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Há uma menina, há uma moleca morando sempre em meu coração

Uma crônica de Manu Siqueira recheada de sonhos e fantasias de criança Milton Nascimento, certamente, estava muito inspirado quando compôs “Bola de meia, bola de gude”. A letra e a melodia se misturam em um balé harmonioso que toca profundamente as memórias infantis de qualquer pessoa. Não quero aqui romantizar as infâncias difíceis. Sei que muitas intempéries desse período ainda estão impressas na parede da memória de muita gente. Mas espero que este texto seja um sopro de esperança, aliviado, dizendo ao pé do ouvido: “já passou”. Quero também, assim como na música, que esta leitura traga uma nostalgia gostosa e que cada leitor e leitora possa fechar os olhos e viajar comigo no tempo. Na infância dos anos de 1980, os quintais das casas de nossas avós pareciam um universo particular, onde a gente subia nas árvores e brincávamos nas poças d'água olhando para o céu azulzinho e imaginando criaturas que se formavam com a movimentação das nuvens. A gente fazia comidinhas para as nossas bonecas com barro, água, folhas e flores, e, também, comíamos frutas diretamente do pé, sem precisar lavar antes. Nas vendas, que eram bem populares, meus olhos brilhavam quando via aquela bomboniere giratória recheada de pirulitos, chicletes e bombons. Lembro muito da sensação de liberdade: de andar descalça, de levar minha prima no bagageiro da bicicleta que, na época, ainda não era chamada de bike, e de “ganharmos” o mundo, sem preocupações, sem medo, apenas sendo crianças alegres. Os pais, em sua maioria, permitiam que a gente brincasse ao ar livre, criando nossas próprias regras e explorando o mundo ao nosso redor. A gente sonhava. E muito. Sonhávamos em ser paquitas, em namorar algum Menudo, em ter os poderes da “Jeannie é um gênio”. Brincávamos de esconde-esconde, de “Gato mia”, de “Passarás”, da brincadeira do anel e de Amarelinha. Quem foi criado em contato com a natureza, com certeza, deve sentir, até hoje, o sabor do leite tirado da vaca na mesma hora em que o galo cantava, anunciando que o dia estava nascendo. Dizem que a vida na roça começa cedo e deve ser fascinante. Tenho uma amiga que, sempre que estamos juntas, arranja uma forma de reviver a criança que habita em nós. No último encontro, este ano, tentamos subir em uma árvore em um parque, lá em Brasília. Não deu muito certo; afinal, nossa coluna já não é a mesma, mas eu amo a tentativa dela de resgatar isso em mim. Minha criança interior, confesso, sempre anda adormecida. Mas de vez em quando, é bom deixá-la acordada, com os olhos atentos e brilhantes. Outra amiga, dia desses, disse que está com vontade de colocar um balanço em casa. Achei a ideia fantástica. Quando paramos de nos balançar? Uma brincadeira tão simples e tão maravilhosa... Assistindo recentemente ao documentário sobre as Paquitas, pude revisitar um sentimento que tomou conta dos anos 80: a Xuxa. Ela foi importante para a comunidade LGBTQIAPN+, que sempre encontrou conforto em seus programas e acolhimento nas letras das músicas, enquanto, muitas vezes, era hostilizada nas escolas e na vizinhança simplesmente por ser quem é. Você não precisa gostar da Xuxa, mas é preciso admitir que sim, ela foi bastante importante para esse público e também para uma multidão de crianças que sonhava em trabalhar na televisão. E eu era uma delas, sem ao menos saber a complexidade que isso representava. Mas o documentário deixou claro o “alto preço” que essas crianças pagaram para realizar esse sonho que depois se transformou em pesadelo. Impossível também não lembrar da Turma do Balão Mágico e do Trem da Alegria que marcaram uma geração com músicas que são cantadas até hoje. Na TV, imperdível eram os finais de tarde com o Sítio do Pica-Pau Amarelo e os domingos com Os Trapalhões. As festinhas de aniversário também estão na memória de muita gente, tenho certeza. Eram simples, feitas em casa, brigadeiro por brigadeiro, enrolados um a um por mães, primas e avós. Tenho saudade de alguns sabores da infância: dos lanches, na hora do recreio; do leite em pó que tinha um gosto que não existe mais; vitamina com farinha láctea era uma delícia; geladinho de coco sempre presente nos domingos na praia; claro, não podiam faltar o chiclete Bubbaloo, chocolates Surpresa e Lollo; e as balinhas Xaxá. Quando fiz 40 anos, comemorei com uma festa temática dos anos 80, com todos os brinquedos, músicas e decoração que tive direito. Foi lindo e emocionante rememorar essa época feliz! Dizem que, quando ficamos velhos, voltamos a ser crianças. Espero que o ditado se concretize no sentido de poder levar a vida de forma mais leve e divertida. Belchior pode até ter razão quando disse que o passado é uma roupa que não nos serve mais; porém, sempre é bom lembrar que toda vez que uma bruxa te assombra, a menina te dá a mão. E te fala coisas bonitas que acredito que não deixarão de existir: amizade, palavra, respeito, caráter, bondade, alegria e amor. Que a gente nunca perca nosso olhar pueril e encantado pela vida! Feliz Dia das Crianças! *Manu Siqueira é jornalista (mmsiqueira77@yahoo.com.br)

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200 anos de parceria: Cônsul-Geral May Baptista fala sobre as Relações Brasil-Estados Unidos

