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O assassinato do Padre Antônio Henrique durante a Ditadura Civil-Militar em Pernambuco

*Por Carlos André Silva de Moura “PROVA DE AMOR MAIOR NÃO HÁ QUE DOAR A VIDA PELO IRMÃO!” A lista de perseguidos, presos, torturados e mortos durante a ditadura civil-militar (1964-1985) no Brasil é extensa. Muitos jovens perderam as suas vidas na luta pela liberdade e democracia. Outros passaram anos presos, resultado da militância política contra o sistema opressor. Os chamados “crimes” eram classificados como terrorismo, subversão ou atentado contra a soberania nacional. Durante os 21 anos do regime, diferentes ordenamentos jurídicos, a exemplo do Ato Institucional nº 5, garantiam a “legalidade” das atrocidades cometidas pelos militares. Os assassinatos de militantes políticos como Edson Luís de Lima Souto (1950-1968), Fernando Santa Cruz (1949-1974), Vladimir Herzog (1937-1975) ou Manuel Fiel Filho (1927-1976) deixaram marcas profundas na História do Brasil. As circunstâncias dos acontecimentos, a falta de informação para as famílias ou a repercussão internacional direcionaram os olhares do mundo para as violações dos direitos humanos realizadas após 31 de março de 1964. Na longa lista dos crimes políticos, membros da Igreja Católica não estiveram distantes das perseguições e atentados contra a vida. Mesmo após o apoio inicial às propostas da ditadura civil-militar, algumas lideranças católicas se destacaram na oposição ao regime. Dom Aloísio Lorscheider, Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Helder Camara, Dom Luciano Mendes de Almeida, Dom Waldyr Calheiros, Dom Pedro Casaldáliga e Dom José Maria Pires são alguns nomes de religiosos que se opuseram às atrocidades dos militares e defenderam a democracia e os direitos humanos. Proibidos de se posicionarem nos meios de comunicação do Brasil, muitos religiosos utilizavam eventos internacionais para denunciar “os clamores do seu povo”. Mesmo que os órgãos ditatoriais não tenham imposto limites para as práticas dos seus servidores, os dirigentes sabiam que prender, torturar ou assassinar uma liderança religiosa provocaria grande repercussão internacional. Por este motivo, instituições e colaboradores dos eclesiásticos foram alvos dos ataques, com o objetivo de silenciar os “bispos vermelhos”. Entre os eventos que marcaram a prática está o assassinato do Padre Antônio Henrique Pereira da Silva Neto (1940-1969), ocorrido na cidade do Recife, em 27 de maio de 1969. O religioso era coordenador da Pastoral da Juventude, com atividades que buscavam a inclusão social, recuperação de jovens em situação de rua e debates sobre os problemas econômicos. Auxiliar de Dom Helder Camara, realizava denúncias sobre a violência praticada pelos militares no cenário nacional. Como posicionamento político, em 1968 celebrou uma missa em memória do estudante Edson Luís de Lima Souto. As suas ações contribuíram para que se tornasse alvo do monitoramento dos militares, inclusive por meio de escutas telefônicas. Com o objetivo de atingir Dom Helder Camara e silenciar as suas denúncias, o Padre Antônio Henrique foi sequestrado na noite de 26 maio de 1969, torturado e morto na madrugada do dia 27 de maio por membros do Comando de Caça aos Comunistas e agentes da Polícia Civil de Pernambuco. O assassinato tinha o objetivo de atingir o arcebispo de Olinda e do Recife e impor o medo entre os seus colaboradores. Durante o período ditatorial, a morte do Padre Antônio Henrique foi tratada pelas autoridades como crime comum. No entanto, com os trabalhos da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Camara, novas interpretações foram apresentadas, com a indicação dos responsáveis pela execução. Para os membros da comissão, durante a década de 1970, os integrantes do SNI (Serviço Nacional de Informação) foram avisados que o crime foi realizado por um grupo de extrema direita em conjunto com a Polícia Civil de Pernambuco. Em parecer enviado ao Ministério Público, constava que participaram do crime os investigadores Rível Rocha, Humberto Serrano de Souza, José Bartolomeu Gibson, Jerônimo Gibson e Rogério Matos. As informações contribuíram para um processo de (re)escrita da História. Com o trabalho de pesquisadores e o acesso às fontes foi possível demonstrar como o religioso se constituiu em mais uma vítima das atrocidades da ditadura civil-militar. Sessenta anos após o início de um dos períodos mais conturbados da História republicana, ainda existem mortes que precisam ser investigadas e famílias que buscam informações sobre seus parentes, tidos como “desaparecidos” políticos. Em um momento que lembramos daqueles que tombaram na luta pela democracia, que possamos continuar exigindo informações sobre um período que marcou negativamente o nosso passado. *Carlos André Silva de Moura é doutor em história e professor da UPE

