2022 - Página 82 De 160 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2022

costa dourada

Feira de Artesanato reúne artistas da Associação Cabense de Artesão no mês de junho

Durante todo o mês de junho, o Shopping Costa Dourada recebe 24 artistas populares em uma Feira de Artesanato. No local, os artistas, que fazem parte da Associação Cabense de Artesão - ACA, estarão expondo e comercializando itens com temática junina, como artigos de decoração e adereços diversos, além de licores e doces artesanais. Há itens a partir de R$ 5,00. A feira vai até o dia 30 e tem entrada gratuita. “Temos a oportunidade de expressar toda a nossa regionalidade e cultura através de cada peça confeccionada com nossas mãos”, afirma a presidente da ACA, Genilda Santana. Mais do que isso, conclui ela, “o espaço movimenta a economia local e dos pequenos produtores que se organizam em nossa associação”. Além da Feira, a programação de junho do Costa Dourada inclui um grande parque inflável, com escorregador, bolinhas e área temática de animais. Os ingressos custam R$ 10 para dez minutos de diversão e R$ 20 para meia-hora. Na doação de 1kg de alimento não perecível, a criança poderá aproveitar a brincadeira por mais cinco minutos.

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Bisoro Celeiro das Alegrais Futuras 2021 Acrilica e spray sobre lona de algodao

Revista-Espaço Propágulo realiza exposição “A beleza da lagoa é sempre alguém”

