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"Brasil envelheceu antes de enriquecer e não dá conta do idoso"

Você já se preocupou sobre como será sua vida na terceira idade? Ou enfrenta dificuldade com os idosos da sua família que precisam de atenção especial que os filhos e netos não conseguem atender? Essas e outras questões complexas que envolvem o envelhecimento da população brasileira foram analisadas pela diretora médica do Geriatrie, Carla Núbia Borges. A professora da Unicap e membro da Câmara Técnica de Geriatria do Cremepe trata ainda, nesta entrevista concedida a Rafael Dantas, da sexualidade do idoso e da necessidade de políticas públicas voltadas para essa população. Segundo Alexandre Kalache (ex-diretor do programa de envelhecimento saudável da Organização Mundial de Saúde), para se envelhecer bem é preciso acumular quatro capitais: a saúde, o conhecimento, os relacionamentos, o financeiro além do propósito. Você concorda? Concordo totalmente. Isso mostra o quanto a saúde não é mais a ausência de doença, mas esse complexo entre a saúde social, mental e física. É importante se ter metas, propósitos e sonhos. Você precisa cuidar de tudo ao mesmo tempo. Não adianta estar com todos os exames em dia e não ter família, ser sozinho, ter pouca participação social. Ou o contrário, o idoso ser superssocial e participativo, mas não cuidar da saúde. É um contexto com vários pilares. Se um pilar desses cair, você tem adoecimento. É muito comum o idoso ter doenças, não é exceção, mas ele pode ter uma vida bastante funcional. Quais os benefícios de cuidar da saúde social? A saúde social é essa interação com a família e amigos que é muito importante. Ao cuidar da saúde social, o idoso se previne da depressão. As pessoas que têm participação social se cuidam mais e consequentemente têm outros ganhos, como ter propósitos e sonhos. Essa é uma fase de resgate. Não se pode mergulhar na velhice inativo e inútil. É preciso trabalhar bem a questão da vida após a aposentadoria. Afinal, o que você fará após se aposentar, depois que não tiver aquele grupo de amigos? Se você não fez seu capital financeiro, será prejudicado também na aposentadoria. Se não cuidou da saúde, vai entrar nessa fase da vida só gastando dinheiro com doença. São vários cuidados a serem tomados concomitantemente ao longo da vida, que precisam começar muito antes da velhice. Em menos de 20 anos, o Brasil vai dobrar sua população idosa, algo que na França demorou 145 anos. Quais os desafios do País para atender às necessidades desse rápido aumento da longevidade no futuro, especialmente quando estamos numa recessão e continuamos sendo um país em desenvolvimento? O Brasil deu uma guinada de uma longevidade de mais ou menos 45 anos nos anos 1950 para uma expectativa de vida de 75 ou 76 anos nos dias de hoje. E a população da quarta idade, acima dos 80 ou 85 anos, é a que mais cresce proporcionalmente. Isso porque, antigamente, tínhamos muitas doenças infectoparasitárias, pessoas morriam de malária, diarreia, tuberculose. Mas com a revolução industrial, vieram a penicilina, os antibióticos, o início do tratamento do câncer, o diagnóstico das doenças mais precoce, a vacinação, o anticoncepcional. As famílias que tinham 20 filhos começaram a ter menos, graças ao controle da natalidade. Então, menos crianças nascendo, mais vida longeva. O que acontece: nós envelhecemos antes de enriquecer, diferente dos países de primeiro mundo, que enriqueceram antes de envelhecer. Então, é preciso preparar a população. A pessoa quando envelhece no primeiro mundo, os filhos não ficam em casa, mas os idosos têm todo um acesso à saúde na residência, à acessibilidade, às políticas públicas engajadas para o idoso na cultura, no lazer, na saúde, no benefício. Eles têm mais suporte para o envelhecimento. Porém, a questão da intergeracionalidade é mais característica dos países subdesenvolvidos, mais latinos. Nosso idoso geralmente vai para a casa do filho ou o filho para a casa do idoso. Mas o Brasil envelheceu antes de enriquecer e o País não está dando conta de tantas pessoas envelhecidas. Na questão social não se dá valor aos idosos. Na questão de trabalho também, chegou aos 40 ou 50 anos é descartado. Então ninguém aproveita essa bagagem de experiência. Isso está começando a mudar. É preciso de mais programas culturais voltados ao idoso e não só ao jovem. Na questão de saúde, mais de 92% deles não têm planos de saúde. Onde estão? No SUS. Esse pessoal está na atenção básica e nos hospitais de média e alta complexidade, que não têm suporte para aguentar tanta demanda. Eles sofrem e morrem na fila de tanta espera. Que tipo de política pública é necessária para que os idosos tenham qualidade de vida? O idoso precisa se sentir respeitado. O respeito lhe gera muitos pontos positivos. Se chegar a um posto de saúde com respeito à sua idade, com atendimento prioritário, ele se sentirá mais feliz. Se as famílias trabalharem mais a humanidade, o amor, não abandonarem o idoso, ele vai se sentir mais feliz, comer melhor, dormir melhor. Vai ter mais participação social, indo aos grupos de idosos que estão fazendo uma festa ou uma palestra. Como uma política pública pode influenciar nisso? Levando informação para as escolas, os adolescentes e as famílias sobre o que é envelhecer e que precisamos ser respeitosos com os idosos. Devia-se oferecer turismo e cultura a essa população, mas o idoso está em casa isolado e oprimido. Qual é o estímulo que ele terá para sair de casa e participar das atividades sociais? Ele vai adoecer e se isolar. Talvez informar sobre o respeito e sobre o que é envelhecer seja a política de mais impacto. Ela cai como uma bomba e gera vários pontos positivos. Que tipo de preconceito sofre o idoso? Preconceito de que não pode dar opinião. Preconceito de que não pode mais fazer nada, de que ele é inútil. De que velhice é doença. De que todo esquecimento é tratado como demência. Preconceito de que ele quer tirar vantagem por ser velho, mas na verdade é um direito adquirido. Então, há o preconceito de que o idoso não