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O Recife, "de volta para o futuro" 3

Chegamos ao último episódio da trilogia relacionada aos 500 anos do Recife. Se você não acompanhou os dois primeiros, pode dar uma “espiadinha” (não é o BBB, tá? 🙂 nas duas edições anteriores e ler a coluna, para compreender melhor todo o contexto que permeia o assunto abordado. E, assim como prometemos na segunda parte, no mês passado, hoje vamos “fechar a conta”, concluindo esta “trilogia”, com uma dica de leitura, que contém todas as informações relacionadas ao projeto Recife 500 anos. Trata-se de uma coleção, lançada em fevereiro de 2022, que inclui os livros Recife 500 anos, Parque Capibaribe e, o que será tema desta coluna: Recife Drenagem Urbana. Consultar versões digitais pelo link: https://editora.cepe.com.br/catalogo/colecao-recife-500-anos Um trabalho realizado pela Cepe (Companhia Editora de Pernambuco), UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e ODR (Observatório do Recife), com o objetivo de colaborar para ser referência e fonte de consulta, para qualquer um de nós, sobre a cidade. Particularmente, considero que este último pedaço da trilogia é da maior importância para que possamos compreender melhor sobre as realidades com as quais já convivemos, atualmente, e cujas soluções precisam ser validadas, para chegarmos a 2037, lá nos 500 anos do Recife, com problemas mitigados ou até mesmo melhor administrados. E, a tendência é a de que, com esses aquecimentos sucessivos do clima no nosso planeta, o Recife seja a 16ª cidade no mundo inteiro mais suscetível às mudanças climáticas e ao aumento do nível dos oceanos. Mas, antes que você comece a acreditar que sou o cavaleiro do apocalipse, vou logo dizendo que tem jeito pra isso. E, passa pela drenagem urbana da cidade. O terceiro livro da coleção (veja a coleção toda) traz um diagnóstico, mostrando os obstáculos da nossa drenagem e as opções de solução. Com isso, espera-se colaborar para que essas informações e dados possam nortear a consolidação de um compromisso coletivo (meu, seu, nosso), com o futuro da nossa cidade. Algo que seja economicamente consistente, socialmente justo e ambientalmente sustentável, lá nos 500 anos, para a nossa querida “Veneza” brasileira. Bora ou Vamos? 🙂 A esta altura, você pode estar se perguntando: “e que realidades são essas?” Vou direto ao ponto. Falo sobre os clássicos (e crescentes) trechos de alagamento da capital pernambucana (e também da Região Metropolitana do Recife). Hoje, pode ser um dia de sol daqueles de “rachar” (hellcife) mas, se tivermos em períodos de lua nova ou cheia, com marés altas a partir de 2,5 cm, certamente, iremos encontrar ruas e avenidas literalmente alagadas em váaaarios bairros, né? Se for no inverno então (raincife), nem precisa falar. E, sabe por quê? Porque, desde a fundação, o Recife se instalou numa planície que era um estuário natural, a poucos metros acima do nível do mar, onde a cidade foi crescendo e ocupando terrenos baixos e alagados. Essa ocupação, sem um ordenamento, avançou, com o assoreamento dos caminhos de córregos e rios, com aterros sucessivos, que ampliaram as áreas de construção. O resultado está aí para darmos uma de Tomé e “ver para crer”. Uma vez, realizando um trabalho de faculdade, descobri que, no meio do prédio da Sinagoga Israelita, na rua do Bom Jesus, existe um muro de divisão com o rio, ou seja, dali para trás, tudo é aterro (os prédios do Banco do Brasil, TRF, TRT, e até da Prefeitura, ou seja, o Cais do Apolo inteiro). O Bairro do Recife é hoje 90% aterro e apenas 10% são do istmo original. Vá lá na sinagoga conferir. E creia! 🙂

