Arquivos Pernambuco - Página 3 De 107 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Endividamento recua no Recife, mas inadimplência segue alta entre famílias de baixa renda

PEIC aponta redução no total de lares com dívidas e alerta para impacto do crédito consignado no orçamento das famílias A mais recente edição da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com recorte local feito pela Fecomércio-PE, revela que o endividamento das famílias recifenses caiu para 81,2% em março de 2025 — uma retração de 2,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Por outro lado, a inadimplência registrou leve alta, atingindo 27,1% das famílias, 0,1 ponto percentual acima do observado em fevereiro. Entre os destaques da pesquisa, chama atenção a desigualdade no impacto financeiro entre as faixas de renda: entre os lares com rendimento de até 10 salários mínimos, o índice de inadimplência chega a 35,7%. Já nas famílias com renda acima desse patamar, a taxa é bem menor, de 8,9%. Em uma sinalização positiva, o percentual de famílias que declararam não ter condições de quitar suas dívidas no mês seguinte recuou para 12,2%, indicando um avanço na organização orçamentária. A pesquisa também mostra que o cartão de crédito, principal fonte de endividamento das famílias, apresentou redução na participação: de 94,4% em março de 2024 para 88% este ano. O presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, ressalta que o cenário sinaliza recuperação, impulsionada pela geração de empregos formais. “O fortalecimento do mercado de trabalho, com saldo positivo de 7.588 novos postos em fevereiro segundo o Caged, contribui para a melhora dos indicadores. Mas ainda há desafios significativos, especialmente para os grupos de menor renda”, afirma. Para o economista Rafael Lima, da Fecomércio-PE, é necessário cautela com o avanço do crédito consignado ao trabalhador. “Apesar de facilitar o acesso ao crédito, essa modalidade pode comprometer uma parcela significativa da renda familiar, elevando os riscos de inadimplência no médio prazo”, alerta.

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Ciclo das Paixões leva espetáculos da Paixão de Cristo a 10 cidades de Pernambuco

Com investimento de R$ 380 mil, iniciativa incentiva cultura, turismo e inclusão social no interior e no litoral do Estado A tradição da Semana Santa ganha novos palcos em Pernambuco com a realização do Ciclo das Paixões, que contemplou 10 grupos teatrais com recursos para encenar a Paixão de Cristo em diferentes regiões do Estado. Com investimento total de R$ 380 mil, o edital foi lançado em novembro de 2024 pela Secretaria de Cultura de Pernambuco e recebeu 40 propostas de todo o território estadual. Foram selecionados três espetáculos na Categoria A, voltados a grandes montagens (até R$ 45 mil), e outros sete na Categoria B, com produções de médio porte (até R$ 35 mil). As apresentações ocorrem de 16 a 20 de abril, com encenações em cidades como Limoeiro, Paudalho, Gravatá, Serra Talhada, Fernando de Noronha, Recife, Petrolina, Cabo de Santo Agostinho, Belo Jardim e Petrolândia. “Ao incentivar a tradição das artes cênicas, o edital Pernambuco de Todas as Paixões não apenas valoriza a cultura popular, mas também movimenta o turismo, gera renda e promove a inclusão social”, destaca a secretária estadual de Cultura, Cacau de Paula. A ação fortalece ainda a economia criativa, beneficiando artistas, produtores, técnicos e comunidades locais. Os espetáculos, que vão do Agreste ao Sertão e ao Litoral, reforçam a importância das manifestações religiosas como ferramenta de identidade cultural e acesso democrático à arte. A programação inclui produções inovadoras como Jesus Sertanejo, Paixão de Cristo dos Bonecos e Brejinho da Serra no Caminho da Fé, Orações e Graças, encenada em área indígena. ServiçoCiclo das Paixões 2025 – Espetáculos da Paixão de Cristo em Pernambuco📍 Confira a programação completa no site da Secult-PE ou nas redes sociais dos grupos participantes🗓️ De 16 a 20 de abril de 2025🎭 Entrada gratuita, com horários variados por cidade Confira a programação completa:PAIXÃO DE CRISTO DO MONTE DA FÉ - 18º EDIÇÃO Concurso Paixões 16, 17 e 18 de Abril de 2025 20h Paudalho | Monte da Fé - Vila PAIXÃO DE CRISTO DE DONA NANETE - FERNANDO DE NORONHA/PEConcurso Paixões 16, 17 e 18 de Abril de 2025 21hFernando de Noronha | Terminal Turístico do Cachorro PAIXÃO DE CRISTO DE LIMOEIROConcurso Paixões 16, 17, 18 e 19 de Abril de 202520h Limoeiro JESUS SERTANEJO - PAIXÃO DE CRISTOConcurso Paixões 17 e 18 de Abril de 2025 20hSerra Talhada | Sítio PAIXÃO DE CRISTO DOS BONECOSConcurso Paixões 17 e 18 de Abril 2025 16h30Recife | Teatro Apolo Não A CRUCIFICAÇÃOConcurso Paixões 17 e 18 de Abril 2025 20hPetrolina | Concha Acústica Não A NOSSA PAIXÃOConcurso Paixões 17, 18 e 19 de Abril de 2025 20h30Gravatá | Pátio de Eventos Não BREJINHO DA SERRA NO CAMINHO DA FÉ, ORAÇÕES E GRAÇASConcurso Paixões 20/04/2025 19h30Petrolândia | Sítio Brejinho da Serra, Zona Rural de Petrolândia, área indígena | A PAIXÃO DA PONTE - 2025 Concurso Paixões 18 e 19 de Abril de 2025 20hCabo de Santo Agostinho | Loteamento Cidade Jardim, Ponte dos Carvalhos PAIXÃO DE CRISTO DE XUCURU Concurso Paixões 18/04/2025 19hBelo Jardim | Praça Justino, Comunidade Xucuru. Próximo à Igreja São Manoel da Paciência

