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Recife Expo Center celebra um ano com impacto econômico e agenda movimentada

Equipamento consolida Recife como polo estratégico para o turismo de negócios e congressos médicos. Foto: Mayara Bastos O Recife Expo Center comemora, em agosto de 2025, seu primeiro ano de funcionamento com números que reforçam sua relevância para a economia de Pernambuco. Entre agosto de 2024 e agosto de 2025, o espaço sediou 160 eventos e recebeu 259 mil pessoas, movimentando R$ 647,5 milhões no turismo e gerando 4.300 empregos diretos e indiretos. A celebração da data reuniu colaboradores em uma confraternização, em reconhecimento ao papel de cada um na consolidação do centro como referência nacional. Com infraestrutura de padrão internacional, o Recife Expo Center integra o Complexo Porto Novo Recife, que reúne ainda marina, hotel e restaurantes. O equipamento dispõe de dez salas multifuncionais, auditório para 1.500 pessoas e pavilhão integrado de 4.100 m², suprindo a demanda por espaços modernos para feiras, congressos e eventos sociais. Não à toa, já se tornou palco de importantes encontros médicos e de negócios, além de garantir presença em feiras estratégicas como ABAV Expo, Festuris e WTM. A procura crescente confirma o potencial: a agenda de 2026 já está lotada em meses-chave. Para a diretora do Recife Expo Center, Tatiana Menezes, o resultado é reflexo da dedicação coletiva: “Chegar ao primeiro aniversário com resultados tão expressivos é uma conquista coletiva. Cada evento realizado, cada visitante recebido e cada negócio gerado mostram que o Recife Expo Center veio para transformar o cenário de eventos da nossa cidade. Além de nos preocuparmos em ter um equipamento moderno, eficiente e acessível, temos uma grande preocupação na prestação do serviço onde temos a missão de entregar uma verdadeira experiência tanto ao organizador quanto aos participantes em todos os eventos que acontecem no Recife Expo Center.” Frosty conquista destaque em Pernambuco com 4 unidades premiadas no iFood Super Restaurantes 2025 A Sorvetes Frosty, líder em gelados comestíveis no Nordeste, teve quatro de suas unidades em Pernambuco reconhecidas no Prêmio iFood de Super Restaurantes 2025. A premiação avalia o desempenho de estabelecimentos no delivery com base em critérios como avaliações positivas dos clientes, baixa taxa de cancelamentos e eficiência operacional. O resultado reforça a força da marca no estado, onde mantém presença consolidada e preferência entre os consumidores. Para Edgard Filipe, diretor executivo da Frosty, o reconhecimento celebra o trabalho das equipes locais. “Estar entre os vencedores dessa edição do prêmio reflete o comprometimento das equipes com a excelência e consistência no atendimento aos clientes, especialmente no delivery. Manter o selo por todo o período avaliado e conquistar a premiação é um indicador que reforça o nosso padrão de excelência em operação e atendimento”, destaca. Ao todo, 16 lojas da rede foram premiadas no evento. Urbanismo inteligente A tendência mundial de consumo vem apontando para um novo modelo de vida urbana, mais dinâmico, prático e integrado: os empreendimentos de uso misto. Neles, diferentes funções da cidade se encontram no mesmo espaço, reunindo moradia, comércio, serviços como educação e saúde, além de áreas corporativas. Esse formato busca responder às transformações do cotidiano e às necessidades de mobilidade, convivência e sustentabilidade que marcam o urbanismo contemporâneo. Em Pernambuco, essa é a aposta do Raízes, projeto da Rio Ave que pretende articular em um só empreendimento diferentes dimensões da vida urbana. A ideia é criar um espaço que dialogue com as demandas atuais, oferecendo uma experiência mais conectada e funcional para quem habita e circula pela cidade. Semana de Moda Sustentável movimenta o Sebrae com programação gratuita e brechó solidário Até o dia 22 de agosto, o Sebrae Pernambuco realiza a Semana de Moda Sustentável, na sede da instituição, no bairro da Ilha do Retiro, no Recife. O evento, aberto ao público e com acesso gratuito, oferece palestras, capacitações, desfiles e o Brechó Reciclô, que nesta edição reúne mais de 5 mil peças de roupas, calçados e acessórios a preços acessíveis, com parte da renda revertida para ações sociais na comunidade Caranguejo Tabaiares. A iniciativa busca incentivar a economia circular, o consumo consciente e a inovação no setor de moda, além de apoiar empreendedores que atuam com brechós e práticas sustentáveis. O Brechó Reciclô é um dos principais destaques da semana, oferecendo produtos para todos os públicos — masculino, feminino, infantil e até pets — com preços a partir de R$ 5. Entre as novidades, está um espaço com costureiras disponíveis para reparos de roupas, como ajustes de bainha e substituição de botões, garantindo praticidade aos compradores. Segundo Ricardo Arruda, analista de Sustentabilidade do Sebrae/PE, “a ideia do evento é trazer sempre uma abordagem mais reflexiva, promovendo a conscientização sobre o impacto ambiental da indústria da moda e apresentando alternativas sustentáveis, como a reutilização, a customização e a oportunidade de gerar renda com baixo custo e alto impacto”.