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Ginástica laboral: ambiente de trabalho mais saudável e produtivo

Muitas empresas, independentemente do tamanho, estão investindo em programas de ginástica laboral para seus colaboradores. As organizações reconhecem os benefícios de ter funcionários saudáveis e engajados, e a ginástica laboral é uma forma de investir nesse aspecto. Esses programas podem variar desde sessões curtas de alongamento durante o expediente até aulas mais estruturadas de atividade física. “A ginástica laboral é um grupo de exercícios corporais realizados em trabalhadores, geralmente com grupos de pessoas dentro das empresas. O objetivo ali é prevenir acidentes de trabalho, amenizar possíveis desconfortos por consequência de movimentos repetitivos ou posturas inadequadas, a fim de melhorar as condições de saúde”, informa o Profissional de Educação Física, Neto Oliveira. A ginástica laboral é uma prática que melhora aspectos físicos e emocionais. “Se tratando de benefícios emocionais, a redução do estresse está no topo. É um momento de pauta, de relaxamento, de se conectar consigo mesmo. Também já recebi relatos de pessoas que melhoraram as crises de ansiedade no ambiente de trabalho através da ginástica laboral.  Sobre os benefícios físicos, temos como destaque a melhora da postura, prevenção de lesões, diminuição de riscos de acidentes de trabalho e de patologias crônicas devido aos movimentos repetitivos”, diz Neto Oliveira.    Prevenção de lesões A prática regular de exercícios de ginástica laboral contribui para diversos benefícios que ajudam a prevenir lesões relacionadas ao trabalho. “Ela atua no relaxamento dos músculos, na prevenção da fadiga muscular, proporciona mais equilíbrio, compensação da musculatura. Muitos trabalhadores têm expediente de até 12 horas seguidas. Sentados, em pé, seja digitando, seja manuseando uma máquina, seja dirigindo. Esses, geralmente, se queixam muito de dores no corpo e articulações. A ginástica laboral vem justamente para aliviar essas tensões, melhorar e ensinar sobre a postura ideal para aquela atividade, evitar lesões nos tendões e nervos, tudo isso por meio de movimentos simples de alongamentos que somam aproximadamente 15 minutinhos e vão beneficiar durante toda uma vida”, esclarece o professor. Portanto, investir em programas de ginástica laboral é uma estratégia eficaz para reduzir as lesões no ambiente de trabalho e promover a saúde e o bem-estar dos funcionários. Na modalidade, são utilizadas várias técnicas de alongamento, exercícios físicos e até respiratórias, como exemplifica Neto Oliveira. “As técnicas são de respiração, posturais e de alongamentos. Dentre os exercícios, estão a mobilidade corporal, alongamento e relaxamento da coluna, extensão de peitoral e ombros, flexão de quadril, alongamento dos flexores e extensores do punho, mobilidade dos tornozelos, alongamento da panturrilha, antebraços e costas. Esses não podem faltar”.    A ginástica laboral também aumenta a produtividade da empresa evitando o absenteísmo, melhora o estado de alerta e concentração, reduz estresse e motiva trabalho em equipe.   “É constatado que ela proporciona para esses colaboradores mais conforto e mais disposição para enfrentarem a sua jornada de trabalho. O aquecimento dos grupos musculares traz a sensação de despertar e consequentemente, essa pessoa passa a estar mais produtiva e atenta após realizar esses exercícios”, observa Neto Oliveira. Os exercícios são realizados na própria empresa, em qualquer espaço livre, sem a necessidade de material algum na maioria dos casos. A ginástica laboral pode ser usada em qualquer tipo de empresa. “Acredito que o primeiro passo é encontrar profissionais/empresas capacitadas e com experiência nessa área nas empresas”, finaliza Neto. Neste Dia do Trabalho, vamos incentivar programas de ginástica laboral nas organizações. Participou da reportagem Neto Oliveira é Profissional de Educação Física com especialização em Ergonomia e pós-graduando em Reabilitação de Lesões. Também atua como Treinador de Corrida na Assessoria Esportiva Let's Bora. @netinhooliveirapersonal Ativismo profissional insalubre, ócio criativo e produtividade saudável Como ser produtivo no trabalho e na vida, de forma saudável? Domenico De Masi nos alerta que “o futuro pertence a quem souber libertar-se da ideia tradicional do trabalho como obrigação ou dever e for capaz de apostar numa mistura de atividades, onde o trabalho se confundirá com o tempo livre, com o estudo e com o jogo, enfim, com o “ócio criativo”. Para se manter ativo ao longo da vida, permanecer trabalhando pode ser algo recomendável. Assim como, será fundamental compatibilizar o labor com momentos de repouso, lazer, autocuidado, busca de sintonia interior, estudo, diversão, contato genuíno com outras pessoas, práticas religiosas devocionais e caritativas, expressão artística, além do cultivo de sonhos e ideias criativas. Muitos acreditam que isto seja possível apenas quando se faz o que se gosta.  No entanto, lembremos que sempre haverá os “ossos do ofício”, mesmo para aqueles que acertaram na sua vocação. Independente da satisfação (ou não) com o trabalho, tenhamos em mente que não é necessário acumular meses ou anos de trabalho, num ativismo profissional insalubre, trazendo consigo os efeitos perniciosos que o stress ou burnout exercem sobre a nossa saúde. Que tal “férias instantâneas”? Algumas “doses homeopáticas de ócio criativo”? Para desenvolver a “atentividade”, advinda da prática meditativa, resultando numa atitude tranquila e serena, atenta ao momento presente, ligada ao aqui e agora. Tal prática não demanda grandes mudanças na rotina, já que poucos minutos de exercícios de respiração profunda, descontração dos dedos dos pés, audição de música tranquilizadora, relaxamento corporal, são suficientes para retomar a harmonia interna. No cotidiano, muitas vezes, uma pausa para o café ou fazer algo que “quebre” os esquemas mentais rotineiros (visitar um lugar diferente, descobrir contrafluxos driblando engarrafamentos, ler uma pequena oração) bastam para renovar nossas forças físicas e mentais. Margarida Felix é psicóloga clínica, advogada e professora universitária. Diretora do INFOP - Instituto de Formação da Personalidade e Diretora Executiva do Instituto Jung - Recife. @felix_margarida_maria - 81 9.9403-0737 Município de Caruaru inaugura Complexo Olímpico Caruaru passa a contar com o Complexo Olímpico Municipal Rei Pelé, localizado na Escola em Tempo Integral Álvaro Lins, no bairro Maurício de Nassau. Implantado numa área de dois hectares, o Complexo Rei Pelé é composto por pista de corrida e de salto em distância com dimensões oficiais; equipamentos de salto em altura, de salto com vara, de lançamento de martelo e de dardo, além de arremesso de martelo, todos também com dimensões oficiais. Sua estrutura ainda dispõe de