Em entrevista, a diplomata destaca a importância da colaboração em temas como democracia, segurança e desenvolvimento econômico no contexto das comemorações do bicentenário. A cônsul-geral dos Estados Unidos no Recife, May Baptista, compartilha suas perspectivas sobre as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, especialmente no contexto das celebrações pelos 200 anos de parceria entre as nações. Com uma trajetória no Serviço de Relações Exteriores que inclui experiências em diversos países da América Latina e da Europa, Baptista enfatiza a importância da construção de relacionamentos sólidos, com foco na promoção da democracia, segurança e progresso econômico. Seu papel no Recife abrange uma vasta gama de iniciativas voltadas à educação, direitos humanos e desenvolvimento sustentável, refletindo seu compromisso em cultivar redes entre culturas e organizações. Como o Consulado no Recife tem celebrado o marco dos 200 anos das relações diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos? Este ano estamos celebrando os 200 anos de relações diplomáticas entre Estados Unidos e Brasil com eventos em diversos estados brasileiros. No Nordeste, onde o Consulado Geral dos EUA no Recife atua em oito estados, promovemos diversas parcerias que marcaram este bicentenário e gostaria de destacar: as apresentações e intercâmbios musicais do artista norte-americano Daniel Ho & Friends, que com sua banda apresentou a música e dança do Havaí para os públicos do Recife e de Fortaleza - em parcerias com o Paço do Frevo (Pernambuco) e Embaixada Bilíngue Fortaleza (Ceará); ingressos dados a  estudantes de projetos educacionais de Fortaleza e Natal para assistir ao concerto ao vivo “Magia e Sinfonia” da Disney; a presença da embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, e de representantes da NASA no Space Week Nordeste, em São Luís do Maranhão; a visita do cutter da Guarda Costeira dos EUA a Fortaleza, que possibilitou a intercâmbio de conhecimentos com integrantes da Marinha do Brasil e que reforça nossa amizade histórica com o país como parceiro de defesa e segurança pela democracia no Hemisfério Ocidental; e a bela exposição sobre as relações históricas entre os EUA e Pernambuco,  que foi criada e exibida na ABA Global Education (Pernambuco), nosso Espaço Americano no Recife. Nacionalmente, tivemos desde intercâmbio para jovens de escolas públicas e o primeiro jogo na NFL em São Paulo, além de exposição de arte que será lançada neste mês de outubro na capital paulista. O bicentenário nos lembra do impacto positivo que nossa relação teve em nossos países e em nossos povos, e que continuamos trabalhando juntos para um futuro brilhante.  Quais os principais eixos de atuação do consulado atualmente? Houve alguma mudança significativa pós-pandemia? Gosto sempre de lembrar que o Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife desenvolve ações e parcerias nos estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Piauí e Maranhão. A Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil atuam em eixos que têm valores compartilhados com governo e instituições brasileiras. Algo de muito impacto no momento pós-pandemia foi nosso trabalho para emissão de vistos para cidadãos em busca de viagens aos Estados Unidos. Aqui no Recife, além de mutirão consular e da prioridade aos brasileiros que estudam nos EUA, inauguramos no Paço Alfândega o Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto, que recebe e entrega documentos daqueles que não precisam de entrevista para a renovação do visto.  Hoje, celebramos que em 2023 emitimos um recorde de 1,1 milhão de vistos para brasileiros. E vamos bater uma nova marca este ano: no primeiro semestre de 2024, emitimos aproximadamente 675 mil vistos, 17% a mais em relação ao mesmo período de 2023. Nossa relação bilateral com o Nordeste é focada no fortalecimento da democracia e direitos humanos; em promover educação na área STEM (Ciência, Tecnologia, Educação e Matemática); no combate à crise climática; e empoderamento e combate à violência de gênero. Destaco que em todas as nossas ações buscamos incorporar diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade para todas as pessoas. Sobre nossa atuação em direitos humanos, ressalto o termo de cooperação estabelecido em 2023, e que continua em atividade, entre o estado de Pernambuco e a ONG internacional Freedom Fund, parceira implementadora de bolsa de financiamento do Escritório de Monitoramento e Combate ao Tráfico Humano do Departamento de Estado dos EUA. Por meio da doação, investimos mais de 25 milhões de dólares em vários estados e setores no Brasil para combater o trabalho forçado e o tráfico sexual. Já na educação, os números mostram que também temos um diálogo contínuo com quem busca o conhecimento. De acordo com o Open Doors, relatório elaborado pelo Departamento de Estado dos EUA, o Brasil é o 9º país do mundo que mais envia estudantes para os Estados Unidos: são mais de 16 mil brasileiros matriculados em cursos de universidades americanas. Uma opção segura e gratuita para a busca de uma vaga em uma universidade nos EUA é fazer uma consulta no EducationUSA, centro oficial do governo que oferece informações sobre oportunidades de estudos. Através de parcerias com instituições educacionais, hoje temos nove escritórios EducationUSA no Nordeste – em Pernambuco, Ceará, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. E espero em breve celebrar a abertura de um centro em mais um estado nordestino! Na pauta econômica, quais são os setores de maior interesse americano em estabelecer parcerias em Pernambuco e no Nordeste brasileiro? O comércio e o investimento dos Estados Unidos apoiam mais de 520 mil empregos no Brasil e aproximadamente 100 mil nos EUA.  No contexto dos investimentos de empresas americanas em Pernambuco e no Nordeste, é evidente para mim que somos o principal parceiro internacional na região. Várias empresas americanas possuem grandes operações por aqui, contribuindo bastante para o desenvolvimento econômico e oferecendo empregos de qualidade. O ramo de alimentos e bebidas é, sem dúvida, um dos segmentos de maior atividade fabril, mas também temos forte atuação em indústrias de maior valor agregado, como a automotiva, além de importante participação na área de TI. No setor de franquias, várias marcas americanas estão presentes no dia a dia dos nordestinos há anos. Não citarei nomes

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Antonio Barbalho: "Não existe falta de dinheiro no mundo"

