Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 386 De 445

Rafael Dantas

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Mumuzinho volta ao Recife para comandar roda de samba

Os fãs de samba podem comemorar. A festa “Maior Roda de Samba do Brasil” terá uma nova edição na capital pernambucana, no dia 28 de março. Com estrutura montada no Clube Português do Recife, o evento será animado pelo cantor Mumuzinho, que se junta aos grupos Vou Pro Sereno, Turma do Pagode e Revelação no line up. Relembrando grandes sucessos do ritmo, como “Fulminante”, “Deixa Acontecer” e “Lancinho”, o agito é assinado por Augusto Acioli. Com área única, os ingressos custam R$60, à venda nas lojas Figueiras Calçados dos principais shoppings da cidade e no site da bilheteria digital. Aqueles que preferem chamar todos os amigos para curtir os shows, tem opção de camarotes para 12 pessoas por R$1.200,00.

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Flávia Pinheiro tensiona gravidade e tempo em nova performance-exposição

O corpo é o grande objeto de estudos e experimentações da diretora e coreógrafa paulista Flávia Pinheiro. A busca para entender o corpo — seu, do outro, de ninguém —, em toda sua potência e versatilidade, levou a performer a diversas partes do mundo. Para o novo trabalho, lançado no próximo sábado (7), às 16h, na Galeria Massangana (Edf. José Bonifácio. Avenida 17 de agosto, 2187, Casa Forte, Recife), ela entra em contato com outros corpos — inofensivos, mas não inertes. Em ‘Abismos de um corpo que falha’, explora performances onde matéria, peso e dimensões distintas encontram unidade frente à gravidade e ao deixar de servir. Na exposição, objetos encontrados em um ferro-velho na periferia do Recife servem de vestígios da performance e ganham status de esculturas. “Iniciei o trabalho em um ateliê, a partir de texturas. Observava o comportamento do corpo vivo em relação a objetos diversos: macios, duros, esponjosos, porosos etc. Verificando também como o peso incidia diante destas coisas de tamanhos e densidade diferentes”, conta a performer. “Mais tarde, em um ferro-velho na Guabiraba, encontrei bala de canhão, corrente de navio e tudo pesava mais pra tonelada. Comecei a trabalhar com esses materiais a possibilidade, deslocamento, atenta ao desenho e partitura do espaço.” As fotografias, creditadas à Rhayssa Oliveira e Pedro Coelho, e os vídeos, produzidos por Pedro Giongo, retratam as performances executadas in loco em complemento à instalação. “São elementos que assumem a tentativa frustrada de simular aquilo que aconteceu, pois quando passa da tridimensionalidade para o 2D, muito não se capta”, provoca Flávia, que também assina a produção executiva e expografia da mostra, essa última em conjunto com Diogo Todë. Na abertura, às 18h, ela realizará a performance ao som de trilha incidental [quando a música é coadjuvante, um background] para ativar a exposição. Todo o trabalho é resultado das pesquisas realizadas através das Residências Artísticas 2018, projeto de incentivo às artes visuais da Fundação Joaquim Nabuco. ‘Abismos de um corpo que falha’ é parte da investigação de Flávia Pinheiro sobre o corpo em movimento. “Tento entender e hackear o corpo, que é esse mecanismo ou utopia ficção analógica-digital. O abismo é o tempo dessa obsolescência programada das coisas e objetos dentro do antropoceno — que é essa ideia ou essa construção de identidade humana que tem relação com o sistema neoliberal, capitalista, branco do Norte. O abismo é a busca de outras lógicas, a destruição desses padrões canônicos”, reflete. A obra funciona como resolução ou procedimento nas artes visuais de sua performance cênica anterior, ‘Ruínas de um futuro em desaparecimento’. Curto-circuito Simbólico ou literal, a escolha pelo Belo Lyra Sucata, na Guabiraba, busca tornar tangível a reflexão sobre a destruição ou aceleração do fim. A gravidade é o elemento que infringe todas estas coisas: do corpo humano aos objetos. “Criar esse circuito ou fazer um curto-circuito no corpo entre a percepção, a ação e a sensação tem a ver com esse abismo. A relação das variáveis em que, por mais que a gente viva nessa sociedade do controle, da disciplina e da assepsia, o abismo irá sempre existir. O estudo busca acelerar o fim, utilizando os verbos sempre no presente — como cair — em detrimento de um futuro impossível.” A investigação em espaços de acumulação de lixo e coisas em desuso tem sido o caminho feito pela coreógrafa para suas experimentações. “Tenho desenvolvido essa pesquisa há alguns anos, performances, imagens, intervenções urbanas, videoarte. Meu trabalho vem nesses suportes diferentes dentro da linguagem corporal. No começo, trabalhava bastante com dispositivos analógicos, depois passei para uma tentativa utópica de usar os dispositivos digitais e agora estou na tentativa de desaparecer dessa matéria”, conclui a pesquisadora. O suporte curatorial é de Moacir dos Anjos e a assistência. A assistência de produção é competência de Pedro Toscano e o crédito de figurino leva o nome de Marc Andrade. Serviço Abismos de um corpo que falha Abertura: 07.02.2020 Horário: 16h Local: Galeria Massangana – Fundação Joaquim Nabuco – Av. Dezessete de Agosto, 2187 – Casa Forte Em cartaz até 19 de abri Gratuito Aberto ao público