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Startups criam negócios inovadores a partir da ascensão do e-commerce

Com o crescimento do comércio eletrônico e o avanço das novas tecnologias, tanto as compras online como o varejo tradicional estão passando por transformações. E na onda dessas tendências de consumo surgem várias startups pernambucanas antenadas com as oportunidades que estão despontando e com as novas demandas dos consumidores e dos comerciantes, sejam das lojas físicas ou digitais. Uma das mais novas startups incubadas no Porto Digital é a Scambo. As sócias Gabriela Alencar, Helena Duarte e Renata Alencar estão desenhando o negócio que será uma espécie de guarda-roupa virtual ou um brechó digital. Elas têm uma experiência de pouco mais de seis meses no mercado de brechós no Recife e tiveram a ideia de criar uma plataforma em que os usuários podem comprar, “provar” os looks, solicitar ajustes e customizações nas peças, entre outros serviços. . . “Estamos embarcados com a proposta de criar uma plataforma que fomente diferentes formas de consumo. Entendemos que o cliente pode comprar, alugar ou trocar a peça de segunda mão. Vamos trabalhar em cima dessas possibilidades, inicialmente em um único site, que tem um propósito sustentável que é prolongar o ciclo de vida das roupas”, esclarece Gabriela Alencar. A aposta no mercado de brechós não é por acaso. Entre 2011 e 2016, o número de brechós cresceu 210% no Brasil, de acordo com pesquisa do Sebrae. O primeiro segmento que está sendo prototipado pela startup é o infantil, em que o descarte das peças é muito mais acelerado. De olho no futuro do comércio, o site inteligente, que será desenvolvido pela Scambo, tem a proposta de agregar muita tecnologia, como oferecer a experiência de realidade virtual. Ou seja, o cliente poderia se enxergar vestindo a roupa que pretende comprar. “Hoje já tem um pouco disso acontecendo nas grandes marcas, mas no segmento de brechó nem se fala. Estamos testando tudo o que já existe disponível para o consumidor digital”, explica Helena. Em Caruaru, funciona no Armazém da Criatividade a Project 360, especializada em fotografia corporativa interativa. De olho na necessidade dos empresários de oferecer uma espécie de “passeio virtual” aos seus consumidores. “Por meio de alguns cliques no computador, pelo celular ou com óculos de realidade aumentada, as empresas podem proporcionar aos seus clientes experiências imersivas, inclusive com interações. Acreditamos no mercado virtual em crescimento e no potencial econômico e turístico da cidade de Caruaru, agregando valores aos negócios locais do Agreste”, relata a sócia e cofundadora Andreia Alencar. O primeiro case da Project 360 foi o lançamento de uma nova clínica de fisioterapia da Unimed Caruaru. A oferta do serviço de tour virtual - experiência cada vez mais buscada pelos consumidores antes da compra ou visita a um local - tem grande potencial para clientes de setores como o imobiliário e o turístico, segundo Andreia. “Quem quer comprar um imóvel e se interessa em conhecer vários apartamentos, a imobiliária pode oferecer uma experiência com óculos de realidade aumentada, em que o comprador passeia virtualmente pelos espaços. Se a imobiliária tem 10 imóveis e o cliente gosta de dois, a empresa já reduz o custo e o tempo do atendimento”. Da mesma forma, antes de decidir em qual hotel irá se hospedar, o cliente poderia conferir as instalações do quarto e posição das janelas, por exemplo. No setor de restaurantes, pode-se reservar uma mesa específica no salão em que ele já passeou digitalmente pelo computador ou celular. “Há uma gama de hotéis, restaurantes, pousadas, além do mercado em ascensão no segmento imobiliário que podem se interessar pelo serviço”, enumera Andreia. As novas tecnologias também permitem algumas alternativas de interatividade com os internautas. “Em um museu que oferece a visita, além do passeio, é possível clicar na obra e ter mais informações do autor ou a história da peça. Em locais como restaurantes e bares, o cliente pode ouvir a música que irá tocar no ambiente. As plataformas permitem ainda que se faça a reserva de um serviço ou a compra de um ingresso ou produto. O objetivo final é possibilitar que o cliente tenha uma experiência melhor e possa fechar vendas”, conta o sócio e fotógrafo da empresa, Jorge Florêncio. LOJAS FÍSICAS Uma startup que está conectada com a experiência do cliente nas lojas físicas é o Projeto Musique. Enquanto as vendas no mundo digital avançam pelos preços e comodidades, as lojas tradicionais têm o desafio de oferecer no contato presencial dos consumidores mais do que apenas a compra. “A experiência do cliente está sendo responsável pela ressignificação do varejo tradicional. A virtualização do mundo vai tornar a humanização das lojas cada vez mais um diferencial", prevê André Domingues, CEO do Projeto Musique. Para Domingues, a experiência de consumo no local já deve ser intensamente multissensorial, ou seja, explorando cada um dos cinco sentidos do ser humano nessa experiência, tomando cuidado com cada detalhe e não apenas com o produto e o preço. "Há uma necessidade cada vez maior de proporcionar um bem-estar inconsciente ao cliente de forma profissional e não-aleatória”, alerta. . . O serviço oferecido pela startup, primeira empresa do Brasil a usar ciência aplicada à música ambiente, é estudar cada marca de forma minuciosa e criar uma programação musical para melhorar o desempenho das empresas. Alguns resultados já obtidos foram o de aumentar em 10% o período de permanência dos clientes em algumas cafeterias. A playlist certeira conseguiu reduzir também a percepção de espera dos clientes do setor de emergência de um dos maiores hospitais do País. Em três anos de funcionamento, o Projeto Musique já atendeu mais de 100 clientes no País, como a Volvo, a Cafeteria Santa Clara e o Work Café Santander. Inicialmente, apenas grandes marcas e empresas em rede nacional consumiam o serviço. Hoje, no entanto, mesmo pequenos negócios têm apresentado interesse na novidade. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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25 anos depois: qual a herança da cena mangue?

