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Movimento Manguebeat é homenageado pela deputada Dani Portela

Nesta terça-feira, dia 19, na Assembleia Legislativa, os artistas e comunicadores que lideraram o movimento serão homenageados com votos de aplauso. Foto: Tom Cabral Na terça-feira, dia 19, às 15h, a deputada estadual Dani Portela conduzirá a entrega de uma série de homenagens a figuras significativas para a fundação do Movimento Manguebeat em Pernambuco. Essas homenagens marcam a celebração do primeiro ano do Dia Estadual do Manguebeat, estabelecido por meio de um projeto de lei de sua autoria. Durante o evento, serão concedidos votos de aplauso às bandas Mundo Livre S/A, Nação Zumbi e Mestre Ambrósio, às cantoras Isaar França, Karina Buhr, Alessandra Leão e Louise, além dos comunicadores Roger de Renor e Renato L e ao Festival Abril Pro Rock. A cerimônia terá lugar no auditório Ênio Guerra, na Assembleia Legislativa de Pernambuco, e será aberta ao público. Para a parlamentar, essas homenagens não representam apenas uma formalidade, mas sim uma maneira de enaltecer o caráter libertário de nosso estado e de lançar um olhar sobre as desigualdades que marcaram parte de nossa realidade há 30 anos e que ainda persistem no cotidiano das pessoas. DANI PORTELA, DEPUTADA ESTADUAL “Em 92, uma matéria do Jornal do Commercio dizia que Recife era a quarta pior cidade do mundo para se viver. Essa manchete foi o mote para a construção do manifesto que deu origem ao Movimento Manguebeat. Hoje, 30 anos depois, seguimos enfrentando as desigualdades no nosso dia a dia. Celebrar esse movimento é celebrar a nossa resistência. E eu não tenho dúvidas que o manguebeat contribuiu decisivamente para as transformações e melhorias da cidade que aconteceram nos anos e décadas seguintes, sendo fonte de inspiração tanto para artistas e fazedores de cultura desta cidade, mas também para movimentos sociais e para a construção de políticas públicas, como por exemplo, a construção de moradia popular e habitação decente para famílias que viviam em palafitas, situação muitas vezes denunciada pelo manguebeat”. Serviço:Homenagem ao Dia Estadual do Mangue beat e aos 30 anos do MovimentoAuditório Ênio Guerra - Assembleia Legislativa de Pernambuco19/03/2024, às 15hAberto ao público

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Cia do Lazer completa 35 anos e mira na ampliação