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Premiado na Berlinale, “O Último Azul” amplia circuito internacional e fortalece o cinema brasileiro

Filme de Gabriel Mascaro, vencedor do Urso de Prata, terá exibições em 13 países e estreia comercial no Brasil no segundo semestre Após vencer o Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri na 75ª Berlinale, “O Último Azul”, novo longa de Gabriel Mascaro, consolida-se como destaque do cinema brasileiro no cenário internacional. Protagonizado por Denise Weinberg e com Rodrigo Santoro, Adanilo e Miriam Socarrás no elenco, o filme já tem presença confirmada em 13 festivais ao redor do mundo e garantiu distribuição em mais de 15 mercados internacionais, da Europa à Ásia. Neste mês, o longa faz sua estreia em festivais latino-americanos e europeus, com sessões em Cartagena (Colômbia), no BAFICI (Buenos Aires) e no Festival de Istambul. Em maio, integra a mostra Rizoma do IndieLisboa (Portugal), que foca em obras com forte apelo social, e em junho desembarca no Sydney Film Festival, na Austrália. A estreia nos cinemas brasileiros está prevista para o segundo semestre, com distribuição da Vitrine Filmes. Ambientado em um Brasil amazônico e distópico, “O Último Azul” narra a jornada de Tereza (Weinberg), uma idosa de 77 anos prestes a ser exilada em uma colônia habitacional estatal. Antes do destino imposto, ela decide realizar um último desejo, navegando pelos rios da floresta em uma jornada de resistência e transformação. A trama toca em temas como envelhecimento, liberdade e dignidade em meio a uma sociedade que descarta seus mais velhos. Além dos prêmios oficiais da Berlinale, como o Prêmio do Júri Ecumênico e o Prêmio do Júri de Leitores do Berliner Morgenpost, o filme recebeu críticas entusiasmadas da imprensa especializada. O The Hollywood Reporter chamou-o de “um deslumbrante filme de estrada aquático”, enquanto a Variety destacou seu tom entre a ficção científica e a fábula. O Screen Daily elogiou Denise Weinberg por sua “performance vencedora”, e o Cineuropa classificou sua Tereza como “uma personagem adorável, que carrega o filme com imensa sensibilidade”. Produzido por Rachel Daisy Ellis, da Desvia Produções, e Sandino Saravia Vinay (de “Roma”), o longa é uma coprodução entre Brasil, México, Chile, Países Baixos e conta com apoio da Globo Filmes.

