Arquivos Z_Destaque_home2 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Z_Destaque_home2

Capoeira1 Capa Divulgacao

Capoeira Kids: arte, esporte e movimento

Mais do que uma atividade física, a capoeira infantil desenvolve corpo, mente e identidade. Oficina do Sítio Dourado mostra como a prática transforma crianças com ritmo, disciplina e alegria Luta ou dança? Brincadeira ou esporte? A capoeira há muito tempo ultrapassou os rótulos e hoje é reconhecida como uma manifestação cultural brasileira de extrema riqueza, onde se entrelaçam história, resistência, musicalidade e movimento. Para as crianças, a prática da capoeira representa tudo isso e mais: é uma ferramenta de desenvolvimento físico, emocional e social. No Sítio Dourado, espaço de desenvolvimento infantil que aposta em metodologias ativas também  na valorização da cultura brasileira, sendo que a Oficina de Capoeira Kids já faz parte da rotina dos pequenos. Conduzida pelo Professor Renato Alexandre — o “Professor Timão”, que atua com capoeira desde 2001 e dá aulas desde 2008, a atividade vem ganhando espaço, respeito e muitos sorrisos. “A capoeira para crianças é uma das formas mais completas de trabalhar o corpo e a mente ao mesmo tempo. É ritmo, disciplina, expressão corporal, história e autoestima em uma só roda”, afirma o professor. Para quem é, e como funciona a capoeira infantil A capoeira é uma prática altamente inclusiva, podendo ser iniciada por crianças a partir dos 3 ou 4 anos, respeitando sempre o estágio de desenvolvimento de cada uma. Ao contrário do que muitos imaginam, não se trata apenas de golpes ou acrobacias. Na infância, a capoeira é vivida como jogo corporal, musicalidade e expressão lúdica, com movimentos adaptados, sem confronto físico direto, e sempre mediada por cantigas, palmas e instrumentos como berimbau e atabaque. “Nosso foco com os pequenos não é o combate, mas a construção de um corpo mais consciente, mais ágil e mais seguro. A roda é um espaço de aprendizado coletivo, onde a criança aprende a se expressar, a respeitar o outro, a escutar o ritmo e a ocupar seu espaço com alegria e responsabilidade”, explica o Professor Timão. A oficina acontece em grupo, e cada aula é construída com base na repetição de movimentos básicos, atividades rítmicas, rodas de música e, gradualmente, desafios que estimulam o equilíbrio, a coordenação motora e a atenção. A prática também promove o conhecimento da história da capoeira, sua origem africana e seu papel na resistência cultural brasileira. Movimento que empodera: autoestima e pertencimento Além dos ganhos motores, a capoeira infantil é especialmente potente para o desenvolvimento emocional e social das crianças. Por ser uma prática coletiva e expressiva, ela ajuda a vencer a timidez, desenvolve o senso de pertencimento, e fortalece a autoestima desde cedo. Cada criança é convidada a se colocar no centro da roda — simbolicamente e literalmente — e a experimentar a força de sua própria expressão corporal. “Quando uma criança percebe que pode cantar, bater palmas, gingar, se equilibrar e interagir com outras através do corpo, ela descobre um universo inteiro dentro de si. A capoeira ensina muito mais do que movimentos. Ela ensina escuta, empatia e coragem”, resume Renato Alexandre. Para a diretora do Sítio Dourado, Ana Maria Maciel, a inserção da oficina no currículo do espaço de desenvolvimento foi uma decisão natural, alinhada ao propósito de proporcionar uma educação integral e culturalmente conectada com as raízes brasileiras. “Criamos a Oficina de Capoeira Kids porque acreditamos no poder da cultura como ferramenta educativa. A capoeira tem corpo, tem voz, tem ancestralidade. Ela acolhe a criança em sua potência e a ensina com alegria e presença. É uma forma de educar com movimento, com afeto e com identidade”, defende Ana Maria. E quem não pode praticar? Há contraindicações? A capoeira é uma prática democrática, acessível e geralmente sem contraindicações para crianças. Em casos específicos, como limitações físicas, motoras ou condições médicas específicas, a participação deve ser orientada pelo pediatra ou equipe multidisciplinar. Mas, de modo geral, a capoeira pode ser adaptada para diferentes perfis, inclusive crianças neurodivergentes, com acompanhamento adequado. “A capoeira respeita o ritmo de cada criança. A roda é inclusiva por essência. Temos crianças mais tímidas, outras mais expansivas, e todas encontram seu lugar. O importante é que se sintam acolhidas e motivadas a explorar seus corpos de forma positiva”, reforça o mestre Benefícios da Capoeira Infantil Físicos Emocionais e sociais Cognitivos e pedagógicos Capoeira é corpo, cultura, história e alegria Quando a capoeira entra na vida de uma criança, ela leva junto o som do berimbau, o canto ancestral, o jogo de corpo, a força dos movimentos, a beleza da coletividade. Mais do que um esporte, a capoeira é arte viva, é cultura em movimento, é educação com gingado. A prática não ensina apenas a ginga — ensina a ouvir o outro, a se respeitar, a brincar com o corpo e a se reconhecer como parte de algo maior. Como resume o Professor Timão, com a sabedoria de quem vive a roda há mais de duas décadas: “A capoeira transforma. E quando começa na infância, transforma para a vida inteira”, finaliza o mestre Timão. Na roda de capoeira, onde cada movimento exige ritmo, consciência e equilíbrio, o cuidado com a saúde também pede presença e harmonia. No fim, viver bem é encontrar o compasso certo entre corpo, mente e propósito. Festival de Raquetes e Picnic Dia das Crianças agitam Porto de Galinhas No dia 11 de outubro, a Cia do Lazer, em Porto de Galinhas, recebe o Festival de Raquetes, em parceria com o Picnic Dia das Crianças, oferecendo momento de esporte, lazer e convivência para toda a família. A partir das 9h, as quadras estarão abertas para Pickleball, Frescobol, Beach Tennis, Badminton e Tênis de Mesa, com categorias infantil, adulto e master, além de modalidades feminino, masculino e mista. Enquanto isso, o Picnic Dia das Crianças garante brincadeiras e momentos de lazer ao ar livre, proporcionando um ambiente acolhedor em meio à natureza. “Eventos como esse fortalecem vínculos familiares, promovem bem-estar e estimulam a prática esportiva”, destaca Rose Jarocki, CEO da Cia do Lazer. A participação é mediante inscrição paga, a partir de R$ 70 por pessoa. Alimentação será vendida no local,