*Por Rafael Dantas Modernizar o passado / É uma evolução musical / Cadê as notas que estavam aqui? / Não preciso delas! / Basta deixar tudo soando bem aos ouvidos / O medo dá origem ao mal / O homem coletivo sente a necessidade de lutar / O orgulho, a arrogância, a glória / Enche a imaginação de domínio / São demônios os que destroem o poder / Bravio da humanidade. O monólogo provocativo de Chico Science dava início ao álbum da Nação Zumbi Da Lama ao Caos. No mesmo ano, o Mundo Livre S/A lançava também seu primeiro disco Samba Esquema Noise. Era o som dos “caranguejos com cérebro” tirando do mangue a diversidade cultural que caracterizou o movimento musical, que se espraiou para o cinema e até para a relação dos recifenses com a cidade. Um quarto de século depois, perguntamos a protagonistas, mangueboys e especialistas: o manguebeat morreu ou se metamorfoseou? Hugo Montarroyos, 44 anos, não tinha nem 20 quando o mix de sons do manguebeat explodiu. Ele era fã do primeiro momento, quando os shows de Chico Science e Nação Zumbi e do Mundo Livre S/A juntavam pouco mais de 100 pessoas. “A banda e o público se misturavam. Eles terminavam de tocar e desciam para tomar umas cervejas com a gente. Sou de uma geração privilegiada que viveu aquele momento”. . . Frequentador do Circo Maluco Beleza, da Soparia e de outros espaços onde as bandas tocavam, Montarroyos se envolveu muito com aquela cena. “O Recife era um deserto cultural nos anos 80 e 90, principalmente para quem gosta de rock. A cultura forte de raiz estava restrita às periferias. A classe média não tinha se apropriado do maracatu. Até que as pessoas começaram a formar muitas bandas, como Chico Science. Aquilo tomou uma dimensão que ninguém imaginaria”. O mangueboy, anos depois, escreveu um livro sobre a banda Devotos e se tornou jornalista cultural. Tudo isso influenciado pelo movimento. As reuniões, shows e sensações que fervilhavam no final dos anos 80 e início dos 90 permanecem vivos na memória do jornalista e DJ Renato L. Autor do manifesto do movimento, junto com Fred Zero Quatro, ele conta que a metáfora do mangue foi apresentada por Chico Science numa mesa do Cantinho das Graças, um reduto de boêmios. “Nunca perguntamos a ele porque resolveu batizar de mangue. Mas ele chegou no bar dizendo que tinha usado alfaia, como se fosse o bumbo do hip hop, e feito outras inovações na música. E que iria chamar esse novo beat (batida, ritmo) de mangue”, conta. O grupo de apaixonados por música, que se encontravam com frequência, concluiu que a inovação não poderia ser só um beat. Veio a sugestão para que se tornasse uma cena. “Na mesma noite, numa espécie de fluxo de criatividade, veio a expressão caranguejos com cérebro e as metáforas básicas do manguebeat como: queremos criar um ecossistema cultural tão rico e diversificado quanto o mangue é em biodiversidade”, lembrou Renato, que anos depois veio a ser secretário de Cultura do Recife. . Inspirado na obra de Josué de Castro, o movimento falava do homem-caranguejo que vive as contradições sociais da cidade do Recife e a busca por transformá-lo em “caranguejo com cérebro”. Na metáfora da antena parabólica fincada na lama, fez a fusão de ritmos regionais com influências da música global e colocou o Recife em destaque até fora do País. “Há muitos anos não havia uma inovação no cenário brasileiro musical. O manguebeat foi uma coisa que em Pernambuco mexeu praticamente com todos os setores da cultura, como literatura, cinema, artes plásticas. E ecoou fora do Estado e até do Brasil”, analisa o jornalista e crítico musical José Teles. Contraditoriamente, o lugar em que ele tinha mais resistência, segundo Teles, era o Recife. “Não se tocava o manguebeat nas rádios, às vezes era motivo de chacota. Mas chegou logo no exterior. No primeiro disco, chegou em Nova Iorque e na Europa”, relembra. A vocação para inovação é algo que transcende o manguebeat na avaliação do vocalista da banda Mundo Livre S/A, Fred Zero Quatro. “Pernambuco tem uma vocação para o inusitado, para o original, o ousado, o vanguardista. Quando a gente começou a ter visibilidade nacional e ganhar prêmios, muita gente nos perguntava: o que é que tem na água do Recife?”. O interesse por saber o que inspirava os músicos recifenses tinha uma razão. Logo após os “caranguejos com cérebro” saírem do mangue e se conectarem com o mundo, uma leva de novas bandas e de antigos nomes da cultura pernambucana começaram a gravar e exportar os ritmos, batuques e composições locais. “Na sequência dos nossos primeiros discos, teve gravadora de São Paulo que só contratava artista de Pernambuco. Veio um monte de gente como Devotos e Jorge Cabeleira. Todo mundo se espantou”, lembra Zero Quatro. A água do mangue recifense que contaminou a música do manguebeat tem uma história que passa por personagens como Manuel Bandeira, Cícero Dias, João Cabral de Melo Neto, entre outros tantos nomes de destaque da cultura nacional segundo o músico. Rapidamente, o som do mangue desperta o cinema pernambucano. O clássico longa-metragem da retomada Baile Perfumado, de Lírio Ferreira e Paulo Caldas, tem trilha sonora do manguebeat. Em entrevista à Algomais, em 2016, DJ Dolores afirmou que o movimento contribuiu para os cineastas locais descobrirem a capital pernambucana. “Um filme muito próximo do manguebeat foi Amarelo Manga, que trouxe a visão do Centro do Recife, que estava ausente na cinematografia do Estado, ainda muito influenciada por aquela coisa do Cinema Novo. Acho que esse discurso urbano atravessou os anos e, com certeza, interferiu na cinematografia das pessoas que estão realizando filmes atualmente”. A estética do mangue promove ainda a valorização do trabalho do design made in PE, segundo Renato L, Teles e Zero Quatro. Prova disso são as capas dos álbuns pioneiros, que eram produtos conectados com o efervescente momento cultural do Recife. As bandas brigaram com as gravadoras para garantir que as ilustrações que

