Arquivos Z_Exclusivas - Página 68 De 363 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Prefeitura do Recife começa a vacinar população com mais de 85 anos

A Prefeitura do Recife inicia, a partir de hoje (26), a abertura de 65 salas de vacinação em nove centros, além de três pontos de drive-thrus para imunizar idosos acima de 85 anos contra a covid-19. O segundo módulo do Plano Recife Vacina será iniciado na próxima quarta-feira (27), viabilizado a partir do recebimento de um lote com 16.520 doses da vacina Oxford/AstraZeneca, enviado pelo Ministério da Saúde e repassado ao município pelo Governo de Pernambuco. Desde o início da campanha, 9.971 pessoas que formam o público-alvo da primeira fase receberam a primeira dose da CoronaVac. "Esse lote será utilizado para imunizar as pessoas com mais de 85 anos de idade a partir da próxima quarta-feira (27). Vamos abrir nove centros de vacinações e mais três unidades de drive-thru para este trabalho”, explicou o prefeito João Campos. “É importante dizer que todos ajudem as pessoas que têm 85 anos de idade ou mais a fazer o cadastro para o agendamento no site do Conecta Recife ou no aplicativo do Conecta Recife. Estas pessoas poderão fazer, de imediato, o agendamento, para poder já na quarta-feira (27) serem vacinadas nos Centros”, acrescentou. Os centros para a vacinação estarão localizados no Compaz Dom Helder Câmara, Coque; Unidade de Cuidados Integrais (UCIS) Guilherme Abath, no Hipódromo; Escola Nilo Pereira, em Casa Amarela; Compaz Miguel Arraes, na Caxangá; Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro; Escola Miguel Arraes de Alencar, na Estância; Ginásio Geraldão, na Imbiribeira; Escola Nadir Colaço, na Macaxeira; e UPA-E Fernando Figueira, no Ibura. Já os drive-thru serão no Parque da Macaxeira, Geraldão e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A Prefeitura do Recife disponibiliza um canal digital para que os cidadãos possam agendar o dia, horário e local onde receberão o imunizante. O recifense que fizer parte de algum dos grupos prioritários deverá realizar o agendamento online pelo endereço minhavacina.recife.pe.gov.br ou a partir do Conecta Recife (cujo app está disponível nas lojas PlayStore, para Android; e AppStore, para dispositivos iOS). Para a secretária municipal de Saúde, Luciana Albuquerque, a decisão da Prefeitura do Recife foi pactuada com o Governo de Pernambuco e baseada em dados epidemiológicos de adoecimento e óbitos em decorrência da infecção pelo novo coronavírus. “A nossa estratégia é para garantir que esse público passe menos tempo possível exposto ao risco, por isso estamos disponibilizando o agendamento, e abrindo vagas em vários pontos da cidade. É importante que o idoso realize o cadastro previamente para facilitar o agendamento da sua imunização. No entanto, aqueles que não conseguirem fazê-lo, poderão receber a dose mesmo assim porque nos centros montados pela Prefeitura haverá profissionais para fazer isso ”, explicou a gestora. Até a próxima quarta-feira (27), a vacinação continuará acontecendo também na sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Metropolitano do Recife, na Boa Vista, área central da cidade, onde cerca de 600 trabalhadores de saúde serão imunizados. Pela característica dos grupos prioritários, nesta primeira etapa, a vacinação no Recife estava acontecendo em locais específicos, como hospitais (públicos e privados), policlínicas e outras unidades de saúde, assim como nas instituições de longa permanência para idosos e residências inclusivas. A vacinação segue as escalas de plantões dos trabalhadores desses locais. VACINÔMETRO - Também a partir de amanhã (26), a população poderá acompanhar diretamente a operacionalização do plano Recife Vacina graças ao ‘vacinômetro’, ferramenta que estará disponível para a população através do App Gratuito Conecta Recife, disponível nas lojas PlayStore e AppStore, para dispositivos, além do Web App https://conectarecife.recife.pe.gov.br/vacinometro/. Iniciativa faz parte da transformação digital realizada pela Prefeitura do Recife. Com a covid-19, o Conecta Recife passou a ser uma importante ferramenta de base de dados, serviços e informações que podem ser acessados de maneira fácil e didática. No vacinômetro, os cidadãos poderão conferir dados como número total de doses recebidas, relatório diário e total de pessoas imunizadas, bem como doses aplicadas por Distrito Sanitário, além de vacinas aplicadas por grupos prioritários. O número de pessoas já vacinadas também pode ser acompanhado em detalhes dentro das plataformas (site e aplicativo). Até então, dentro do grupo considerado prioritário para esta primeira fase, foram imunizadas mais de 9 mil pessoas (dado atualizado em 25/01/21). Dentro da plataforma estão todas as informações sobre o Plano de Vacinação do Recife (pronta para download, considerando as etapas, grupos entre outros detalhes.