Onze artistas pernambucanos estarão presentes na exposição “A beleza da Lagoa é Sempre Alguém”, que acontecerá de 18 de junho a 21 de agosto, na Galeria Janete Costa. A exposição é uma realização da Revista-Espaço Propágulo e conta com financiamento do Funcultura.O título da exposição foi apropriado de uma passagem do livro “A Desumanização”, do escritor português Valter Hugo Mãe. O livro conta a história de uma menina que perdeu a irmã gêmea, e através deste enredo aborda a solidão, a solitude, a ausência e a presença do outro. Fala ainda da humanidade frágil e a dependência do outro, que embora nem sempre seja um outro que faça bem, contribui para a construção de quem somos. Porém, a exposição não pretende ser uma tradução da obra ou uma transposição de seu enredo para um contexto espacial, a temática é apenas um pontapé para o desenvolvimento da linha curatorial em construção.A seleção dos artistas teve início com convocatória pública, lançada nas redes sociais da Propágulo, em janeiro deste ano, onze artistas foram selecionados para compor a exposição “A beleza da lagoa é sempre alguém”, que acontecerá no mês de junho deste ano, na Galeria Janete Costa.Anti Ribeiro, Bisoro, Clara Simas, Luana Andrade, Marcela Dias, Marina Soares, Matheusa Santos, Nara Gual, Rayellen Alves, Tacio Russo, Tatiana Móes foram os artistas selecionados, de mais de cem inscritos, em processo curatorial realizado pelo curador Guilherme Moraes, por Mariana Melo e demais integrantes da Propágulo. A exposição também contará com dois artistas convidados: Luana Andrade e Rayellen Alves.O principal critério para a seleção foi a relação das propostas com a temática da exposição. Os artistas escolhidos estarão na exposição, como também na edição Nº 8 da revista Propágulo, que será lançada na abertura da exposição.Sobre a PropáguloA Propágulo é uma revista-espaço voltada para as diferentes formas de se mediar arte. Em suas atuações, reúne a produção de periódicos impressos, livros, eventos, exposições, residências e ações educativas, tendo como foco a produção artística contemporânea do estado de Pernambuco.Movidos pela vontade de criar conexões e diálogos entre os diferentes atores do setor cultural, contamos com uma ampla atuação no contexto das artes visuais, já tendo mapeado mais de 100 artistas emergentes e envolvido efetivamente mais de 150 realizadores em nossas atuações. Isso nos permite apresentar um amplo panorama das artes, com o qual possuímos diálogo e proximidade, através dessas formas complementares de aprofundamento. Mini biografias dos artistas selecionadosAnti Ribeiro  Nascida em São Cristóvão (SE) é produtora sônica, educadora, curadora e pesquisadora. Seu trabalho é focado na produção de dramaturgias e trilhas sonoras, composição de música eletrônica, curadoria em festivais fílmicos e em um processo de investigação-ensino baseado na oralidade. Projetos recentes incluem Movediça, um trabalho que busca esculpir som em peças sônicas, através da captura e distorção de eventualidades fonossedutoras e Ficção Como Arma de Guerra, um ambiente virtual de intercâmbio focado na tentativa de sonhar outros mundos e/ou escapar deste. Mais em: http://antiribeiro.com Bisoro Residente de Camaragibe (PE), é ártista plástico recifense que encontra como suporte de sua pesquisa a pintura, entendendo-a enquanto