Arquivos Z_Destaque_home2 - Página 41 De 137 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Z_Destaque_home2

Fachada IAHGP FotoKeila Castro

Seminário Comemorativo Celebra 200 Anos da Confederação do Equador

O Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP) em parceria com o Instituto do Ceará – Histórico, Geográfico e Antropológico, está organizando um seminário para comemorar os 200 anos da Confederação do Equador. O evento, que busca relembrar e celebrar o movimento revolucionário que começou em Pernambuco e se espalhou pelo Nordeste, contará com atividades no Recife e em Fortaleza. No Recife, o seminário será realizado nos dias 2 e 3 de julho na sede do IAHGP, enquanto em Fortaleza, o evento ocorrerá nos dias 27 e 28 de agosto. George Cabral, sócio e historiador do IAHGP, destaca a importância dessa parceria, lembrando que a Confederação do Equador foi um marco na luta contra o autoritarismo de Dom Pedro I. "Foi no Ceará que houve a rendição do último foco de resistência, culminando nas prisões de vários revolucionários, entre eles, Frei Caneca, que seria morto meses depois," comenta Cabral. O presidente do Instituto do Ceará, Júlio Lima Verde, também participará do seminário, lançando o livro digital 'O Ceará na Confederação do Equador - Artigos e documentos publicados na Revista do Instituto do Ceará', organizado por ele. Além das palestras e debates, o seminário incluirá uma solenidade oficial do Governo de Pernambuco no Centro Cultural Eufrásio Barbosa, em Olinda, e o descerramento de um painel comemorativo pelo bicentenário da Confederação do Equador no Forte das Cinco Pontas, no Recife. Margarida Cantarelli, presidente do IAHGP, reforça a relevância de eventos como este para manter viva a memória histórica do estado. “Nosso papel, enquanto guardiões da história, é preservar os registros históricos e todas essas memórias para as futuras gerações,” afirma. Serviço: Seminário Comemorativo dos 200 anos da Confederação do Equador Recife: Fortaleza: Programação Recife: Dia 02 de julho de 2024 (terça-feira) Dia 03 de julho de 2024 (quarta-feira)

Seminário Comemorativo Celebra 200 Anos da Confederação do Equador Read More »

novotel 1

Complexo Porto Novo promete ser uma das peças para revitalizar o Centro do Recife