Referência no ramo de promoção de eventos, entretenimento e lazer, a empresa chega a três décadas e meia mostrando a importância da recreação como instrumento para o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Um terreno de nove hectares, situado entre as praias de Porto de Galinhas e Serrambi, no município de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, que outrora era destinado exclusivamente ao cultivo de cana-de-açúcar, hoje abriga um dos maiores complexos de entretenimento e lazer de Pernambuco. O conceito da Cia do Lazer foi concebido por Rose Jarocki e Pedro Ivo Silveira, ambos empresários e educadores físicos, como um espaço inicialmente voltado para acampamentos. Ao longo dos anos, a empresa expandiu sua gama de serviços, incluindo atividades pedagógicas, eventos corporativos como treinamentos ao ar livre e promoções, festas de aniversário, formaturas, programas para a terceira idade, cursos de recreação para instituições educacionais, hotéis e clubes, além de eventos corporativos e escolares em geral. Atualmente, a empresa funciona com atividades durante o ano inteiro e se destacam, por exemplo, as excursões educativas realizadas pelas escolas, os projetos pedagógicos como a biofábrica, trilha do mangue, biólogo por um dia, empreender brincando e vida de circo, além dos acampamentos educativos de férias, que ocorrem nos meses de janeiro e julho. Rose Jarocki, empresária e pedagoga “A gente sempre quis que o carro chefe da empresa fossem os acampamentos e esse processo que a gente desenvolve com as escolas. Ainda temos uma grande possibilidade de trabalhar, porque hoje em dia, temos uma ocupação de apenas 30% da nossa capacidade. Nós temos nos dedicado cada vez mais a projetos escolares, projetos de formação com escolas, que são muito importantes no dia, no meio de tanta criança conectada em demasia, ansiosa em demasia, necessitando exatamente dessa proposta que a gente oferece. Em todos os nossos projetos, conseguimos desenvolver nas crianças e adolescentes autoestima, independência, confiança, responsabilidade e muitos outros construtos. Em todas as atividades, sejam jogos, dinâmicas, brincadeiras, trilhas ou oficinas, nós formamos, educamos e criamos laços fraternos”. CRESCIMENTO Nos últimos anos, a Cia do Lazer passou a ampliar o campo de atuação, desenvolvendo atividades em diversos seguimentos como treinamentos corporativos focados em ferramentas motivacionais e de liderança; projetos pedagógicos; formaturas; projetos com igrejas e iniciativas sociais; além dos já tradicionais acampamentos de férias, que atraem, por ano, nas duas temporadas (janeiro e julho), aproximadamente 350 crianças e adolescentes. Ao todo, as atividades promovidas pela empresa reúnem, anualmente, cerca de 5 mil pessoas. Número que, de acordo com a direção do espaço, figura longe da capacidade total de operação. Atualmente, o local opera com 40% da capacidade e a expectativa é chegar a 60% até o fim deste ano. “Estamos celebrando 35 anos, mas com foco nos 40. Nós passamos a intensificar o trabalho de vendas, possuímos uma equipe de comercial que tem atuado fortemente nas escolas. A gente tem potencializado e muito nossos processos e os nossos projetos pedagógicos. Além disso, temos recebido um volume cada vez maior de igrejas e parceiros, o que isso está potencializando esse aumento previsto da nossa capacidade”, destaca Jarocki. EXPANSÃO DA EQUIPE E ESTRUTURA Em seu corpo funcional, a Cia da Lazer emprega, atualmente, cerca de 60 pessoas, entre funcionários e prestadores de serviço. A expectativa é que nos próximos anos, com a construção de novos equipamentos nas dependências