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“O Agente Secreto” é eleito Melhor Filme no Festival de Lima

Longa de Kleber Mendonça Filho conquista júri oficial e crítica internacional no Peru e será filme de abertura no Festival de Biarritz, na França O novo filme de Kleber Mendonça Filho, O Agente Secreto, foi o grande vencedor do 29º Festival de Cine de Lima – PUCP, no Peru, conquistando os prêmios de Melhor Filme tanto pelo Júri Oficial quanto pela Crítica Internacional. Na cerimônia, o júri destacou: “Pelo impacto visual, sonoro, autoral e de desenho de produção que incorpora de forma brilhante elementos de gêneros inesperados iluminando tempos traumáticos da história política e social do Brasil, o jurado outorga por unanimidade o prêmio de Melhor Filme”. Em vídeo enviado ao festival, o diretor celebrou a conquista: “‘O Agente Secreto’ é um ‘irmão’ mais novo de outro filme que eu realizei há dois anos – ‘Retratos Fantasmas’ e que tive a mesma honra de ser premiado. Estou muito honrado.” O reconhecimento da crítica também foi ressaltado. Os jurados internacionais justificaram a escolha pelo “domínio magistral de cena que recupera uma época de resistência e clandestinidade, com o uso cinéfilo de distintos gêneros, sempre com uma narração ágil que reúne suas preocupações artísticas e políticas”. Kleber Mendonça Filho comentou: “O prêmio da crítica para mim é muito, muito especial. Durante 13 anos da minha vida, fui um crítico e foram anos muito importantes para meu trabalho e para minha relação com o cinema e com o meu país, o Brasil, e com outros países. É uma grande honra, estou muito emocionado. Muito obrigado!” Após Lima, o longa segue para uma intensa agenda internacional. Em setembro, será o filme de abertura do 34º Festival Biarritz Amérique Latine, na França, com a presença do diretor. Também terá sessões especiais no 63º Festival de Cinema de Nova York, no 50º Festival de Toronto, na abertura do 58º Festival de Brasília e no 18º Festival Maranhão na Tela. Antes disso, já passou pelo Festival de Cannes — onde recebeu quatro prêmios, incluindo Melhor Direção e Melhor Ator para Wagner Moura —, além de mostras na Polônia e na Austrália. Ambientado no Recife de 1977, O Agente Secreto é um thriller político estrelado por Wagner Moura, ao lado de Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Hermila Guedes, Carlos Francisco e Alice Carvalho. A produção, coproduzida por Brasil, França, Holanda e Alemanha, estreia nos cinemas brasileiros em 6 de novembro, com pré-estreias em setembro e outubro. No Recife, as primeiras sessões acontecem em 10 de setembro, no Cinema São Luiz e no centenário Cinema do Parque.

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Pernambuco, terra de café especial. Uma bebida nobre e popular

*Por Geraldo Eugênio Estudar a origem e domesticação das espécies cultivadas de plantas é uma viagem agradável pela história natural, econômica e social da humanidade. Conhecer um pouco do trabalho monumental do cientista russo Nikolai Vavilov que, na primeira metade do Século 20, estabeleceu as bases para o que se conhece como centros de origem das plantas é indispensável a quaisquer profissionais que se dediquem à agricultura. A parte horrenda dessa história é que Vavilov terminou seus dias em um campo de concentração soviético, tratado como um criminoso responsável por crimes contra sua pátria. Uma mancha na história da ciência e da humanidade. É dentro desta narrativa que surge a origem do café, uma espécie arbórea, originárias das montanhas da Etiópia, que se deslocou ao Iêmen, à Indonésia e Malásia, do Sudoeste da Ásia à Europa, às Guianas e da Guiana Francesa ao Brasil. Portanto, percorrendo um longo caminho. No caso brasileiro, a introdução se deu em Belém do Pará, por um adido militar brasileiro cujo nome é Francisco de Melo Palheta, um personagem que prestou uma das maiores contribuições a sua nação. Por mais de um século, o café foi se deslocando lentamente pelo litoral até chegar na capital, Rio de Janeiro, e se iniciar uma outra história sobre sua difusão e a importância para o Brasil, país que se orgulha de ser o principal produtor e exportador mundial. Duas espécies representam a produção comercial dessa bebida: o café arábica (Coffea arabica) e o café conilon ou robusta (Coffea canephora). O primeiro, amplamente cultivado em Minas Gerais, São Paulo e nas Serras do Espírito Santo, enquanto o segundo, mais rústico, pode ser plantado em altitudes mais baixas, tendo o estado do Espírito Santo como maior produtor nacional. No momento, a cafeicultura passa por uma transformação radical, o café se tornou uma bebida valorizada, nobre, de mercado e consumidores especializados, embora não deixe de ser a principal bebida entre todas, em todo o mundo. Por falar nisso, a revista Algomais publicou uma análise, em 12 de abril de 2018, sobre a situação do café em Pernambuco, na qual a analista do Sebrae PE, Valéria Rocha, previa a expansão do consumo do café e da valorização da cafeteria como um ambiente social, de negócios e de prazer. O cultivo do café em Pernambuco Historicamente a produção de café no Estado se concentra nas áreas mais altas do Agreste e do Sertão. Brejão, por exemplo foi o principal centro de produção, hoje quase irrelevante face ao crescimento ocorrido nos municípios de Taquaritinga do Norte, Saloá e Triunfo. Taquaritinga e Triunfo têm se destacado na difusão da cultura, focando na qualidade do produto e no seu apelo turístico. Em se tratando de Taquaritinga, há a peculiaridade de contar com um tipo especial da bebida, o café arábica typica, considerado uma iguaria no mundo cafeeiro. Aquele produto sui generis, conforme descrito pelo poeta Mário Quintana: “o café é tão grave, tão exclusivista, tão definitivo que não admite acompanhamento sólido”. Esta referência tirei de uma palestra proferida pelo também produtor Álvaro Eugênio, quando, na mesma lâmina, traz a reprodução da belíssima obra de Portinari, Café, pintada em 1935, hoje, no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. O município de Saloá, localizado no Agreste Meridional, é uma surpresa. Atualmente conta com a segunda maior produção do Estado, faltando-lhe, ao que parece, um maior esforço em mostrar o que representa a cultura e o fato de haver substituído municípios outrora produtores como Garanhuns e Brejão. Durante esta semana ocorrerá o Festival de Café de Taquaritinga do Norte, algo que deve ser realizado periodicamente nos municípios com maior produção e presença no mercado. Uma tendência de crescimento Há de se reconhecer o esforço e a energia que tem sido investida na articulação dos atores que fazem a cadeia produtiva do café em Pernambuco. Algo extremamente bem-vindo. Sempre fiquei admirado pelo papel do comentarista político e barista Romualdo de Souza que faz um belo trabalho trazendo os principais fatos da política brasileira a partir de Brasília e as notícias sempre agradáveis e boas de se ouvir sobre os cafés pernambucanos. Ele, por si só, tem feito um ótimo trabalho de divulgação. Agora, várias forças estão se mostrando interessadas em participar dessa coalização, a partir das prefeituras municipais, das agências de fomento e de crédito, dos agricultores e empresários envolvidos e, nada menos, do que a UFRPE, a UFPE e o IPA – Instituto Agronômico de Pernambuco. Alguns desafios merecem ser destacados. O primeiro deles é um trabalho de pesquisa que vise atualizar as regiões produtoras do Estado com o que existe de mais moderno em termos de material genético e novas cultivares do café arábica, cabendo um esforço conjunto das instituições e pesquisa e ensino. Não menos importante é a qualidade da bebida e sua caracterização. Já que Pernambuco conta com uma área restrita, o fundamental será investir num produto superior às demais regiões produtoras. Nesse sentido, entra o papel das instituições de extensão, a exemplo do IPA e das secretarias de Agricultura e Turismo dos municípios, bem como entes como as universidades, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). Criar um circuito turístico para o café, valorizando a beleza regional, o artesanato, a música, a dança e a bebida como principal atrativo será uma iniciativa que trará resultados dentro de um prazo muito curto. Para que fiquem atentos a Empetur e o governo estadual na promoção de produtos e nichos que incentivem o deslocamento do turista para o interior do Estado. Um bom café Pernambuco tem a oferecer.

