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Paulo Tadeu

Di2win avança na Europa com nova parceria em Portugal

Deep tech recifense firma colaboração com a Titanium Business Solution e consolida presença no mercado europeu A Di2win, empresa de base tecnológica embarcada no Porto Digital do Recife e referência nacional em hiperautomação de processos, acaba de fortalecer sua presença internacional com uma parceria estratégica com a Titanium Business Solution, sediada em Portugal. O acordo representa um passo importante na consolidação da atuação da deep tech na Europa, especialmente por meio da conexão entre os ecossistemas de inovação do Brasil e do Velho Continente. Convergência de culturas e mercados Com expertise em soluções de go-to-market e geração de negócios, a Titanium soma forças com a Di2win ao facilitar a entrada da empresa brasileira no mercado português, aproveitando a sinergia cultural e linguística. “A cooperação com um player português é facilitada pelo idioma, pela proximidade cultural, além de abrir portas, gerar oportunidades e garantir a presença da Di2win nos mercados-alvo”, afirma Paulo Tadeu, CEO da Di2win. A primeira solução conjunta já está em desenvolvimento, com foco nos desafios reais do cliente europeu. Soluções digitais para empresas tradicionais Segundo Deric Guilhen, CEO da Titanium, o diferencial da Di2win está em sua capacidade de traduzir fluxos manuais em dados e inteligência de processo. “Portugal é composto, sobretudo, por pequenas e médias empresas que ainda possuem processos antigos, manuais. O potencial da Di2win vai de encontro a essa demanda. Para que se entenda, podemos dizer que eles transformam papeis em dados, trazendo agilidade, confiabilidade, automação do fluxo dos processos. Então, a Di2win valida, chancela essa negociação”, pontua. Deep tech brasileira com base científica sólida A Di2win carrega em sua trajetória mais de 200 publicações científicas, 30 registros no INPI e o processamento de mais de 2 bilhões de documentos em suas plataformas. Com forte vínculo com a academia e soluções pioneiras em Processamento Inteligente de Documentos (IDP) e Gêmeos Digitais Organizacionais, a empresa consolida seu papel como uma das deep techs mais robustas do Brasil.

