, se um data center falhar, outros possam assumir suas funções, minimizando interrupções nos serviços. Além disso, a distribuição dessas estruturas em diferentes locais reduz também o risco de ataques cibernéticos ou físicos afetarem todos os dados simultaneamente. Além desses aspectos, há fatores tecnológicos importantes para o mercado local. “Ter data centers mais próximos dos usuários finais melhora a velocidade de acesso aos dados e a eficiência dos serviços”, destacou Leandro Moraes. No caso do Recife, por exemplo, a latência com a disponibilidade de um data center local será de 2 milissegundos. Se o mesmo dado estivesse em São Paulo, o tempo seria de 40 milissegundos, e nos Estados Unidos seria de 120. A latência é o intervalo que um dado leva para ir de um ponto a outro em uma rede, como o atraso entre clicar em um link e o site começar a carregar. NEGÓCIOS PARA ENERGIAS RENOVÁVEIS TAMBÉM O Brasil tem potencial, inclusive, de se tornar um exportador dos serviços desses data centers. Um dos motivos é a disponibilidade de energias renováveis no País. O avanço desse setor tem promovido um crescimento exponencial do consumo de eletricidade. Para se ter ideia, em 2022, o setor no mundo utilizava o equivalente a 0,85% do consumo no Brasil em um ano. Para 2026, a estimativa é que os data centers no planeta precisem de duas vezes todo o uso de energia do País. Em 2034, daqui a menos de 10 anos, seriam necessários três vezes o nosso consumo de energia apenas para dar conta desse setor. O Eletric Power Research Institute estima que poderá alcançar nos Estados Unidos 9% da geração de eletricidade anual. Em 2023, era de 4%. Diante da urgência da agenda das mudanças climáticas e do aquecimento global, os países que têm a matriz energética mais limpa, como é o caso do Brasil, em especial do Nordeste, ganham um atrativo maior. Para se ter ideia do quão elevado é o gasto de energia pelas inteligências artificiais que representam uma parte dos clientes desse setor. Uma pesquisa no ChatGPT, por exemplo, equivale ao consumo de um banho de 4 minutos em um chuveiro elétrico. Ela gasta 10 vezes mais que uma busca no Google. “Esses investimentos foram alocados e direcionados para regiões ricas em energias renováveis. Isso ocorre porque essas áreas podem fornecer uma fonte de energia limpa e sustentável, o que é crucial para reduzir a pegada de carbono desses empreendimentos. Data centers são, de fato, grandes consumidores de energia. Eles precisam de uma quantidade significativa de eletricidade para alimentar servidores, sistemas de resfriamento e outros equipamentos essenciais para o seu funcionamento”, afirmou Leandro Moraes. Esse é o motivo que torna a proximidade com fontes de energia renovável, como solar e eólica, altamente vantajosa para esse setor, tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental. “Além disso, a utilização de energias renováveis pode ajudar a mitigar os custos operacionais a longo prazo e melhorar a sustentabilidade dos data centers, tornando-os mais atraentes para investidores e clientes preocupados com a responsabilidade ambiental”, destacou o professor da UniFBV. A Um Telecom, inclusive, já possui uma usina solar, instalada na cidade de São Caetano,

Pernambuco entra no promissor mercado dos Data Centers Read More »

Ricardo Haziz Asfora

"Não podemos deixar essa ferramenta poderosa, que é a cannabis medicinal, se esvair"

