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Parque das Gracas Credito Edson Holanda Prefeitura do Recife

Festival Palco Espiral promove 12 horas de música e cultura gratuita no Parque das Graças

Evento reúne shows, exposições, gastronomia, artesanato, atividades inclusivas e ações de sustentabilidade às margens do Rio Capibaribe O Parque das Graças, na Zona Norte do Recife, será palco de 12 horas de programação gratuita no próximo sábado, 3 de maio, a partir das 9h. O Festival Palco Espiral celebra a diversidade musical e artística com shows, exposições, atividades terapêuticas, feira de economia criativa, oficinas e ações de conscientização ambiental, tudo ao ar livre e com acesso livre para o público. Entre as atrações musicais, estão confirmados nomes como Juliano Holanda, Trans Coco, Tertúlia, Laís Xavier, Ítalo Soeiro, Marcos, além dos DJs Pré e Makeda. A programação também inclui apresentações culturais de grupos como o Cavalo Marinho Boi Pintado e o Grupo Pipoquinha, além de exposições de artistas visuais e uma feira de gastronomia e artesanato local. Para garantir a acessibilidade, o evento contará com audiodescrição e intérpretes de Libras durante os shows. O festival ainda promove ações terapêuticas, como sessões de musicoterapia, e lança o 1º Prêmio Personalidade Espiral, que homenageará contribuições relevantes à música pernambucana. Haverá também o pré-lançamento do livro “Você não precisa sentir dor!”, do Dr. Luiz Severo, além de uma oficina de boneco de papel machê e atividades artísticas desenvolvidas por jovens neuroatípicos do projeto Porãozinho dos Ventos. Com apoio do Sistema de Incentivo à Cultura da Prefeitura do Recife, o Palco Espiral ainda realiza, na semana anterior ao evento, um curso gratuito de formação de técnicos de palco (roadies) para jovens em situação de vulnerabilidade social. Serviço:Festival Palco Espiral📅 Quando: 3 de maio, a partir das 9h📍 Onde: Parque das Graças, Recife🎟️ Entrada gratuita

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RioMar Jazz Fest celebra o jazz com shows gratuitos e artistas internacionais

Evento no Recife reúne nomes do Brasil e do exterior e inclui programação social com oficinas de música e grafite Em comemoração ao Dia Internacional do Jazz, celebrado em 30 de abril, o RioMar Recife realiza a 11ª edição do RioMar Jazz Fest com três dias de programação gratuita, reunindo artistas do Brasil e de outros países. Entre os dias 28 e 30 de abril, o público poderá participar de oficinas e conferir apresentações musicais no palco montado na Praça de Alimentação, no Piso L3 do shopping, em um evento com curadoria da Uptown Band e foco na democratização do jazz. A abertura da programação acontece na segunda-feira (28), às 19h, com um workshow do músico norte-americano Lorenzo Thompson, que compartilhará sua experiência em guitarra, baixo e bateria. A oficina é aberta ao público, com vagas limitadas e inscrições gratuitas pelo aplicativo do RioMar Recife. Nos dias seguintes, os shows ganham destaque: na terça-feira (29), às 19h, Martin Pizzarelli (EUA) e Hyuna Park (Coreia do Sul) convidam o paulista Rico Baldacci. Em seguida, às 20h30, Lorenzo Thompson se apresenta ao lado do brasileiro Bruno Marques. Já na quarta-feira (30), a cantora norte-americana Tamara Peterson sobe ao palco às 19h com os brasileiros Prado Brothers. Às 20h30, a Uptown Band encerra o evento com um tributo blues a Reginaldo Rossi, ao lado de artistas convidados. A programação também inclui um braço social, em parceria com o Instituto JCPM. Na terça-feira (29), das 15h às 17h, jovens atendidos pelo instituto participam de oficina de grafite com o artista plástico Alemão Art, responsável pela arte oficial do festival e com obras expostas em mais de 30 países. Na quarta-feira (30), das 16h às 17h, será realizado um bate-papo musical com demonstrações de instrumentos para jovens interessados em música. Serviço:RioMar Jazz Fest 2025Local: Praça de Alimentação do RioMar Recife – Piso L3Datas: 28 a 30 de abrilEntrada: GratuitaInscrições para o workshow: pelo app do RioMar Recife Programação completa em: www.riomarrecife.com.br