Num momento em que o Brasil amarga os efeitos das mudanças climáticas, o especialista em financiamento para empreendimentos sustentáveis e resilientes, Antonio Barbalho, garante haver recursos disponíveis para projetos verdes. Mas ressalta que faltam planos bem estruturados que considerem a mitigação de riscos. O engenheiro pernambucano Antonio Barbalho circulou o mundo desenvolvendo estratégias e mobilizando finan ciamento para empreendimentos sustentáveis e resilien tes. Após o início de carreira na Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), ele desenvolveu uma trajetória internacional passando pelo Deutsche Bank, no Reino Unido, seguindo para o Banco Mundial, a partir de 2009. Ele foi gerente e chefe global da Miga (Agência Multilateral de Garantia de Investimentos) para Energia e Indústrias Extrativas e, posteriormente, gerente de Práticas para Energia na América Latina e Região do Caribe. Com ampla experiência nos setores financeiro, energético, indústrias extrativas e serviços públicos, ele avalia oportunidades e alguns desafios para Pernambuco na agenda ESG. Nesta entrevista a Rafael Dantas, o engenheiro destaca que o verdadeiro desafio não é a falta de recursos, mas sim a ausência de projetos bem estruturados que considerem a mitigação de riscos. Ele argumenta que há dinheiro disponível tanto em bancos privados quanto em instituições internacionais, como o Banco Mundial, mas muitos projetos falham ao não abordar adequadamente os riscos envolvidos. Com sua vasta atuação em financiamentos de iniciativas sustentáveis em diversas partes do mundo, Barbalho enfatiza a importância de entender as regras do mercado e adaptar os projetos às condições locais, garantindo maior viabilidade e sucesso a longo prazo. No último encontro do projeto Pernambuco em Perspectiva foi menciona do que não falta dinheiro para iniciativas de preservação ao meio ambiente e empreendimentos sustentáveis. Qual o desafio de acessar esses recursos? Não existe falta de dinheiro no mundo. O que existe é o não entendimento de mitigação de riscos. Fala-se muito que o problema é não ter projeto. Mas não é só isso. Projetos existem, mas projetos estruturados e pensados, não. Não se pensa em risco. Mesmo dentro do sistema financeiro nacional existe dinheiro, mas existe também uma mentalidade de que só quem financia é o BNDES. Isso não é verdade. Os bancos privados também financiam, mas têm juros mais altos. Quando começamos a entender isso e jogamos com o que existe no mercado é possível chegar a bons resultados. Já fiz um projeto de recuperação pela Miga em uma floresta da Indonésia no ano de 2011. Isso tem chamado a atenção global agora, mas fizemos isso há mais de 10 anos. Então, isso não é novidade. O esforço é se adaptar às regras, sem quebrar nenhuma, no ambiente em que se vai buscar o recurso. O que pode funcionar é baseado nas ideias da instituição financiadora em consonância com o que existe na legislação brasileira. Descobrir os limites e os caminhos até onde a gente pode ir com o projeto. A gente não cruza nenhuma linha. A lei brasileira é extremamente prescritiva (no comportamento, mesmo em ambiente de mudança) e punitiva (não considerando medidas corretivas em primeiro plano). Dentro de financiamentos a projetos, a parte mais importante é se antecipar aos problemas, porque quando eles acontecem nem sempre há tempo para resolver. É preciso, inclusive, traçar pelo menos um ou dois caminhos de como sair dos possíveis problemas. Como foi essa experiência na Indonésia? A Indonésia tem umas 5 mil ilhas e sofre uma degradação de floresta muito séria. As três maiores florestas do mundo são a da Amazônia, do Congo, que eu também tenho trabalhos por lá, e da Indonésia. Então, um Fundo de Investimento que Hong Kong, liderado por um britânico e com doação do Governo da Noruega, queria auxiliar numa determinada área de uma das ilhas com o pagamento pelos serviços ambientais. Nem se chamava isso, mas que era basicamente uma exploração de atividades econômicas da floresta, completamente recuperada e sustentável. Então se pode pensar: “Ah, podemos produzir e comercializar um pouco de coco”. Mas isso não vai sustentar 500 famílias, e havia duas mil famílias. Existem possibilidades de extrair produtos químicos que possam ir para fabricação de cosméticos. Isso já melhora o projeto, mas não resolve. Existe a possibilidade de replantio de floresta com espécies nativas que vai sequestrar carbono e vai restabelecer dentro de 10 a 15 anos o habitat natural. Isso, por si só, também não resolve. Mas a combinação de todos resolve. O fundo que eles colocaram era pequeno com relação à necessidade. Mas, uma dessas estruturas que eu desenhei com eles foi utilizar esse fundo para garantir um bond, uma debênture, que foi lançada (um título de dívida que é emitido para levantar fundos) e o resultado disso, o dinheiro que for levantado, seria utilizado nesses projetos, detalhando a forma de pagamento de cada um, que garantia a maneira como essas famílias iriam sobreviver. A mudança desse fundo do financiamento direto para um fundo garantidor permitia transformar US$ 40 milhões em US$ 300 milhões. Isso resolveu o problema. Então, em vez de fazer um investimento direto, essa nova modelagem do projeto gerou uma receita recorrente para eles? Exatamente, porque ele garantiu uma segurança do investidor, caso acontecesse a falha de alguma coisa. Por que "e se" ocorrer um incêndio? O grande desafio de qualquer financiamento é o “e se”. Então se eu consigo estruturar, entender esses riscos e mitigá-los, o projeto se torna mais robusto. Se utilizar uma parcela desse investimento em estruturas diferenciadas, o seu fundo de pensão vai investir porque é garantido. E se der um incêndio? Continua com a garantia. E se não der? Será possível ter um retorno um pouco melhor. E se der crédito de carbono? Melhor ainda. Então, essa perspectiva é muito maior, muito mais holística que estou começando a advogar no Brasil. Eu desejo fazer essa ponte aqui, já que eu regressei a Pernambuco. Não é uma viagem ao Banco Mundial que vai resolver o problema. Isso é muito importante, pois mostra interesse do Estado em resolver o problema. Mas o que precisa acontecer antes é uma definição do