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Sirinhaém é destaque internacional com projeto de marisqueiras que valoriza inclusão e cultura local

Iniciativa venceu prêmio de turismo responsável durante a WTM Latin America e reforça protagonismo feminino na pesca artesanal O município de Sirinhaém, no Litoral Sul de Pernambuco, conquistou visibilidade global ao vencer o 5º Prêmio de Turismo Responsável, promovido pela WTM Latin America 2025. O projeto da Associação Marisqueira de Aver-o-Mar, que atua com Turismo de Base Comunitária, foi o vencedor da categoria “Melhores iniciativas para promover a diversidade, equidade e inclusão no turismo”. A cidade integra o Programa DEL Turismo, uma iniciativa de desenvolvimento econômico local apoiada pelo Sistema Fecomércio/Sesc/Senac PE e instituições internacionais. Com atividades ligadas à pesca artesanal e à preservação cultural, o projeto reúne mulheres marisqueiras da comunidade de Aver-o-Mar que, além de extrair mariscos, ostras e aratus, recebem turistas com trilhas pelo mangue e experiências gastronômicas. “Essa conquista é um marco não apenas para Sirinhaém, mas para todo o turismo pernambucano. O reconhecimento da Associação Marisqueira de Aver-o-Mar como exemplo de diversidade, equidade e inclusão reafirma o poder que o turismo tem de transformar vidas e fortalecer comunidades”, destacou Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac PE. O protagonismo feminino é a base da iniciativa, que valoriza a cultura quilombola e o saber ancestral das pescadoras locais. “Receber esse prêmio é uma emoção que não cabe no peito. [...] Esse prêmio é de todas nós, mulheres guerreiras, que seguimos firmes preservando nossa cultura e gerando sustento com dignidade”, declarou Viviane Maria do Nascimento, presidente da associação, emocionada. Com apoio do Hotel Sesc Sirinhaém, Senac, Sebrae e Instituto Negralinda, as marisqueiras passaram por formações em manipulação de alimentos e turismo receptivo. A valorização desse trabalho também foi reconhecida internacionalmente em março, quando o projeto recebeu o 3º lugar no Green Destinations Stories Awards, durante a ITB Berlim 2025, na categoria “Comunidades Prósperas”.

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Feriado deve movimentar 152 mil veículos nas rodovias que levam ao Litoral Sul de Pernambuco

Monte Rodovias prepara operação especial com reforço de equipes e incentivo ao uso de TAGs A Semana Santa e o feriado de Tiradentes devem provocar grande movimentação nas rodovias do Litoral Sul de Pernambuco. De acordo com a Monte Rodovias, responsável pela administração da Rota dos Coqueiros e Rota do Atlântico, a expectativa é de que cerca de 152 mil veículos circulem pelas vias entre os dias 17 e 22 de abril. As estradas conectam a Região Metropolitana do Recife a destinos turísticos como Porto de Galinhas, Muro Alto e as praias do Cabo de Santo Agostinho, e terão reforço operacional para atender à demanda. Os dias de maior fluxo devem ser a quinta-feira (17) e a sexta-feira da Paixão (18), quando muitos motoristas seguem viagem para aproveitar o recesso prolongado. A volta para casa promete congestionamentos, especialmente na segunda-feira (21), quando mais de 19 mil veículos devem passar pela Rota do Atlântico entre 14h e 18h. Já na Rota dos Coqueiros, o pico de retorno é esperado na terça-feira (22), entre 5h e 19h. Para evitar retenções, a concessionária orienta que os condutores planejem os horários de deslocamento com antecedência. Para melhorar a fluidez, a empresa destaca o uso das pistas automáticas nas praças de pedágio. “Durante o feriado, os motoristas também poderão aproveitar uma ação especial para ativar TAGs com isenção de mensalidade por 12 meses — promoção válida até a Páscoa de 2026.” Além disso, papas-filas estarão posicionados para acelerar a passagem nos horários de maior movimento, e equipes estarão de prontidão com monitoramento constante por meio do Centro de Controle Operacional. A Monte Rodovias também reforça as orientações para uma condução segura. “Segurança no trânsito começa com atitudes conscientes”, alerta a concessionária. A revisão completa do veículo, a direção defensiva e o respeito às leis de trânsito são fundamentais para evitar acidentes. Os motoristas contam ainda com serviços gratuitos ao longo das rodovias, como atendimento médico, carro-pipa e reboque, disponíveis 24 horas por dia. SERVIÇO📞 Rota do Atlântico: 0800 031 0009📞 Rota dos Coqueiros: 0800 281 0281