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A cidade tropical dos 5 km por hora (por Francisco Cunha)

Convidado pela antropóloga Fátima Quintas para fazer a palestra do mês de julho de 2019 do Seminário de Tropicologia, na Fundação Joaquim Nabuco, falei sobre a cidade tropical dos 5 km por hora, aquela em que o pedestre deve ser a principal prioridade, já que, como diz o comercial, “na cidade todos somos pedestres”. Comecei fazendo a distinção entre a cidade dos 5 km/h (orientada para o pedestre) e a cidade dos 60 km/h (orientada para o carro). Comentei que, infelizmente, a nossa cidade (o Recife), assim como a grande maioria das cidades ao redor do planeta, terminou, ao longo do Século 20, sendo desenhada pelo e para os veículos individuais motorizados (os automóveis), a despeito do fato desses veículos só terem começado a fazer parte da história das cidades no último minuto de um hipotético relógio (12 horas) de sua existência (100 anos do automóvel x 6.000 anos de história das cidades). Para comprovar isto basta tentar caminhar pelas calçadas das nossas cidades ou, no caso do Recife, tentar atravessar uma rua usando a faixa de pedestre, mesmo com o sinal aberto para si. Vai verificar que praticamente nenhum motorista que estiver virando à direita ou à esquerda na rua perpendicular respeita a preferência legal e absoluta do caminhante. Não raro, acelerando o veículo para dissuadi-lo da travessia antes da passagem do carro, o que constitui falta gravíssima (pela ameaça à vida do pedestre), punível, além da multa, com a suspensão do direito de dirigir... Em se tratando das cidades tropicais, como é o caso do Recife (na verdade, quase equatorial, com o sol a pino), é indispensável também a sombra para o caminhante diurno. E sombra diurna significa arborização farta e frondosa, nunca ojeriza a árvores. Citei também uma frase do prefeito de Bogotá (Colombia), Enrique Peñalosa que, depois de lida, parece absolutamente óbvia: “Devemos pensar em cidades para os mais vulneráveis, para as crianças, os idosos, os que se movimentam em cadeiras de rodas, para os mais pobres; se a cidade for boa para eles, será também para os demais.” Cidade boa para os mais vulneráveis, entre os quais se inclui o pedestre, exige também trânsito acalmado e velocidades reduzidas como está sendo seguido à risca nas cidades mais desenvolvidas do mundo como Londres, Paris, Nova York. O Recife, cidade tropical, precisa aprender com as cidades temperadas civilizadas!