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Parei de beber e foi a melhor escolha que fiz

Por Manu Siqueira Janeiro de 1992. Férias. A Ilha de Itamaracá, reduto de adolescentes naquela época, fervilhava com shows, paqueras e pele bronzeada. Era a apresentação do grupo de pagode Raça Negra, na Praça do Pilar. Eu, com 14 anos, acompanhada de duas primas, experimentei bebida alcoólica pela primeira vez. Era uma caipirosca, docinha, que logo me deixou tonta. Lembro que não gostei da sensação de estar tonta, mas insisti. O menino que eu paquerava no show, que devia ter uns 16 anos, exibia com orgulho um litro de uísque importado e as chaves do carro do pai. Essa era a realidade da juventude de classe média/alta dos anos 90. Assim como nos anos 60, em que fumar era sinônimo de charme e sedução, beber nos anos 90 era uma condição sine qua non para ser aceito em qualquer grupo. Lembro que, ao longo da minha infância, todos os almoços na casa da minha avó materna tinham como base muito afeto e música, mas, sobretudo, muita bebida alcoólica também. Muita! Resultado: frequentes discussões, gente sem limites e alguns traumas instalados. Essa dinâmica reverberou na minha vida adulta, refletindo em escolhas e relacionamentos muitas vezes equivocados. Eu conseguia perceber os danos emocionais causados pela bebida, mas gostava de beber. Gostava da sensação de me sentir solta, livre, mais receptiva ao outro. Após um longo relacionamento, comecei a selecionar criteriosamente com quem eu bebia e diante de quem eu me permitia ficar vulnerável. Passei a ponderar os riscos e a conta não fechou. Aos poucos, e escolhendo muito bem com quem eu queria estar, a bebida foi naturalmente perdendo espaço na minha vida. A maturidade também contribuiu muito para essa decisão. Informação e autoconhecimento ajudam, e muito. Começar a beber é uma escolha. Parar de beber também é. Não estou falando aqui de quem é viciado, que fique claro. O alcoolismo é uma doença. E pode acometer o homem mais lindo, a mulher mais rica, ou o jovem mais miserável. Não se trata disso. O que quero dizer é que parei de beber e estou descobrindo um novo jeito de estar nos lugares, de me relacionar, de curtir os momentos em sua plenitude. Sem névoa. Sem ressaca. Este não é um texto para te convencer a parar de beber. É um convite à reflexão:E se eu parar de beber, ainda assim terei motivos para ser feliz? *Manu Siqueira é jornalista

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Iron House e o futuro das cidades: inovação urbana, sustentabilidade e impacto social