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Primeiro musical infantil sobre educação financeira chega ao Recife

"Família Dindim" faz apresentações nos dias 26 e 27 de abril no Teatro Luiz Mendonça Com muito humor, música e uma proposta lúdica, o espetáculo infantil Família Dindim desembarca no Recife para duas únicas apresentações neste fim de semana, dias 26 e 27 de abril, às 17h, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu. Com direção de Carla Candiotto e músicas originais de Gustavo Kurlat, o musical apresenta a história de uma família divertida que, entre confusões e sonhos, ensina ao público conceitos básicos de educação financeira de forma leve e acessível. Viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e patrocinado pelo Nubank, Família Dindim foi sucesso em temporadas por todo o país e agora promete encantar a criançada do Recife. "Especialmente quando se pensa em valores como paciência, dedicação e planejamento. São estes os tópicos abordados na peça", afirma o autor Gustavo Kurlat. Com canções ao vivo e personagens carismáticos, o espetáculo aborda temas como crédito, débito, Pix, inflação e investimentos, de maneira que as crianças possam entender e aplicar no dia a dia. Além das lições financeiras, o público poderá se divertir com as trapalhadas dos irmãos Matheus e Catarina, o primo influencer Manu e os pais Dona Joana e Seu Augusto. "Escrevi as letras junto com o texto, para que cada canção pudesse dar uma nova dimensão e trazer novos dados para cada assunto que aparece", completa Kurlat. A trilha sonora do musical também está disponível no YouTube e o perfil oficial da Família Dindim nas redes sociais traz mais novidades sobre o projeto. SERVIÇOFamília DindimDatas: 26 e 27 de abrilLocal: Teatro Luiz Mendonça – Parque Dona Lindu (Av. Boa Viagem, s/n - Boa Viagem, Recife - PE)Horário: 17hIngressos: R$ 90 (inteira) | R$ 45 (meia-entrada)Clientes Nubank: 30% de desconto (R$ 63 inteira | R$ 31,50 meia-entrada)Ingressos populares: R$ 38 (inteira) | R$ 19 (meia-entrada)Classificação: Livre | Duração: 60 minutosVendas antecipadas: Sympla - Família Dindim

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Quinteto Violado revê a trajetória na Casa Estação da Luz

Apresentação acontece no próximo sábado, dia 26 de abril, em Olinda Quinteto Violado, hoje, aos 53 Anos, leva para a casa Estação da Luz, no dia 26 de abril, o show que traz as músicas mais marcantes em sua trajetória, como: Palavra Acesa, Asa Branca, Forró de Dominguinhos, Algodão, além dos frevos e das cirandas que se renovam com os arranjos marcantes do grupo. Surgido em Pernambuco no momento pós-tropicalista (1971), o Quinteto Violado focou seu trabalho na música regional, valorizando a cultura brasileira através de trabalhos de pesquisa e agregando as experiências pessoais dos seus integrantes. Desta época até hoje o Quinteto e sua identidade sonora – construída a partir do contrabaixo, violão, viola, flautas, teclados, percussão e vozes – conquistam cada vez mais admiradores pelo Brasil e o mundo com o seu estilo ‘Free Nordestino’. E o que é “Free Nordestino”? Uma expressão utilizada por Gilberto Gil ao ser perguntado pela Imprensa Brasileira sobre o trabalho do, à época, novato Quinteto Violado e caracteriza-se pelos arranjos com a identidade nordestina e a influência da música do mundo – “a música do Quinteto é orgânica, com personalidade local, mas, quando projetada, tem referências que independem de nacionalidade. É um som universal com fortes influências nordestinas e cosmopolitas na sua harmonia”. Algumas poesias ou letras são dos próprios integrantes, mas a maioria é leitura do cancioneiro popular que recebe roupagem nova com arranjos transformadores. As músicas têm um toque de contemporaneidade e improvisos típicos do jazz, passeando do erudito ao mais popular dos estilos. Não é exagero dizer que o primeiro disco do grupo, há 53 anos, plantou uma semente de mudança no modo de sentir e expressar a música do Nordeste do Brasil, música esta que desbravou novos e amplos horizontes pelo mundo. Europa e Ásia receberam o Quinteto Violado de braços, olhos e ouvidos bem abertos. Portugal, Alemanha, Suíça, França, Iugoslávia, Tchecoslováquia, Áustria, Bélgica, Itália, Espanha, Turquia, Síria, Coréia do Sul (Seul), além do Paraguai, Peru e Suriname, nas Américas. Angolanos, moçambicanos e cabo-verdianos, na África, também conheceram esta nova música brasileira, fundamentada na cultura nordestina, e são frequentemente visitados pelo grupo. O Quinteto Violado, de fato, não parou no tempo e manteve essa carreira que tem o respeito da classe artística, da Imprensa e da crítica brasileira sem qualquer mácula – exemplo disso são os 4 Prêmios da Música Brasileira, 3 Prêmios da Música Pernambucana, 1 Prêmio Profissionais da Música e a indicação como Melhor Grupo Brasileiro de Música de Raiz no XV Latin Grammy Awards, além dos 56 LP’s e CD’s, 04 DVD’s e o lançamento de 03 Livros que contam essa trajetória. O Show TEMPO é um passeio pelos sucessos do Grupo, e tem Direção de Pedro Francisco de Souza e Direção Musical de Dudu Alves.

