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Trem do Forró 2025: edição histórica promete agitar o São João com lotações esgotadas e data extra

Evento tradicional do Recife celebra 35 anos com grande procura de ingressos, turistas de todo o Brasil e impacto positivo na economia local A 35ª edição do Trem do Forró, um dos eventos mais emblemáticos do São João de Pernambuco, promete bater recorde de público em 2025. Com seis datas já anunciadas e duas completamente esgotadas (14 e 21 de junho), a organização confirmou uma viagem extra no dia 28 para atender à alta demanda. A expectativa é receber cerca de 5 mil pessoas ao longo das sete saídas programadas. O passeio, que parte do Recife em direção ao Cabo de Santo Agostinho, percorre 84 km ao som de muito forró pé-de-serra, xote, xaxado e baião. Criado em 1991 e transformado em evento turístico em 2001, o Trem do Forró é hoje uma experiência que une cultura, música e turismo. O passeio inclui apresentações de trios de forró em cada vagão, parada no Cabo com festas e comidas típicas e retorno animado à capital. Em 2023, o trem foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Recife, consolidando sua importância no calendário junino da cidade. “O Trem do Forró já faz parte do calendário junino de Pernambuco e é, sem dúvida, uma das festas mais queridas do Recife nesse período”, afirma o idealizador Anderson Pacheco. Além das vendas avulsas, há pacotes especiais para grupos e empresas, que utilizam o evento para confraternizações e ações de incentivo. Cerca de 30% do público é formado por turistas de estados como Bahia, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. A atração gera impacto econômico significativo, com movimentação de cerca de R$ 3 milhões no Recife e R$ 600 mil no Cabo de Santo Agostinho, além da geração de aproximadamente 250 empregos diretos e indiretos. A experiência é completa e inclui pulseira, camisa, música ao vivo, bar nos vagões e uma recepção festiva no Cabo com quadrilha junina, apresentações culturais e gastronomia regional. Os ingressos custam R$ 220 (valor único) e já estão à venda no site oficial e nos quiosques do Ticket Folia. Serviço: Trem do Forró 2025📅 Datas: 07, 08, 14, 15, 21, 22 e 28 de junho🎟 Ingressos: R$220 (valor único)📍 Onde comprar: www.tremdoforro.com.br e nos quiosques do Ticket Folia nos shoppings Riomar e Boa Vista📞 Informações: (81) 9 9911.2763 / (81) 3314.9004

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CMN prorroga financiamentos do Fundo Constitucional do Nordeste

Operações de crédito de 2022 serão estendidas em 48 meses (Da Agência Brasil) A continuidade da seca no semiárido nordestino fez o Conselho Monetário Nacional (CMN) estender a prorrogação de financiamentos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE). As linhas de crédito concedidas entre 2 de janeiro e 31 de julho de 2022 para agricultores familiares, mini e pequenos produtores rurais serão estendidas por 48 meses. Haverá uma carência de 12 meses, com o tomador recomeçando a pagar as parcelas depois desse prazo. A medida beneficiará as operações de crédito de custeio agrícola e pecuário nos municípios da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) afetados pela seca. Os produtores rurais afetados pela seca poderão formalizar o pedido de renegociação até 31 de maio. Até a próxima segunda-feira (7), o tomador precisará comprovar que tenha sido prejudicado por seca ou estiagem nos municípios da Sudene com situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo governo federal. Em nota, o Ministério da Fazenda informou que a ajuda foi necessária porque a estiagem prolongou-se no semiárido nordestino. Segundo a pasta, o evento climático dificultou a recuperação da capacidade de pagamento de vários produtores rurais e agricultores familiares nos municípios atendidos pela Sudene. Como o os financiamentos concedidos em 2022 venceram no primeiro trimestre deste ano, as operações de crédito, explicou a Fazenda, não puderam ser renegociadas com base nas ajudas do CMN concedidas em fevereiro de 2024 e em fevereiro deste ano. A medida foi aprovada em reunião extraordinária virtual do CMN nesta sexta. Presidido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o CMN também é composto pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

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Investimento para desenvolver: Paulo Câmara discute crescimento do crédito para a região Nordeste