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Sem novas linhas de transmissão, setor de energia em Pernambuco pode travar?

Especialistas apontam que o Estado pode deixar de atrair investimentos bilionários em energias renováveis e perder espaço para Estados vizinhos *Por Rafael Dantas Pernambuco, como todo o Nordeste, vem arrematando investimentos bilionários no setor de energias renováveis nos últimos anos. A Zona da Mata, o Agreste e o Sertão estão atraindo empreendimentos em energia solar e eólica. A comparação regional, porém, indica que há uma concentração maior desses projetos em estados vizinhos. Há algumas motivações naturais, mas um gargalo que contribui para isso é a ausência de uma estrutura mais robusta de linhas de transmissão. Elas são as estruturas responsáveis por transportar a energia elétrica das usinas geradoras até as subestações para ser transformada em níveis de tensão mais baixos e distribuída para os consumidores. São como as estradas por onde a produção hidroelétrica, eólica, solar ou térmica percorrem para chegar nas cidades, seja para atender a demanda do setor industrial, residencial ou quaisquer outras. Acontece que os pesquisadores e os representantes empresariais do setor estão alertando para a urgência de o Estado projetar novas linhas de transmissão. Sem elas, os possíveis empreendimentos no interior, ainda que sejam construídos, não teriam como escoar sua produção. A percepção dos representantes da área elétrica é que Pernambuco está no limite. O problema, porém, não é exclusivo local e está sendo enfrentado também em outros estados. “Pernambuco hoje está praticamente sem nenhuma margem a mais, ou seja, os parques que existem já ocuparam todas as barras disponíveis e, se esse trabalho não for feito, a gente compromete o desenvolvimento do Estado no futuro”, afirmou o presidente do Sindienergia-PE (Sindicato das Empresas de Energia de Pernambuco), Bruno Câmara.  "Pernambuco está praticamente sem nenhuma margem a mais [quanto às linhas de transmissão], ou seja, os parques que existem já ocuparam todas as barras disponíveis e, se esse trabalho não for feito, a gente compromete o desenvolvimento do Estado no futuro." (Bruno Câmara) De acordo com o presidente da Aperenováveis, Rudinei Miranda, a infraestrutura existente ficou deficitária pois as malhas de transmissão não foram dimensionadas para um aumento de geração oriunda de outras fontes. Ou seja, o sistema criado para atender principalmente a geração hidroelétrica, hoje recebe a geração solar, eólica e vê a aproximação de outros projetos num horizonte próximo.  “Não houve um planejamento energético para que isso fosse corrigido ao longo do tempo. Isso é um problema de estado, não de governo. Pernambuco perdeu o timing de entender as necessidades energéticas. Então, hoje temos capacidade de captar investidores, temos atratividade pelo posicionamento logístico, mas o Estado esqueceu que a malha elétrica, o planejamento energético, precisa de um tempo maior para acontecer e ser construído”, afirmou Rudinei. "Não houve planejamento energético para que isso fosse corrigido. Temos capacidade de captar investidores e atratividade pelo posicionamento logístico, mas o Estado esqueceu que a malha elétrica precisa de um tempo maior para acontecer e ser construída." (Rudinei Miranda) A realidade apresentada pelos especialistas e representantes setoriais expõe uma gradativa perda de competitividade do setor elétrico, em Pernambuco, que já foi protagonista no Nordeste. No momento em que o mundo volta os olhos para regiões com alto potencial solar e eólico, como o Nordeste brasileiro, a ausência dessa infraestrutura pode reposicionar o Estado a um papel menor na região. Essa percepção fica mais evidente quando comparados os empreendimentos no setor entre os estados do Nordeste. A conta foi explanada durante o evento Exporenováveis 2025 pelo professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFPE, Methodio Varejão. “Existe uma realidade bem clara: os investimentos em geração eólica e solar em Pernambuco nos últimos 8 a 10 anos são muito menores. No Ceará, os aportes foram 10 vezes maiores, no Rio Grande do Norte 8 vezes e na Bahia 14 vezes”.  O docente afirma que embora a geração de energia eólica não seja uma realidade para todos lugares no Nordeste, os empreendimentos solares poderiam ter avançado mais no Estado. “Esses outros têm uma condição mais favorável de ventos. Mas, sobre a geração solar não tem justificativa nenhuma. A radiação é alta em qualquer estado. Esse é o ponto principal”.  BARREIRAS PARA ATRAÇÃO DE NOVOS PROJETOS O presidente da Sindienergia-PE considera que esse gargalo na transmissão é o motivo pelo qual Pernambuco não consegue atrair um volume maior de  empreendimentos. “Os investimentos no setor estão indo para Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Esses estados se organizaram melhor, conseguiram criar facilidades e estão atraindo muito mais projetos. Pernambuco é um estado que não ‘exporta’ energia. Todo o resto do Nordeste é exportador. A gente precisa aumentar nossa capacidade para poder se tornar um exportador de energia também”, alerta Bruno.  A fuga de projetos se dá exatamente porque uma das condições para qualquer investimento de geração é a infraestrutura de escoamento. Rudinei Miranda ressalta que esse problema tem afetado especialmente os empreendimentos de usinas fotovoltaicas em Pernambuco. “Hoje, dois critérios são levados em consideração pelos grandes investidores – dependendo da região onde pretendem instalar um projeto solar: como eles vão conectar essa usina; e se a subestação que vai receber essa energia terá condições de escoar. Como temos essa restrição em vários pontos do Estado, algumas usinas deixaram de ser feitas aqui e foram deslocadas para o Ceará ou para estados vizinhos, em virtude do receio de se avançar no projeto e não ter viabilidade.” Methodio Varejão observa o problema também pelo ângulo contrário. Ele destaca que Pernambuco não tem uma quantidade maior de linhas de transmissão, justamente pelo fato de não ter atraído maiores investimentos em geração ou em carga, como os estados vizinhos. Ele exemplifica com o Ceará que atraiu um projeto de data center que representa uma demanda de consumo que equivale a 40% de todo o Sergipe. “Quando esse projeto estiver em plena operação, vai consumir o equivalente a todo o estado do Sergipe. Tendo uma carga dessa, terá investimento em transmissão… ninguém fez uma linha para nada”. "Existe uma realidade bem clara: os investimentos em geração eólica e solar em Pernambuco nos últimos 8 a 10