Capoeira Kids: arte, esporte e movimento Read More »

shopping recife

Shopping Recife celebra 45 anos com novo ciclo de expansão e inovação

Empreendimento anuncia Parque Gourmet, reforça vínculo com a cidade e amplia presença em arte, cultura e tecnologia O Shopping Recife chega aos 45 anos apostando alto no desenvolvimento urbano e econômico da capital pernambucana. Com cerca de 60 mil visitantes por dia e um mix de 450 lojas, o centro de compras lança uma nova identidade visual e anuncia o Parque Gourmet, espaço de 6 mil m² que simboliza a nova fase do empreendimento. Avançam também as obras do Recife Medcenter. Juntos, os investimentos já somam R$ 250 milhões. “Celebrar 45 anos do Shopping Recife é celebrar também o Recife. Nossa história se mistura com a da cidade, crescemos juntos e seguimos lado a lado em cada conquista”, destacou a superintendente Renata Cavalcanti durante o evento comemorativo realizado nesta terça-feira (7). Gastronomia e experiência A grande inauguração do mês será o Parque Gourmet, que reúne nomes de peso da gastronomia nacional e local, como Fazenda Churrascada, Chiwake, Brûlée Bistrô, Terra e Toscana Trattoria. O projeto, assinado pelo escritório inglês Broadway Malyan, traz varandas, rooftop e integração com áreas verdes. “Estamos entregando ao público um espaço que une arquitetura contemporânea, diversidade gastronômica e a essência do Recife como cidade criativa, acolhedora e plural”, ressaltou Renata. A estrutura inclui ainda o Novo Quintal, dedicado ao entretenimento infantil. Economia criativa em destaque O aniversário do shopping tem uma agenda que reforça o vínculo com arte e cultura, com destaque para a Feira NaFoz Andante, que chegou à Zona Sul pela primeira vez com 52 expositores, e o Prêmio Shopping Recife na ART.PE — um incentivo à produção artística emergente. O prêmio terá curadoria de nomes como Lauro Cavalcanti e José Patrício, fortalecendo o diálogo entre o circuito local e a cena nacional de arte contemporânea. Conexão com inovação e bem-estar Entre os eventos apoiados, o Shopping Recife será parceiro do REC’n’Play 2025, encontro que transforma o Bairro do Recife em um grande hub de tecnologia e criatividade. Além disso, o empreendimento se reposiciona como polo de bem-estar, recebendo a primeira edição recifense da Corrida Granado Pink, voltada ao público feminino, e promovendo a reinauguração do ParCão, parque pet de 1.400 m² revitalizado com ambientes sensoriais, áreas de agility e convivência. Natal e novos planos Encerrando o calendário de 2025, o Shopping Recife abre em novembro a temporada natalina com o tema “Fábrica dos Sonhos”, em projeto assinado pelo artista plástico Juarez Fagundes. Masterplan prevê 290 mil m² de potencial construtivo O Masterplan, projeto de longo prazo do mal, prevê 290 mil metros quadrados de potencial construtivo. As obras serão realizadas em etapas, com foco em verticalização e criação de um espaço multiuso que reúna lazer, gastronomia, saúde e lifestyle.

Shopping Recife celebra 45 anos com novo ciclo de expansão e inovação Read More »

TRUMP.2

As emergências climáticas e a governança global: A posição de Donald Trump em perspectiva

