Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 290 De 443

Rafael Dantas

Rafael Dantas

Crítica literária: Novas luzes na ribalta

* Paulo Caldas “E se nós decidirmos juntos?’’ Uma proposta de criação teatral compartilhada dentro da educação formal traz em seu conteúdo o bem tratar das artes cênicas. Nascido da pesquisa da pernambucana Amanda Duarte, mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia, apresenta, no mesmo cenário, dois conceitos diferentes na prática teatral: o “Process Drama” método de ensino especializado no trabalho com crianças e adolescentes lado a lado com os processos de “Criação Compartilhada” (estrutura presente nas companhias profissionais). Tal experiência oportuniza observar uma associação que projeta o ensino do teatro no universo da educação básica. Amanda é uma jovem pesquisadora adepta da relação teatro educação e assim coletividade e criatividade tornaram-se a régua e o compasso de suas práticas cotidianas. Tendo como palco uma escola pública de Salvador, a autora levou à cena uma pesquisa que a colocou frente a frente com estudantes de idade entre oito e dez anos e fruto de trocas de ideias em sala de aula. Suas vivências descritas e refletidas (no livro) ergueram as cortinas para a transposição do romance “Mar Morto”, de Jorge Amado, ensaiada em clima de discussões e desafios. “E se nós decidirmos juntos?’’, lançado em 2019, tem o selo da Editora Paco Editorial, capa de Matheus Alexandro e projeto gráfico de Larissa Codgno). O exemplar pode ser adquirido no site da Paco Editorial. *Paulo Caldas é escritor

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Pedro Josephi: "O financiamento do transporte não pode se dar apenas pela tarifa"

