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FRALDINHA

Fraldinha no Churrasco é um corte injustiçado?

Pois é! A resposta é sim,  para muitos entusiastas e churrasqueiros experientes, a fraldinha (flank steak) é frequentemente considerada um corte injustiçado no churrasco brasileiro. Tradicionalmente, cortes como picanha, costela e cupim dominam as grelhas, relegando a fraldinha a um segundo plano ou a um corte mais simples. No entanto, a fraldinha, com suas fibras longas e sabor bovino marcante, possui um potencial enorme quando preparada corretamente. Seu "segredo" está justamente em saber controlar o ponto (não deixá-la ressecar, pois é mais magra) e, crucialmente, cortá-la sempre contra as fibras na hora de servir. Quando bem feita – seja inteira na grelha ou em peças menores – e fatiada da maneira correta, a fraldinha entrega uma carne suculenta (se no ponto certo), com sabor delicioso e uma textura que, embora fibrosa, desmancha na boca ao ser mastigada transversalmente às suas fibras. Além disso, costuma ter um custo-benefício excelente comparado aos cortes "nobres". Por esses motivos, muitos a defendem como uma opção saborosa e inteligente que merece mais reconhecimento nas paradas de churrasco. Campari Ganha Novo Ímpeto no Brasil Mais do que um simples retorno, o que se observa no Brasil é um notável novo momento para a marca Campari, que vem intensificando sua presença e conexão com o público brasileiro por meio de uma série de iniciativas estratégicas. Longe de ter estado ausente, a icônica bebida italiana tem investido pesadamente em marketing e parcerias culturais, criando a percepção de uma "volta" ou, melhor dizendo, de uma energia renovada no mercado nacional. Campanhas de grande visibilidade e a associação com plataformas de interesse do consumidor têm colocado Campari novamente em destaque. Essa nova fase se manifesta de diversas formas. Recentemente, a marca tem associado seu nome a universos como o cinema, com ativações ligadas a eventos globais como o Festival de Cannes e projetos focados no cinema brasileiro, como a campanha "Baseado em Paixões Reais". Iniciativas imersivas como a "Campari Negroni Experience" celebram o coquetel clássico que leva o bitter, reforçando sua versatilidade e apelo. A escolha de figuras públicas brasileiras, como a atriz Juliana Paes, como embaixadora da marca, também sublinha o objetivo de estreitar laços com o consumidor local e reforçar a relevância cultural de Campari no País. O resultado dessas ações é uma presença de marca mais vibrante e contemporânea. Além das campanhas e experiências, a própria identidade visual tem sido objeto de atenção, como a recente mudança na garrafa de Campari, buscando maior sustentabilidade e um design alinhado com os tempos atuais. Todo esse movimento reforça a posição de Campari não apenas como um bitter essencial para a coquetelaria, mas como uma marca que dialoga ativamente com a cultura e os hábitos de consumo no Brasil, consolidando sua relevância e conquistando novas gerações de apreciadores.

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cerebro humano

A Natureza e a gente, o Homo (autointitulado) sapiens: Geometrias, e não só funções, para uma vida melhor?