*Por Zacarias Ribeiro Filho Este artigo não tem como propósito alimentar a polarização política. O objetivo é analisar como narrativas de lideranças globais influenciam a governança climática e o futuro comum da humanidade. O clima não conhece fronteiras ideológicas: trata-se de ciência, responsabilidade civilizatória e sobrevivência coletiva. O debate climático tornou-se um dos grandes pontos de tensão entre ciência e política no Século 21. Donald Trump desconsidera a diferença fundamental entre percepções episódicas do passado e o consenso científico contemporâneo, baseado em evidências acumuladas por décadas e respaldadas pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).  Ele, recorre a comparações históricas simplificadas: lembra que, nos anos 1920 e 1930, havia temores sobre resfriamento, para então sugerir que as preocupações atuais com o aquecimento global também seriam passageiras. Essa afirmação não pode ser lida apenas como opinião pessoal. Ela reflete como líderes, em diferentes contextos, utilizam narrativas para defender interesses e moldar políticas públicas. O “resfriamento global” e a construção de um falso dilema De fato, entre 1940 e 1970, houve estudos que discutiram os efeitos resfriadores da poluição atmosférica (aerossóis). Porém, mesmo nesse período, pesquisas já apontavam para o risco do aquecimento associado ao aumento dos gases de efeito estufa. Ou seja, nunca houve consenso sobre resfriamento global. A ciência evoluiu, acumulou dados e consolidou o entendimento de que o aquecimento atual é inequívoco e acelerado pela ação humana. A narrativa de Trump confunde hipóteses transitórias com consensos consolidados.    Tempo geológico x tempo político Outro ponto usado na retórica climática dele é a comparação entre a escala de milhões de anos das mudanças naturais da Terra e o curto intervalo de um século. Embora seja verdade que o planeta já tenha passado por ciclos de resfriamento e aquecimento, o fenômeno atual é distinto por duas razões: 1. Velocidade sem precedentes: em pouco mais de 150 anos, a concentração de CO² saltou de 280 ppm (partes por milhão), no nível pré-industrial, para mais de 420 ppm. 2. Origem antropogênica: o atual aquecimento decorre diretamente da queima de combustíveis fósseis, desmatamento e expansão agrícola. A política, no entanto, opera em outro tempo: mandatos de quatro anos, resultados trimestrais, respostas imediatas a crises. É nesse desencontro entre o tempo da geologia e o tempo da governança que reside a urgência climática. O peso da liderança global.  Os Estados Unidos são o segundo maior emissor histórico de gases de efeito estufa. Assim, quando um presidente norte-americano adota discurso de rejeição, os impactos não se limitam ao plano interno. Isso repercute diretamente na cooperação internacional, no ritmo da transição energética e na legitimidade de acordos multilaterais, como o Acordo de Paris.  É importante destacar que esse não é um fenômeno exclusivo de um país ou espectro político. Ao longo da história recente, diferentes governos – de perfis ideológicos variados – também mostraram resistência em alinhar suas políticas às evidências científicas, especialmente quando isso contraria interesses econômicos imediatos. Rejeição como estratégia de poder As emergências climáticas rejeitadas não devem ser vistas apenas como ignorância, mas como estratégia política, que cumpre funções claras: • internamente, mobiliza eleitores contrários a regulações ambientais e reforça narrativas de identidade política; e • externamente, projeta uma postura de resistência a compromissos internacionais e preserva setores econômicos estratégicos. É importante frisar que a dificuldade em lidar com a questão climática não é exclusiva de Trump ou de governos conservadores. Nem as utopias de esquerda, nem as de direita, foram capazes de oferecer respostas consistentes à pobreza estrutural ou às emergências climáticas. Ambas nutriram esperanças, mas falharam em dar soluções definitivas frente à complexidade dos desafios globais. Conclusão: ciência além da ideologia.  A análise da postura de Trump serve como alerta para algo maior: o desafio climático transcende a polarização entre direita e esquerda. O aquecimento global é um fato científico, não uma opinião. A resposta a ele depende da capacidade de líderes e instituições de superar divisões políticas e construir soluções coletivas. Em última instância, a questão climática não é sobre preferências ideológicas, mas sobre a obrigação ética, social e histórica que os seres humanos têm de proteger, preservar e desenvolver a civilização de forma sustentável e justa. Enfim, estamos diante da responsabilidade civilizatória. A ciência nos mostra a urgência; cabe à política decidir se responderá a tempo. *Zacarias Ribeiro Filho é engenheiro agrônomo; mestre em Dinâmica de Desenvolvimento do Semiárido; consultor  ESG da Abrafrutas; diretor da ESG Planning Consultoria.

As emergências climáticas e a governança global: A posição de Donald Trump em perspectiva Read More »