do espaço e a requalificação de alguns já existentes, o número de funcionários também seja ampliado. “Nossas perspectivas para os próximos cinco anos são as melhores possíveis. Demos início a um cronograma de ampliação da nossa estrutura, que visa, entre outras coisas, a construção de mais uma piscina para complementar o nosso parque aquático. Além disso, vamos construir alojamentos coletivos, semelhantes aos que já temos, mas de uma forma um pouco mais estruturada. Passaremos a contar com mais oito chalés, com uma capacidade de aproximadamente 100 pessoas, ao todo. A nossa quadra poliesportiva está sendo concluída. Nos próximos meses, ela entrará na fase de pintura e já estamos estudando a possibilidade de cobri-la. Isso vai dar uma outra visibilidade ao nosso espaço, com uma estrutura mais arrojada”, adianta a empresária. A próxima temporada de acampamentos educativos de férias ocorre no mês de julho de 2024 (duas temporadas, entre os dias 08 e 12, e entre os dias 17 e 21 de julho). As reservas podem ser feitas por meio do site: www.companhiadolazer.com.br ou pelos telefones: (81) 99127.9530 e (81) 99242.7435.

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Startup Day 2023 Usina de Arte

Usina de Arte sedia 10ª edição do Startup Day neste sábado (16)

Evento nacional do Sebrae para inovação nos negócios aterrissa pela segunda vez no equipamento cultural, em Água Preta, com programação que reúne mais de 20 atividades para o público da Mata Sul do Estado. Foto: Andrea Rego Barros Amanhã (16), das 8h30 às 17h, a Usina de Arte em Santa Terezinha, Água Preta, se tornará o epicentro das discussões sobre inovação e empreendedorismo ao sediar a 10ª edição do Startup Day. Este evento nacional, em parceria com o Sebrae e diversos agentes de inovação, reunirá mais de 700 inscritos para uma programação repleta de atividades, incluindo palestras, workshops e pitches. Figuras de destaque no cenário nacional, como Rodrigo Baggio, Eduardo Ferreira Lima e Karine Oliveira, estarão presentes compartilhando suas experiências e insights. A Usina de Arte não apenas é reconhecida por seu vasto acervo artístico, mas também por seu comprometimento com o desenvolvimento educacional e socioeconômico da região. Além de sediar o evento, a Usina tem investido em iniciativas como o FabLab Mata Sul, o primeiro laboratório de fabricação digital e empreendedorismo da região, e a Usina Academy, um curso de programação que oferece vagas gratuitas para capacitar indivíduos para a economia digital do século 21. A parceria com o Startup Day demonstra o engajamento da Usina em fomentar o ecossistema de startups e promover o diálogo sobre inovação. O Startup Day deste ano acontecerá simultaneamente em sete polos pernambucanos, do Litoral ao Sertão, reunindo mais de 2 mil agentes do ecossistema estadual. Com temas como Educação Empreendedora para periferias, cases de sucesso da Zona da Mata e Tecnologia e Mercado em destaque, o evento oferece uma oportunidade única para entender o papel das startups no crescimento econômico inovador, proporcionando insights valiosos através das experiências compartilhadas por líderes do setor. Bruna Pessôa de Queiroz, presidente da Usina de Arte "Estamos bastante entusiasmados em sediar por mais um ano o Startup Day aqui na Usina de Arte por ser um evento que não apenas destaca o potencial empreendedor da nossa região, mas também reafirma o compromisso do nosso projeto em ser um catalisador de mudanças positivas. Ao combinar arte, cultura, meio ambiente e tecnologia, estamos moldando um futuro mais promissor para a Zona da Mata Sul com novas possibilidades de geração de renda"

