Arquivos Pernambuco - Página 3 De 112 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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“O Agente Secreto” é eleito Melhor Filme no Festival de Lima

Longa de Kleber Mendonça Filho conquista júri oficial e crítica internacional no Peru e será filme de abertura no Festival de Biarritz, na França O novo filme de Kleber Mendonça Filho, O Agente Secreto, foi o grande vencedor do 29º Festival de Cine de Lima - PUCP, no Peru, conquistando os prêmios de Melhor Filme tanto pelo Júri Oficial quanto pela Crítica Internacional. Na cerimônia, o júri destacou: “Pelo impacto visual, sonoro, autoral e de desenho de produção que incorpora de forma brilhante elementos de gêneros inesperados iluminando tempos traumáticos da história política e social do Brasil, o jurado outorga por unanimidade o prêmio de Melhor Filme”. Em vídeo enviado ao festival, o diretor celebrou a conquista: “‘O Agente Secreto’ é um ‘irmão’ mais novo de outro filme que eu realizei há dois anos - ‘Retratos Fantasmas’ e que tive a mesma honra de ser premiado. Estou muito honrado." O reconhecimento da crítica também foi ressaltado. Os jurados internacionais justificaram a escolha pelo “domínio magistral de cena que recupera uma época de resistência e clandestinidade, com o uso cinéfilo de distintos gêneros, sempre com uma narração ágil que reúne suas preocupações artísticas e políticas”. Kleber Mendonça Filho comentou: “O prêmio da crítica para mim é muito, muito especial. Durante 13 anos da minha vida, fui um crítico e foram anos muito importantes para meu trabalho e para minha relação com o cinema e com o meu país, o Brasil, e com outros países. É uma grande honra, estou muito emocionado. Muito obrigado!” Após Lima, o longa segue para uma intensa agenda internacional. Em setembro, será o filme de abertura do 34º Festival Biarritz Amérique Latine, na França, com a presença do diretor. Também terá sessões especiais no 63º Festival de Cinema de Nova York, no 50º Festival de Toronto, na abertura do 58º Festival de Brasília e no 18º Festival Maranhão na Tela. Antes disso, já passou pelo Festival de Cannes — onde recebeu quatro prêmios, incluindo Melhor Direção e Melhor Ator para Wagner Moura —, além de mostras na Polônia e na Austrália. Ambientado no Recife de 1977, O Agente Secreto é um thriller político estrelado por Wagner Moura, ao lado de Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Hermila Guedes, Carlos Francisco e Alice Carvalho. A produção, coproduzida por Brasil, França, Holanda e Alemanha, estreia nos cinemas brasileiros em 6 de novembro, com pré-estreias em setembro e outubro. No Recife, as primeiras sessões acontecem em 10 de setembro, no Cinema São Luiz e no centenário Cinema do Parque.

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Festival Pernambuco Meu País movimenta Pesqueira com arte, cultura e economia

Evento leva mais de 140 ações gratuitas ao Agreste e reforça a interiorização da política cultural do Estado. Foto: Hesíodo Góes - Secom Pesqueira, no Agreste pernambucano, abriu as portas para a edição 2025 do Festival Pernambuco Meu País, que transformou a cidade em palco de celebração da cultura popular na noite da última sexta-feira (15). A governadora Raquel Lyra participou da abertura e destacou a força do evento na movimentação econômica e social da região. “É lindo demais andar pelas ruas de Pesqueira e ver a alegria das pessoas, a oportunidade de gente de cada região ter acesso a movimentos de cultura popular, a uma festa gratuita de qualidade. Estamos fortalecendo o calendário cultural de Pernambuco como um todo, Carnaval, Semana Santa, São João e emendando com o Festival Pernambuco Meu País”, afirmou. Ao longo do fim de semana, a programação soma mais de 140 atividades gratuitas, incluindo apresentações de música, circo, teatro, gastronomia, moda, economia criativa e culturas populares. A abertura contou com shows de Doralyce, Teto, Raphaela Santos e Matuê, que animaram o público com diferentes estilos musicais, do rap ao brega romântico, passando pelo trap. A secretária estadual de Cultura, Cacau de Paula, ressaltou o papel estratégico da iniciativa na democratização do acesso à arte: “Esse festival é de uma importância gigante não só para Pesqueira, mas para todas as cidades ao redor. A gente está aqui com os hotéis lotados, restaurantes, todo mundo que vive de eventos trabalhando em empregos formais e informais. São muitas linguagens e em diversos territórios da cidade”, afirmou. O prefeito Marcos Cacique reforçou os efeitos econômicos da festa e o deputado Luciano Duque destacou o impacto do evento na valorização dos artistas locais. Além da programação artística, o festival promoveu o Rede PE, que levou serviços públicos e ações de cidadania diretamente à população. Para garantir a segurança, a Secretaria de Defesa Social montou um esquema especial com 494 agentes, incluindo policiamento ostensivo, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e drones para monitoramento aéreo. A próxima edição do Pernambuco Meu País será realizada em Gravatá, entre os dias 22 e 24 de agosto.