rio capibaribe

Recife redescobre sua fauna às margens do Rio Capibaribe

Parques urbanos e educação ambiental aproximam moradores do rio, revelando capivaras, jacarés, aves e até jiboias, e reforçando a necessidade de conviver com respeito e segurança com os animais silvestres *Por Rafael Dantas O Rio Capibaribe é das Capivaras, mas não só delas. A população do Recife tem visto com mais frequência também as suas aves, répteis e anfíbios… A recente fotografia de uma jiboia, feita pelo cineasta Kleber Mendonça Filho, rodou o mundo mostrando um pouco desse novo momento da capital pernambucana um pouco mais conectada com seus animais. Esses bichos sempre habitaram o rio, mas passaram a passear mais pelas margens e aos olhos dos outros moradores da cidade. Um fenômeno que aconteceu após o avanço dos parques urbanos que abrem janelas para às águas.  Com a experiência da primeira etapa do Parque Capibaribe, representada pelo Jardim do Baobá, os recifenses passaram a se reconectar com as áreas verdes e a contemplar o rio. O movimento rompe com uma tendência histórica marcada pela modernização urbana, que fez com que casas e prédios voltassem as costas ao curso d’água. Uma mudança que levou a população a contemplar com mais frequência a fauna que vivia nas águas ou embrenhada nos mangues que ninguém observava. O empresário Fernando Carvalho, 43 anos, é um dos recifenses que teve uma grande mudança de rotina e de contato com a fauna local após a inauguração do Parque das Graças. Morador do bairro há 10 anos, ele nunca imaginou ver uma jiboia ou contemplar tantas capivaras. “Antes da existência do parque, nunca tinha conseguido acessar aquela área do rio. Só tínhamos acesso ao mangue na outra margem do Capibaribe. Sempre escutamos pássaros e víamos alguns animais, mas após o surgimento do parque passamos a ver muitos outros, que não conhecíamos".  Sempre víamos alguns animais, mas após o surgimento do parque passamos a ver muitos outros, que não conhecíamos. A relação com a natureza dos moradores e de quem frequenta é muito bacana. Não imaginava que eu teria essa relação com a cidade na minha vida." Fernando Carvalho Ele conta que mais prazeroso é ver as famílias de capivaras circulando na beira do rio ou no gramado do parque. Além desse xodó dos recifenses, Fernando também relata perceber também uma presença muito maior de pássaros fazendo revoada na região. “A relação com a natureza dos moradores e de quem frequenta é muito bacana. Sempre que posso, vou com minha filha adolescente, com uma sensação de segurança. Sempre que posso caminho lá. Não imaginava que teria essa relação com a cidade na minha vida”. Mas, afinal, aumentou a população de animais ao longo do Capibaribe após a inauguração dos parques? Embora não haja uma resposta definitiva, há algumas hipóteses que explicam por que os moradores passaram a visualizar mais cobras, jacarés e capivaras. Segundo o pesquisador Rafael Barboza, pós-doutorando pela Facepe no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), a maior percepção da população em relação aos animais silvestres ao longo do Rio Capibaribe está ligada a vários fatores. O primeiro é justamente pelo fato de que a requalificação urbana aproximou a cidade do rio. Isso levou os recifenses a contemplarem sua área verde. “Nós ficamos de costas para o rio durante muito tempo. Agora, com obras como a da Beira Rio, começamos a olhar de frente para ele e a enxergar o meio ambiente que ainda resta na cidade.” Ficamos de costas para o rio durante muito tempo. Com obras como a da Beira Rio, começamos a olhar de frente para ele e a enxergar o meio ambiente da cidade. [E, na pandemia,] enquanto ficamos em casa, os animais foram reocupando espaços que eram deles." Rafael Barboza Um fator tecnológico que contribui para a percepção popular da vida animal é a popularização dos celulares com câmeras e das redes sociais. Ainda que esses animais fossem contemplados por alguns moradores anos atrás, a capacidade de circulação dessas imagens era muito menor.  Mas as hipóteses não estão apenas na maior percepção. Há alguns motivos que nos induzem a acreditar que há, de fato, uma maior população desses animais. Um deles está relacionado à experiência do isolamento na crise sanitária da Covid-19, quando parte da fauna voltou a ocupar a região do rio, é uma outra hipótese considerada pelo biólogo. “Enquanto ficamos em casa, os animais foram reocupando espaços que eram deles.” Com o avanço da estruturação desses espaços de lazer, especialmente com a abertura do Parque das Graças, algumas intervenções contribuíram para a atração desses bichos aos olhos da população. “As gramíneas e plantas ornamentais do Parque das Graças atraíram as capivaras para perto da população. A contemplação da fauna é maravilhosa e tem um valor educativo enorme.” Segundo Leonardo Melo, analista ambiental da Semas (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) lotado no Parque Estadual de Dois Irmãos, o reencontro do recifense com o Capibaribe tem favorecido a presença de mais animais nas margens do rio. Ele explica que a maior circulação de pessoas gera uma vigilância ampliada dos órgãos ambientais e consequentemente a redução das práticas de violência contra a fauna. “As capivaras, mais avistáveis, sentem mais segurança. No início havia muitos relatos de animais mortos a pauladas. Hoje isso acontece numa frequência muito menor. O visitante se depara e se encanta com as capivaras, organismo animal que tem tudo a ver com o Capibaribe.”  Essa vigilância e encantamento da população permite um ambiente mais seguro, com alimento e abrigo suficientes para que espécies se reproduzam. “O fato de as pessoas estarem avistando mais, significa dizer que os animais estão encontrando alimento, segurança e condição adequada para procriar. Podem aumentar em número, mas ainda é insuficiente para ser taxativo [que de fato aumentou a quantidade de animais]. Seria preciso chegar mais junto para ter diagnóstico e estudos”, explicou Leonardo Melo. AMPLA VIDA ANIMAL JÁ ERA CONHECIDA PELOS PESQUISADORES No início das pesquisas do Parque Capibaribe, uma das etapas foi justamente a realização de um inventário da fauna. Leonardo participava do projeto nessa época