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Fiepe alerta que mesmo com aumento das exportações, balança de PE continua deficitária

Considerado o quarto estado em exportação e o segundo em importação do Nordeste, Pernambuco encerrou 2020 com um cenário que já vinha sendo desenhado ao longo daquele ano: vendas estabilizadas para o mercado externo e quedas consideráveis da importação de produtos. A notícia boa, em partes, é que isso gerou uma redução do déficit histórico da balança comercial em 48,2% em relação a 2019, porém esse resultado não é, ainda, capaz de mudar a característica importadora do Estado. De acordo com dados compilados pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), observa-se que as exportações cresceram 7,2% enquanto que as importações caíram 32,3%, na comparação com 2019. “Embora as exportações tenham crescido, elas ainda não superam o saldo do volume das importações e essa realidade mantém o nosso Estado no quadro deficitário”, explicou o gerente de Relações Industriais da FIEPE, Maurício Laranjeira. Esse cenário acontece porque Pernambuco importa mais do que exporta. Segundo ele, a queda das importações ocorreu devido à paralisação pela qual viveu o País durante o isolamento social em razão da pandemia. “Naquele momento, havia uma dificuldade para que a importação acontecesse em sua plenitude por conta das restrições impostas pela própria pandemia”, justificou. Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho e Recife foram os municípios que importaram ano passado, em função do Complexo Portuário de Suape e das tradings, instaladas nessas cidades. Já as exportações cresceram puxadas pelo aumento da venda de óleos combustíveis, do açúcar e das frutas. A alta só não foi maior porque, do outro lado, setores como o automotivo e o de petróleo sentiram bastante os efeitos da pandemia, com retração de 45% e 23,4%, respectivamente. A comercialização bilateral continuou acontecendo junto a parceiros já conhecidos pelos pernambucanos, que são: Cingapura, Argentina e Estados Unidos. Empresas Seguindo o comportamento da balança pernambucana, a quantidade de empresas importadoras também foi maior (688) que as exportadoras (257) em 2020.

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"Uma previsão para que todos tenham se vacinados seria 1º semestre de 2022"