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Santander lança projeto Social Integrado para impulsionar desenvolvimento em municípios de Pernambuco e Maranhão

Iniciativa leva ações de cultura, esporte e geração de renda a 30 cidades com baixos índices de desenvolvimento humano O Santander apresentou o projeto Social Integrado Santander, com foco em ampliar o impacto social em regiões de alta vulnerabilidade e onde o Banco já possui presença. A primeira etapa beneficiará 30 municípios de Pernambuco e Maranhão, priorizando localidades com baixos indicadores de desenvolvimento humano, como Arame (MA), com IDH de 0,512, e Brejo da Madre de Deus (PE), a cidade mais populosa entre as selecionadas. A iniciativa combina ações de cultura, esporte e geração de renda, com previsão de expansão para novos territórios nos próximos anos. Segundo Bibiana Berg, head de Experiência, Cultura e Impacto Social do Santander, “sabemos que os negócios têm um enorme potencial de transformação quando são orientados para gerar prosperidade nos territórios em que atuam. O Social Integrado Santander é a materialização do nosso compromisso com um impacto mais intencional, profundo, coletivo e que deixará legado por onde passar”. Entre as ações, destacam-se o Farol Viajante, que leva a exposição imersiva Oceanos a escolas públicas; o Sinta o Som, que oferece experiências musicais para estudantes; e o Esporte que Transforma, que utiliza o esporte educacional como ferramenta de cidadania e inclusão. A estratégia também prevê fortalecimento das redes locais por meio dos programas Amigo de Valor e Parceiro do Idoso, que capacitam conselhos municipais e direcionam recursos incentivados para projetos de proteção de direitos. Desde sua criação, essas iniciativas já beneficiaram mais de 1,7 milhão de pessoas no Brasil. Além disso, o programa Formação Empreendedora e a ação Educar para Prosperar vão oferecer capacitação em empreendedorismo e educação financeira, estimulando o crédito consciente e a gestão eficiente de pequenos negócios. Em Pernambuco, o projeto beneficiará Afrânio, Águas Belas, Bodocó, Bom Conselho, Brejo da Madre de Deus, Caetés, Capoeiras, Cupira, Flores, Iati, Lagoa Grande, Pombos, Riacho das Almas, Santa Maria da Boa Vista e Trindade, levando ações de cultura, esporte e geração de renda a diferentes regiões do estado, do Sertão ao Agreste.

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Pernambuco, terra de café especial. Uma bebida nobre e popular

