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Litoral sul atrai novos empreendimentos e tem forte expectativa no crescimento do turismo

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais Sol, mar, passeios e muitos negócios no horizonte do setor de turismo do Litoral Sul pernambucano em 2023. Porto de Galinhas, que é a joia do coroa da região, comemora este ano a elevação do faturamento entre 15% e 20% comparado ao ano passado. Outros municípios, como Sirinhaém e Tamandaré, ganham protagonismo com a chegada de grandes investimentos hoteleiros e de lazer. Além disso, o fortalecimento da integração do trade turístico, conectando essas cidades, e a recomposição da malha aérea internacional são alguns dos trunfos para atrair mais visitantes brasileiros e estrangeiros. Leia a reportagem de capa na edição 201.3 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Amor, ordem e progresso (por Francisco Cunha)

A uguste Comte (Montpellier, 1798 – Paris, 1857) foi um filósofo francês que criou o Positivismo, a filosofia que influenciou os republicanos que proclamaram a República no Brasil em 1889. A influência foi tanta que lançaram mão da frase de Comte para escrever a faixa da bandeira brasileira: “O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”. Tudo bem, mas por que esqueceram o amor? Por que acharam que essa seria uma questão menor? Que apenas a ordem e o progresso dariam conta dos enormes desafios que se colocavam então, e continuam se colocando hoje, para esse país tão grande quanto injusto? Acredito que se pensavam assim, estavam tremendamente enganados. Que o diga Carlos Drummond de Andrade: Pois de amorandamos todos precisados,em dose tal que nos alegre,nos reumanize, nos corrija,nos dê paciência e esperança,força, capacidade de entender,perdoar, ir em frente. E olhem que Drummond nos deixou em 1987. Se tivesse vivenciado os perrengues dos últimos anos, com certeza teria sido mais enfático ainda. Por uma razão muito simples: como pode um país ir para a frente, como precisamos, rachado ao meio? Com uma parte considerável de um dos lados odiando o outro e vice-versa? E, no momento atual, sem nem a possibilidade de ganhar a Copa do Mundo para ajudar a distensionar, a coisa tende a seguir pressionada por uma infinidade de equívocos… Diante disto, minha proposta objetiva é a seguinte: (1) colocar o amor na faixa da bandeira; (2) desarmar os espíritos para podermos seguir em frente e colocar nos trilhos um país com enormes dificuldades de desenvolvimento e de sustentabilidade ambiental, social e fiscal. Com 33 milhões de pessoas, segundo as estatísticas oficiais, em extrema insegurança alimentar, vale dizer, passando fome, muitas delas em situação de rua, empurradas pela pandemia que deixou um rastro de 700 mil mortes e milhões de sequelados. Em relação a essa questão crítica do desarmamento dos espíritos, um parêntese: a escolha de José Múcio Monteiro para ministro da Defesa foi um gol de placa do presidente eleito. Um especialista em desarmamento dos espíritos para tratar de um dos problemas mais sérios da atualidade: o envolvimento dos militares na política. Pois bem, vamos lá! Amor na faixa e desarmamento dos espíritos para podermos seguir em frente. E não há momento mais propício para isto do que o final do ano. Até 2023!

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5 fotos das Praças de Burle Marx no Recife Antigamente

No dia do Arquiteto e Urbanista, a coluna Pernambuco Antigamente faz um resgate de 5 imagens de praças desenhadas por Roberto Burle no Recife. Ele foi o responsável por vários jardins da capital pernambucana na década de 1930. Abaixo uma seleção de fotos da Villa Digital da Fundaj e do artigo científico Burle Marx nas praças do Recife (da Ana Cláudia Pessoa e Ana Rita Sá Carneiro) na Revista Vitruvius. Confira as fotos abaixo: Praça de Casa Forte Praça Benfica / Praça Euclides da Cunha Praça do Derby Jardim do Campo das Princesas, na Praça da República Praça Salgado Filho (Praça do Aeroporto) *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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"Quero ressaltar a importância de retomar o olhar do território metropolitano como um todo".