Diretor da Aliança Medicinal, Ricardo Hazin Asfora, fala dos planos de triplicar a capacidade produtiva que hoje é de 5 mil frascos por mês de cannabis para uso em tratamento de doença. A perspectiva é de aumento da demanda, caso seja aprovada a lei que regulamenta o acesso do medicamento pelo SUS. Também explica como é feito o cultivo da planta em contêineres. Foto: Rafael Dantas O uso medicinal da cannabis ainda enfrenta desafios no Brasil. O baixo conhecimento médico, os preconceitos relacionados à planta e a ausência de regulamentações ainda são entraves que pouco a pouco estão sendo enfrentados. Uma experiência bem-sucedida em Pernambuco é da Aliança Medicinal já atendendo nove mil associados que fazem terapia com o óleo extraído a partir da produção realizada em contêineres, no município de Olinda. Trata-se de uma verdadeira fazenda urbana em ampliação. Os primeiros movimentos da associação foram dados pela presidente Hélida Lacerda. Seu filho tinha até 80 ataques epiléticos por dia, mesmo usando várias medicações, antes de usar o óleo produzido a partir da cannabis. A organização nasce do esforço dela de compartilhar o benefício com outras mães que sofriam com as dores dos filhos. Ricardo Hazin Asfora, diretor-executivo da Aliança Medicinal, conversou com o jornalista Rafael Dantas sobre as perspectivas de avanço no uso medicinal da cannabis a partir das recentes regulamentações na Câmara do Recife e na Alepe. Além disso, o engenheiro agrônomo, responsável pela estruturação da produção, explica os planos de expansão e comenta também sobre os benefícios até para o Sistema Único de Saúde diante da possibilidade de maior popularização dos tratamentos com a planta. Qual a importância das recentes legislações aprovadas para o uso medicinal da cannabis? Primeiro tivemos a lei do município do Recife (Lei Nº 19324/2024). Ela foi aprovada na Câmara Municipal mas não veio com política determinada. O município terá que instituir a política para depois ocorrer uma regulamentação. Algumas semanas depois, foi aprovada a Lei Estadual 18.757/2024 que já veio com uma política determinada. Agora, aguarda apenas a regulamentação antes de chegar aos pacientes. Essas leis vêm para facilitar a disponibilização do medicamento pelo SUS que hoje só acontece com ações judiciais. Com a lei não precisa ter todo o trâmite jurídico para ter acesso a cannabis que deverá estar disponível e com previsão de orçamento. Pelo processo judicial, os cofres públicos não conseguem fazer uma previsão de orçamento. Então, resta apenas a regulamentação para tornar o uso medicinal da cannabis possível pelo SUS? Quais são as próximas etapas? Isso virá provavelmente da Secretaria Estadual de Saúde que vai iniciar esse processo representando o Governo do Estado. Estamos nessa etapa de regulamentação. Não podemos prever o tempo para isso porque o trâmite público não é tão simples de se efetivar. Mas a nossa expectativa é que nos próximos seis meses tenhamos essa regulamentação bem encaminhada. Há alguma preocupação com a regulamentação? O “como” esse processo vai ser feito é muito importante. Há dois caminhos a seguir. O primeiro é apenas suprir a demanda existente para cumprir o que a lei determinou. O outro, que seria ideal e muito mais viável para o Estado, seria entender a importância dessa terapêutica e compreendê-la como um caminho para desafogar o SUS, diminuindo internações e emergências de tantas pessoas que chegam aos hospitais. Como o uso dessas terapias poderia ajudar a diminuir a pressão no SUS? Imagine o filho de Hélida, presidente da Aliança Medicinal. Ele tinha 80 crises de convulsão por dia. Logo, ele vivia nos hospitais. Quanto custa internação e atendimento de urgência ou emergência? O tratamento de média ou grave complexidade com a cannabis medicinal custa entre R$ 300 a R$ 400 por mês. Compare isso com sucessivos atendimentos na urgência? Isso é um ponto muito importante que estamos tentando mostrar, pois pode ajudar a viabilizar o SUS, tirando a pressão do sistema. Outra preocupação é de uma regulamentação que leve o poder público a adquirir esses produtos na indústria farmacêutica, importando-o. Isso é como normalmente se faz com as decisões judiciais, mas a compra seria muito mais cara. A gente vem discutindo essa realidade de que não é só fabricar o medicamento, mas a um custo mais eficiente. A maioria dos tratamentos atualmente que usam os óleos produzidos pela cannabis para uso medicinal são feitos com a produção nacional ou ainda tem muita gente que consome produção importada? Hoje há ainda muito produto importado que tem um trâmite custoso para o Estado e tem a demora também do acesso. Aqui, a gente consegue num dia fazer o cadastro desse paciente e, no mesmo ou no outro dia, enviar o medicamento para ele. Então, a gente tem essa prontidão de atendimento. Mas, ainda há, sim, um volume muito grande de produtos importados, inclusive por demanda judicial. Geralmente são produtos mais caros. Isso termina por tornar mais custosa a compra para os cofres públicos do que utilizar uma produção local. Qual a diferença de preços na compra desses produtos entre a produção nacional e a importada? No custo de produto, a gente pode economizar em torno de quatro a cinco vezes numa fabricação nacional. Imagina o quanto conseguiríamos economizar se todas as pessoas pudessem ter acesso ao produto local! E, como falei, se considerar a internação e emergência, é possível desafogar o Sistema Único de Saúde com o avanço desse tipo de tratamento. A gente não pode deixar essa ferramenta, que é cannabis medicinal, se esvair. Além da regulamentação, quais as barreiras para um uso mais amplo da cannabis com finalidade medicinal? É ainda preconceito? Consideramos que é o conhecimento médico. Eles não têm acesso às pesquisas durante a sua formação nos cursos tradicionais. Isso por causa da proibição que teve por tanto tempo no Brasil do cultivo, mesmo para uso medicinal. Precisamos unir forças para que o conhecimento médico venha, de fato, avançar. Hoje as pessoas vão aos médicos pedir o tratamento com a cannabis, após tentativas frustradas de outras terapias. Deveria ser o inverso. Mas o conhecimento sobre o sistema endocanabinoide

