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Revista algomais

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Edna Granja

"Se o hábito de jogar prejudicar as relações sociais da pessoa, isso acende um sinal de alerta"

Edna Granja, psicóloga do Centro Universitário UniFBV, comenta a decisão da OMS de classificar o vício em games como um transtorno mental, informa o que pode levar uma pessoa a se tornar uma jogadora patológica e opina sobre a lei em tramitação no Congresso que legaliza jogos, como o de cassinos. D esde tempos remotos, os jogos são uma maneira lúdica de brincar e até de aprender. Com o surgimento dos games e jogos digitais, esse uso foi ampliado e hoje um grande número de adultos, adolescentes e crianças se diverte e aprende jogando em computadores. Porém, para algumas pessoas esse hábito deixou de ser mera diversão para se transformar num vício que tem preocupado especialistas em saúde mental. Estatísticas mostram que no mundo existem mais de 150 milhões de jogadores patológicos; e no Brasil, cerca de 2 milhões. O assunto ganhou um componente controverso no País com a aprovação pela Câmara dos Deputados do texto base do Projeto de Lei 442/91, que legaliza cassinos, bingos, jogo do bicho e jogos online e que agora tramita no Senado. Nesta entrevista a Cláudia Santos, a psicóloga do Centro Universitário UniFBV Edna Granja explica os motivos que levam uma pessoa a desenvolver o vício em jogos, como deve ser realizado o tratamento e como prevenir esse comportamento patológico. Edna, que tem doutorado em saúde coletiva pela Fiocruz no Rio de Janeiro, alerta que o modo de vida atual, que propicia estados de ansiedade, é também um agravante para essa situação. Qual o número de pessoas viciadas em jogos no Brasil ou no mundo? Esse número tem aumentado? Há uma estatística divulgada pelo Jornal de Psiquiatria da Austrália e da Nova Zelândia que mostra que 2% da população mundial é acometida por essa desordem. O jogo patológico é classificado como uma desordem a partir de 2018 pela Classificação Internacional das Doenças (CID) que é um documento de referência. Bem, isso significa que mais ou menos 154 milhões de pessoas são jogadoras patológicas, trata-se, então, de um universo grande, e há uma perspectiva crescente porque estamos falando de um campo ligado a uma indústria de jogos que está em crescimento. Quanto mais gira dinheiro nessa indústria, maior será a repercussão no que se refere a pessoas que consomem esse tipo de entretenimento e que podem vir a adoecer emocionalmente em função disso. No Brasil essa estatística é um pouco diferente, um estudo do Departamento de Psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo) aponta que 1% da população brasileira deve ser acometida por esse transtorno. Aí falamos de um universo de 2 milhões de pessoas, o que também é alto. Como diferenciar uma pessoa que apenas gosta de jogar de um jogador patológico? Em relação ao jogo e à saúde mental de forma geral, existe um critério que diz respeito a prejuízos sociais. O que significa isso? Se o hábito de jogar estiver produzindo prejuízo às relações sociais daquela pessoa – com a família, com a mulher ou o marido, no trabalho, no estudo – é algo que nos acende um sinal de alerta porque podemos estar diante de um adoecimento do ponto de vista psíquico. No caso dos jogadores patológicos, consideramos esses prejuízos da vida social e também a saúde mental e física, porque algumas pessoas são acometidas de dores, o corpo vai sucumbindo, como uma lesão na coluna ou no punho, mas, ainda sim, elas não conseguem minimizar ou interromper o uso dos jogos. Ocorre uma redução da produtividade, a pessoa começa a chegar atrasada no trabalho. porque passa a noite jogando. Esse prejuízo tende a começar sutil e vai agravando. Se acontecer falta ao trabalho por exemplo, essa pessoa certamente está num grau mais elevado no que se refere ao comprometimento da desordem fruto do jogo. Mas se a pessoa está bem, consegue manter suas relações preservadas, suas funcionalidades também, o jogo não é um problema. E quantos aos chamados jogos de azar, em que a pessoa joga por dinheiro? Este é um outro componente. A competitividade, seja em função de uma recompensa, que seria o dinheiro, seja uma recompensa até afetiva, que seria o destaque em algum espaço, é um elemento que contribui com o envolvimento da pessoa com o jogo. No caso de jogos de azar que envolvem dinheiro é importante que esse hábito não prejudique a saúde financeira. Do ponto de vista da saúde mental, haverá sempre um limiar muito sutil que vai tornar algo saudável em problemático. Não sou contra o jogo, mas é algo para que, diante das características da sociedade do nosso tempo, devemos ficar atentos. Temos que reconhecer que estamos num contexto muito ansiogênico, que alimenta a nossa ansiedade e que produz lucro a partir da nossa ansiedade. Existem vários dispositivos que são criados em cima de características desse tempo. Qual a importância do fato de a OMS (Organização Mundial de Saúde) referendar a entrada do “vício em games” na sua classificação internacional de doenças, como um transtorno mental? É importante que de tempos em tempos possamos rever o CID e colocar nesse instrumento informações que são do nosso tempo. Por exemplo, quando eu era adolescente não havia computador, o máximo que havia eram videogames, como o Atari, já minha mãe, na época dela, vivia numa cidade que não dispunha de luz elétrica. Vivemos num tempo de transformação do ponto de vista tecnológico, que repercute na vida das pessoas e, consequentemente, na saúde mental delas. Por isso é de extrema importância que um documento como o CID possa contemplar os transtornos e as questões que são do nosso tempo. É essa geração de agora que está sendo acometida por esse tipo de desordem. O CID é muito importante porque tem elementos que nos ajudam a identificar quando o jogo é um problema, são orientações sobre a frequência, a intensidade do hábito de jogar e destacadamente essa ponderação sobre o prejuízo que o jogo está trazendo para a saúde mental e física. E isso nos orienta, como profissionais, a trabalhar melhor. Primeiro, nos ajuda a