Com um investimento de R$ 280 milhões, o Complexo Porto Novo promete movimentar a região do Cais de Santa Rita, no Bairro de São José, com a atividade turística e de eventos. São R$ 200 milhões aplicados no Novotel Recife Marina e os outros R$ 80 milhões no Recife Expo Center. O empresário Romero Maranhão Filho, sócio e diretor da Maxxima e investidor do empreendimento explica as expectativas e já informa as datas de abertura dos espaços. Qual a previsão de inauguração do hotel e do centro de convenções? O Novotel Marina Recife tem previsão de início das operações para o dia 29 de julho. No dia 1º de julho, iremos realizar no Novotel um evento exclusivo para convidados com o lançamento do livro "Inspiração Recife", de Camila e Eduarda Haeckel, onde 100% do valor arrecadado com a venda dos livros será destinado a projetos sociais. A ideia do livro "Inspiração Recife" surgiu de uma conversa com as autoras para criar uma obra que enaltecesse nossa cidade, destacando seu desenvolvimento e mostrando como a iniciativa pública e privada, juntas, estão mudando a cara do centro do Recife. Francisco Cunha assina um capítulo do livro com o tema Recife 500 anos. Já o Recife Expo Center terá sua abertura no dia 6 de agosto deste ano com a estreia da feira Multimodal Nordeste 2024, de 6 a 8 de agosto, das 14h às 20h. A feira acontecerá no Pavilhão Sul do Recife Expo Center em uma área de 2.100 m² com a participação de mais de 80 marcas e uma expectativa de movimentação econômica superior a R$ 150 milhões. Nos três dias de evento, são esperadas aproximadamente 4 mil pessoas, entre especialistas, empresários e autoridades para discutir as tendências e desafios da logística multimodal na região. Qual a expectativa de geração de empregos nesses dois empreendimentos? Estimamos uma média de geração de empregos diretos para aproximadamente 300 pessoas durante as operações de todo o Complexo Porto Novo. Durante a construção, tivemos aproximadamente 450 postos de trabalho diretos. O número, no entanto, tende a ser muito superior quando contabilizamos também os indiretos, os terceirizados durante a operação de feiras, eventos e convenções. Isso porque entendemos que são equipamentos que irão beneficiar indiretamente toda a cadeia produtiva do turismo, desde os taxistas, motoristas de aplicativo, guias de turismo, agências de receptivo, além de produtores de eventos, equipes de limpeza, segurança, audiovisual, uma infinidade de profissionais que serão impactados com a inauguração e operação do Complexo. Essa é uma região central da cidade, mas carece de uma ativação, maior circulação. Há alguma expectativa do empreendimento de quantas pessoas devem circular no local? Que tipo de atividades devem ser ativadas com a operação do empreendimento?O Novotel Marina Recife dispõe de 300 apartamentos, então, durante a ocupação máxima estimamos uma média de 600 pessoas. Já o Recife Expo Center tem capacidade para receber até sete mil pessoas. Acreditamos que esse número de visitantes irá flutuar durante o dia dependendo do período. Teremos ainda o público que irá almoçar ou jantar nos restaurantes do Complexo e também aqueles que irão até a Marina Recife. O que motivou os empreendedores a fazerem esse investimento no centro? O projeto do Complexo foi concebido não apenas como uma intervenção na paisagem urbana, mas como uma oportunidade de valorizar toda a área circundante do centro do Recife. Com este investimento acreditamos que podemos dar mais um impulso para o renascimento do centro, pois sabemos que é uma área com um potencial enorme a ser explorado. Durante uma visita ao Recife, o navegador Amyr Klink, conhecido pelas expedições marítimas, apontou que onde erguemos a Recife Marina seria o melhor local no Nordeste para uma marina. Ele veio e escolheu esse ponto exato, que tem as condições perfeitas para receber embarcações de tamanhos variados, ideal para uma marina de classe internacional. Além disso, o Recife ainda não possuía um centro de convenções, então, resolvemos criar um novo equipamento nessa área da cidade, que estava totalmente carente de tudo e percebemos que teríamos condição de construir um espaço com um tamanho bom que pudesse atender tanto o público local quanto eventos nacionais e internacionais. O Complexo vai se tornar um espaço único no Brasil por reunir essas características singulares com um hotel, uma marina e um centro de convenções, numa paisagem igualmente única. Acreditamos que haverá um impacto significativo na economia local, gerando empregos, atraindo investimentos e fomentando o turismo, marcando assim um novo capítulo na história da cidade. BERNARDO PEIXOTO RECEBERÁ A MEDALHA JOSÉ MARIANO Na próxima terça-feira (02), Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac Pernambuco, será homenageado com a Medalha de Mérito José Mariano, durante cerimônia especial na Casa do Comércio, sede da Federação, a partir das 19h. Com proposição do vereador Marco Aurélio Filho, autor do Decreto Legislativo n° 986/2021, a honraria é a maior da Câmara Municipal e visa homenagear personalidades que prestam serviços notoriamente relevantes à capital pernambucana, à humanidade e à paz mundial. GOVERNO DE PERNAMBUCO LANÇA LINHA DE FINANCIAMENTO PARA O POLO GESSEIRO O governo de Pernambuco lançou uma linha de financiamento específica para que as indústrias do polo gesseiro do Araripe, no Sertão do Estado, possam converter seus equipamentos e utilizar uma matriz energética do gás natural, mais sustentável. A linha de financiamento, oferecida através da Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE), visa apoiar as indústrias do setor de gesso do Sertão do Araripe na aquisição de equipamentos necessários para a utilização do gás natural. Cada empresa poderá obter até R$ 1 milhão em crédito, com uma taxa de juros competitiva de 0,7% ao mês. “A AGE desenvolveu uma taxa de juros extremamente competitiva para assegurar que as empresas consigam promover a mudança de sua matriz energética", declara a presidente da AGE, Angella Mochel. Microempreendedoras entregam primeiros cinco mil fardamentos escolares em Araripina Até o fim deste ano, 21 mil fardamentos produzidos por microempreendedoras do ramo da costura, em Araripina, devem ser entregues para estudantes da rede municipal. Essa é a meta contratada pela prefeitura

Complexo Porto Novo promete ser uma das peças para revitalizar o Centro do Recife Read More »