Com foco em planejamento integrado e respeito ao território, a empresa propõe uma transformação na Várzea e outros bairros com projetos que aliam urbanismo qualificado, cultura e inclusão social. Criada em 2011 como braço de desenvolvimento urbano do Grupo Cornélio Brennand, a Iron House se destaca nacionalmente por sua atuação estratégica em estados como Pernambuco e Bahia. Com o propósito de promover experiências urbanas inovadoras e integradas, que aliam qualidade de vida, sustentabilidade e conexão com o território, o próximo horizonte da empresa é o bairro da Várzea. Com um compromisso de longo prazo alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, a empresa planeja e executa bairros planejados, a exemplo da Reserva do Paiva, que respeitam o meio ambiente e promovem a convivência comunitária. Planejamento urbano e revitalização cultural na Várzea No Recife, a atuação da Iron House na Várzea tem ampliado o impacto social e ambiental da corporação no Estado. O principal empreendimento em andamento é a restauração do galpão da antiga fábrica da Cinzano, que se transforma em um polo de cultura, empreendedorismo e impacto social. Desde 2024, o entorno do galpão tem abrigado o projeto Nosso Quintal, espaço de convivência e efervescência cultural com programação gratuita de exposições, oficinas, cinema ao ar livre e feiras criativas. Essa iniciativa integra a memória histórica do bairro com o desenvolvimento de novas oportunidades para a comunidade local. “Nosso compromisso é muito grande com esse ambiente, não só com a mata, mas com toda a robustez do território e da comunidade“, afirma a CEO Carol Boxwell Conexão histórica com a Várzea A escolha da Várzea como foco estratégico para diversos projetos da Iron House não acontece por acaso. É nesse bairro que teve origem o Grupo Cornélio Brennand, e onde se encontra a emblemática Casa de Ferro, construção do século XIX que simboliza a história da empresa. Com mais de 600 hectares de mata preservada, a Várzea abriga uma rica diversidade cultural e instituições renomadas, como a Oficina Francisco Brennand e o Instituto Ricardo Brennand. Esse território traduz o compromisso da Iron House com o desenvolvimento de cidades mais humanas, sustentáveis e profundamente conectadas à sua identidade. “A gente quer conectar tudo que existe de bom, contribuindo para a melhoria do urbanismo, dos espaços públicos, trazendo praças, parques, calçadas sombreadas, lugares para as pessoas. Nosso compromisso é muito grande com esse ambiente, com a mata, com o território, com a comunidade que já existe”, afirma Carol Boxwell Educação, regeneração ambiental e inclusão social A empresa desenvolveu programas sociais e ambientais inovadores, como o Territórios Regenerativos, que apoia projetos de impacto socioambiental, e o Programa Evoluir, em parceria com a edutech Alicerce Educação, oferecendo reforço escolar para 80 crianças e jovens da Várzea. Algumas iniciativas que nasceram desses projetos irão ocupar o galpão que está sendo reformado para oferecer ações educacionais e culturais em benefício da comunidade. Complementando esses esforços, a empresa tem investido na preservação ambiental com ações como a implantação da primeira microfloresta urbana da Heineken no Nordeste, fortalecendo a biodiversidade local e melhorando a qualidade de vida no entorno urbano. “O nosso trabalho é um planejamento urbano que traz infraestrutura e atrativos para as pessoas se encontrarem, se conectarem. A intenção é que elas usem esses espaços públicos, estejam nas praças, nos parques, caminhando, vivendo o Recife. Queremos promover essa vivência, criar sinergia entre os empreendimentos e esses espaços, com responsabilidade e compromisso, sempre revisitando e ajustando o planejamento, porque as cidades são organismos vivos e dinâmicos”, explica Carol Boxwell Infraestrutura qualificada e compromisso com o urbanismo Além das ações culturais e sociais, a Iron House assume a responsabilidade de melhorar a infraestrutura local. “Construímos uma nova rotatória na Várzea, que reorganizou o fluxo de caminhões e melhorou a mobilidade local, contribuindo com segurança, fluidez e qualidade para o dia a dia da população”, destacou a executiva. A iniciativa foi doada ao poder público e destaca o compromisso da empresa com práticas urbanísticas que valorizam o espaço público, a sustentabilidade e o bem-estar coletivo. Números e destaques da Iron House

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Multimodal Nordeste 2025 movimenta R$ 330 milhões e anuncia expansão para 2026