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Não adianta apenas preservar o meio ambiente, é preciso regenerar a economia

Debate ambiental do Pernambuco em Perspectiva destacou a urgência da agenda da sustentabilidade no Estado. *Por Rafael Dantas Quais as atividades econômicas que irão mover Pernambuco nas próximas décadas? Com 90% do território situado no semiárido nordestino e com sua capital como a 16° mais vulnerável do mundo à elevação do nível do mar, a grande expectativa – e desafio – do Estado é construir um tecido produtivo sustentável. A economia regenerativa – que não apenas preserva o meio ambiente, mas que atua para reverter o processo histórico de destruição – foi o tema principal do projeto Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo, realizado em setembro pela Algomais e pela Rede Gestão, com patrocínio da Copergás. Ana Luíza Ferreira, Secretária de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha do Governo do Estado, e Sérgio Xavier, coordenador do Fórum de Mudança do Clima, foram enfáticos na defesa da mudança do modelo de desenvolvimento econômico para um padrão ancorado nas tendências de descarbonização das atividades produtivas, interrupção dos processos de degradação ambiental e de fomento às atividades sustentáveis e de adaptação às mudanças climáticas. “A economia é o eixo fundamental para fazer as grandes transformações. Ela influencia a política, garante a vida das pessoas. É nela que temos que trabalhar, saindo do modelo degradador para um modelo regenerativo. É preciso mudar os modelos de governança para uma visão mais sistêmica, mais integrada e em tempo real com redes digitais”, defendeu Sérgio Xavier. Muitas das previsões que pareciam catastróficas e até alarmistas, há algumas décadas, já se tornaram realidade. Não esperaram 2050 ou o final do século para acontecer. Os alagamentos no Recife em dias sem chuvas, o drama das enchentes do Rio Grande do Sul e o processo de desertificação no semiárido nordestino são fotografias de um filme assustador que atravessa o planeta. Esse roteiro, previsto há décadas pelos ambientalistas, mas só agora, de fato, sentido pela população, tem movido o mundo com investimentos robustos. A transição das matrizes energéticas e os investimentos urbanos de adaptação aos efeitos das mudanças climáticas são duas respostas às ameaças globais. Em paralelo a isso, no entanto, seguem em curso tentativas de avançar em atividades com graves riscos ambientais em Pernambuco, no País e no mundo. A exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas é um dilema nacional, como no passado foi a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Em Pernambuco, pautas que estão no horizonte de curto prazo são a construção do Arco Metropolitano e da Escola de Sargentos. O primeiro corta a Área de Proteção Ambiental Aldeia Beberibe, enquanto o segundo prevê o desmatamento de 90 hectares de Mata Atlântica, em Paudalho. Permanece, portanto, o confronto entre os “empreendimentos verdes” e o avanço de investimentos com forte impacto ambiental. CENÁRIO NACIONAL E LOCAL DRAMÁTICOS Sérgio Xavier apontou uma série de aspectos destacados pelo Fórum Econômico Mundial que expõe a complexidade da pauta das questões climáticas, que exige pensamento sistêmico, planejamento Integrado, diplomacia colaborativa e soluções multiconectadas. “Alguns destaques apontados pelo fórum são a desinformação, disrupções decorrentes das novas tecnologias digitais, a polarização social no mundo, a recessão econômica, inclusive provocada por questões ambientais, a migração forçada. Há um conjunto de outros pontos que englobam tudo. Um dos pontos relevantes é a falta de oportunidade econômica”. No cenário nacional, nas últimas semanas, o avanço das queimadas é um fator que assusta a população. Mas a quantidade de indicadores preocupantes de desequilíbrio ambiental no País e no mundo são muitas. “A temperatura média, máxima e mínima estão subindo em todas as regiões do Brasil. Ondas de calor, chuvas anuais, chuvas extremas, duração da seca, nível do mar, acidificação do oceano. Todos estão em alta. Estamos em uma situação muito séria e crítica. É uma crise sistêmica pois o modelo macro da nossa economia está em colapso, ele não é mais viável. O ponto de partida é o meio ambiente” alerta Sérgio Xavier. No estudo apresentado pelo Adapta Brasil, dos 5.570 municípios do País, apenas 251 têm capacidade adaptativa considerada muito alta para enfrentar os desafios desse momento de mudanças climáticas e eventos extremos do clima. O levantamento do Governo Federal mostrou que 3.679 municípios não têm capacidade adaptativa ou uma capacidade muito baixa de enfrentar essa situação. Quando esteve à frente da Secretaria de Meio Ambiente de Pernambuco, Xavier diagnosticou três pontos mais críticos por onde o Estado deveria começar a enfrentar os problemas ambientais. O primeiro era a seca e o cenário de desertificação do semiárido. O segundo era o avanço do mar e a erosão do litoral, atingindo uma região densamente povoada. E em terceiro, as chuvas e inundações da Zona da Mata Pernambucana. “Precisamos fazer um plano que mitigue, adapte as cidades, inclua as pessoas, transforme as cadeias produtivas e, ao mesmo, tempo as impulsione. Essa é a referência, criar uma nova economia resolvendo esses problemas. Temos 90% de áreas suscetíveis à desertificação, com parte já saindo do semiárido para o árido”, destacou Sérgio. Além da defesa enfática da preservação ambiental e da atuação por sua regeneração, a secretária Ana Luíza foi muito enfática ao associar o desafio social do Estado. “Partimos de um Estado em que 50% da população está abaixo da linha da pobreza e que 20% da população está abaixo da linha de miséria. Nós nos acostumamos a ser suscetíveis a qualquer desenvolvimento, qualquer emprego e qualquer PIB”, critica. Ela sugere ser preciso reduzir desigualdades extremas dentro das iniciativas de economia regenerativa. Sérgio Xavier lembrou de alguns avanços durante seu período na gestão, que ele considera que foram medidas importantes, mas paliativas. Ações que adiam o colapso, atuando à margem do modelo econômico degradador. Mas destacou que o momento exige políticas que de fato regenerem o meio ambiente. “Nossa visão é fazer a economia regenerativa puxar esse processo. E, portanto, a nossa briga é com os conservadores da desigualdade e do modelo econômico, que querem que continue do mesmo jeito. Esses conservadores não querem conservar a natureza. Precisamos que eles olhem