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Epidemia da Solidao

Solidão: um problema de saúde pública que afeta multidões

Segundo a OMS, ela se tornou uma epidemia global, provocada pelo modo de vida contemporânea que afeta de adolescentes a idosos e pode atingir não só a mente, como também influenciar no surgimento de doenças cardiovasculares, diabetes, entre outras. Esta é a primeira reportagem da série Epidemias Contemporâneas. *Por Rafael Dantas A solidão foi classificada desde 2023 pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma epidemia global. No Brasil, apesar de toda a imagem de um País alegre e dançante, 38% das pessoas entrevistadas pela pesquisa Gallup-Meta State of Social Connections afirmam sentir-se solitárias com frequência e 5% disseram estar completamente isoladas socialmente. Sejam jovens ou idosos, o avanço desse tipo de sentimento tem múltiplas raízes contemporâneas e traz prejuízos reais para o organismo e o bem-estar de pessoas de todo o mundo. Rayssa Figueiredo, 33 anos, convive há quase 10 anos com o sentimento de solidão. Moradora da cidade de Olinda, a publicitária é casada e tem uma filha. Por muito tempo frequentou igrejas. Mas mesmo com a família e com o convívio em comunidades religiosas, ela luta contra essa sensação que começou com um momento de luto e de várias transições na vida. “A solidão começou no período da morte do meu pai, que coincide com o fim da faculdade, mudança de cidade e tomada da responsabilidade da casa”, explica. As dores desse sentimento mexem com seu estado emocional. “Hoje isso afeta meu humor de forma sufocante. O silêncio da solidão, mesmo que rodeada de pessoas, é constrangedor”. Apesar dessa dor ainda permanecer no seu cotidiano, ela já foi pior. Rayssa revela que houve uma época em que o silêncio era um gatilho para crises suicidas. Ela procurou ajuda com terapia, quando percebeu que se aproximaria uma nova tentativa de suicídio. “A solidão é a minha pedra amarrada na perna. Tem dias que consigo desamarrar a corda e deixar a pedra na cama, em outros momentos ela me afunda em um poço de melancolia” Além do acompanhamento profissional, ela afirma procurar não ficar sozinha fisicamente. E segue enfrentando dia a dia esse sentimento, buscando manter o contato com outras pessoas, mesmo que o ciclo se repita. Amaury Cantilino ressalta os impactos das grandes cidades, que impõem rotinas exaustivas, deslocamentos longos, jornadas competitivas e uma vida vivida em função do trabalho. “Nessa lógica, perdemos a convivência mais cotidiana com a família, com os vizinhos, com os amigos de infância.” RAÍZES DA SOLIDÃO A luta de Rayssa é vivida também por várias pessoas e já é considerada um desafio para a saúde pública. A própria OMS criou uma Comissão Internacional para Conexão Social para enfrentar essa nova pandemia. Após todos os traumas da Covid-19, o termo parece ser um exagero. Mas, segundo o psiquiatra e psicoterapeuta Amaury Cantilino, não é. “Podemos falar em uma verdadeira epidemia da solidão. O termo pode parecer exagerado à primeira vista, mas reflete um fenômeno crescente e silencioso que tem se espalhado em diferentes faixas etárias e classes sociais. Apesar dos avanços tecnológicos, do aumento da expectativa de vida e de vivermos em sociedades mais conectadas do que nunca, nunca estivemos tão sozinhos”, revelou o psiquiatra. As transições acentuadas no estilo de vida contemporâneo estariam relacionadas ao avanço da solidão. A migração de muitas pessoas para os grandes centros urbanos, distantes das suas famílias de origem, seria uma das razões apontadas pelo médico. Além da desconexão com os laços de parentescos, a própria dinâmica das metrópoles obriga a uma rotina com menor interação social e humanizada. “As grandes cidades oferecem muitas oportunidades, mas também impõem rotinas exaustivas, deslocamentos longos, jornadas competitivas e, frequentemente, uma vida vivida em função do trabalho. Nessa lógica, perdemos a convivência mais cotidiana com a família, com os vizinhos, com os amigos de infância. A informalidade das relações – aquele café sem pressa, a conversa na calçada ou o papo que surge do nada – foi sendo substituída por encontros marcados com antecedência e agendas lotadas. Estamos cercados de conhecidos, mas com cada vez menos amigos”, explicou Cantilino. As relações foram ficando cada vez mais profissionais ou mediadas por ferramentas digitais. Conhecer pessoas virou uma experiência de criar um networking. A conversa, a afetividade e o tempo juntos se transformou em uma troca de mensagens de texto ou o envio de emojis numa rede social. Um contexto mais distante que conduz a uma sensação de não pertencimento dos grupos sociais e, também, de não ter alguém por perto para compartilhar o cotidiano. Vários institutos de pesquisa apontam o Brasil nos primeiros lugares no ranking do uso das redes sociais. Porém, os milhares de amigos no Facebook, seguidores no Instagram ou conexões no Linkedin não se refletem em relacionamentos. O próprio WhatsApp, que é uma ferramenta muito relevante para aproximar as famílias e amigos distantes, com as chamadas de vídeo e a facilidade no compartilhamento de mensagens, acaba contribuindo também para o isolamento. Um estudo publicado em 2024 pela We Are Social e da Meltwater revelou que os brasileiros passam 9 horas e 13 minutos por dia na internet. EFEITOS NOCIVOS PARA A SAÚDE (NÃO APENAS MENTAL) A solidão é uma experiência comum e pode até ser positiva em certos momentos, mas merece atenção quando começa a provocar sofrimento e comprometer a qualidade de vida, alerta o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo. “A solidão faz parte da vida de todo mundo em algum momento e às vezes é até bom para o nosso autoconhecimento estar só. Mas ela passa a ser um problema quando se torna constante e começa a afetar o bem-estar. Se uma pessoa se sente sozinha com frequência, mesmo estando cercado de outras pessoas, está sempre triste, desanimada e perde interesse em coisas que antes eram prazerosas, pode ser um sinal de que algo não vai bem”. Além do sofrimento das pessoas que se sentem sozinhas, os efeitos na saúde são múltiplos e já comprovados cientificamente. “Diversos estudos mostram que essas pessoas têm mais risco de desenvolver depressão e ansiedade. Ela desorganiza o sono, afeta

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Suape bate recorde histórico com exportação de veículos da Stellantis