ANDRE SALLES DIRETOR PRESIDENTE DA SOLAR COCA COLA Easy Resize.com 1

Solar Coca-Cola anuncia chegada ao Porto Digital

Para se aproximar ainda mais das empresas de inovação e tecnologia e consolidar sua presença como marca empregadora no setor, a Solar Coca-Cola, fabricante do Sistema Coca-Cola com atuação em 70% do território nacional (regiões Norte e Nordeste, Mato Grosso e parte de Tocantins e Goiás), anuncia sua entrada no Porto Digital, em Recife. Andre Salles, diretor-presidente da companhia, assinou um acordo de parceria com o ecossistema de inovação de Pernambuco, reforçando o compromisso da empresa com a inovação. A transformação digital da Solar Coca-Cola é fundamentada em três pilares: Pessoas, Infraestrutura/Plataformas e Advanced Analytics. Em 2021, a empresa lançou o Decola Tech, um programa de estágio focado em mulheres na tecnologia, promovendo aprendizado e inovação. Na estratégia de Advanced Analytics, a criação do Centro de Excelência e Decisões Baseadas em Dados, juntamente com uma robusta plataforma Data Lake e aplicações de inteligência artificial e Machine Learning, contribuem para a tomada de decisões e a personalização do atendimento. A Solar também investe em Infraestrutura/Plataformas, desenvolvendo tecnologias para aumentar a flexibilidade e agilidade, exemplificado pelo Aplicativo Solar+, que vai além de compras, oferecendo suporte na gestão e acesso a energia renovável. Essas inovações ajudaram a 52% dos clientes passarem a comprar via canais digitais. Andre Salles, diretor-presidente da empresa “Reconhecemos a importância do apoio constante ao ecossistema de inovação para incorporar novas ideias e tecnologias disruptivas. Temos como objetivo ser referência no nosso segmento, liderando na transformação digital e no relacionamento B2B otimizado pela tecnologia. Em 2023, completamos dois anos do início do projeto de transformação digital, com um balanço impressionante de R$ 1 bilhão movimentados. A aproximação com o Porto Digital só vai contribuir para avançarmos ainda mais”. Pierre Lucena, presidente do Porto Digital “A Solar Coca-Cola embarca agora no Porto Digital em um momento de transformação digital em que a conexão com o ecossistema de inovação fará toda a diferença na empresa. Para o parque tecnológico, é também uma chegada valiosa para gerar novas oportunidades de negócios, trabalho e desenvolvimento. Ou seja, essa vinda da Solar já causa impacto desde o primeiro dia”. Raquel Lyra, governadora “Eu não tenho dúvida nenhuma que o Porto Digital tem um papel fundamental para o desenvolvimento de Pernambuco. Já tem hoje, mas terá muito mais a partir do momento que a gente consegue trazer empresas como essas. O governo chegando, as prefeituras conseguindo cumprir as suas partes para fazer o nosso Estado merecer, sem deixar ninguém para trás” Isabella de Roldão, vice-prefeita do Recife “O Porto Digital nasceu para as pessoas, com as pessoas. Chegamos nesse ambiente aqui e a gente se sente acolhida, se sente bem. Estar no Porto Digital é o avesso do que disseram sobre o que era tecnologia. Aqui é um lugar de união, de leveza, de troca, de leveza”.

Solar Coca-Cola anuncia chegada ao Porto Digital Read More »

grupo individuos

Como a ideologização, a coletivização e a monetização estão formatando as "tribos-bolhas"

*Por Bruno Queiroz Ferreira Tenho discutido aqui na coluna da Algomais inteligência artificial, transição energética, crise climática, envelhecimento da população e intergeracionalidade como fatores que vão impactar o futuro das pessoas, das empresas e dos governos. No artigo desta edição, trago um novo fator que precisa ser observado e analisado com a mesma importância dos demais: a consolidação das tribo-bolhas. A primeira causa desse novo estilo de vida é a ideologização. Se o comportamento ideológico estava associado historicamente às religiões e, mais recentemente, à disputa eleitoral, o que se vê agora é o espalhamento para vários segmentos da sociedade. Podemos dizer, inclusive, ser uma tendência em processo de consolidação, que deve ser incorporada ao estilo de vida daqui para frente. O debate ideológico se ampliou da moral religiosa e do posicionamento político para as questões de gênero (binários X não binários), de raça (brancos X pretos), geográficas (nordestinos X sulistas), econômicas (socialismo X neoliberalismo), de regimes de governo (democracia X autocracia) e, até mesmo, científicas (pró-vacinas X antivacinas). Não basta mais casar, ter filhos, emprego, pagar boletos e fazer um churrasco no final de semana, é preciso ter uma opinião sobre quase tudo, como diria Raul Seixas. Se antes era possível viver ao largo disso, atualmente há uma “pressão” para que a ideologia seja expressa e se torne uma bandeira de vida. Não apenas nas rodas de amigos, mas também no trabalho, na família, na vizinhança e em outros grupos sociais. O mais grave é que a ideologização leva a uma lógica binária (se não está do meu lado, está contra mim) que segrega as pessoas e impede o convívio com as diferenças. Na prática, é o “nós contra eles” permanente: das expressões artísticas às manifestações públicas, diferentemente do ato de torcer por um time, por exemplo, que separava as pessoas apenas no momento do jogo. A segunda causa é a coletivização. Potencializada pela ideologização, pelo amplo alcance e alta velocidade de disseminação das redes sociais, grande parte dos temas subiram de patamar e se tornaram coletivos. Uma guerra no Leste da Europa ou no Oriente Médio, por exemplo, é de todos nós agora. Não basta ser Lula ou Bolsonaro, também temos que escolher um lado entre ucranianos e russos, palestinos ou judeus e, até mesmo, entre Biden e Trump, mesmo que isso não afete nossas vidas, na prática. Além disso, a coletivização está diminuindo o espaço de expressão individual. Estigmatizado pelo maniqueísmo e pela simplificação, o comportamento coletivo acaba se sobressaindo em relação ao ser humano. Portanto, se você é homem, logo você é machista. Se você é mulher, logo você é feminazi. Se você é preto, logo você é ladrão. Se você é branco, logo você é opressor. Conviver com as contradições está ficando mais difícil a partir da ótica da ideologização e da coletivização das causas. O contraditório está perdendo espaço. A terceira causa é a monetização. A começar pela carona pega na ideologização e na coletivização, marcas se associam às causas criando produtos específicos para explorar mercados cada vez mais segmentados e desconectados com o todo. O que poderia ser, em um primeiro momento, perda de consumidores de ideologia contrária, na verdade, se configura em aumento de vendas e fidelidade de consumidores de ideologia a favor. Isso reforça ainda mais o comportamento das tribos-bolhas. A monetização avançou também para a exploração da “pessoa”. Se antes apenas o produto resultante da agricultura, das fábricas e dos serviços eram comercializados, o indivíduo é o grande produto agora. Por outro lado, o estilo de vida ou a opinião não é mais baseada nas próprias convicções. Elas estão a serviço da construção de notoriedade, para vender palestras, cursos, treinamentos, livros etc., mesmo que não se tenha autoridade no assunto. Do lado institucional, isso também vale para as causas. A ideologização, a coletivização e a monetização estão nos levando, no final das contas, à radicalização e ao separatismo, como no passado remoto das tribos, que viviam isoladas, voltadas para suas próprias questões. Infladas pelas redes sociais, as tribos-bolhas promovem uma visão distorcida de uma realidade mais complexa. As tribo-bolhas limitam o debate amplo – desconsideram a diversidade e a inclusão – e se tornam um grande meio de propagação de intolerâncias e preconceitos.