Quando as imagens da enfermeira Mônica Calazans recebendo a dose pioneira da vacina contra a Covid-19 espalharam-se pelas mídias do País, um sentimento de esperança invadiu os brasileiros. Mas algumas dúvidas começaram a surgir: o que significa uma eficácia do imunizante de 50%? Quem já foi contaminado pelo coronavírus deve se vacinar? E as grávidas? Quando poderemos deixar de usar máscaras e de adotar o distanciamento social? Para responder a essas indagações, Cláudia Santos conversou com o microbiologista Luiz Gustavo de Almeida, que é PhD em microbiologia pelo ICB-USP (Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo), diretor no Brasil do festival internacional de divulgação científica Pint of Science – Um Brinde à Ciência e coordenador dos projetos educacionais do Instituto Questão de Ciência. Existem muitas informações nas redes sociais alertando para a insegurança dessas vacinas. O que comprova a segurança desses imunizantes? Essas informações que circulam nas redes sociais, principalmente no WhatsApp, são para assustar a população, baseadas puramente em teorias conspiratórias. O papel do governo federal deveria ser garantir a segurança dessas vacinas, garantir que elas passaram por um processo extremamente criterioso para avaliação delas, como foi feito e como foi respaldado pelo aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Nossa agência regulatória não deixaria passar qualquer coisa que fosse fazer qualquer tipo de mal para a sociedade brasileira. Essas informações são baseadas muito em medos, em histórias antigas, como a de que vacinas causam autismo, que já foram duramente rechaçadas e desmentidas por diversas vezes. Mas isso tudo volta à tona com a facilidade dessa comunicação nas redes sociais. A comprovação da segurança desse imunizante já foi atestada. As primeiras reações adversas, que ocorrem logo nas primeiras horas, são acompanhadas quando acontecem. O que verificamos com a Coronavac são apenas aquelas mais comuns: dor no local da aplicação da vacina, um pouco de inchaço, um pouco de febre. Mas isso significa que seu sistema imunológico está funcionando, está combatendo o agente que é o vírus inativado dentro do seu corpo. Uma característica do sistema imunológico é aumentar a temperatura exatamente para reduzir a replicação do vírus. Então, toda essa segurança foi testada em mais de 10 mil voluntários aqui no Brasil e mais outros 10 mil na Turquia. Ela foi testada também na China. É uma vacina extremamente segura, porque também possui uma tecnologia que não é nova, usamos há 100 anos para produzir vacinas. Tudo isso, além do respaldo técnico de pessoas que dedicaram a vida inteira para estudar sobre vacinas, faz com que a gente acredite, sim, que é uma vacina extremamente segura. Nós não iríamos aprovar uma vacina que oferecesse maior risco que a pandemia já vem oferecendo. É uma vacina segura e, claro, vamos acompanhar essas pessoas que estão sendo vacinadas. Caso haja qualquer alerta de reação adversa, vamos observar se foi provocada pela vacina e esclarecer a população de uma forma muito clara. Importante a gente saber isso, porque se houver algum tipo de reação num grupo determinado de pessoas, é melhor não vacinar essas pessoas. Daí, a importância da vacinação coletiva porque vamos conseguir proteger, inclusive, essas pessoas que não podem tomar a vacina. Então, ela é segura para a população em geral e a enorme maioria da população deve tomar essa vacina. Qual o percentual da população que precisa ser vacinado para frear o avanço da pandemia no País? Tendo em vista as experiências recentes observadas em outros surtos, outras epidemias e até outras pandemias, vamos começar a ver os efeitos da diminuição de pessoas adoecendo e morrendo, a partir do momento em que 70% população for imunizada. Em relação à Coronavac, para atingirmos a tão sonhada imunidade de rebanho, vamos ter que vacinar 99% da população. Para fazer esse cálculo, levamos em conta a eficácia das vacinas e também a taxa de replicação base do vírus, ou seja, quanto que uma pessoa infectada pode, em média, infectar outras suscetíveis. Sabemos que no caso do coronavírus, uma pessoa infectada pode transmitir até para duas outras suscetíveis ao vírus. Então, esse é o número utilizado nesse cálculo junto com a eficácia da vacina. Depois de vacinada, a pessoa tem que manter as medidas de prevenção contra a Covid-19? Quando poderemos voltar a frequentar aglomerações? Sim, depois de vacinados temos que continuar fazendo o distanciamento social, usar máscaras e lavar as mãos. A vacina não é uma pílula mágica, de efeito imediato, em que, assim que você for vacinado terá uma proteção para não transmitir o vírus. Não, você vai, sim, ter um risco menor de ser contaminado e pegar a doença, mas você, ainda pode, sim, transmitir esse vírus para uma outra pessoa que ainda não foi imunizada. É muito importante deixar claro isso. Vamos diminuir a gravidade da doença, não é a transmissão neste primeiro momento que vamos evitar. Provavelmente, as vacinas podem ter essa capacidade, mas a ciência ainda não respondeu a essa pergunta. Vamos continuar monitorando os casos, continuar os estudos para ver se as vacinas são tão boas a ponto de neutralizar, inclusive, a transmissão do vírus. Poderemos voltar a frequentar aglomerações daqui a um ou dois anos, quando conseguirmos, realmente, observar que o número de casos e a gravidade deles estão diminuindo. Assim, a Covid-19 passará a ser uma gripinha, um resfriado comum que a gente consiga tratar em casa ou até num atendimento simples ambulatorial. É isso que a gente quer: que as pessoas não morram, e menos gente sendo internada com Covid-19 grave. Quem foi contaminado precisa se vacinar? Por quê? Quem já foi contaminado deve, sim, se vacinar. O que a gente pode fazer é remanejar essas pessoas que já foram contaminadas para, talvez, o fim da fila. Mas ninguém vai ficar monitorando, perguntando se você já foi vacinado ou não. Isso acontece porque as vacinas oferecem um treinamento muito melhor para o seu sistema imunológico do que quando você pega o vírus selvagem. O vírus que está na natureza não causa só a Covid-19, ele atrapalha todo o seu sistema