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O cansaço das redes sociais

Ficar muito tempo nesses espaços virtuais tem levado à fadiga, afetado a saúde mental e já tem gente decidindo ficar desconectada. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (Reportagem publicada na edição 196.1 da Revista Algomais) As redes sociais revolucionaram a comunicação e trouxeram grandes mudanças na sociedade, mas o seu uso em excesso está deixando um legado de cansaço na população. Instagram, WhatsApp, TikTok, Facebook, Linkedin e tantas outras plataformas ocupam em média aproximadamente quatro horas no dia dos brasileiros, segundo um estudo da agência de marketing digital Sortlist. Quando somados os outros usos de navegação na internet, o tempo conectado supera as 10 horas por dia. Seja por trabalho ou por lazer, a vida virtual excessiva e todo o contexto atrelado a ela (como fake news, cyberbullying, cancelamentos, positividade tóxica, entre outros fenômenos) têm ampliado os problemas de saúde mental e exigido uma mudança na forma como lidamos com o mundo digital. Isadora Domício, 26 anos, é profissional na área de social mídia e enfrentou o cansaço de estar por longas horas conectada. Para além do seu horário de trabalho, ela conta que todos os intervalos e mesmo o horário de almoço eram acompanhados pelo celular e na timeline do Instagram. “Eu vivo na internet. Teve um tempo em que precisei dar uma pausa porque estava me afetando muito. Nas redes vivemos em função das outras pessoas estarem nos vendo e também ficamos observando o que os outros estão fazendo. Eu estava em um ciclo vicioso. Quando não estava no trabalho, usava o Instagram para uso pessoal. Sem perceber, automaticamente estava indo para o Instagram. Isso me cansou”, conta Isadora. A vida nas redes levava Isadora a perder momentos em família, a não aproveitar os contatos presenciais e isso já estava atrapalhando até o desejado networking profissional. “Estava sem tempo de qualidade com a família. Fiz uma pausa de um mês e depois comecei a diminuir a quantidade de entradas nas redes sociais. Parei de ver stories, passei a entrar para postar apenas. Passei a silenciar pessoas que não acrescentavam nada no meu dia. Decidi usar esse momento apenas com perfis que me edificam e não só por vício”. Mesmo após essa experiência de afastamento temporário, ela conta que hoje é preciso manter esse comportamento, inclusive ela usa o alarme do celular para limitar o tempo diário com o aparelho conectado. CANSADOS, MAS CONECTADOS Se estar conectado em excesso promove cansaço, o que nos leva a passar tantas horas nas redes sociais? Para o psicólogo e tutor da FPS (Faculdade Pernambucana de Saúde), Leopoldo Barbosa, há um conjunto de mecanismos de estímulos e recompensas que nos leva a ficar conectados por mais tempo do que desejaríamos. “O conceito de rede nos remete a conexão. No nosso aspecto mais humano, somos seres que precisam ter pessoas por perto. As redes sociais trazem essa dimensão de um lugar onde podemos nos conectar com as pessoas. Só por isso, essas plataformas já chamam muito a nossa atenção. Mas há um segundo ponto que é o aspecto de estímulo e recompensa do nosso cérebro. Esses canais estão propostos dentro de uma dinâmica de informações rápidas, coloridas, com fotos, vídeos, músicas, estímulos auditivos e visuais. Então, naturalmente esses pontos fazem com que a gente se prenda mais ou gaste mais tempo dentro das redes, porque vamos tendo recompensas para ficar mais fixados a visualizar e observar todas essas informações”. Leopoldo considera que vivemos em um tempo de muitas cobranças para produzirmos sempre mais e melhor. E essa pressão empurra as pessoas a estarem cada vez mais conectadas, buscando estar atualizadas. “Isso gera nas pessoas o cansaço de tela, o cansaço de informações, muitas delas sequer são absorvidas. É preciso fazer uma discussão sobre esse momento social em que vivemos e que tem levado as pessoas à exaustão. As redes sociais são um lugar incrível de aprendizagem, mas o ponto de preocupação da saúde mental é o excesso. Principalmente considerando crianças e adolescentes que usam redes sociais sem orientação e podem entrar num processo de comparação banal com outras pessoas, ou mesmo de desperdício de tempo, a partir de uma perspectiva não funcional. As pessoas devem ser orientadas para o uso correto e adequado das redes sociais”. O cansaço, portanto, não está associado ao uso das redes sociais, mas ao excesso de imersão nelas e na internet de modo geral. Renata Almeida, psicóloga e coordenadora do mestrado profissional do Centro Universitário UniFBV Wyden concorda com essa análise. “Tudo que fazemos em exagero pode causar algum dano à saúde e a internet não sai desse contexto. Precisamos pensar no tempo de conexão com a internet, os tipos de páginas normalmente acessadas, a questão da infomania (busca incessante pela informação). O problema não está na internet, mas no uso que a gente faz dela. É curioso perceber que as tecnologias podem aproximar pessoas distantes, porém, se mal utilizadas, também distanciam pessoas próximas, prejudicam o tempo e servem como gatilho de problemas relacionais”. No meio dessa vasta navegação, a psicóloga ressalta que os usuários lidam com muitas informações falsas (as fake news) e consomem com facilidade conteúdos de ódio, que não são saudáveis para ninguém. A própria busca incessante pelos likes entra no leque de ferramentas que nos prejudicam. Véronique Donard, psicóloga e pesquisadora que dirige o laboratório e a linha de pesquisa em ciberpsicologia da Universidade Católica de Pernambuco, defende ainda que essa sensação de cansaço tem um conjunto de raízes mais abrangente. “A questão é complexa, porque o cansaço experimentado por nossa sociedade não se deve unilateralmente às tecnologias digitais da informação e comunicação e muito menos às redes sociais em si, como se fosse uma lógica de causa/efeito. O que vem exaurindo a população é uma conjunção de fatores: socioeconômico, político, sanitário”. Ela avalia que o papel das redes sociais nessa conjuntura é como uma faca de dois gumes. “Elas nos permitem saber que não estamos sós, permitem que possamos nos expressar, mas também veiculam notícias falsas, aumentam nossa propensão a julgarmos uma