Operação com 4 mil unidades reforça protagonismo do porto pernambucano na cadeia automotiva do Nordeste O Porto de Suape alcançou um novo marco logístico com a maior operação de exportação de veículos da Stellantis em uma única remessa. Ao todo, 4.006 unidades produzidas na fábrica da montadora em Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco, foram embarcadas rumo à Argentina. A operação envolveu o navio Dover Highway, da armadora K-Line, e ocorreu entre os dias 17 e 18 de junho no Cais 5, mobilizando dezenas de trabalhadores durante 48 horas contínuas. Parceria estratégica para o desenvolvimento regional Com marcas como Fiat, Jeep, Chrysler e RAM, a Stellantis se consolida como um dos principais motores da economia automotiva do Nordeste. “A Stellantis é um parceiro estratégico importante para o desenvolvimento de toda a região Nordeste. Temos atuado de forma contínua para aprimorar a infraestrutura do porto, garantindo operações cada vez mais ágeis e eficientes. Essa conquista é resultado do empenho coletivo e todos os envolvidos estão de parabéns”, afirmou Armando Monteiro Bisneto, diretor-presidente do Porto de Suape. Modelos e impacto regional O Jeep Renegade liderou o volume exportado, com 26% da carga, seguido pelo Jeep Compass (25%), Fiat Toro (24%), Ram Rampage (16%) e Jeep Commander (9%). Para a Stellantis, o feito sinaliza uma retomada positiva no mercado argentino. “Esse recorde confirma o fortalecimento das nossas operações na América do Sul e sinaliza uma retomada importante da demanda para a Argentina, um mercado estratégico para a Stellantis”, disse Emanuele Cappellano, presidente da empresa para a América do Sul. Hub automotivo em expansão no Nordeste Referência no Norte e Nordeste, o Hub de Veículos de Suape segue crescendo. Em 2024, o porto já movimentou 37.668 veículos até junho, sendo 77% oriundos da planta da Stellantis em Goiana. Em maio deste ano, o terminal havia registrado outro recorde: a importação de 5.459 veículos elétricos e híbridos da chinesa BYD. Com operações cada vez mais robustas, Suape reafirma seu papel como elo logístico estratégico na economia automotiva da região.

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Governo de Pernambuco e JetSMART lançam voo entre Recife e Buenos Aires

Companhia aérea low cost inicia operações no estado com quatro voos semanais e tarifas acessíveis Amanhã, 1º de julho, o Governo de Pernambuco e a companhia aérea JetSMART anunciam oficialmente uma nova rota internacional que conectará diretamente Recife a Buenos Aires. O lançamento do voo inaugural está marcado para às 11h, no Aeroporto Internacional dos Guararapes, no balcão de check-in da JetSMART. Com quatro frequências semanais – às terças, quartas, sextas e domingos –, os voos partirão da capital argentina às 5h, com chegada prevista ao Recife às 10h20. A expectativa da empresa é transportar cerca de 57 mil passageiros no primeiro ano de operação, impulsionando o turismo internacional e a economia local. Reconhecida por seu modelo de baixo custo, a JetSMART é uma companhia aérea chilena que vem expandindo sua presença na América do Sul. Sua chegada ao estado representa uma nova alternativa de conectividade para os pernambucanos e um incentivo à maior competitividade no setor aéreo regional. Agenda – Voo inaugural Recife–Buenos Aires📅 Data: Terça-feira, 1º de julho de 2025🕚 Horário: 11h📍 Local: Aeroporto Internacional dos Guararapes – balcão de check-in da JetSMART

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A força das associações: um pilar da democracia brasileira