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Gravatá ganha um complexo ecoturístico

Já está em operação na cidade de Gravatá o complexo ecoturístico Karawá Tã. Localizado a 300 metros da rua do Polo Moveleiro, o empreendimento idealizado pelo arquiteto Paulo Roberto de Barros e Silva oferece aos turistas e moradores da cidade uma alternativa de lazer sustentável, que inclui uma tirolesa de 900 metros de extensão, trilhas ecológicas, uma grande estrutura para prática de arvorismo e uma série de itens de lazer para crianças. . . A área total do Karawá Tã (termo que significa gravatá em tupi-guarani) tem 2 milhões de metros quadrados, entre a Serra do Maroto e a cidade. No espaço há uma reserva natural da Caatinga de 1 milhão de metros quadrados, com mais de 60 espécies do bioma. Toda essa região no passado foi coberta por plantações de abacaxi e agave em fazendas na região. Com o fim da atividade agrícola, a mata nativa ressurgiu naturalmente. Um renascimento que traz o diferencial do parque. “É a maior reserva particular de Caatinga em área urbana do Brasil”, distingue o arquiteto. . . Os visitantes que chegarem de carro deixam o automóvel na entrada do empreendimento. Dentro do parque, o transporte entre as atrações é feito por meio de um veículo especial do Karawá Tã, um trenzinho, que faz o trajeto entre os morros e vales do espaço. Do ponto mais alto, no Monte Orion, foi instalada a maior das três tirolesas do parque, que tem cerca de 150 metros de altura do solo. Há uma outra com 300 metros de extensão e uma infanto-juvenil, com extensão de 80m. São seis trilhas para os mais diversos tipos de aventureiros. Há opções para quem está preparado para um desafio mais intenso, com algumas horas de caminhada em meio às baraúnas e juazeiros da Caatinga. Mas também pode-se fazer caminhadas mais leves, com uma proposta mais contemplativa, de lazer e conhecimento sobre o bioma. Os visitantes contam com instrutores e áreas de apoio nas atividades propostas. O parque também criou uma trilha a ser feita com bicicleta, que pode ser alugada no local. Entre as atividades oferecidas no complexo estão o arvorismo, arco e flecha, paintball, escalada, rapel, tobogã e aquaball (uma espécie de bolha para que o público infanto-juvenil possa caminhar dentro do açude interno da reserva). Uma das novidades será o orbit ball, que é uma bola inflável, com parede dupla, em que os visitantes poderão entrar e descer 100 metros num declive em terra. Nem todas as atividades, porém, estão em funcionamento no mês de inauguração do parque e devem ser entregues nos primeiros meses da operação. Além da preservação ambiental associada ao lazer, o projeto tem um pilar social integrado com a Secretaria de Educação do município. Paulo Roberto explica que o parque receberá turmas da rede municipal nos dias em que o complexo não estará aberto ao público. “Nossa proposta é que as crianças possam fazer as trilhas, conheçam o bioma da Caatinga com aulas, exposições e atividades, como concursos de redação e fotografia”, planeja o idealizador. O parque utiliza uma série de tecnologias e práticas sustentáveis, como uso de energia solar, sistemas de tratamento de esgoto, reúso de água e um programa de resíduo zero, com estações de compostagem e separação de lixo. “Tudo o que precisa de bombeamento no parque é movido com energia solar fotovoltaica. A água que sai dos aparelhos de ar-condicionado segue para a caixa d’água. Toda a água utilizada e tratada irá regar os jardins”, acrescenta o arquiteto. Paulo Roberto relata que o projeto do parque foi construído a partir dos conceitos de outros complexos ecoturísticos de Campos de Jordão, Canela, Gramado e Curitiba. “A partir dessas experiências fizemos uma montagem para a nossa realidade para oferecer um tipo de atividade de lazer que é hoje 74% do desejo das pessoas que vem a Gravatá em segunda moradia ou para os eventos. Um lazer diferente da piscina, da gastronomia e dos shows. Nossa intenção é atendeu essa demanda”. O parque tem estimativa de receber 1,5 mil pessoas por dia, sem lotação. Além dos atrativos de lazer, o complexo contará com áreas gastronômicas, auditório, ambulatório e anfiteatro. EXECUTIVOS Um dos diferenciais do empreendimento é o centro voltado para treinamento experiencial de executivos ao ar livre. No Karawá Tã foi construído um alojamento com 40 leitos, que possui um espaço reservado ao público corporativo com seis atividades de lazer e aventura, como escalada e trilha. “Essa é uma demanda que identificamos das empresas da região que ainda não é ofertada. A incorporação da natureza a um espaço mais restrito, para capacitação e integração de equipes das empresas é muito bom”, comenta Paulo Roberto. O projeto possui ainda um eixo imobiliário. Serão erguidas quatro ecovilas entre 8 e 10 hectares. Apenas a primeira está pronta, com 50 lotes, já tendo sido comercializada dois terços das unidades. As tecnologias sustentáveis também serão estendidas para as vilas. O parque teve financiamento de R$ 6 milhões do Banco do Nordeste e gerou mais de 90 empregos. O corpo de instrutores do espaço é formado por profissionais de educação física, turismólogos e biólogos da cidade. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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População ocupada cresceu 33 mil pessoas em Pernambuco