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Pernambuco investe R$ 30 milhões para fortalecer reciclagem e coleta seletiva nos municípios

Projeto Recicla+Pernambuco vai capacitar gestores e implantar unidades de triagem em cidades do interior e Fernando de Noronha. Foto: Hesíodo Góes O Governo de Pernambuco deu início a uma das maiores iniciativas de sustentabilidade do estado com o lançamento do projeto Recicla+Pernambuco, em parceria com o Instituto Recicleiros. Com investimento de quase R$ 30 milhões, a proposta tem como objetivo qualificar a gestão de resíduos sólidos e expandir a coleta seletiva para os 184 municípios pernambucanos e Fernando de Noronha. A iniciativa prevê desde a capacitação de gestores públicos até a implantação de unidades de triagem e apoio direto a cooperativas de catadores. “O Recicla+Pernambuco, junto ao Instituto Recicleiros, é a iniciativa pioneira para que a gente possa trabalhar mais reciclagem, garantir economia circular e permitir que o nosso Estado possa crescer de maneira justa e sustentável”, declarou a governadora Raquel Lyra durante o evento de lançamento no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. A capacitação gratuita será oferecida por meio da plataforma Academia Recicleiros do Gestor Público, com oficinas presenciais em quatro regiões. Além disso, quatro municípios ou consórcios serão selecionados para receber assessoria técnica, equipamentos, infraestrutura e apoio à criação de cooperativas. A expectativa é garantir renda e direitos para até 200 catadores e suas famílias, fortalecendo a inclusão produtiva no setor. Atualmente, apenas 15 cidades pernambucanas possuem serviço de coleta seletiva estruturado, segundo dados do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa). Com o Recicla+Pernambuco, a meta é transformar esse cenário e tornar o estado referência nacional em políticas de reciclagem. “O catador que estava esquecido, agora se levanta, mostrando a sua capacidade”, celebrou Luiz Mauro Paulinho, presidente da Coocencipe. Serviço:Municípios e consórcios interessados em participar da seleção para o projeto devem se cadastrar em:👉 conteudos.recicleiros.org.br/reciclapernambuco