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Projeto Social As Mil Faces de uma Plus realiza evento comemorativo ao Mês da Mulher

Em parceria com o projeto social de empoderamento da mulher plus size As Mil Faces de Uma Plus e o Espaço Ciência, o Tacaruna Social, projeto que visa a inclusão social e profissional dos moradores das comunidades do entorno do Shopping Tacaruna, realiza o evento “As Mil Faces de Uma Plus: Encontro com Mulher Tacaruna Social Fashion”, em alusão ao mês da mulher. O encontro gratuito acontece nos dias 10 e 11 de março, no Shopping Tacaruna. O evento tem o objetivo de criar um diálogo vivo entre a sociedade e a comunidade, ressaltando a mulher guerreira e talentosa de Pernambuco, peça primordial para que juntas a mudança aconteça através do empoderamento feminino e o protagonismo de cada mulher na sociedade em que está inserida. O encontro vai promover debates, palestras, reflexões, desfile de moda, música e dança. Para participar das palestras é necessário fazer uma inscrição através do telefone 81 98661.7614 até o dia 09 de março. Dentro desta perspectiva, o Tacaruna Social abraçou a causa e unifica a parceria para que o evento se consolide. “Esperamos que a unificação sociocultural de ambos projetos sociais beneficiem suas comunidades com ênfase na multiculturalidade, pluralidade cultural, empoderamento feminino e inclusão social”, destaca Sâmia Veras, idealizadora do Projeto Mil Faces de Uma Plus. O trabalho do Tacaruna Social e do As Mil Faces de Uma Plus propiciam às mulheres o conhecimento, o empoderamento, a autoaceitação, a valorização da mulher por intermédio de ações voltadas para o autodesenvolvimento e consciência da sua importância e valor na sociedade. Tudo isso livre de padrões impostos e imposições preconceituosas, onde a iniciativa difunde a transformação social. SERVIÇO As Mil Faces de Uma Plus: Encontro com Mulher Tacaruna Social Fashion Programação: 10 de março Sala Tacaruna Social Palestras: 14h às 14h40 – Combate à Violência Contra a Mulher: A Mulher em uma nova Era 15h às 17h – De Cara com o Espelho: Empoderar para Empreender *Para as palestras, é necessário fazer uma inscrição através do fone 81 98661.7614, até o dia 09 de março. 11 de março Rooftop do Shopping Tacaruna Desfile Moda ao Alcance de Todas 17h30 Show da Banda Honestamente Cafageste 18h30

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Obesidade e varizes: relação e fatores de risco