*Por Jones Albuquerque Ao observarmos a natureza e suas formas — galáxias, estrelas, copas de árvores, penas em um pássaro, escamas em um peixe, cardumes de peixes, caminhos descritos por um rio ou por pessoas em uma floresta, ondas e espumas no mar, campos magnéticos, descargas elétricas, partituras de músicas que se propagam secularmente entre nós, crescimento de células e tumores, sistemas nervosos, sistemas cardiovasculares, epidemiologia de doenças e tantos outros fenômenos descritos, por nós mesmos, inclusive — parece, mas parece mesmo, que a “homogeneidade” “ordenada” e “bem definida” que encontramos na vasta maioria das nossas tecnologias, ditas “viáveis” (repetíveis em escala, em termos de uso e funcionalidade – função) por nós mesmos, os Homo, autointitulados, sapiens, é completamente antagônica à da natureza. A qual parece rugosa, fractal, autossimilar, autodefinida, e até “desordenada”, também definida por nós mesmos. Seria esse nosso grande equívoco como “humanidade”? Acreditar, inocentemente, que nossas mais recentes (200 mil anos) tecnologias que, muitas vezes, mais parecem nos querer fazer diferente do resto da natureza do que nos fazer adaptados para a vivência e “sobre-vivência”, suplantam o que parece ser a forma natural, da natureza, do nosso planeta (4,6 bilhões anos, estimada) e, em nossa volta, no universo? Seria esse equívoco uma esquizofrenia sociocomportamental nossa, batizando-o com palavras, como  “sociedade", “educação” e até “ciência”?  Seria esse nosso equívoco mais que explicitado à nossa “humanidade” por fenômenos como pandemias, “mudanças” climáticas, e por tecnologias como computadores e suas inteligências “algorítmicas"? Estes últimos explicitam que o “trabalho” (repetir, à perfeição e à exaustão, tarefas bem definidas) parece estar com seu fim decretado em diversas “profissões". Pois, de tão “ordenado” e “homogeneizado”, tornaram-se passíveis de serem “copiados" até por uma máquina funcional? Mesmo os ditos “criativos”? Seria esse o fim da nossa Escola de Cursos Superiores até? O que restará à "Universidade" se a "Escola de Cursos Superiores" não estará mais nos campi? Seria esse o fim da ciência? Em 1995, já há três décadas, o então editor da Revista Scientific American, John Horgan, nos alertava, em seu livro O Fim da Ciência, como temos conduzido ciência. Pelo que parece, a liberdade exigida para descobertas em uma universidade está limitada pela necessidade formativa (pôr na fôrma) de uma “escola de cursos superiores profissionalizante” com “disciplinas”, "frequência obrigatória”, “certificados” e "boletins escolares” medindo “tarefas repetíveis funcionalmente à perfeição e à exaustão" e imersos em “grades” escolares. O que sugere, cada vez mais, o nosso “comportamento funcional induzido, bem-definido e recursivo”, desde criança. Não parece à toa que até máquinas nos substituam funcionalmente agora (Gödel e Turing – 1900's). Mas, como disse Poincaré (1800’s): “pequenas ações podem desencadear cenários inimagináveis".  Será que deveríamos resgatar mais Leibniz (1600's), citado por Darwin (1800's), e tantos outros e tentar buscar o Natura Non Facit Saltum do livro Origens das Espécies (significa "A natureza não dá saltos", as mudanças e os processos na natureza ocorrem de forma gradual e contínua, sem rupturas ou saltos abruptos) ? Mesmo que geometricamente inocente, como na natureza?

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Alta de juros

Impactos do Aumento da Taxa Selic na Economia Brasileira

*José Carlos Maia e Antônio Dourado O aumento da taxa Selic para 14,25%, com projeção de atingir 15% em 2025, tem provocado reflexos significativos na economia brasileira. Embora a elevação dos juros seja uma medida utilizada pelo Banco Central para conter a inflação, suas consequências vão muito além do controle dos preços, afetando o endividamento das famílias, a inadimplência das empresas e aprofundando a crise no crédito bancário. A alta da Selic reduz a demanda agregada ao encarecer o crédito e desestimular o consumo e os investimentos. Empresas enfrentam maiores custos de capital, comprometendo sua capacidade de expansão e geração de empregos. Além disso, consumidores, diante do crédito mais caro, limitam os gastos com bens duráveis, afetando setores como varejo, indústria e serviços. Esse cenário gera um efeito multiplicador, ampliando a desaceleração econômica e podendo levar o Brasil a uma recessão técnica em 2025. Outro ponto crítico é o aumento do custo da dívida pública. Com juros elevados, o governo precisa destinar uma parcela crescente do orçamento para o pagamento de serviços da dívida, reduzindo recursos para áreas essenciais como saúde e educação. A relação dívida/PIB tende a crescer, aumentando o risco de insolvência fiscal e prejudicando a confiança dos investidores no país. Segundo estudos da assessoria econômica do Congresso Nacional, as despesas obrigatórias poderão ultrapassar 100% da receita da União até 2027, inviabilizando a gestão fiscal. As famílias brasileiras também sofrem com a elevação da Selic. O custo do crédito mais alto aumenta a inadimplência, tornando inviável o pagamento de dívidas já existentes. Em novembro de 2024, 41,51% da população adulta estava inadimplente, um reflexo direto do aumento dos juros e da deterioração da renda disponível. Para as empresas, em especial as pequenas e médias, o cenário é igualmente desafiador, com dificuldades para renegociar dívidas e acessar crédito. Ademais, a falta de comunicação clara por parte do governo tem agravado o pessimismo em relação ao futuro econômico. A percepção de que as medidas adotadas visam apenas aumentar a arrecadação, sem resolver problemas estruturais, reduz a confiança dos agentes econômicos e aumenta a incerteza em relação ao crescimento do país. Diante desse quadro, é fundamental que o governo implemente políticas fiscais mais responsáveis e medidas que protejam os consumidores endividados. Propostas como a revisão contratual, a assessoria jurídica especializada e programas de educação financeira podem auxiliar famílias e empresas a enfrentarem os desafios impostos pela política monetária restritiva. Apenas com uma abordagem equilibrada entre controle da inflação e estímulo ao crescimento será possível reverter os impactos negativos do aumento da Selic e garantir a estabilidade econômica do Brasil. *José Carlos Maia é Economista e Antônio Dourado é advogado do escritório Portela Soluções Jurídicas.