Em encontro do projeto Pernambuco em Perspectiva, o presidente do BNB mostrou dados do crescimento expressivo da concessão de crédito na gestão do atual Governo Federal, mas ressaltou a necessidade de ampliar as alternativas de investimento, como as PPPs *Por Rafael Dantas / Fotos: Tom Cabral Para superar os déficits históricos sociais e de infraestrutura, o Nordeste precisa de muito investimento. Diante da escassez de recursos públicos e dos desafios da transição tecnológica e da descarbonização que o mundo atravessa, o projeto Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo recebeu o presidente do Banco do Nordeste do Brasil, Paulo Câmara, para analisar as fórmulas para resolver essa equação do desenvolvimento do Estado. O evento, realizado pela Revista Algomais e pela Rede Gestão, com o patrocínio do BNB e do Governo Federal, apresentou o cenário de crescimento do crédito na região e destacou a necessidade do avanço das PPPs (parcerias público-privadas) para tracionar os investimentos. Em paralelo, o ex-governador pontuou ameaças que estão no horizonte do médio prazo, como o fim dos incentivos fiscais encaminhado pela Reforma Tributária. EXPANSÃO DO CRÉDITO Após os desafios impostos pela pandemia e as tensões políticas com o Nordeste durante o Governo Bolsonaro, o Banco do Nordeste apresentou um crescimento expressivo. No biênio 2023-2024, a média de contratações em Pernambuco alcançou R$ 6 bilhões, superando os R$ 3,8 bilhões registrados entre 2019 e 2022. Considerando toda a região, o crescimento no mesmo período foi de 41%. Para se ter ideia do salto, em 2024, o banco desembolsou R$ 60,6 bilhões. São 23% acima de 2022, último ano antes da troca de gestão. Quando comparado com 2019, o avanço é de 72%. Um recorde de movimentação na história da instituição que atende os nove estados do Nordeste, além do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Na contabilização do desempenho nesses dois anos à frente da gestão do BNB, Paulo Câmara ressaltou a participação da instituição em setores estratégicos para a região, como turismo, infraestrutura e agropecuária. Além desse destaque da pauta do crédito, o banco de fomento tem uma forte atuação no microcrédito, que estimula o empreendedorismo entre os micros e pequenos produtores. “Crédito é uma força motriz muito forte tanto para geração de renda, como para geração de emprego. O BNB participa disso. É um banco muito ligado ao desenvolvimento regional, temos os dois maiores programas de microcrédito do País: o Agroamigo e CrediAmigo. Além disso, administramos o FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste), que teve valores recordes do ano passado, e somos executores de outros programas governamentais também”, elencou Paulo Câmara. Apenas no FNE, que é o instrumento financeiro da Política Nacional de Desenvolvimento Regional, o montante total de contratações de operações de crédito em 2024 foi de R$ 44,8 bilhões, representando um aumento de 39% em relação a 2022. No Crediamigo (linha de microcrédito produtivo e orientado) foram contratados R$ 12,1 bilhões, enquanto o Agroamigo (voltado para agricultores familiares) alcançou R$ 8,6 bilhões, com avanços respectivamente de 13% e de 125%. FOMENTO E SETORES ESTRATÉGICOS Do total de créditos de longo prazo no Nordeste, 49,7% são operados pelo Banco do Nordeste. Dentro dos setores industrial e comercial chega a 52,5%. O perfil de quem toma esse tipo de operação inclui principalmente empresas, produtores rurais e empreendedores que buscam financiamento para expansão, modernização e infraestrutura, em busca de prazos estendidos e taxas reduzidas. Na lista de setores apoiados pelo FNE, há uma percepção de onde estão as oportunidades de desenvolvimento da região. Há programas voltados para a indústria, investimento em energia solar, infraestrutura, turismo, entre outros. Em um período de estímulo à reindustrialização no País, com o programa Nova Indústria Brasil, e de empreendimentos de grande porte para produção de energias renováveis, a da fluidez das políticas de financiamento é fundamental para tirar os projetos do papel. “O Nordeste é o maior produtor de energia renovável. Hoje a região é exportadora e avançou muito em muitos setores estruturadores importantes, como nos portos e aeroportos” , exemplificou Paulo Câmara, mencionando ainda setores como o saneamento, as rodovias e a ferrovia. Especialmente em infraestrutura, a região acompanha a construção da Transnordestina, um empreendimento marcado por anos de atraso. Anunciado em 2006, o projeto avança atualmente rumo ao Porto de Pecém sob responsabilidade da concessionária encarregada. Já o trecho Salgueiro-Suape, retirado