Pedro Josephi é coordenador da Frente de Luta pelo Transporte Público e membro do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM). Conversamos com ele, em meio à discussão sobre a construção de novos paradigmas para o transporte público durante a atual crise da pandeia do coronavírus, para apontar o olhar dos usuários do sistema sobre como melhorar a mobilidade urbana para quem usa ônibus para se deslocar na Região Metropolitana do Recife. Qual a principal demanda dos passageiros nesse momento de retomada das atividades econômicas, em relação ao transporte público? Nós, enquanto membros do Conselho Superior Metropolitano, apresentamos desde o início da pandemia propostas para que pudéssemos evitar aglomerações e superlotações. Lembrando que a pandemia apenas veio escancarar um problema em que a população que usa o transporte público já sofre diariamente: superlotação, aglomerações e o não cumprimento de viagens. Tudo isso as pessoas já sofrem diariamente. A primeira proposta é que as linhas de ônibus pudessem circular dos bairros diretamente para o centro da cidade. Sem a necessidade de ir para um terminal integrado (TI), que hoje é um grande ponto de aglomeração.  Não todas, mas algumas, de modo a equilibrar e retirar a superlotação dos terminais. Isso já é uma defesa que fazemos há 10 anos, que é a integração temporal, a possibilidade de você fazer integração, que é sair de um ônibus e entrar em outro, sem ir para um terminal, na própria parada de ônibus ou avenida. Isso diminui a necessidade de pessoas dentro do sistema de TI. Outro ponto de maior demanda que temos apresentado é a distribuição de materiais de proteção, máscaras e alcool em gel. Algo que começou logo quando nós representamos ao Ministério Público para que o Estado e empresas de ônibus cumprissem com as normas de proteção emitidas pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde. No início foram distribuidas 30 mil máscaras e foram afixados lavatórios nos terminais. Só que já temos denúncias de que alguns desses lavatórios e banheiros não estão funcionando nos terminais e que a distribuição de máscaras não existe mais. Para se ter ideia, temos cerca de um milhão de pessoas circulando diariamente no setor de transporte e 30 mil máscaras distribuídas em uma semana não dão conta da necessidade da população que é diária. . Quais as demais propostas? Outro ponto que temos levantado é a necessidade de testagem de todos os rodoviários, já que eles têm trabalhado no serviço público essencial, era necessário que todos os motoristas e cobradores fizessem a testagem do coronavírus de forma universal para que a gente não expusesse os próprios trabalhadores, nem os usuários à contaminação do coronavírus, além do isolamento da cabine do motorista. Várias outras cidades fizeram isso, isolamento com material adequado para motorista e cobrador. Por fim, outro ponto que temos levantado e discutido é a necessidade de 100% da frota circulando. A gente entende que há uma dificuldade pelas nossas vias engarrafadas. Recife tem o pior trânsito do Brasil, mas entendemos que é preciso que toda frota estivesse disponível para que nós diminuíssemos a quantidade de pessoas dentro dos ônibus. Essas são as três principais demandas que nós já apresentamos formalmente ao governo desde março. . Há um grande dilema sobre o financiamento do setor. Para garantir melhor qualidade no transporte, que tipo de alternativas o movimento considera possível para aumentar os recursos aplicados no transporte? Nós sabemos que não existe almoço grátis. Quem milita na área do transporte sabe que precisa ter financiamento de alguns setores para que a gente possa garantir a melhor qualidade. Então precisamos observar as melhores práticas internacionais, observar o que outros países fizeram para que pudéssemos aplicar esse modelo no Brasil. Antes de mais nada, nós temos a Política Nacional de Mobilidade Urbana, que é uma Lei Federal, que determina que o financiamento do transporte coletivo não possa se dar apenas pelo contribuinte direto, apenas pela tarifa, pela pessoa que paga a passagem. Infelizmente no Brasil, na maioria das cidades, como é no Recife, o transporte em grande parte é financiado através da tarifa. Isso implica dizer, aqueles processos que as empresas fazem todo início de ano para aumentar as passagens, porque tanto a remuneração do setor, as empresas privadas que estão operando o serviço público, e precisam serem remuneradas pelo serviço, ocorrem através das tarifas, como a própria estruturação do sistema, as melhorias do terminal, das vias. Toda estrutura é financiada pela tarifa e passagem de ônibus, o que é um erro. Se encaramos o transporte público como serviço essencial, ele precisa ser financiado não apenas pelo contribuinte direto, quem paga a passagem, mas por toda a coletividade. Toda a sociedade precisa contribuir para o financiamento desse transporte. Isso pode ser feito através de vários meios, como de subsídios fiscais, que hoje na verdade a maioria dos países fazem. Isso implica dizer que toda a sociedade estaria contribuindo com aquele transporte. Eu defendo, por exemplo, um Fundo Metropolitano para o Transporte. . Como funcionaria esse Fundo Metropolitano para o Transporte? Nele nós teríamos as rendas derivadas dos pedágios urbanos, as rendas derivadas das zonas azuis, as contribuições sociais em cima de estacionamentos privados nos centros urbanos, toda a renda dos outbus e publicidade que existe nos sistemas de transporte, a renda da possível concessão à iniciativa privada dos terminais integrados de ônibus, além de um debate que precisamos fazer a âmbito nacional que é discutir o Pacto Federativo. Nós precisamos, por exemplo, municipalizar a Cide Combustível, que é um dos importantes tributos que a união arrecada, mas quem cuida do transporte são os municípios e os Estados. Então a União arrecada um valor a título de tributo muito alto, mas quem tem a responsabilidade de custear e de financiar e estruturar o transporte são os municípios e Estados. Precisamos inverter essa lógica, também defendemos a municipalização da Cide Combustível e também uma contribuição social em cima do carro, do IPVA. Teríamos um percentual dessa contribuição social para custear o sistema de transportes. . Há uma discussão sobre incentivar um maior

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Começam hoje as atividades da Semana 11ª Semana Burle Marx