A importância que nem sempre se vê *Por João Paulo Neves Baptista Rodrigues Recentemente, tive a honra de assumir a presidência do Comitê de Business Affairs da Amcham Pernambuco, em sucessão ao exímio profissional – e cidadão – Francisco Cunha (o nosso querido e conhecido “Chico”). Naquele momento, homenageamos o trabalho que Chico desempenha em diversos fóruns – com dedicação, visão e senso público. Para quem já participa ativamente de associações, conselhos, fóruns ou entidades de representação, a relevância desse tipo de espaço e o exercício da atividade associativa são evidentes. No entanto, essa clareza nem sempre se estende para fora desse círculo. É possível encontrar percepções – distorcidas – de que a participação associativa é perda de tempo, de que não gera valor concreto. Este artigo nasce, portanto, com duplo propósito: de um lado, prestar homenagem às pessoas que, como Chico Cunha, exercem com altruísmo e responsabilidade o papel de liderança associativa; de outro, trazer à luz a estrutura constitucional e institucional que garante – e valoriza – o direito de associação no Brasil. Um direito fundamental, com raízes históricas profundas e com importância crescente para o funcionamento da democracia e da sociedade contemporânea. 1. O Direito Associativo e sua Previsão Constitucional O direito de associação está expressamente previsto na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, incisos XVII a XXI. Trata-se de um dos direitos fundamentais assegurados aos cidadãos brasileiros. Essa previsão não é fruto do acaso. Resulta de uma longa trajetória histórica de luta pela organização coletiva da sociedade brasileira. Desde os tempos do Império, passando pela Primeira República, até os movimentos sociais e sindicais do século XX, o associativismo foi – e segue sendo – ferramenta indispensável para a defesa de interesses comuns, sobretudo em contextos de repressão ou exclusão política. A Constituição de 1988 reconhece essa importância ao estabelecer, com clareza, a liberdade associativa como instrumento legítimo e estruturante da vida democrática. Trata-se de uma conquista civilizatória: a possibilidade de cidadãos se organizarem, de forma livre e autônoma, para atuar na defesa de direitos e no fortalecimento de seus segmentos sociais ou econômicos. 2. O Valor Atual das Entidades Associativas Mais de três décadas depois da promulgação da Constituição, o associativismo continua se mostrando essencial – talvez mais do que nunca. Em uma sociedade cada vez mais complexa, polarizada e marcada por interesses diversos, é por meio das associações que empresas, setores e cidadãos conseguem exercer sua voz de forma organizada, legítima e eficaz. As associações funcionam como pontes entre o estado e os diferentes segmentos sociais. Elas organizam pleitos, qualificam o debate público, produzem conteúdo técnico e representam interesses legítimos em fóruns institucionais. A atuação associativa garante que políticas públicas possam ser formuladas e implementadas com mais equilíbrio, ouvindo diferentes perspectivas e minimizando distorções. Além disso, o ambiente associativo é espaço de construção de consensos, de cooperação e de geração de valor coletivo. Não se trata de uma arena de confronto, mas de articulação – um terreno fértil para o exercício da cidadania ativa e da democracia representativa. 3. Representatividade, Influência e Conteúdo: Muito Além do Lobby A relação entre cidadãos, empresas e associações não é uma relação de troca direta ou de ganho imediato. É, acima de tudo, uma relação de influência legítima. Participar de uma entidade representativa é participar de um processo maior: é fazer parte de um ecossistema de advocacy, representatividade setorial, produção de conteúdo qualificado e construção de redes de relacionamento. Em sua essência, essa atuação está voltada para o fortalecimento coletivo, para o debate público responsável e para a construção de soluções que considerem as diferentes realidades e necessidades de seus representados. 4. Conquistas Concretas da Participação Associativa Ao longo dos anos, a participação associativa foi decisiva para importantes avanços no ordenamento jurídico e institucional do País. Quatro exemplos ajudam a ilustrar esse impacto: - A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) construída com intensa participação da sociedade civil organizada, incluindo associações de tecnologia, direito e defesa do consumidor; - O marco legal das startups, que resultou de articulações de diversas entidades do ecossistema de inovação, promovendo segurança jurídica e fomento ao empreendedorismo; - A reforma da Lei das Licitações, influenciada por entidades empresariais e jurídicas que atuaram com seriedade e compromisso na modernização da contratação pública; e - Mais recentemente, no setor elétrico, a promulgação do marco legal do hidrogênio verde. Essas conquistas não seriam possíveis sem a atuação coordenada de representantes associativos que souberam dialogar com o poder público, propor soluções e defender interesses coletivos de forma transparente e técnica. 5. Um Chamado à Participação Ativa É essencial que cada vez mais cidadãos e empresas compreendam o valor da participação associativa. A estrutura legal brasileira não apenas permite, como incentiva e valoriza, o associativismo como ferramenta de ação democrática, de formulação de políticas públicas e de fortalecimento institucional. A história, a Constituição e os resultados bem demostram que é por meio da ação associativa, e por perfis como o de Chico Cunha, que empurramos setores – e o Brasil – na direção correta.  João Paulo Neves Baptista Rodrigues é presidente do Comitê de Business Affairs da Amcham Pernambuco, e diretor Institucional do Grupo Neoenergia.

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Se você é mulher, certamente está exausta