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PCR inicia semana com 26 equipes volantes na vacinação contra a covid-19

Da Prefeitura do Recife A Prefeitura do Recife dá início à segunda semana de vacinação contra a covid-19 com ampliação na quantidade de equipes que estão nas ruas para garantir a imunização. Esse número já havia passado de 13 para 18, desde a última terça (19), e agora a cidade passará a contar com 26 equipes volantes que continuarão a vacinar, in loco, os grupos prioritários da primeira fase do Plano Recife Vacina, para evitar o deslocamento dessas pessoas. Até a noite deste domingo (24), a Secretaria Municipal de Saúde imunizou 8.645 recifenses. Pela característica dos grupos prioritários, nesta primeira etapa, a vacinação no Recife está acontecendo em locais específicos, como hospitais (públicos e privados), policlínicas e outras unidades de saúde, assim como nas instituições de longa permanência para idosos e residências inclusivas. A vacinação segue as escalas de plantões dos trabalhadores desses locais. Nesta segunda-feira (25), uma reunião com o Governo de Pernambuco definirá como serão usadas as cerca de 33 mil doses da vacina AztraZeneca/Oxford, que chegaram a Pernambuco, neste fim de semana, e serão usadas pelo município. Elas se somam às 66.200 doses da CoronaVac, recebidas no início da Campanha. A vacinação, entre esta segunda e quarta, acontecerá também na sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Metropolitano do Recife, na Boa Vista, área central da cidade, onde mais de 500 trabalhadores de saúde serão imunizados. O público-alvo desta etapa do Plano inclui os trabalhadores da saúde que atuam no enfrentamento à pandemia; idosos acima de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência, assim como os trabalhadores desses locais; e pessoas a partir de 18 anos com deficiência severa que vivem em residências inclusivas. AGENDAMENTO – A Prefeitura do Recife disponibiliza um canal digital para que os cidadãos possam agendar o dia, horário e local onde receberão o imunizante. O recifense que fizer parte de algum dos grupos prioritários deverá realizar o agendamento online pelo endereço minhavacina.recife.pe.gov.br ou a partir do Conecta Recife (cujo app está disponível nas lojas PlayStore, para Android; e AppStore, para dispositivos iOS).

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Pernambuco recebe 84 mil doses da vacina AztraZeneca/Oxford