Segunda edição reuniu mais de 9 mil visitantes, todos os modais logísticos e reforçou protagonismo do Nordeste no setor A segunda edição da Multimodal Nordeste consolidou o evento como um dos mais relevantes da logística no Brasil, reunindo mais de 9 mil visitantes no Recife Expo Center e movimentando R$ 330 milhões em negócios. O encontro, que dobrou sua área de exposição este ano, já anunciou para 2026 uma expansão de 1.500 m² e mais de 30 estandes adicionais, alcançando 130 expositores. O público regional também cresceu, com destaque para o aumento de 59% nos visitantes de Alagoas e 84% da Paraíba. O evento reuniu todos os modais — rodoviário, marítimo e aéreo — e atraiu empresas nacionais e internacionais. Representantes de destaque da cabotagem, como Aliança Navegação e Logística, Mercosul Line, Norcoast e Log-In Logística Integrada, apresentaram soluções integradas, enfatizando eficiência, sustentabilidade e a importância estratégica do Nordeste. Empresas como Movecta e Grupo PROLOG também marcaram presença, com portfólios voltados à logística integrada, comércio exterior e operações portuárias. Para os organizadores e líderes do setor, a feira reflete a vocação logística de Pernambuco e a necessidade de avanços na infraestrutura. “Pernambuco tem essa vocação natural para a logística e está liderando o setor no Nordeste. Neste segundo ano, o público cresceu 40% em relação à edição anterior e já temos fila de espera para 2026”, destacou a diretoria do evento. Manoel Ferreira Júnior, presidente de honra, reforçou o desafio de melhorar acessos como a BR-101 para aumentar a velocidade e reduzir custos. Novotel Recife Marina celebra primeiro aniversário com evento exclusivo O Novotel Recife Marina completa um ano de operação no próximo dia 19 de agosto e marcará a data com uma celebração especial no Skais Rooftop. O evento, restrito a convidados, reunirá autoridades, investidores, representantes do trade turístico e personalidades pernambucanas, com programação que inclui banda de jazz, DJ e coquetel assinado pelo restaurante Kais Ø, do chef Fernando Cita. Inaugurado em agosto de 2024 e projetado pelo arquiteto Jerônimo Cunha Lima, o hotel administrado pela Atrio Hotel Management dispõe de 299 apartamentos — incluindo 19 suítes — além de academia, spa, piscina, bar, restaurantes e rooftop com vista para o mar. Integrado ao Complexo Porto Novo Recife, que abriga a marina de padrão internacional e o Recife Expo Center, o empreendimento contabiliza mais de dois mil empregos diretos e indiretos, 300 eventos realizados e 60 mil quartos vendidos em seu primeiro ano. Para o gerente geral, Gustavo Alves, “o sucesso do nosso primeiro ano é fruto de uma equipe extremamente comprometida e bem estruturada, que abraçou o projeto desde o início”. Segundo ele, a receptividade calorosa do público consolidou o Novotel Recife Marina como referência de hospedagem na capital, atraindo tanto o público corporativo quanto famílias em lazer. Di2win e Xerox levam casos reais de Inteligência Artificial ao RPA & IA Congress no Rio Nos dias 19 e 20 de agosto, no Prodigy Hotel Santos Dumont, no Rio de Janeiro, a Di2win e a Xerox Brasil participam do RPA & IA Congress com foco em aplicações concretas de inteligência artificial e automação inteligente. Embarcada no Porto Digital do Recife e referência em hiperautomação, a Di2win apresenta, no dia 19, às 15h, a palestra “Além do hype: IA que funciona, feita por quem sabe fazer funcionar”, conduzida pelo CEO Paulo Tadeu e por Rafael Hirata, Head de Digital Services da Xerox Brasil. O objetivo é compartilhar soluções já em operação em diferentes setores, desmistificando a IA e apresentando resultados escaláveis e sustentáveis. Além da apresentação, as empresas terão estande no evento para demonstrar tecnologias de automação e integração de IA voltadas à otimização de processos corporativos. Com histórico de inovação, a Di2win se destaca pelo desenvolvimento de softwares próprios de Processamento Inteligente de Documentos (IDP) e Gêmeos Digitais Organizacionais, enquanto a Xerox mantém sua tradição centenária de transformação tecnológica para o ambiente de trabalho. Juntas, prometem mostrar ao público como a inteligência artificial já está impactando, de forma prática e mensurável, a produtividade e a eficiência das organizações. 1 ano de Pires Advogados no Riomar Trade Center Vista maravihosa da sede do escritório Pires Advogados, no 11º andar da Torre 5 do Riomar Trade Center, que completa 1 ano de inauguração. Liderado por Ivon e Sandra Pires, o escritório conta com uma equipe de referência em Direito Ambiental, formada por profissionais de todas as gerações, com idades que vão dos 20 aos 70 anos. Em 67 anos de fundação, a marca Pires Advogados sempre esteve na vanguarda.

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FW Revista Algomais nova capa Recifitness

Recifitness 2025 reúne gigantes do fitness e da nutrição em três dias de experiências e negócios