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Bruna Pedrosa

"Corbiniano é um artista ímpar e merecia estar em espaços sacralizados como os museus"

Bruna Pedrosa, curadora da exposição sobre o artista plástico conhecido por suas esculturas de figuras longilíneas em alumínio e pelo painel Revoluções Pernambucanas, fala da trajetória dele e da importância da sua obra. Também ressalta a necessidade dele ser mais reconhecido no Estado e no País. (Foto: Arnaldo Carvalho) A exposição 100 anos de Corbiniano Lins – A Festa! que está no shopping RioMar é uma excelente oportunidade para conhecer um pouco mais esse que é considerado um dos mais talentosos e importantes artistas plásticos de Pernambuco e do País. Negro, de origem humilde e nascido em Olinda, ele trabalhou com desenho, pintura, azulejaria, obra em arame, entalhe, gravura, serigrafia, tapeçaria, mas é mais identificado por suas esculturas. Elas foram produzidas com uma técnica muito particular, em que esculpia no isopor com faca de cozinha que era enterrado numa caixa de madeira, onde derramava o alumínio fundido. Os recifenses que não ouviram falar de Corbiniano, mas veem no dia a dia, monumentos criados por ele como Revoluções Pernambucanas, na Av. Cruz Cabugá, ou O Mascate, na Praça do Diário, ou mesmo algumas esculturas de mulheres na entrada de prédios da cidade, certamente vão reconhecer nas peças expostas seu traço fino e figuras longilíneas característicos do artista. Cláudia Santos conversou com a curadora da exposição Bruna Pedrosa, que falou sobre a mostra e a vida de Corbiniano. Ela destacou a participação dele no Ateliê Coletivo nos anos 1950, liderado por Abelardo da Hora, e que contava com artistas como Zé Claudio, Brennand e Samico. Apesar de sua importância, Bruna ressalta que Corbiniano ainda não desfruta de um reconhecimento como os demais colegas de seu tempo e credita isso ao racismo. Salienta, por exemplo, a lacuna existente em relação a livros sobre ele e o fato de suas obras não serem expostas em locais como museus. O que o público vai conferir nessa exposição, 100 anos de Corbiniano Lins - a Festa? Trouxemos um pouco de cada linguagem, uma pequena amostra de cada uma das técnicas desse artista que é conhecido pelas esculturas, mas tem outras linguagens e era bom em tudo. É impressionante! A festa — do título da exposição — remete à celebração do seu centenário e a um texto de Hermilo Borba Filho em um álbum com 10 serigrafias de Corbiniano que encontramos durante a pesquisa de curadoria. Neste álbum, intitulado Recife, de janeiro a janeiro, são retratadas manifestações da cultura popular, frevo, maracatu, caboclinhos, mostrando que somos um povo festeiro. Além do texto curatorial explicando essa temática, a exposição traz uma linha do tempo com marcos biográficos e principais obras, um texto chamado Técnicas e Temas e, em seguida, mostramos pelo menos uma obra de cada técnica usada por Corbiniano: desenho, pintura, azulejaria, obra em arame, entalhe, gravura, serigrafia, tapeçaria até chegar às esculturas. A figura feminina é bastante representada em suas esculturas em formas sinuosas e elegantes. Qual a relação das mulheres com a arte de Corbiniano Lins? O primeiro acesso dele ao universo artístico e artesanal da manualidade foi por meio das mulheres da família, que eram costureiras e trabalhavam com tapeçaria. Filho de um holandês que morreu quando ele tinha meses de vida, Corbiniano foi criado pela mãe e pelas tias e irmãs em Olinda. Começou a ajudá-las na tapeçaria aos 8 anos de idade e passou a se interessar pelo desenho copiando as gravuras dos tapetes. As mulheres foram importantíssimas nessa primeira formação, por isso ele tem uma relação forte com a representação da figura feminina. Quando adulto e mesmo casado, Corbiniano se relacionou afetivamente com muitas mulheres, era um boêmio como a maioria dos homens e artistas da época. Havia também as mulheres que posavam para seus desenhos e esculturas. Daí a diversidade de corpos em sua obra, mesmo predominando as figuras longilíneas, pernudas, de bumbum e seios fartos. Conviveu com mulheres artistas como Teresa Costa Rêgo e Ladjane Bandeira. Sempre expressou sua gratidão reconhecendo a importância de ter convivido com mulheres que também eram artesãs, artistas, em uma época ainda mais difícil que hoje, quando os homens sempre estavam à frente ocupando os espaços, sobretudo nas artes. Acho que tem essa admiração dele pelas mulheres dessa forma mais ampla possível, da mãe, às esposas, filhas, às modelos, às artistas, a todo o universo feminino com que ele conviveu tanto. Então, pelo fato dele estar rodeado de mulheres, de ouvi-las e observar suas personalidades conseguiu captar o universo feminino de forma profunda. Como foi sua trajetória artística? O primeiro contato com a arte foi, então, com a família, em Olinda? Sim, em Olinda, na primeira infância com as mulheres da casa, ele começa com tapeçaria e desenho. Na segunda infância, vai para o Recife e aprende outras técnicas, estudando em uma instituição pública federal, a Escola Técnica de Artes e Artífices. Na década de 1950, quando chega no Ateliê Coletivo, junto com Abelardo da Hora e outros artistas da época como Celina Lina Verde, passa do desenho para a arte tridimensional. Então, experimenta a escultura no barro, depois em terracota, em gesso e cimento até chegar à técnica da forma perdida, pela qual ele é mais conhecido. Nessa técnica, ele esculpia em tamanho natural no isopor usando uma faca de cozinha e palitos de churrasco, enterrava esse isopor numa caixa de madeira e derramava o alumínio, que ocupava o lugar do isopor se transformando nas famosas esculturas de alumínio fundido. Essa técnica vem da Europa, outros artistas já a usaram, mas poucos se identificaram tanto com ela quanto Corbiniano. Ele apaixona-se por ela, dando continuidade de forma mais profunda. Como um homem pobre, negro de Olinda, tornou-se um dos mais importantes artistas plásticos de Pernambuco e do Brasil? Por mérito da sua arte. Apesar de seu talento, sua trajetória é marcada por apagamentos do racismo. Há uma lacuna bibliográfica impressionante sobre ele, mesmo tendo esculturas e obras públicas espalhadas no Recife e em outros Estados que são cartões postais como A Sereia em Maceió e a Iracema em Fortaleza. É comum encontrarmos