Ao longo da série Desafios do Desenvolvimento de Pernambuco, os dados e as percepções da Condepe/Fidem (Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco) contribuíram para apontar algumas das macrotendências que deveriam nortear as políticas públicas dos próximos anos no Estado. O repórter Rafael Dantas conversou com a presidente da agência, Sheilla Pincovsky, sobre as prioridades de infraestrutura a serem encaradas pelo Governo do Estado, a importância da interiorização das universidades e a urgência de solucionar as dificuldades da população social e economicamente vulnerável. Uma questão, porém, recebeu especial destaque de Sheilla: a necessidade de implantar uma gestão da Região Metropolitana do Recife, que permitiria resolver de forma abrangente problemas como moradia, mobilidade, saúde, entre outros. Quais os principais desafios ao desenvolvimento do Estado de Pernambuco? Temos alguns desafios que eu diria que são estruturais. Demandam grandes investimentos e que não acontecem numa única gestão. Um deles, que a gente vem falando desde que eu me entendo por gente, é a Transnordestina. Ela já mudou de nome e ainda não se concretizou. Mas planejamento é assim mesmo, a gente defende, vai amadurecendo até que se concretize. O Estado abraçou essa causa da Transertaneja e ela será um importante pilar do desenvolvimento, ao lado da melhoria das estradas e rodovias, nas quais não podemos parar de investir. Temos um déficit muito grande dessa infraestrutura logística, que não é restrito às áreas mais isoladas do Estado. A manutenção dessas estradas, a duplicação em alguns trechos e triplicação em outros são fundamentais para consolidar o processo de interiorização do desenvolvimento. Isso vem avançando desde a década de 1990, mas precisa ser intensificado. Há algum outro destaque de infraestrutura? Ainda na questão viária, há grandes projetos que precisam ser enfrentados e concluídos. Um desses é o Arco Metropolitano. Essa iniciativa, apesar de abranger toda a região metropolitana, será um ativo útil para potencializar a economia de Pernambuco. Tivemos um grande avanço para conectar o Estado com os aeródromos. O que era um desafio passou a ser um ativo importante, com a chegada dessa malha aérea em Caruaru, Serra Talhada, Garanhuns e Araripina. Além de já termos o Aeroporto de Petrolina. É uma malha muito interessante que leva a um processo estruturante e permanente do desenvolvimento do interior. Temos visto também o surgimento de polos regionais educacionais e médicos no interior, como em Serra Talhada. São investimentos importantes para a manutenção da população local, evitando a migração para grandes cidades. Também são projetos que vêm lá da década de 1990 e foram parados. Mas se tornaram políticas de estado que vem perpassando vários governos. Toda política econômica desenvolvimentista deve ser uma política de estado e não de governo. Isso tem sido muito bom para Pernambuco. Como essas novas estruturas logísticas fomentam o desenvolvimento no Sertão e no Agreste? Essa infraestrutura vai facilitar muito o escoamento da produção e o deslocamento das pessoas. Isso é o que vai levar a uma maior facilidade, por exemplo, de escoamento da fruticultura do São Francisco. Uma estrada de ferro, como a Transertaneja, potencializa muito o Porto de Suape como centro de produção e de distribuição. Mas é ao mesmo tempo o caminho para integrar a produção do interior com o resto do mundo. É o grande meio para levar os nossos produtos para o mercado externo, diminuindo muito o custo logístico e o tempo, inclusive. E na via contrária, a via férrea contribui para levar os produtos e insumos para o interior. Estamos frente também a um conjunto de tendências irreversíveis, que são mais abrangentes que Pernambuco e que a gente não pode perder de vista. A Agência Condepe-Fidem tem uma longa história de planejamento junto à Região Metropolitana do Recife, na época em que era ainda apenas Fidem. Quais os principais desafios para que essa complexa metrópole se desenvolva? O plano de desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana do Recife (PDUI-RMR) dá toda orientação das diretrizes, em que analisa a realidade, as carências e as potencialidades de cada município. O que eu queria ressaltar aqui é a importância de se retomar o olhar sobre a região do ponto de vista do território metropolitano, como um todo, sem se preocupar tanto com os limites dos municípios. Ou melhor, os limites têm que ser considerados, mas é preciso haver aquela solidariedade territorial. A gente não pode imaginar um Recife sem pensar em Jaboatão, sem pensar em Camaragibe, sem pensar em Olinda. Não se pode pensar numa Itapissuma sem pensar em Igarassu, sem pensar em Araçoiaba, sem pensar em Itamaracá. A gente não pode pensar em Suape sem pensar nos municípios do Cabo e Ipojuca ou até em municípios da Mata Sul. Não se pode deixar de pensar nos municípios como um todo, de forma solidária entre eles. Leia a entrevista completa na edição 201.2 da Algomais: assine.algomais.com