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Super Mix e HFN movimentam R$ 700 milhões

Feiras impulsionam negócios e destacam inovações para o setor de hospedagem e alimentação As feiras Super Mix e HFN – Hotel & Food Nordeste encerraram suas edições com uma movimentação financeira estimada em R$ 700 milhões, atraindo mais de 29 mil pessoas ao Pernambuco Centro de Convenções. Durante três dias, mais de mil marcas apresentaram tendências e lançamentos que devem dominar o mercado em 2025, com foco nos setores de hotelaria, alimentação fora do lar e supermercados. A HFN, realizada pela ABIH-PE e Abrasel-PE em parceria com a Insight Feiras & Negócios, destacou a importância da tecnologia e inovação nos setores de hospedagem e alimentação. Entre os temas abordados nos fóruns realizados, ESG e inteligência artificial foram os grandes protagonistas. Artur Maroja, presidente da ABIH-PE, ressaltou o amadurecimento do evento, afirmando que "a feira cresceu na quantidade e na qualidade do visitante". No setor de alimentação, a mudança de horários e o foco em inteligência artificial atraíram grande público, com destaque para o Fórum Gourmet e o almoço assinado pelo chef Rapha Vasconcelos. Tony Sousa, presidente da Abrasel-PE, comemorou o sucesso da edição e já planeja expandir o espaço em 2025, reforçando que a feira "veio para ficar". Organizada pela Aspa e Apes, a Super Mix celebrou sua 18ª edição com um crescimento de 33% na visitação, consolidando-se como um importante evento para o varejo e atacado. "Conectamos pessoas e geramos negócios", destacou Tatiana Menezes, uma das organizadoras da feira. REFORMA EM PAUTA A advogada Renata Escobar, sócia do Escobar Advocacia e especialista em Direito Tributário, será uma das debatedoras do evento "Atenção Domiciliar em Pauta", nesta terça (08). O encontro discutirá os desafios do setor de saúde no contexto da Reforma Tributária, com foco na atenção domiciliar e na transição de cuidados. Renata compartilhará sua visão sobre as implicações do novo regime tributário e como ele pode afetar empresas e profissionais da área. O evento é online e tem inscrições gratuitas. Recife recebe evento de capacitação sobre Novo Processo de Importação A Associação Brasileira de Direito Aduaneiro e Fomento ao Comércio Exterior (ABDAEX) promove, no dia 19 de outubro, o evento "Aperta o Play na DUIMP: Novo Processo de Importação (NPI)" no Riomar Trade Center, em Recife. Com programação das 9h às 17h, o encontro visa capacitar profissionais de comércio exterior, oferecendo palestras e treinamentos sobre o Novo Processo de Importação (NPI) e a Declaração Única de Importação (DUIMP), que trazem significativas inovações para o setor. O evento contará com a participação de especialistas da Receita Federal, SEFAZ-PE e outros agentes do setor, que irão abordar os benefícios do NPI, como a simplificação dos processos e a redução dos prazos. "O 'Aperta o Play na DUIMP' é uma oportunidade fundamental para que os profissionais da área estejam preparados para essas mudanças", afirma Edmilton Ribeiro, diretor da ABDAEX.

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João Campos é reeleito prefeito de Recife com ampla vantagem

Prefeito garantiu 78,11% dos votos válidos, consolidando liderança João Campos (PSB) foi reeleito prefeito de Recife nas eleições de 2024, com 78,11% dos votos válidos. Gilson Machado (PL), principal adversário, ficou em segundo lugar, conquistando 13,9% dos votos. Com 100% das urnas apuradas, confirmando a liderança folgada de Campos. Em terceiro lugar, Dani Portela (PSOL), obteve 3,78% dos votos, superando Daniel Coelho (PSD), com 3,21% dos eleitores. Os demais candidatos não somaram 1%. Filho do ex-governador Eduardo Campos e neto do ex-governador Miguel Arraes, João Campos tem 30 anos, é formado em engenharia civil pela Universidade Federal de Pernambuco e segue o legado político da família. Ele começou sua trajetória política em 2016 como chefe de gabinete do governador Paulo Câmara. Em 2018, foi eleito o deputado federal mais votado da história de Pernambuco, com 460.387 votos. João Campos foi eleito prefeito pela primeira vez em 2020, aos 27 anos, tornando-se o prefeito mais jovem da história do Recife. A reeleição veio em 6 de outubro de 2024, confirmando sua força política na capital pernambucana. Durante a campanha, as pesquisas já apontavam uma vitória tranquila. O vice-prefeito eleito na chapa de João Campos é Victor Marques, do PCdoB. Para acompanhar a apuração completa e outros resultados, acesse o portal oficial das Eleições 2024.