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Magia e resistência: Lucas Santana lança distopia ambientada no Nordeste

Livro "Sangue Raro" será lançado neste domingo (27), na Livraria Jaqueira, e mistura fantasia, política e cultura popular O escritor paraibano Lucas Santana lança neste domingo (27), às 16h, o livro Sangue Raro, uma fantasia distópica que mergulha o leitor em um universo onde a ditadura e a feitiçaria se entrelaçam. O evento acontece na Livraria Jaqueira, no Recife Antigo, com entrada gratuita e programação exclusiva. A obra estará à venda por R$ 67,99, assim como o título anterior de Santana, O silêncio no mangue, por R$ 60. A nova publicação também está disponível em e-book na Amazon por R$ 59,90. Na trama, Caetano é um “sangue-raro” — pessoas cujos poderes mágicos são perseguidos por um regime autoritário. Após dez anos de cativeiro, ele escapa com a ajuda de Jorge, um bruxo que precisa de sua ajuda para encontrar a filha desaparecida. A missão, permeada por dilemas éticos, perseguições e um país devastado pelo ódio, se desenrola em pleno carnaval. O enredo é atravessado por elementos da cultura pernambucana e simbolismos ligados à vivência queer do autor, que transforma sua experiência em literatura fantástica. “Escrever Sangue Raro foi um mergulho dentro de mim. Para construir essa história, precisei resgatar memórias da infância, de relatos que ouvi, de notícias que me marcaram [...] transformar essa sensação de inadequação em algo mágico (em personagens que são sangue-raro, discriminados por carregarem magia no sangue) foi como estender a mão para aquele adolescente e dizer: ‘você não é um erro. Você é raro, forte, mágico. E merece existir por inteiro. Escrever esse livro foi uma jornada de dor, mas também de reencontro e de afirmação’”, revela Santana. O projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo, por meio da Secretaria de Cultura de Pernambuco. Serviço:Lançamento do livro Sangue RaroLocal: Livraria Jaqueira – Rua Madre de Deus, 110, Recife AntigoData: Domingo, 27 de abrilHora: 16hEntrada: Gratuita Mais informações:Instagram | Bluesky | TikTok

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Festival RioMar de Literatura lota teatro com debates, música e faz homenagem ao escritor Marcelo Rubens Paiva