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Ivo Trainee Yduqs

Grupos de educação abre processo seletivo de trainees exclusivamente para negros

Com o objetivo de ampliar a diversidade racial em seu quadro de colaboradores, a Yduqs, grupo do setor de educação nacional, abre inscrições para segunda edição do Programa Trainee 2023 exclusivo para candidatos autodeclarados pretos e pardos. Serão oferecidas vagas para diversas áreas de formação, destinadas a concluintes ou recém-formados - dezembro/2018 a dezembro/2022 - de qualquer região do Brasil, desde que tenham mobilidade e disponibilidade para viagens ao longo do programa. De 4 de julho a 31 de agosto de 2022, os interessados poderão fazer seus cadastros por meio do link: https://traineeyduqs2023.gupy.io/ . Os candidatos deverão ter formação completa em qualquer curso de graduação. O processo seletivo vai avaliar a capacidade analítica e habilidades comportamentais dos candidatos, sem a necessidade de conhecimento de Excel e inglês. O programa de Trainee 2023 da Yduqs busca desenvolver jovens talentos, que passarão por treinamento, integração, desenvolverão atividades nas unidades, e terão a oportunidade de tocar um projeto de alta relevância e impacto para a organização. A iniciativa faz parte de um projeto maior de diversidade, equidade e inclusão já em desenvolvimento pela companhia, para tornar a empresa ainda mais plural, em frentes como gênero, orientação sexual, PCD, raça, entre outras. Hoje, a organização já conta, por exemplo, com mais da metade de seu quadro de colaboradores ocupados por mulheres e suas instituições de ensino espalhadas pelo Brasil já têm um perfil e ações bem abrangentes. A busca agora é investir na formação de novos talentos e futuros líderes do setor de educação, para que profissionais pretos e pardos, por meio do programa, tenham uma aceleração em sua carreira e tenham grandes oportunidades na organização. Após a contratação, os trainees poderão ser posicionados em cargos estratégicos na organização e, além disso, também podem ganhar bolsas de estudo para MBA, além de um salário compatível com o mercado, plano de saúde e odontológico, entre outros benefícios. Segundo o IBGE, quando se avalia o mercado de trabalho, somente 30% dos pretos ou pardos conseguem ocupar cargos de analista ou especialista. Felipe Araújo, vice-presidente de Gente e Gestão da Yduqs, destaca a importância de iniciativas de inclusão nas grandes empresas. “Na primeira edição, recebemos quase dois mil e setecentas inscrições de todo o Brasil e selecionamos um timaço de 11 profissionais que estão ajudando a mudar o ensino superior no país. Eles foram muito bem recebidos e estão atuando em diversas frentes da empresa. A nossa expectativa para segunda edição do Projeto Trainee Yduqs para pretos e pardos é dobrar o número de candidatos, ampliando ainda mais essa oportunidade que é ímpar, pois para nós incluir também é transformar", afirma. A primeira turma do Programa Trainee Yduqs, exclusivamente para negros, foi um grande sucesso e selecionou candidatos de várias parte do país, como Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Sergipe, Bahia e Rio Grande do Norte. Eles estão engajados em diversos projetos, como, por exemplo, Ivo Meira Costa, 27 anos, que morava em Minas Gerais, mas pontua que é baiano com muito orgulho. O projeto dele é chamado de Governança CAPEX, que realiza uma revisão no escopo de aprovação de projetos, representando uma complexidade tanto técnica, uma vez que atua na área de finanças, quanto adaptativa. “Não queiram ser bons, queiram ser os melhores. Essa frase parece clichê, contudo a Yduqs leva isso muito a sério quando incentiva nosso crescimento tanto na jornada de trabalho, quanto também fora dela. Aproveitem essa grande oportunidade”, pontua.