*Por Geraldo Eugênio Estudar a origem e domesticação das espécies cultivadas de plantas é uma viagem agradável pela história natural, econômica e social da humanidade. Conhecer um pouco do trabalho monumental do cientista russo Nikolai Vavilov que, na primeira metade do Século 20, estabeleceu as bases para o que se conhece como centros de origem das plantas é indispensável a quaisquer profissionais que se dediquem à agricultura. A parte horrenda dessa história é que Vavilov terminou seus dias em um campo de concentração soviético, tratado como um criminoso responsável por crimes contra sua pátria. Uma mancha na história da ciência e da humanidade. É dentro desta narrativa que surge a origem do café, uma espécie arbórea, originárias das montanhas da Etiópia, que se deslocou ao Iêmen, à Indonésia e Malásia, do Sudoeste da Ásia à Europa, às Guianas e da Guiana Francesa ao Brasil. Portanto, percorrendo um longo caminho. No caso brasileiro, a introdução se deu em Belém do Pará, por um adido militar brasileiro cujo nome é Francisco de Melo Palheta, um personagem que prestou uma das maiores contribuições a sua nação. Por mais de um século, o café foi se deslocando lentamente pelo litoral até chegar na capital, Rio de Janeiro, e se iniciar uma outra história sobre sua difusão e a importância para o Brasil, país que se orgulha de ser o principal produtor e exportador mundial. Duas espécies representam a produção comercial dessa bebida: o café arábica (Coffea arabica) e o café conilon ou robusta (Coffea canephora). O primeiro, amplamente cultivado em Minas Gerais, São Paulo e nas Serras do Espírito Santo, enquanto o segundo, mais rústico, pode ser plantado em altitudes mais baixas, tendo o estado do Espírito Santo como maior produtor nacional. No momento, a cafeicultura passa por uma transformação radical, o café se tornou uma bebida valorizada, nobre, de mercado e consumidores especializados, embora não deixe de ser a principal bebida entre todas, em todo o mundo. Por falar nisso, a revista Algomais publicou uma análise, em 12 de abril de 2018, sobre a situação do café em Pernambuco, na qual a analista do Sebrae PE, Valéria Rocha, previa a expansão do consumo do café e da valorização da cafeteria como um ambiente social, de negócios e de prazer. O cultivo do café em Pernambuco Historicamente a produção de café no Estado se concentra nas áreas mais altas do Agreste e do Sertão. Brejão, por exemplo foi o principal centro de produção, hoje quase irrelevante face ao crescimento ocorrido nos municípios de Taquaritinga do Norte, Saloá e Triunfo. Taquaritinga e Triunfo têm se destacado na difusão da cultura, focando na qualidade do produto e no seu apelo turístico. Em se tratando de Taquaritinga, há a peculiaridade de contar com um tipo especial da bebida, o café arábica typica, considerado uma iguaria no mundo cafeeiro. Aquele produto sui generis, conforme descrito pelo poeta Mário Quintana: “o café é tão grave, tão exclusivista, tão definitivo que não admite acompanhamento sólido”. Esta referência tirei de uma palestra proferida pelo também produtor Álvaro Eugênio, quando, na mesma lâmina, traz a reprodução da belíssima obra de Portinari, Café, pintada em 1935, hoje, no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. O município de Saloá, localizado no Agreste Meridional, é uma surpresa. Atualmente conta com a segunda maior produção do Estado, faltando-lhe, ao que parece, um maior esforço em mostrar o que representa a cultura e o fato de haver substituído municípios outrora produtores como Garanhuns e Brejão. Durante esta semana ocorrerá o Festival de Café de Taquaritinga do Norte, algo que deve ser realizado periodicamente nos municípios com maior produção e presença no mercado. Uma tendência de crescimento Há de se reconhecer o esforço e a energia que tem sido investida na articulação dos atores que fazem a cadeia produtiva do café em Pernambuco. Algo extremamente bem-vindo. Sempre fiquei admirado pelo papel do comentarista político e barista Romualdo de Souza que faz um belo trabalho trazendo os principais fatos da política brasileira a partir de Brasília e as notícias sempre agradáveis e boas de se ouvir sobre os cafés pernambucanos. Ele, por si só, tem feito um ótimo trabalho de divulgação. Agora, várias forças estão se mostrando interessadas em participar dessa coalização, a partir das prefeituras municipais, das agências de fomento e de crédito, dos agricultores e empresários envolvidos e, nada menos, do que a UFRPE, a UFPE e o IPA – Instituto Agronômico de Pernambuco. Alguns desafios merecem ser destacados. O primeiro deles é um trabalho de pesquisa que vise atualizar as regiões produtoras do Estado com o que existe de mais moderno em termos de material genético e novas cultivares do café arábica, cabendo um esforço conjunto das instituições e pesquisa e ensino. Não menos importante é a qualidade da bebida e sua caracterização. Já que Pernambuco conta com uma área restrita, o fundamental será investir num produto superior às demais regiões produtoras. Nesse sentido, entra o papel das instituições de extensão, a exemplo do IPA e das secretarias de Agricultura e Turismo dos municípios, bem como entes como as universidades, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). Criar um circuito turístico para o café, valorizando a beleza regional, o artesanato, a música, a dança e a bebida como principal atrativo será uma iniciativa que trará resultados dentro de um prazo muito curto. Para que fiquem atentos a Empetur e o governo estadual na promoção de produtos e nichos que incentivem o deslocamento do turista para o interior do Estado. Um bom café Pernambuco tem a oferecer.

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Lula retorna a Pernambuco com agenda focada em saúde, moradia e ciência

Presidente cumpre três compromissos em Goiana e Recife, reforçando investimentos em hospitais, regularização fundiária e produção de medicamentos O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a Pernambuco nesta quinta-feira (14), dois meses e meio após sua última visita, para cumprir uma agenda com foco em saúde, moradia e ciência e tecnologia. A programação inclui compromissos em Goiana, na zona da mata norte, e no Recife, nos bairros da Ilha do Leite e Brasília Teimosa. Esta é a sexta visita de Lula ao seu estado natal durante o seu terceiro mandato presidencial. Em Goiana, Lula visitou a Hemobrás, fábrica responsável pelo processamento e distribuição de plasma e seus derivados, destacando a importância da autossuficiência nacional. Na ocasião, relembrando sua visita em abril de 2024, a produção do medicamento Hemo-8r, voltado para o tratamento da hemofilia de tipo A, ou “hemofilia clássica”, que afeta cerca de 12 mil brasileiros, já passou a ser distribuída na rede do SUS no segundo semestre daquele ano. No Recife, o presidente esteve no Hospital Ariano Suassuna para divulgar o programa “Agora tem Especialistas”, que amplia a rede de atendimento médico especializado associada ao Sistema Único de Saúde (SUS), contemplando especialidades como oftalmologia, otorrinolaringologia, cardiologia, ortopedia, ginecologia e oncologia. Parte das dívidas de planos de saúde privados, que superam R$ 3 bilhões junto ao governo federal, será quitada por meio de atendimentos conveniados ao SUS. À tarde, em Brasília Teimosa, Lula e a ministra Esther Dweck entregaram 599 títulos de regularização fundiária de interesse social, contemplando 80 mil metros quadrados do bairro. “Somos a unidade que mais recebe investimentos da Petrobras”: obras de ampliação da Refinaria Abreu e Lima devem ser retomadas ainda em 2025. A ação integra o Programa Imóvel da Gente, com custo de R$ 3,8 milhões, e garante a permanência da população pobre em área valorizada, reconhecida como ZEIS desde 1983.