Com ingressos esgotados, evento reuniu autores, influenciadores e artistas em uma celebração da literatura no Recife O XI Festival RioMar de Literatura, realizado nesta quinta-feira (24), lotou o Teatro RioMar, no Recife, com uma programação que uniu literatura, música e solidariedade. O evento contou com a participação de nomes como os escritores Pedro Pacífico, Daniela Arrais e Marcelo Rubens Paiva, que conversaram sobre o poder da escrita e os desafios do mundo digital. A mediação ficou por conta da jornalista Beatriz Castro. Além dos debates literários, o público foi convidado a participar da campanha de doação de livros infantis e juvenis, que serão entregues a crianças do Sertão de Pernambuco por meio da ONG Amigos no Sertão. A programação musical do evento ficou por conta dos pocket shows da cantora Isadora Melo e do músico, poeta e escritor Lirinha. Com curadoria da jornalista Carmen Peixoto, o festival reafirma seu papel como um dos principais encontros literários da capital pernambucana. Ao reunir autores de diferentes gerações, o evento mostrou que a literatura continua sendo um espaço de diálogo, memória e transformação social. Marcelo Rubens Paiva fala sobre memória, ditadura e o papel da literatura Após o sucesso da adaptação de Ainda estou aqui para o cinema, que rendeu reconhecimento internacional e um Oscar, o escritor Marcelo Rubens Paiva compartilhou reflexões sobre sua trajetória e o impacto de suas obras. “O papel do escritor é ser lido. Acho que atingi o ápice disso tudo com o filme... levou as pessoas a lerem de novo uma obra minha que já estava no canto das livrarias há muito tempo”, afirmou, destacando o sentimento de missão cumprida ao ver sua história pessoal alcançando novos públicos. Durante a conversa, Marcelo também fez paralelos entre o passado e o presente do país. Ele comentou o episódio do 8 de janeiro como um alerta para a necessidade de manter viva a memória da ditadura militar. “É a prova de que é preciso falar de 64, relembrar, repensar se o Brasil deve perdoar os golpistas”, disse. Para ele, os resquícios do regime ainda se fazem presentes na estrutura da segurança pública brasileira: “A forma como a polícia militar abate as pessoas começou na ditadura. O fato de a polícia ser militar... isso não existe em lugar nenhum do mundo.” Autor de uma trilogia autobiográfica, Marcelo explicou como O Novo Agora se conecta com seus livros anteriores. “Uma fase quando eu era jovem, uma fase com minha mãe com Alzheimer e uma fase que eu virei pai. O Novo Agora foi quase uma necessidade... uma sugestão do editor para continuar uma história que ainda estava engasgada.” Ele reforçou que, ao narrar experiências íntimas, também se comunica com o coletivo. “Você fala de você para falar do coletivo... falando profundamente da minha mãe, das relações familiares... você aborda o conflito que é universal.” O escritor também revelou que o pedido de não exibir cenas de tortura no filme partiu dele, numa tentativa de construir uma narrativa emocional e não explícita sobre o período. “Queria que fosse sutil, nas entrelinhas”, disse. “Faltava um filme da família comum... não ideológico ou didático.” Neste momento, Paiva vive uma fase dedicada à literatura e aos lançamentos internacionais de suas obras, com passagens por França, Itália, Espanha, Portugal e Inglaterra. “Esse ano vai ser em função da literatura”, concluiu. Literatura como espelho e abrigo: Daniela Arrais e Pedro Pacífico falam sobre juventude leitora e escrita pessoal no Festival RioMar Durante coletiva no XI Festival RioMar de Literatura, os autores Daniela Arrais e Pedro Pacífico refletiram sobre o novo perfil de leitores no Brasil e o papel transformador da escrita autobiográfica. Ambos celebraram a crescente adesão dos jovens à leitura, impulsionada pelas redes sociais. “Ainda bem que tem esperança”, afirmou Pacífico. “O BookTok virou uma porta de entrada para muitos adolescentes, que agora estão levando os próprios pais para as bienais. É uma inversão linda.” A conversa também destacou a potência da escrita pessoal como ferramenta de conexão. “Quando a gente lê e se identifica no livro do outro, vem aquela sensação reconfortante de não estar sozinho nas dores e medos”, contou Pacífico, autor de uma obra marcada por relatos sobre identidade e autoconhecimento. Daniela, por sua vez, falou sobre o receio inicial de compartilhar experiências íntimas em seu livro: “Pensei: será que alguém vai se interessar? Mas percebi que as experiências são universais. Falar de mim é, de alguma forma, falar do outro.” Ambos também expressaram preocupação com os impactos da inteligência artificial na produção literária. Daniela relatou ter recebido um livro assinado por IA e se recusado a lê-lo: “Fiquei assustada. A gente precisa de mais humano, mais naturalidade na escrita.” A dupla ainda defendeu políticas públicas de incentivo à literatura e o fortalecimento da cadeia do livro no Brasil, especialmente fora do eixo Sudeste.