Em tempos de cuidados cada vez mais minuciosos com a saúde, desleixar do peso vem na contramão da busca por uma vida cada vez mais saudável. Em um país onde a obesidade cresce a cada ano – pesquisa do Ministério da Saúde aponta que o número de obesos no Brasil aumentou 67,8% entre 2006 e 2018 – investir em medidas preventivas e estar em dia com os exames se torna essencial. É sabido que a obesidade é fator de risco para muitas doenças e pode, inclusive, afetar a saúde das pernas. A cirurgiã vascular Flávia Souza explica que pessoas com sobrepeso têm maior chance de desenvolver varizes devido à quantidade de volume sanguíneo na veia, o que prejudica a circulação. “Não é a obesidade que causa as varizes. O excesso de peso contribui para a dilatação dos vasos sanguíneos. Uma pessoa obesa possui mais gordura entre os órgãos, causando uma pressão interna sobre as veias pelas quais o sangue retorna ao coração. O sangue não consegue fazer o caminho de volta como deveria e parte dele fica retido na veia da perna, ocasionando a dilatação e formação das varizes”, explica. Flávia alerta ainda sobre uma outra complicação que pode ocorrer entre obesos: trombose em decorrência do mau bombeamento do sangue para o corpo, gerando doenças ligadas ao sistema vascular. A trombose venosa, por definição, é a presença de um coágulo dentro de uma veia. Pode ser superficial, no subcutâneo ou profunda, quando a veia acometida está no meio dos músculos das pernas ou dentro da barriga. Estima-se que cerca de 180.000 novos casos de trombose venosa surgem no Brasil a cada ano. A formação deste coágulo dentro da veia ocorre por alguns fatores como lesão endotelial – da parede interna da veia -, dificuldade do sangue circular e, o aumento da viscosidade sanguínea, que é o sangue mais grosso. A cirurgiã complementa ainda que quem já tem predisposição genética para varizes desde cedo, precisa manter o peso equilibrado e ser acompanhado pelo angiologista, já que com o passar do tempo, a idade e o sobrepeso expõem essas pessoas a maior incidência do problema. Algumas dicas práticas, no entanto, podem evitar ou contornar o ganho de peso excessivo. Embora pareça óbvio, o controle da alimentação é fundamental; dormir bem, pois a falta do sono altera o metabolismo causando a sensação de fome. Quem dorme pouco também fica mais cansado, afastando as pessoas do exercício físico; e evitar o sedentarismo: manter-se ativo, seja praticando esportes, indo à academia ou adotar medidas simples como caminhar, nadar, correr e andar de bicicleta. SERVIÇO: Clínica Flávia Souza Fonseca Avenida Rui Barbosa, 715, sala 203 – Graças (81) 3082.3079 | 3105.9555 | 98161.9555

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Vagas: IBGE abre seleção para 200 mil pessoas no País

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) abriu hoje (5) as inscrições para o processo seletivo do Censo 2020. São 200 mil vagas temporárias para os cargos de agentes censitários municipais e agentes censitários supervisores, ambos de nível médio, e para recenseadores, que exige nível fundamental.As vagas são para todos os municípios do Brasil e as inscrições vão até 24 de março, somente pela internet, pelo site da organizadora do Processo Seletivo, Cebraspe. A taxa, no valor de R$ 35,80 para as funções de nível médio e de R$ 23,61 para recenseador, pode ser paga em qualquer banco, casa lotérica ou pela internet. O trabalho será na coleta de informações do Censo 2020, com entrevistas aos moradores de todos os domicílios do país. A duração prevista dos contratos será de três meses, com possibilidade de renovação em caso de necessidades do IBGE e de acordo com a disponibilidade orçamentária. Os profissionais terão direito a férias e 13º salários proporcionais. Não há restrição para quem já prestou serviço temporário para o IBGE ou outros órgãos públicos. Vagas No total, são 5.462 vagas para agente censitário municipal, com salário de R$ 2.100, e 22.676 vagas para agente censitário supervisor, que vai receber R$ 1.700 por mês. Segundo o IBGE, a vaga de agente censitário municipal de cada cidade será ocupada pelos melhores colocados no concurso em cada município. Eles serão os responsáveis pela coordenação da coleta do Censo 2020 naquela cidade, enquanto os demais agentes irão supervisionar as equipes de recenseadores. Os recenseadores serão remunerados por produtividade, de acordo com o número de domicílios visitados e entrevistas feitas com os moradores. O cálculo leva em conta também as características do município, o tempo médio de duração das entrevistas e o deslocamento para o trabalho de coleta. O IBGE disponibilizou um simulador para calcular o valor que o trabalhador pode receber. Por exemplo, um recenseador na cidade do Rio de Janeiro que trabalhe 30 horas semanais pode chegar a uma remuneração de R$ 2.092,56 ao mês. Já em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, a mesma carga horária pode render R$ 4.399,48. As vagas serão distribuídas por áreas de trabalho específicas e o IBGE recomenda que os candidatos morem nas localidades em que irão atuar. As provas, marcadas para maio, serão feitas em todos os municípios onde houver vagas. Para os cargos de agente censitário a prova objetiva de caráter eliminatório e classificatório será no dia 17/05, com dez questões de língua portuguesa, dez de raciocínio lógico quantitativo, cinco de ética no serviço público, 15 de noções de administração em situações gerenciais e 20 questões de conhecimentos técnicos. Os candidatos a recenseadores farão a prova no dia 24 de maio, também de objetiva e de caráter eliminatório e classificatório, com 10 questões de língua portuguesa, 10 de matemática, cinco sobre ética no serviço público e 25 questões de conhecimentos técnicos. (Da Agência Brasil)