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Estímulo para pedalar: cresce o número de ciclistas e infraestrutura cicloviária

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais Há quatro anos fiz um percurso de 5 km de bicicleta no Recife, entre os bairros de São José e do Espinheiro, para uma reportagem sobre esse modal que reclamava por mais espaço na cidade. Apesar de o sistema Bike PE já estar em funcionamento, não passei por um metro de ciclovia em 2018 no meu trajeto. Hoje, quase todo o percurso já é feito com apoio dessa infraestrutura cicloviária e com muito mais ciclistas nas ruas. A vida de quem se desloca com as magrelas na capital não está resolvida ainda e as organizações que fomentam o modal alertam para muitas demandas a serem atendidas. No entanto, o marco de construir 170 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas trouxe uma mudança na paisagem e na rotina da cidade. Clériston Bayer, funcionário público, 37 anos, mora no Espinheiro e trabalha no Centro da cidade. Já usava bicicleta tempos atrás, quando ainda vivia no bairro do Cordeiro. Mas, há um ano, passou a usar a bike como principal modal de transporte. “O trânsito me levou a adotar a bicicleta como meio de transporte. O aumento da gasolina foi um incentivo também, mas no horário em que trabalho sempre havia engarrafamento. Hoje o uso do carro é uma exceção”. Segundo o ciclista, o tempo de deslocamento dos 4,5 km em cada trajeto de carro e do sistema de bicicletas compartilhadas do Bike PE é quase o mesmo. “Nesse período mudou muito a cidade, com muito mais ciclofaixas que antes. Elas dão mais segurança para transitar com as bicicletas. Para melhorar, precisamos de mais segurança no trânsito. Muitos motoristas não respeitam os ciclistas. Inúmeras vezes evitei acidentes”, afirmou Clériston. A segurança pública é outro fator que incomoda o ciclista. Ele foi assaltado há dois anos, quando usava as bikes com menos frequência e pegava no trabalho por volta das 5h. Desde então, quando levaram sua bicicleta e sua bolsa, ele passou a evitar os horários em que a cidade está muito vazia ou locais mais escuros. “Foi traumatizante. Hoje dificilmente uso bike antes das 6h e após às 18h. Se eu tiver de trabalhar até mais tarde, não arrisco mais, uso um Uber para voltar para casa”. Aos 61 anos, Clóvis Aroucha segue das Graças até Casa Amarela para o trabalho. O percurso executado entre 15 e 20 minutos é a melhor opção para driblar os congestionamentos. Ele é um dos privilegiados da cidade, por ter 80% de todo o seu trajeto com disponibilidade de ciclofaixa. Mas nem sempre foi assim. Ele conta ainda que até o ano passado trabalhava no bairro da Estância, que fica na periferia da Zona Oeste da cidade, uma região periférica que não era contemplada com a infraestrutura . “Saio quase que diariamente de bike. Ando de bicicleta há mais de 20 anos, faço parte de grupos noturnos, que circulam pela cidade, e de grupos que organizam passeios também. Tenho experiência como ciclista e pedalo na cidade bem antes de ter as ciclofaixas. Elas são positivas, mas tenho críticas. A maior é relativa à fiscalização. Todo dia que vou, eu paro no meio da ciclofaixa para tirar motoqueiros. Qualquer um invade a faixa. Não existe fiscalização, nem educação”, reclama o ciclista. *Leia a reportagem completa na edição 201.2 da Algomais: assine.algomais.com