Do Governo de Pernambuco As primeiras doses da vacina da farmacêutica AstraZeneca e da Universidade de Oxford, desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e produzidas pelo Instituto Serum, na Índia, chegaram em solo pernambucano na madrugada deste domingo (24/01). As 84 mil doses destinadas ao Estado desembarcaram à 0h30 no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre, em voo operado pela companhia aérea GOL, que saiu do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. As doses foram levadas para a central de armazenamento de vacinas da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) escoltadas pela Polícia Federal. “Na segunda-feira, vamos, juntamente com o Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação contra a Covid-19 e com a Comissão Intergestores Bipartite (CIB), fazer o monitoramento da distribuição e a pactuação com os municípios do uso das doses da nova vacina. É mais um passo importante nessa nova fase de enfrentamento ao coronavírus”, destacou o governador Paulo Câmara. “Esta nova remessa de vacinas nos dá a possibilidade de ampliar e acelerar o processo de imunização em Pernambuco. Iremos pactuar com o Comitê Técnico Estadual e com a representação dos municípios a estratégia para utilização destas novas doses”, explicou o secretário estadual de Saúde, André Longo. O secretário estadual de Saúde ressaltou que a vacinação segue normalmente no Estado. “Os municípios e as unidades estaduais continuam o processo de vacinação normalmente, já que ainda possuem doses da vacina Coronavac”, afirmou. As 270 mil doses da CoronaVac, desenvolvidas em parceria com o Instituto Butantan, chegaram ao Estado na última segunda-feira e foram disponibilizadas em 18 horas a todos os 184 municípios pernambucanos, além do Arquipélago de Fernando de Noronha. As gestões municipais receberam de forma equânime quantitativo suficiente para as duas doses da vacina, que, no caso da CoronaVac, devem ser administradas em um período de 14 a 28 dias entre a primeira e a segunda. O Ministério da Saúde estabeleceu que a prioridade dessa remessa da CoronaVac deveria ser os idosos acima de 60 anos e pessoas com deficiência assistidos em instituições de longa permanência, indígenas aldeados e trabalhadores da saúde envolvidos no atendimento aos pacientes com o novo coronavírus. Até a última sexta-feira (22/01), 34.336 pessoas que fazem parte do público prioritário da primeira fase foram imunizadas contra a Covid-19 em Pernambuco. Deste total, 28.712 eram trabalhadores da saúde (sendo 5.298 profissionais que atuam nos hospitais do Governo de Pernambuco); 3.265, indígenas; 2.278, idosos institucionalizados; e 81 pertencem ao grupo de pessoas com deficiência institucionalizadas.

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Pesquisa eleitoral e retórica - Por Maurício Costa Romão