A Prefeitura do Recife dá início às comemorações em homenagem ao aniversário de 111 anos do paisagista e artista plástico Roberto Burle Marx reconhecido internacionalmente e responsável pelos projetos de diversas praças e jardins na capital pernambucana. A programação da 11ª Semana Burle Marx acontecerá durante três dias e será totalmente online devido à pandemia do novo coronavírus. As atividades gratuitas começam na terça-feira (04), dia do aniversário do paisagista, com o 1º Seminário Internacional Paisagem e Jardim: Burle Marx em sintonia com o tempo, conduzido por palestrantes do Brasil, Portugal, Uruguai e México. Além disso, a programação também contará com desafios virtuais e Lives com o propósito de suscitar o debate sobre o legado de Burle Marx. As comemorações estão sendo organizadas pelo Comitê Burle Marx, formado por órgãos da Prefeitura do Recife e coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Laboratório da Paisagem da UFPE, Conselho dos Arquitetos do Brasil – CAU, IPHAN, Fundarpe, entre outros. Para quem quiser conhecer mais sobre as obras, vida e curiosidades de um dos mais importantes paisagistas do século 20, o Museu da Cidade do Recife (MCR) vai lançar um desafio para os seus seguidores do Instagram. No dia 04 de agosto, o Museu vai divulgar um quiz com 10 perguntas no stories do seu perfil @museudacidadedorecife. Quem acertar todas as perguntas participará de um sorteio para ganhar um kit especial do MCR. E quem ainda não é um grande conhecedor do trabalho desse mestre das formas e da botânica terá uma ótima oportunidade para descobrir várias áreas da cidade idealizadas por ele. O quiz foi elaborado pelo historiador Sandro Vasconcelos, responsável pelo setor de pesquisa e iconografia do Museu da Cidade do Recife. Cada uma das 10 perguntas é inspirada na imagem de um espaço público do Recife assinado por Burle Marx. Já o kit que será dado ao vencedor do desafio é formado por uma coleção de seis postais com praças idealizadas pelo paisagista, uma caneca com a imagem do Forte das Cinco Pontas, e o Catálogo do Acervo Cartográfico do MCR. Nos dias 04 e 05 de agosto acontecerá, a partir das 14h, a primeira edição do Seminário Internacional Paisagem e Jardim com o tema " Burle Marx em sintonia com o tempo ", que contará com a participação de palestrantes do Brasil, Portugal, Uruguai e México. O Evento, gratuito e com direito a certificado, acontecerá virtualmente e para participar basta se inscrever no link: https://www.sympla.com.br/1-seminario-internacional-paisagem-e-jardim-burle-marx-em-sintonia-com-o-tempo__909488 . A programação conta com palestras de Cristina Castel-Branco (Universidade de Lisboa), Joelmir Marques (UFPE), Alda de Azevedo Ferreira (UFRJ), Luciana Schenk (USP), Lúcia Veras (UFPE), Ana Rita Sá Carneiro (UFPE), Saúl Alcántara (UAM-México), Cláudia Storino (Sítio Roberto Burle Marx), Eduardo Barra (Estúdio Eduardo Barra Arquitetura da Paisagem) e Sonia Berjman (ICOMOS / IFLA), entre outros. O evento é organizado pelo Laboratório da Paisagem da UFPE. Já no dia 06 de agosto, às 19h, a programação ficará por conta de uma Live no YouTube do Coletivo Tereza Costa Rego de Cultura, com o tema: “O Legado de Burle Marx no Recife”. A ação contará com a participação de Ana Rita Sá Carneiro, coordenadora do Laboratório da Paisagem da UFPE; de Cida Pedrosa, ex-secretária de Meio Ambiente do Recife e de Luiz Vieira, professor, arquiteto paisagista da UFPE. Para participar, basta acessar o link https://www.youtube.com/channel/UC5uAG418Sbq8KvC2-4wM47w Semana Burle Marx A Semana Burle Marx é uma iniciativa da Prefeitura do Recife, instituída pela Lei Municipal nº 17.571/2009, de autoria do então vereador e hoje vice-prefeito, Luciano Siqueira. A programação faz parte das comemorações e atividades em defesa do meio ambiente e acontece no mês de agosto de cada ano. Na semana Burle Marx são realizados debates, palestras, eventos educativos, objetivando, principalmente, difundir a importância das obras desse paisagista para o Recife e estimular uma campanha permanente de valorização dos Jardins históricos de nossa cidadee que são monumentos vivos.. Jardins Históricos Em sua atuação na capital pernambucana, sobretudo na década de 1930, o paisagista Burle Marx criou áreas verdes que, em 2015, foram elevadas à categoria de jardins históricos pelo prefeito Geraldo Julio, são eles: Praça de Casa Forte, Praça Euclides da Cunha, Conjunto Praça da República e Jardim do Palácio do Campo das Princesas, Praça Derby, Praça Ministro Salgado Filho, Praça Faria Neves, Praça Pinto Damaso, Praça do Entroncamento, Praça Chora Menino, Praça Maciel Pinheiro, Praça Dezessete, Praça Artur Oscar, Jardim da Capela da Jaqueira e os largos da Paz e das Cinco Pontas. Confira a programação completa da 11ª Semana Burle Marx: Quiz sobre Burle Marx Dia: Terça-feira (04/08) instagram do Museu da Cidade do Recife - @museudacidadedorecife Seminário Internacional Paisagem e Jardim com o tema " Burle Marx em sintonia com o tempo” Terça-feira (04/08) (1º dia) 14:00 às 14:20h – Cristina Castel-Branco Ele olha para o amanhã como ele olha para ontem ... Burle Marx: arte e tempo 14:20 às 14:40h – Joelmir Marques O tempo nos Jardins de Casa Forte 14:40 às 15:00h – Alda de Azevedo Ferreira Os jardineiros do século XIX e a gênese do paisagismo no Rio de Janeiro 15:00 às 15:30h – Mirela Duarte - Mediadora das perguntas do 1º bloco de palestras 15:30 às 15:50h – Luciana Schenk Natureza, arte e paisagem: pioneiros 15:50 às 16:10h – Lúcia Veras As Américas em uma carta de paisagem em sintonia com o tempo 16:10 às 16:30h – Mirela Duarte - Mediadora das perguntas do 2º bloco de palestras Quarta-feira (05/08) (2º dia) 14:00 às 14:20h – Ana Rita Sá Carneiro O conselheiro Burle Marx na defesa do patrimônio 14:20 às 14:40h – Saúl Alcántara La Espectacularidad de la Naturaleza en el México Antiguo 14:40 às 15:00h – Cláudia Storino Sítio Burle Marx na perspectiva de patrimônio da humanidade 15:00 às 15:30h Aline de Figueirôa - Mediadora das perguntas do 1º bloco de palestras 15:30 às 15:50h – Eduardo Barra O papel da ilustração nos descobrimentos do Brasil: de Spix & Martius à Burle Marx 15:50 às 16:10h – Sonia Berjman Amor, pasión y aventura: el legado de