Como a ideologização, a coletivização e a monetização estão formatando as "tribos-bolhas" Read More »

Revista Algomais Natalia Canto capa

De dentro para fora: como a estética regenerativa promove bem-estar e beleza

A regeneração da pele é feita pelo próprio organismo, tratando tecidos envelhecidos e estimulando a produção de colágeno. Esses são alguns benefícios da estética regenerativa, vertente inovadora da medicina regenerativa que se concentra em reparar e restaurar os tecidos da pele que sofreram com o tempo e diversas condições, como o envelhecimento e as doenças dermatológicas. A técnica tem ganhado cada vez mais adesão pelo resultado natural porque os tecidos voltam a ter função e a estrutura semelhante a um tecido mais jovem e saudável. É o que explica a especialista em Estética Avançada e Regenerativa, Natália Canto.  “Essa terapia tem sido considerada como o futuro da cosmiatria porque visa acelerar o ritmo de regeneração das células, em um processo natural, sem riscos e com melhora progressiva da pele”, afirma Natália. Nos últimos tempos, a terapia marcou presença nos debates dos principais congressos de dermatologia, a exemplo do Congresso Internacional de Medicina Estética e Cirurgia Dermatológica (IMCAS) 2024, em Paris. O principal evento mundial que costuma apresentar as grandes tendências e novidades do segmento. “A técnica está numa crescente porque tem bons resultados e prioriza a prevenção do aparecimento dos sinais do envelhecimento e ainda trata problemas mais profundos que as queixas de envelhecimento podem estar envolvidas.” explica a especialista. Natália detalha que a estética regenerativa agrupa uma variedade de tratamentos que já são usados, desde procedimentos pouco invasivos como, bioestimuladores e toxina botulínica de colágeno, até terapias mais profundas, visando a revitalização e regeneração da pele. “Em vez de simplesmente camuflar rugas ou manchas, os tratamentos regenerativos visam estimular a produção de colágeno, elastina e outras substâncias que conferem à pele sua firmeza e elasticidade, devolvendo os traços de um rosto mais jovem. Estamos aproveitando os próprios mecanismos de regeneração do corpo para promover mudanças reais e duradouras", ressalta. O investimento varia conforme os materiais usados. Quanto mais “padrão ouro” for o material, ou seja, que entrega um bom resultado em uma única sessão, mais valor agregado vai ter o procedimento. “Além do rejuvenescimento, a estética regenerativa promove a melhora da qualidade da pele e pode ser utilizada no tratamento de acne, queda capilar, flacidez, regeneração global da face, entre outras indicações”, finaliza Natália Canto. Natália Canto é farmacêutica e especialista em estética regenerativa. @nataliasccanto Arquitetura e ambientação como estratégias de negócio nas academias Por Roberta Imperiano* A arquitetura e ambientação são hoje estratégias de negócio essenciais para atender às expectativas e exigências dos consumidores. Nas academias de ginástica isso não é diferente. A ambientação é capaz de atrair até 30% e fidelizar até 70% dos alunos de academias. Anteriormente a preocupação era só com o físico, hoje investimos muito além da estética, queremos saúde, qualidade de vida, mobilidade, interação, jovialidade e longevidade, ou seja, somos wellness! O rústico e apenas funcional das academias de anos atrás, deu lugar a espaços minuciosamente pensados em bem-estar. Diminuíram-se os espelhos, investe-se mais em iluminação, cores, climatização, som, acústica, plantas, espaços infantis, recepção, fachada, tecnologia de implantação de plataformas para aplicativos que personalizam o treino. Tudo isso faz parte do planejamento de transformar um lugar funcional em um espaço que traz a percepção de aconchego. A ambientação nas academias vai muito além do que é belo, deve despertar o desejo de pertencimento e satisfação e aumentar a sensação de bem-estar agregando valor ao local. Esses cuidados remetem a uma experiência que não é só racional. Passam-se subliminares que valorizam os serviços prestados. As academias agora são frequentadas por pessoas de todas as idades, gêneros e níveis de condicionamento físico. O cuidado com a ambientação traz um clima mais inclusivo e acolhedor, o que faz com que mais pessoas se sintam à vontade para praticar exercícios. Portanto, a contratação de um profissional em ambientação é investimento certeiro para o retorno financeiro dos donos de academia. Esse profissional deve ser considerado no projeto e nas pequenas mudanças e reparos necessários com frequência. Atrair até 30% e fidelizar até 70% de alunos requer atenção específica de quem estuda e se dedica para esse fim. *Roberta Imperiano é publicitária, empresária, estilista e decoradora de interiores @roberta_imperiano Loja saudável da Zona Norte deixa franquia e lança marca própria Depois de dois anos como franquia, o mês de junho trouxe uma nova versão da loja saudável mais conhecida da Zona Norte do Recife, na charmosa casa de número 45 da Avenida Doutor Malaquias, próximo ao Parque da Jaqueira. Um novo nome, cara nova, mas com a garantia da mesma excelência no mix de produtos que atendem toda a família - granel, produtos de despensa e geladeira, suplementos nutricionais e de rendimento físico, além de lanches saudáveis e grande variedade de doces sem açúcar, zero lactose, livres de glúten. “É um novo capítulo da nossa história, cada vez mais comprometida com a saúde e o bem-estar de nossos clientes e suas famílias, atendendo com carinho e alegria. Agora somos Naturale Jaqueira, a sua loja de produtos saudáveis”, encerra a empresária Stela Fucale. A Naturale Jaqueira continua no mesmo endereço: Av. Dr. Malaquias, 45, telefone: 9.8112.2610. @naturalejaqueira