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Rosana Farias convive com condromalácia patelar, uma condição dolorosa no joelho causada por má formação. Com acompanhamento e exercícios específicos, ela encontrou na musculação uma aliada. Veja o que diz o educador físico Max Lima sobre treinos adaptados para quem tem lesões nos joelhos.

Condromalácia patelar: como driblar a dor no joelho com musculação e orientação profissional

Má formação congênita no joelho levou Rosana Farias, de 47 anos, a adaptar a rotina de exercícios. Com apoio do profissional de educação física, Max Lima, ela fortalece a articulação sem dor e mostra que é possível se movimentar com segurança.

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janaina lima

Gravatá ganha nova grife que transforma o amor pela cidade em camisetas e suvenires

Marca autoral criada por jornalista e diretor de arte aposta no design afetivo para valorizar os ícones e o turismo local Gravatá, um dos destinos mais charmosos do Agreste pernambucano, acaba de ganhar uma marca que une turismo, identidade local e memória afetiva em peças criativas. A grife @Ilove.gravata, idealizada pela jornalista Janaína Lima e pelo diretor de arte Leonardo Davino, chega ao mercado com uma coleção que estampa símbolos culturais da cidade em camisetas, canecas, copos, ímãs e outros suvenires. O projeto surge para preencher uma lacuna: a ausência de produtos temáticos que representassem, com autenticidade e afeto, os encantos gravataenses. “Sentimos a carência de um souvenir com o nome da cidade, com seus pontos turísticos. Gravatá tem um artesanato incrível, com grandes artistas, mas não havia um produto temático que você pudesse levar de presente ou usar para expressar seu amor pela cidade”, explica Janaína. Entre os atrativos já homenageados nas estampas estão o Cristo do Alto do Cruzeiro, a bonequinha da sorte e as práticas de aventura, como o rapel. Outros elementos — como balonismo, mercado público, cachoeiras e o tradicional São João — devem integrar em breve as próximas coleções. Com um apelo visual moderno e linguagem leve, a marca aposta na valorização do turismo de experiência, alinhando-se ao movimento de viajantes que buscam conexão autêntica com os lugares visitados. “Queríamos criar uma marca que não fosse apenas turística, mas afetiva. A ideia era transformar os símbolos de Gravatá em peças com design autêntico, que despertassem identificação e orgulho em quem usa”, ressalta Davino. A proposta é que a grife represente mais do que lembranças: seja uma forma de vestir e vivenciar o afeto por Gravatá. A aceitação do público já é positiva, e os fundadores planejam expandir a atuação da marca em eventos culturais e pontos estratégicos da cidade. Além de promover o comércio criativo, a @Ilove.gravata fortalece o posicionamento de Gravatá como destino que alia natureza, cultura e afeto. “Quis devolver à cidade um pouco do bem que ela me faz”, completa Janaína, que mantém laços com a região mesmo morando no Recife. Serviço:Acompanhe as novidades da grife no Instagram: @ilove.gravata.

