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1964: Vozes dos cárceres, templos e do exterior contra a Ditadura em Pernambuco

Segunda reportagem da série Memórias do Golpe em Pernambuco registra movimentos de resistência durante a ditadura civil-militar, que completou 60 anos. *Por Rafael Dantas O Estado que viu seu governador deposto no Golpe de 1964, que chorou os primeiros assassinatos do novo regime e assistiu à primeira tortura pública na sua capital, também responderia aos ditadores com uma forte resistência. Da ruptura política até a reabertura, em 1985, em Pernambuco brotaram movimentos estudantis, nos presídios ou mesmo nas igrejas. A repressão castigava, retirava algumas lideranças de cena, mas não conseguia sufocar as críticas internas e do exterior. Os pernambucanos exilados também fizeram barulho no cenário internacional. O time de lideranças com atuação no Estado que firmaram posição contrária à ditadura civil-militar de 1964 incluía nomes como o ex-governador Miguel Arraes, o religioso Dom Helder Camara (ambos cearenses, mas com atuação em Pernambuco), o educador Paulo Freire, entre outros tantos intelectuais, militantes e políticos. O termo ditadura civil-militar tem sido empregado por estudiosos para ressaltar que o golpe teve participação e aderência de setores civis, como imprensa e mesmo a igreja e a classe empresarial no golpe. As críticas ao regime operavam nas brechas que a censura não conseguia calar, como nos comunicados internos da ala progressista da Igreja Católica, nas pichações que povoavam os prédios e viadutos do Recife, entre outros tantos ringues de batalha. “Ao longo da ditadura, o protagonismo da resistência foi mudando. No primeiro momento vemos a importância do movimento estudantil, que era muito atuante. Os trabalhadores urbanos e rurais também ganharam notoriedade internacional, com figuras como Gregório Bezerra, Francisco Julião e Paulo Freire. Há também os sindicalistas, militantes políticos e do movimento feminista pela anistia, além da Igreja Católica”, destacou o professor de história da UPE (Universidade de Pernambuco) Thiago Nunes Soares. MOVIMENTOS ESTUDANTIS ATIVOS O movimento estudantil pernambucano vivia um momento de grande efervescência no início dos anos 1960, quando foi duramente afetado pelo golpe. A intervenção nas direções das universidades e escolas secundárias, perseguições e a repressão policial às lideranças passaram a marcar esse novo período. Organizações como a Ares (Associação Recifense dos Estudantes Secundaristas) e a Ubes ( União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) passaram a ser permanentemente monitoradas pela força policial nos encontros e seminários que promoviam. O relatório da Comissão da Verdade Dom Helder Camara sobre os movimentos estudantis relata que: “As proibições de reuniões e de manifestações estudantis dentro das universidades chegaram a considerar conversas entre três pessoas nos corredores das escolas como ‘reunião’ e, nesse sentido, proibidas de acontecer. Os restaurantes universitários eram pontos de encontros importantes para o movimento estudantil e, por essa razão, eram permanentemente vigiados, sendo monitorados por funcionários da própria faculdade ou por policiais travestidos de estudantes à serviço da repressão, sempre na tentativa de localizar ‘estudantes considerados subversivos’, que vinham sendo procurados pela polícia, ou visando se antecipar às iniciativas de mobilização para a realização de quaisquer tipos de eventos ou manifestações públicas”. Após os primeiros momentos pós-ruptura de 1964, com as perseguições políticas e o fechamento de estruturas sociais de reivindicação, o então estudante secundarista Marcelo Mário Melo é convocado sigilosamente para ajudar a reorganizar a luta estudantil. Ele conta que os movimentos populares sofreram muito com a repressão nas universidades e escolas, que eram ambientes típicos para convocação e formação de novos quadros de militantes. “Não tínhamos nenhuma experiência de clandestinidade. Cada um vivia se escondendo, era um salve-se quem puder. Com o tempo, entre maio e junho, fui convocado para reunião com velhos dirigentes do PCB (Partido Comunista Brasileiro). Íamos de olho fechado, em um carro, para o encontro. Fiquei encarregado de reestruturar o partido na área do movimento secundarista”, afirmou Marcelo, que teve que adotar um nome falso e, a partir daí, pintar os cabelos de loiro e usar um bronzeador que deixava sua pele avermelhada. Toda essa atuação de reestruturar o movimento estudantil já era considerada ilegal desde 1964 pelas novas leis aprovadas pela ditadura, que foram ficando mais rígidas a cada ano. Apesar da repressão, o estudante lembra que nos primeiros anos da ditadura, o regime não conseguiu abafar completamente os esforços de organização popular. O relatório da Comissão da Verdade também afirmava isso, ressaltando que mesmo diante da repressão, o movimento comandado por organizações políticas clandestinas desenvolvia uma política eficaz de aproximação junto aos estudantes. “As mobilizações dos anos 1965, 1966, 1967 e 1968 envolveram várias reivindicações: aumento de vagas; absorção dos excedentes (alunos aprovados além do número de vagas oferecidas); melhoria dos restaurantes universitários (na qualidade e preço cobrado por refeição); democratização em todos os órgãos e instâncias universitárias (até então comandados pelos professores por meio das chamadas congregações e conselhos universitários); e a mais importante, a Reforma Universitária, bandeira antiga do movimento estudantil, agora retomada de modo mais incisivo face às investidas da ditadura no sentido da privatização das universidades públicas”, descreveu o relatório. Durante a ditadura não foram poucos os casos de prisões, desaparecimentos, torturas e assassinatos de estudantes. No período de 1968 a 1974 ocorreu um progressivo processo de desmantelamento do movimento estudantil devido à intensa repressão sobre suas lideranças e organizações representativas. A UNE (União Nacional dos Estudantes), já operando clandestinamente, organizou o Congresso de Ibiúna em 1968, resultando na prisão de numerosos líderes estudantis, incluindo toda a delegação de Pernambuco, composta por 30 estudantes das diversas instituições de ensino superior na região. Mesmo assim, a UNE permaneceu em operação no País durante todo o período ditatorial. O GRITO DOS PRESÍDIOS O militante Marcelo Mário Melo atuou nesse esforço de reorganização do movimento estudantil e do Comitê Regional do PCB e depois na formação do PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário) até ser encontrado no Rio Grande do Norte, em Nísia Floresta, e ser preso pela ditadura, já em 1971. Começava então um segundo campo de batalhas pelo qual ele atuou e que muitos outros pernambucanos deixaram suas marcas: os presídios. É difícil imaginar como pessoas encarceradas conseguiam incomodar o governo. Mas suas reivindicações, críticas e denúncias escapavam pelos ferrolhos que os prendiam.