De dentro para fora: como a estética regenerativa promove bem-estar e beleza Read More »

bairro Recife

Várias iniciativas avançam para remontar o quebra-cabeça do Centro do Recife

*Por Rafael Dantas O desordenamento do Centro do Recife é fruto de um quebra-cabeças que foi desmontado ao longo de décadas e por muitos motivos. Os esforços malsucedidos de modernização urbana, que afastaram as moradias e derrubaram até igrejas, aliados à popularização dos automóveis – que contribuiu para a saída de muitas atividades econômicas em direção a locais com estacionamento – levaram ao esvaziamento e à decadência da região. Na contramão desse abandono das áreas centrais, há um mosaico de iniciativas públicas e privadas, além de novos estudos e programas de financiamento, para tentar reativar principalmente os bairros de São José e Santo Antônio, que transbordam também para a Boa Vista. A atividade econômica promovida pelas centenas de empresas do Porto Digital contribuiu para movimentar o bairro pioneiro da ocupação do Recife. A revitalização dos diversos armazéns e de muitos prédios para receber empresas tecnológicas criou um cenário difícil de acreditar há duas décadas no Bairro do Recife, mas ainda há muitos desafios a serem enfrentados nesta e em outras áreas da região. Porém, como tem repetido em diversas ocasiões o consultor Francisco Cunha, “o Centro do Recife tem jeito, sim!” Uma das peças que contribuíram para remontar esse mosaico foi a instituição do Recentro, há dois anos e meio. O gabinete, dirigido por Ana Paula Vilaça, nasceu para refletir sobre uma melhor integração dessa área da cidade e promover a exploração sustentável de toda sua potencialidade. Muitas ações promovidas pelos agentes públicos e por investidores privados estão avançando nesse propósito e vários projetos começam a ganhar musculatura de realidade na região. “Muita coisa avançou, desde a parte de infraestrutura, com muitas obras entregues, como a recuperação do Parque de Esculturas Francisco Brennand e as obras de drenagem da Rua da Concórdia, Rua Imperial e Avenida Sul, que estão na fase final. A obra do Mercado de São José está em andamento, além da reforma estrutural e o ordenamento do Camelódromo, na Avenida Dantas Barreto”, exemplificou a secretária Ana Paula Vilaça. Para levar mais cores ao Centro, com o fomento da arte urbana, uma outra iniciativa municipal é a instalação de megamurais, principalmente na Boa Vista. O projeto, da Secretaria de Inovação Urbana do Recife, mobiliza artistas para promover intervenções artísticas em fachadas sem aberturas de edifícios de alta visibilidade na cidade. Sete imóveis já receberam o projeto e mais dois estão em andamento. Ao todo, serão 24 pinturas. Apesar de haver um conjunto de outras obras do poder público na região, o apetite da iniciativa privada é um dos grandes motores no processo de revitalização. De acordo com a Perspectivas e Oportunidades Econômicas Centro do Recife 2024, recém-publicada pela Fecomércio e pelo Sebrae, menciona um estudo da UFPE que identificou 73 novos empreendimentos privados, sendo 40 deles classificados como habitacional, multifamiliar ou de uso misto. Esse levantamento considera como centrais os bairros da Boa Vista, Coelhos, Ilha do Leite, Paissandu, Recife, Santo Amaro, Santo Antônio, São José e Soledade. "Temos recebido muitas propostas de procura de imóveis. Alguns estão sendo reformados pelos proprietários. Há muito otimismo do mercado privado em querer voltar realmente sua atenção para o Centro e buscar novas possibilidades. A equipe de atração de investimentos tem feito muitos atendimentos de pessoas interessadas na instalação de cafés, de restaurantes. Há uma movimentação efervescente”, afirma Ana Paula Vilaça. TURISMO E EVENTOS PARA ANIMAR O CENTRO Com edifícios de diversos períodos da história da capital mais antiga do País, que completará 500 anos em 2037, o turismo tem um papel relevante na recuperação desse território. Uma das peças no setor que está prestes a ser inaugurada é o Complexo Porto Novo, que abriga o Novotel Marina Recife e o Recife