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Catharina Machado Ferreira

"Nossas iniciativas de sustentabilidade não começaram com essas três letrinhas – ESG. Está na nossa ancestralidade"

As ações de ESG do Grupo Cornélio Brennand são abordadas por sua diretora de Pessoas & Sustentabilidade, Catharina Machado. Ela explica as iniciativas inovadoras na área de governança, os avanços e metas no uso de energias renováveis, além dos projetos sociais que incentivam a educação e auxiliam organizações a obterem recursos financeiros. Respeito à cultura ancestral da empresa. Conexão com as tendências e o futuro dos negócios. Cuidado socioambiental. Esse tem sido o segredo da trajetória de sucesso do GCB (Grupo Cornélio Brennand) nestes 108 anos de atuação no mercado.  O que começou como uma fábrica de cerâmica, expandiu-se em três grandes operações: Vivix, fábrica de vidros planos; Atiaia Renováveis, uma das pioneiras na geração de energia limpa no Brasil, e Iron House, empresa especializada na concepção, planejamento e gestão imobiliária, a partir de projetos urbanísticos que valorizam o território, o meio ambiente e a convivência humana. Essa preocupação do GCB com o social e a preservação ambiental, segundo Catharina Machado Ferreira, diretora de Pessoas & Sustentabilidade do grupo, esteve presente desde os seus fundadores. Ao longo do tempo, foi tomando uma dimensão maior. O que pode ser constatado no Relatório de Sustentabilidade que o GCB acaba de divulgar. O documento revela também os cuidados e as inovações destinadas à governança, de modo a manter os valores, como empresa familiar, afinados com uma gestão profissional. Na entrevista a seguir, concedida a Cláudia Santos, a diretora de Pessoas & Sustentabilidade detalha as ações de ESG (relativas a meio ambiente, ao social e à governança) do Grupo Cornélio Brennand. No relatório de sustentabilidade, vocês prestam homenagem a Cornélio Coimbra de Almeida Brennand. Qual a importância do empresário para o grupo? Ele faleceu este ano. Por isso, a homenagem. Nossas iniciativas de sustentabilidade não começaram com essas três letrinhas que vieram para o mercado (ESG). É algo que está na nossa ancestralidade, desde sempre, e Cornélio Coimbra teve influência fundamental na construção do nosso legado. Tinha visão empreendedora, coragem, ética e foco no longo prazo. O legado deixado por ele está muito forte na nossa cultura e decisões empresariais. Reconhecemos essa força da ancestralidade, da cultura, do que ele acreditava, como guia para a construção do nosso futuro.  A família Brennand está na quinta geração, e a nova geração mantém viva a missão de seu Cornélio, que é gerar valor econômico e social nos territórios onde atuamos. Nossas decisões equilibram-se no crescimento econômico com responsabilidade socioambiental. Talvez seja esse legado nosso maior aprendizado: o cuidado com a comunidade do nosso entorno, o equilíbrio econômico, o desenvolvimento dos nossos fornecedores, a integridade na relação com os nossos colaboradores. Tudo isso está ancorado no papel social da nossa governança. Nesse quesito governança, o grupo conta com um programa de formação de acionista. Como ele funciona? Chama-se Proa (Programa de Desenvolvimento dos Acionistas) e visa desenvolver os talentos de cada um dos familiares da melhor forma. Esse processo trabalha fortemente o dom de cada um porque alguns integrantes da família têm mais afinidade e conseguem contribuir melhor, por exemplo, com ações relacionadas ao legado familiar. Já outros podem contribuir mais para os negócios.  O programa existe para manter a família próxima do GBC, do entendimento do que é o grupo e do seu desenvolvimento. A ideia é obter o melhor de cada um e não encaixar todos no mesmo padrão. Em 2024, como consta no relatório, foi lançado o Proinha, que é esse mesmo programa mas voltado para os membros da família de até 15 anos.  O grupo também possui Comitês de Legado e de Formação e ainda conta com a Academia Governança. A senhora poderia explicar cada uma dessas iniciativas? A Academia de Governança é como se fosse a trilha de desenvolvimento, são os programas formais para desenvolver os membros da família e os executivos sêniores da organização, isto é, os presidentes e os diretores. São abordados diversos assuntos, como compliance, o impacto da inteligência artificial dos negócios etc. O Comitê de Formação é direcionado aos membros da família que estruturam as raias de desenvolvimento que o Proa vai oferecer, ou seja, quais os temas que os familiares terão que conhecer. No Comitê de Formação entram os processos dos critérios seletivos. Isto porque, para cada um dos fóruns de governança, há uma seleção, quase como um programa seletivo que uma pessoa participa quando vai trabalhar em alguma empresa, na qual ela tem que cumprir determinados requisitos. O Comitê de Legado funciona para não deixar a história da empresa morrer. É muito importante o grupo contar com membros da família de diversas gerações, inclusive dos mais novos, com esse papel, para que a empresa não se distancie da sua história e dos valores dos nossos fundadores. Temos que honrar nossa história, sem perder nossos valores, nossas raízes, mas olhando para o desenvolvimento, para o futuro, para o mercado, para as tendências. E é importante ressaltar que se cada novo membro da família quiser gerir o grupo do seu jeito, acaba fragilizando a organização por não ter governança, nem esse arcabouço de diretrizes, de acompanhamentos que fazem uma empresa que tem mais de 100 anos estar no mercado.  Inclusive, hoje na nossa estrutura organizacional, todas as posições de gestão, ou seja, diretoria e presidência, são ocupadas por executivos de mercado. Os membros da família integram as posições dos fóruns de governança que atualmente são ocupados por membros da terceira e da quarta geração.  Estamos num contexto de preocupação com a preservação ambiental. Como o grupo atua nesse sentido? A questão ambiental está consolidada na nossa cultura de sustentabilidade e, a cada relatório, isso vai amadurecendo. Ano passado, de forma transversal para todo o grupo, tivemos um plano de estratégia climática e o aperfeiçoamento dos inventários de emissão de gases de efeito estufa. Então, 100% das operações do grupo realizam esse inventário.  Na Vivix, em 2024, fizemos uma revisão do planejamento estratégico, incluindo um pilar climático que busca soluções de combustível mais limpo para nosso processo produtivo. Também aumentamos nossa circularidade, aproveitando mais os cacos de vidro