Recife redescobre sua fauna às margens do Rio Capibaribe Read More »

palacio governo princesas Yacy Ribeiro Secom

Pernambuco amplia orçamento e prevê R$ 7,5 bilhões em investimentos para 2026

Projeto de Lei Orçamentária enviado à Alepe representa aumento de 27% nos recursos destinados a obras e políticas públicas prioritárias. Foto: Yacy Ribeiro O Governo de Pernambuco encaminhou à Assembleia Legislativa (Alepe) o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2026, com previsão de R$ 62,3 bilhões no total, sendo R$ 7,5 bilhões destinados a investimentos — um aumento de 27% em relação ao orçamento vigente. A proposta, elaborada pela Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional (Seplag-PE), estima receitas e fixa despesas de todo o exercício financeiro do próximo ano, superando em 9,9% o valor orçamentário de 2025. Segundo a governadora Raquel Lyra, “estamos recolocando o Estado em um ciclo de desenvolvimento e colocando as prioridades dentro do orçamento que terá ampliação em investimentos para, por exemplo, levar água a todas as regiões, combater a fome de quem mais precisa, melhorar os índices de segurança e proporcionar educação e saúde, sem deixar ninguém para trás”. A proposta também contempla operações de crédito no valor de R$ 4,9 bilhões, viabilizadas pela boa avaliação do Estado junto à Secretaria do Tesouro Nacional, com Capacidade de Pagamento (Capag) B+. O orçamento prioriza áreas estratégicas como Saúde (R$ 13,2 bilhões), Educação (R$ 9,2 bilhões) e Segurança Pública (R$ 5 bilhões), além de investimentos em Transporte (R$ 2,4 bilhões) e Saneamento (R$ 1,4 bilhão). Masterboi reforça presença global e liderança no setor com participação em eventos no Brasil e na Alemanha A Masterboi inicia outubro com uma agenda de destaque, marcando presença em três importantes eventos que reafirmam sua posição de liderança e inovação no mercado nacional e internacional. A empresa participa da Anuga Alemanha 2025 — a maior feira de alimentos e bebidas do mundo —, da 5ª etapa do Circuito Nelore de Qualidade, em Garanhuns, e do 3º Dia de Campo em Gravatá. As ações reforçam o compromisso da companhia com a qualidade da cadeia produtiva, a expansão de negócios no exterior e o fortalecimento das práticas sustentáveis e tecnológicas na pecuária brasileira. Ferreira Costa registra aumento de até 20% nas vendas durante o Liquida, que segue até 22 de outubro A Ferreira Costa vem colhendo resultados expressivos com a campanha Liquida, que foi prorrogada até o dia 22 de outubro e já registra alta de até 20% na procura por produtos nas lojas físicas e no e-commerce. O desempenho reflete a força da ação promocional no varejo nordestino e a consolidação de um comportamento de consumo mais planejado, com destaque para os setores de materiais de construção, móveis, eletrodomésticos e iluminação. A rede tem impulsionado o movimento nas unidades e no comércio regional, ao mesmo tempo em que amplia sua base de clientes online com promoções, como parcelamento em até 10 vezes sem juros e frete grátis em diversos produtos. Americanas abre 320 vagas temporárias e efetivas em Pernambuco A Americanas anunciou a abertura de 320 vagas de trabalho em Pernambuco, sendo 255 para lojas em todo o estado e 65 para o Centro de Distribuição do Recife. As oportunidades fazem parte do total de 5 mil vagas disponibilizadas pela varejista em todo o país, incluindo cargos temporários e efetivos. Voltadas especialmente para o aumento das vendas no último trimestre do ano, as vagas não exigem experiência prévia e contemplam funções como operador de loja, operador logístico, fiscal e motorista. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas online, oferecendo uma chance de ingresso ou recolocação no mercado formal com treinamentos e benefícios competitivos. Fusões e aquisições movimentam o setor financeiro e ampliam consolidação no mercado brasileiro O mercado financeiro brasileiro vive um novo ciclo de consolidação com o avanço das fusões e aquisições (M&A) entre instituições e serviços financeiros. Entre 2023 e 2024, foram registradas 184 transações, e a tendência segue em alta em 2025, com destaque para as empresas de assessoria de investimentos. De acordo com levantamento da Redirection International, bancos e corretoras têm intensificado a compra de escritórios de investimento para ampliar escala e eficiência, impulsionadas por um ambiente regulatório mais claro e pela digitalização do setor. Com mais de 59 milhões de brasileiros investindo e R$ 7,9 trilhões aplicados no primeiro semestre deste ano, o cenário reforça a busca por sinergias, inovação e competitividade no sistema financeiro nacional. Tempero da Fazenda inaugura no Shopping Recife O Tempero da Fazenda inaugurou uma unidade no Shopping Recife, fortalecendo sua presença no mercado de alimentação com foco em comida caseira e sabores regionais. Com sistema self-service por peso a partir de R$11,69 e cardápio diversificado que inclui pratos frios, quentes, sobremesas e executivos. A estratégia da rede visa atrair tanto clientes do dia a dia quanto visitantes do shopping.