Expo Center, fruto do investimento de R$ 280 milhões. O empreendimento está sendo instalado no Cais de Santa Rita, no bairro de São José. O equipamento hoteleiro, com 300 apartamentos e ocupação máxima estimada em 600 pessoas, tem previsão de início das operações para o dia 29 de julho. Já o Centro de Convenções, com capacidade de receber até sete mil visitantes, terá sua abertura no dia 6 de agosto com a estreia da feira Multimodal Nordeste 2024. Só neste evento é esperada uma movimentação econômica superior a R$ 150 milhões e mais de quatro mil participantes. “Estimamos uma média de geração de empregos diretos para aproximadamente 300 pessoas durante as operações de todo o Complexo Porto Novo. Durante a construção, tivemos aproximadamente 450 postos de trabalho diretos. O número, no entanto, tende a ser muito superior quando contabilizamos também os indiretos, os terceirizados durante a operação de feiras, eventos e convenções. Isso porque entendemos que são equipamentos que irão beneficiar indiretamente toda a cadeia produtiva do turismo, há uma infinidade de profissionais que serão impactados com a inauguração e operação do Complexo”, afirma o investidor do Porto Novo e sócio da Maxxima, Romero Maranhão Filho. O empreendedor explica que o projeto do Complexo foi concebido não apenas como uma intervenção na paisagem urbana, mas como uma oportunidade de valorizar toda a área circundante do Centro do Recife. “Com este investimento acreditamos que podemos dar mais um impulso para o renascimento da região, pois sabemos que é uma área com um potencial enorme a ser explorado”, destacou Romero Maranhão Filho. Ele lembra que o navegador Amyr Klink considerou o local como ideal no Nordeste para uma marina de classe internacional. “Além disso, o Recife ainda não possuía um Centro de Convenções, então, resolvemos criar um novo equipamento nessa área da cidade, que estava totalmente carente de tudo e percebemos que teríamos condição de construir um espaço que pudesse atender tanto o público local quanto eventos nacionais e internacionais. Acreditamos que haverá um impacto significativo na economia local, gerando empregos, atraindo investimentos e fomentando o turismo, marcando, assim, um novo capítulo na história da cidade”, declarou Maranhão Filho. Além do Complexo Porto Novo, há outros empreendimentos, como a construção do Motto by Hilton, localizado na Rua da Guia. Com aporte de R$ 30 milhões, ele tem previsão de gerar

Várias iniciativas avançam para remontar o quebra-cabeça do Centro do Recife Read More »

JB Alcooquimica Pernambuco

Grupo JB comemora 60 anos e as expectativas do mercado

O Grupo JB, que está completando 60 anos, encerra a safra 2023/2024 com a produção de 70 mil metros cúbicos de etanol e 75 mil toneladas de açúcar a granel. Nesse mix, se destaca o álcool, carro-chefe da companhia, e que tende a ganhar uma importância ainda maior no negócio, segundo a diretora executiva Carolina Beltrão.  Bioenergia Ela avalia que a descarbonização da economia global abre grandes oportunidades para as indústrias de biocombustíveis, como a JB, que atende ao mercado interno e exporta para América, Europa e África. No Nordeste, por exemplo, estão duas montadoras que vão fabricar carros híbridos a álcool já a partir deste ano: Stellantis e BYD. Também na região, estão previstos investimentos bilionários na produção de hidrogênio verde, com a possibilidade, em estudos, de uso do etanol como matéria-prima para a industrialização do H2V.  Diversidade na produção Na área de energia limpa, além de biocombustíveis, a JB atua na geração de eletricidade por meio de biomassa de cana. A eletricidade é destinada à operação de suas unidades industriais e à venda no mercado livre. Já no segmento de gases industriais, a corporação detém 12% do mercado brasileiro de CO² puro grau alimentício, por meio da Carbogás. Essa operação, a partir do reaproveitamento do dióxido de carbono dos seus processos fabris, gera uma receita importante para o grupo e reduz as emissões diretas da companhia na atmosfera, reforçando sua agenda ESG.