Os dados do segundo trimestre de 2019 divulgados neste dia 15 de agosto pela PNAD mostraram uma gradativa taxa de crescimento em Pernambuco. A taxa de desocupação no Estado caiu 0,9 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado. Por sua vez, a população ocupada cresceu de 3.480 milhões de pessoas no 2º trimestre de 2018, em Pernambuco, para 3.513 de milhões no 2º trimestre de 2019, também mantendo a tendência recente de recuperação. A população ocupada cresceu em 33 mil. O número de desocupados retraiu-se entre o 2º trimestre de 2018 (707 mil pessoas) e o mesmo trimestre de 2019 (671mil), também mantendo a tendência recente de retração. Nos últimos três anos, dentro da série histórica em análise, este é o melhor resultado dos meses de abril, maio e junho. Os resultados são consistentes com as estimativas de crescimento do PIB, divulgadas para o 1º trimestre de 2019, quando a economia pernambucana evoluiu à taxa de 1,2% contra 0,5% da média nacional, ante o mesmo trimestre de 2018, de acordo com dados da Agência Condepe-Fidem /IBGE. A taxa de desocupação no Estado recuou de 16,9% no 2º trimestre de 2018 para 16,0% no segundo trimestre de 2019, mantendo a tendência recente de queda nessa base de comparação. Nesse contexto, a população desocupada também retraiu-se entre o 2º trimestre de 2018 (707 mil pessoas) e o mesmo trimestre de 2019 (671mil pessoas), também mantendo a tendência recente de retração. Em Pernambuco, o setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, tiveram uma variação positiva de 14,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Transporte, armazenagem e correio também tiveram variações positivas de 11,6%. Os dados do PNAD mostram que, em relação ao mesmo período do ano passado, Pernambuco foi o terceiro da Região Nordeste onde houve um maior recuo na desocupação. Estados como o Maranhão e Paraíba, por exemplo, não tiveram a mesma oportunidade. No Maranhão, a taxa neste segundo semestre cresceu 0,2 pontos percentuais e, na Paraíba, 1 ponto percentual. (Do Blog do Governo de PE)

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Pintando o 7 apresenta espetáculos na Caixa Cultural Recife

A Caixa Cultural Recife recebe, nos fins de semana de agosto, a terceira temporada consecutiva do projeto Pintando o 7, com três espetáculos voltados para toda a família. A programação conta com apresentações até o dia 25 de agosto, sempre aos sábados, às 16h, e aos domingos, às 11h, e com workshops gratuitos aos domingos, das 14h às 16h. No primeiro fim de semana, foi apresentado o espetáculo Vila Tarsila, da Cia Druw (São Paulo). No final de semana seguinte, o grupo G2 Cia de Dança (Paraná), que é o segundo grupo de dança do Balé Teatro Guaíra, apresenta o espetáculo La Cena. Encerrando a temporada, a Companhia Caixa do Elefante (Rio Grande do Sul) traz o espetáculo Cuco, a linguagem dos bebês no teatro. O grupo G2 Cia de Dança apresenta, no segundo fim de semana dedicado ao Pintando o 7, o espetáculo La Cena, que conta a história de um grupo de empregados contratado para preparar uma festa de fim de ano na mansão do Sr. Stahlbaum. Após alguns incidentes no local, todos entram em um estado de sono profundo, o que desperta desejos misteriosos e pesadelos inconfessáveis. O espetáculo mistura teatro, dança, música, suspense e humor. No último fim de semana, encerrando a temporada, o Pintando o 7 apresenta o espetáculo Cuco, a linguagem dos bebês no teatro, inspirado no universo da primeira infância, ou seja, indicado para crianças com até 3 anos, o espetáculo propõe um diálogo com a linguagem dos bebês, colocando-os como protagonistas e centro do processo de criação, mesmo na condição de espectadores junto aos seus pais. O projeto Pintando o 7 é uma realização da {Fervo} Projetos Culturais, sob a curadoria de Iris Macedo, e conta com o patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal. Todos os espetáculos são de classificação livre e têm os preços acessíveis e fixos de R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia), à venda na bilheteria da Caixa Cultural Recife sempre a partir das sextas-feiras da semana em que o espetáculo acontece. Workshops – Além dos espetáculos, o Pintando o 7 oferece ao público a oportunidade de participar deworkshops artísticos gratuitos mediante prévia inscrição através do e-mail info@fervoprojetos.com. Inscrições a partir do dia 06 de agosto para todas as oficinas. Dados necessários: Nome da oficina, responsável pela criança, nome da criança, idade da criança, e-mail do responsável, telefone do responsável e redes sociais. O segundo workshop, que acontece no dia 18 de agosto, das 14h às 16h, é o Processo Criativo do G2 Cia de Dança. O curso aborda o uso do lúdico como estratégia de criação coreográfica utilizada pelo grupo. O objetivo é promover a imaginação, a interação entre pais e filhos, e a criatividade. Indicado para crianças a partir dos 10 anos e adultos. Todo o elenco ministrará a capacitação. O último workshop da temporada é o Sensibilização para o teatro de animação, que acontece no dia 25 de agosto, das 14h às 16h, para crianças a partir dos 7 anos e para seus pais ou responsáveis. Comandado por Mario de Ballentti, a oficina tem o objetivo de possibilitar a experimentação da criação artística através de estímulos musicais e usando um material expressivo, que é o jornal, como instrumento para explorar o imaginário. Serviço: Pintando o 7 – Espetáculo “La Cena” – G2 Cia de Dança (PR) Local: CAIXA Cultural Recife – Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife Datas: 17 e 18 de agosto de 2019 Horários: sábado às 16h e domingo às 11h Ingressos: R$ 16 e R$ 8 (meia para casos previstos em lei e clientes CAIXA) Bilheteria: a partir das 9h do dia 16 de agosto (sexta-feira) Duração: 60 min Classificação: livre Capacidade: 107 lugares Acesso para pessoas com deficiência Patrocínio: CAIXA e Governo Federal Pintando o 7 – Espetáculo “Cuco, a linguagem dos bebês no teatro” - Cia Caixa do Elefante (RS) Local: CAIXA Cultural Recife – Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife Datas: 24 e 25 de agosto de 2019 Horários: sábado às 16h e domingo às 11h Ingressos: R$ 16 e R$ 8 (meia para casos previstos em lei e clientes CAIXA) Bilheteria: a partir das 9h do dia 23 de agosto (sexta-feira) Duração: 60 min Classificação: livre Capacidade: 24 lugares (adultos acompanhados de bebês) Acesso para pessoas com deficiência Patrocínio: CAIXA e Governo Federal