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Número de casos do novo coronavírus chega a 13 no Brasil

O número de casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) chegou a 13 no país. Há ainda 768 casos suspeitos e outros 189 foram descartados pelas autoridades de saúde. O boletim foi divulgado pelo Ministério da Saúde hoje (6), em Brasília. O resultado marca um aumento e cinco pacientes infectados pelo vírus desde o último balanço, divulgado ontem (5). Um dos novos casos foi registrado na Bahia. Uma mulher de 34 anos, residente da cidade de Lauro de Freitas, que teve o diagnóstico depois de viagem pela Itália, onde passou pelas cidades de Milão e Roma. Embora esteja assintomática, ela se encontra isolada em casa, sob observação das autoridades de saúde. Os outros quatro novos casos foram identificados em São Paulo, totalizando dez pacientes com o vírus no estado. Completam a lista um no Rio de Janeiro e um no Espírito Santo. No Distrito Federal um teste acusou a infecção, mas a secretaria de saúde ainda aguarda a contraprova. (Da Agência Brasil)

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Mulheres no comando das empresas

Elas não querem ser parabenizadas com rosas e bombons a cada dia 08 de março. Desejam celebrar o Dia Internacional pela Luta dos Direitos das Mulheres fazendo o que sabem de melhor: romper barreiras e ganhar cada vez mais espaço na sociedade.  De acordo o estudo da International Business Report (IBR) – Women in Business 2019, da empresa de consultoria Grant Thorton, 93% das empresas brasileiras entrevistadas declararam ter ao menos uma líder feminina, acima da média global de 87%. Mas na prática, isso realmente acontece? Existem áreas ainda predominantemente masculinas como, por exemplo, o mercado imobiliário. No Recife, poucas imobiliárias são comandadas por mulheres. Uma delas é a Bankasa, fundada em 2013 por Andresa Stamford. . . Com sede na Boa Vista, a imobiliária conta hoje com 15 corretores. Seu braço direito, a coordenadora Amanda Pinheiro, completa o time. Em 2019, o faturamento – soma dos valores dos imóveis comercializados – chegou a uma média de R$ 1 milhão, valor expressivo para o porte da empresa. O segredo? Trabalho em equipe. “Aqui na Bankasa procuramos deixar o ambiente tranquilo, mesmo em um meio competitivo que é o de vendas. Assim todos saem ganhando”, afirma Andresa Stamford. “Se somarmos as imobiliárias comandadas por mulheres no Recife, não chegamos a 5. Em relação ao ambiente de vendas existem diferenças na forma que é comandado, muito mais no resultado, mas não de uma forma mais sensível, como podem pensar. Temos que ter uma garra maior, um objetivo maior, e sustentar toda a credibilidade para conseguir um resultado muito melhor também”, completa Amanda Pinheiro. PRODUTIVIDADE Empresas com mulheres em postos de liderança têm melhor desempenho nos negócios, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O relatório “Mulheres na gestão empresarial: argumentos para uma mudança” ouviu 13 mil empresas de 70 países. Mais de 75% das companhias entrevistadas afirmam que seus resultados são 20% melhores com mulheres em posições de chefia.  Em termos de lucros, quase três quartos das companhias que monitoraram a diversidade de gênero em posições de gestão relataram aumentos entre 5 e 20%. A maioria teve crescimento de 10 a 15%.