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Pioneirismo feminino marca nova fase do Instituto de Inovação Tecnológica da UPE

Pioneirismo feminino marca nova fase do Instituto de Inovação Tecnológica da UPEProfessora Márcia Macedo assume liderança com foco em inclusão social, interiorização da tecnologia e fortalecimento da ciência aplicada em Pernambuco Pela primeira vez em sua história, o Instituto de Inovação Tecnológica da Universidade de Pernambuco (IIT-UPE) será liderado por uma mulher. A engenheira e professora Márcia Macedo, da Escola Politécnica de Pernambuco (POLI-UPE), assume o comando do Instituto em um momento estratégico, que combina avanço na representatividade feminina e fortalecimento da agenda de inovação com impacto social. A docente também estará à frente da recém-criada Coordenação de Desenvolvimento Tecnológico da UPE, cujo objetivo é aproximar a ciência universitária das demandas reais da população. A nova coordenadora quer descentralizar o conhecimento tecnológico e transformar os mais de dez ambientes de inovação da UPE em núcleos ativos de desenvolvimento por todo o estado. “Queremos levar desenvolvimento tecnológico para todos os cantos de Pernambuco — de Noronha ao Sertão. [...] A ideia é fazer a tecnologia chegar onde hoje ela não chega. Porque a inovação de verdade é aquela que transforma a vida das pessoas”, afirma Márcia. Para isso, ela pretende conectar os centros de pesquisa e replicar políticas públicas voltadas à inovação, ampliando o alcance da universidade para além da capital. Em um campo tradicionalmente dominado por homens, especialmente na engenharia, Márcia se destaca não apenas pela competência técnica, mas pela visão humanizada da liderança. “Acho que estamos vivendo uma nova fase. [...] Podemos ser uma em cada lugar, mas que sejamos uma que faça a diferença”, diz, reforçando o papel simbólico e inspirador de sua presença na coordenação. Seu estilo de gestão une firmeza com empatia, valorizando a diversidade como motor da inovação. Outro foco da nova gestão será o investimento na inclusão social por meio da educação científica. Estudantes da rede pública, especialmente dos anos finais do ensino fundamental, estarão no centro de ações que buscam despertar vocações e ampliar horizontes. A estratégia é usar a inovação como ferramenta de transformação social, aproximando jovens da ciência em contextos onde ela ainda é pouco acessível. Com trajetória sólida nas áreas de transportes, geoinformação e sustentabilidade urbana, Márcia Macedo representa uma nova geração de lideranças acadêmicas comprometidas com um modelo de desenvolvimento tecnológico inclusivo, descentralizado e com impacto real na sociedade.