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1º de maio: Pequenos negócios lideram geração de empregos em Pernambuco

Construção civil é o setor que mais gerou postos de trabalho formais em janeiro e fevereiro deste ano (Foto: Arquivo Pessoal Robério Coelho) Neste 1º de Maio, data dedicada ao Dia do Trabalhador, é importante destacar a participação do setor dos pequenos negócios. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2023, esse setor contribuiu com mais de 46 mil novos postos de trabalho em Pernambuco, enquanto as médias e grandes empresas viram o fechamento de mais de 1,5 mil vagas. Apenas nos dois primeiros meses de 2024, os pequenos negócios adicionaram 4,5 mil empregos formais. Destacando-se no segmento da construção civil, a construção de edifícios liderou as contratações no estado, gerando 990 novos postos de trabalho. Liderança da Construção Civil Conforme afirmou Sylvia Siqueira, economista e analista do Sebrae/PE, o setor da construção civil impulsionou o aumento nos postos de trabalho devido ao retorno dos investimentos na área. “Esses novos postos envolvem tanto as áreas de construção direta como também o setor de engenharia. Essa retomada, tanto do setor privado quanto do setor público, vem gerando a necessidade de maior contratação”. Case de sucesso no setor Um caso exemplar é o de Robério Coelho, microempresário de 30 anos no ramo da construção civil, que demonstra como investir pode resultar na expansão da equipe de colaboradores. Especializado em pré-moldados para estruturas de edificações, a empresa que opera em Petrolina, no Sertão do São Francisco, conseguiu triplicar o número de colaboradores em sua empresa em apenas dois anos. Ao adquirir o negócio em 2022, que já possuía 30 anos de atuação no mercado, contava apenas com 16 funcionários. Atualmente, a empresa emprega 56 profissionais sob o regime celetista. “Eu implantei um software de atendimento e gestão, contratei profissionais para realizar uma gestão moderna e cheguei a clientes que eu não atendia. A produção aumentou, contratamos mais profissionais”. Perspectivas de desempenhos melhores para pequenas empresas Sylvia Siqueira destaca que "à medida que a economia apresenta sinais de melhora, é esperado um aumento na geração de empregos, com meses registrando maior e menor número de vagas criadas". Além do setor de construção de edifícios, outros setores se destacaram na geração de empregos nos meses de janeiro e fevereiro, como o Ensino Fundamental (365 vagas) e os serviços combinados de escritório e apoio administrativo (352 vagas). Para aqueles que consideram abrir novas vagas de emprego, a economista oferece algumas dicas importantes.“Os pequenos negócios têm muitos desafios na hora de contratar, um deles é a estrutura tributária com a qual ele precisa arcar. Por isso, ele deve avaliar bem a sua capacidade produtiva e as capacidades técnicas desse profissional para atender à sua demanda”, recomenda.