do plano nos últimos momentos do Governo Bolsonaro, está agora sob gestão da Infra SA, com previsão de retomada das atividades ainda neste ano. As instituições e instrumentos de fomento e de desenvolvimento regional são fundamentais para que a ferrovia se torne realidade. Durante a apresentação prévia da palestra, o consultor Francisco Cunha, sócio da TGI, destacou a discrepância entre a experiência da região e da China em relação às linhas férreas. Enquanto o Nordeste viu a sua malha ferroviária praticamente desaparecer após a concessão à iniciativa privada no final dos anos 90 e aguardar há quase 19 anos a conclusão da Transnordestina, o gigante asiático, em pouco mais de uma década, multiplicou a quantidade de conexões ferroviárias. “Não é só a Transnordestina que está faltando, mas toda a secular malha ferroviária do Nordeste. Se a exclusão da ferrovia até Suape não for revertida, todo o Nordeste oriental (Rio Grande do Norte até Alagoas) estará alijado do modal ferroviário nacional para sempre”, alertou. Questionado no momento das perguntas dos participantes sobre os caminhos para financiar a ferrovia em Pernambuco, Paulo Câmara reafirmou que o Governo Federal assumiu a responsabilidade para fazer os projetos. Porém, para dar celeridade, ele considera que é necessário ter esforços de todos os atores locais para buscar parcerias. “Parcerias são fundamentais para um negócio como a Transnordestina. Essa equação financeira precisa ser muito bem trabalhada, pois uma obra estruturadora como essa precisa de uma atenção especial”. Ele afirmou que o BNB tem investido no setor e que o ramal para Pecém, no Ceará, já tem sido beneficiado. PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS Além de destacar os avanços do BNB e a parceria com outras instituições de fomento, como o BNDES (Banco

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Paulo Câmara destaca o papel do crédito no desenvolvimento regional

No evento Pernambuco em Perspectiva, o presidente do Banco do Nordeste destacou a importância dos investimentos em infraestrutura e das parcerias para impulsionar o crescimento do estado. Foto: Tom Cabral O presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara, foi o palestrante do primeiro encontro do ano do projeto Pernambuco em Perspectiva. Na pauta estava o tema Como financiar o desenvolvimento de Pernambuco com falta de recursos para investimento. Diante de um auditório repleto de empresários, gestores públicos e especialistas, o executivo destacou o crescimento da instituição nos últimos dois anos e avalia um cenário mais otimista de avanço da região, após anos de crises econômicas, sanitárias e políticas no Brasil. O encontro foi mediado pelo sócio da TGI Ricardo de Almeida e contou também com uma apresentação de Francisco Cunha sobre o esgotamento do ciclo de desenvolvimento do Estado e da necessidade de formulação de um novo modelo para as próximas décadas. Em sua fala, Paulo Câmara destacou os desafios enfrentados nos últimos anos, como crises econômicas e políticas, além da pandemia, e ressaltou a recuperação recente do país, com crescimento econômico e queda do desemprego. Ele enfatizou a importância do crédito como ferramenta essencial para impulsionar o desenvolvimento do estado e reduzir desigualdades, especialmente no semiárido. Também apresentou o papel do Banco do Nordeste nesse cenário, ressaltando investimentos em setores estratégicos, como infraestrutura, agricultura e turismo, além do fortalecimento de microcréditos e apoio às pequenas empresas. Entre os diversos números de destaque apresentados está o salto impressionante de 41% no volume de contratações de créditos, quando se observa o biênio 2023-2024, em comparação com 2021-2022, passando de R$ 42,5 bilhões entre 2019 e 2022 para R$ 59,9 bilhões. O evento reforçou a necessidade de colaboração entre os setores público e privado para viabilizar novos projetos e garantir que Pernambuco continue avançando. Temas como exportação, inovação e financiamento sustentável também foram abordados, evidenciando o compromisso com um modelo de desenvolvimento conectado às tendências globais. Com um público engajado e uma programação alinhada aos desafios do estado, o Pernambuco em Perspectiva reafirmou seu papel como um espaço para a construção de soluções e parcerias para o futuro pernambucano. A Algomais publica a cobertura completa do evento na edição deste final de semana. Confira os conteúdos do encontro Pernambuco em Perspectiva: 🔹 Apresentações em slides.🔹 Matéria publicada na revista Algomais.