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Recife 500 Anos

Cepe Editora apresenta a coleção Recife 500 anos

A iniciativa tem como parceiros a Prefeitura do Recife, UFPE e Observatório do Recife. Quatro primeiros títulos serão lançados na próxima sexta-feira (15) O Recife será a primeira capital de estado brasileira a comemorar cinco séculos de fundação, em 12 de março de 2037, e a data é marcada por ampla proposta de transformação da cidade elaborada por arquitetos e urbanistas. Um novo modelo desenhado para seus 219 quilômetros quadrados, ancorado no desenvolvimento sustentável, está documentado na coleção Recife 500 Anos, projeto da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), Prefeitura do Recife, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Observatório do Recife, com  lançamento em 15 de julho, às 15h, no auditório Brum do Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. No lançamento, a presidente da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP), Luciana Schenk fará palestra sobre um dos livros que compõem a coleção, o Recife Exchanges Amsterdam, Holland, Netherlands: Intercâmbio internacional para reinventar a cidade. Participam da mesa do evento o presidente da Cepe, Ricardo Leitão; o reitor da UFPE, Alfredo Gomes; o prefeito do Recife, João Campos; o coordenador da Coleção Recife 500 Anos, Roberto Montezuma; e o coordenador do Observatório do Recife, Francisco Cunha. Os títulos da coleção estarão disponíveis para download gratuito no site Acervo Cepe (www.acervocepe.com.br) Cerca de 70 pesquisadores trabalharam na produção dos 12 livros que compõem a coleção, a ser publicada ao longo de 2022. Os quatro primeiros volumes são: Parque Capibaribe: A reinvenção do Recife Cidade Parque; Recife drenagem urbana: Entre rios e o mar, caminhos e descaminhos das águas na cidade; Recife 500 anos: Estratégias para construir a cidade do futuro e Recife Exchanges Amsterdam, Holland, Netherlands: Intercâmbio internacional para reinventar a cidade. Em edição bilíngue (português-inglês), a série não será comercializada e será distribuída pela Prefeitura do Recife. A coleção integra o Plano Recife 500 anos, que se tornou a base de um projeto de cidade, fruto de convênio entre a prefeitura e a UFPE, em consonância com a Nova Agenda Urbana da ONU-Habitat. A história da criação do plano remonta ao primeiro intercâmbio Recife Exchange Amsterdã, uma iniciativa do Governo dos Países Baixos, em parceria com o Itamaraty, quando um grupo de arquitetos holandeses visitou o Recife em 2011. A intenção era homenagear os 100 anos da imigração oficial da Holanda para o Brasil e para as Américas, iniciada em 1911. “Era preciso pensar o Recife de forma holística. Essa planície molhada foi muito aterrada e tinha mudado. Hoje há o Recife Metropolitano, com 1,6 milhão de habitantes e o Recife Metrópole com cerca de 4 milhões de habitantes, muito diferente daquele Recife holandês (sede da Companhia das Índias Ocidentais no Brasil, de 1630 a 1654)”, analisa o arquiteto e urbanista Roberto Montezuma, coordenador acadêmico do projeto. A coleção Recife 500 Anos, diz ele, é quase um manifesto. “O planejamento da cidade está em xeque. A cidade precisa se reinventar, o planeta também. Tudo tem que entrar num processo de reestruturação. O Plano Recife 500 Anos, assinado pela Aries (Agência Recife para Inovação e Estratégia, do Porto Digital) está alinhado com todas essas inquietações locais e globais”, diz o arquiteto e urbanista. PRIMEIROS TÍTULOS DA COLEÇÃO O livro Recife 500 Anos traça estratégias para nortear o desenvolvimento da cidade, a médio e longo prazos, e funciona como um guia para o poder público e a sociedade. Na publicação, de 185 páginas, os pesquisadores mostram caminhos para a capital pernambucana chegar a 2037 mais inclusiva, conectada e sustentável. Lançado em 2019 pela Secretaria de Planejamento Urbano do Recife e a Aries-Porto Digital, o livro é reapresentado pela Cepe Editora numa segunda versão ampliada e atualizada. Para ser inclusiva, a cidade terá de ofertar uma educação pública de qualidade que permita redução da pobreza e igualdade de oportunidades sem distinções. Para ser conectada, precisa estar dotada de vasta rede de fibra óptica, além de fazer uso, em larga escala, dos recursos da Internet das Coisas. E, para ser sustentável, deverá desenvolver economia de baixo carbono, com mais geração e distribuição de energia solar, redução do consumo de combustíveis fósseis e aumento da cobertura vegetal. Em Parque Capibaribe - A reinvenção do Recife Cidade Parque, as propostas são detalhadas em 328 páginas ilustradas com fotos. O  título traz como desafios para a cidade a revitalização das margens do Rio Capibaribe, o aumento da área verde e a articulação de corredores ambientais que possam reduzir a temperatura, diminuir a emissão de gás carbônico e criar mais espaços de lazer. É organizado pelos arquitetos Circe Monteiro, Luiz Vieira e Roberto Montezuma, que avaliam a configuração atual e futura da cidade, e prefaciado pelo prefeito do Recife, João Campos. Produto de três eventos que resultaram num trabalho colaborativo entre arquitetos da UFPE e da Holanda, Recife Exchanges Amsterdam, Holland, Netherlands: Intercâmbio internacional para reinventar a cidade foi organizado pelos arquitetos Roberto Montezuma, Fabiano Diniz, Luiz Vieira, José Evandro Henriques e Mila Avellar. Com 318 páginas, traz propostas para melhorar o uso dos cursos d'água (rios e canais) e dos manguezais, para ampliação de áreas verdes e para a criação de um sistema de transporte intermodal integrado (bicicleta, BRT, teleférico, barco, metrô) que permita a conexão entre parques, com ruas arborizadas. Tudo apoiado na experiência da Holanda com despoluição de canais e recuperação de margens de cursos d’água. Recife drenagem urbana - entre rios e o mar, caminhos e descaminhos das águas na cidade, título organizado  pelo engenheiro civil e professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE Ronald Vasconcelos, aborda  um dos mais sensíveis desafios: a convivência e o manejo das águas pluviais. Banhada pelo Oceano Atlântico, cortada por oito bacias de rios, situada, em parte, no nível do mar e contando com 99 canais, o Recife ocupa a 16ª posição no ranking das cidades mais vulneráveis à mudança climática no mundo devido ao avanço do nível do mar de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Soma-se a isso o fato dela ser a capital do estado que possui a maior taxa