*Por Manu Siqueira Este não é um texto fofinho. É um texto-desabafo. E se você é mulher, assim como eu, vem cá me abraçar! Eu também estou exausta. Assim como a maior parte das mulheres que me rodeia. Um dia, eu já fui aquela mulher que se orgulhava de trabalhar no sábado, no domingo ou no feriado. Aliás, toda a minha geração foi educada com base no trabalho duro e árduo e, de preferência, sem reclamações. Mas confesso que, de uns tempos para cá, venho repensando tudo isso. A gente chega a uma certa idade em que não precisa mais provar nada para ninguém — nem para si mesma. Quem trabalha de forma autônoma, como eu, vive sonhando com a possibilidade de tirar uma semaninha de férias. Só uma. Sete dias, apenas. Pois bem, algo razoavelmente simples, às vezes, se torna difícil demais de realizar. Tenho amigas que viajam de férias e continuam trabalhando remotamente. Admiro porque eu, sinceramente, não conseguiria mais, embora já tenha feito isso também. Aliás, há mulheres que não têm outra escolha senão viajar e trabalhar ao mesmo tempo. Que isso fique bem claro, pois aqui não há julgamentos. Penso que o mundo pós-pandemia está mais difícil. Em todos os sentidos. Todo mundo está cansado. E, com as redes sociais, a nossa bateria social parece se esgotar antes mesmo do pôr do sol. Relacionar-se afetivamente virou um fardo. Ninguém está mais disposto a entrar na gangorra emocional que é se envolver com alguém. No trabalho, cada vez mais remoto, idem. Com a polarização política, essa exaustão chegou também aos almoços de família. No São João, me dei o direito de passar alguns dias sem fazer absolutamente nada. Nem preparar almoço, nem limpar a casa, nem ligar para ninguém. Um ócio maravilhoso. Chuva, filme, livro, silêncio e pipoca. Poderia ter passado a semana inteira assim. Mas acabou rapidinho. Quem tiver uma fórmula para a mulher exausta, por favor, compartilhe. Afinal, a mulher que trabalha fora, treina, faz dieta, cuida da casa, dos filhos (quando os tem), dos pais idosos, do marido (que, muitas vezes, não divide as tarefas domésticas) e ainda precisa estar magra e maquiada para ser "atraente", a fim de que ele não vá para a cama com outra... está, definitivamente, vivendo errado. Ah! E, se for empreendedora, ainda precisa arranjar tempo para produzir conteúdo digital. Vem cá! Me abraça de novo. Vamos impor limites. Ressignificar o que não foi tão bom. Recomeçar. Refazer. Isso pode nos ajudar. *Manu Siqueira é jornalista

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Mulher e robo em interacao

Linguagem, comunicação e cultura: A Alma Digital

Entre algoritmos e afetos, o desafio de manter a linguagem humana viva em um mundo cada vez mais mediado pela inteligência artificial *Por Rafael Toscano A linguagem é uma das expressões mais profundas da nossa humanidade. Por meio dela, construímos mundos, compartilhamos ideias, expressamos emoções. E agora, com a inteligência artificial, estamos testemunhando uma mudança sem precedentes: máquinas que compreendem, traduzem, escrevem e até conversam conosco. O que antes parecia ficção científica tornou-se parte do nosso cotidiano. Aplicativos de tradução instantânea, assistentes de voz, chatbots e modelos de linguagem como o que está escrevendo estas palavras são exemplos de como a IA está transformando a comunicação. O campo do Processamento de Linguagem Natural (PLN) tem avançado a passos largos, permitindo que sistemas digitais entendam a estrutura e o sentido da linguagem humana com uma fluidez surpreendente. No entanto, entender palavras não é o mesmo que entender pessoas. A linguagem é cheia de nuances: ironias, emoções, contextos culturais. Embora algoritmos possam identificar padrões, ainda estão longe de captar plenamente a riqueza simbólica das expressões humanas. Traduzir “ao pé da letra” é fácil; entender a alma do que está sendo dito, não. A tradução automática, por exemplo, pode ser útil para quebrar barreiras linguísticas, mas também escancara os limites da