dança-performance. Em seu trabalho, prioriza o movimento, através do qual seu corpo se debruça em metros de algodão cru pregados. Seu corpo, enquanto parte da obra, reverbera-se em corpos vulneráveis e sem fala. Com as mãos bêbadas de tinta, evoca figuras disformes que procuram, em si, abrigo. Vulnerabilidades sociais e estruturais de um jovem negro periférico são questões intrínsecasà sua obra. Clara Simas Nascida e atuante em Recife (PE), Clara Simas é artista visual e co-fundadora do estúdio de design gráfico A Firma (2012). Bacharel em design pela UFPE (2015), é especialista em Epistemologias do Sul pelo Conselho Latinoamericano de Ciências Sociais (2022). Através da experimentação com estéticas que mesclam o universo do design, fotografia e artes visuais, Clara materializa seus projetos em diferentes suportes — peças gráficas únicas, fotolivros, livros de artista, instalações, exposições e videoarte. Tais projetos costumam ser articulados a partir de procedimentos como desenho, apropriação, colecionismo e classificação de imagens ou documentos. Em geral, suas pesquisas são desenvolvidas em longos períodos de tempo e refletem o interesse pela micro-história e pelo uso de narrativas ficcionais na subjetivação de personagens não-conhecidos.  Luana Andrade Artista visual, professora e investigadora nascida em Surubim (PE) e atualmente residente na cidade do Porto, em. Formada em Artes Visuais (licenciatura) pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e mestra pelo Programa Associado de Pós-graduação em Artes Visuais (PPGAV-UFPB/UFPE), atualmente dedica-se ao doutorado em Educação Artística (pDEA - Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto). Vem trabalhando em linguagens híbridas, processuais e participativas, o que a aproxima, também no campo da pesquisa, das artes relacionais — quando existe um esforço em atuar na fronteira entre arte e vida. Interessa-se pelos tópicos do cotidiano, formas de vida, relação das pessoas com o espaço onde transitam, e também a educação num campo expandido: entendendo que as práticas artísticas são capazes de fabricar situações pedagógicas. Como poéticas de arte contemporânea, estes trabalhos dialogam com outros campos do saber humano, estrangeiros em um determinado campo da arte puramente formal. Questões sociais entram no horizonte de cada processo, como se transbordassem o seu próprio corpo pensante com vistas a contaminar outros corpos. A contaminação, enquanto um método, necessita aqui de táticas elaboradamente simples, com menos brilho e mais opacidade — por isso busca pela matéria mais chula, vulgar, banal, desapercebida, mas que se faz presente de modo efetivo na vida das pessoas. São táticas apropriacionistas — na adoção de objetos, estéticas e práticas já em circulação – que, por vezes, ativa-se no envolvimento do público, pensando sempre nas implicações sociais do exercício de lidar com o Outro. Marcela Dias Nascida e atuante em Recife (PE), possui a pintura e o desenho como linguagens norteadoras da sua pesquisa. Seus trabalhos são atravessados por divagações sobre cotidiano e memória. Participou de exposições coletivas como "Desculpas Pelas Quais" (2021) realizada na Garrido Galeria juntamente ao artista Heitor Dutra e com curadoria de Guilherme Moraes e Steve Coimbra. Atualmente é representada pela Garrido Galeria (PE) e