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Caminhada sobre o Recife Neocolonial acontece domingo

O grupo Caminhadas Domingueiras se reúne no próximo domingo (8) para conhecer mais o Estilo Arquitetônico Neocolonial no Recife. O local de encontro é a praça do Clube Internacional (Praça Euclides da Cunha), na Rua Benfica, Madalena. Os caminhantes partes às 8h até o Arquivo Público Estadual. O roteiro, de aproximadamente de 6 quilômetros será: Praça Euclides da Cunha – Ponte do Derby – Praça do Derby (Memorial da Medicina) – Quatro Cantos – Rua das Creoulas – Rua Cardeal Arcoverde – Avenida Rui Barbosa – Parque Amorim – Rua Fernandes Vieira – Rua Oliveira Lima – Rua do Riachuelo – Rua da Aurora – Ponte Princesa Isabel – Praça da República – Rua do Imperador – encerrando com uma visita no Arquivo Público Estadual. A previsão de encerramento é às 11h. A caminhada é guiada pelo arquiteto e urbanista Francisco Cunha. Não é necessário nenhum tipo de inscrição para acompanhar o grupo, basta chegar no local de concentração da partida. Serviço: Caminhada Domingueira do Estilo Arquitetônico Neocolonial do Recife Partida: Domingo, 08.03.20, às 8h Local de Encontro: Praça do Clube Internacional (Euclides da Cunha) na Rua Benfica, Madalena, às 8h.    

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Câncer de mama dificulta reinserção de mulheres no mercado de trabalho

O dia 8 de março é marcado pela reinvindicação feminina para melhores condições de trabalho e mesmo após 44 anos da oficialização da data, o cenário ainda está desfavorável. Pela questão de gênero, muitas mulheres perdem oportunidades, sofrem com a desigualdade salarial ou não conquistam postos de liderança. Uma pesquisa realizada pelo IBGE mostrou que as mulheres são o grupo que menos conseguem empregos, mesmo sendo o maior grupo em idade ativa para trabalhar. Ao fazer o recorte dessa realidade no que se refere a mulheres com câncer, é possível notar que as taxas de sobrevivência têm crescido, mas pouco se fala sobre a qualidade de vida dessas mulheres. Um estudo recente liderado pela oncologista Luciana Landeiro, do Grupo Oncoclínicas, revelou que mulheres com diagnóstico de câncer de mama, mesmo aquelas que já enfrentaram a doença, têm menos chances no mercado de trabalho. A argumentação “Retorno ao trabalho após o diagnóstico do câncer de mama: Estudo prospectivo observacional no Brasil” é resultado da tese de doutorado da médica na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e foi publicada na Revista Câncer, publicação cientifica norte-americana e uma das principais revistas internacionais na área de oncologia. A pesquisa foi realizada em mulheres com idade entre 18 e 57 anos que foram entrevistadas por telefone com 6, 12 e 24 meses após o diagnóstico de câncer de mama. Antes do diagnóstico, 81% das pacientes tinham emprego em tempo integral e 59,5% relataram que eram as principais responsáveis pela renda familiar. A maioria das pacientes (94%) gostava de sua atividade de trabalho e recebeu apoio de seu empregador (73%) depois da identificação da doença. No entanto, apenas 29,1% de mulheres relataram ter sido oferecido algum tipo de ajuste no seu trabalho, condição importante para lidar com os efeitos adversos do tratamento. “As mulheres que receberam ajustes na função por parte de seus empregadores tiveram 37 vezes mais chances de retornar ao trabalho”, diz a médica. Aproximadamente 80% das pacientes tinham baixa renda familiar (com menos de quatro salários mínimo/mês por família). Aos seis meses após o diagnóstico de câncer de mama, a taxa de retorno ao trabalho foi de 21,5%. Um ano após o diagnóstico, essa taxa ficou em 30,3% e após dois anos do diagnóstico da doença a taxa registrada foi de 60,4%. Segundo a Dra. Luciana, as taxas de retorno foram menores que as registradas em pesquisas realizadas na América do Norte e na Europa. Pacientes submetidas à mastectomia (retirada cirúrgica completa da mama), que foram diagnosticadas com depressão após o câncer ou que experimentaram dor retornaram significativamente menos para suas atividades de trabalho. A pesquisa também revelou que a chance de retornar ao trabalho foi nove vezes menor entre as mulheres tratadas com terapia endócrina. O estudo também concluiu que as mulheres que recebiam dois ou mais salários mínimos tinham 17 vezes mais chance de retornar ao trabalho do que as que ganhavam menos. As mulheres que se submeteram à cirurgia conservadora (que retira o tumor e preserva a maior parte possível da mama) também apresentaram vantagens em comparação às que foram submetidas à mastectomia (retirada cirúrgica da mama). A chance de reinserção no mercado de trabalho foi nove vezes maior para elas. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 66 mil mulheres são diagnosticadas com câncer anualmente, por isso é preciso desenvolver estratégias com foco na assistência e reabilitação para a volta ao trabalho, assim como estimular o mercado a dar oportunidades às pacientes oncológicas. “Após o tratamento, as pacientes precisam retomar sua vida normal. O retorno ao trabalho faz parte do retorno à normalidade, contudo esse tema é pouco visitado e discutido. Acredito que a criação de programas de inclusão no mercado de trabalho para pacientes oncológicos poderia ser uma das formas de melhorarmos o número de pacientes que retornam às suas atividades laborais após o câncer”, afirma a Dra. Luciana Landeiro.