"Não podemos deixar essa ferramenta poderosa, que é a cannabis medicinal, se esvair" Read More »

Vale do Catimbau CREDITO Jorge Pinho

Que tal um giro pelo interior de Pernambuco em 2025?

Explore as belezas naturais, culturais e históricas do Estado em roteiros inesquecíveis pelo Sertão, Agreste e Zona da Mata *Por Rafael Dantas Janeiro é mês de traçar aquelas metas para o ano e, porque não, também planejar as viagens e se aventurar pelo Agreste, Sertão e Zona da Mata? Preparamos um roteiro com várias indicações para explorar o interior do Estado, com os tradicionais destinos de frio, mas também com boas opções para o verão. Nas indicações estão tanto cidades com roteiros já reconhecidos como aquelas que estão despontando com novidades. Uma oportunidade de vivenciar novas experiências. Aproveitando os primeiros meses de maior temperatura do ano, não é só o turismo de sol e mar que atrai visitantes. O interior tem boas opções de cachoeiras e, mesmo, do ecoturismo que está em alta. O destino mais conhecido das quedas d’águas é Bonito, no Agreste, mas há ainda várias cidades com boas propostas de banho de rio, lago ou com parques aquáticos para se refrescar. “O interior de Pernambuco tem muitos destinos que podemos destacar no verão. Pensamos muito como se fosse só praia e mar, mas temos várias opções com rios e lagos, aventura e o turismo rural. Bonito tem cachoeiras e passeio de balão, Petrolina tem as praias de rio, por exemplo. Petrolândia tem o passeio à igreja submersa”, destacou Eduardo Loyo, presidente da Empetur (Empresa de Turismo de Pernambuco). O consultor em gestão do turismo e diretor da Revista Turismo na Serra, Edivaldo Quirino, recomenda que os pernambucanos conheçam as cidades que fazem parte do Vale do São Francisco. Os destinos se encaixam tanto no perfil do ecoturismo e de águas, como do enoturismo. “Os roteiros podem oferecer serviços que integram cidades vizinhas, como a Ilha de Rarrá, que faz divisa com a Bahia, à Prainha do Sobrado, em Petrolândia. Indicaria também Belém de São Francisco e a própria Petrolina, que têm destinos de águas e balneários”. Vizinhas de Petrolândia, Tacaratu e Jatobá têm apostado no turismo ecológico, de contemplação e de natureza. VINÍCOLAS EM ALTA Um roteiro crescente no interior do Estado, em opções e procura, são as vinícolas. Se antigamente as plantações de uva e produção de vinhos e espumantes eram passeios das cidades gaúchas, hoje Garanhuns e Lagoa Grande oferecem também boas experiências com essa proposta. O Sebrae vem apoiando a estruturação do enoturismo também em Gravatá, que terá a Vinícola do Agreste, mas com previsão de ter a primeira colheita em pelo menos dois anos e meio. Há projetos ainda em Camocim de São Félix e Bonito. Quem deseja viver neste ano uma experiência com enoturismo, Garanhuns oferece duas opções. No Vale das Colinas, além de degustar os vinhos, os visitantes podem fazer um piquenique, realizar o passeio de pedalinhos no lago e, claro, fazer a visitação ao parreiral. A outra alternativa é a Mello Vinícola que está fazendo sua primeira colheita em 2025. No Sertão, uma das grandes apostas da Empetur no segmento