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livraria jardim

9,4% de alta: livros se consolidam como presentes e fortalecem o setor livreiro

Crescimento nas vendas no Dia das Mães anima livrarias, que projetam novo pico no Dia dos Namorados As datas comemorativas vêm se revelando uma oportunidade estratégica para o mercado editorial, impulsionando a venda de livros como opção de presente com valor afetivo e duradouro. No Recife, a Livraria do Jardim, localizada no bairro da Boa Vista, registrou um aumento de 10% nas vendas no período que antecedeu o Dia das Mães — um reflexo do interesse crescente por presentes personalizados e culturais, tanto nas lojas físicas quanto nas plataformas digitais. A tendência reforça o potencial do setor livreiro em um cenário de retomada gradual do consumo. “A expectativa agora é de que o ritmo de crescimento se mantenha ou até mesmo se intensifique com a chegada do Dia dos Namorados, em junho”, afirma Luciana Sampaio, gerente financeiro da Livraria do Jardim. A escolha de livros como presentes demonstra a valorização de experiências mais íntimas e simbólicas por parte dos consumidores. Os dados da livraria recifense acompanham o panorama nacional. De acordo com o Painel do Varejo de Livros no Brasil, levantamento realizado pela Nielsen Book em parceria com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), o setor registrou em janeiro de 2025 um aumento de 9,49% em volume e de 6,25% em faturamento em comparação ao mesmo mês do ano anterior. O desempenho positivo tem sido puxado, em parte, pelas ações voltadas às datas comemorativas e pela revalorização do livro como objeto de desejo. Além de um item de consumo, o livro se consolida como uma forma de conexão emocional, o que favorece as livrarias independentes na fidelização do público. Para negócios como a Livraria do Jardim, que conciliam curadoria com atendimento personalizado, o calendário festivo surge como um trunfo para ampliar a base de clientes e consolidar o crescimento no setor cultural e criativo.

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Mobilidade elétrica em foco: evento gratuito em Petrolina impulsiona transição energética

O evento será nesta quarta-feira (21) e quinta-feira (22), organizado pela Associação Pernambucana de Energias Renováveis em parceria com o Conselho Regional de Técnicos Industriais (CRT-03). Empresários, engenheiros e técnicos envolvidos em negócios e projetos de sustentabilidade energética de todo o estado se encontram em Petrolina, no Sertão, nesta quarta e quinta-feira (21 e 22 de maio). A iniciativa é da Associação Pernambucana de Energias Renováveis (Aperenováveis), em parceria com o Conselho Regional de Técnicos Industriais da Terceira Região (CRT-03) - que representa Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Sergipe-, contando ainda com o apoio das regionais do SENAI e SEBRAE. Trata-se de uma oportunidade estratégica para empresários, investidores, projetistas e demais profissionais envolvidos na implantação e gestão de sistemas de energia renovável, além de ser uma chance de capacitação e aprofundamento técnico. “Sem falar, é claro, no fortalecimento do networking, para firmar possíveis parcerias e discutir os caminhos mais assertivos para o avanço da mobilidade sustentável no Semiárido pernambucano”, ratifica o presidente da Aperenováveis, Rudinei Miranda. Programação A programação começa hoje (21/05), a partir das 19h, na sede do SENAI, na Vila Eduardo, com foco no aperfeiçoamento profissional de técnicos e engenheiros. Na quinta-feira (22), na sede do SEBRAE, no Centro de Petrolina, também começando às 19h, os debates vão ser em torno das estratégias comerciais - modelos de negócio, tendências de mercado e perspectivas da Eletromobilidade. As inscrições são gratuitas e feitas pela plataforma de vendas Sympla (link na Bio do perfil @aperenovaveis). A ideia do II Encontro da Aperenováveis Regional Petrolina é fomentar o debate qualificado sobre a transformação da mobilidade urbana e interurbana, com foco na transição energética e na inovação tecnológica. “A eletromobilidade vai além dos veículos elétricos, na verdade, engloba toda a infraestrutura essencial para o seu funcionamento, como estações de recarga, sistemas inteligentes de gestão energética e a modernização da rede elétrica”, acrescenta Miranda. SERVIÇOII Encontro Regional Petrolina AperenováveisDias 21 e 22 de maio de 2025 - credenciamento a partir das 18hLocais: SENAI Petrolina (21) e SEBRAE Petrolina (22)Incrições GRATUITAS pelo Symplaou link na Bio do Instagram @aperenovaveis

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Pernambuco amplia esforços pela restauração ambiental