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Turismo de Pernambuco apresenta forte crescimento em 2024

Setor teve aumento de receita de 10% em comparação a 2023 e prevê um 2025 igualmente promissor, em razão de novas conexões aéreas, investimentos hoteleiros e o bom momento do setor de negócios. Foto: Vinicius Lubambo *Por Rafael Dantas O turismo de Pernambuco vive um período de forte aquecimento. E não é apenas o verão que está esquentando a movimentação dos hotéis e dos serviços de lazer do Estado. Com a oferta crescente de conexões aéreas, tendo o aeroporto mais movimentado do Nordeste, e a estruturação dos principais destinos, a Terra dos Altos Coqueiros figura como protagonista em várias listas de desejos dos visitantes do País. De acordo com o Prêmio Melhores Destinos, Porto de Galinhas foi apontado como o segundo melhor destino de praia do Brasil. No ranking do Booking de preferência de viagens para o Natal e Ano Novo, Fernando de Noronha e Porto de Galinhas estão, respectivamente, em segundo e em terceiro lugar. E na lista de desejos para viajar no próximo ano, em pesquisa do Ministério do Turismo, em parceria com o Instituto de Pesquisa de Reputação e Imagem, Pernambuco apareceu em quinto lugar nacional. Se Porto de Galinhas desponta como a joia da coroa, a capital pernambucana também surge com força em algumas pesquisas. No levantamento da Embratur e da Decolar sobre a busca dos turistas estrangeiros, o Recife ficou em segundo lugar em todo o País. Os bons ventos para o setor, porém, estão distribuídos também nos destinos do interior, em novos roteiros que estão despontando e em segmentos, como das viagens de negócios e eventos. Mudam as metodologias e os recortes, mas o interesse pelos principais destinos do Estado já está visível nos números consolidados do setor. O Índice da Atividade Turística divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que entre janeiro e setembro, a receita do setor foi 38,8% superior à do período pré-pandemia. O crescimento entre 2023 e 2024 foi de 10,2%. LIDERANÇA REGIONAL DE VOOS Uma das receitas desse sucesso é a força do setor aéreo. Além de ter um hub da Azul, Pernambuco registra um avanço da malha aérea desde a reabertura da pandemia. “Temos o dobro de voos de Fortaleza e uma vez e meia a mais que Salvador”, destacou o presidente da Empetur, Eduardo Loyo. O grande volume desses voos é nacional, mas as conexões com o exterior estão em andamento. Mesmo ainda abaixo do período pré-pandemia, Pernambuco já consegue se conectar com os Estados Unidos, a Argentina, Portugal, além dos recentes voos para o Paraguai e para o Chile. É a volta do turismo internacional a bola da vez esperada pelo setor hoteleiro. Durante o Visit PE Travel Show, o presidente do Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau, Otaviano Maroja, destacou a importância dessas conexões para atrair o turista. “O mercado sul-americano é muito bem-atendido com voos para o Caribe, mais que para o Nordeste. Então, esses operadores estão sempre negociando as melhores condições para trazer esses clientes. E é muito importante para a gente ter esse cliente o ano