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teatr barreto

"Encanto, a Família Madrigal" tem sessão dupla no domingo, 19/6, no teatro Barreto Júnior

Qual seu lugar no mundo? A pergunta que guia a história de muita gente na vida real é o ponto de partida da encenação “Encanto, a Família Madrigal”, que a trupe Humantoche Produções irá apresentar no próximo domingo, 19/6, em duas sessões: 16h30 e 18h30. O espetáculo estará em cartaz no Barreto Júnior (R. Est. Jeremias Bastos - Pina, Recife-PE), com ingressos no valor promocional de R$ 30 mais 1kg de alimento não perecível. Livremente inspirado na animação homônima da Disney, a encenação conta com 12 atores e uma equipe total de 22 pessoas. Para incluir o público na história, diversos efeitos 4D como neve, chuva de flores e uma explosão de alegria (chuva de confete e serpentinas) irão surpreender a plateia. Mirabel Madrigal é quem costura a narrativa: a jovem colombiana se vê muito triste ao perceber que os anos estão passando e, diferente de todos os seus familiares, não possui nenhum poder mágico. Mirabel sente a pressão por todos os lados, principalmente dentro da Casa Viva da família Madrigal, onde a história é ambientada. Ao ver uma rachadura na Casa, a pequena Mirabel põe-se a buscar respostas para todos os seus questionamentos, e isso envolve o porquê de todos seus familiares serem proibidos de falar sobre o misterioso tio Bruno. Auto aceitação, diversidade, família, amor próprio, perdão e recomeço são alguns dos valores ilustrados ao longo da peça. O espetáculo será apresentado às 16h30 e às 18h30. Para acessar o teatro é preciso apresentar o cartão de vacina (duas doses contra a COVID 19) ou certificado através do app Conecta SUS mais documento de identificação com foto, além de usar máscara durante toda a permanência no espaço. A portaria será aberta 30 minutos antes de cada espetáculo. Ingressos à venda no Sympla, https://www.encurtador.com.br/agrLR, ou no @humantocheproducoes no instagram. Espetáculo: ENCANTO - A Família MadrigalLocal: Teatro Barreto Júnior - R. Est. Jeremias Bastos - Pina, Recife - PEDia: 19 de junho; 16h30 e 18h30Ingressos: 30,00 (meia entrada para todos)

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emprego

Empresa oferece vagas de empregos no Recife para contratação imediata

Há duas áreas de atuação; os currículos devem ser enviados exclusivamente por e-mail Com expansão das unidades, a empresa Mafra Recife abriu 46 vagas na área administrativa e de vendas para ambos os sexos para contratação imediata. A seletiva busca pessoas com experiência profissional de até um ano. Os currículos devem ser enviados exclusivamente por e-mail. Os interessados precisam ter idade mínima de 18 anos, ter concluído o ensino fundamental ou médio, além de morar em Recife ou Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. Detalhes sobre remuneração e benefícios serão repassados durante o processo. O currículo com foto deve ser enviado para o e-mail: vendas@mafrarecife.com.br até o dia 15 de julho. "Buscamos profissionais com experiência em vendas ou na área administrativa, na vaga voltada para comercialização de veículos novos e seminovos, quem precisar de orientação para atuação, receberá treinamento do setor", revela Guilherme Cavalcante, responsável pela Mafra Recife.