Pernambuco amplia orçamento e prevê R$ 7,5 bilhões em investimentos para 2026 Read More »

empreendedores

Pequenos negócios movimentam 32% do PIB e sustentam 81% dos empregos formais em Pernambuco

Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa destaca a força e os desafios do setor, que já representa 94% do tecido empresarial do estado. Foto: Freepik De janeiro a agosto de 2025, Pernambuco registrou a abertura de 109,3 mil pequenos negócios, uma alta de 36,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O levantamento do Sebrae/PE aponta que micro e pequenas empresas, além dos MEIs, são responsáveis por 32% do Produto Interno Bruto estadual e por 94% do tecido empresarial. Esses números reforçam a importância do setor, especialmente em meio às comemorações do Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, celebrado hoje, em 5 de outubro. Papel estratégico “Comemorar o Dia da Micro e Pequena em Pernambuco é mais do que simbólico. É uma forma de reconhecer o papel vital que os pequenos negócios desempenham na economia, cultura, inovação, competitividade e geração de renda e oportunidades no estado. Tendo o Sebrae como parceiro estratégico permanente, eles também estimulam o empreendedorismo local, ajudam a preservar tradições e o saber fazer e colaboram para a melhor distribuição econômica, o desenvolvimento sustentável e a inclusão social na região”, afirma o superintendente do Sebrae/PE, Murilo Guerra. Geração de empregos Os pequenos negócios foram responsáveis pela criação de 25,3 mil vagas com carteira assinada em Pernambuco entre janeiro e julho deste ano, o que corresponde a 81% do saldo estadual de empregos formais, segundo dados do Caged. O setor de Serviços liderou a geração de oportunidades, com mais de 14,2 mil postos, seguido pela Construção Civil, com 5,2 mil. Para a economista do Sebrae/PE, Sylvia Siqueira, o aumento de registros de CNPJs aponta para um ambiente mais favorável ao empreendedorismo por oportunidade, com maior potencial de inovação e diversificação produtiva. Desafios e mortalidade Apesar dos avanços, o estudo também alerta para os desafios do setor. Entre janeiro e agosto, 62,4 mil empresas encerraram as atividades no estado, resultando em uma taxa de mortalidade de 52%. As principais dificuldades estão ligadas a juros altos, inflação persistente, falta de crédito e problemas de gestão. “Esses fatores têm refletido na redução do tempo de vida e aumento da taxa de mortalidade empresarial, com efeitos em todos os portes e setores econômicos”, explica Sylvia Siqueira. Ainda assim, 81% dos empreendedores pernambucanos seguem ativos há mais de dois anos, superando a média nacional.

Pequenos negócios movimentam 32% do PIB e sustentam 81% dos empregos formais em Pernambuco Read More »

sex and cityfotos

Sexo depois dos 45 é sobre qualidade e escolhas

Por Manu Siqueira Quem se lembra de Sex and the City, de 1998, recorda as quatro amigas – Carrie, Miranda, Charlotte e Samantha – explorando encontros amorosos e sexuais em Nova York, com novas aventuras em cada esquina. Pois bem, com mais de 25 anos de atraso, comecei a maratonar a série na Netflix. É longa, divertida e fácil de assistir. Mas, em 2025, a realidade das mulheres é outra. Para quem está acima dos 45, a busca pelo amor e pelo sexo ganhou novas camadas e desafios. Pesquisas recentes mostram que as mulheres estão fazendo menos sexo, e muitas vezes não por falta de desejo, mas porque não aceitam mais qualquer tipo de relação. Sexo de qualidade virou critério essencial. O cansaço de conhecer pessoas novas por aplicativos de namoro também pesa. O chamado app fatigue já aparece em pesquisas e descreve a exaustão emocional provocada por conversas que não evoluem, perfis falsos e expectativas frustradas. Muitas mulheres relatam a canseira de deslizar para a direita e para a esquerda sem encontrar conexões verdadeiras. Na contramão disso, já celebrei casamentos de casais que se encontraram e se apaixonaram em aplicativos de paquera. Sim, é raro, mas acontece. Também conheço histórias bonitas de encontros casuais, mas intensos e verdadeiros, que nasceram em viagens, quando parece que deixamos os receios de lado e olhamos o outro com os olhos encantados de turista. No entanto, no cenário atual, não adianta ter quantidade se o prazer do sexo e da companhia não estiver presente. Com a maturidade, muitas mulheres entendem que desejo, carinho, respeito, comunicação e conforto são pontos inegociáveis. Enquanto em Sex and the City amor e sexo se misturavam em histórias intensas, hoje muitas mulheres optam por outros caminhos. Algumas buscam relações estáveis, outras preferem encontros casuais, e há ainda quem escolha viver o prazer sozinha ou explorar movimentos como o celibato voluntário e o detox de homens. Esses movimentos revelam uma tendência em expansão: a relação amorosa deixou de ser o centro da vida de muitas mulheres, que agora ocupam esse espaço com prioridades pessoais, profissionais e de bem-estar. A reflexão que fica é simples e profunda: o que realmente importa depois dos 45 não é a frequência, mas a qualidade. Vale se perguntar o que se busca de fato, se é amor, sexo ou ambos, e se as experiências atuais estão trazendo prazer verdadeiro ou apenas repetindo convenções sociais. O mundo mudou muito desde as aventuras de Carrie e suas amigas, e hoje as mulheres estão livres para reinventar o próprio roteiro. Sexo depois dos 45 pode ser intenso, transformador e libertador, mas só quando é escolhido com consciência e desejo genuíno. *Manu Siqueira é jornalista