Em 2010 o Ibope produziu extenso relatório sobre suas pesquisas em 24 estados, intitulado “Balanço das eleições de 2010”, e diz no intróito: “Neste documento podem ser observadas as intenções de voto obtidas nas pesquisas divulgadas na véspera da eleição e nas pesquisas de boca de urna comparadas aos resultados oficiais do TSE”. Depois de mostrar para cada estado da Federação o “percentual de votos previstos corretamente”, o instituto elabora um quadro resumo com o título: “Índices de acertos no 1º turno de 2010”, no qual detalha a quantidade e os percentuais de: (a) acertos de candidatos com estimativas dentro da margem de erro; (b) acertos na colocação dos candidatos, apesar de estimativas fora da margem de erro; (c) candidatos fora da margem de erro e da colocação final. A conclusão triunfante do relatório no seu quadro-resumo é a de que: “o percentual total de acerto, considerando a margem de erro ou a colocação do candidato” é de 98% para governador e 95% para senador. O que é que mudou de 2010 para cá, que não se pode mais comparar as estimativas de intenção de votos das pesquisas de véspera com os resultados das urnas e quem o faz comete uma inconcebível heresia?  Graças à sua popularização e disseminação urbi et orbi, a pesquisa tornou-se indissociável das eleições, a ponto de assumir protagonismo tal que é impensável acompanhar o processo eleitoral sem sua presença. Em virtude desse protagonismo, somado à carga emocional que transmite, a pesquisa passou a ser objeto das mais variadas críticas, até mesmo de influenciar decisões do eleitor e, em última instância, de definir eleições. O assunto é complexo e exigiria discussão mais aprofundada. Por enquanto, apenas a questão das intenções de votos das pesquisas de véspera e os resultados oficiais é abordada. É oportuno enfatizar, ab initio, que sendo a pesquisa um mero instrumento técnico de acompanhamento do processo eleitoral, que serve para apontar tendências com base em levantamentos sucessivos, não é seu propósito predizer os percentuais exatos que os candidatos obterão nas urnas.  O que a pesquisa faz é estabelecer um intervalo de variação para suas estimativas (ou prognósticos, numa conceituação mais livre e popular) dentro de certo nível estatístico de confiança, na expectativa de que os percentuais estimados de intenção de votos estejam circunscritos a esse intervalo de variação, quer dizer, à margem de erro amostral. O cientista político Jairo Nicolau sintetizou bem essa compreensão, de resto já incorporada à paisagem, popularizada na mídia e no seio do grande público: “... para avaliarmos o grau de precisão dos institutos precisamos comparar os resultados das urnas com os da última pesquisa publicada, levando em conta a margem de erro”. Devido à crescente enxurrada de críticas às pesquisas, eleição após eleição, derivada das discrepâncias entre suas estimativas de intenção de votos e os resultados das urnas, os institutos passaram a adotar a narrativa de que essa comparação é indevida (quando erram, naturalmente), elaborando malabarismos retóricos do tipo: “Uma coisa é a intenção de voto nas pesquisas, outra coisa é o comportamento do eleitor na urna, quer dizer, sua decisão de voto”; “Os levantamentos de véspera não têm função de antecipar resultados”; “O objetivo da pesquisa é contar a história da eleição até sábado”; “O que se divulga representa sempre o momento para trás, não para frente”; “Até por marketing, nós mesmos, dos institutos, tratamos esses números divulgados na véspera como prognósticos, mas, na verdade eles são diagnósticos, refletem uma realidade que já passou”... Desse contorcionismo com as palavras o que se extrai? Estimativas dentro da margem de erro, os institutos acertam [“Conseguimos prever 95% dos votos corretos do primeiro turno...” (Ibope, Congresso em Foco)], fora da margem, os institutos não erram [“Erram os que cobram precisão numérica de pesquisas encerradas na véspera da eleição, quando ainda há indecisos” (Datafolha, FSP)]. Corolário: os institutos nunca erram! Ora, se a pesquisa só olha no retrovisor e “reflete uma realidade que já passou”, por que, então, os próprios institutos alardeiam a cada eleição que acertaram tantos por cento dos resultados? Por que os seus sites continuam apresentando as pesquisas com dizeres tais como: “Pesquisa aponta vitória de fulano”. “Cicrano dispara e deve ganhar no primeiro turno”, “Beltrano pode ser eleito no domingo”, e por aí vai? Isso é “antecipar resultados” ou as palavras mudaram de significado? Ao adotarem tais narrativas ambíguas, os institutos cada vez mais se enrolam num novelo de contradições, potencializando os crescentes danos à imagem das pesquisas. O momento é de ressignificação para os institutos, que devem, sem subterfúgios: assumir o status preditivo das pesquisas; admitir que estimativa dentro da margem de erro é acerto e fora é erro; e reconhecer as dificuldades técnicas de lidar com: [a] a volatilidade do voto (o eleitor está decidindo o voto na undécima hora); [b] o comportamento errático do eleitor (cada vez mais “líquido”, despolitizado, indecifrável) e [c] a caixa preta do não-voto (brancos, nulos e indecisos) e [d] a característica “voluntária” do voto no Brasil. Maurício Costa Romão, é Ph.D. em economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.

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Vacinas da Índia devem chegar hoje ao Brasil

Da Agência Brasil As vacinas contra a covid-19 desenvolvidas em parceria entre a AstraZeneca e a Universidade de Oxford devem chegar ao Brasil, vindas da Índia, nesta sexta-feira (22). A informação foi dada pelo Ministério das Comunicações por meio de nota oficial. As doses serão enviadas por meio de um voo comercial da companhia aérea Emirates. A previsão é que a carga chegue ao Rio de Janeiro no fim da tarde. O voo da Emirates primeiro pousa no Aeroporto Internacional de Guarulhos, e em seguida a carga será embarcada em outro avião que segue para o Aeroporto Internacional do Galeão. Foram contratadas duas milhões de doses, fabricadas pelo laboratório indiano Serum. O governo brasileiro tenta desde a semana passada trazer a carga de imunizantes do país asiático. A previsão inicial era que elas estariam aqui no domingo passado (17). A Índia anunciou nesta semana a exportação de vacinas para seis países, sem incluir o Brasil. Na noite de ontem, o secretário de Relações Exteriores da Índia, Harsh Srhingla, confirmou à Agência Reuters a liberação da exportação.