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cultura organizacional

O que é fit cultural e sua relação com a cultura organizacional

Por Silvia Pedroso* Neste mundo cada vez mais globalizado, há um maior contato entre pessoas com diferentes visões de mundo dentro das empresas. Por isso, é preciso compreender o impacto da cultura organizacional no ambiente de trabalho e em seus colaboradores. Afinal, ela exerce grande influência no fit cultural e na performance. Mas, como avaliar isso? Por que é tão importante que as empresas entendam e identifiquem sua própria cultura? Cultura, por ser objeto de discussão ainda hoje no meio acadêmico, é um termo guarda-chuva: existem centenas de definições diferentes, dependendo da base teórica utilizada. Porém, o conceito de cultura organizacional está baseado em duas correntes principais: as disciplinas antropológicas (organizações são cultura) e sociológicas (organizações têm cultura). Para entender a importância de conhecer o conceito de cultura organizacional, é preciso voltar um pouco à história. Isso porque, nas pesquisas acadêmicas sobre organizações, o conceito de cultura só recebeu a devida atenção recentemente, a partir de 1980. Os modelos organizacionais buscavam identificar os fatores cruciais que afetam a performance organizacional, porém o sistema teórico e metodológico que utilizavam não abarcava o fator cultural. Em outras palavras, a diversidade de visões de mundo, culturas e experiências não eram consideradas no modelo de gestão. Isso acontecia porque a liderança não tinha consciência dos seus próprios fatores culturais até que fossem confrontados por uma cultura distinta. Em um mundo onde as mudanças são constantes, o fluxo e o dinamismo do mercado, da economia e de informações acontece em um ritmo cada vez mais difícil de acompanhar. Nesse cenário, entender o seu próprio perfil organizacional torna-se necessário para muitas empresas. É fato que as empresas precisam de um equilíbrio na sua rotatividade de pessoal (turnover). Mas como mensurar se os novos colaboradores são compatíveis com o ambiente organizacional da empresa? Além disso, é preciso avaliar também não só os aspectos culturais dos profissionais que participam de um processo de recrutamento e seleção na sua empresa, como também dos colaboradores mais experientes e que já fazem parte da organização. Para alcançar esses objetivos também deve-se pensar, por meio de um planejamento estratégico, as características desejadas dessa nova equipe a ser formada, considerando o perfil profissional de todos os colaboradores da empresa. Contemplar a cultura organizacional dentro da estratégia corporativa é uma vantagem competitiva que colabora para um ambiente de trabalho mais harmônico, e, consequentemente, para o aumento da performance empresarial. Entender a missão, visão e valores da empresa torna-se mais complexo à medida em que a organização cresce. Porém, ao investir nesse entendimento, seus resultados serão vantajosos a curto, médio e longo prazo. Além disso, compreender a cultura é fundamental para formar equipes com pessoas alinhadas à filosofia da empresa e promover o engajamento para atingir os objetivos da organização. Uma coisa é certa: a cultura organizacional pode ser construída e passar por mudanças ao longo do tempo — e isso vale, inclusive, para empresas já consolidadas. Organizações mais jovens se desenvolvem em um padrão pouco previsível, sujeito às flutuações e flexibilizações que permitem seu desenvolvimento. Este processo ocorre muitas vezes de forma pouco planejada, sem a avaliação do impacto dessas variações na performance organizacional. Por outro lado, empresas já estabelecidas no mercado podem planejar quais características prioritárias querem alcançar de forma mais consciente, previsível e planejada. Com isso, tornam-se mais competitivas e diversificadas do que suas concorrentes. Por fim, vale ressaltar aqui que a mudança na cultura organizacional e, consequentemente, a melhora na performance, requer que os membros da empresa tomem decisões difíceis: mudanças profundas em um nível coletivo necessitam ao mesmo tempo de mudanças a nível pessoal. *Silvia Pedroso é gerente de operações e projetos do Grupo Selpe, empresa de consultoria em RH que atua no mercado nacional há 57 anos, promovendo o elo entre profissionais, empregadores e culturas organizacionais.