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Queiroz Cavalcanti Advocacia lança guia prático de mediação para recuperação judicial

Em tempos de retomada da economia e organização das contas entre devedores e credores, o Queiroz Cavalcanti Advocacia preparou, com a Câmara de Mediação e Arbitragem Empresarial (Camarb), um guia de boas práticas para mediação de conflitos, surgidos em cenário de recuperação judicial. O material - com supervisão dos advogados Camila Oliveira e Lucas Cavalcanti - orienta sobre o que pode ser mediado, como mediar, diretrizes e posturas do mediador, além de despesas com a mediação empresarial, de maneira rápida barata e eficaz. Sem falar que a prática evita judicialização, o que tende a alongar o tempo de se resolver situações nos tribunais, e busca a preservação das boas relações entre as partes, com autonomia e segurança. A eficácia desta atividade tem sido cada vez mais utilizada nas relações negociais, trazendo garantias e resultados à recuperanda, fornecedores, credores, sócios e eventuais terceiros que tenham interesse no processo. Tudo para evitar que a empresa, em recuperação judicial, venha pedir falência e se recupere, consiga pagar suas dívidas, continue e mantenha seus empregos. Projeto tramitando Inclusive, um projeto de lei – de nº 1397/20 e que tramita no Senado - autoriza o devedor a apresentar novo plano de recuperação, com direito a mais 120 dias de suspensão das execuções judiciais da dívida e de garantias de bens essenciais ao funcionamento da devedora. Guia de boas práticas para mediação em Recuperação Judicial - CAMARB

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Torcedor pode ser caracterizado como consumidor? Especialista esclarece