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fenearte 2022 1

Mestres celebram vendas e fim de semana promete grande público

(Da Fenearte) Mestre Serginho recebe os visitantes da Fenearte na Alameda dos Mestres com um sorriso largo. As 150 peças que ele trouxe de Garanhuns foram vendidas e ainda faltam três dias para a feira acabar. "Agora estou só recebendo encomendas. Tenho as fotos e as redes sociais para mostrar o meu trabalho e os pedidos que recebi aqui já são suficientes para o todo o ano. Já participo da Fenearte há mais de dez anos e em dezembro foi esse mesmo sucesso", celebra. Assim como ele, Mestres como Ivo Diodato, Tiago Amorim, Joaquim, Mazinho, Neném e as famílias de Ana das Carrancas e Mestre Nuca também celebram as boas vendas. Participante desde a primeira edição da Fenearte, Cajazinho (estande 95) passeia pelo estande praticamente vazio. O artesão produz jogos e desafios em madeira para crianças a partir de 4 anos. Os mais vendidos são "resta um" e o "jogo do T". Ele ainda não contabilizou quantos itens trouxe para a feira. O balanço será feito no último dia (17/07), mas vibra por ter vendido quase tudo.  QUINTA-FEIRA//A animação desta quinta-feira (14/07)  ficou por conta da Som na Rural com show de Ylana Queiroga e das apresentações de Fabrica Fazendo Arte, Ciranda Praieira Pernambucana, O Menino da Tarde e Pantomima Grupo de Dança no Palco Principal. Na Passarela Fenearte, foi a vez de conhecer as criações da Secretaria da Mulher Arte da Terra/Raízes da Arte e da Cooperativa de Costura e Confecção de Paudalho/Entre elasNa Cozinha Fenearte, os chefs Alfredo Candido, do Restaurante Cantorini Caruaru, ensinou o prato “Pato, Carambola e Fruta Pão” e Nina Bukhardt apresentou seu “Sururu Vegano na Cerveja e Farofa Praieira”.  OFICINAS DE ARTE - Até domingo (17/07), serão ministradas as seguintes aulas: Oficina de Xilogravura Canivete Recifense por Gabriela Carvalho; Gabriela Carvalho por Ateliê Micaella Alcântara; Confecção de Saberes do Mamulengo. por Neide Lopes; Personalize com Serigrafia por Enfant Terrible; Caranguejo com Cérebro - O manifesto por Salamandra; Lembrando e fazendo a revolução: oficina de lambe - lambe por Lua Lim. A participação é gratuita e as inscrições podem ser feitas no próprio local. As aulas acontecem no mezanino do Centro de Convenções.  FIM DE SEMANA//O último fim de semana de Fenearte promete um público intenso. Nesta sexta-feira, a programação do Palco Principal recebe a Banda de Pífanos Zabumba do Mestre Chimba, o Bloco Carnavalesco Mixto Lira da Noite, o Maracatu Estrela de Ouro de Aliança e a apresentação de Baque Mulher é Periferia. No Som na Rural, a música fica por conta de Abulidu e A Dobra. Na Passarela Fenearte será a vez de acompanhar os desfiles da UFPE Caruaru (18h) e do Senai Paulista (20h). Na Cozinha Fenearte, o Chef Thiago das Chagas ensinará o Vatapá de Caranguejo com Peixe Fresco Grelhado (16h30) e o Chef Renan Yamachida dará o passo a passo do seu Gyoza Atômico (18h30). Sábado (16/07), Feriado de Nossa Senhora do Carmo em Recife, e domingo (17/07), a Fenearte funcionará em horário ampliado das 10h às 22h.COMO CHEGAR// Quem preferir vir sem carro, há dois serviços de micro-ônibus disponíveis, um saindo do Shopping Tacaruna e outro do RioMar. No Tacaruna, os ônibus saem a cada 15 minutos, das 13h às 23, durante os dias da semana, e das 9h às 23h aos sábados e domingos. Já no RioMar, os micro-ônibus funcionarão das 13h às 23h, de segunda a sexta-feira, e das 9h às 23h nos finais de semana, no estacionamento do centro de compras (próximo ao Diagmax). O pagamento do estacionamento no shopping RioMar será progressivo. Veja onde comprar o seu ingresso:- Bilheterias do evento no Centro de Convenções- Venda online: www.ticketsimples.com- Shopping Tacaruna - Mundo do Cabelereiro(Térreo em frente à caixa econômica)- Shopping Recife - Mundo do Cabelereiro(Em frente à Forever 21 Piso 02)- Mundo do Cabelereiro - Casa Forte(Em frente ao Big Bompreço de Casa Forte. Ao lado do Plaza shopping)- Shopping Riomar - Quiosque Ticket Folia(Em frente ao Banco Itaú)- Shopping Boa Vista - Quiosque Ticket Folia MEIA-ENTRADA - Válida para estudantes, crianças até 12 anos, professores e pessoas com mais de 60 anos, servidores do sistema estadual de ensino, portadores de câncer, jovens pertencentes a famílias de baixa renda e pessoas com deficiência, doadores de sangue frequentes e medula óssea. Todas com a devida documentação comprobatória. Gratuidade: crianças de colo até 24 meses (dois anos). SERVIÇO 22ª FENEARTEData: 06 a 17 de julho de 2022Horário de abertura: das 14h às 22h, de segunda a sexta, e das 10h às 22h, aos sábados e domingos.Ingresso Sexta, Sábado e Domingo R$ 12 inteira e R$ 6 meia.www.fenearte.pe.gov.br@fenearte 