IA. Idiomas não são apenas códigos; são formas de ver o mundo. Uma palavra em uma língua pode não ter equivalente direto em outra, porque carrega valores, histórias, visões de mundo. Quando a IA traduz, ela também interpreta — e toda interpretação traz escolhas, recortes, omissões. Além disso, algoritmos treinados com grandes volumes de texto retirados da internet correm o risco de reproduzir — e até amplificar — preconceitos existentes. Já vimos casos em que sistemas de tradução atribuem profissões tradicionalmente masculinas a homens e funções domésticas a mulheres, reforçando estereótipos. A neutralidade linguística é uma ilusão se não houver cuidado com os dados e com o design dos sistemas. Outro campo em ascensão é o da geração de conteúdo por IA. Modelos como o GPT-3 são capazes de escrever artigos, roteiros, poemas e até notícias. Isso levanta questões importantes: quem é o autor? O que é originalidade? Se um texto gerado por IA é indistinguível do humano, ainda assim é arte? Ou estamos entrando em um território novo, onde autoria se torna uma colaboração entre criador humano e máquina? A desinformação é outro ponto sensível. A mesma tecnologia que gera textos coesos pode ser usada para espalhar boatos, criar notícias falsas, manipular discursos. Algoritmos podem fabricar verdades alternativas com aparência de credibilidade. Por isso, a IA também está sendo usada no combate à desinformação, com ferramentas de verificação automática de fatos. Mas aqui surge um paradoxo: confiar na IA para corrigir os desvios da própria IA. Nas redes sociais, a presença da inteligência artificial é quase invisível — mas poderosa. É ela quem escolhe o que vemos, o que deixamos de ver, com quem interagimos. Os algoritmos de recomendação moldam a nossa experiência digital, criando bolhas de conteúdo que reforçam nossos pontos de vista e podem limitar o diálogo. A pluralidade cultural corre o risco de ser filtrada por interesses comerciais e padrões de engajamento. Por outro lado, a IA também tem sido uma ferramenta importante para a preservação cultural. Projetos que digitalizam livros raros, recuperam línguas ameaçadas ou recriam sítios arqueológicos em ambientes virtuais mostram o potencial da tecnologia como aliada da memória coletiva. Mas é preciso respeitar os contextos. A tecnologia deve servir à cultura — e não domesticá-la. Outro desafio ético envolve a representação cultural nos sistemas de IA. Vozes artificiais, assistentes virtuais e personagens digitais frequentemente adotam padrões ocidentais, brancos e padronizados. A diversidade cultural precisa ser incorporada desde o design. Não basta traduzir palavras — é preciso traduzir mundos. Nesse cenário, a alfabetização digital e ética torna-se urgente. Precisamos aprender a interagir com a IA com consciência. Entender como os algoritmos funcionam, o que priorizam, que dados usam. Saber identificar quando uma notícia é fabricada, quando uma imagem foi gerada artificialmente, quando uma opinião foi moldada por uma bolha informacional. A linguagem é o que nos conecta. E, quando mediada por inteligência artificial, ela pode tanto aproximar quanto distorcer. O desafio é manter a cultura viva, plural, humana — mesmo em um ambiente digital moldado por códigos. No fim das contas, a tecnologia deve servir à nossa voz — não nos calar. A IA pode ser tradutora, escritora, curadora. Mas somos nós quem damos sentido às palavras. A linguagem é, ainda, a alma do nosso tempo. E a cultura, o coração que pulsa por trás de tudo que queremos preservar. *Rafael Toscano é escritor, pesquisador e professor na CESAR School, engenheiro na Companhia Brasileira de Trens Urbanos e ocupa o cargo de Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Negócios na Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia (SECTI) da Prefeitura do Recife. Formado em Engenharia da Computação pela UFPE, é Mestre e Doutor pela Universidade de Pernambuco. **Esse Texto integra o livro IA Transformação das Humanidades