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Marco fiscal e reforma tributária serão prioridades, diz Haddad

(Da Agência Brasil) A discussão sobre o novo marco fiscal, a reforma tributária e a revitalização do acordo entre o Mercosul e a União Europeia serão prioridades da equipe econômica no primeiro ano de governo, disse o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Pouco após ser confirmado ao cargo, ele concedeu uma rápida entrevista aos jornalistas. O ministro disse ter em mente alguns nomes para a equipe econômica, mas que só começará a fazer os convites agora, após ter sido confirmado ao cargo. Sobre a preparação para assumir o Ministério da Fazenda, Haddad informou que a Prefeitura de São Paulo ganhou grau de investimento (selo de bom pagador) durante sua gestão. “É só olhar o histórico e ver que a Prefeitura de São Paulo recebeu investment grade [grau de investimento], pela primeira vez, durante minha gestão. Quem não olha o histórico cai em fake news", disse Haddad, antes de deixar o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Em relação à discussão sobre o novo marco fiscal, o futuro ministro disse que o novo governo está obrigado a definir um substituto para a regra do teto de gastos após a aprovação, pelo Senado, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. “A [versão atual] da PEC dá um prazo para que a gente faça isso”, disse Haddad. O texto aprovado no Senado estabelece até agosto do próximo ano para que o futuro governo envie uma nova regra fiscal por meio de um projeto de lei complementar. O novo ministro disse que a equipe econômica será “plural” e que será combinada junto com o Ministério do Planejamento, pasta a ser recriada e cujo titular ainda não foi anunciado. “Preciso combinar com o ministro do Planejamento, para ter uma equipe coesa”, disse. Haddad prometeu conceder uma entrevista na próxima terça-feira (13). Ontem (8), o novo ministro da Fazenda reuniu-se pela primeira vez com o ministro da Economia, Paulo Guedes. O encontro ocorreu fora da agenda oficial e só foi confirmado após o fim da reunião.

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5 fotos de Porto de Galinhas Antigamente

Em clima do Visit PE Travel Show, que está reunindo o trade turístico de Porto de Galinhas e agentes nacionais e internacionais no balneário mais famoso do Estado, a coluna Pernambuco Antigamente resgata uma série de imagens antigas do destino. As imagens foram garimpadas em trabalhos acadêmicos sobre Porto de Galinhas. Porto de Galinhas na década de 1970 Praia do Cupe, 1969 Praia de Porto de Galinhas, em 1970 Foto Aérea de Porto de Galinhas, em 1969 Área urbana do município Além desses registros, a pesquisa nos jornais antigos nos indicam há quanto tempo o destino se articula junto com o poder público para fortalecer o turismo, conseguindo pouco a pouco infraestrutura. Abaixo um registro do ex-governador Marco Maciel, no Jornal da Manhã, em 1º de setembro de 1979. Abaixo uma imagem do ex-governador Miguel Arraes, com o ex-governador do Rio de Janeiro Moreira Franco. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais

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Metade dos brasileiros se sentem inseguros para andar sozinhos à noite