No Brasil, o futebol é uma grande paixão nacional. Os brasileiros vivem o futebol além da partida, torna-se sócios de seus clubes, adquirem pacotes de televisão para ter direito a todos os jogos, compram produtos dos times de coração, vivem o futebol. O que muita gente ainda fica em dúvida é se torcedor pode ser considerado consumidor e, agora, com a volta dos campeonatos (apesar da torcida à distância), vale o alerta. Segundo o advogado Felipe Menezes, especialista em direito do consumidor, “poucos sabem que o torcedor participa de uma relação de consumo, sendo elo vulnerável de uma relação e detentor de alguns direitos”. Para o advogado, primeiramente, é importante entender o que é uma relação de consumo. “O Código de Defesa do Consumidor (CDC), que em seu artigo 2º, diz que ‘consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final’. Já fornecedor é, de acordo com o artigo 3º do CDC, é ‘toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços’”, lembra o especialista em direito do consumidor. Então, um torcedor que adquire um ingresso para assistir a um jogo de futebol é um consumidor com base no art. 2º do CDC. E quem comercializa os ingressos e realiza o evento (o prestador de serviço) caracteriza-se como fornecedor, com base no art. 3º do mesmo diploma. “Portanto, a partir do momento que um torcedor compra um ingresso, se torna sócio de um clube ou adquire pacote de televisão para acesso a todos os jogos, ele se torna consumidor e tem direitos sobre aquele produto/serviço”, explica o advogado Felipe Menezes, professor das áreas de direito do consumidor e processo civil, além de sócio do escritório Carvalho & Menezes Advogados Associados. O que diz o Estatuto do Torcedor e a Lei Pelé? Além do enquadramento do torcedor e da atividade desportiva como um todo, como sendo uma relação de consumo, tutelada pelas normas do Código de Defesa do Consumidor, consta de forma expressa no Estatuto do Torcedor (Lei nº 10.671/03), em seu artigo 3º, além do artigo 42, parágrafo 3º, da Lei Pelé (Lei nº 9.615/98): “Para todos os efeitos legais, equiparam-se a fornecedor, a entidade responsável pela organização da competição, bem como a entidade de prática desportiva detentora do mando de jogo” e “o espectador pagante, por qualquer meio, de espetáculo ou evento desportivo equipara-se, para todos os efeitos legais, ao consumidor”. Dessa forma, percebe-se que o Estatuto do Torcedor e Lei Pelé trazem ao ordenamento jurídico brasileiro, um conceito de que o consumidor como torcedor vai muito além das pessoas que se dirigem aos jogos. “E se engana quem pensa que a própria definição de consumidor do Estatuto do Torcedor pode reverberar em conflito com as normas do Código de Defesa do Consumidor. Pelo contrário, os direitos existentes no Estatuto do Torcedor não tornam nulos os que existem no CDC e sim ‘adicionam’, sendo uma fonte complementar, em virtude do princípio do diálogo das fontes”, afirma o advogado Felipe Menezes. E todos os direitos e garantias que perfazem o Código de Defesa do Consumidor também devem ser contemplados aos torcedores, como por exemplo: reconhecimento da vulnerabilidade, direito à informação, controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, mecanismos de solução de conflitos de consumo, coibição e repressão de abusos praticados no mercado de consumo, direito à proteção da vida e saúde, direito à educação sobre o consumo, liberdade de escolha e igualdade das contratações, proteção contra publicidade enganosa ou abusiva, proteção contratual, prevenção e reparação de danos, acesso à justiça, inversão do ônus da prova, dentre vários outros, espaçados ao longo do CDC. “É importante destacar, ainda, os vários segmentos dentro do setor futebolístico, tendo como objetivo principal a sustentação dos clubes, sendo o torcedor o principal elemento para arrecadação”, lembra o especialista em direito do consumidor. Responsabilidade dos clubes de futebol A responsabilidade dos fornecedores desses serviços, como se trata de uma relação de consumo, é de natureza objetiva na apuração de eventuais danos ao torcedor, ou seja, independe de culpa, assumindo a responsabilidade pelo risco do negócio. “Aqui, é importante identificar quem são estes fornecedores: tanto os próprios clubes, como as federações respectivas. Além da responsabilidade ser objetiva, ela também será solidária, quando em uma mesma obrigação, há mais de um responsável pelo seu cumprimento”, esclarece Felipe Menezes. Dessa forma, estamos diante de danos indenizáveis, já que requisitos configuram como “culpa objetiva”, quais sejam o fato, o dano e o nexo de causalidade. “A propósito, toda pessoa jurídica, tenha ou não fins lucrativos, responde pelos danos causados a terceiros, qualquer que seja a sua natureza e os seus fins. Quanto as penalidades, poderão ser administrativas e até judiciais, sem prejuízo de indenizações e reparações aos consumidores lesados”, diz o advogado especialista em direito do consumir. Segundo Felipe Menezes, infelizmente, as leis não são obedecidas e é possível perceber várias irregularidades. Com base no Estatuto do Torcedor, o advogado elencar uma série de inobservâncias por parte dos clubes e federações do Brasil: · ingresso numerado e local correspondente (artigo 22); · instalações para portadores de necessidades especiais (artigo13, parágrafo único); · seguro saúde, que deve vir expresso no ingresso; um médico e dois enfermeiros para cada 10 mil torcedores presentes à partida (16, III); · uma ambulância para cada dez mil torcedores presentes à partida (16, IV); · alimentação e sanitários em perfeitas condições de higiene (28); · e câmeras no local do evento, dentre várias outras normas, que são visivelmente ignoradas, representando um total descaso com os consumidores dessa modalidade de serviços. “Dessa forma, reforço que o torcedor é considerado consumidor, apesar do CDC ser bastante ignorado por clubes e entidades desportivas, além do Estado não fiscalizar o cumprimento das normas”, conclui o especialista em direito do consumidor. Ele completa ressaltando que nenhuma das partes reconhece a relação e consumo

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SESI-PE comemora Dia Nacional da Saúde com ações gratuitas e abertas ao público