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Entenda as principais mudanças da MP da Liberdade Econômica

Com a votação concluída na Câmara dos Deputados, a Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica pretende, segundo o governo, diminuir a burocracia e facilitar a abertura de empresas, principalmente de micro e pequeno porte. Entre as principais mudanças, a proposta flexibiliza regras trabalhistas e elimina alvarás para atividades de baixo risco. O texto também separa o patrimônio dos sócios de empresas das dívidas de uma pessoa jurídica e proíbe que bens de empresas de um mesmo grupo sejam usados para quitar débitos de uma empresa. A Câmara derrubou os 12 destaques que poderiam mudar a MP. Outros pontos tinham sido retirados pelo relator, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), para facilitar a aprovação do texto-base. A proposta precisa ser aprovada pelo Senado até o dia 27 para não perder a validade. Entenda as principais mudanças na MP Trabalho aos domingos A MP abre espaço para que a folga semanal de 24 horas do trabalhador seja em outros dias da semana, desde que o empregado folgue um em cada quatro domingos Pagamento em dobro (adicional de 100%) do tempo trabalhado no domingo ou no feriado pode ser dispensado caso a folga seja determinada para outro dia da semana Se folga não ocorrer, empregado continuará a ter direito ao adicional de 100% pelo domingo ou feriado trabalhado ​Carteira de trabalho eletrônica Emissão de novas carteiras de Trabalho pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia ocorrerá “preferencialmente” em meio eletrônico, com o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) como identificação única do empregado. As carteiras continuarão a ser impressas em papel, apenas em caráter excepcional A partir da admissão do trabalhador, os empregadores terão cinco dias úteis para fazer as anotações na Carteira de Trabalho. Após o registro dos dados, o trabalhador tem até 48 horas para ter acesso às informações inseridas. Documentos públicos digitais Documentos públicos digitalizados terão o mesmo valor jurídico e probatório do documento original Registros públicos em meio eletrônico Registros públicos em cartório, como registro civil de pessoas naturais, registro de imóveis e constituição de empresas, podem ser publicados e conservados em meio eletrônico Registro de ponto Registro dos horários de entrada e saída do trabalho passa a ser obrigatório somente para empresas com mais de 20 funcionários, contra mínimo de 10 empregados atualmente Trabalho fora do estabelecimento deverá ser registrado Permissão de registro de ponto por exceção, por meio do qual o trabalhador anota apenas os horários que não coincidam com os regulares. Prática deverá ser autorizada por meio de acordo individual ou coletivo Alvará Atividades de baixo risco, como a maioria dos pequenos comércios, não exigirão mais alvará de funcionamento Poder Executivo definirá atividades de baixo risco na ausência de regras estaduais, distritais ou municipais. Fim do e-Social O Sistema de Escrituração Digital de Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (e-Social), que unifica o envio de dados de trabalhadores e de empregadores, será substituído por um sistema mais simples, de informações digitais de obrigações previdenciárias e trabalhistas Abuso regulatório A MP cria a figura do abuso regulatório, para impedir que o Poder Público edite regras que afetem a “exploração da atividade econômica” ou prejudiquem a concorrência. Entre as situações que configurem a prática estão: criação de reservas de mercado para favorecer um grupo econômico criação de barreiras à entrada de competidores nacionais ou estrangeiros em um mercado exigência de especificações técnicas desnecessárias para determinada atividade criação de demanda artificial ou forçada de produtos e serviços, inclusive “cartórios, registros ou cadastros” barreiras à livre formação de sociedades empresariais ou de atividades não proibidas por lei federal Desconsideração da personalidade jurídica Proibição de cobrança de bens de outra empresa do mesmo grupo econômico para saldar dívidas de uma empresa Patrimônio de sócios, associados, instituidores ou administradores de uma empresa será separado do patrimônio da empresa em caso de falência ou execução de dívidas Somente em casos de intenção clara de fraude, sócios poderão ter patrimônio pessoal usado para indenizações Negócios jurídicos Partes de um negócio poderão definir livremente a interpretação de acordo entre eles, mesmo que diferentes das regras previstas em lei Súmulas tributárias Comitê do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais da Receita Federal (Carf) e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) terá poder para editar súmulas para vincular os atos normativos dos dois órgãos Fundos de investimento MP define regras para o registro, a elaboração de regulamentos e os pedidos de insolvência de fundos de investimentos Extinção do Fundo Soberano Fim do Fundo Soberano, antiga poupança formada com parte do superávit primário de 2008, que está zerado desde maio de 2018 Pontos retirados da MP Domingos Descanso obrigatório aos domingos apenas a cada sete semanas Fins de semana e feriados Autorização para trabalho aos sábados, domingos e feriados em caso de necessidade do agronegócio Direito Civil MP permitiria que contratos de trabalho acima de 30 salários mínimos fossem regidos pelo Direito Civil em vez da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Apenas direitos trabalhistas assegurados pela Constituição seriam mantidos Caminhoneiros MP criaria o Documento Eletrônico de Transporte, que funcionaria como contrato único para cada transporte de bens no território nacional Anistia a multas por descumprimento da tabela do frete Motoboys MP acabaria com adicional de periculosidade de 30% para motoboys, mototaxistas e demais trabalhadores sobre duas rodas Fiscalização e multas Fiscais do trabalho aplicariam multas apenas após a segunda autuação. A primeira visita seria educativa Decisões trabalhistas seriam definitivas em primeira instância, se prazos de recursos fossem esgotados Termo de compromisso lavrado por autoridade trabalhista teria precedência sobre termo ajuste de conduta firmado com o Ministério Público Corridas de cavalos Entidades promotoras de corridas seriam autorizadas pelo Ministério da Economia a promover loterias vinculadas ou não ao resultado do páreo (Agência Brasil)