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Feira de Holambra, na Tamarineira, acontece até o dia 24

A Ferreira Costa da Tamarineira voltou a receber a Feira de Holambra, com flores de diversas espécies, tamanhos e preços. O evento é uma oportunidade especial para conhecer novas plantas e levar um pouco da natureza para dentro de casa. O evento acontece até o dia 24 de março. Na Feira de Flores de Holambra é possível conhecer e adquirir cerca de 200 espécies de plantas e flores ornamentais, como Bonsai, orquídeas, suculentas, cactos e rosas do deserto, dentre outras variedades, que podem ser cultivadas tanto em ambientes internos quanto externos. Todos os produtos que fazem parte da exposição são comercializados a preços populares, a partir de R$ 5,00. E para os visitantes que ficarem na dúvida sobre quais as melhores plantas para sua casa, os floricultores oferecerão orientações no local.

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Brasil registra 10,6 mil feminicídios em oito anos

(Da Agência Brasil) De 2015 até 2023, foram vítimas de feminicídio no Brasil 10,6 mil mulheres, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). No ano passado, foram mortas 1,4 mil mulheres, de acordo com a pesquisa. O feminicídio é uma qualificação do crime de homicídio doloso, quando há a intenção de matar. É o assassinato decorrente de violência contra a mulher, em razão da condição do sexo ou quando demonstrado desprezo pela condição de mulher. A lei que instituiu o dispositivo foi sancionada em março de 2015. No ano passado, foram 1,46 mil vítimas desse tipo de crime no Brasil, o que representa uma taxa de 1,4 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. O número apresenta um crescimento de 1,6% em relação a 2022. Mato Grosso registrou a maior taxa de feminicídios, com 2,5 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Em números absolutos, foram 46 feminicídios no ano passado. São Paulo tem o maior número absoluto de feminicídios, com 221 casos em 2023. A taxa do estado, entretanto, é menor do que a média nacional, com uma morte para cada grupo de 100 mil mulheres. Em comparação com 2022, foi registrada alta de 13,3% no número de feminicídios no estado. O maior índice de crescimento de feminicídio foi registrado em Roraima, que passou de três para seis em 2023. A taxa no ano passado ficou em 1,9 mulheres para cada 100 mil. No Distrito Federal, houve crescimento de 78,9% nos feminicídios de 2022 para 2023, chegando a 34 casos no ano passado. Com a alta, a taxa chegou a 2,3 mortes para cada 100 mil mulheres. Em segundo lugar nas mais altas taxas de feminicídios estão os estados do Acre, Rondônia e Tocantins, com 2,4 mortes para cada 100 mil mulheres. No Acre, houve crescimento de 11,1% de um ano para o outro, registrando dez feminicídios no ano passado. Em Rondônia houve queda de 20,8% nesse tipo de crime, com 19 casos em 2023. Enquanto Tocantins teve um aumento de 28,6%, com 18 mortes no ano passado.

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Mundo tem recorde de calor no mês de fevereiro, segundo agência Copernicus

(Com informações da Agência Brasil) O Serviço de Alterações Climáticas Copernicus (C3S), órgão de monitoramento climático do programa espacial europeu, anunciou nesta quinta-feira (7) que fevereiro foi oficialmente o mês mais quente já registrado globalmente. Com uma média de temperatura do ar atingindo 13,54ºC, o mês superou a média para o período de 1991 a 2020 em 0,81ºC e ultrapassou o recorde anterior estabelecido em 206 por 0,32ºC. Desde junho de 2023, todos os meses têm registrado recordes históricos de temperatura, sinalizando uma tendência preocupante. O diretor do Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas, Carlo Buontempo, alertou sobre as implicações das concentrações crescentes de gases de efeito estufa, destacando que, sem estabilização, enfrentaremos inevitáveis novos recordes de temperatura global. Fevereiro registrou uma temperatura 1,77ºC superior à média estimada para o período pré-industrial (1850-1900), agravando ainda mais a situação. A tendência de aumento persiste, refletida na média global dos últimos 12 meses, que está 0,68ºC acima da média de 1991-2020 e 1,56ºC superior à média pré-industrial. As anomalias térmicas se estendem além das médias globais, com temperaturas europeias superando em 3,30ºC a média de fevereiro de 1991-2020. Além disso, áreas como o Norte da Sibéria, o centro e Noroeste da América do Norte, América do Sul, África e Oeste da Austrália também experimentaram temperaturas acima da média. O fenômeno El Niño, embora enfraquecido, contribui para a manutenção de altas temperaturas no ar marítimo global, atingindo uma média recorde de 21,06ºC em fevereiro. Em termos de precipitação, fevereiro trouxe variações extremas, com uma faixa úmida da Península Ibérica à Rússia ocidental, e uma área seca abrangendo países mediterrâneos, parte dos Bálcãs, Turquia, Islândia, Norte da Escandinávia e Rússia ocidental. As condições climáticas extremas se estenderam globalmente, destacando a urgência de ações para combater as mudanças climáticas.