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Orçamento de Pernambuco é estimado em R$ 56,6 bilhões para 2025

Governo do Estado enviou na última sexta-feira 0 Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2025 com foco em saúde, educação e segurança. Foto: Miva Filho O governo de Pernambuco, liderado pela governadora Raquel Lyra, enviou à Assembleia Legislativa (Alepe) o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2025, com previsão de R$ 56,6 bilhões. Desse montante, mais de R$ 25 bilhões serão destinados a áreas essenciais como saúde, educação e segurança pública. O orçamento fiscal, que cobre a administração direta e indireta, é de R$ 55,1 bilhões, enquanto R$ 1,5 bilhão será alocado para empresas estatais independentes, como Adepe e Compesa. O Orçamento da Criança será um dos principais destaques, com um aporte de R$ 2,3 bilhões. As áreas de saúde, educação e segurança pública terão investimentos significativos. A saúde contará com R$ 12 bilhões, sendo mais de R$ 760 milhões direcionados à infraestrutura e tecnologia. A educação terá R$ 8,5 bilhões, com R$ 870 milhões investidos no programa Juntos pela Educação. Já a segurança pública receberá R$ 4,6 bilhões, incluindo R$ 340 milhões para o programa Juntos pela Segurança. O setor de transporte também receberá um investimento robusto de R$ 1,2 bilhão, com destaque para o novo programa PE na Estrada, que terá um orçamento de R$ 1 bilhão. O secretário de Planejamento, Fabrício Marques, afirmou que o orçamento de 2025 vai expandir investimentos em infraestrutura e mobilidade, buscando conciliar desenvolvimento econômico com inclusão social e sustentabilidade ambiental. Recife sedia o CSX Week, maior evento de sucesso e experiência do cliente da América Latina Nos dias 23 e 24 de outubro, Recife será o centro das atenções ao receber o CSX Week, o maior evento da América Latina sobre sucesso e experiência do cliente. Organizado pela Key University, o evento oferecerá uma experiência imersiva, com o primeiro dia no Instituto Ricardo Brennand, destacando-se pela escolha de um local icônico que reforça a proposta de "criar uma experiência dentro de uma experiência", segundo a CEO Camila Barbalho. O segundo dia, no Moinho Recife Business & Life, será dedicado ao networking e rodadas de negócios, em parceria com empresas do Porto Digital. Voltado para empresários, líderes de startups e profissionais de atendimento, o CSX Week trará conteúdo de ponta sobre as melhores práticas de customer success (CS) e customer experience (CX), alinhado às mais recentes inovações tecnológicas. Com expectativa de reunir 700 participantes, o evento busca posicionar Recife na rota dos grandes eventos internacionais de inovação. Ingressos já estão disponíveis no site oficial, a partir de R$ 1.097. Serviço TIM abre vagas para Programa de Jovem Aprendiz em Pernambuco A TIM está com inscrições abertas para seu Programa de Jovem Aprendiz, oferecendo cinco vagas em Pernambuco, sendo quatro no Recife e uma em Jaboatão dos Guararapes. As oportunidades são voltadas para jovens entre 18 e 24 anos, que tenham ensino médio completo ou em andamento, e buscam uma chance de ingressar no mercado de trabalho nas áreas administrativa e de loja. Os interessados podem se inscrever até o dia 11 de outubro por meio do link oficial: https://vemprotime.gupy.io/jobs/7844407?jobBoardSource=gupy_public_page.

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Sudene e BNB articulam linha de crédito para revitalização de centros históricos

Nova linha de crédito para 2025 visa reformas e retrofit de áreas urbanas degradadas no Nordeste, com regulamentação em andamento. A Sudene e o Banco do Nordeste iniciaram as discussões para a criação de uma linha de crédito específica do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para requalificação e retrofit de centros históricos e áreas urbanas degradadas. A medida, aprovada em junho pelo Conselho Deliberativo da Superintendência, está em fase de regulamentação, e a expectativa é que a nova linha seja incluída na Programação Financeira do FNE para 2025, com aprovação prevista para a próxima reunião do conselho em dezembro. Enquanto a regulamentação não entra em vigor, empresas da construção civil podem utilizar outras linhas de financiamento já disponíveis, como o FNE Industrial, Proatur, e Comércio e Serviços. "Na Programação Financeira do FNE para 2025, vamos construir uma linha específica para atender as demandas de reforma, requalificação e retrofit dos centros históricos", afirmou Danilo Cabral, superintendente da Sudene. A regulamentação da nova linha de crédito incluirá a definição das áreas urbanas de interesse dos municípios, além dos segmentos e etapas que serão financiados. Segundo Wandemberg Almeida, coordenador-geral de Fundos de Desenvolvimento, as condições de financiamento seguirão as mesmas diretrizes já aplicadas pelo FNE, com prazo de até 12 anos, carência de quatro anos e garantias oferecidas pelo Banco do Nordeste. Esse movimento busca estimular a revitalização de centros históricos, com o objetivo de atrair moradores para essas áreas. "O déficit habitacional no Brasil é superior a seis milhões de unidades", destacou Cabral, frisando que essas áreas já possuem infraestrutura e serviços adequados, mas carecem de moradias atrativas que incentivem a ocupação urbana sustentável. Pernambuco inaugura a primeira Pizzaria Down do mundo no Shopping Norte Janga Na próxima segunda-feira, 7 de outubro, às 11h, Pernambuco receberá a primeira Pizzaria Down do mundo, localizada no Shopping Norte Janga, em Paulista. O estabelecimento contará com uma equipe formada por pessoas com síndrome de Down, que foram treinadas e especializadas no preparo de pizzas. A iniciativa é fruto do projeto idealizado por Erilene Monteiro, comendadora e mestre em pizzas, que há seis anos trabalha na capacitação profissional de pessoas com Down, oferecendo-lhes oportunidades de inserção no mercado de trabalho. “Decidi criar esse projeto para proporcionar cidadania e renda ao meu sobrinho e a outras pessoas com Down", afirma Erilene. Cléia Alves, CEO do Shopping Norte Janga, destaca a importância de apoiar um empreendimento inclusivo e gerador de emprego para pessoas com deficiência. O projeto também é celebrado por familiares dos contratados, como Maria Margaret Silva Rocha, mãe de um dos jovens contratados, que enaltece a oportunidade como uma forma de promover autonomia e superação. Empresas investem na CasaCor PE De olho no potencial do valor agregado que a CasaCor PE representa para o lançamento de produtos e tendências no segmento de arquitetura, decoração e paisagismo, as empresas Evviva, Empório da Luz e Refinare apostaram na parceria com o escritório DuoPL Arquitetura, das sócias Catarina Lins, Mariana Perazzo e Carolina Puttini. Elas assinam o Quarto Infantil com Brinquedoteca da edição 2024. Todos os móveis planejados, iluminação e revestimentos que garantem a sofisticação e funcionalidade necessárias ao espaço foram desenvolvidos e fornecidos pelas marcas. Vale ressaltar que a mostra é uma grande oportunidade de negócios e estreitar o networking entre as lojas e os profissionais do segmento é uma forma de fidelizar cada vez mais essa parceria.  Intitulado Viva Ceça!, o Quarto Infantil com Brinquedoteca presta uma homenagem ao santuário de Nossa Senhora da Conceição, no Recife, trazendo referências conceituais a partir da sua arquitetura, tradições e costumes, traduzidas em 4 pilares fundamentais para uma infância saudável que são dormir, brincar, relaxar e estudar. O ambiente preza pelo incentivo à saúde social e emocional das crianças através do resgate de elementos lúdicos da infância tradicional, excluindo totalmente o uso de tecnologias. No próximo dia 8, em comemoração ao Dia das Crianças, as arquitetas promovem uma ação social conjunta com patrocínio da Evviva e Empório da Luz, onde um grupo com 22 crianças da Escola Municipal Rozemar de Macedo Lima, localizada nos arredores do Morro da Conceição, terá uma tarde voltada para atividades lúdicas e educativas no ambiente. 6ª edição da HFN lota Centro de Convenções e destaca tendências de hotelaria e alimentação A 6ª HFN – Hotel & Food Nordeste começou lotando o pavilhão do Pernambuco Centro de Convenções. O público esperado até hoje é de 26 mil visitantes. Considerada uma das maiores feiras do setor no Brasil, o evento reúne inovações em hotelaria e alimentação fora do lar, com destaque para ESG e contratação de mão de obra nos meios de hospedagem. Organizada pela ABIH-PE, Abrasel-PE e Insight Feiras e Negócios, a HFN é uma plataforma de negócios e networking, conectando mais de mil marcas a oportunidades e novos parceiros.