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Seminário de Olinda e a República de 1817

Homem do século 16, bom cristão, temente à Deus, Duarte Coelho cedo preocupou-se com a fé do seu povo. Muito antes de sua partida para o Brasil, já contratara os serviços do Padre Mestre Pedro da Figueira, que viria a ser o primeiro vigário da igreja matriz do Salvador de Olinda, tendo este recebido o seu primeiro ordenado em 3 de junho de 1534; correspondente a um trimestre, 3$750, a razão de 15$000 ao ano. No âmbito da vila de Olinda foram logo construídas as igrejas de Nossa Senhora do Monte, já existente em 1537, a matriz do Salvador (1536) e a ermida de Nossa Senhora da Graça (1550), esta última erguida pelo próprio Duarte Coelho, sobre o outeiro mais alto da capital da Nova Lusitânia. Com a chegada dos jesuítas Manuel da Nóbrega e Antônio Pires à Olinda (1551), Duarte Coelho fez a doação da ermida de Nossa Senhora da Graça, com todas as terras ao seu redor, aos padres da Companhia de Jesus para que nela fosse fundado um colégio e iniciassem a catequização dos indígenas. Após diversos insucessos, conseguiram os jesuítas abrir o colégio de Olinda, que prestou seus bons serviços, embora não chegasse ao esplendor de outros colégios, nomeadamente o da Bahia. Pregaram missões populares na vila e pelos engenhos. Mas quanto aos índios pouco foi feito, apenas uma ou outra aldeia, durante todo Século 16 no máximo chegando a quatro, incluída a Paraíba, com pessoal muito limitado, não obstante ser a capitania mais povoada do Brasil. As atividades do Real Colégio de Olinda, construído parcialmente com subsídios da Coroa, pagos em açúcar que era comercializado pelos padres jesuítas, só vieram ter início em 1568, como escola elementar, acrescentando-se dois anos mais tarde o curso de latim. Em 1576, na presença do Bispo D. Antônio Barreiros, 3º Bispo do Brasil (1576-1600), foi instalado o curso de Teologia Moral, “em vista ao elevado número de clérigos. Nessa época chegou a contar 92 alunos, dos quais 32 no curso de humanidades e 70 no elementar. Entre seus reitores destacaram-se o padre Rodrigo de Freitas (1568-1572) e o padre Luís da Grã (1577-1589), este último o mais capaz e benemérito dos superiores jesuítas de Pernambuco. Fora das lições de casos, não houve no Colégio de Olinda outros estudos de grau superior, devendo os alunos que os quisessem continuar ir à Bahia ou ao Reino” (Arlindo Rubert, A Igreja no Brasil. v. I. Santa Maria (RS): 1981. p. 61 e 158. p. 251). A antiga ermida construída pelo primeiro donatário foi logo substituída por outra maior. Ainda no século 16, entre 1584 e 1592, os padres da Companhia de Jesus levantaram a igreja atual, de frontispício sóbrio, frontão triangular, cobertura em duas águas e nave única. A capela-mor é ladeada por duas capelas reentrantes, sendo o traçado do templo inspirado na arquitetura da igreja de São Roque de Lisboa, no Bairro Alto. Já nos primeiros anos, os padres da Companhia de Jesus também instalaram no local um Horto Botânico, a fim de aclimatar as primeiras mudas de plantas trazidas de outros continentes para o Brasil (coqueiros, bananeiras, etc.). *Por Leonardo Dantas, jornalista e historiador (Publicado em 08/04/2017)

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