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6 fotos do Liceu de Artes e Oficios Antigamente

O Liceu de Artes e Ofícios, no Recife, é uma das valiosas peças arquitetônicas no entorno da Praça da República. Vizinho do Teatro Santa Isabel e do Palácio do Campo das Princesas, o tradicional colégio foi construído entre 1871 e 1880. De acordo com Lúcia Gaspar, da Fundaj, a escola inaugurou este prédio no dia 21 de novembro de 1880. O projeto do edifício é do engenheiro José Tibúrcio Pereira de Magalhães, que também assinou outros prédios emblemáticos do Recife, a exemplo da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). "Em estilo classicista imperial, inspirado no neoclassicismo francês, o prédio é composto de dois pavimentos. A fachada sofreu pequenas modificações durante a construção e também no século XX, mas não chegaram a causar uma grande desfiguração do projeto de Magalhães. (...) Como uma das instituições que prestava um serviço à educação popular no Recife, o Liceu ministrava aulas de desenho, música, pintura, marcenaria, arquitetura, aritmética, alfabetização. Possuía uma biblioteca com algumas obras raras e um museu com um bom acervo", escreveu Lúcia Gaspar¹. As imagens abaixo são do Acervo da Villa Digital, da Fundação Joaquim Nabuco. Clique nas imagens para ampliar. . Trem passando na frente do Liceu (Acervo Josebias Bandeira) . Cartão Postal com o Liceu de Artes e Ofícios (Acervo Josebias Bandeira) . Fachada do prédio em 1904 (Acervo Josebias Bandeira) . Liceu de Artes e Ofícios (Acervo Josebias Bandeira) . Foto da Ponte Princesa Isabel, com imagem do Liceu ao fundo, em 1899 (Acervo Josebias Bandeira) . Imagem do Rio Capibaribe, com Liceu na margem esquerda, em  1915 (Acervo Benício Dias)   *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) ¹Trecho extraído do artigo Liceu de Artes e Ofícios. GASPAR, Lúcia. Liceu de Artes e Ofícios, Recife, PE. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em:<http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar>. Acesso em: 11 ago. 2018. . LEIA TAMBÉM 10 fotos da Praça da República Antigamente . 5 fotos das Praças de Burle Marx no Recife antigamente

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Crítica| Era uma Vez em... Hollywood

Estreia de filme com assinatura de Quentin Tarantino é sinal de muito burburinho e expectativa da crítica e dos fãs do cineasta. A passagem por Cannes não rendeu muitos prêmios ao Era Uma Vez em... Hollywood (ganhou apenas a Palm Dog, prêmio voltado à melhor participação canina do festival), mas a boa recepção em portais de crítica como o IMDb e o Rotten Tomatoes apontam para uma carreira de sucesso nas principais premiações do ano, forte candidato, inclusive, ao Oscar 2020. É o nono filme do diretor e, segundo o próprio, penúltimo da carreira. Era Uma Vez em... Hollywood é uma carta de amor de Tarantino ao cinema, de forma mais específica feito nos EUA no final da década de 60. O cineasta passou parte da infância em Los Angeles e presenciou o fervilhar cinematográfico da região, abalado na época pelo crime bárbaro cometido pela seita de Charles Manson, que tirou a vida da atriz Sharon Tate e de mais seis pessoas.     Anunciado como o filme de Tarantino sobre a seita de Charles Manson, na verdade, o longa dá destaque à história do decadente ator de faroeste, Rick Dalton (DiCaprio) e seu parceiro de longas datas e dublê pessoal, Cliff Booth (Brad Pitt). Manson e sua jornada até o crime que chocou a década de 60 seguem como subtrama. Leonardo DiCaprio está de volta à tela grande após um hiato de quatro anos, quando ganhou o Oscar de melhor ator por O Regresso. O ator está bem no longa e esbanja boa química com Brad Pitt. Esta é a primeira vez que atuam juntos. O cast tem outros grandes nomes como Margot Robbie, Al Pacino e Dakota Fanning. Este é o trabalho menos sangrento de Tarantino. O banho de sangue, ou melhor, de chamas, só aparece no terceiro ato. Tem algumas cenas memoráveis, entre elas, a que provocou grande polêmica entre Tarantino e a família de Bruce Lee. Grande performance de Mike Moh, conhecido por sua atuação em filmes da franquia Street Fighter e na série Inumanos. Era Uma Vez em... Hollywood chega esta quinta (15) aos cinemas.  

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