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Moody’s eleva nota da dívida do Brasil e País se aproxima de Grau de Investimento

Perspectivas positivas impulsionam confiança econômica A agência de classificação de risco Moody’s anunciou uma elevação na nota da dívida pública brasileira, passando de Ba2 para Ba1, o que representa um avanço significativo nas perspectivas econômicas do país. A decisão reflete a melhoria no crédito, impulsionada pelo crescimento robusto do Produto Interno Bruto (PIB) e pelas recentes reformas fiscais e econômicas, incluindo a reforma tributária, que promete aprimorar o ambiente de negócios e otimizar a alocação de recursos. Com essa mudança, o Brasil se encontra a um nível do grau de investimento, que assegura a solvência do país em suas obrigações financeiras. O grau de investimento é uma classificação dada por agências de rating que indica a solidez financeira de um país ou empresa, sugerindo que há baixo risco de calote (default) em suas dívidas. Essa avaliação é crucial para investidores, pois influencia as taxas de juros que um país ou empresa terá que pagar ao emitir títulos de dívida. Quando um país possui grau de investimento, isso significa que sua economia é considerada estável e capaz de honrar suas obrigações financeiras. Em contraste, classificações abaixo desse nível são vistas como "grau especulativo", o que implica maior risco de inadimplência. O grau de investimento facilita o acesso a financiamentos com juros mais baixos, atraindo investimentos estrangeiros e promovendo a confiança dos mercados na economia do país. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância dessa conquista e afirmou: “Penso que, se o governo como um todo compreender que vale a pena esse esforço, que esse esforço que está sendo feito produz os melhores resultados e continuarmos sem baixar a guarda em relação às despesas, em relação às receitas, fazendo o nosso trabalho, acredito realmente que nós temos a chance de completarmos o mandato do presidente Lula reobtendo o grau de investimento.” A mensagem de Haddad reflete a confiança em que a continuidade das reformas e do controle fiscal pode levar à recuperação da credibilidade internacional do Brasil. A Moody’s também ressaltou a necessidade de um reequilíbrio nas contas públicas para garantir uma trajetória de crescimento sustentável. Apesar da dívida elevada, o Brasil apresenta ativos líquidos consideráveis e financia sua dívida majoritariamente em moeda local. Com a expectativa de melhorias gradativas nos resultados primários nos próximos três anos, o cenário se mostra otimista. iFood é a marca mais amada pelos brasileiros pelo terceiro ano consecutivo O iFood, empresa brasileira de tecnologia referência em delivery na América Latina, foi reconhecida como a marca mais amada pelos brasileiros pelo terceiro ano consecutivo, segundo o estudo desenvolvido pela Ecglobal, que utiliza o Net Love Score. Ana Gabriela Lopes, CMO do iFood, expressou sua satisfação com o prêmio, afirmando que “ser reconhecida como a marca mais amada pelos brasileiros é muito gratificante. Somos uma empresa jovem, com apenas 13 anos no mercado, e liderar o ranking que conta com grandes marcas é um grande feito para nós.” O iFood atingiu marcos significativos, incluindo 100 milhões de pedidos, e destacou conquistas como o iFood Move, o Leão de Ouro no Festival de Cannes e a presença notável em eventos como o Rock in Rio e o BBB24. O estudo da Ecglobal avalia a conexão emocional entre pessoas e marcas, reforçando a lealdade do público à plataforma. NOHA e CIAO inauguram primeira loja colaborativa em Boa Viagem Duas marcas renomadas no mercado fashion masculino, NOHA e CIAO, uniram forças para inaugurar sua primeira loja colaborativa no coração de Boa Viagem, a partir desta quinta-feira, 3 de outubro. Com uma estrutura inovadora, a loja promete oferecer as melhores opções para o homem moderno, aliando uma experiência de compra diferenciada a ambientes destinados à confraternização e consultoria de moda. Os fundadores Simon Carrazzone e João Andrade Lima ressaltam que essa colaboração visa criar um espaço onde os clientes possam desfrutar de momentos descontraídos, além de atender todas as suas necessidades em moda masculina. A nova loja está localizada na Conselheiro Aguiar, um dos pontos mais visíveis do bairro, entre a Avenida Augusta e a Diplomata, no casarão que antes abrigava o Santander. Essa inauguração marca a primeira unidade das marcas fora do tradicional ambiente de shopping, uma decisão estratégica que visa atender a demanda dos clientes que preferem a conveniência das lojas de rua. "Estamos sempre buscando atender nosso cliente da maneira que ele preferir e sentimos que muitos deles gostam do modelo de loja de rua, por se encaixar de forma mais ágil às suas rotinas", destaca João Andrade Lima. Com essa iniciativa, NOHA e CIAO esperam proporcionar uma experiência completa e acessível aos seus clientes. Damyller expande presença em Recife com novas lojas A marca 100% brasileira de denim sustentável, Damyller, está em um momento de expansão e modernização, trazendo novidades para Recife com a reinauguração de sua unidade no Shopping Recife e a abertura de uma nova loja no Shopping Plaza Casa Forte. Ambas as lojas foram projetadas para proporcionar uma experiência de compra completa, refletindo os valores e a identidade visual da marca, com ênfase em sustentabilidade e inovação. A loja do Shopping Recife passou por uma atualização total, apresentando um conceito arquitetônico inovador. Seu interior se destaca pelos painéis estofados em white denim — um tecido exclusivo da Damyller — que cobre o pé direito duplo, integrando-se ao design do mezanino. "Essa escolha de design reforça a autenticidade da marca e conecta o consumidor diretamente com nosso principal produto, o jeans," comenta Damylla Damiani, consultora de estilo da Damyller. Já no Shopping Plaza Casa Forte, a nova loja traz uma fachada em tom ocre e manequins em bases de índigo, evidenciando o compromisso da marca com a sustentabilidade. Com essas inaugurações, a Damyller fortalece sua presença no Recife, onde já conta com outras duas lojas, no Riomar Shopping e no Shopping Center Tacaruna, mantendo seu compromisso com a autenticidade e a sustentabilidade. Wine Concept Brasil comemora 5 anos com lançamentos na Prowine SP e Supermix PE A distribuidora de vinhos portuguesa Wine Concept Brasil completa cinco anos de operação no país e, para