 A maior feira do setor no Norte e Nordeste acontece de 17 a 19 de outubro, com mais de 5 mil m² de exposição, Arena Tech imersiva, palestras, batalhas esportivas (cross e dance), participação dos influenciadores Renato Cariani e Júlio Mamute (palestra), do atleta de cross Anderon Primo (Batalha de Cross), além da expectativa de movimentar R$ 10 milhões em negócios. O universo da saúde, nutrição e performance física vai se concentrar no Pernambuco Centro de Convenções (CECON), entre os dias 17 e 19 de outubro de 2025, durante a Recifitness 2025 — a maior feira fitness do Norte e Nordeste. O evento, que funcionará das 10h às 20h, deve reunir mais de 10 mil visitantes em três dias de programação intensa, com rodadas de negócios, experiências tecnológicas, palestras com grandes nomes do mercado, batalhas esportivas e mais de 100 estandes dos principais segmentos da área. Com mais de 5 mil m² de área expositiva, o evento reúne os maiores players dos setores de suplementação, nutrição, moda fitness, equipamentos, tecnologia e inovação em saúde. A produtora Juliana Medeiros destaca que a expectativa é gerar R$ 10 milhões em negócios e fortalecer ainda mais o polo nordestino de bem-estar. Fitness e negócios: o impacto da Recifitness no mercado A Recifitness 2025 marca mais um passo importante na consolidação do Recife como referência no segmento de bem-estar. De acordo com a International Health, Racquet & Sportsclub Association (IHRSA), o Brasil é o segundo maior mercado de academias do mundo, com mais de 30 mil unidades e 10 milhões de alunos. No setor de suplementação esportiva e nutrição, o mercado movimenta cerca de R$ 3 bilhões anuais. Segundo Juliana Medeiros, produtora da Recifitness, a feira se tornou uma vitrine essencial para marcas e profissionais do segmento. “A Recifitness é mais do que uma feira: é um grande hub de conexão, conhecimento e oportunidades de negócios. A cada edição, a gente vê o setor se fortalecendo e o público vindo em busca de tendências, contatos e experiências que fazem a diferença”, afirma. Ainda segundo Juliana, o evento também movimenta a economia do estado de forma expressiva. “Nossa estimativa é movimentar R$ 10 milhões em negócios diretos e indiretos nos três dias. Isso inclui vendas, contratações de serviços, hospedagem, alimentação e turismo. É um evento que impacta positivamente não apenas o setor fitness, mas a economia como um todo”, reforça. Renato Cariani desembarca no Recife como atração principal da Recifitness 2025 Recife se prepara para receber um dos maiores nomes do universo fitness brasileiro: Renato Cariani. Pela primeira vez na capital pernambucana, o influenciador, atleta e empresário é a primeira atração confirmada da Recifitness 2025. No sábado, 18 de outubro, Cariani comandará a palestra “Do Suor ao Sucesso”, das 14h às 16h, compartilhando sua trajetória de disciplina, superação e construção de carreira no esporte e no empreendedorismo. O momento será aberto pelo também influenciador Júlio Mamute, que mostrará a sua caminhada para deixar de ser obeso. Logo em seguida, das 16h às 18h, o público da área VIP terá acesso a uma sessão de fotos exclusiva com o atleta. Batalha de Cross promete agitar a Recifitness 2025 com disputas de alta performance Recife vai tremer no ritmo do cross training! No dia 18 de outubro, a Batalha de Cross será uma das atrações mais esperadas da Recifitness 2025. Em sua 2ª edição, a disputa vai colocar frente a frente atletas de diferentes cidades em provas que exigem força, resistência, explosão e estratégia.O comando técnico será do atleta Anderon Primo. Com modalidades individuais e em dupla, a competição promete elevar o nível técnico e oferecer ao público momentos de pura adrenalina. Reconhecida como o “torneio mais brabo do Nordeste”, a Batalha de Cross não é apenas um desafio físico, mas também um palco para visibilidade, prestígio e conexão entre a comunidade crossfiteira. Segundo Juliana Medeiros, a competição será um marco na programação. “O cross training cresce cada vez mais e a Batalha de Cross traz essa energia para dentro da Recifitness. É um espaço para os atletas mostrarem seu potencial e para o público viver a emoção de cada prova”, afirma. Programação oficial da Recifitness 2025 Sexta-feira (17/10) — Conteúdo técnico e tendências Local: Palco Principal “A gente pensou numa grade de palestras que fosse diversa e atual, reunindo temas que realmente impactam quem vive do fitness, da nutrição e da performance humana. É conteúdo de alto nível com nomes respeitados do mercado”, destaca Juliana. Sábado (18/10) — Cross, inspiração e presença digital 10h às 14h – Batalha de Cross, com Anderon Primo, hexacampeão do TCB14h às 16h – Palestra inédita “Do Suor ao Sucesso”, com o influenciador Renato Cariani16h às 18h – Sessão de fotos (área VIP) com CarianiAbertura especial – Júlio Mamute, influenciador que tem vencido a obesidade com disciplina e bom humor “Cariani é um nome que conecta todas as pontas: ele fala com o atleta, com o dono de academia e com quem está dando o primeiro passo. Ele representa o movimento de transformação que a Recifitness quer inspirar”, comenta Juliana. Domingo (19/10) — Fit Dance em clima de game show Evento: Batalha das Academias A maior competição de fit dance de Pernambuco será comandada pelo professor Renê Albino, num formato de game show que une dança, técnica e animação. Arena Tech — todos os dias A Arena Tech, em parceria com a Siri Tech, será um dos grandes diferenciais da Recifitness 2025. Com tecnologia de ponta, o espaço vai oferecer: “A Arena Tech é o nosso passo rumo ao futuro. Vamos mostrar como a tecnologia pode potencializar resultados, motivar alunos e transformar a experiência nas academias”, afirma Juliana Medeiros. Exposição: diversidade e inovação em 5 mil m² A feira ocupará mais de 5 mil m² no pavilhão do CECON, com mais de 100 estandes, organizados em setores como: Inscrições e acesso As inscrições já estão abertas no site oficial da Recifitness. Há diferentes tipos de acesso: “Queremos que todos possam viver essa experiência, seja profissional, atleta ou entusiasta. Teremos opções

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Empresas Juniores movimentam R$ 5 milhões por ano na economia de Pernambuco