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Carol Monteiro Marco Zero 1

A força da mídia independente no cenário da informação digital

Que a era das plataformas desmonetizou os veículos de comunicação e abriu caminho para muitos problemas relacionados à informação não é novidade. No entanto, a mesma onda que derrubou muitas corporações de mídia, fez emergir novas organizações e também empresas de geração de conteúdos desvinculadas de grupos políticos e de conglomerados empresariais. No cenário nacional, cases como o The Intercept Brasil, o Nexo e a Agência Pública já têm notoriedade com grandes coberturas. Mas, no Nordeste e em Pernambuco há experiências relevantes de geração de conteúdo jornalístico, como a agência Marco Zero (no Recife), a Agência Tatu (em Alagoas) e o Eco Nordeste (em Fortaleza). A maioria dessas organizações se reúnem na Ajor (Associação de Jornalismo Digital), criada em 2021. Carolina Monteiro, que é presidente do conselho executivo e deliberativo da Ajor, professora da Unicap e uma das fundadoras da Marco Zero Conteúdo, destaca a pluralidade de vozes e de segmentos que esse jornalismo independente tem ecoado. “A mídia independente traz uma representatividade, ao permitir que grupos e pessoas que são invisibilizadas e historicamente não tiveram tanto espaço nas mídias tradicionais, possam não só ser fontes, como criar os seus próprios veículos e produzir o seu conteúdo. Mas há também o jornalístico investigativo, que é caro, importante e precisa ser praticado por jornalistas experientes. Esse jornalismo, que vejo sendo muito pouco praticado pela mídia tradicional, está sendo feito majoritariamente no Brasil pela mídia independente”. Essas novas mídias estão, dessa forma, ocupando um vácuo deixado pelos veículos mais tradicionais. Um exemplo disso é o avanço dos veículos independentes sobre os desertos de notícias, que são os lugares do País onde já não existe produção de conteúdo jornalístico. Ao mesmo tempo em que a era da plataformização contribuiu para acabar com muitos jornais e rádios no interior, ao captar as verbas de publicidade que iriam para essas empresas, as novas possibilidades de produção e circulação de conteúdos digitais abriram espaço para o nascimento dessas organizações mesmo nas "áreas desérticas". Sem a necessidade de impressão ou grandes gastos com transmissão, são abertos mesmo nos rincões do País, alguns desses canais, com poucos recursos de operação e com novas propostas de informação. Integram o campo da mídia independente desde organizações com fins lucrativos, a exemplo de startups, como instituições sem fins lucrativos, como cooperativas e ONGs. Além de ocuparem o debate nas grandes metrópoles, Carolina ressalta que muitas dessas novas mídias nasceram das periferias e de grupos historicamente sub-representados pela imprensa tradicional. “São organizações que têm vários meios e formas de distribuição, como newsletters, que têm um papel de curadoria muito importante. Há também as agências de fact checking, que surgem em razão das fake news. Há organizações de nicho e de conteúdos muito específicos, como jornalismo que trata só sobre infância ou só como a gente se relaciona com a alimentação. Quando olhamos só as 140 associadas da Ajor, encontramos uma diversidade enorme de formatos, de territórios e de organizações”, explica Carolina Monteiro. Embora já estejam construindo sua audiência de notícias, com produções de interesse público, um dos desafios dessas mídias é se tornarem mais conhecidas. Outro desafio considerável é formulação de estratégias para a sustentabilidade financeira dessas organizações. A pesquisadora afirma que os caminhos que estão sendo costurados são para a garantia de políticas públicas para fomento dessa produção de conteúdo, a exemplo do que acontece com a cultura. O que está no radar de desejo, porém, é o sustento por parte dos leitores, mas sem restringir o acesso à informação aos que não têm condições financeiras de pagar uma assinatura. É possível conferir a lista de todos os associados da Ajor no site: https://ajor.org.br

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Mario Ribeiro

"Solano Trindade é um grande expoente da literatura negra e as pessoas pouco o conhecem"