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Indústria de alimentos pernambucana em alta, mas com muitos desafios

Setor amplia investimentos, gera empregos e se espalha por todas as regiões do Estado, mas esbarra em gargalos logísticos, carga tributária e dificuldades de crédito *Por Rafael Dantas Catchup, cerveja, laticínios, açúcar… a produção de alimentos de Pernambuco é diversificada e está presente em praticamente todas as microrregiões do Estado. Atualmente, o setor representa 10,7% de toda a atividade industrial local. Após crescer 2,6% no ano passado, há uma nova onda de investimentos robustos chegando. Nos últimos dias, por exemplo, o Grupo Heineken concluiu a ampliação da fábrica em Igarassu, com um investimento de R$ 1,2 bilhão para triplicar a capacidade produtiva. Somente nas reuniões do Condic (Conselho Estadual de Política Industrial, Comercial e de Serviços), os recursos anunciados neste ano já totalizam R$ 485 milhões. De acordo com dados do IBGE, além do avanço de 2024, a indústria de alimentos e bebidas em Pernambuco registrou um avanço de 1,4% entre janeiro e maio deste ano. Um desempenho considerado consistente pela Fiepe (Federação das Indústrias de Pernambuco), que ressalta a forte geração de empregos e a capilaridade desse setor nos diversos territórios do Estado.  Bruno Veloso destaca a geração de vagas de trabalho na indústria de alimentos e bebidas de Pernambuco. “O setor foi responsável, em 2024, por mais de 100 mil vínculos formais, o que representa quase 30% do total de empregos industriais gerados no Estado. “O setor de alimentos e bebidas foi responsável, em 2024, por mais de 100 mil vínculos formais, o que representa quase 30% do total de empregos industriais gerados no Estado”, destacou o presidente Bruno Veloso. “A competitividade do setor é impulsionada por uma infraestrutura estratégica, com destaque para o Porto de Suape e polos industriais distribuídos por regiões como Vitória de Santo Antão, Caruaru e Petrolina”. O polo cervejeiro em Itapissuma, a Bacia Leiteira no Agreste e as indústrias avícolas em São Bento do Una são apenas alguns dos diversos exemplos de como esse setor se espraia por Pernambuco. Um tecido industrial formado tanto por multinacionais e gigantes do Brasil, interessadas no mercado do Nordeste, como por empresas familiares com raízes no Estado que consolidaram seus negócios. Entre os investimentos anunciados pelo Conselho Estadual de Política Industrial, Comercial e de Serviços (na foto acima), está a implantação da fábrica, em Brejão, da Laticínios Santa Maria, que tem sede em Minas Gerais, com aporte de R$ 220 milhões. NOVOS PLAYERS E AMPLIAÇÕES NO MERCADO LOCAL Nos anúncios realizados pelo Condic é possível medir o apetite de novos atores no tecido empresarial. Os anúncios do Proind (Programa de Estímulo à Indústria de Pernambuco) e do  Prodepe (Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco) indicam os aportes econômicos e as expectativas de geração de novos empregos.  O maior anúncio da reunião de julho, por exemplo, foi da Laticínios Santa Maria. A corporação, com sede em Minas Gerais, fará a implantação de uma unidade industrial em Brejão, com aporte de R$ 220 milhões. O projeto deve gerar 85 novos postos de trabalho. O município de destino do empreendimento integra a bacia leiteira do Estado, que já conta com outras grandes empresas nacionais e pequenas empresas locais que compõem a Rota do Queijo Artesanal, por exemplo. Outro destaque recente no Estado foi o anúncio do aporte da Mondelez que já opera em Vitória de Santo Antão. A corporação destinou R$ 111,3 milhões à expansão de sua unidade. Com a ampliação, serão gerados pelo menos 160 novos postos de trabalho. “Esses investimentos fortalecem o processo de interiorização do desenvolvimento econômico e comprovam a eficácia das políticas públicas de incentivo, como o Prodepe e o Proind”, avalia Bruno Veloso, da Fiepe. Enquanto esses investimentos estão ainda na fase de anúncio, o Estado celebrou nesta semana a inauguração da triplicação do Grupo Heineken. A cervejaria, que tem fábrica em Igarassu, realizou um aporte de R$ 1,2 bilhão. As novas linhas de produção irão permitir o aumento da capacidade produtiva principalmente das marcas Amstel e Devassa. O grupo fabrica ainda a marca Heineken e o refrigerante FYS. Ao todo, 130 novos postos de trabalho permanentes foram criados. A empresa passa agora a contar com 1,2 mil funcionários. A exemplo de outros players internacionais com as raízes fincadas no Estado, o foco é chegar de forma competitiva no Nordeste. Na inauguração, a empresa