Para comemorar o Dia Nacional da Saúde, celebrado em 5 de agosto, o SESI-PE promoverá ações preventivas gratuitas para a população, como atendimentos de aferição de pressão arterial e testes de glicemia, com o objetivo de orientar e conscientizar o público sobre a importância de realizar os exames de rotina. O evento acontecerá das 7h30 às 10h30, no SESI Saúde, localizado na Rua Frei Cassimiro, nº 88, no bairro de Santo Amaro. No total, serão distribuídas 100 fichas de atendimentos para as 100 primeiras pessoas que chegarem ao local. Os interessados em participar da iniciativa devem apresentar documento original com foto e ter mais de 18 anos. Ao longo do dia, a instituição sorteará 10 testes rápidos sorológicos (IgG e IgM) da Covid-19 para os presentes. Com fundo educativo, o evento visa alertar a população a não negligenciar os cuidados com a saúde, segundo a diretora de Saúde e Segurança na Indústria do SESI-PE, Fernanda Guerra. “Com a correria do dia a dia, cuidar do corpo e da mente nem sempre é a prioridade de muitos. Por isso, queremos orientar que a prevenção é essencial para ter uma vida melhor e os exames periódicos são fundamentais para monitorar as nossas funções corporais, bem como identificar algumas patologias ainda no início. Queremos reforçar que tudo isso aliado à prática de exercícios físicos contribui para a qualidade de vida e traz mais bem-estar”, comentou. AÇÕES GRATUITAS ON-LINE Tendo como foco estimular a adoção de hábitos saudáveis, o SESI-PE promoverá, também no dia 5 de agosto, às 17h, no Intagram (@sesipeoficial), uma aula de HIIT gratuita com o professor de Educação Física e especialista em treinamento esportivo Kildary Gomes. Tendência mundial quando o assunto é atividade física, o HIIT (sigla em inglês para High Intensity Interval Training) é um tipo de treino que melhora o condicionamento físico e a capacidade cardiorrespiratória, acelera o metabolismo e define os músculos. Já às 18h será a vez dos internautas acompanharem um bate-papo com a médica Anna Luiza de Oliveira e o gerente do SESI Saúde, Alexandre Pacheco, sobre como cuidar da saúde diariamente é essencial para ter uma vida saudável e próspera.

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Gás natural mais barato em Pernambuco

Da Copergás A Copergás, autorizada pela Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe), reduziu as tarifas do gás natural no Estado, garantindo a competitividade do produto para todos os segmentos consumidores. A queda das tarifas decorreu da redução dos custos da molécula do gás e do transporte, que são atrelados ao preço do petróleo e à variação da taxa de câmbio – conforme determina o contrato entre a Copergás e a sua fornecedora, a Petrobras. A redução média foi de 14,7%. Os percentuais variaram conforme o mercado consumidor. A maior redução foi no segmento industrial, de 16,2%. A tarifa de cogeração sofreu uma queda de 12,2%. As tarifas para o comércio diminuíram 11,7%. Já a baixa do Gás Natural Veicular (GNV) foi de 10,3%. No segmento residencial, a redução foi em torno de 9%. Essa foi a segunda diminuição consecutiva das tarifas da Copergás este ano. Considerando a redução anterior, ocorrida em 1º de maio de 2020, as quedas médias acumuladas foram de 22,96% no segmento industrial, 17,95% para o Gás Natural Veicular, 20,74% para o comércio e 12,62% para o residencial. As novas tarifas começaram a valer em 01 de agosto. “Essa redução aumenta a competitividade do gás natural em Pernambuco, beneficiando todos os segmentos econômicos que a Copergás atende no Estado. Ao mesmo tempo, estamos ampliando a nossa rede gasodutos, interiorizando os benefícios do combustível e permitindo que a nova infraestrutura do gás natural permita a atração de novos empreendimentos”, argumentou o diretor presidente da Copergás, André Campos. De acordo com André, nos próximos cinco anos, a Companhia investirá cerca de R$ 350 milhões em infraestrutura, dando continuidade no fomento da economia do Estado nos setores industrial, comercial, residencial, veicular, termoelétrico e de cogeração. Estima-se a criação de 490km de gasodutos para o período. A Copergás está presente em 28 municípios no Estado Pernambuco com uma rede distribuidora de 896 km, atendendo mais de 48 mil clientes, com uma média de 1,4 milhão de metros cúbicos de gás distribuídos por dia. Ainda no primeiro semestre de 2020, a Copergás finalizou a obra de expansão da rede de distribuição para o município de Ipojuca, beneficiando as praias de Muro Alto e Porto de Galinhas. Até meados de 2021, será concluído a rede que atenderá o município de Carpina, na Zona da Mata Norte. No segmento industrial, as plantas da Marilan e Bentler, ambas, no município de Igarassu, já foram interligadas à rede de distribuição da Copergás. Já as fábricas da Tramontina, em Moreno, e Aché Laboratórios Farmacêuticos, no Cabo de Santo Agostinho, serão gaseificadas e adicionadas à carteira de clientes da Companhia ainda no segundo semestre de 2020.