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Prefeitura do Recife recebe Selo de Cidade Inteligente

O Recife reafirma sua posição como uma das principais capitais da inovação no Brasil ao receber um Selo durante o Connected Smart Cities GovTech, evento que destaca soluções digitais para o setor público. A Prefeitura do Recife foi premiada nesta segunda-feira (29) em São Paulo (SP), em reconhecimento ao seu engajamento em diversas áreas avaliadas, incluindo ações autodeclaradas e desempenho nos Rankings anteriores do Connected Smart Cities. Além do prêmio, a equipe da prefeitura, através da Emprel, está presente no evento, apresentando os principais projetos de inovação aberta da cidade, acessíveis através da loja de soluções da Emprel. Durante o evento, houve participação em diversos painéis abordando temas como Inovação Aberta, Soluções em IoT para Cidades Inteligentes, Acessibilidade e Cidadania Digital, além de um painel da ANCITI sobre Cidades Inteligentes. Algumas das soluções apresentadas durante o evento incluem o Absens, Integra.aí, Vamoo, Supervisão, Saúde Conectada, Regulação da Saúde da Sua Cidade e Prontuário Eletrônico de Saúde, cada uma contribuindo para melhorar diversos aspectos da vida urbana e dos serviços públicos na cidade do Recife. Bernardo D’Almeida, diretor-presidente da Empresa Municipal de Informática do Recife (Emprel) “Estamos muito felizes por mais um reconhecimento que estamos recebendo. Todas as premiações são fruto de um trabalho em que muitas pessoas estão envolvidas e estão na linha de frente da transformação digital do Recife. O Gov Tech é um evento muito importante, nacionalmente, e vamos levar este selo com muita alegria e com a certeza que estamos no caminho certo na democratização e digitalização dos serviços públicos municipais, dando acesso ao cidadão recifense”. Connectoway conquista quatro Prêmios em evento internacional da Huawei no México A Connectoway, empresa do mercado de Telecom, conquistou quatro prêmios durante o Huawei Eco-Summit Latam, que ocorreu na última quinta (25), no México. Os prêmios conquistados foram: Optical partner of the year; Comercial market partner of the year; Distribution partner of the year; e VAP partner of the year. As premiações foram concedidas pela gigante de tecnologia Huawei, que reconhece o compromisso da Connectoway com a inovação, a excelência e a entrega de soluções excepcionais aos seus clientes.  O CEO da Connectoway, Carlos Cartaxo, e o head de telecom, Igor Campos, estiveram presentes na solenidade. Para Carlos Cartaxo, a premiação demonstra o compromisso da empresa em oferecer a melhor experiência ao cliente. “Estamos muito felizes e gratos pelo reconhecimento da nossa dedicação em oferecer serviços de alta performance ao cliente. Este prêmio não só valida o nosso compromisso com a excelência, mas também fortalece ainda mais a nossa parceria com a Huawei e reforça a nossa posição como referência no mercado de tecnologia”, enfatizou. EXPOISP Brasil - Olinda prevê movimentar R$ 50 milhões na área de internet e telecom A EXPOISP Brasil - Olinda 2024, feira de negócios do setor de ISP e Telecom, está celebrando sua 8ª edição. Organizado pela Start Produções e Eventos, e com a montagem a cargo da Evolution Promoções e Eventos, o evento contará com a participação de mais de cem expositores, que apresentarão ao mercado produtos, tendências e soluções de marcas tanto nacionais quanto internacionais. Com uma expectativa de público visitante de 15 mil pessoas, a EXPOISP Brasil - Olinda 2024 acontecerá entre os dias 8 e 10 de maio, no Pernambuco Centro de Convenções. Profissionais da área podem se inscrever gratuitamente através do site do evento.