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Summit Governaca Sicredi

Sicredi realiza o primeiro Summit Nacional de Governança

De forma inédita, encontro reuniu os conselheiros de administração e fiscais das 108 cooperativas de crédito que compõem o Sicredi O Sicredi, instituição financeira cooperativa com mais de 5,5 milhões de associados e presença em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, o primeiro Summit Nacional de Governança do Sicredi. O evento, realizado de forma online, reuniu cerca de 1,6 mil lideranças da instituição, incluindo os conselheiros de administração e fiscais, presidentes e diretores executivos das cooperativas e centrais que integram o Sicredi. O objetivo do encontro foi refletir sobre assuntos relevantes para o futuro do Sicredi, como governança, liderança e o papel das cooperativas de crédito junto à sociedade. O alinhamento das lideranças é considerado um momento essencial para a instituição e segue em linha com seu modelo de gestão democrática e participativa. Nesse sentido, a participação dos conselheiros é fundamental, dado o papel local que exercem por representar os associados de suas cooperativas. A Sicredi Recife, marcou presença, representada pela diretoria e colaboradores convidados. “É de suma importância estarmos na vanguarda das discussões sobre o futuro do cooperativismo e das cooperativas de crédito. O Summit trouxe discussões excelentes, tais como, sustentabilidade financeira, evolução da governança e a essência do cooperativismo, além de direcionamentos para se conseguir cada vez mais uma gestão democrática e participativa para os nossos associados.” destaca Floriano Quintas, presidente da Sicredi Recife. Em sua apresentação, João Tavares, diretor presidente do Banco Cooperativo Sicredi, explanou sobre o planejamento estratégico da instituição, passando por temas como transformação digital e ambiente regulatório. Tavares também apresentou dados sobre o crescimento expressivo da instituição nos últimos 12 anos, com números que comprovam o êxito do modelo de governança do Sicredi. Destacou, por exemplo, o crescimento, desde 2010, de 1,5 milhão de associados para 5,5 milhões em 2022. “O modelo de governança do Sicredi tem, entre os seus diferenciais, suportar o nosso crescimento mantendo sempre a essência do cooperativismo em nossa atuação”, concluiu Tavares.

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arrigo barnabe

A vanguarda paulista e a trajetória de Arrigo Barnabé no Sonora Coletiva

O músico, compositor, arranjador e intérprete Arrigo Barnabé é o convidado do próximo Sonora Coletiva, transmitido pelo Canal do multiHlab, no YouTube, hoje (16 de junho, quinta), às 19h30 (Da Fundaj) Em 1980, a cena musical brasileira seria invadida por um ser estranho que já havia tornado a pauliceia ainda mais desvairada. Após apresentações no Teatro Lira Paulistana, ao lado de Itamar Assumpção, Premeditando o Breque, Grupo Rumo e outros artistas que logo se tornariam conhecidos no Brasil, chegava às lojas o primeiro álbum do músico, compositor e intérprete paranaense, radicado em São Paulo, Arrigo Barnabé. Imediatamente, Clara Crocodilo chamaria a atenção pela estranheza que causaria no meio musical e junto ao público interessado na MPB e afins, sendo considerado pela imprensa a maior novidade na música brasileira desde a Tropicália. Na esteira de Clara Crocodilo, quatro anos mais tarde, Arrigo Barnabé lançaria outro álbum importante e inovador. Assim como o seu disco de estreia, Tubarões Voadores apresenta frases rítmicas repetidas, diálogos falados e estrutura narrativa linear e recursos próprios da dodecafonia. Além disso, de forma quase inédita, ou mesmo inédita no Brasil, traz um encarte com uma história em quadrinho desenhada pelo artista visual Luiz Gê. O enredo é a própria letra da música que dá título ao álbum, que tem ainda as participações da roqueira paulista Rita Lee e do sambista carioca Paulinho da Viola. Estava pavimentada uma das carreiras mais originais da música brasileira. A história e a importância da Vanguarda Paulista para a cena musical brasileira e a trajetória e a obra desse músico e compositor único serão alguns dos temas do bate-papo com o pianista Arrigo Barnabé. O novo episódio do Sonora Coletiva será transmitido pelo Canal multiHlab no YouTube, dia 16 de junho, às 19h30. O Sonora Coletiva é uma atividade experimental da Revista Coletiva, vinculada à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), e é apresentado por um de seus editores, o pesquisador Túlio Velho Barreto.