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Gustavo Costa: “A premissa de que ninguém pode perder atrapalha a reforma tributária.”

A reforma tributária, segundo Gustavo Cavalcanti Costa, advogado e sócio do escritório Cavalcanti Costa Advogados, seria uma excelente oportunidade para reconstruir o pacto federativo. Seria a chance de não só descentralizar recursos e distribuir poderes, mas, também, de refundar o projeto federativo nacional com o propósito de dinamizar as livres trocas econômicas de bens e serviços no continental mercado comum brasileiro. Infelizmente, porém, na análise de Costa, que é mestre em direito tributário internacional pela Queen Mary, Universidade de Londres, tal objetivo não será alcançado no fatiamento da reforma proposta pelo ministro Paulo Guedes, e corre o risco de ser distorcido pelos projetos elaborados pela Câmara e pelo Senado. O motivo? Não há um esforço conjunto visando ao benefício do País como um todo. “Cada um quer um IVA (imposto de valor agregado) pra chamar de seu”, constata o advogado. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Gustavo Costa, que é ex-auditor da Sefaz/PE e, atualmente, colabora como vice-presidente da Comissão de Estudos Tributários do IAP (Instituto dos Advogados de Pernambuco), analisa a realidade tributária do País e repudia a retomada do debate sobre um imposto sobre transações financeiras neste momento. Quais os principais entraves proporcionados pelo atual sistema tributário ao setor produtivo? Vamos começar com um pouco de perspectiva: o relatório anual do Banco Mundial sobre ranking de competitividade entre os países (Doing Business, 2020) destaca o Brasil na 124ª posição entre 190 economias comparadas. O nosso indicador tributário é pior deles, colocando-nos na 184a posição. Ou seja, nossas empresas competem na última divisão, vendendo produtos caros e com uma alta carga de tributos, custos de transação e controles embutidos nos preços, em um efeito cascata direto e indireto nas cadeias produtivas. Sequer sabemos o quanto pagamos na ponta, o que por si só revela uma curiosa tolerância com nosso déficit de cidadania tributária. Essa não é uma obra do acaso: durante todo Século 20, e até agora, houve considerável esforço de acomodação e improvisos entre os atores responsáveis por criar um sincrético modelo de tributação sobre o consumo de bens e serviços, jogando as suas muitas distorções embaixo do tapete. São muitos os entraves derivados desse modelo exótico, mas tudo começa com nossa enorme dificuldade de assimilar a ideia e as vantagens de uma federação, que na sua origem etimológica, carrega o sentido de pacto (foedus), ou seja, união de interesses para um objetivo comum. Pacto não apenas para descentralizar e dividir poderes, mas principalmente para integrar e promover dinamismo econômico ao espaço federativo. Desperdiçamos a enorme vantagem de ter um espaço territorial continental e um bloco econômico federativo de potenciais 210 milhões de consumidores, desintegrando, desarmonizando e fracionando nosso modelo de tributação sobre o consumo. Os bens e serviços não circulam livremente na federação brasileira. Ela está repleta de barreiras tributárias. Há mais de 30 anos o Congresso debate a reforma tributá ria. Por que é tão difícil aprová-la? O senhor acredita que a pandemia pode acelerar a sua aprovação? Por quê? A pandemia desperta maior senso de urgência e a aprovação de uma reforma tributária constitucional nunca esteve tão perto. Todavia, é necessário muito cuidado para que o açodamento não comprometa a clareza do debate e distraia a origem das questões centrais, inclusive os muitos detalhes dos interesses ocultos, não raro escondidos nos textos. Não pode ser uma reforma tributária para conservar os mesmos interesses e distorções com uma roupagem jurídica nova. Muito menos para gerar caixa para combater os efeitos fiscais imediatos da pandemia. É preciso não apenas eliminar o atual modelo de tributação sobre o consumo, mas a sua obra. Se o Congresso debate a reforma tributária há mais de 30 anos é porque o consenso entre os atores políticos é dificílimo, e envolve nova acomodação no balanço de interesses federativos entre União, estados e municípios, em nível vertical e horizontal. Isto é, um novo pacto federativo para remodelar, por completo, a tributação sobre o consumo em outras bases políticas e com objetivos distintos, voltados à integração e dinamismo do mercado brasileiro de bens e serviços. Sempre fico intrigado quando vejo ser vendida a reforma com a premissa de que deve ser “neutra” para ninguém perder. Se o consenso pretendido for para conservar os mesmos interesses e distorções federativas na mesma situação, os grandes perdedores mais uma vez seremos nós, os contribuintes. Uma boa reforma tributária pode trazer um ganha-ganha na base tributária e na federação, mesmo com redução de alíquotas. O ministro Paulo Guedes apresentou um projeto que propõe a troca do PIS e da Cofins por uma nova contribuição, a CBS, com uma alíquota única de 12%, com o intuito de eliminar o efeito cascata dos impostos. Mas tributaristas criticam o projeto afirmando que ele pode até beneficiar o setor industrial, que possui várias etapas de produção, mas não o setor de serviços, principalmente as pequenas empresas, formadas apenas por mão de obra, que antes pagavam de 3,5% a 9,5% de imposto e vão passar a pagar 12%. O senhor concorda? Sim, concordo, mas não pelas razões apresentadas. O projeto de Paulo Guedes sinaliza para avanços técnicos importantes sobre os atuais entraves do modelo de tributação sobre o consumo. Um deles é o destaque do tributo por fora do preço, permitindo sua transparência, um avanço enorme do ponto de vista da cidadania tributária. Por sua vez, a possibilidade de creditamento largo de insumos também aponta para redução do efeito cascata, inclusive nos serviços, cuja cadeia produtiva é integrada num ciclo muito maior do que apenas a mão de obra utilizada, que não gera crédito. A própria alíquota nominal geral proposta (12%) incidiria sobre uma base de valor agregado que ainda não conhecemos e temos dificuldade de projetar, tamanho é o grau de opacidade sobre o quanto de tributos incide na atual formação dos preços dos bens e serviços brasileiros. A alíquota real pode e deve ser muito menor e, de alguma maneira, todos esses problemas apontados também estão nas duas PECs em tramitação no Congresso. O problema maior da proposta não é técnico ou de definição