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1964: Vozes dos cárceres, templos e do exterior contra a Ditadura em Pernambuco

Segunda reportagem da série Memórias do Golpe em Pernambuco registra movimentos de resistência durante a ditadura civil-militar, que completou 60 anos. *Por Rafael Dantas O Estado que viu seu governador deposto no Golpe de 1964, que chorou os primeiros assassinatos do novo regime e assistiu à primeira tortura pública na sua capital, também responderia aos ditadores com uma forte resistência. Da ruptura política até a reabertura, em 1985, em Pernambuco brotaram movimentos estudantis, nos presídios ou mesmo nas igrejas. A repressão castigava, retirava algumas lideranças de cena, mas não conseguia sufocar as críticas internas e do exterior. Os pernambucanos exilados também fizeram barulho no cenário internacional. O time de lideranças com atuação no Estado que firmaram posição contrária à ditadura civil-militar de 1964 incluía nomes como o ex-governador Miguel Arraes, o religioso Dom Helder Camara (ambos cearenses, mas com atuação em Pernambuco), o educador Paulo Freire, entre outros tantos intelectuais, militantes e políticos. O termo ditadura civil-militar tem sido empregado por estudiosos para ressaltar que o golpe teve participação e aderência de setores civis, como imprensa e mesmo a igreja e a classe empresarial no golpe. As críticas ao regime operavam nas brechas que a censura não conseguia calar, como nos comunicados internos da ala progressista da Igreja Católica, nas pichações que povoavam os prédios e viadutos do Recife, entre outros tantos ringues de batalha. “Ao longo da ditadura, o protagonismo da resistência foi mudando. No primeiro momento vemos a importância do movimento estudantil, que era muito atuante. Os trabalhadores urbanos e rurais também ganharam notoriedade internacional, com figuras como Gregório Bezerra, Francisco Julião e Paulo Freire. Há também os sindicalistas, militantes políticos e do movimento feminista pela anistia, além da Igreja Católica”, destacou o professor de história da UPE (Universidade de Pernambuco) Thiago Nunes Soares. MOVIMENTOS ESTUDANTIS ATIVOS O movimento estudantil pernambucano vivia um momento de grande efervescência no início dos anos 1960, quando foi duramente afetado pelo golpe. A intervenção nas direções das universidades e escolas secundárias, perseguições e a repressão policial às lideranças passaram a marcar esse novo período. Organizações como a Ares (Associação Recifense dos Estudantes Secundaristas) e a Ubes ( União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) passaram a ser permanentemente monitoradas pela força policial nos encontros e seminários que promoviam. O relatório da Comissão da Verdade Dom Helder Camara sobre os movimentos estudantis relata que: “As proibições de reuniões e de manifestações estudantis dentro das universidades chegaram a considerar conversas entre três pessoas nos corredores das escolas como ‘reunião’ e, nesse sentido, proibidas de acontecer. Os restaurantes universitários eram pontos de encontros importantes para o movimento estudantil e, por essa razão, eram permanentemente vigiados, sendo monitorados por funcionários da própria faculdade ou por policiais travestidos de estudantes à serviço da repressão, sempre na tentativa de localizar ‘estudantes considerados subversivos’, que vinham sendo procurados pela polícia, ou visando se antecipar às iniciativas de mobilização para a realização de quaisquer tipos de eventos ou manifestações públicas”. Após os primeiros momentos pós-ruptura de 1964, com as perseguições políticas e o fechamento de estruturas sociais de reivindicação, o então estudante secundarista Marcelo Mário Melo é convocado sigilosamente para ajudar a reorganizar a luta estudantil. Ele conta que os movimentos populares sofreram muito com a repressão nas universidades e escolas, que eram ambientes típicos para convocação e formação de novos quadros de militantes. “Não tínhamos nenhuma experiência de clandestinidade. Cada um vivia se escondendo, era um salve-se quem puder. Com o tempo, entre maio e junho, fui convocado para reunião com velhos dirigentes do PCB (Partido Comunista Brasileiro). Íamos de olho fechado, em um carro, para o encontro. Fiquei encarregado de reestruturar o partido na área do movimento secundarista”, afirmou Marcelo, que teve que adotar um nome falso e, a partir daí, pintar os cabelos de loiro e usar um bronzeador que deixava sua pele avermelhada. Toda essa atuação de reestruturar o movimento estudantil já era considerada ilegal desde 1964 pelas novas leis aprovadas pela ditadura, que foram ficando mais rígidas a cada ano. Apesar da repressão, o estudante lembra que nos primeiros anos da ditadura, o regime não conseguiu abafar completamente os esforços de organização popular. O relatório da Comissão da Verdade também afirmava isso, ressaltando que mesmo diante da repressão, o movimento comandado por organizações políticas clandestinas desenvolvia uma política eficaz de aproximação junto aos estudantes. “As mobilizações dos anos 1965, 1966, 1967 e 1968 envolveram várias reivindicações: aumento de vagas; absorção dos excedentes (alunos aprovados além do número de vagas oferecidas); melhoria dos restaurantes universitários (na qualidade e preço cobrado por refeição); democratização em todos os órgãos e instâncias universitárias (até então comandados pelos professores por meio das chamadas congregações e conselhos universitários); e a mais importante, a Reforma Universitária, bandeira antiga do movimento estudantil, agora retomada de modo mais incisivo face às investidas da ditadura no sentido da privatização das universidades públicas”, descreveu o relatório. Durante a ditadura não foram poucos os casos de prisões, desaparecimentos, torturas e assassinatos de estudantes. No período de 1968 a 1974 ocorreu um progressivo processo de desmantelamento do movimento estudantil devido à intensa repressão sobre suas lideranças e organizações representativas. A UNE (União Nacional dos Estudantes), já operando clandestinamente, organizou o Congresso de Ibiúna em 1968, resultando na prisão de numerosos líderes estudantis, incluindo toda a delegação de Pernambuco, composta por 30 estudantes das diversas instituições de ensino superior na região. Mesmo assim, a UNE permaneceu em operação no País durante todo o período ditatorial. O GRITO DOS PRESÍDIOS O militante Marcelo Mário Melo atuou nesse esforço de reorganização do movimento estudantil e do Comitê Regional do PCB e depois na formação do PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário) até ser encontrado no Rio Grande do Norte, em Nísia Floresta, e ser preso pela ditadura, já em 1971. Começava então um segundo campo de batalhas pelo qual ele atuou e que muitos outros pernambucanos deixaram suas marcas: os presídios. É difícil imaginar como pessoas encarceradas conseguiam incomodar o governo. Mas suas reivindicações, críticas e denúncias escapavam pelos ferrolhos que os prendiam.