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Hora de voltarmos definitivamente ao presencial?

*Por Bruno Moury Fernandes Dizem que o home office promove qualidade de vida. Concordo! Participar de uma reunião estratégica enquanto ajeita a panela de feijão é prático demais. Quem não ama a flexibilidade de poder trabalhar em qualquer lugar? Como o banheiro, por exemplo, durante uma chamada de emergência, ou a cama, onde a coluna vertebral é colocada à prova em posições acrobáticas que nem o mais criativo fisioterapeuta recomendaria. A sala de estar, antes espaço de descanso, se transformara em um cubículo improvisado, onde a pilha de papéis dividia espaço com brinquedos das crianças e um gato que ocasionalmente decidia se deitar sobre o teclado. Ah, o glamour do trabalho remoto! Eu só sabia que meu expediente havia terminado quando, exausto, caía no sofá – o mesmo onde, minutos antes, tinha terminado um relatório sobre planilhas que teimavam em desaparecer, aparentemente devoradas pelo monstro digital conhecido como “instabilidade de internet.” No escritório, se você precisasse de algo, bastava levantar-se da sua mesa e perguntar. Agora, você envia um e-mail, depois uma mensagem no chat, espera o retorno que nunca vem porque “minha câmera não estava funcionando”, “meu microfone travou”, ou o clássico “meu Wi-Fi caiu bem na hora” A verdade é que o trabalho remoto nos deu a ilusão de controle. Podemos estar em qualquer lugar, mas estamos sempre em lugar nenhum. Estamos disponíveis o tempo todo, mas desconectados da essência humana que o contato no escritório oferecia: os pequenos rituais do dia a dia, a pausa para o café, as conversas casuais no corredor que frequentemente eram mais produtivas do que qualquer reunião formal. No home office, trocamos tudo isso pela gloriosa comodidade de poder trabalhar de pantufas — um preço alto, se você me perguntar. Então, que venha o retorno ao trabalho presencial! Com suas imperfeições, com o chefe que gosta de aparecer de surpresa, com o ar-condicionado central sempre na temperatura errada e com os almoços rápidos fora de casa. No fim das contas, a humanidade não foi feita para viver isolada entre quatro paredes, conectada por cabos invisíveis e câmeras que nunca mostram a realidade completa. Troco qualquer reunião virtual por aquele ambiente de carpete desgastado e a máquina de café de gosto duvidoso. O escritório é mais do que um local de trabalho; é um ponto de encontro, um símbolo da ordem no caos diário, onde a informação circula de maneira humanizada, com as imperfeições das vozes e com o falar do corpo. Sim, o corpo fala. E se ele fala, devemos vê-lo e ouvi-lo. Por isso que talvez, só talvez, seja hora de voltar.

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