todo, com voos para o ano inteiro”. Ele revela o potencial de atração que Porto de Galinhas passa a ter com o voo direto Recife — Santiago, recém-inaugurado. A demanda do turista pernambucano, inclusive, de conhecer a capital chilena fortalece esse voo, visto que as companhias têm compradores nos dois sentidos da viagem. Entre os meses de janeiro e outubro de 2024, Pernambuco recebeu 44.467 visitantes estrangeiros, segundo a Empetur. Os principais mercados emissores internacionais foram Portugal (27,12%), Uruguai (19,52%), Argentina (16,98%), Itália (5,98%) e Alemanha (5,98%). A retomada da malha aérea internacional é o foco do setor, segundo Eduardo Tiburtius, presidente da Associação de Hotéis de Porto de Galinhas. “O turista doméstico já voltou completamente, após a pandemia. Agora temos mais volume de voos do que antes de 2019. Mas o internacional, ainda não. Chegamos a ter oito voos semanais na alta temporada da Argentina, hoje temos três”, comparou o empresário. “O turismo é um processo, vendemos o futuro e isso demanda um certo tempo. Mas neste ano nossos focos são Santiago, que está acostumado a ir para o Caribe e Estados Unidos, mas vem pouco ao Nordeste. Assunção também tem se mostrado um mercado muito interessante, com 100% vendido”, declarou Tiburtius. Marcando presença no evento, a governadora Raquel Lyra garantiu também a melhoria da infraestrutura do aeroporto de Fernando de Noronha. O terminal aéreo tem recebido apenas aviões de menor porte (até 70 lugares) até a conclusão dos trabalhos. Assim que tiver seu aeroporto requalificado, o arquipélago poderá receber aviões maiores e já tem a garantia de um voo direto vindo de Guarulhos, já pactuado com a Latam. “As obras do Aeroporto de Noronha estão andando bem, demoraram mais pela falta do material com que se faz o asfaltamento da pista. No máximo em janeiro, a gente entrega e junto será feita a requalificação, será um novo aeroporto para os turistas”, assegurou Raquel Lyra. Ela destacou ainda a conquista de uma parceria com o Ministério dos Transportes para refazer as vias urbanas da cidade. Ela prometeu também lançar um novo projeto de saneamento para o arquipélago. “As ilhas de Fernando de Noronha são pérolas que servem para atração de turistas também para outras regiões do Estado”. Para os próximos dois anos, há uma expectativa também no recente anúncio do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Ao lado do ministro do Turismo, Celso Sabino, ele anunciou o investimento de R$ 63,6 milhões na promoção internacional dos destinos do Nordeste. O aporte faz parte do Pati (Programa de Aceleração do Turismo Internacional), que espera gerar 500 mil novos assentos no período de um ano. PORTO DE GALINHAS EM DESTAQUE De acordo com o diretor de vendas da plataforma Omnibees, Rodolfo Delphorno, Porto de Galinhas é o único destino que supera a capital em número de reservas entre todos os principais Estados do Brasil. A plataforma registrou 222,7 milhões de pesquisas para a alta estação. O balneário tem uma estadia

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Quais as oportunidades para Pernambuco no cenário do Nordeste?