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Novo condomínio logístico fará investimento de R$ 300 milhões em Pernambuco

Com um investimento total de R$ 300 milhões, a Proxxima Empreendimentos e a HSI anunciam a construção do Syslog Recife, um novo condomínio logístico em Pernambuco. Com uma área locável de 127 mil m², distribuída em três galpões, o empreendimento está localizado no bairro de Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, oferecendo fácil acesso à rodovia BR 101 e ao Porto de Suape. Primeira etapa ainda em 2024 Com previsão de conclusão da primeira etapa até o final deste ano, o Syslog Recife proporcionará benefícios para seus locatários, como melhores prazos de entrega, maior precisão nas vendas e diminuição de custos logísticos. O Syslog Recife representa um marco para a HSI, sendo seu primeiro empreendimento no Nordeste, indicando o interesse da corporação na região. Romero Maranhão Filho, sócio e diretor da Proxima “O Syslog Recife é um empreendimento last mile (último processo na etapa de entrega de uma encomenda) por sua localização privilegiada e muito próxima ao principal polo consumidor do Nordeste. Será um marco para o desenvolvimento do setor no Estado com impacto para toda a Região”

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7 fotos de fábricas de Pernambuco Antigamente

A coluna Pernambuco Antigamente desta semana faz uma homenagem para esse setor, tão relevante para a geração de empregos e para o desenvolvimento ao Estado, com uma sequência de 7 imagens de algumas fábricas que seguem na ativa e de outras que estão na memória dos pernambucanos. Confira abaixo as fotos!. Usina Petribú(Do site https://meioambiente.culturamix.com) .Fábrica da Pilar(Página Recife Antigamente) . . Fábrica da Fiat Lux, em São Lourenço, na década de 60(http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcp_pe/slourenco.htm) . Fábrica da Peixe, em 1955, em Pesqueira(Biblioteca do IBGE) . Fábrica Fratelli Vita(Foto do site Lugares Esquecidos). Tradicional indústria de refrigerantes que teve uma filial no Recife. . Água Mineral Santa Clara, na década de 40(No site da empresa) Instalada em Dois Unidos, foi o primeiro lugar do Brasil que produziu os refrigerantes da Coca Cola .Fábrica Coronel Othon em Recife, em 1957(Foto de Tibor Jablonsky) . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafaeldantas.pe@gmail.com | rafael@algomais.com)

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Em abril, intenção em adquirir bens duráveis caiu 4% em Pernambuco

(Da Fecomércio-PE) Recorte realizado pela Fecomércio PE sobre a Pesquisa de Índice de Consumo das Famílias, mostrou queda na avaliação em setores como emprego, renda e consumo por parte dos entrevistados  Em abril, o índice de consumo das famílias recuou 1,3%.  É o que mostra o recorte local feito pela  Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), sobre a pesquisa ICF, calculada nacionalmente pela CNC. Ainda segundo a Federação, foi registrada uma queda de 4% na intenção de aquisição de bens duráveis, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar, sugerindo uma postergação nas decisões de compra desses itens por parte dos consumidores. O recorte também mostrou que houve uma queda nas avaliações de emprego, renda e consumo, por parte dos entrevistados. Quanto ao emprego atual, foi registrada uma queda de 3,3%, em relação à segurança no atual posto de trabalho, sugerindo uma possível desaceleração no mercado de trabalho. A avaliação da renda atual também teve uma redução de 1%, enfraquecendo possivelmente o poder de compra dos consumidores. Ainda de acordo com o recorte, foi possível observar se uma queda de 2,9% no índice geral do nível de consumo atual, refletindo uma menor confiança dos consumidores e uma disposição reduzida para gastos. Da mesma forma, a perspectiva de consumo também diminuiu, com o índice geral caindo 1,6%, indicando expectativas mais conservadoras em relação aos gastos futuros. “O cenário é desafiador para Pernambuco. A redução do consumo das famílias impacta a confiança do consumidor e suas perspectivas para os próximos meses. Essas percepções também são compartilhadas pelos empresários do comércio, conforme revelado pelo Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), que apresentou redução da confiança nas condições atuais da economia nacional”, constatou Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE. 

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Engajamento dos profissionais pernambucanos é maior do que a média nacional

Os profissionais em Pernambuco demonstram um nível de engajamento superior à média nacional, revelado pela primeira edição do Engaja S/A - Índice Nacional de Engajamento de Funcionários no Brasil. O estudo, conduzido pela Flash em colaboração com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) e o Grupo Talenses, entrevistou 1.732 trabalhadores de todas as regiões do país, entre agosto e outubro de 2023. O engajamento se destacou entre os profissionais da geração Z e aqueles que trabalham no setor de tecnologia, com índices de 75% e 74%, respectivamente. Comparativamente, as empresas do setor tecnológico em Pernambuco demonstram um envolvimento 14% maior do que as do setor de serviços e 38% superior ao setor industrial. Esses achados reforçam a importância do engajamento na produtividade e clima organizacional, além de destacarem a relevância do estado no cenário das startups, com 759 ativas em 2023, consolidando sua posição como líder no Nordeste. Uma característica distintiva do engajamento dos colaboradores em Pernambuco, em comparação com o cenário nacional, é o impacto positivo das oportunidades de crescimento. Esta dimensão impulsiona um engajamento de 71% entre os profissionais pernambucanos, contrastando com os 46% a nível nacional, onde fica apenas à frente da remuneração. Em segundo lugar, o ambiente de trabalho positivo é o principal motivador para os profissionais do estado, ao passo que a confiança na liderança completa o trio de fatores mais engajadores. No entanto, a remuneração emerge como um ponto crítico em todo o país, evidenciando uma insatisfação generalizada com o pacote de benefícios.

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