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livro alto risco

Alto risco

*Por Paulo Caldas Dividir o palco entre o viven­ciar do universo abnegado do ser médico e o drama dos que gravitam em outras esferas é a vir­tude dos contos de Fátima Militão, guardados neste “Alto risco”. O texto é nítido, imagens colhi­das por câmeras de rara definição e com elas o leitor observa os cenários, participa das cenas e percebe o psico­lógico dos protagonistas, tantos deles marcados por intempéries hodiernas. De posse dessas lentes, a auto­ra exibe o gestual, a movimentação dos personagens; identifica precisas passagens de tempo e, cinzel em pu­nho, esculpe preciosas metáforas: “Enquanto observa a respiração, co­lhe de relance um olhar cheio de per­guntas”; “o pavor foi tanto que pas­sou a ter medo de dormir e ficar para sempre aprisionada nos sonhos”. Escritos prenhes de sensibilidades, quem sabe herdadas da Fátima médica, são vistos nas tramas bem urdidas que seduzem o leitor. “Alto risco” tem o projeto visual assinado por Bel Caldas, fotografias de José Roberto de Almeida Correia e produção gráfica da Editora Bagaço. Os exemplares podem ser adquiridos na Livraria da Praça, em Casa Forte. *Paulo Caldas é Escritor

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Petrolina

Paulo Câmara autoriza início das obras do novo Compaz em Petrolina

Encerrando a programação no Sertão do São Francisco, governador também autorizou novas obras de infraestrutura e ações nas áreas de educação, geração de renda e assistência social (Fotos: Heudes Regis/SEI) (Do Governo de Pernambuco) PETROLINA – O governador Paulo Câmara finalizou a passagem pelo Sertão de São Francisco, nesta quarta-feira (15.06), em visita a Petrolina, onde ele autorizou o início das obras do novo Centro Comunitário da Paz - Compaz. O equipamento tem como objetivo difundir a cultura de paz e segurança cidadã, visando oferecer alternativas para prevenir a criminalidade, além de funcionar como uma ferramenta de inclusão social. Com um investimento total de R$ 11,8 milhões, o espaço vai reunir cultura, lazer e prestação de serviços, com intervenções que vão desde mudanças urbanísticas até a inserção dos jovens no mercado de trabalho. “Já temos experiência com essa iniciativa no Recife e a gente vê que existe um impacto muito grande. Agora, vamos fazer essa grande obra do Compaz aqui em Petrolina. Queremos oferecer à população um local onde existam atividades relacionadas à cultura, ao esporte e também outros tipos de serviços”, disse Paulo Câmara. Em Petrolina, o governador também assinou ordem de serviço para recuperação e adequação de novo trecho da rodovia PE-655. As obras estão em andamento desde abril e contemplarão os 31,3 quilômetros de extensão da via, ligando o Centro Industrial de Petrolina à divisa de Pernambuco com a Bahia, passando pelo distrito de Tapera. Os serviços, coordenados pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), incluem terraplenagem, pavimentação completa, instalação dos dispositivos de drenagem, sinalização horizontal e vertical, além de obras complementares. A previsão é que as intervenções sejam concluídas em setembro deste ano, com um investimento de R$ 16,6 milhões, para melhorar a trafegabilidade e a mobilidade das pessoas, beneficiando diretamente mais de 340 mil moradores da região. O governador também deu por inaugurado o Sistema de Abastecimento da Baixa da Jurema e a ampliação do Sistema de Abastecimento de Água no Bairro Jardim Petrópolis. Já na área da educação, ele inaugurou mais um Espaço 4.0, na Escola Técnica Estadual Professora Maria Wilza Barros de Miranda, e autorizou a construção de quadras cobertas em nove escolas, além de abrir novas licitações para obras semelhantes em outras 15 escolas do município. Foram assinados, ainda, três convênios em Petrolina. Um deles, no valor de R$ 111 mil, visa a implantação do tratamento de efluentes no abatedouro de Rajada, através do Programa Força Local; outro, firmado com o Sebrae, vai beneficiar agroindústrias do Sertão de São Francisco, no valor de R$ 285 mil; e um terceiro convênio é voltado para o estímulo à apicultura, no valor de R$ 504 mil. Por último, na área de assistência social, o governador garantiu recursos para manutenção do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), para o pagamento de Benefício Eventual e para medidas socioeducativas em meio aberto. Acompanharam Paulo Câmara a vice-governadora Luciana Santos; os secretários estaduais Fernandha Batista (Infraestrutura e Recursos Hídricos), Marcelo Barros (Educação e Esportes), Tomé Franca (Desenvolvimento Urbano e Habitação), Alberes Lopes (Trabalho, Emprego e Qualificação) e Cloves Benevides (Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas); os presidentes da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), Roberto Abreu e Lima, e da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Manuela Marinho; e o diretor executivo de obras do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Alexandre Arruda. Também integraram a comitiva os deputados federais Danilo Cabral, Gonzaga Patriota e Fernando Monteiro; os deputados estaduais Dulcicleide Amorim, Teresa Leitão, Lucas Ramos, João Paulo Costa, Antônio Fernando e Rodrigo Novaes; o prefeito de Petrolina, Simão Durando; além de outros prefeitos, ex-prefeitos e vereadores da região.