ressaltou que a fábrica pernambucana abastece mercados como do Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Alagoas, Paraíba e Sergipe, além de Pernambuco. “A nova fase da unidade de Igarassu representa nossa visão de longo prazo para equilibrar crescimento e responsabilidade. Estamos mais preparados para atender à demanda crescente do Nordeste, ao mesmo tempo em que avançamos na agenda ESG, com iniciativas e soluções que integram e atendem nossas ambições ambientais e sociais. Pernambuco é hoje o segundo maior mercado para o Grupo Heineken no Nordeste, e a unidade de Igarassu desempenha papel essencial nesse crescimento.” A menção do executivo à sustentabilidade se deve a novos investimentos também. A modernização permitirá ao grupo reduzir em 30% o consumo de água e ter um maior uso de garrafas retornáveis. A unidade passou a abrigar a maior linha de retornáveis da marca no Brasil.  Hugo Gonçalves comemora a ampliação da frota de caminhões da Tambaú, com a obtenção de 10 veículos, e a aquisição de duas envasadoras de molho e uma máquina para produzir embalagens. “Estamos construindo também um novo espaço na fábrica, com 3 mil m²”. CRESCIMENTO DE UMA GIGANTE E FAMILIAR Um dos cases mais emblemáticos é a Tambaú, que completou 62 anos. Com sua atividade industrial instalada em Custódia, em pleno Sertão, a fábrica emprega 700 pessoas com um mix de 113 produtos. O desempenho da corporação no ano passado foi na casa dos dois dígitos. A empresa registrou um aumento de receita de 12,4% e de 3,5% em toneladas. A empresa familiar realizou recentemente a ampliação de sua frota de caminhões, com a aquisição de 10 novos veículos, duas envasadoras de molho e uma máquina de sopro para produzir embalagens de catchups e molhos. “Estamos construindo também um

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Pernambuco avança na geração de empregos e tem salário de admissão acima da média do Nordeste

Estado fecha primeiro semestre com mais de 25 mil vagas criadas e crescimento real na remuneração, puxado pelos setores de serviços e indústria Pernambuco encerrou o mês de junho com um saldo positivo de 5.179 vagas formais, resultado de 52.697 admissões e 47.518 desligamentos, segundo dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O desempenho confirma a trajetória de recuperação do mercado de trabalho no Estado, que soma 25.366 empregos gerados no primeiro semestre de 2025, com destaque para o setor de serviços. No acumulado da atual gestão estadual, já são mais de 136 mil novos postos com carteira assinada. O salário médio de admissão também apresentou crescimento real, atingindo R$ 1.937,41 em junho — acima da média do Nordeste, que foi de R$ 1.933,77. O valor representa um aumento de 1,5% em relação ao mês anterior e de 1% na comparação com o mesmo período de 2024. “Os números divulgados nesta segunda-feira pelo governo federal confirmam aquilo que quem está dentro da gestão estadual vê a todo momento: Pernambuco está crescendo novamente, de maneira constante e sustentável”, afirmou a governadora Raquel Lyra. A participação feminina no mercado de trabalho tem sido um dos grandes destaques do ano. Entre janeiro e junho, 67% das vagas criadas foram ocupadas por mulheres — o equivalente a 16.956 postos. Em junho, esse movimento se repetiu: 2.677 carteiras assinadas foram destinadas a trabalhadoras, contra 2.502 para homens. “No primeiro semestre acumulamos mais de 25 mil oportunidades criadas, das quais 67% foram destinadas a pessoas do sexo feminino, mães de família que estão aproveitando esse momento tão positivo para Pernambuco”, afirmou Guilherme Cavalcanti, secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado. O setor de serviços foi o principal motor do emprego no mês, com 2.128 novas vagas, impulsionado pelas áreas de informação, comunicação, finanças e atividades profissionais. A indústria gerou 1.394 postos, com destaque para a produção e refino de açúcar. Já o comércio contribuiu com 960 empregos formais, seguido pela agropecuária (401), influenciada pela safra de uvas, e pela construção civil, com 296 novos vínculos. “Os números de junho confirmam que Pernambuco está no caminho certo. É extremamente positivo ver o Estado manter um ritmo constante de geração de empregos formais. Ver Pernambuco criar mais de 5 mil vagas em apenas um mês e ultrapassar 66 mil novos postos no acumulado de 12 meses mostra a força do nosso mercado de trabalho e a eficácia das políticas públicas e dos esforços do setor produtivo”, avaliou Manuca, secretário de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo.