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Sancionado teto de 18% do ICMS dos combustíveis, telecomunicações e energia

A Lei nº 17.898 foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira O governador Paulo Câmara sancionou a lei nº 17.898, aprovada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que faz referência à Lei Complementar Federal 194/2022, que estabelece um teto de 18% para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. A sanção foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (15.07). A perda estimada em arrecadação do Estado de Pernambuco deve ficar em torno de aproximadamente R$ 4 bilhões, verba que iria para saúde, educação e políticas sociais. Com isso, o valor do ICMS cobrado na gasolina, por exemplo, deverá sofrer uma redução de mais de R$ 0,52.

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IMPLANTACAO VPE 092

Estado autoriza obras de implantação da VPE-092, na Mata Norte

As intervenções irão contemplar um trecho de 20,57 quilômetros de estrada, no município de Vicência (Do Governo de Pernambuco) O Governo de Pernambuco autorizou, por meio da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Recursos Hídricos, nesta quinta-feira (14.07), as obras de implantação e pavimentação da via vicinal VPE-092, que liga o município de Vicência ao distrito de Borracha, na Mata Norte. As intervenções contam com o aporte de R$ 34,2 milhões. Os serviços contemplam um trecho de 20,57 quilômetros. "As obras dessa estrada vão melhorar a qualidade de vida da população, garantindo a mobilidade das pessoas e o escoamento da produção. Seguimos trabalhando pelo desenvolvimento de toda a Mata Norte e do Estado", frisou o governador Paulo Câmara. As intervenções vão abranger a pavimentação em Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), revestimento asfáltico comumente utilizado em vias urbanas e rodovias, além da implantação de dispositivos de drenagem e sinalização completa. O trabalho deverá ser concluído em até um ano. Acompanharam a assinatura da ordem de serviço o secretário executivo da Casa Civil, Eduardo Figueiredo; o presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Maurício Canuto; e o ex-prefeito de Vicência Paulo Tadeu, além de vereadores da região. Fotos: Heudes Regis/SEI

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Porto Digital lança chamada para empresas do parque participarem de recrutamento rápido

(Do Porto Digital) O Núcleo de Gestão do Porto Digital lança uma chamada pública para o cadastro de empresas embarcadas no parque tecnológico para participar do Empregaço Porto Digital - um programa de recrutamento e seleção realizado com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A iniciativa integra uma série de ações do parque para garantir a formação, especialização e empregabilidade no mercado de trabalho de tecnologia. Ao final de 2021, a perspectiva do Porto Digital era de mais de 1.500 posições em aberto nas 350 empresas, principalmente em áreas relacionadas ao desenvolvimento de software, com expectativa de abertura de adicionais 3.000 vagas ao longo de 2022. No ano passado, a falta de experiência e/ou de qualificação profissional era a principal razão para o não preenchimento da posição, segundo 43% das empresas do parque. Para ajudar no processo de seleção de capital humano qualificado, o Porto Digital lança o Empregaço com o objetivo incentivar e apoiar os negócios em seus processos seletivos. O programa conta com evento de engajamento e recrutamento acelerados para vagas voltadas a quem está na parte de entrada do mercado de trabalho - ou seja, pessoas desenvolvedoras de nível júnior, tradicionalmente a etapa da carreira em que profissionais encontram mais dificuldade de encontrar oportunidades. O objetivo do Empregaço é facilitar a contratação de candidatos inscritos para participar da seleção, com recrutamento acelerado e desburocratizado, sendo como uma ponte entre os processos seletivos dos empreendimentos e os candidatos. A ideia é que cada empresa tenha seu próprio evento e que seja modulado de acordo com as necessidades corporativas - triagem de currículos, testes de aptidão técnica, palestras temáticas de fortalecimento de employer branding, dinâmicas de grupo e entrevistas são algumas das etapas que podem ou não ser parte do recrutamento. Além disso, a proposta é que Empregaço seja uma ferramenta de promoção de inclusão social e diversidade no parque tecnológico. Um dos requisitos de participação das empresas é a oferta de percentual das vagas ofertadas para algum segmento específico, a critério da empresa participante, como mulheres, pessoas negras (pretas ou pardas), pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica, pessoas LGBTQIA+, pessoas com deficiência, pessoas 50+, ou outros grupos.