é Lagoa Grande. “A cidade abriga grandes produtores de vinhos e espumantes premiados que fizeram uma visita técnica em Bento Gonçalves e estão desenvolvendo a experiência do enoturismo na região”, sugeriu Eduardo Loyo. Um dos destaques da cidade é a Vinícola Santa Maria, que produz o vinho Rio Sol. Dá para fazer a visitação e emendar com um passeio de catamarã pelo Rio São Francisco. A cidade tem ainda a tradicional Garziera e a Adega Bianchetti Tedesco que tem como destaque uma produção orgânica. TURISMO RELIGIOSO Pernambuco tem um potencial de turismo religioso bem distribuído em todo seu território. Embora as igrejas mais conhecidas do Estado estejam na Região Metropolitana do Recife, o interior celebra grandes festividades, como a Missa do Vaqueiro, em Serrita, e as diversas Paixões de Cristo, com destaque para o espetáculo de Nova Jerusalém, no Brejo da Madre de Deus. Um roteiro que está recebendo investimentos para receber melhor os visitantes é o Santuário de Cimbres, em Pesqueira. Os fiéis buscam subir ao local do relato de aparição da Nossa Senhora das Graças, entre 1936 e 1937. A freira pernambucana, a Irmã Adélia, inclusive, que foi a testemunha das aparições, está em processo de beatificação e canonização pelo Vaticano. “Está em estudo a requalificação do Santuário, não só o acesso mas toda a estrutura de apoio aos peregrinos, como as casas de acolhimento e um espaço para realização de missa campal”, explicou Eduardo Loyo. Além da experiência religiosa, a vista do local é também deslumbrante. O passeio em Pesqueira pode ser combinado com uma experiência de hospedagem ecológica da Arawi Pousada, na Serra do Ororubá, além de uma visita ao Museu do Doce, alguns dos atrativos da cidade. Sobre as Paixões de Cristo, o Estado tem apoiado diversos municípios na realização das encenações em referência à Páscoa. Em Nova Jerusalém, os espetáculos acontecem entre 12 e 20 de abril. CULTURA E PAISAGENS As imponentes paisagens do Vale do Catimbau estão sendo recebidas por mais visitantes também. Em 2023, último dado disponível, foram 17 mil turistas circulando pelas trilhas e pelos ateliês de alguns destaques do artesanato pernambucano, como Luís Benício, Simone Sousa e Zé Bezerra. Com apoio do Sebrae, mais da metade dos guias cadastrados na associação já foi qualificada no ano passado. “O Vale do Catimbau tem 60 equipamentos ligados ao turismo, sendo 16 ateliês de artesãos. Não é um destino só para quem gosta de curtir trilhas, ver formações rochosas e pinturas rupestres. Mas é um celeiro de arte. As casas dos mestres-artesãos se tornaram pontos de visitação turística em que pode ser vivida até a experiência de produzir uma peça de artesanato”, destacou Gerlane Melo, gestora de turismo, artesanato e economia criativa do Sebrae Agreste Meridional. Há uma diversidade de hospedagens também, como pousadas, campings, hostels e chalés, para todos os gostos. São mais de 10 trilhas, de diferentes graus de dificuldade, para serem atravessadas pelos turistas do Brasil e também do exterior que estão se aventurando pelas belezas da região. O parque recebe visitantes durante todo o ano mas o recomendável