Grupo JB comemora 60 anos e as expectativas do mercado Read More »

vlt recife

Projeto promete retomada do transporte sobre trilhos para o Bairro do Recife

*Por Rafael Dantas Já pensou em andar de trem no Bairro do Recife, como a população fazia há décadas? Há alguns anos a CBTU estuda a retomada da mobilidade sobre trilhos na região central do Recife, com uma linha seguindo da Estação Largo da Paz até o Terminal Marítimo de Passageiros. O projeto, que contempla a operação com Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs), tem potencial tanto turístico, por ser uma região muito procurada pelos visitantes da capital pernambucana, como para o transporte diário dos recifenses, visto que estaria conectando o metrô ao Porto Digital, ao Novo Recife e ao comércio popular da cidade. "É um projeto que é viável e que dentro da mobilidade urbana do Recife, é fundamental", destaca a superintendente da CBTU, Marcela Campos. O empreendimento do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) no Recife abrange um percurso de 5,6 km que conecta o Estelita ao Terminal Marítimo, passando por pontos históricos e estratégicos da cidade, como o Forte das Cinco Pontas, as Torres Gêmeas, o Marco Zero e o Porto do Recife. Esse trajeto visa aproveitar uma malha ferroviária preservada, com trilhos históricos, e integra-se ao metrô na estação Largo da Paz, ampliando a demanda e conectividade. O VLT operará com três veículos em intervalos de aproximadamente 15 minutos, utilizando um modelo híbrido que combina combustão e baterias elétricas para áreas sem catenária. De acordo com a superintendente da CBTU, Marcela Campos, o projeto é concebido para ser economicamente viável e ecologicamente sustentável, com pequenas estações automatizadas e pontos de parada a cada 300 a 600 metros, servindo tanto ao transporte público diário quanto ao turismo, destacando-se pela integração suave na paisagem urbana e pela capacidade de compartilhar vias com outros modos de transporte. A inspiração desse empreendimento é o VLT Carioca, que circula na região central do Rio de Janeiro. O projeto não demandaria de desapropriações, que encarecem muito qualquer novo investimento, pois seguiria o percurso via o Cais José Estelita, onde circulavam as antigas linhas da Rede Ferroviária Federal. Uma preocupação expressa pela gestora foi a recente doação do antigo antigo Pátio Ferroviário das Cinco Pontas para a Prefeitura do Recife. A superintendente garante que não é necessário ter a exclusividade no trecho, mas é necessário não ocupar espaços estratégicos para a operação do VLT. Ou seja, é possível o compartilhamento da área, mas é preciso prever a operação dessa linha na construção de qualquer projeto para a região. "A primeira preocupação da gente é a garantia do espaço. Então é preciso documentar que os espaços estarão garantidos para haver esse compartilhamento. A gente não tem o interesse de ficar com 100 mil metros de área ali, mas o que a gente precisa é que haja essa formalização para que o projeto continue viável." O projeto prevê 11 estações, com início em Largo da Paz e encerrando no Terminal Marítimo de Passageiros. Haveria paradas no Cabanga, no Mirante do Cais José Estelita, no empreedimento Novo Recife, na antiga Estação Cinco Pontas, uma parada nas proximidades do Mercado São José e outra na Ponte Giratória. Já no Bairro do Recife, haveria ainda os pontos no Marco Zero e na Torre Malakof. Conforme o mapa total abaixo do sistema de transporte sobre trilhos do Recife, o novo modal estaria conectado ao Metrô do Recife. A retomada do projeto devolveria a operação histórica de trens que o Recife teve na sua região central, como na imagem abaixo da Estação Cinco Pontas. A elaboração do projeto, realizada pela CBTU, contou com a participação do grupo de pesquisa Maraca Energy, composta por estudantes da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco (Poli - UPE). *Rafael Dantas é jornalista e repórter da Revista Algomais. Assina ainda as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

Projeto promete retomada do transporte sobre trilhos para o Bairro do Recife Read More »

banco central economia

Mercado eleva previsão da inflação de 3,96% para 3,98% em 2024

(Da Agência Brasil) A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve elevação, passando de 3,96% para 3,98% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (24), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 3,8% para 3,85%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5% para os dois anos. A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância. Em maio, pressionada pelos preços de alimentos e bebidas, a inflação do país foi 0,46%, após ter registrado 0,38% em abril. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, em 12 meses, o IPCA acumula 3,93%. Juros básicos Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e o aumento das incertezas econômicas fizeram o BC interromper o corte de juros iniciado há quase um ano. Em reunião na semana passada, por unanimidade, o colegiado manteve a Selic nesse patamar após sete reduções seguidas. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic. Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 no patamar que está hoje, em 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,5% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida novamente, para 9% ao ano. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica. PIB e câmbio A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano variou de 2,08% para 2,09%.  Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 2%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2%, para os dois anos. Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, a taxa de crescimento foi 3%. A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,15 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique no mesmo patamar.