Mário Ribeiro, Historiador da UPE, fala da vida e obra do autor do poema Tem gente com fome, que foi pioneiro na militância contra o racismo e na criação de uma arte voltada a retratar a realidade da população negra e que este ano completa cinco décadas da sua morte. Poeta, folclorista, pintor, ator, teatrólogo, cineasta e militante do movimento negro, o pernambucano Solano Trindade tem uma biografia densa. Foi um dos organizadores e idealizadores do 1º Congresso Afro-Brasileiro, realizado em 1934 no Recife e liderado por Gilberto Freyre. No Rio de Janeiro fundou, com o ator, escritor e sambista Haroldo Costa, o Teatro Folclórico Brasileiro. No ano seguinte participou do antológico Teatro Experimental do Negro, projeto idealizado por Abdias Nascimento com a proposta de valorizar o negro e a cultura afro-brasileira e também lançar um novo estilo dramatúrgico. Com o amigo Abdias, criou ainda o Comitê Democrático Afro-brasileiro que se estabeleceu como o braço político do TEN. Sua poesia, forte e criativa, aborda a condição da população negra e retrata uma realidade que permanece atual. Apesar de toda a importância da sua obra e do seu pioneirismo no combate ao racismo no País, Solano Trindade permanece desconhecido no Brasil, mesmo em sua terra, o Recife. Para analisar a importância do poeta pernambucano, Cláudia Santos conversou com o historiador e professor da graduação e pós-graduação da UPE (Universidade de Pernambuco) Mário Ribeiro. Quando Ribeiro estagiava na Casa do Carnaval – situada no Bairro de São José, onde Solano Trindade nasceu – conheceu a escritora negra Inaldete Pinheiro, que lhe apresentou a história de Solano Trindade. Hoje, ele recorre ao poeta em suas aulas, criticando e combatendo o apagamento do protagonismo negro na literatura, na história, na cultura, na política, na vida social como um todo. “A gente precisa investir nesse canal de transformação que é a escola”, propõe. Solano Trindade é um dos pioneiros na valorização da cultura afro-brasileira e da militância no movimento negro. Fale um pouco sobre a vida dele no Recife. Ele nasceu em 1908, no Bairro de São José. Localizado na zona portuária, próximo ao mercado público, à antiga Prainha de Santa Rita, o bairro é o mais preto do Centro do Recife, principalmente no contexto em que Solano nasceu. Por ali circulavam pescadores, vendedores ambulantes e pessoas desempregadas. Até hoje, há ecos dos tempos em que se vivia de pesca naquele entorno, como pescadores vendendo peixe e camarão na beira do rio e na entrada de algumas ruas. O Recife está mergulhado em mangue, no bairro de São José, há ruas e becos com nomes de peixes. Foi nesse contexto que Solano Trindade nasceu, um ambiente de trabalhadores pobres, pessoas pretas, na sua maioria, vivendo a grande efervescência das manifestações culturais. Muitos clubes de frevo, caboclinhos e maracatus surgiram ou tinham sedes por ali. O pai dele era sapateiro e tinha paixão pela cultura popular, a brincadeira do bumba meu boi, o presépio, ele era o velho do pastoril. Então, Solano se aproxima dessas culturas populares por meio do pai. A mãe, para quem Solano lia literatura de cordel, segundo algumas versões, era dona de casa e, de acordo com outras, trabalhava numa fábrica. Ele é um dos percussores do movimento negro no País. Era um estudioso que lia, pesquisava e trazia essa relação de África com o Brasil por meio do seu trabalho, e isso está presente em vários de seus poemas. Em vida, publicou quatro livros, um deles, O Poema de Uma Vida Inteira, foi apreendido pelo Estado Novo num período de grande perseguição e cerceamento daquelas pessoas e práticas consideradas desordeiras ou prejudiciais à ordem e ao bom funcionamento do Estado. Em um de seus poemas chamado Sou Negro, ele diz assim: Sou negro/ meus avós foram queimados/ pelo sol da África/ minhalma recebeu o batismo dos tambores/ atabaques, gongôs e agogôs/ Contaram-me que meus avós vieram de Luanda/ como mercadoria de baixo preço/ plantaram cana pro senhor de engenho novo/ e fundaram o primeiro Maracatu/ Depois meu avô brigou como um danado/ nas terras de Zumbi/ Era valente como o quê/ Na capoeira ou na faca/ escreveu não leu o pau comeu/ Não foi um pai João/ humilde e manso/ Mesmo vovó não foi de brincadeira/ Na guerra dos Malês/ ela se destacou/ Na minhalma ficou/ o samba/ o batuque/ o bamboleio/ e o desejo de libertação. Há muito da ancestralidade e da vivência em sua obra? Sim. Percebe-se um conhecimento dessa ancestralidade e oralidade na obra de Solano, porque muito do que ele escrevia era fruto do que ouvia e via. Então, a vivência e a memória estão muito presentes. O poema Pregões do Recife Antigo, por exemplo, traz o que ele ouvia passando pelo bairro de São José. Há um trecho que diz assim: Ei munguzá/ tá quentinho o munguzá/ istá bom, ispiciá/ de manhã bem cedinho a preta gingando enche de música o bairro de São José/ lá vem o cuscuzeiro/ cuscuz, cuscuz de milho/ e quando o sol vem iluminar a cidade/ as ruas se enchem de balaieiros/ enchendo de ritmo a beleza da terra/ é doce, é doce o abacaxi/ é doce, é doce e é barato. E aí segue falando do vendedor de banana, de manga, de sapoti, de jaca, de cajá. Ele traz, nos seus poemas, esses pregões que eram cantados por trabalhadores da rua, e isso garante sonoridade, musicalidade, presentes até mesmo em obras de denúncia, de crítica, como no poema Tem gente com fome, em que o trem sujo da Leopoldina vai passando pelas estações no Rio de Janeiro, de Caxias até os lugares para os quais ele se deslocava. E vai mostrando pessoas com semblante triste, com fome. É uma grande denúncia da desigualdade social e racial, pois não há como falar de relações étnico-raciais separando o social do racial, a cor da fome é preta, a gente sabe disso. Esse poema, por mais forte que seja, traz essa musicalidade com uma sequência de repetições. Tanto é que esse poema