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A infância pode durar para sempre 

*Por Gabriela Camarotti A infância não é apenas um período da vida, mas uma forma de existir. Mais do que um substantivo, poderíamos olhar a infância como um adjetivo, uma maneira de ser, sentir e perceber o mundo. Curiosidade, leveza, criatividade e entusiasmo não precisam ser características exclusivas das crianças; são elementos fundamentais para uma vida plena em qualquer idade. No entanto, ao longo dos anos, muitas vezes deixamos para trás essas características que nos tornam adolescentes e adultos felizes, que mantêm viva a forma genuína de sentir e perceber a realidade. O que aconteceria se, em vez de encerrar a infância, a carregássemos conosco para sempre? O educador Marcelo Cunha Bueno enfatiza que “a infância é uma forma de estar no mundo, e não apenas uma fase da vida”. Ele nos lembra que a intuição, essa inteligência sensível e profunda, é um legado da infância que nos conecta ao que há de mais autêntico em nós. É através desse olhar infantil que conseguimos viver com mais verdade, alinhados aos nossos sonhos e desejos. Mas como preservar essa essência ao longo das fases da vida? Como garantir que a infância, com suas qualidades inegociáveis, continue viva na adolescência e na vida adulta? A resposta está em cultivar aquilo que naturalmente nos impulsionava na infância: a curiosidade, a criatividade, o afeto e o protagonismo. O que os grandes pensadores da educação nos mostram é que preservar essa essência não é apenas um desejo romântico, mas uma necessidade para uma vida mais rica e significativa. O educador Paulo Freire nos ensina que a aprendizagem nasce do diálogo, da curiosidade e da capacidade de questionar, qualidades naturais da infância que, quando preservadas, tornam o adulto mais crítico e reflexivo. Loris Malaguzzi, educador italiano, com sua abordagem Reggio Emilia, reforça a ideia de que cada ser humano tem “100 linguagens”, múltiplas formas de aprender e expressar-se, que não deveriam ser reduzidas à medida que envelhecemos. Edgar Morin, sociólogo e filósofo francês, lembra que o mundo é complexo e imprevisível, e que aqueles que mantêm o pensamento exploratório e criativo da infância têm mais facilidade para se adaptar às mudanças. Manter a curiosidade na vida adulta significa não perder o encantamento pelo novo, a vontade de aprender e o olhar investigativo sobre o mundo. É preciso resgatar a capacidade de fazer perguntas, de explorar possibilidades e de não se contentar com respostas prontas. Quem mantém essa inquietação intelectual permanece aberto ao aprendizado e à inovação, sem medo de mudar de opinião ou de se reinventar. A criatividade, tão abundante na infância, não deve ser reprimida pela rigidez das obrigações e das regras impostas. Crianças transformam o ordinário em extraordinário, enxergam soluções onde ninguém mais vê e criam realidades inteiras a partir da imaginação. Cultivar essa habilidade ao longo da vida permite que continuemos inventando novas formas de nos expressar, seja na arte, na ciência, no trabalho ou nas relações cotidianas. O afeto e a escuta são fundamentais para manter viva a essência infantil. Na infância, vivemos intensamente nossas emoções e nos conectamos com os outros sem reservas. Conforme crescemos, muitas vezes endurecemos nossas relações, substituindo a escuta genuína por diálogos superficiais e a empatia pela pressa do dia a dia. Resgatar essa conexão profunda com os outros nos torna mais humanos, mais presentes e mais atentos ao que realmente importa. O protagonismo, por fim, é a chave para que a infância permaneça dentro de nós. Quando crianças, agimos com autenticidade, exploramos o mundo sem medo de errar e confiamos em nossa própria capacidade de aprender. Na vida adulta, o medo do julgamento e a necessidade de se encaixar podem limitar essa liberdade. Retomar o protagonismo significa assumir o controle sobre a própria história, fazer escolhas com coragem e manter viva a paixão por descobrir e experimentar. Se a infância é esse estado de curiosidade, leveza e encantamento, então ela não precisa acabar. Podemos continuar sendo exploradores do mundo, aprendizes constantes e sonhadores corajosos, independentemente da idade. Isso é um ato de resistência contra um mundo que nos exige rigidez e pragmatismo. É um compromisso com uma vida mais rica, mais autêntica e mais humana. Manter a infância viva não é um ato de nostalgia, mas sim um compromisso com uma vida mais autêntica, plena e criativa. Quem carrega consigo a curiosidade, a criatividade, o afeto e o protagonismo se torna mais adaptável, mais empático e mais preparado para os desafios da vida. Afinal, como nos ensina Marcelo Cunha Bueno, “a infância é uma forma de estar no mundo”. E essa forma, se cultivada, pode, e deve, nos acompanhar por toda a vida. Gabriela Camarotti é diretora pedagógica do ensino fundamental I e II da Escola Vila Aprendiz