Em palestra do projeto Pernambuco em Perspectiva, realizada pela Algomais e pela Rede Gestão, o superintendente da Sudene, Danilo Cabral anunciou que a região vai crescer acima da média nacional, mas o Estado precisa de união e mobilização para aproveitar os investimentos *Por Rafael Dantas | Fotos: Tom Cabral O PIB do Nordeste está reagindo e promete voltar a crescer acima da média nacional. Em um contexto de aumento dos investimentos federais na região, além de grande interesse privado nos setores de energia e infraestrutura, o Estado tem oportunidades visíveis para construir um novo ciclo de desenvolvimento. No evento de agosto do projeto Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo, realizado pela Revista Algomais e pela Rede Gestão, o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destacou alguns dos principais potenciais de crescimento mas revelou também o cenário preocupante de redução do protagonismo dos pernambucanos na economia regional. Os nove Estados da região Nordeste respondem por 13,8% do Produto Interno Bruto do Brasil (ano de 2021, último com números divulgados), embora abriguem cerca de 26,9% da população brasileira, segundo o Censo 2022. Apesar dessa disparidade, várias consultorias projetam um crescimento econômico na região superior à média nacional nos próximos anos. A Tendências, por exemplo, estima que o Nordeste terá um avanço anual de 3,4% entre 2026 e 2034, superando a expectativa média de 2,5% para o Brasil no mesmo período. Danilo Cabral ressaltou a elevação do volume de investimentos destinados à região, como o FNE (Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste) e o FDNE (Fundo do Desenvolvimento do Nordeste). Enquanto o primeiro tem R$ 39 bilhões, dividido em 20 linhas de crédito, o segundo em 2023 liberou R$ 2,46 bilhões e atualmente detém um orçamento de R$ 1,1 bilhão. Esses números e um conjunto de outros programas e parcerias da instituição revelam uma nova vitalidade da Sudene, que ainda é pouco conhecida pela sociedade. Há ainda diversos outros instrumentos de incentivo ao desenvolvimento regional em andamento dentro da superintendência. “É preciso desconcentrar o crescimento do País (entre as regiões) e dentro do Nordeste, também, porque ficou muito centralizado na beira do mar. É preciso levar para o interior e consolidar um conjunto de cidades policêntricas, com crescimento que transborda para os municípios próximos. Em Pernambuco, por exemplo, Serra Talhada é uma cidade com essa característica. Quando ela cresce, a borda do Pajeú cresce também”, afirmou Danilo Cabral. Além de uma melhor distribuição geográfica do crescimento do País, com foco na redução das desigualdades, o superintendente destacou ainda uma preocupação acerca do tipo desse desenvolvimento. O foco de atração de investimentos e de criação de novos polos deve ser conectado com as tendências globais. “Os eixos com que queremos atuar dialogam com a pauta do mundo de hoje. Queremos um desenvolvimento sustentável, que trabalhe a inovação, o meio ambiente, a infraestrutura, a educação e o desenvolvimento social e produtivo, além da capacidade de governança”, destacou Danilo Cabral. Essas diretrizes estão no Plano Regional do Desenvolvimento Nordeste que orienta as políticas e projetos da instituição. INDÚSTRIA NO HORIZONTE DA REGIÃO O novo ciclo de desenvolvimento do Nordeste deve ser puxado pelo setor industrial, segundo a Consultoria Tendências. A estimativa é que o PIB Industrial cresça 4,3% entre 2026 a 2034. Muito dessa estimativa vem dos anúncios feitos pelo Governo Federal com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o Nova Indústria Brasil. Em ambos a Região tem um papel de destaque, com boas parcelas do orçamento. No PAC, do total de R$ 1,7 trilhão previsto, a parcela de R$ 700 bilhões é para o Nordeste. Só em Pernambuco há uma previsão de aportes de R$ 91,9 bilhões. As áreas com mais investimentos esperados no Estado são Educação, Ciência e Tecnologia (R$ 21,1 bilhões), Transição e Segurança Energética (R$ 16,8 bilhões) e Cidades Sustentáveis e Resilientes (R$ 14,8 bilhões). No programa Nova Indústria Brasil, as expectativas são de mobilização de R$ 360 bilhões. A diversidade de