(Da Agência Brasil) Mais da metade dos brasileiros se sentem inseguros de andar sozinhos à noite nas ruas. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, feita no último trimestre de 2021 e divulgada hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de pessoas que se sentem inseguras ou muito inseguras para sair às ruas depois que o sol se põe chega a 51,7%. A maior sensação de insegurança foi observada na Região Norte, onde o percentual chega a 60,4%. No Sul,a sensação é menor, atingindo 38,1% das pessoas. Nas demais regiões, os percentuais são: Nordeste (54,4%), Sudeste (53,1%) e Centro-Oeste (50,4%). “É um período associado a menor fluxo de pessoas, a ruas mais vazias, menos iluminadas. Isso é um fator gerador de medo e insegurança”, diz a pesquisadora do IBGE Alessandra Brito. O percentual de brasileiros inseguros durante o período diurno é menor: 20,3% dos brasileiros têm medo de andar sozinhos nesse horário. Na média, a sensação de insegurança em qualquer hora do dia atinge 28,8% dos brasileiros. A pesquisa também ouviu dos entrevistados se eles se sentiam seguros dentro e fora de casa. Aqueles que têm sensação de segurança dentro do domicílio chegam a 89,5%. Aqueles que se sentem seguros em seu bairro caem para 72,1% e aqueles que dizem sentir segurança ao circular pela cidade como um todo despencam para 54,6%. Quando analisadas as zonas urbana e rural, o percentual de sensação de segurança dentro de casa é praticamente o mesmo (89,5% para a cidade e 89,6% para o campo). Mas quando analisada a sensação em relação ao bairro e à cidade, há divergências. Na zona urbana, as pessoas que dizem se sentir seguras no bairro são 70,2% e, na cidade como um todo, 52,8%. Na zona rural, a sensação de segurança no bairro atinge 84,3% das pessoas, enquanto aqueles que se sentem seguros na cidade como um todo são 66,5%. As mulheres, em geral, se sentem mais inseguras que os homens. Aquelas que sentem seguras em casa são 88,6%, no bairro, 69,5% e na cidade, 51,6%. Por outro lado, os percentuais para os homens são de 90,5%, 75% e 58%, respectivamente. As vítimas de roubos e furtos também demonstram menos segurança. Enquanto entre as pessoas que não sofreram roubo no último ano, 71,6% se sentem seguras, entre as vítimas de roubo, a proporção daqueles que se sentem seguros cai para 37,6%. Os maiores riscos de vitimização percebidos pelos brasileiros são ser assaltado ou ter seus carros, motos ou bicicletas furtados. Segundo a pesquisa, 40% dos entrevistas percebem risco alto ou médio de ser assaltado nas ruas, 38,1% de ser assaltado no transporte coletivo, 37,2% de ter carro, moto ou bicicleta roubado/furtado e 29,5% de ser roubado dentro de seu domicílio. Homens x mulheres Comparando homens e mulheres, os entrevistados do sexo masculino têm mais medo (13,5%) que as mulheres (8,5%) de ser vítimas de violência policial. Além disso, 13,4% dos homens têm medo de ser confundidos com bandidos, enquanto entre as mulheres esse receio só atinge 6,9% delas. O medo de ser vítima de agressão sexual atinge mais mulheres (20,2%) do que homens (5,7%). “Em geral, as mulheres têm percepção de risco alto e médio maiores para quase tudo [ser assaltada, ter sua casa assaltada, ser vítima de violência física, ser assassinada, estar no meio de um tiroteio etc], mas a diferença mais gritante é ser vítima de agressão sexual”, explica Alessandra. Brancos x negros A pesquisa também mostra que os negros têm mais medo de ser vítimas da polícia, de ser assassinados ou ser baleados do que os brancos. Em relação à violência policial, 12,8% dos negros têm receio de ser vítimas, enquanto entre os brancos esse medo atinge 8,5%. O medo de ser confundido com bandido pela polícia afeta 12,5% dos negros e 6,8% dos brancos. Os negros que percebem risco médio ou alto para bala perdida são 18,3%, para estar no meio de um tiroteio, 18% e de ser assassinado, 14%. Para os brancos, os percentuais são de 14,2%, 13,9% e 11,5%, respectivamente. O risco de ser sequestrado, por outro lado, é percebido mais por brancos (13%) do que por negros (10,6%). Mudança de hábito O medo da violência também faz com que muitos brasileiros mudem seus hábitos. De acordo com a pesquisa, mais da metade das mulheres evitam atitudes como chegar ou sair muito tarde de casa (63,6%), ir a caixas eletrônicos de rua à noite (57,2%), usar o celular em locais públicos (57,6%), ir a lugares com poucas pessoas circulando (56,6%) e conversar com pessoas desconhecidas em público (55,2%). Os homens também buscam evitar as mesmas coisas que as mulheres, mas em proporção menor: chegar ou sair muito tarde de casa (49,4%), ir a caixas eletrônicos de rua à noite (48,9%), usar o celular em locais públicos (44,7%), ir a lugares com poucas pessoas circulando (42,8%) e conversar com pessoas desconhecidas em público (42,8%). Sobre o papel da informação na sensação de insegurança, o IBGE mostrou que 77% das pessoas que não se informam sobre violência se sentem seguras, contra 73,4% dos que se informam por redes sociais, 70,7% por rádio e TV, 70,2% por conversas com parentes e amigos, 69,1% por jornais ou revistas impressos e 68,4% por jornais e revistas na internet. A maioria dos brasileiros também busca tornar sua casa mais segura. De acordo com a pesquisa, 68% dos domicílios do país têm algum dispositivo ou profissional para segurança. No Sul, o percentual chega a 76,2%, enquanto no Nordeste a parcela é de 60,8%. As travas, trancas ou fechaduras reforçadas respondem por 41% dos mecanismos de proteção, seguidas por muros altos e/ou com cacos de vidros e arame farpado (35,5%), cachorro ou outro animal de proteção (29%) e câmeras ou alarmes (17,1%).