Sexo depois dos 45 é sobre qualidade e escolhas Read More »

centro distribuicao nestle

Nestlé investe R$ 86 milhões em centro de distribuição em Pernambuco

Nova estrutura amplia presença da companhia no varejo do Nordeste e promete reduzir prazos de entrega em até quatro dias A Nestlé inaugurou um novo centro de distribuição (CD) em Cabo de Santo Agostinho (PE), resultado de um investimento de R$ 86 milhões. Considerado um dos maiores da companhia no país, o espaço tem capacidade de expedição anual de mais de 128 mil toneladas e estrutura com mais de 15 mil posições-palete. O objetivo é ampliar a presença no varejo nordestino, especialmente em categorias estratégicas como chocolates, cafés, leites, achocolatados e produtos culinários da linha Maggi. Redução no tempo de atendimento A unidade deve garantir maior eficiência logística e agilidade, reduzindo em até 96 horas o tempo médio de entrega. Antes, o prazo de atendimento podia ultrapassar sete dias. O centro atenderá exclusivamente o canal B2B, abastecendo atacadistas, distribuidores, supermercados e redes regionais em todos os nove estados do Nordeste. A operação também integra a logística de Purina, marca de petfood da Nestlé, segmento em expansão na região. Empregos e inovação tecnológica Com mais de 110 empregos diretos e indiretos gerados, o CD segue padrões globais da companhia em digitalização e sustentabilidade. Entre os diferenciais estão agendamento de transportes 100% digital, gestão de documentos sem uso de papel e torre de controle com indicadores em tempo real. A unidade também adota práticas alinhadas à agenda ESG, como utilização de veículos a biocombustível e o programa “Mulheres em Movimento”, que capacita motoristas e operadoras de empilhadeira. Relevância estratégica da região “A região Nordeste tem papel estratégico para a Nestlé. A região representa cerca de 10% do faturamento médio anual da empresa no país, considerando todas as categorias que atuamos. Com este novo centro de distribuição, conseguimos reforçar nossa conexão com os consumidores e garantimos a presença dos nossos produtos nas prateleiras dos supermercados de forma mais ágil e eficiente, evitando rupturas e fortalecendo nossa proximidade com nossos clientes e parceiros” - Alexandre Teixeira, Diretor-Geral de Logística Física da Nestlé Brasil,

Nestlé investe R$ 86 milhões em centro de distribuição em Pernambuco Read More »

Diego presidente acate 2

Diego Ramos: “Nosso tempero secreto é a cultura de colaboração”

Em entrevista exclusiva durante o Startup Summit, Diego Brites Ramos, presidente da Acate (Associação Catarinense de Tecnologia), detalha como a capital catarinense construiu em quatro décadas um dos maiores polos de inovação do Brasil — um caminho que dialoga com os desafios e conquistas do Porto Digital, em Pernambuco. Durante a cobertura da participação das startups pernambucanas no Startup Summit, a Algomais também voltou os olhos para outro protagonista da cena nacional de inovação: Florianópolis. A capital catarinense tem hoje na tecnologia o setor responsável por 25% do seu PIB, resultado de um processo de organização que começou ainda nos anos 1980 e que hoje se desdobra em um ecossistema com quase 30 mil empresas espalhadas pelo estado. Na entrevista a seguir, Diego Ramos, presidente da Acate (Associação Catarinense de Tecnologia), explica ao repórter Rafael Dantas como uma cidade que não podia depender da indústria de transformação ou de um turismo sazonal reinventou sua matriz econômica. Ao relatar a importância da cultura de colaboração, das incubadoras e do fortalecimento de polos regionais, Ramos oferece pistas que dialogam diretamente com os desafios enfrentados em Pernambuco, onde o Porto Digital também busca ampliar conexões com setores tradicionais e fortalecer a presença das empresas locais no cenário global. Por que Florianópolis está “bombando” em tecnologia e inovação? O que esse polo tem feito impulsionar o sistema?  Eu sempre falo, o que a gente está vivenciando agora não é algo que foi construído da noite para o dia. É algo que a gente vem construindo há muito tempo, praticamente há quatro décadas. Em Florianópolis, vivemos em uma ilha, onde mais da metade do território é de preservação ambiental. Logo, a cidade não pode comportar a indústria de transformação.  Então, lá atrás, pensamos: poxa, não dá para depender só do turismo, que diferente do Recife, que vocês têm oportunidade, tem calor o ano inteiro. Aqui não temos. Nosso turismo é muito sazonal. Também não podemos depender só do poder público.  Entendeu-se que deveríamos focar numa nova matriz econômica. E foram se construindo as bases para tudo isso. Uma dessas foi a Acate, a Associação Catarinense Tecnologia. Essa foi uma forma de as empresas se organizarem. Mas tem o nosso tempero secreto, que a gente fala, que é essa cultura de colaboração que a gente construiu. Por exemplo, eu e esses tantos aqui – diretores da associação – somos voluntários. A gente busca um propósito maior de construir um ecossistema em que todos possam se beneficiar dentro desse espírito de colaboração.  E crescemos bem acima da média geral em 2024, fazendo com que passássemos do sexto para o quinto faturamento do Brasil, ultrapassando o Rio Grande do Sul. Isso é representativo, porque estamos falando de forma absoluta. Nosso Estado é pequeno, tem apenas 1,1% do território e 3,4% da população brasileira. Sermos o quinto maior polo de faturamento é bem representativo. Qual é o tamanho da Acate? A CAT tem 39 anos, ela começou com menos de 10 empresas associadas. Hoje já são 1.800, o que nos faz ser uma das maiores entidades de tecnologia do País, embora tenhamos atuação somente regional. Como é que funciona esse ecossistema local?  As empresas estão localizadas no estado inteiro. O número total é de quase 30 mil empresas de tecnologia. Então, obviamente, o setor é muito maior que os nossos associados.  Uma característica importante de Santa Catarina é que a tecnologia tem a força do Polo da Grande Florianópolis, que hoje tem se destacado bastante, mas temos mais sete polos espalhados pelo Estado. A gente busca sempre fortalecer cada vez mais esses polos.  Nós temos em Florianópolis a Incubadora Miditec há 27 anos, mantida com parcerias com o Sebrae. A incubadora é um de sucesso, eleita por três vezes uma das cinco melhores do mundo. Uma estrutura que graduou grandes empresas, com 95% a taxa de sobrevivência de quem participa desse programa. A gente estruturou uma metodologia e vamos replicar isso em todo o estado.  Em termos de participação na economia, qual o tamanho desse ecossistema de tecnologia? Hoje nós temos Florianópolis com uma capital que se destaca com 25% do PIB da cidade do setor de tecnologia. E falando em termos de estado, são 7,75% do PIB. Então, a gente tem bastante pista ainda para percorrer.  Como é o relacionamento desse setor de tecnologia com os demais setores produtivos do estado? Ele é muito bom, mas a gente precisa explorar um pouco mais. Isso é o desafio que a gente tem, principalmente de aproximar, o que a gente chama de indústria tradicional da nossa indústria, que é uma indústria mais digital. Ainda temos uma indústria que é muito conservadora e a Acate tem esse trabalho de atuar, por exemplo, com a Federação das Indústrias, de conseguir apoiar as empresas. Temos um programa de inovação aberta, que é o LinkLab, que é uma forma também de a gente conectar essa indústria com o setor de tecnologia. Hoje em Pernambuco, temos algumas dificuldades também nesse sentido.  Às vezes uma empresa de tecnologia local tem mais conexões até com o mercado exterior do que às vezes com o mercado local. Isso parece um desafio comum na área de tecnologia. Hoje, das atividades das empresas locais de tecnologia há alguma característica principal em que esses negócios estão mais conectados? Aqui nossas empresas de tecnologia atuam muito no B2B (Business-to-Business, negócios que vendem para outras empresas).  Diferente de grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, que acaba sendo muito B2C (Business-to-Consumer, venda para o consumidor final). Então, temos essa característica, mas elas atendem os mais diferentes setores. Tanto que a Acate hoje tem 13 verticais de negócio: agro, fintech, educação, manufatura, entre outros. Então acaba tendo clientes de diversos setores, mas são a maior parte B2B e também é a maior parte SaaS também, desenvolvimento de software como serviço. Em geral, esses polos têm muitas empresas, mas algumas gigantes que ancoram o setor. Quais são as grandes empresas do polo tecnológico de Santa Catarina?  Como é um ecossistema já de