áreas é extensa, devido à complexidade do tecido industrial pernambucano. No entanto, Danilo Cabral elencou algumas das principais. O campo fica contemplado com aportes em mecanização da agricultura familiar, na fruticultura, na produção de etanol, além de um olhar atencioso aos potenciais da Caatinga. O polo automotivo tem como destaque os incentivos às cadeias produtivas da Baterias Moura e da Stellantis. Há ainda investimentos previstos para impulsionar os serviços de transformação digital da indústria, conectadas ao Porto Digital e à Rede de ICTs (Instituições Científicas e de Inovação Tecnológica). Outros destaques são para a indústria da biotecnologia, com oportunidades para o Lafepe e para a Hemobrás, além do investimento robusto na Escola de Sargentos, que deve contribuir para pesquisas na área de defesa. Há também um movimento recente na região de investimentos bilionários em parques de energias renováveis (eólicas e solares). No radar de vários Estados estão também projetos de muitos bilhões para produção de hidrogênio verde, que é a grande aposta para a descarbonização da matriz energética global no médio prazo. Apesar dos investimentos que chegam para a região nesse setor energético, é importante ressalvar que existe uma forte crítica dos impactos desses parques industriais na Caatinga. Há embates tanto com as populações tradicionais, quanto em reação ao avanço do desmatamento da vegetação. Um cenário que contribui para ampliar o risco de desertificação nessas áreas, já afetadas pelos efeitos extremos das mudanças climáticas. DESAFIO DA TRANSNORDESTINA Em uma introdução à apresentação de Danilo Cabral, o consultor da TGI Francisco Cunha destacou a necessidade de fomentar um novo ciclo de desenvolvimento de Pernambuco. Apesar da percepção do esgotamento dos horizontes traçados nos anos 1950 para o futuro do Estado, uma peça prevista que não foi realizada é a ferrovia que conectaria o porto ao Sertão. “A única previsão do desenho original traçado pelo Padre Lebret para Pernambuco, que não se concretizou, é a Transnordestina”, sentenciou o consultor. Essa infraestrutura, fundamental para a logística da região, começou a ser construída na primeira gestão do Governo Lula, no ano de 2006, mas nunca foi concluída. Em 2022, no

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José Teles: "A história da música é muito contada do ponto de vista dos cariocas e paulistas"

No momento em que existe uma discussão sobre as diferentes narrativas dos acontecimentos, é interessante e oportuno o lançamento do livro Choro e Frevo, Duas Viagens Épicas, de José Teles (que pode ser adquirido pelo Whatsapp 81 98871-9261). Jornalista e crítico de música com anos de experiência em jornais, Teles é autor de vários livros sobre a história musical de Pernambuco. Sua mais recente obra descortina fatos pouco conhecidos ou que foram “inviabilizados” com o passar dos anos, muitas vezes, em razão do maior destaque dado à cultura do Sudeste. A começar pelas duas viagens mencionadas no título ocorridas nos anos 1950. Numa delas, um grupo de instrumentistas de Pernambuco percorre o trajeto do Recife ao Rio de Janeiro num Jeep, de 1951, para se encontrar com Jacob do Bandolim, então, já venerado como um craque do choro. Na casa do bandolinista uniram- se músicos cariocas e pernambucanos numa apresentação virtuosa. Um adolescente que assistia a tudo, ficou tão extasiado que decidiu ser também violonista: ninguém menos que Paulinho da Viola, que se impressionou, principalmente, com a performance de Chico Soares, o Canhoto. Outra “viagem épica” contada no livro foi a do bloco Vassourinhas para o Rio de Janeiro. Recebido com entusiasmo pelo povo e pela imprensa cariocas, o grupo porém enfrentou muita confusão na volta ao Recife. Antes, fizeram uma escala na Bahia, onde inspiraram Dodô e Osmar a criar o trio elétrico. Como surgiu a ideia de produzir este livro e como foi o processo de pesquisa? Nunca ninguém havia escrito essa história sobre essa viagem do Vassourinhas. Muitos escreveram no oba-oba, que a ida ao Rio e a Salvador foi um sucesso. Mas teve muita confusão. Eu escrevi uma matéria grande no Jornal do Commercio, tempos atrás, sobre o assunto. Na