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"É razoável dizer às pessoas que corram para tomar a vacina contra Covid"

Quando pensávamos que finalmente a pandemia da Covid-19 estava chegando ao fim, com a redução do número de pessoas contaminadas, eis que na segunda quinzena de outubro a quantidade de casos da doença voltou a crescer em todo o País. É certo, porém, que estamos agora, num outro patamar, com uma grande parte da população vacinada, embora o percentual que tomou as doses de reforço esteja aquém do desejado. Também temos a expectativa da chegada das vacinas capazes de fornecer proteção contra as subvariantes da Ômicron e a chegada de novos recursos terapêuticos. Para analisar essa nova conjuntura da Covid-19, Cláudia Santos conversou com o infectologista Paulo Sérgio Ramos, que é professor associado da Faculdade de Medicina da UFPE e pesquisador da Fiocruz-PE. Ele destacou avanços, como a aprovação do medicamento Paxlovid pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para tratar a Covid, uma boa notícia principalmente, para os idosos que são mais vulneráveis ao coronavírus. Mas lamentou que o antiviral não ter sido ainda incorporado ao SUS, já que seu valor ficaria entre R$ 2 mil a R$ 3 mil. Também se mostrou pouco otimista com a possibilidade de todos os brasileiros serem vacinados no curto prazo, com as chamadas vacinas bivalentes que têm ação contra as novas subvariantes. E, para que o número de casos não cresça ainda mais neste fim de ano, quando ocorre o aumento de aglomerações provocadas pelas festas, ele é taxativo: “A solução é as pessoas procurarem os serviços de saúde para tomar aquelas doses que estão pendentes.” Por que os casos de Covid voltaram a crescer no Brasil? O principal fator é que a velocidade de vacinação das diversas faixas etárias das populações ditas alvos estão em níveis insatisfatórios. Em todas as faixas etárias existe ainda o delay, muitos não estão respondendo ao chamamento para tomar as doses de reforço, isso faz com que haja um gap muito grande de pessoas não vacinadas. E quanto mais pessoas não vacinadas, maior a facilidade de o vírus da Covid-19 circular entre elas e ocorrerem as mutações genéticas. Por isso que ouvimos falar, desde o início da pandemia, das variantes e agora das subvariantes da Ômicron que estão circulando com muita força, inclusive no Nordeste do Brasil. O vírus começa a sofrer mutações genéticas, a escapar dos mecanismos nos quais as vacinas foram inicialmente concebidas e calculadas. Esse é o principal motivo de estarmos, neste momento, com a recirculação do vírus, não na forma selvagem, mas na forma modificada, e de termos saído do momento de relativa calmaria e voltar a ter este aumento do número de casos de pessoas infectadas e mesmo de pessoas graves, inclusive de óbitos. A solução é as pessoas procurarem os serviços de saúde para tomar aquelas doses que estão pendentes. Além disso, as unidades de saúde sanitárias já vêm reforçando, inclusive em Pernambuco, que as pessoas retomem uso das máscaras nos ambientes coletivos. Como está a situação em Pernambuco? Tanto o laboratório central na rede pública, como os laboratórios da rede privada, todos têm reportado o aumento da demanda pelos testes de Covid – os testes rápidos ou os testes moleculares (aqueles chamados PCR). Não só ocorreu o aumento da procura por esses testes como também da positivação deles. Verdadeiramente, estamos mais uma vez sofrendo uma nova onda de casos de infecção da Covid-19. E como estão as internações? Existem dois fenômenos. Tínhamos uma situação de relativo conforto até meados de outubro, quando ainda havia leitos reservados para pacientes infectados pela Covid. Geralmente eram quadros leves e, na maioria das vezes, não eram pacientes que precisavam ir para UTI. Havia também aquele cenário de pacientes que estavam internados por qualquer outro motivo e durante o internamento se infectaram ao serem entubados e desenvolviam sintomas gripais. Mas da segunda semana de outubro para cá, sentimos novamente a necessidade de aumentar a disponibilidade de leitos para a Covid, para desafogar o serviço público. E, por esse motivo, mais uma vez tivemos que estrangular o número de leitos para outras patologias. E qual a gravidade desses casos que vão para hospitalização? O que temos visto é que a grande maioria que já foi vacinada – mesmo aqueles que foram vacinados parcialmente, que não completaram todas as doses de reforço – apresenta quadros mais leves mas, muitas vezes, é internada pela descompensação de uma doença de base como câncer, diabetes ou alguma doença pulmonar ou cardíaca. Mas os idosos, esses sim, têm a necessidade de internação hospitalar, muitas vezes requerendo cuidados da unidade de terapia intensiva e com desfechos desfavoráveis, inclusive mortes. Mesmo tendo todas as quatro doses da vacina da Covid realizadas, eles correm o risco de serem internados porque existe um mecanismo chamado imunossenescência, em que há um envelhecimento do sistema imunológico. Leia a entrevista complena na edição 201.1: assine.algomais.com