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Sandro Prado: "Estados do Nordeste sofrerão muito com a PEC dos Combustíveis"

Ir ao supermercado, pagar a conta de luz ou abastecer o carro são ações cotidianas que se tornaram cada vez mais penosas para o bolso da classe média, que ainda faz verdadeiros malabarismos para pagar o colégio dos filhos e o plano de saúde. Para as populações pobres, a situação é ainda mais complicada com o desemprego e o alto preço de produtos básicos como gás de cozinha e alimentação. Para entender por que a inflação persiste em índices altos, Cláudia Santos conversou com o economista, conselheiro do Corecon (Conselho Regional de Economia de Pernambuco) Sandro Prado. Um dos pontos destacados pelo especialista é o descontrole dos preços monitorados pelo Governo Federal. Prado, porém, não acredita que a solução esteja na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) proposta pelo presidente Bolsonaro para conter a alta dos combustíveis. Quais os fatores que impulsionam o aumento da inflação? Um dos itens que tem contribuído muito são os preços monitorados pelo Governo Federal, como o dos combustíveis. O óleo diesel subiu cerca de 47% só no ano de 2022. Esse aumento passa para o frete, o que acaba impactando em vários produtos, já que são transportados pelo modal rodoviário. Isso tem um efeito multiplicador por toda a economia. Também faz uma pressão nos transportes, aumentando o preço de passagens aéreas, passagens de ônibus, de aplicativos, como o Uber, dos deliveries. Ocorre então um aumento nos custos, vivenciamos uma inflação de custos e um dos responsáveis é a política de preços da Petrobras. Outra questão, que aqui em Pernambuco é forte, foi o aumento da energia elétrica, muito além da inflação, de cerca de 19%, o que também aumenta os custos. O mesmo ocorreu com os preços dos planos de saúde, monitorados pelo governo, que também foram reajustados acima da taxa da inflação. E os alimentos tiveram uma alta muito grande, puxada por algumas commodities, como a carne bovina, de frango, suína, ou seja, proteína animal subiu bem acima da inflação, assim como o arroz, o trigo, o feijão, o óleo de soja. Cada um por motivos diferentes. Não somos, por exemplo, autossuficientes na produção de trigo, que importamos da Argentina, cuja safra não foi boa. A guerra na Ucrânia também influencia, já que o país é um grande produtor. Todos são produtos da cesta básica, ou seja, do prato do brasileiro, o que é um grande problema, seja se você come em casa, compra uma quentinha para almoçar ou faz alimentação em restaurantes. Esse aumento ocorreu por causa do custo da produção como o frete, a energia e os fertilizantes. É um absurdo, mas o Brasil não é autossuficiente na produção de fertilizantes e eles subiram de preço também porque a maioria dos minérios aumentaram por causa da guerra na Ucrânia. Tivemos aumentos também nos gastos domésticos em geral, de moradia, despesas com educação. Na verdade, tudo subiu. A inflação do ano de 2021 foi 10,06%, mas a acumulada hoje é 11,73%. Caminhamos para o segundo ano consecutivo com uma inflação acima dos 10%. Isso nunca aconteceu desde o Plano Real O mercado, que é superconservador, prevê quase 9%, o último Boletim Focus apontou 8,89%, mas falamos, desde o começo do ano, que a inflação seria superior a 10%. Qual o impacto da PEC anunciada pelo Governo Bolsonaro para reduzir os preços dos combustíveis? A PEC dos Combustíveis é uma das ideias mais estapafúrdias e eleitoreiras que vi nos últimos tempos. O Governo Federal zeraria as alíquotas do PIS e o Cofins sobre os combustíveis, que são tributos federais que correspondem a R$ 0,60 no litro de gasolina. Para que o governo tire essa tributação, os governadores dos Estados terão um limite de cobrança de ICMS dos combustíveis, mas também de energia, telecomunicações e transportes, de 17%. Mas acontece que hoje a base da arrecadação de muitos Estados advém da tributação sobre energia elétrica e sobre o combustível. Existem Estados cuja arrecadação chega a ser cerca de 25% a 30% proveniente dessas cobranças. Então, não se pode reduzir essa tributação de uma forma abrupta, sem que seja feita de uma maneira gradativa, porque muitos Estados terão uma redução significativa no orçamento, o que significa menos investimentos em educação, em saúde, em transporte público e outros serviços básicos. Os Estados do Nordeste e do Norte sofrerão muito com essa medida caso ela seja aprovada. Ainda há uma outra ideia de que os governadores poderiam zerar a alíquota de ICMS e essa diferença do zero a 17% a União repassaria para os estados. Ou seja, a PEC deixaria os estados na mão do Governo Federal, daria um rombo enorme nas contas públicas, além de ser uma medida paliativa já que vigora até o fim deste ano. Portanto só tem motivação eleitoreira. É uma política que contraria a lógica tributária, a lógica do orçamento dos estados. Pior: caso alguém se oponha a essa ideia vai ser taxado como inimigo do povo e aí obviamente também deputados estaduais e senadores, ou seja candidatos, se valerão disso nas eleições de 2022. O aumento dos juros pode conter a inflação? Estamos numa inflação de custo. O aumento da taxa de juros funciona bem para inflação de demanda, ou seja, a taxa Selic inibe o consumo os brasileiros. Para você ter uma ideia, 77% das famílias brasileiras se autodeclaram endividadas, em Pernambuco esse número chega a 83%. É normal para o brasileiro se endividar, é raro alguém comprar um televisor, uma geladeira, um carro à vista. É um comportamento cultural: a gente não ganha para comprar, a gente gasta antes de ganhar. O número de inadimplentes também é alto: quase 25%. Quando a taxa de juros aumenta, inibe o consumo, porque aumenta os juros do cartão de crédito, cheque especial, do crediário. Só que essa cartilha ortodoxa de economia monetária liberal não funciona muito bem no momento porque, na verdade, o principal vilão da inflação é próprio Governo Federal que tem deixado aumentar os preços das coisas básicas, como os combustíveis, o que provoca um aumento generalizado. Leia a

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