Estado investe em reflorestamento da Caatinga e da Mata Atlântica com parcerias público e privadas, mirando metas climáticas e socioeconômicas. *Por Rafael Dantas Nem só do combate às queimadas e ao desmatamento vive a luta pelas florestas brasileiras e pernambucanas. Além de conter os crimes ambientais que avançam sobre a flora e comprometem o habitat da fauna silvestre, há também um esforço significativo voltado à restauração ambiental. Esse movimento, cada vez mais robusto, reúne instituições com foco ecológico, empresas sensibilizadas pela pauta da sustentabilidade, o poder público e uma diversidade de organizações populares. Em Pernambuco, essas iniciativas ganham corpo nos biomas da Caatinga e da Mata Atlântica. Em meio ao debate do aquecimento global e das mudanças climáticas, a ONU convocou os países em 2021 para vivermos a Década da Restauração de Ecossistemas. No ano em que o Brasil recebe a COP-30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), é estratégico o fortalecimento das iniciativas que não apenas preservam mas agem pela regeneração do meio ambiente. E Pernambuco tem várias experiências de destaque. “Desde 2021, as ações de restauração estão se intensificando muito no Brasil inteiro. Pela primeira vez, inclusive, a gente está tendo um aporte de recursos para trabalhar a restauração no semiárido. Em 2025, temos visto bastante oportunidades de restauração aparecendo, seja por meio de edital público ou pelo ambiente privado”, afirmou Joaquim Freitas, coordenador geral no Cepan (Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste). "Pela primeira vez, a gente está tendo um aporte de recursos para trabalhar a restauração no semiárido. Em 2025, temos visto bastante oportunidades de restauração aparecendo, seja por meio de edital público ou pelo ambiente privado." Joaquim Freitas Neste semestre, por exemplo, o Governo Federal anunciou que o País contará com R$ 1,44 bilhão para promover a restauração florestal e ampliar o uso de soluções baseadas na natureza. O investimento faz parte do Plano de Investimento do Programa Natureza, Povos e Clima do Fundo de Investimento Climático. Em Pernambuco, o Governo do Estado lançou no ano passado o Edital Caatinga com aporte de R$ 16 milhões para o plantio de 500 mil espécies nativas. O projeto está em execução, com 45 mil já plantadas em seis unidades de conservação, como a APA Chapada do Araripe e o Parque Nacional do Catimbau. Outro edital foi o Plantar Juntos Manguezal, com R$ 600 mil para plantio de 10 mil mudas de mangue. Ao todo, os planos anunciados por Raquel Lyra são de 4 milhões de árvores plantadas. Além dos aportes do poder público estadual, o bioma da Caatinga teve o anúncio do investimento de R$ 8,8 milhões, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e do Banco do Nordeste, que lançaram o edital Caatinga Viva no final de 2024. A iniciativa está apoiando projetos de restauração ecológica em até quatro áreas de no mínimo 100 hectares no bioma. A iniciativa integra o programa Floresta Viva, que deve investir R$ 60 milhões nos próximos anos. Há ainda investimentos privados, de iniciativas municipais e outros recursos internacionais no cenário de investimentos restaurativos. DESAFIOS NO HORIZONTE No Estado, Joaquim destaca que um dos principais focos de atuação está relacionado às áreas nas fronteiras de desertificação que acontecem principalmente na Caatinga. “Em Pernambuco temos mapeados focos de desertificação e também de desmatamento. As ações de restauração têm que ser voltadas para conseguir recuperar minimamente a capacidade dos ecossistemas de gerar serviços ecossistêmicos”, afirmou o coordenador geral do Cepan. “A ideia é que a gente consiga impedir esse avanço ao recuperar as áreas (de fronteira), porque uma vez que a desertificação se estabelece, a gente perde áreas agricultáveis, além de perder também água, potencialidade de solo e, principalmente, capacidade de manter os modos de vida da população”. Os núcleos de desertificação no Estado estão identificados em municípios como Cabrobó, Araripina e Exu. Mesmo em regiões próximas a Petrolina, como Belém do São Francisco, os sinais de alerta já estão ligados. O desmatamento ocorre nessas mesmas regiões mas, também, em vários outros focos espalhados pelo território pernambucano. “A gente tem um desmatamento difuso”, destacou Joaquim.  A secretária da Semas-PE (Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha de Pernambuco), Ana Luiza Ferreira, ressalta que há um olhar estratégico do Governo do Estado de restauração no PERBH (Programa Estadual de Recuperação de Bacias Hidrográficas). “Sempre refletimos muito sobre a melhor forma de alcançar o Plano de Governo de 4 milhões de árvores, para atingir o maior impacto. No PERBH (uma iniciativa liderada pela Apac, Agência Pernambucana de Águas e Clima) foi apontado o diagnóstico de cinco bacias prioritárias e o que deve ser feito para promover nelas a recuperação de 2.780 hectares dentro das reservas legais e áreas de proteção permanentes”. Ana Luiza Ferreira informa que o governo tem a meta de plantar 4 milhões de árvores e planos de recuperar 2.780 ha em cinco bacias hidrográficas dentro de reservas legais e áreas de proteção permanentes, além de ações em assentamentos rurais da agricultura familiar. A secretária destacou que nos próximos dois meses serão anunciadas muitas novidades com foco no restauro dessas bacias hidrográficas, bem como em iniciativas restaurativas em assentamentos rurais da agricultura familiar, que é outro desafio. Um estudo recente, publicado pelo Instituto Escolhas, revelou que 57% das Áreas de Preservação Permanente nos Assentamentos de Reforma Agrária de Pernambuco foram desmatadas.  O investimento na recuperação apenas dessas áreas por sistemas agroflorestais (SAFs) poderia remover 2,1 milhões toneladas de CO² da atmosfera. Esse volume representa 8% das emissões brutas dos gases de efeito estufa em Pernambuco.  Os investimentos necessários para essa recuperação nos assentamentos, porém, seriam na ordem de R$ 504 milhões nos três próximos anos. Em 30 anos, o investimento seria de R$ 1,92 bilhão. Apesar dos aportes elevados, o instituto estima que a recuperação produtiva de 20,7 mil hectares de APPs (àreas de preservação permanente) resultaria em uma receita líquida de R$ 5,91 bilhões, mais de três vezes o valor investido. Além de contribuir nesse aspecto das emissões, a recuperação dessas áreas poderia gerar