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"Temos duas novas propostas para a Escola de Sargentos do Exército com impacto ambiental muito menor"

Os danos ambientais provocados pela construção da Escola de Sargentos na APA Aldeia Beberibe são ressaltados pelo presidente do Fórum Socioambiental de Aldeia, Herbert Tejo. Ele diz que a obra afetará o abastecimento hídrico e espécies de flora e fauna, muitas delas que só existem na região. Mas afirma ter alternativas sustentáveis para projeto. O Fórum Socioambiental de Aldeia, presidido por Herbert Tejo, tem sido uma das principais vozes da sociedade civil na defesa ambiental da região. Após o debate acerca do Arco Metropolitano, o novo ponto de preocupação é a instalação da ESA (Escola de Sargentos de Armas do Exército). Com quase 23 anos, a organização tem como foco o equilíbrio ecológico. A principal preocupação dos seus integrantes não está na criação da Escola, mas na escolha da localização, que impacta diretamente o maior fragmento de Mata Atlântica ao norte do Rio São Francisco.   Herbert Tejo, que é mestre em gestão ambiental, e os demais membros do Fórum têm participado ativamente de debates e negociações com o Exército, o Governo do Estado e demais entidades envolvidas. O debate público conseguiu avanços significativos, como a retirada das vilas militares da área de proteção e a redução do espaço ocupado pelo empreendimento. No entanto, ainda há pontos de desacordo, principalmente no que diz respeito ao cumprimento do Código Florestal e da Lei Estadual 9860/86. Agora, uma nova proposta surge no horizonte, prometendo minimizar os impactos ecológicos do projeto e reacendendo o debate sobre a viabilidade de alternativas de locais para instalar a ESA. O Fórum Socioambiental de Aldeia tem sido uma voz muito presente da sociedade nos debates sobre o Arco Metropolitano e acerca da Escola de Sargentos de Aldeia. Como funciona essa organização? O Fórum Socioambiental de Aldeia é uma organização comunitária, sem fins lucrativos, apartidária e em 2025 está completando 23 anos. A entidade tem como missão a defesa do território da APA Aldeia-Beberibe, o combate em todas as esferas, pública e privada, às agressões ambientais e ao descumprimento do que estabelece a legislação ambiental vigente no País. A instalação da Escola de Sargentos na APA é a principal preocupação dos moradores de Aldeia atualmente? As ameaças ao território de Aldeia são muitas e de toda ordem: da iniciativa privada, com a especulação imobiliária desenfreada que resulta em adensamento populacional incompatível para uma Unidade de Conservação, e do poder público, pelas ações e omissões dos gestores públicos. No campo das ações, todos os projetos lançados nos últimos 15 anos operam na direção de degradar o meio ambiente nesta região. No campo das omissões, falham em cumprir suas obrigações de zelar e fazer valer o arcabouço legal protetivo desse território.  Até então, a maior das lutas vinha sendo contra o traçado norte do Arco Metropolitano, defendida por todos os governos desde 2012. O traçado que corta a APA Aldeia-Beberibe ao meio, inviabilizando o território como Área de Proteção Ambiental. Criamos a campanha Arco Viário, Arrudeia!, ou seja, “arrudeia” a APA. Nós nos dedicamos a estudar alternativas que o viabilizassem, para garantir a obra que reconhecemos como uma das mais importantes para o desenvolvimento do Estado.  Mas aí, no meio da luta contra o traçado do Arco, surge uma ameaça ainda maior: a localização do Complexo Militar da ESA, patrocinada por uma aliança poderosa, uma vez que se soma ao Exército Brasileiro, o Governo do Estado e o Governo Federal. Todos juntos em defesa do desmatamento evitável. Respondendo objetivamente sua pergunta: sim, a ESA hoje é nossa maior preocupação, não o projeto em si, mas sua localização irracional. Com um agravante, a ESA, onde se projeta atualmente, atrai o Arco que o governo quer. Essa convergência de duas obras é desastrosa ambientalmente para a região. Determinará o fim de uma Área de Proteção Ambiental. Haveremos de chamar de Área de Destruição Ambiental – ADA! "A ESA, onde se projeta atualmente, atrai o Arco que o governo quer. Essa convergência de duas obras é desastrosa ambientalmente. Determinaremos o fim de uma Área de Proteção Ambiental. Haveremos de chamar de Área de Destruição Ambiental – ADA!" Como têm sido as tratativas com o poder público? Quando o tema é a defesa do meio ambiente, as tratativas com o poder público são sempre difíceis. O discurso político ambiental é esquizofrênico. O discurso e a prática de quem exerce o poder costumam estar totalmente dissociados. O Exército alardeia que seu projeto da ESA, com o desmatamento que propõe e os impactos ambientais irreversíveis, é um exemplo de sustentabilidade para o mundo. O Governo do Estado, por sua vez, se afirma defensor do meio ambiente e é omisso na defesa do território. Em nenhum momento se manifestou na defesa das alternativas locacionais apontadas pelo Fórum, nem para ser contra. O Governo Federal, que brada ao mundo combater o desmatamento e preservar as florestas tropicais, vem ao Estado para criticar os ambientalistas e enaltecer o projeto desmatador. Mas reconhecemos a importância da iniciativa da governadora Raquel Lyra quando criou um grupo de trabalho por meio de decreto, o GT-ESA. Ou seja, criou uma mesa formal de diálogo composta por representantes do poder público, do Exército, o Fórum Socioambiental de Aldeia, um representante da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) e um da Alepe (Assembleia legislativa de Pernambuco). Foi importante porque até então não existia diálogo com o Exército. Nesse GT, tivemos a oportunidade de demonstrar as irregularidades legais, a desatenção com o arcabouço legal protetivo e dedicado ao território afetado, especialmente por se situar dentro de um local reconhecido pelo Estado como Área de Proteção de Mananciais e como Patrimônio Biológico de Pernambuco. Como resultado, o Exército promoveu três revisões do projeto original. Houve avanços. O desmatamento original defendido era de 188 hectares, depois foi revisado para 146 hectares, com o incremento de verticalização dos equipamentos. No final de 2023, o Exército retirou as duas vilas militares de dentro da Mata. Mas continua um desmatamento gigantesco de quase 100 hectares. Qual a principal preocupação do Fórum Socioambiental com esse projeto? Qualquer desmatamento em um bioma em extinção