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Micro e Pequenas Empresas lideram aumento de 13,1% na demanda por crédito em fevereiro

Serasa Experian aponta que o crescimento foi impulsionado pela resiliência dos MPEs diante de um cenário desafiador A demanda das empresas por crédito no Brasil registrou um aumento de 13,1% em fevereiro de 2025, comparado ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados do Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito. O principal responsável por esse crescimento foram as Micro e Pequenas Empresas (MPEs), que apresentaram uma alta de 13,5% no período. Esse aumento reflete a busca por fôlego financeiro em meio a um cenário de taxas de juros elevadas e desafios econômicos. Para Camila Abdelmalack, economista da Serasa Experian, o aumento na procura por crédito é uma resposta das empresas à necessidade de manter a operação. “Apesar do nível restritivo da taxa de juros, muitas micro e pequenas empresas têm recorrido ao crédito como uma forma de manter a operação e atravessar um cenário desafiador. A resiliência dessas empresas é fundamental para sustentação da atividade econômica, visto que micro e pequenos negócios representam mais de 90% das empresas no Brasil”, afirma. Esse comportamento reflete a adaptação e resistência dos MPEs, que continuam a ser um pilar vital para a economia do país. Na análise por setores, o segmento "Demais", que inclui o agronegócio, o setor financeiro e o terciário, teve o maior crescimento da demanda por crédito, com um avanço de 19,5%. Em seguida, destacaram-se os setores de "Serviços", com um crescimento de 18,8%, e "Indústria", com uma alta de 13,5%. O setor de "Comércio", embora tenha apresentado crescimento, teve a menor variação, com 6,8%.

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Exposição "Raiz e Reverso" inaugura galeria de arte no Recife

Colaborativa Hub recebe artistas para evento cultural de grande impacto O Colaborativa Hub, localizado no bairro nobre de Boa Viagem, no Recife, abre as portas para a exposição Raiz e Reverso, celebrando a arte pernambucana e internacional. A exposição conta com obras de renomados artistas plásticos de Pernambuco e uma fotógrafa venezuelana, incluindo Daniel Dobbin, George Barbosa, Dado Cavalcanti, Tiago Amorim e Gisele Carvallo. O espaço, que já é um ponto de encontro para empresas e eventos, agora também se posiciona como uma galeria de arte, proporcionando uma experiência única de convivência e criatividade para o público. "Ao receber esta exposição, estou realizando um sonho. O World Creativity Day chegou como um presente para todos nós. Sempre tive o desejo de transformar meu espaço em mais uma galeria de arte para a cidade", afirma Ana Vasconcelos, arquiteta e responsável pelo Colaborativa Hub. O evento está aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, oferecendo uma oportunidade imperdível de apreciar a produção contemporânea de artistas que marcaram e continuam a influenciar o cenário artístico local e internacional. A exposição Raiz e Reverso oferece ao público uma verdadeira imersão no talento e na diversidade das obras dos artistas, abordando diferentes formas de expressão e técnicas. Daniel Dobbin, George Barbosa, Dado Cavalcanti, Tiago Amorim e Gisele Carvallo representam a essência da arte pernambucana e internacional, e seus trabalhos oferecem uma visão única da cultura e da história local, além de trazerem perspectivas globais para o público recifense. SERVIÇOExposição Raiz e ReversoLocal: Colaborativa Hub - Rua Petrolina, 4777, Loja 3Horário: De segunda a sexta-feira, das 9h às 17hEntrada gratuita.