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Tarifaço de Trump ameaça indústria em Pernambuco, alerta economista

Professor Edgard Leonardo analisa os impactos das novas tarifas dos EUA sobre a economia pernambucana, destaca riscos à cadeia exportadora e aponta caminhos para mitigar prejuízos no curto e médio prazo As tarifas impostas pelo governo norte-americano sob a liderança de Donald Trump colocam setores estratégicos da economia pernambucana em situação de alerta. Embora os Estados Unidos não sejam o principal destino das exportações do estado, produtos como frutas frescas e açúcar — fortemente dependentes daquele mercado — podem sofrer prejuízos expressivos. Em entrevista à Revista Algomais, o economista e professor da Unit-PE, Edgard Leonardo, explica que os impactos atingem não apenas grandes empresas, mas também pequenas que integram cadeias produtivas voltadas à exportação, especialmente no setor da fruticultura. Leonardo avalia que o cenário internacional atual, agravado pelo distanciamento diplomático entre Brasil e EUA, torna a situação ainda mais delicada para Pernambuco. “O tarifaço imposto pelos EUA afeta setores estratégicos”, afirma, destacando as dificuldades logísticas e regulatórias para redirecionar a produção a novos mercados. Ele defende medidas emergenciais, como linhas de crédito para empresas exportadoras, e uma ação coordenada do Itamaraty na busca de acordos bilaterais que aliviem as barreiras comerciais. Segundo o economista, a adoção de tarifas de retaliação também deve ser pensada com cautela, para evitar o aumento dos custos de insumos e novos entraves à competitividade local. Quais os setores mais ameaçados em Pernambuco com o tarifaço de Trump? Pernambuco é o terceiro maior exportador do Nordeste e o 16º do Brasil. Sua pauta de exportações é dominada pela indústria de transformação, que responde por 84,9% do total exportado, enquanto o setor agropecuário representa 14,6%. Entre janeiro e novembro de 2024, os principais produtos exportados por Pernambuco foram: açúcares e melaços (21%), veículos e automóveis de passageiros (19%), frutas e nozes frescas ou secas (14%), óleos combustíveis de petróleo ou minerais betuminosos, exceto os óleos brutos (11%) e veículos automotores para transporte de mercadorias e usos especiais (9,6%).Quanto aos mercados de destino, a Argentina lidera, absorvendo 24% das exportações, seguida pelos Estados Unidos (9,1%), Singapura (9,0%), México (7,8%), Países Baixos (6,5%) e República Democrática do Congo (2,7%). Apesar de Pernambuco não ser economicamente superdependente do mercado americano, o tarifaço imposto pelos EUA afeta setores estratégicos, especialmente as exportações de frutas. Esses produtos têm características específicas que dificultam uma adaptação rápida a outros mercados, principalmente por causa da sua alta perecibilidade. Além disso, redirecionar a produção para novos destinos apresenta desafios significativos, como o cumprimento de exigências específicas desses mercados, especialmente no que se refere às embalagens, que frequentemente precisam atender a requisitos rigorosos quanto a tamanho, rótulos, idioma e outras normas regulatórias. A estrutura empresarial pernambucana é composta majoritariamente por médias e grandes empresas, que representam 69% do total, enquanto microempreendedores individuais (MEI), micro e pequenas empresas somam cerca de 31%. Importante destacar que muitas pequenas empresas dependem diretamente das maiores, pois vendem para elas produtos destinados à exportação, principalmente quando estamos falando do setor de fruticultura. Portanto, o setor de frutas, que envolve muitas dessas pequenas empresas, deverá sofrer impactos mais fortes, não só pelo desafio de encontrar mercados alternativos, mas também pelo risco de redução no aproveitamento interno da produção. O açúcar é um dos principais produtos exportados de Pernambuco para os EUA. A imposição da tarifa de 50% pode reduzir drasticamente a competitividade do produto, afetando o setor. Além claro do setor industrial, com destaque para os veículos automotores Quais são as alternativas para o mercado local enfrentar com menos dores essa crise? As ações necessárias variam conforme o setor e devem ser planejadas para o curto e médio prazo, considerando que os ciclos produtivos podem ser afetados de forma progressiva, com impactos mais intensos ao longo do tempo devido à perda de investimentos. Consequentemente, essa situação pode acarretar redução de empregos, cujos efeitos negativos tendem a se espalhar pela economia caso não sejam identificadas e implementadas soluções. O lançamento de linhas de financiamento específicas para micro, pequenas e médias empresas exportadoras impactadas é fundamental para amenizar perdas e sustentar a produção enquanto novos mercados são buscados. O BNDES, pode apoiar esse processo oferecendo crédito com prazos longos e condições atrativas, fortalecendo a competitividade das empresas pernambucanas no mercado externo. Paralelamente, o Itamaraty pode atuar na negociação de acordos bilaterais para facilitar o escoamento dos produtos para mercados parceiros, reduzindo barreiras comerciais e ampliando as oportunidades de exportação." Essas medidas devem criar problemas também na economia americana, como inflação. É possível compreender as motivações dessas medidas que colocam em crise o mercado global? Certamente, o tarifaço terá impacto na economia dos EUA e setores específicos da economia americana, como café, afetarão diretamente o consumidor médio norte-americano, e certamente outros itens devem, mesmo que indiretamente, impactar os EUA com mais inflação. No entanto, nossa preocupação principal deve estar focada nos efeitos no Brasil, onde as tarifas podem causar perdas significativas no PIB, com impactos especialmente em setores exportadores. É preciso lembrar que o Brasil tem marcado sua posição de forma clara e, por vezes, ríspida, em relação aos Estados Unidos, evidenciando um distanciamento crescente nas esferas diplomática, econômica e geopolítica. Um gesto simbólico dessa nova postura foi o envio do vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, para representar o país na posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, em julho de 2024 (evento no qual muitos países optaram por não enviar representantes de alto escalão, demonstrando a prioridade que Brasília dá à relação com Teerã).Paralelamente, o governo brasileiro tem feito críticas contundentes e reiteradas às políticas norte-americanas, com episódios públicos e expressões firmes, como quando a primeira-dama xingou, desnecessariamente, Elon Musk, então figura próxima ao governo Trump, aprofundando ainda mais o clima de tensão bilateral. O Brasil também adota uma postura explícita contra o uso do dólar como moeda hegemônica nas trocas internacionais, posição reforçada em fóruns como os BRICS, onde defendeu a criação de moedas alternativas para o bloco e para o Mercosul. Posição com forte componente ideológico, sem argumentos técnicos robustos que sustentem sua viabilidade econômica. Importante lembrar que os EUA já deixou