época até falei com uma pessoa que viajou junto com o Vassourinhas. Desde então, eu tinha a ideia de escrever esse livro. Um dia estava conversando com Amaro Filho (radialista, produtor cultural e documentarista) num bar na rua Mamede Simões, e ele me falou de uma outra viagem de chorões pernambucanos que foram num Jeep para um encontro com Jacob do Bandolim no Rio de Janeiro. Ele queria fazer um documentário sobre isso. Aí eu falei da ideia de fazer um livro da viagem do Vassourinhas. Então, pensamos: por que não fazer um livro sobre as duas viagens? O Vassourinhas já era uma lenda do Carnaval, conhecido no Brasil inteiro nos anos 1950. Existiam vários clubes com o nome de Vassourinhas pelas cidades. Era uma espécie de Flamengo (risos). A quantidade de matéria sobre a chegada do Vassourinhas na imprensa do Rio foi absurda. Decidi fazer o livro, mas, dessa vez, não conseguiu falar com ninguém que participou da viagem e o edital do Funcultura tinha um prazo para terminar. Já a viagem dos chorões foi muito pouco noticiada na imprensa. Mas, por sorte, Amaro encontrou-se com Chico, filho de João Dias, marido de dona Ceça. Ele foi na casa de Chico que forneceu um material enorme. O pai dele se correspondia com Jacob e tinha muita foto, gravação. Aí já foi um grande avanço. Depois, Amaro teve acesso ao diário de dona Melita (Conceição Melin), que era esposa do violonista Zé do Carmo. O diário dela já dava um livro, é muito meticuloso. Amaro também conseguiu falar com o pessoal de Jacob do Bandolim que mandou muito material pra gente, até as gravações feitas naquela noite que tinham Jacob falando quem era cada um dos chorões que tocavam. No livro você fala na quantidade de exímios violonistas pernambucanos e como eles influenciaram o choro e gente bamba como Pixinguinha, um fato que pouca gente sabe. Por que Pernambuco tinha tantos bons instrumentistas de violão? A história da música é muito contada do ponto de vista dos cariocas e paulistas. É sempre de lá pra cá e nunca daqui pra lá. Por exemplo, João Pernambuco foi um dos maiores violonistas do Brasil, influenciou vários artistas no Rio, como o próprio Pixinguinha. Sua influência na música que se fazia no Rio nas primeiras décadas do século 20 é imensa e o violão popular brasileiro se fundamenta na sua obra. Muitos expoentes do samba e do choro, como Pixinguinha e Donga beberam na fonte de João Pernambuco. A presença do violão na música do Brasil é uma história que nunca foi contada. Na verdade, os escravos sempre tiveram uma relação forte com o instrumento, porque na África não havia só tambor, mas também muito instrumento de corda. No livro, eu mostro anúncios de jornais sobre escravos fugidos, que ressaltavam o fato deles tocarem violão. Quando surgiram os blocos no Carnaval, eles desfilavam com muitos violões. Blocos como Apôs-Fum e das Flores, saíam com 70 violonistas, além de bandolim, banjo. Esses instrumentos eram muito comuns no Recife e havia muitos frevos compostos para eles. Havia um violonista daqui que era muito bom, que foi importantíssimo: Alfredo Medeiros. Eles foi para o Rio, por causa de uma perseguição do governador Agamenon Magalhães que o exonerou do cargo que ocupava no Tesouro Estadual. Era uma pessoa muito conhecida no Rio. No Recife havia dois programas de grande audiência com violonistas: o Clube das Cordas, na Rádio Clube de Pernambuco, e Quando os Violões se Encontram, na Rádio Jornal do Commercio. Já Rossini Ferreira, que participou da viagem até a casa de Jacob, era muito bom no bandolim. Ele trabalhava como administrador de um empresário pernambucano, que se mudou para o Rio e ele foi junto. No anos 1970 houve um movimento de revalorização do choro e em 1977 aconteceu o Concurso do Choro 77, do qual foi vencedor o grupo Amigos do Choro que Rossini integrava. O grupo concorreu com uma música do bandolinista pernambucano. Em seguida aconteceu o Festival Nacional do Choro, com muita gente experiente concorrendo e que teve grande cobertura da imprensa. E, mais uma vez, Rossini ganhou. Entre os chorões pernambucanos que viajam no Jeep está Ceça Dias. Quem era essa instrumentista e era comum mulheres

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