Diego Ramos: “Nosso tempero secreto é a cultura de colaboração” Read More »

adepe reuniao

Governo de Pernambuco anuncia R$ 54,7 milhões em novos investimentos

Indústrias, importadoras e centrais de distribuição recebem incentivos fiscais em quarto ciclo do ano pelo Condic O Governo de Pernambuco anunciou novos aportes de R$ 54,7 milhões para implantação e ampliação de indústrias. A expectativa é a criação de 498 novos empregos, conforme deliberado na 133ª reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), realizada na Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe). Incentivos fiscais e programas estratégicos Foram aprovados 54 projetos, incluindo 30 industriais, 8 de importação e 16 de centrais de distribuição, com concessão de incentivos fiscais e financeiros por meio do Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe) e do Programa de Estímulo à Indústria de Pernambuco (Proind). Este ciclo representa o quarto anúncio de investimentos em 2025, somando até agora R$ 969,9 milhões em aportes e 2.237 empregos gerados. Impacto para importação e distribuição Oito projetos de importação aprovados devem movimentar R$ 137,9 milhões anualmente, com recolhimento de ICMS de R$ 11,1 milhões. Já as 16 centrais de distribuição aprovadas projetam compras e transferências anuais de R$ 206,3 milhões, contribuindo com R$ 42,6 milhões em tributos para o Estado, fortalecendo a arrecadação e o desenvolvimento do setor logístico. Confiança e continuidade na política econômica “Esses investimentos representam mais um passo importante para o desenvolvimento econômico de Pernambuco. O saldo de agosto do Caged, divulgado ontem, confirma que estamos no rumo correto, com investimentos que fortalecem setores tradicionais como a Indústria e a Agropecuária, ao mesmo tempo em que abrimos espaço para a Construção Civil e os Serviços. Esses números refletem confiança, dinamismo e o trabalho conjunto entre governo, iniciativa privada e trabalhadores”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti. “A cada encontro, mostramos que o Penambuco tem continuidade, planejamento e seriedade na condução da política de desenvolvimento econômico. Isso gera segurança e confiança para o empresário que decide ampliar ou implantar seus negócios aqui. Com esses novos investimentos, fortalecemos ainda mais a nossa capacidade de atrair empreendimentos e gerar empregos”, afirma a diretora-presidente da Adepe, Ana Luiza Ferreira. DESTAQUES DA 133ª REUNIÃO DO CONDIC

Governo de Pernambuco anuncia R$ 54,7 milhões em novos investimentos Read More »