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Osman Lins ganha destaque em campanha da Editora UFPE

“Problemas inculturais brasileiros”, do escritor pernambucano Osman Lins, um dos principais nomes da literatura brasileira no século XX, foi incluído pela Editora UFPE na lista de títulos da campanha “Livro, uma boa companhia”. A obra reúne em um só volume duas publicações do autor, “Do ideal e da glória” e “Evangelho na taba”, e contou com a organização do professor do curso de Letras da UFPE Fábio de Andrade. Durante a campanha, o livro poderá ser adquirido com desconto de 25% e frete gratuito. “Do ideal e da glória”, de 1977, e o póstumo “Evangelho na taba”, de 1979, reúnem textos em que a linguagem singular do autor de “Avalovara” e “Lisbela e o Prisioneiro” se entregou ao tratamento direto, frequentemente polêmico, de problemáticas do seu tempo. Nas duas obras, o leitor encontra reflexões de Lins, por exemplo, sobre o empobrecimento cultural provocado pela censura da ditadura militar, a importância do ensino de literatura nas escolas, nos livros didáticos e nas universidades, e o legado de escritores como Lima Barreto, Graciliano Ramos e Hermilo Borba Filho. BIOGRAFIA – Osman da Costa Lins nasceu em 1924, na cidade pernambucana de Vitória de Santo Antão, e faleceu em 1978, aos 54 anos, em São Paulo. Foi autor de contos, romances, narrativas, livro de viagens e peças de teatro. “Avalovara”, romance de 1973, é considerado uma de suas principais obras por conta da engenhosidade na construção da narrativa, escrita a partir de um palíndromo latino. A peça teatral de sua autoria, “Lisbela e o prisioneiro”, de 1964, foi adaptada com grande sucesso de público para o cinema e televisão em 2003. Em entrevista à Editora UFPE, publicada no YouTube, o organizador Fábio de Andrade fala da biografia de Osman Lins, do seu empenho para construir a carreira como escritor e da importância do seu legado intelectual. A entrevista pode ser assistida aqui. Mais informações Livro: Problemas inculturais brasileiros: Do ideal e da glória e Evangelho na taba Autor: Osman Lins Organizador: Fábio de Andrade Preço: de R$ 45,00 por R$ 33,75 Frete: grátis  

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