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FW Revista Algomais CAPA ELTON ALVES PERSONAL

O segredo que muitos corredores ignoram: o poder do treino de força contra lesões

Fortalecer o corpo é tão essencial quanto correr. Especialistas e corredores revelam como o treino de força e neuromuscular impactam a performance e diminuem os riscos de lesão. Conversamos com o Professor Elton Alves sobre o assunto. A base invisível que sustenta cada passo Colocar o tênis, ativar o relógio e sair correndo. Para milhões de brasileiros, a corrida é liberdade, saúde e superação. Mas o que parece simples exige do corpo uma complexidade muscular, articular e neurológica que vai muito além do movimento de correr. E é aí que mora um erro comum: deixar de lado o fortalecimento físico, o que pode custar caro para o corredor, seja ele amador ou experiente. “Evitar lesões de forma absoluta é impossível. Mas conseguimos reduzir muito os riscos com estratégias bem aplicadas. E o treino de força e neuromuscular é uma delas, talvez a principal”, afirma o Profissional de Educação Física Elton Alves. Corrida cresce, mas lesões também O Brasil é hoje o segundo país com mais corredores do mundo. Segundo dados do Strava, são mais de 19 milhões de praticantes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2024, o país registrou mais de 2.800 eventos de corrida de rua. O esporte atrai cada vez mais adeptos por ser acessível, prazeroso e transformador. Mas há um alerta. Um estudo de 2021 revelou que 80% dos corredores de longa distância já tiveram ao menos uma lesão. Entre os corredores de curta distância, a taxa foi de 44%. A explicação está na sobrecarga dos tecidos corporais — músculos, tendões, ligamentos e ossos — que, sem o preparo adequado, cedem à repetição de impacto. “A corrida é repetitiva, exige demais do corpo e provoca microtraumas. Se o corpo não estiver preparado para suportar essa demanda, as lesões são uma consequência esperada”, reforça Elton. Força e controle: o que o treino específico entrega ao corredor O treino de força envolve muito mais que levantar pesos. Para corredores, ele trabalha pilares como força máxima, potência, resistência muscular e isometria. Já o treinamento neuromuscular ativa o sistema nervoso para melhorar o controle motor, equilíbrio, estabilidade articular e coordenação. Esses dois tipos de treino: “A ideia não é transformar o corredor em uma escultura de academia. O foco é preparar seu corpo para performar melhor e com mais segurança”, destaca Elton. Cada corpo, uma pisada. E cada pisada, uma exigência Outro fator determinante para a individualização do treino é o tipo de pisada: “Sem avaliação, o treino pode gerar mais lesão do que benefício. O corredor precisa entender como pisa, quais músculos estão fracos e o que deve ser fortalecido para que a corrida seja sustentável a longo prazo”, diz Elton Alves. Três trajetórias que mostram como a força transforma a corrida Juliana Souza Leão: força que sustenta a leveza A microempreendedora Juliana Souza Leão, 42 anos, já corre há nove anos. Mas foi só nos últimos dois que percebeu uma verdadeira transformação no corpo e na performance. “Antes, eu corria só correndo. Mas depois que comecei o treino de força voltado para a corrida, tudo mudou. Me sinto mais forte, mais estável. Até quando dou meu máximo numa prova, meu corpo responde bem e se recupera rápido”, conta. Juliana já correu mais de 50 provas, incluindo meias e maratonas. Em 2024, concluiu uma meia em 1h37 e, em 2025, cravou sua maratona em 3h36. “Hoje, não tenho ambição por grandes distâncias. Quero qualidade e saúde para correr bem por muitos anos. E sei que isso só é possível fortalecendo meu corpo com orientação profissional”, afirma. Álvaro Nascimento: potência que vence subidas Com apenas três anos de corrida, o representante comercial Álvaro Nascimento, 32 anos, já surpreende nos resultados. Ele realizou mais de 25 provas e alcançou 1h29 na meia maratona, correndo a 4:14/km. “Antes dos treinos específicos, sofria em provas com subidas. Perdida potência, perdia tempo. Mas com o treino de força voltado para corrida, me transformei. Em Vitória de Santo Antão, que tem um percurso duríssimo, consegui manter um ritmo de 3:57/km por 7 km”, celebra. Além do desempenho, ele sentiu melhora na recuperação: “Fiz 28 km num dia e, no seguinte, estava 100%. Isso nunca tinha acontecido. Hoje me sinto completo, seguro e pronto para enfrentar qualquer percurso. Meu sonho é correr uma maratona sub3h, e sei que estou no caminho certo.” Manoel Messias de Lima: veterano que se reinventou Com 46 anos e mais de 400 provas no currículo, o promotor de vendas Manoel Messias de Lima é um apaixonado pela corrida. Mas, após tantos anos, percebeu que só correr não era mais suficiente. “Comecei a sentir o corpo falhar nos treinos mais longos. Faltava força. Foi aí que busquei ajuda para fazer um trabalho de base, e foi um divisor de águas. O treino de força me deu sustentação, e hoje consigo treinar com mais segurança e buscar novos desafios”, diz. Sonha em correr uma maratona sub3h e não tem dúvida de que o caminho passa pelo treino fora das pistas: “Mais do que números, quero correr com saúde. E sei que, sem força, o corpo cobra a conta. Hoje me sinto mais forte, mais resistente e mais confiante.” Avaliação funcional: o começo de tudo A preparação deve começar com uma avaliação funcional do movimento. Existem tecnologias acessíveis, como apps validados cientificamente, além de análises presenciais detalhadas que observam desde o pé até o core. “Corpo é sistema. Se uma parte falha, outra compensa. Por isso precisamos avaliar tudo: tornozelo, joelho, quadril, core, padrão de pisada. E só depois planejar um treino verdadeiramente individualizado”, explica Elton. Benefícios do treino de força e neuromuscular para corredores Melhora a economia de corridaAumenta resistência à fadigaPrevine lesões musculares e articularesCorrige desequilíbriosMelhora biomecânica e posturaRecuperação mais rápidaMais segurança e confiança nas provas Correr bem é correr com inteligência Treinar a corrida é importante. Mas treinar o corpo para correr é fundamental. A trajetória de Juliana, Álvaro e Manoel mostra que não há idade, nível ou distância que dispense o fortalecimento. “O corredor precisa investir em si, como

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Universo da Fórmula 1 é tema de novo filme de Brad Pitt