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Coluna de Mário Neto e volta do Pernambucast marcam os 18 anos da Algomais

A Algomais chega à sua maioridade com presentes para os leitores. Uma novidade das nossas edições digitais será a coluna SobreTudo, assinada pelo jornalista e apresentador Mário Neto. Outra inovação para celebrar os 18 anos será uma edição especial do Pernambucast, podcast/vídeocast da Algomais, que será retomado com uma temporada especial temática sobre gestão, carreiras e vida profissional. Com 35 anos de jornalismo profissional, entre as grandes emissoras de TV e rádio de Pernambuco, Mário Neto passa a assinar mensalmente a coluna SobreTudo, que será publicada na edição semanal da Algomais, com republicação no site e nas redes sociais. “A SobreTudo será um espaço para falar de economia, política, comportamento, com informações relevantes e curiosas, conteúdos de interesse do público dos leitores da Algomais”, conta o novo colunista. A volta do Pernambucast é um desejo antigo da redação e dos leitores que se concretiza neste semestre. Os programas serão veiculados no Youtube, Spotify e principais plataformas de podcasts. A temporada contará com entrevistas de temas relacionados a gestão, carreiras e vida profissional, realizadas pela redação da Algomais com os sócios da TGI Consultoria, especializada no tema. UM POUCO DE HISTÓRIA Muitas transformações aconteceram de março de 2006 para cá. A revista nasceu com uma circulação de 6 mil exemplares impressos, principalmente para os públicos A e B, defendendo sempre os interesses de Pernambuco. As pautas abordam notícias relacionadas a economia, urbanismo, cultura e saúde, em suas diversas ramificações. Nessas quase duas décadas, a Algomais se diferenciou por produzir um jornalismo de soluções, com pautas propositivas e foco na resolução dos principais problemas do Estado. Nessa trajetória de influenciar o debate público local, a revista cobriu os primeiros passos do projeto Parque Capibaribe (dentro da cobertura do movimento O Recife que Precisamos, nas eleições municipais de 2012). Dentro da sua trajetória, a revista inovou também ao tratar da paradiplomacia, a partir de 2016, que avançou no Estado e no município. No ano passado, a cobertura da amputação do trecho pernambucano da Transnordestina incendiou o debate na comunidade empresarial, chegando ao campo político. A mobilização pernambucana em torno da pauta da ferrovia mudou o direcionamento das políticas públicas de integração regional que caminhavam para alijar Pernambuco dessa importante ferrovia. PREMIAÇÕES A atuação em defesa dos temas estratégicos do Estado levou a Revista Algomais a receber muitos prêmios jornalísticos nos últimos anos. A redação foi agraciada com prêmios da Fiepe, do Cristina Tavares, da Urbana-PE, de Turismo de Pernambuco, do Sebrae, da Fecomércio PE, da Ademi-PE, entre outros. A revista foi finalista em alguns dos principais prêmios nacionais, como o CNH (de economia), Estácio (de ensino superior) e do FEAC (desenvolvimento social). TRANSIÇÃO DIGITAL Durante a fase impressa, ininterrupta e mensal por 14 anos, a Algomais chegou a ter uma tiragem de 25 mil exemplares. Diante das transformações da sociedade e do consumo de notícias, a transição do impresso para o digital aconteceu em 2020, no início da pandemia. Deixamos de ser uma revista impressa e mensal para termos edições semanais, que circulam para nossos assinantes por email e pelo WhatsApp. “Vale ressaltar que nesses 18 anos, sempre trabalhamos tendo como norte a nossa Carta de Princípios que traz valores como independência, sinceridade e direito ao contraditório na atuação jornalística“, destaca a editora da Algomais Cláudia Santos. “Trata-se de um posicionamento importante porque, apesar de todas as transformações que o setor de comunicação vivenciou, principalmente no campo tecnológico, acreditamos que a credibilidade ainda é o insumo mais precioso do jornalismo”.

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