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nova roma

Instituição abre inscrição gratuita para dez formações profissionalizantes

Programação de férias da Faculdade Nova Roma vai acontecer entre os dias 25 a 30 de julho com atividades online e presenciais. Entre os temas, estão investimentos, empregabilidade, impulsionamento de vendas e Marketing Com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, as capacitações e atualizações continuam sendo diferenciais em processos seletivos, mesmo nas férias. Por isso, a Faculdade Nova Roma está com inscrições abertas e gratuitas para 10 cursos. A programação acontece de 25 a 30 de julho, e terá temas apresentados por professores da instituição. "Para essa edição, selecionamos temas atuais para contribuir e compartilhar as principais técnicas com a comunidade, sempre com foco na prática e aplicabilidade. Nossa perspectiva é de que os participantes tenham acesso a conteúdo das mais diversas áreas de ensino, como negócios, direito, engenharia, tecnologia da informação e licenciatura”, explica o gerente de marketing da Faculdade Nova Roma, Paulo Sedicias. As formações vão acontecer diariamente, em formato presencial e online, no Recife e em Caruaru. As inscrições são para os cursos de Marketing para Engenheiros, Análise e Ciência de Dados, Empregabilidade, Empreendendo na advocacia, Apresentação assertiva, Educação Financeira e Investimento em Renda Fixa, Sete passos para se tornar um educador nota 10, Visual Law na advocacia, Vendas de alto impacto - como vender mais e melhor, e Aprender brincando: metodologias ativas em sala de aula. Para se inscrever, as pessoas interessadas devem acessar o  http://novaroma.edu.br/cursosdeferias e escolher os temas. Em salas online fechadas, o participante receberá o link de acesso via SMS. As demais transmissões online vão acontecer pelo canal da instituição no Youtube:  https://www.youtube.com/user/FaculdadeNovaRoma. Programação:  25/07 - Marketing para engenheiros (Remoto) 26/07 - Análise e Ciência de Dados no mundo atual: data is the new oil (Remoto) 26/07 - Empregabilidade - Aumente suas chances de entrar no mercado de trabalho (Caruaru) 27/07 - Empreendendo na advocacia: como gerir o meu escritório (Recife / com transmissão) 27/07 - Apresentação assertiva: como defender sua ideia em um pitch (Recife / com transmissão) 28/07 - Educação Financeira e Investimento em Renda Fixa: como chegar do mil ao milhão. (Recife) 28/07 - 7 passos para se tornar um educador nota 10 (Caruaru) 29/07 - Visual Law: O que é, e como usar na advocacia? (Recife) 29/07 - Vendas de alto impacto - Como vender mais e melhor (Caruaru / com transmissão) 30/07 - Aprender brincando: metodologias ativas em sala de aula (Remoto) Serviço: Curso de Férias da Faculdade Nova Roma 2022.2 Data: de 25/07 a 30/07 Horários: a partir das 18h Inscrições: http://novaroma.edu.br/cursosdeferias Valor: gratuito

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Filmes apresentados no Cine PE Festival do Audiovisual estreiam na Itaú Cultural Play 