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Pernambuco apresenta mais de 1.200 propostas para o Novo PAC Seleções 2025

Estado participa ativamente da segunda edição do programa federal, que vai investir R$ 49,2 bilhões em projetos de infraestrutura em todo o país Pernambuco está entre os estados mais engajados na segunda edição do Novo PAC Seleções 2025. No total, foram encaminhadas 1.291 propostas de obras e aquisição de equipamentos, sendo nove elaboradas pelo governo estadual, 1.281 pelas prefeituras e uma por consórcio. Das 185 cidades do estado, 183 participaram da seleção. Recife lidera o número de propostas enviadas, com 21, seguida por Igarassu (13), Paulista (13), Cabo de Santo Agostinho (12) e Jaboatão dos Guararapes (11). O Novo PAC Seleções recebeu, em todo o país, 35.119 propostas de 5.537 municípios — o equivalente a 99,4% das cidades brasileiras. O programa federal, com orçamento de R$ 49,2 bilhões, contempla 19 modalidades distribuídas em quatro grandes eixos: Saúde; Educação, Ciência e Tecnologia; Cidades Sustentáveis e Resilientes; e Infraestrutura Social e Inclusiva. Na área da saúde, Pernambuco apresentou 994 propostas, com destaque para equipamentos de Unidades Básicas de Saúde (178), kits para teleconsulta (175) e unidades odontológicas móveis (150). Também foram solicitadas obras como construção de UBSs (141), implantação de Centros de Atenção Psicossocial (97), e renovação e ampliação da frota do Samu (43 no total). Na educação, foram registrados 279 projetos, como solicitações para transporte escolar por meio do programa Caminho da Escola (170) e construção de creches e escolas de educação infantil (109). Já no eixo de Cidades Sustentáveis e Resilientes, o estado apresentou 79 propostas, com foco em drenagem urbana, contenção de encostas e urbanização de favelas. No campo da Infraestrutura Social e Inclusiva, o destaque fica por conta de 142 pedidos para a construção de espaços esportivos comunitários, mostrando que as gestões locais também estão atentas à promoção do lazer e da inclusão social. A expectativa agora é pela análise e seleção dos projetos por parte do Governo Federal, que deve anunciar nos próximos meses quais propostas serão contempladas nesta nova fase do programa.

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