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Dia Mundial da Propriedade Intelectual: Desafios e Oportunidades para a Indústria Musical

Celebrado em 26 de abril, o Dia Mundial da Propriedade Intelectual traz à tona a importância da proteção dos direitos autorais e os novos desafios para a indústria musical, como a regulação da inteligência artificial na criação de conteúdo. Celebrado a cada 26 de abril, o Dia Mundial da Propriedade Intelectual promove a conscientização sobre a importância dos direitos de propriedade intelectual (PI) em escala global. Neste ano, a campanha do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) tem como mote “Sinta o Ritmo da PI”, com foco na música e na relevância da proteção legal para garantir que artistas e criadores tenham seus direitos preservados e reconhecidos. No Brasil, a relação entre música e Propriedade Intelectual é regulamentada principalmente pela Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98), que estabelece os direitos morais e patrimoniais dos autores e titulares. A legislação permite que músicos, compositores, intérpretes, produtores fonográficos e editores tenham controle sobre o uso de suas obras, garantindo retorno econômico e reconhecimento. Em um cenário de transformações tecnológicas e mudanças nos hábitos de consumo, o debate sobre a proteção da PI no setor musical ganha ainda mais relevância. Segundo dados divulgados pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), a arrecadação de direitos autorais em 2024 ultrapassou R$ 1,8 bilhão, com R$ 1,57 bilhão distribuídos a mais de 345 mil titulares. Os serviços digitais lideraram pela primeira vez o ranking de arrecadação, representando 26% do total, em linha com o crescimento do streaming como principal forma de consumo musical. “O avanço da tecnologia tem permitido uma identificação mais precisa das execuções musicais, o que é essencial para uma distribuição mais justa. Mas, ao mesmo tempo, traz novos desafios, como a regulação do uso da inteligência artificial na criação de conteúdo”, avalia o advogado Gustavo Escobar, especialista em Propriedade Intelectual e sócio gestor do escritório Escobar Advocacia. O uso da IA generativa, por exemplo, levantou preocupações entre artistas em todo o mundo, gerando debates intensos sobre os limites éticos e legais da criação automática de obras musicais. “A proteção da autoria humana é um princípio estruturante do nosso sistema jurídico. No Brasil, ainda há dificuldade em compatibilizar a legislação vigente com a produção automatizada, o que exige um debate mais aprofundado e urgente”, complementa Escobar. Casos recentes reforçam a importância de atenção aos contratos e à gestão dos direitos autorais. A disputa envolvendo a cantora Taylor Swift e seu ex-empresário Scooter Braun trouxe à tona a relevância dos chamados direitos sobre os masters - as gravações originais de álbuns e músicas. Ao relançar suas obras sob o selo “Taylor’s Version”, a artista buscou retomar o controle sobre seu repertório e reacender o debate sobre a autonomia dos criadores sobre sua própria arte. No Brasil, exemplos semelhantes surgem em diferentes frentes, inclusive em campanhas políticas. Em decisão recente, o Tribunal de Justiça de Goiás condenou um candidato ao pagamento de indenização por uso indevido de um jingle de campanha, sem autorização dos autores. A sentença reconheceu a violação dos direitos morais e patrimoniais, destacando a irrenunciabilidade da autoria e o dever de compensação financeira. INOVAÇÃO Para além da questão legal, a PI também desempenha papel estratégico no estímulo à inovação. De acordo com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), iniciativas como o programa de patentes verdes buscam integrar proteção legal e desenvolvimento sustentável. No campo musical, isso se reflete tanto em novas tecnologias de produção e distribuição quanto na preservação da diversidade cultural brasileira. O repertório nacional respondeu por 62% dos valores distribuídos pelo Ecad em 2024. “Isso mostra a vitalidade da nossa música e a importância de mecanismos que garantam que essa riqueza cultural continue sendo valorizada”, afirma Escobar.

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