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Ferreira Costa abre processo seletivo para nova loja

O Home Center Ferreira Costa localizado em Caruaru está em contagem regressiva para abrir suas portas. Na contramão da crise econômica, a empresa tem a perspectiva de contratar em torno de 400 profissionais diretos e indiretos. Para início imediato estão abertas vagas para Supervisor de Logística e Supervisor de vendas. Todo o processo seletivo é pelo site: https://carreiras.ferreiracosta.com/. A construção da loja está localizada na BR-104, no final da Av. Agamenon Magalhães. O home center contará com 9.000 m² de área de vendas, além de espaço para cinco lojas de conveniência, estoque para pronta entrega no local e trará os serviços do clube do profissional, lista de casamento, vendas corporativas e centro automotivo. . . Novidades no mercado de habitação O advogado André Portela, especialista em direito imobiliário, destaca que o programa recém-sancionado, Casa Verde e Amarela, novo nome dado ao Minha Casa Minha Vida, assinala juros mais baixos para imóveis na região Nordeste. O pacote também conta com a ampliação de subsídios no financiamento e crédito para a reforma de imóveis. . . Armazém da Criatividade abre inscrições para primeiro Mind the Bizz de 2021 O Armazém da Criatividade - unidade avançada do Porto Digital em Caruaru, no Agreste de Pernambuco - está com inscrições abertas para o Mind The Bizz, programa de fomento a novos negócios do parque tecnológico com duração de 10 semanas e que é aberto para todo o Estado de Pernambuco. O período para submissão de projetos segue até o dia 21 de fevereiro por meio eletrônico e o início das atividades, realizadas de forma remota, será no dia 9 de março. Confira a chamada e faça a inscrição: https://bityli.com/jGRuB. O programa consiste em uma metodologia semanal intensa com conteúdos digitais, oficinas, mentorias com empreendedores(as) e conexões-chave para os negócios. Podem participar projetos nas áreas de Cidades, Comércio, Construção Civil, Direito, Economia Criativa, Educação, Finanças, Games e Entretenimento, Gestão Pública, Impacto Social e Serviços. Além disso, a equipe deve ter pelo menos duas pessoas (fundadoras ou sócias) e no máximo cinco dedicadas à startup ou empreendimento criativo que deverão participar das atividades previstas no programa.

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Os Estados Unidos na encruzilhada: desafios e perspectivas de Biden (Por Thales Castro)