Mais de 40 grupos de estudantes desenvolvem projetos reais e fortalecem empreendedorismo e inovação no estado A Federação das Empresas Juniores do Estado de Pernambuco (FEJEPE) reúne hoje 41 empresas juniores federadas, responsáveis por desenvolver mais de 670 projetos para clientes reais e injetar cerca de R$ 5 milhões por ano na economia local. Formadas e geridas por estudantes universitários, essas empresas atuam sem fins lucrativos e destinam todo o recurso gerado ao fortalecimento da própria vivência empresarial. O impacto é sentido principalmente por micro e pequenas empresas, que encontram soluções criativas e de qualidade para seus desafios. As empresas juniores estão distribuídas por instituições de ensino superior de todo o estado, do litoral ao sertão, e abrangem áreas como engenharias, psicologia e design. Ao prestar serviços, desenvolver produtos e oferecer consultorias, os estudantes vivenciam na prática a gestão de negócios, adquirindo experiência profissional antes mesmo da graduação. Como se diz no movimento, os empresários juniores não saem ricos, mas saem “caros”, pela bagagem de habilidades e conhecimentos adquiridos ao longo da jornada. Com origem na França em 1967 e presença no Brasil desde 1988, o Movimento Empresa Júnior é hoje a maior força do segmento no mundo, com mais de 1.400 empresas juniores confederadas no país. Em 2024, o MEJ brasileiro realizou 18 mil projetos e movimentou cerca de R$ 70 milhões na economia nacional, mantendo como propósito formar jovens líderes capazes de transformar a realidade socioeconômica com ética, inovação e empreendedorismo. Ferreira Costa teve aumento de 25% na procura de presentes para o Dia dos Pais de 2025 Para celebração do Dia dos Pais de 2025, a Ferreira Costa registrou um crescimento de 25% na procura por presentes em relação ao ano anterior, com destaque para ferramentas, eletroportáteis, churrasqueiras, móveis para lazer, utensílios domésticos, artigos de cama, mesa e banho e produtos automotivos. Além das vendas nas lojas físicas, o e-commerce da rede também apresentou alta de 20% nos cliques em itens relacionados à data, impulsionado por promoções exclusivas, kits de presentes e embalagens personalizadas. Obra sobre consensualidade tributária será lançada no Recife durante workshop nacional No dia 14 de agosto de 2025, durante o II Workshop Nacional sobre Prevenção e Solução de Litígios Tributários, no Hotel Grand Mercure, em Boa Viagem, será lançado o livro A Consensualidade no Direito Tributário, que propõe substituir a cultura do litígio por soluções construídas de forma cooperativa entre Fisco e contribuintes. Organizada por Anelize Lenzi Ruas de Almeida, Mary Elbe Queiroz e Rita Dias Nolasco, a obra conta com prefácio do ministro Luís Roberto Barroso e reúne contribuições de juristas e especialistas da advocacia pública e privada. Dividida em três partes, a publicação aborda fundamentos teóricos, instrumentos práticos como mediação e arbitragem, além de casos concretos e propostas legislativas, reforçando a consensualidade como alternativa para reduzir o contencioso tributário, que já supera R$ 5 trilhões no país.

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Indústria de alimentos pernambucana em alta, mas com muitos desafios

Setor amplia investimentos, gera empregos e se espalha por todas as regiões do Estado, mas esbarra em gargalos logísticos, carga tributária e dificuldades de crédito *Por Rafael Dantas Catchup, cerveja, laticínios, açúcar… a produção de alimentos de Pernambuco é diversificada e está presente em praticamente todas as microrregiões do Estado. Atualmente, o setor representa 10,7% de toda a atividade industrial local. Após crescer 2,6% no ano passado, há uma nova onda de investimentos robustos chegando. Nos últimos dias, por exemplo, o Grupo Heineken concluiu a ampliação da fábrica em Igarassu, com um investimento de R$ 1,2 bilhão para triplicar a capacidade produtiva. Somente nas reuniões do Condic (Conselho Estadual de Política Industrial, Comercial e de Serviços), os recursos anunciados neste ano já totalizam R$ 485 milhões. De acordo com dados do IBGE, além do avanço de 2024, a indústria de alimentos e bebidas em Pernambuco registrou um avanço de 1,4% entre janeiro e maio deste ano. Um desempenho considerado consistente pela Fiepe (Federação das Indústrias de Pernambuco), que ressalta a forte geração de empregos e a capilaridade desse setor nos diversos territórios do Estado.  Bruno Veloso destaca a geração de vagas de trabalho na indústria de alimentos e bebidas de Pernambuco. “O setor foi responsável, em 2024, por mais de 100 mil vínculos formais, o que representa quase 30% do total de empregos industriais gerados no Estado. “O setor de alimentos e bebidas foi responsável, em 2024, por mais de 100 mil vínculos formais, o que representa quase 30% do total de empregos industriais gerados no Estado”, destacou o presidente Bruno Veloso. “A competitividade do setor é impulsionada por uma infraestrutura estratégica, com destaque para o Porto de Suape e polos industriais distribuídos por regiões como Vitória de Santo Antão, Caruaru e Petrolina”. O polo cervejeiro em Itapissuma, a Bacia Leiteira no Agreste e as indústrias avícolas em São Bento do Una são apenas alguns dos diversos exemplos de como esse setor se espraia por Pernambuco. Um tecido industrial formado tanto por multinacionais e gigantes do Brasil, interessadas no mercado do Nordeste, como por empresas familiares com raízes no Estado que consolidaram seus negócios. Entre os investimentos anunciados pelo Conselho Estadual de Política Industrial, Comercial e de Serviços (na foto acima), está a implantação da fábrica, em Brejão, da Laticínios Santa Maria, que tem sede em Minas Gerais, com aporte de R$ 220 milhões. NOVOS PLAYERS E AMPLIAÇÕES NO MERCADO LOCAL Nos anúncios realizados pelo Condic é possível medir o apetite de novos atores no tecido empresarial. Os anúncios do Proind (Programa de Estímulo à Indústria de Pernambuco) e do  Prodepe (Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco) indicam os aportes econômicos e as expectativas de geração de novos empregos.  O maior anúncio da reunião de julho, por exemplo, foi da Laticínios Santa Maria. A corporação, com sede em Minas Gerais, fará a implantação de uma unidade industrial em Brejão, com aporte de R$ 220 milhões. O projeto deve gerar 85 novos postos de trabalho. O município de destino do empreendimento integra a bacia leiteira do Estado, que já conta com outras grandes empresas nacionais e pequenas empresas locais que compõem a Rota do Queijo Artesanal, por exemplo. Outro destaque recente no Estado foi o anúncio do aporte da Mondelez que já opera em Vitória de Santo Antão. A corporação destinou R$ 111,3 milhões à expansão de sua unidade. Com a ampliação, serão gerados pelo menos 160 novos postos de trabalho. “Esses investimentos fortalecem o processo de interiorização do desenvolvimento econômico e comprovam a eficácia das políticas públicas de incentivo, como o Prodepe e o Proind”, avalia Bruno Veloso, da Fiepe. Enquanto esses investimentos estão ainda na fase de anúncio, o Estado celebrou nesta semana a inauguração da triplicação do Grupo Heineken. A cervejaria, que tem fábrica em Igarassu, realizou um aporte de R$ 1,2 bilhão. As novas linhas de produção irão permitir o aumento da capacidade produtiva principalmente das marcas Amstel e Devassa. O grupo fabrica ainda a marca Heineken e o refrigerante FYS. Ao todo, 130 novos postos de trabalho permanentes foram criados. A empresa passa agora a contar com 1,2 mil funcionários. A exemplo de outros players internacionais com as raízes fincadas no Estado, o foco é chegar de forma competitiva no Nordeste. Na inauguração, a empresa ressaltou que a fábrica pernambucana abastece mercados como do Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Alagoas, Paraíba e Sergipe, além de Pernambuco. “A nova fase da unidade de Igarassu representa nossa visão de longo prazo para equilibrar crescimento e responsabilidade. Estamos mais preparados para atender à demanda crescente do Nordeste, ao mesmo tempo em que avançamos na agenda ESG, com iniciativas e soluções que integram e atendem nossas ambições ambientais e sociais. Pernambuco é hoje o segundo maior mercado para o Grupo Heineken no Nordeste, e a unidade de Igarassu desempenha papel essencial nesse crescimento.” A menção do executivo à sustentabilidade se deve a novos investimentos também. A modernização permitirá ao grupo reduzir em 30% o consumo de água e ter um maior uso de garrafas retornáveis. A unidade passou a abrigar a maior linha de retornáveis da marca no Brasil.  Hugo Gonçalves comemora a ampliação da frota de caminhões da Tambaú, com a obtenção de 10 veículos, e a aquisição de duas envasadoras de molho e uma máquina para produzir embalagens. “Estamos construindo também um novo espaço na fábrica, com 3 mil m²”. CRESCIMENTO DE UMA GIGANTE E FAMILIAR Um dos cases mais emblemáticos é a Tambaú, que completou 62 anos. Com sua atividade industrial instalada em Custódia, em pleno Sertão, a fábrica emprega 700 pessoas com um mix de 113 produtos. O desempenho da corporação no ano passado foi na casa dos dois dígitos. A empresa registrou um aumento de receita de 12,4% e de 3,5% em toneladas. A empresa familiar realizou recentemente a ampliação de sua frota de caminhões, com a aquisição de 10 novos veículos, duas envasadoras de molho e uma máquina de sopro para produzir embalagens de catchups e molhos. “Estamos construindo também um