Mercado eleva previsão da inflação de 3,96% para 3,98% em 2024 Read More »

Manu Siqueira Crianca

Olha pro céu, meu amor!

Por Manu Siqueira As festas de São João, sem dúvida, são um dos momentos mais esperados do ano, principalmente aqui, no Nordeste. Elas carregam uma bagagem cultural muito rica. É um balaio cheio de tradições e memórias afetivas que atravessam gerações. Lembro, com carinho, das festas juninas de quem, assim como eu, foi criança no final dos anos de 1980, quando a simplicidade e a tradição eram as protagonistas da celebração. Naquela época, as quadrilhas eram o ponto alto da festa. As crianças da vizinhança se reuniam para ensaiar os passos ao som de “alavantú”, “balancê” e “anarriê” para depois brincar, dançar e se divertir livremente nas ruas. Todo mundo participava: vizinhos, irmãos, colegas de escola, primos. Tenho certeza de que essas quadrilhas deixaram registros na memória de cada criança que ali dançava. Os vestidos coloridos não eram comprados em shoppings, geralmente eles eram confeccionados pelas avós ou por costureiras que, nessa época, ficavam lotadas de encomendas. Além dos vestidos, as camisas xadrez e os chapéus de palha formavam o traje oficial do matuto e da matuta, mas o que realmente importava eram a alegria e a diversão que a gente compartilhava. O cenário das festas era um espetáculo à parte. Lembro das ruas enfeitadas com bandeirinhas coloridas, feitas à mão, com recortes de restos de tecidos, jornais e revistas, e que criavam uma atmosfera mágica e sustentável, antes mesmo da gente saber o significado da palavra sustentabilidade. A grande mesa, recheada de comidas típicas deliciosas, era um convite irrecusável. Havia bolo de milho, pamonha, canjica, pé de moleque, arroz doce e tantas outras delícias que enchiam os olhos e forravam o estômago. Embora nunca tenha gostado de fogos de artifício, é impossível não lembrar os traques de massa e os chuveirinhos, que exalavam um cheiro forte de pólvora, mas garantiam a diversão das crianças. As fogueiras, também, não podiam faltar, embora até hoje eu me pergunte que santo ficaria feliz em receber um monte de fumaça em sua homenagem. Enfim, o mundo mudou, mas as noites chuvosas de junho, até hoje, continuam sendo o centro de muitas histórias, encontros, e muita diversão. No início dos anos 2000, no Poço da Panela, Zona Norte do Recife, descobri um forró que teimava em resistir. Uma casinha simples, uma palhoça no quintal, chão de terra batida, um trio de sanfoneiros. Resultado: forró até o dia clarear. Pena que nunca mais soube notícias desse forrozinho cheio de aconchego e tradição. Essa simplicidade das festas de antigamente pode até ter se transformado, mas a alegria e o espírito de comunidade parecem continuar vivos. Hoje em dia, as festas de São João continuam a ser celebradas com entusiasmo, mas com algumas mudanças. A modernidade trouxe novas tecnologias e influências, fazendo com que algumas tradições sejam adaptadas. As quadrilhas ainda existem, mas agora são exibidas para grandes públicos, e não mais nas ruas dos bairros. As festas cresceram e, em muitos lugares, se tornaram grandes eventos com shows e atrações variadas. Apesar das mudanças, a essência das festas de São João ainda resiste, pelo menos em algumas capitais. Ainda nos reunimos para celebrar com amigos e família, desfrutar das comidas típicas e dançar ao som de um trio de forró. Aliás, o São João, para mim, sem o forró autêntico, genuíno, “de raiz”, simplesmente não é São João. E, falando nisso, deixo aqui a minha indignação por ter que ver, todo ano, sanfoneiros e mestres do forró implorando por espaços nos shows produzidos na capital e no interior de Pernambuco. Não dá para enterrar a riqueza cultural desse jeito. Em contrapartida, fico feliz por ver o movimento de novos cantores trazerem ao seu público, tão jovem quanto eles, pérolas e clássicos do forró eternizados por Luiz Gonzaga, Domiguinhos, Anastácia, Marinês, Jorge de Altinho, Quinteto Violado e tantos outros. É muito bonito e revigorante presenciar as belas canções passando de geração em geração. Guardo as lembranças das festas juninas da minha infância como quem guarda tesouros no coração. Elas me lembram, o tempo todo, que a felicidade está nas pequenas coisas: nas adivinhações ao redor da fogueira, nos passos desajeitados nas quadrilhas, na partilha de uma mesa farta. Hoje, ao olhar para o céu estrelado das noites de São João, sou transportada de volta àquela época mágica, revivendo memórias que nunca se apagarão. Para mim, as festas juninas são um elo entre o passado e o presente, um momento de celebração e união que, embora se modernize, nunca perde seu encanto original. Que possamos sempre olhar para o céu, meu amor, e reviver a mesma alegria de antigamente. Esse é o meu desejo. Feliz São João!

Olha pro céu, meu amor! Read More »