Guiados pelo ímpeto democrático-representativo, os EUA foram e continuam sendo, desde sua independência em 1776, farol das liberdades individuais, do pluralismo e da estabilidade do sistema político presidencialista sob forma federal. A Revolução Americana de 1776 – embora não tão citada na historiografia contemporânea como a coirmã da Revolução Francesa de 1789 – representa marco indelével para o Ocidente que bebe da fonte greco-romana e judaico-cristã. Os ideais ali postos desde a publicação dos Federalists Papers de 1788 de Hamilton, Madison e Jay continuam inspirando grandes democracias no mundo e seus processos políticos internos. Os fatos recentes na política norte-americana durante a gestão conservadora-nacionalista de Trump (2017-2021) representam, de fato, ponto de inflexão. Rompendo com várias tradições e liturgias desse país que preza pela robustez de suas instituições, o lapso temporal que vai de 3 de novembro de 2020 (eleições) até 20 de janeiro de 2021 (posse de Biden) foram de instabilidade sistêmica, gerando incertezas na diplomacia, na política mundial e nos mercados financeiros. Outras decorrências de tal momento foram simbolismos personalistas de retrocesso e violência recrudescente. O zênite do lapso temporal em questão foi a invasão aberrante e inadmissível (com mortes) ao Capitólio no dia 6 de janeiro do corrente. Desta feita, a posse de Biden que misturou emoções contidas, hipnose coletiva e veias de esperança foi um verdadeiro threshold desta “terra em transe” – lembrando o filme de 1967 do Cinema Novo do grande Glauber Rocha. A questão fundamental é: Trump é mera causa ou consequência imprudente de um mundo disforme em ebulição, cuja aceleração de tais transformações se deu a partir da crise sanitária do coronavírus (2019-2021)? Quem veio primeiro? Foi a crise migratória Europeia de 2015 – a maior desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) – que precipita o Brexit e a própria eleição de Trump em 2016? Ou Trump representou, como arquétipo, a eclosão de forças obscuras que temos no âmago da “vontade de potência”, como assim preconizava Nietzsche? Apesar de olharmos para um terreno pantanoso, nem tudo é fetichismo de derrota e de demonização de Trump. O ex-presidente conseguiu ter alguns êxitos pontuais nas agendas externa e doméstica: conduziu ampla reforma tributária que repatriou recursos e empresas norte-americanas; conseguiu abrir o diálogo com o ditador norte-coreano Kim Jung-Un, buscando uma tentativa de paz na Península da Coreia; iniciou diálogo de paz com os Taliban no Afeganistão; e, por fim, desenvolveu geopolítica ousada que trouxe ganhos concretos para Israel, que passou a ser reconhecido pelo Bahrain e pelos Emirados Árabes Unidos com regularização de voos comerciais com a Arábia Saudita. As taxas de desemprego pré-crise sanitária chegaram aos baixíssimos patamares de 3,5%. Ou seja, há sempre vertentes binárias de ganhos e perdas; otimismo e pessimismo; erros e acertos. Ao final, a contabilidade político-eleitoral líquida do contexto revelou a preponderância de erros, dramas e danos que culminaram na vitória de Biden e Kamala Harris. Há muitas perguntas que estão e ainda permanecerão no ar. Outras tantas precisarão ser respondidas de maneira mais objetiva e imediata pelo novo mandatário do Partido Democrata. Por exemplo: o pacote de Biden de ajuda econômica de US$ 1,9 trilhão de ajuda imediata às famílias será eficaz e terá saúde fiscal efetiva no médio prazo? Gozando de maioria em ambas as Casas do Congresso, Biden terá árduo trabalho a desempenhar naquilo que chamo de “política sistêmica do sinal trocado”, ou seja, reverter várias decisões administrativas da gestão anterior no campo da imigração, relações internacionais (especialmente com aliados históricos na Europa e com a China), energia, clima (Acordo de Paris de 2015) num país fraturado. O quadro geral político, empregatício e social é dantesco para Biden: 10 milhões de desempregados numa população geral de 330 milhões de habitantes. A economia só recuperou cerca da metade dos 22 milhões de empregos que havia perdido no pico da pandemia. A taxa de desemprego em dezembro foi de 6,7%, menor do que seu máximo de 14,7% em abril de 2020, mas ainda muito maior do que as mínimas históricas, de 3,5% em fevereiro de 2020. Em dezembro, houve, igualmente, uma queda de 0,7% de vendas no varejo. Hoje dados oficiais do Census Bureau confirmam que 14 milhões de pessoas têm aluguéis residenciais em atraso. A recuperação da atividade econômica, do emprego formal e do capital político internacional e de liderança diplomática serão o grande desafio para a nova administração. Oxalá, tenhamos ventos favoráveis nestes mares revoltos e que consigamos atracar em porto seguro em breve. O trinômio paz, segurança e estabilidade – tão necessário na área internacional – precisa também estar presente nas democracias maduras e naquelas que ainda precisam entabular mudanças e melhorias institucionais como a nossa aqui nos trópicos. Avante! *Thales Castro é Consul de Malta e vice-presidente do Iperid

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5 fotos do Porto de Suape Antigamente

Atendendo um pedido dos nossos leitores, trazemos hoje uma coleção de 5 fotografias do Porto de Suape Antigamente. As imagens foram cedidas pela comunicação do Complexo Portuário e Industrial de Suape e trazem registros das décadas de 80 e 90. A última imagem já é no início dos anos 2000. Antes dos investimentos em obras, ainda na década de 60, fomam realizadas pesquisas que começaram a ser realizados para analisar a viabilidade da implantação de um “super-porto” destinado à exportação e à instalação de indústrias no seu entorno. A ideia era criar um porto para que ele gerasse demanda e não apenas atendesse à demanda já existente na região. Clique nas fotos para ampliar. Imagens entre o final dos anos 80 e o início dos anos 90 . . . . Início dos anos 2000   . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente rafael@algomais.com rafaeldantas.jornalista@gmail.com  

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