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Estudantes do Recife representam o Brasil em torneio internacional de robótica na China

Alunos da rede municipal participam do FIRST® LEGO® League – Asia Open Championship, reforçando política de inovação educacional. Foto: Hélia Scheppa/Prefeitura do Recife Alunos da Rede Municipal de Ensino do Recife embarcaram neste domingo (3), às 23h, rumo à cidade de Macau, na China, para representar o Brasil na etapa internacional do torneio de robótica FIRST® LEGO® League – Asia Open Championship, que acontece de 7 a 10 de agosto. A participação marca um feito inédito: Recife é a única cidade brasileira com uma escola pública municipal selecionada para a competição global em 2024. A equipe, composta por estudantes das Escolas Municipais de Tempo Integral Professor João Batista Lippo Neto e Rodolfo Aureliano, foi selecionada na categoria FLL Explore – Anos Iniciais. Integram o grupo os alunos Ana Sophia (6º ano), Ezequiel Douglas (5º ano), João Vítor (5º ano) e Vivian Mariana (5º ano). Além da apresentação do projeto desenvolvido ao longo do ano, os estudantes participarão de atividades colaborativas com crianças de outros países, ampliando a troca cultural e o protagonismo estudantil. “Fui visitar os meninos e ver a apresentação deles. Ezequiel pediu para eu vir ao aeroporto para o embarque deles. Prometi que iria vir, já é quase segunda-feira e estamos embarcando eles, dando um abraço neles, nas famílias e professores. Agora, é competir, aproveitar a viagem e, com fé em Deus, voltar com a premiação”, afirmou o prefeito João Campos. “Os nossos alunos vão representar a nossa cidade na competição global de robótica da Lego, na China. Recife é a única cidade com uma escola da rede municipal em todo o Brasil que vai para o mundial na China”, completou. O feito é resultado direto dos investimentos contínuos da gestão municipal na formação tecnológica dos estudantes, com clubes de programação e robótica e metodologias alinhadas à abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática). A ação reforça a política de inovação da Secretaria de Educação e integra a agenda internacional do programa Recife no Mundo, que também recebe neste domingo (3), às 16h30, a comitiva de professores e estudantes norte-americanos que participaram da edição mais recente do intercâmbio cultural e educacional com a capital pernambucana.

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