Com oito produções, entre documentários e ficções, a plataforma do cinema brasileiro do Itaú Cultural passa a contar com obras premiadas nas edições de 2018 a 2021 no festival de cinema pernambucano. Protagonismo feminino, dificuldades de viver na seca do sertão e o sentimento de orgulho pela cultura popular local são alguns  dos temas dessa seleção que marca o movimento audiovisual de Pernambuco.  A Itaú Cultural Play acrescentou em seu catálogo uma seleção especial com produções apresentadas nas últimas três edições do Cine PE Festival do Audiovisual, um dos mais tradicionais festivais de cinema do país. Com curadoria do próprio festival, foram selecionados sete documentários e uma ficção, que têm como tema principal a atualidade e diversidade cultural do estado de Pernambuco. Entre os destaques, dois filmes de 2018 dirigidos por mulheres: o curta-metragem Cor de Pele, de Livia Perini Borjaille, premiado na edição daquele ano do festival, e Entremarés, de Anna Andrade, produção que reforça o protagonismo feminino na manutenção da Ilha de Deus, um dos maiores manguezais do mundo.  O acesso à plataforma de streaming Itaú Cultural Play é gratuito e acessível para dispositivos móveis IOS e Android, e pode ser acessada pelo site www.itauculturalplay.com.br.  Com 20 prêmios em festivais nacionais e interacionais, entre eles o de melhor documentário no Festival Internacional de Curtas de Boston (EUA), Festival de Cinema de São Paulo e o Cine PE, em Cor de Pele se destaca pela leveza com que Livia retrata os dilemas de seu personagem e seu desejo de superar o preconceito. A história acompanha a narrativa de Kauan, um jovem de 11 anos que tem dois irmãos albinos, assim como ele, e outros três negros, como seus pais. Com bom humor e desenvoltura, o simpático garoto conta o seu cotidiano e de sua família na cidade de Olinda, um reduto da cultura negra em Pernambuco.  Documentário que volta a integrar à programação da Itaú Cultural Play, Entremarés mostra um olhar sensível de Anna sobre a rotina e experiências de um grupo de mulheres que depende da pesca para sobreviver na Ilha de Deus, região periférica de Recife. Premiado internacionalmente no Bucharest ShortCut Cinefest – Bucharest, da Romênia, e no Festival de Cinema Ciudad de México, o filme descreve a relação dessas mulheres com os ciclos da natureza local, a força das águas e marés, e sua luta cotidiana pela preservação da ilha.    No documentário Nós, que ficamos, de 2020, o cineasta Eduardo Monteiro destaca as belezas do sertão pernambucano ao mostrar a história de quatro famílias que resistem à seca, o desmatamento e à especulação imobiliária. Baseados em tradições ancestrais e na esperança por dias melhores, os moradores locais se mobilizam para não saírem de suas terras, que foram dominadas pelas minas de pedras de gesso e com a implantação de um parque eólico na região em que vivem.   Em Pega-se facção, também de 2020, a diretora Thaís Braga mostra como a costura domiciliar se tornou uma alternativa de sobrevivência nos períodos de seca na zona rural entre Caruaru e Toritama, no Agreste pernambucano. O som incessante das máquinas de costura faz as vezes de trilha sonora e aproxima o espectador da dura realidade das costureiras. O protagonismo feminino desse sensível documentário, narrado em primeira pessoa, é visto na tela e também nos bastidores, já que toda a equipe de filmagem é formada por mulheres.  Com direção de Tauana Uchôa, Cozinheiras de Terreiro (2020) expande a compreensão sobre a cultura das religiões afro-brasileiras sob a ótica das mulheres, com destaque para depoimentos das labassês, conhecidas como mães de cozinha. Essas mulheres são responsáveis pelo preparo dos alimentos sagrados destas religiões e ainda cumprem uma tripla jornada de atividades, que incluem o trabalho dentro e fora de suas casas e nos terreiros.  No curta-metragem Dona Dóra. A mística do boi, realizado em 2020 por Adalberto Oliveira, uma série de entrevistas e cenas captadas durante o carnaval de Camaragibe registram a beleza do Boi Rubro Negro. Trata-se de uma brincadeira de rua, criada na década de 1960 e que segue animando o espaço público da cidade pernambucana entre saberes tradicionais e a fé da comunidade. O filme reforça, também, o amor do povo por Dona Dóra, fundadora do bloco, e o envolvimento de todos na produção da festa, a exemplo do trabalho voluntário das costureiras que tecem as roupas dos brincantes.  Em Eu.Tempo (2019), a diretora Thaíse Moura interage com o seu próprio filme fazendo intervenções como narradora, personagem e entrevistadora, a partir de suas próprias memórias afetivas na casa da avó. O documentário se estende à casa dos entrevistados participantes, criando um ambiente de intimidade com o espectador. Com reflexões sobre a passagem do tempo e suas diferentes formas de senti-la, o enredo da história dialoga com as ideias de um historiador que investiga a percepção desse tempo na sociedade desde a Revolução Industrial.   A trilha sonora e a noite underground do Recife nos últimos anos ganham destaque em Playlist (2020),comédia dirigida por Pedro Melo. Na história, um rapaz conta com ajuda dos companheiros de apartamento para reconquistar sua ex-namorada. Com uma seleção de músicas que trazem nomes como Reginaldo Rossi, Bob Marley, Duda Beat, Potyguara Bardo, entre outros, eles criam uma playlist especial em homenagem a ela. Porém, nem tudo sai como planejado.  SERVIÇO:  Itaú Cultural PlayMostra Cine PE A partir de 15 de julho de 2022   Em www.itauculturalplay.com.br   Nós, que ficamos (2020)  De Eduardo Monteiro  Duração: 71 min  Classificação indicativa: 10 anos (medo)Cozinheiras de Terreiro (2020)  De Tauana Uchôa  Duração: 16 min  Classificação indicativa: LivreEntremarés - reestreia (2018)  De Anna Andrade  Duração: 20 min  Classificação indicativa: 12 anos (Drogas lícitas)Pega-se Facção (2020)  De Thaís Braga  Duração: 12 min  Classificação indicativa: 10 anos (Drogas lícitas, violência e linguagem imprópria)Eu.Tempo (2019)  De Thaíse Moura  Duração: 18 min  Classificação indicativa: 10 anos (Drogas lícitas, violência e linguagem imprópria)Cor de Pele (2018)  De Livia Perini Borjaille  Duração: 14 min  Classificação indicativa 10 anos (Linguagem imprópria)Dona Dóra. A Mística do Boi (2021)  De Adalberto Oliveira  Duração: 12 min  Classificação indicativa: Livre  Playlist (2020)  De Pedro Melo  Duração: 17 min  Classificação indicativa: 12 anos (Drogas lícitas, linguagem imprópria e medo) 

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