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PIB em alta: Fazenda eleva previsão de crescimento para 2,4% em 2025

Boletim Macrofiscal também ajusta estimativa de inflação para 5% e projeta desaceleração no segundo semestre O Ministério da Fazenda revisou para cima a projeção de crescimento da economia brasileira em 2025. De acordo com o Boletim Macrofiscal divulgado nesta segunda-feira (19), a estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 2,3% para 2,4%. A revisão reflete principalmente o desempenho mais robusto da agropecuária e a expectativa de avanço de 1,6% no PIB do primeiro trimestre, número que será confirmado apenas em junho. Em relação à inflação, a Secretaria de Política Econômica (SPE) também alterou a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu de 4,9% para 5%. O índice permanece, portanto, acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, de 4,5%. A SPE aponta como fatores para esse aumento “pequenas surpresas nas variações do índice em março” e “alterações marginais nas expectativas nos próximos meses”. Setores produtivos também tiveram suas estimativas ajustadas. A agropecuária deve crescer 6,3%, ante 6% anteriormente, impulsionada pelas safras de soja, milho e arroz. Já a indústria mantém a previsão de expansão de 2,2%, e os serviços tiveram leve melhora, passando de 1,9% para 2%. Apesar dos números mais positivos, a SPE prevê perda de ritmo da economia na segunda metade do ano. Para 2026, a estimativa de crescimento permanece em 2,5%. O boletim ainda atualiza outros indicadores: o INPC, que impacta salários e benefícios previdenciários, foi ajustado de 4,8% para 4,9%, enquanto o IGP-DI, que mede preços no atacado, caiu de 5,8% para 5,6%. Esses dados subsidiam o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado no dia 22 de maio e orienta o governo no controle de gastos dentro do novo arcabouço fiscal.

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Desemprego volta a subir em Pernambuco e atinge 11,6%, maior do País

Pesquisa revela também desigualdades por idade, raça e gênero no mercado de trabalho A taxa de desemprego no Brasil subiu em 12 das 27 unidades da federação no primeiro trimestre de 2025, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE. Pernambuco lidera com o maior índice nacional, registrando 11,6%, acima da média brasileira de 8,8%. O Piauí teve a maior variação, saltando de 7,5% para 10,2%, seguido por Amazonas, Pará e Ceará. Por outro lado, Santa Catarina (3%) e Rondônia (3,1%) mantiveram os menores índices de desocupação, estáveis em relação ao trimestre anterior. Já na comparação anual, seis estados apresentaram queda na taxa, como Bahia, Espírito Santo e São Paulo. A taxa nacional, divulgada anteriormente, foi de 7%, a mais baixa para um primeiro trimestre desde o início da série histórica em 2012. O levantamento também mostra disparidades estruturais. Entre os jovens de 18 a 24 anos, o desemprego chega a 14,9% — o dobro da média nacional. Entre adolescentes de 14 a 17 anos, a taxa salta para 26,4%. Mulheres enfrentam mais dificuldades (8,7%) que os homens (5,7%), e pretos e pardos seguem em desvantagem frente aos brancos (8,4% e 8%, contra 5,6%, respectivamente). No quesito escolaridade, quem tem ensino médio incompleto registra o pior desempenho, com taxa de 11,4%. Já aqueles com ensino superior completo apresentam as menores taxas (3,9%). O rendimento médio real mensal cresceu apenas em três estados no trimestre, com destaque para o Rio de Janeiro (6,8%) e Santa Catarina (5,8%).

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