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Cidades conectadas: Revolução do 5G

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com) O Recife se tornou neste mês a primeira capital do Nordeste a ter todos os seus bairros com cobertura 5G. Pernambuco também teve outro pioneirismo há um ano, quando a Stellantis, em Goiana, foi a primeira indústria do setor automotivo do País a utilizar a tecnologia em sua linha de produção. Os usos dessa nova revolução digital, que promete uma conexão com mais velocidade, mais estabilidade e menor latência (tempo necessário para a resposta de envio de informações dentro de uma rede), estão ainda nos primeiros passos. Mas devem ser bem mais amplos do que a maioria dos usuários está prevendo. O avanço das cidades inteligentes, a ampliação dos usos da telemedicina e a geração de uma gama de novos negócios estão no horizonte que se desenha para os próximos anos. A expansão da rede 5G para todos os bairros da capital pernambucana foi anunciada pelo próprio CEO da TIM Brasil, Alberto Griselli, em evento realizado neste mês no Recife. Apenas São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba já tinham cobertura completa. A Vivo e a Claro também já oferecem o serviço em algumas regiões da cidade. A popularização do serviço, com a ampliação da base de usuários e o avanço das demais operadoras no Estado, são alguns dos próximos passos para a consolidação da tecnologia no Recife e, posteriormente, no Estado. Embora os consumidores da telefonia imaginem vantagens como a maior velocidade para assistir ou baixar um filme no celular, a transformação que o 5G promete para o Estado e para o País são bem mais ousadas. Tal como o 3G e 4G permitiram o surgimento de uma série de aplicações e negócios, a estabilidade e velocidade que a nova tecnologia trará aos telefones móveis também abriram caminho para novas aplicações. E a redução significativa da latência permitirá uma maior experiência para usuários de games, por exemplo, e segurança para procedimentos médicos remotos. Leia a reportagem completa na edição 200.2: assine.algomais.com

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