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Fragmentação urbana: o maior obstáculo para cidades justas e sustentáveis

*Por Mariana Pontes A urbanização desordenada e excludente se consolidou como um dos principais retratos da desigualdade social nas cidades brasileiras. A ausência de infraestrutura básica, a vulnerabilidade ambiental e o colapso dos sistemas urbanos são consequências da ausência de um planejamento integrado que, além de articular as políticas, deve integrar os desejos e necessidades da população. Segundo o Relatório de Riscos Climáticos da ONU (2022), as cidades que ignoram soluções integradas e a escuta ativa da população tendem a aprofundar suas desigualdades sociais e ambientais. Ainda assim, o Brasil insiste em repetir práticas baseadas em interesses de curto prazo, sem articulação entre setores e com pouca visão de futuro. Essa lógica reducionista, que trata o planejamento urbano como um processo técnico isolado, enfraquece a capacidade transformadora das políticas públicas. No entanto, algumas experiências demonstram que é possível fazer diferente. No Recife, por exemplo, desde 2015 o pensamento do planejamento integrado de longo prazo tem orientado políticas públicas estruturantes da cidade. O Plano Recife 500 Anos se configura como uma bússola que direciona políticas e ações para a construção do futuro desejado. Assim, antecipar esse futuro por meio de processos de criação coletiva é fundamental e urgente nas cidades. Exemplos como a implantação de espaços públicos voltados à primeira infância, que combinam urbanismo, educação e cuidado, só foram possíveis a partir de escutas comunitárias, articulação intersetorial e prototipação de soluções. Da mesma forma, projetos que utilizam infraestrutura verde para tratar águas de esgoto em áreas alagadas, como os jardins filtrantes, revelam o potencial de iniciativas que aliam sustentabilidade, requalificação urbana e educação ambiental. Essas ações, construídas a partir da inteligência coletiva e da colaboração entre diversos atores, mostram que o caminho da inovação urbana exige mais participação e menos verticalidade. Superar o ciclo de intervenções paliativas requer romper com estruturas institucionais rígidas e ineficientes. É necessário instituir processos participativos permanentes, fomentar a escuta como ferramenta de planejamento. Planejar cidades para o futuro significa transformar profundamente a forma de relacionamento dos habitantes com o espaço urbano. Isso implica reconhecer os territórios e as pessoas que os habitam como protagonistas, compreender suas dinâmicas e articular saberes diversos na construção de soluções duradouras. Não basta pensar o urbano a partir de diagnósticos frios, é preciso agir com coragem, testar novas abordagens e aprender com os erros e acertos da prática. Portanto, o Brasil só terá cidades mais justas, resilientes e sustentáveis quando a lógica do planejamento deixar de ser fragmentada e se tornar integradora, coletiva e orientada para o bem comum. É tempo de abandonar as fórmulas prontas e abraçar o desafio de reconstruir nossas cidades com escuta ativa, participação efetiva e inovação real. O futuro urbano que queremos precisa começar agora, e ele deve ser construído por muitas mãos. *Mariana Pontes é diretora-presidente da Áries

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