O mundo automobilístico continua encantando Hollywood, que de tempos em tempos lança algum filme ligado ao esporte. Desde produções de sucesso, como "Rush: No Limite da Emoção (2013)" e "Ford vs Ferrari (2019)" até àquelas de bilheteria modesta como "Ferrari (2023)". Este ano, mais um longa guiado pelo ronco dos motores chega aos cinemas: F1.  "F1" acompanha os passos do experiente piloto de corrida Sonny Hayes, interpretado pelo astro Brad Pitt. Trinta anos após sofrer um grave acidente que quase acabou com sua carreira, Sonny é convidado por Ruben (Javier Bardem), amigo de longas datas e dono da escuderia fictícia ApexGP, a retornar à Fórmula 1. A missão: ser mentor do jovem e inexperiente piloto Joshua Pierce (Damson Ideia).  O bom roteiro escrito por Ehren Kruger exibe a dicotomia entre a velocidade nas pistas e a falta de pressa em trabalhar a evolução dos personagens. Sonny e Joshua se completam, ainda que no início não suportem um ao outro. Suas jornadas individuais aos poucos vão se entrelaçando em benefício da equipe. Sonny, antes um piloto talentoso, porém individualista, começa a trabalhar para que o companheiro de escuderia se aproxime dos primeiros colocados. Joshua, outrora um piloto egocêntrico e arrogante, passa a reconhecer a importância de Sonny no caminho até à primeira vitória.  "F1" é filme para ser visto nos cinemas, na tela grande e com som de qualidade. A fotografia e edição acelerada, somada ao bom trabalho de som e trilha sonora, dão ao espectador a sensação de estar dentro de um cockpit de um carro de corrida. Aliada aos roncos dos motores, a trilha sonora eleva ao topo a emoção, principalmente nas cenas mais tensas. Destaque para “Lose My Mind”, música carregada de sintetizadores, colaboração entre os rappers Doja Cat e Don Toliver. Nomes como Ed Sheeran, Tiësto e Chris Stapleton também estão na lista.  O longa teve cenas gravadas no GP da Inglaterra e de Abu Dhabi durante a temporada de 2023. Nomes conhecidos da Fórmula 1 aparecem no filme, como Günther Steiner, ex-chefe de equipe da escuderia americana Haas, e Fernando Alonso. O maior piloto de todos os tempos, nosso Ayrton Senna, é citado e tem forte relação (ainda que fictícia) com o acidente sofrido por Sonny no início da carreira.   "F1" é dirigido por Joseph Kosinski, mesmo diretor de “Top Gun: Maverick”. Tem produção de Jerry Bruckheimer, conhecido pela franquia ‘Piratas do Caribe” e “Top Gun”. Outro nome bem conhecido, não do cinema, mas das pistas, está na lista de produtores: Lewis Hamilton. O heptacampeão da Fórmula 1 também atuou como consultor da história.  “F1” chega aos cinemas na próxima quinta (26/06).

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16 fotos dos festejos de São João em Pernambuco Antigamente

Com a proximidade das datas juninas, selecionamos 16 imagens do São João no Recife e no interior em décadas passadas. Muitas quadrilhas, bandeiras, palhoças e bacamartes compõem o  cenário dos tradicionais festejos na região. As imagens são da Hemeroteca da Biblioteca Nacional, da Fundaj e de algumas prefeituras. Confira! De acordo com Hugo Menezes Neto, em sua dissertação, há registros de festas juninas ainda em 1857, mas que foram recusadas no Brasil Republicano. Apesar de abandonadas nos centros urbanos, as quadrilhas juninas nunca deixaram de acontecer no campo. Já no século 20, a modernização, o aumento da urbanização e diante do crescimento das migrações, essas manifestações culturais voltaram às práticas culturais brasileiras para não sair mais. Clique nas imagens para ampliar. . Noite do Bacamarte, em 1972, no Caxangá  (Hemeroteca da Biblioteca Nacional) . Festa Junina no Instituto Regina Coeli, no Espinheiro, nos anos 50. (Hemeroteca da Biblioteca Nacional) . Luiz Gonzaga no São João de 1956 (Hemeroteca da Biblioteca Nacional) .Quadrilha Junina em Olinda - Componentes da Quadrilha Flor do Abacate, atual Junina Forró Moderno, agremiação fundada em 1981, na Rua do Abacate, em Rio Doce (Foto da Página Olinda Antigamente, originalmente no livro nos Arraiais da Memória). .Festejos na Rua São Roque, na década de 70 (Foto: site Medium) .Palhoção no São João em Belo Jardim (Foto: site da Prefeitura Municipal de Belo Jardim) .O músico Pedro Raimundo, no Acordeon, veio a Pernambuco em 1955, para os festejos juninos, a convite da Rádio Tamandaré. (Hemeroteca da Biblioteca Nacional) . Bacamarteiros (Fundaj) . Fazendinha na Rua São Roque (Blog Paulo Nailson) . Quadrilha Junina olindense Pisa no Espinho, do Bairro do Rio Doce, nos anos 90 (Página Olinda Antigamente) . Quadrilha Kokota da Roça (Do arquivo Nos Arraiais da Memória) Festejos juninos no Recife antigamente, em 1989 (As imagens abaixo foram extraídas da Dissertação O Balancê no Arraial da Capital, de Hugo Menezes Neto) Quadrilha Truaka, em 1992, no Recife Quadrilha Deveras, no Recife, em 1992 Quadrilha Pelo Avesso, em 1990, no Recife Quadrilha Moderna Fuzarca, já em 2007, no Recife . Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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