Que tal um giro pelo interior de Pernambuco em 2025? Read More »

TLSA

Sudene liberou R$ 400 milhões para avanço da Ferrovia Transnordestina

Projeto recebe novo aporte inicial dentro de aditivo de R$ 3,6 bilhões para concluir obras no Nordeste. Foto: João Lavor (TLSA). A Ferrovia Transnordestina, considerada uma das maiores obras de infraestrutura logística do Nordeste, inicia 2025 com um impulso financeiro significativo. A Sudene aprovou a liberação de R$ 400 milhões do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), primeira parcela de um aditivo total de R$ 3,6 bilhões destinado ao projeto. A iniciativa integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e visa fortalecer o transporte ferroviário na região. “A decisão mostra o compromisso da Sudene com esta que é a obra mais importante do Nordeste para melhorar a logística e a geração de novos negócios e oportunidade de geração de emprego e renda”, destacou Danilo Cabral, superintendente da autarquia. Porém, esse aporte é direcionado à linha que seguirá para Pecém, no Ceará. Com mais de 1.200 km de extensão, a Transnordestina conectará Eliseu Martins, no Piauí, ao porto de Pecém, no Ceará, passando por 53 municípios, incluindo áreas de Pernambuco. No entanto, o percurso estratégico que conecta a ferrovia à Suape ainda aguarda anúncios mais significativos para avançar. Desde que foi retirado do projeto original, no final do Governo Bolsonaro, o trecho pernambucano enfrenta grandes dificuldades para avançar. Durante a aprovação do aditivo em dezembro de 2024, o presidente Lula reforçou a relevância da obra para o desenvolvimento do Nordeste e destacou que ela transformará a economia regional. O Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, principal financiador, reafirma sua posição estratégica para viabilizar obras estruturantes que promovam crescimento econômico e social. O Governo Federal em diversos pronunciamentos se manifestou a garantia da continuidade da obra também em Pernambuco, mas com metade da gestão em andamento faltam mais definições para o projeto sair do papel. É importante lembrar que as obras estavam mais avançadas na linha entre Salgueiro - Suape, em comparação com Salgueiro - Pecém, quando o trecho pernambucano foi retirado da Transnordestina. Sorvetes Frosty cresce em Pernambuco e mira expansão para 2025 Pernambuco consolidou sua posição como uma das principais praças da Sorvetes Frosty em 2024, tornando-se o segundo estado com maior número de lojas da marca. Um marco importante foi a inauguração da unidade em Boa Viagem, que ampliou a presença da empresa na Grande Recife. A Frosty também fortaleceu sua operação com investimentos significativos em maquinários, como uma nova máquina capaz de produzir 20 mil picolés por hora, impulsionando a produção a 15 mil toneladas anuais. A marca cearense ampliou seu faturamento em 65% em 2024. Para 2025, a Frosty planeja abrir 54 novas lojas no estado, incluindo 40 na Grande Recife e 14 em Caruaru. O robusto plano de expansão no mercado pernambucano reflete o compromisso da marca com a inovação e a proximidade ao consumidor. “Estamos determinados a expandir nossa presença no mercado e fortalecer nossa competitividade, estando cada vez mais próximos ao nosso consumidor em 2025", ressaltou o CEO da empresa, Edgard Segantini Junior. Workshop no Recife promete impulsionar carreiras em 2025 No dia 18 de janeiro, o Recife recebe o Workshop Profissional S/A, conduzido pelo escritor, palestrante e mentor de carreiras Rodrigo Barbosa. Voltado para profissionais que desejam crescer e se destacar no competitivo mercado de trabalho em 2025, o evento acontecerá no Empresarial RioMar e oferecerá um dia repleto de conteúdo estratégico, networking qualificado e experiências transformadoras. Os ingressos estão com preço promocional de R$197 até 8 de janeiro. Uma oportunidade imperdível para quem busca alavancar sua trajetória profissional. Mais informações e inscrições: www.orodrigobarbosa.com.br/workshop-recife BBI of Chicago traz MBAs online com foco em competências para negócios O Business Behavior Institute (BBI of Chicago) consolida sua atuação no Brasil com a oferta de MBAs online focados no desenvolvimento de competências comportamentais e estratégicas para negócios. Com mais de 11 mil alunos formados desde 2018, a instituição traz programas alinhados às demandas do mercado global, incluindo o Programa de Aceleração de Carreiras (PAC), que combina ferramentas práticas e mentoria para destacar profissionais em diversos setores. "Apostamos em uma metodologia própria, inspirada nas maiores universidades americanas, como Harvard e Columbia", explica Luiz Guilherme Priolli, diretor geral do BBI. Os módulos abrangem temas como gestão estratégica, liderança, oratória e inteligência emocional, oferecendo uma formação completa para médicos, executivos e outros profissionais que buscam crescimento no mercado. Ferreira Costa inaugura outlet de utilidades com preços a partir de R$ 4,90 A Ferreira Costa da Tamarineira, em Recife, lançou um outlet de utilidades domésticas no 3º andar de sua loja, oferecendo uma ampla variedade de produtos a preços reduzidos, com itens a partir de R$ 4,90. Entre as ofertas estão taças, panelas, travessas, cadeiras de praia e caixas organizadoras, incluindo peças com pequenas imperfeições que não comprometem sua funcionalidade. A iniciativa, que combina economia e sustentabilidade, segue até 2 de fevereiro ou enquanto durarem os estoques.

Sudene liberou R$ 400 milhões para avanço da Ferrovia Transnordestina Read More »