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Novo condomínio logístico fará investimento de R$ 300 milhões em Pernambuco

Com um investimento total de R$ 300 milhões, a Proxxima Empreendimentos e a HSI anunciam a construção do Syslog Recife, um novo condomínio logístico em Pernambuco. Com uma área locável de 127 mil m², distribuída em três galpões, o empreendimento está localizado no bairro de Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, oferecendo fácil acesso à rodovia BR 101 e ao Porto de Suape. Primeira etapa ainda em 2024 Com previsão de conclusão da primeira etapa até o final deste ano, o Syslog Recife proporcionará benefícios para seus locatários, como melhores prazos de entrega, maior precisão nas vendas e diminuição de custos logísticos. O Syslog Recife representa um marco para a HSI, sendo seu primeiro empreendimento no Nordeste, indicando o interesse da corporação na região. Romero Maranhão Filho, sócio e diretor da Proxima “O Syslog Recife é um empreendimento last mile (último processo na etapa de entrega de uma encomenda) por sua localização privilegiada e muito próxima ao principal polo consumidor do Nordeste. Será um marco para o desenvolvimento do setor no Estado com impacto para toda a Região”

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7 fotos de fábricas de Pernambuco Antigamente

A coluna Pernambuco Antigamente desta semana faz uma homenagem para esse setor, tão relevante para a geração de empregos e para o desenvolvimento ao Estado, com uma sequência de 7 imagens de algumas fábricas que seguem na ativa e de outras que estão na memória dos pernambucanos. Confira abaixo as fotos!. Usina Petribú(Do site https://meioambiente.culturamix.com) .Fábrica da Pilar(Página Recife Antigamente) . . Fábrica da Fiat Lux, em São Lourenço, na década de 60(http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcp_pe/slourenco.htm) . Fábrica da Peixe, em 1955, em Pesqueira(Biblioteca do IBGE) . Fábrica Fratelli Vita(Foto do site Lugares Esquecidos). Tradicional indústria de refrigerantes que teve uma filial no Recife. . Água Mineral Santa Clara, na década de 40(No site da empresa) Instalada em Dois Unidos, foi o primeiro lugar do Brasil que produziu os refrigerantes da Coca Cola .Fábrica Coronel Othon em Recife, em 1957(Foto de Tibor Jablonsky) . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafaeldantas.pe@gmail.com | rafael@algomais.com)

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Em abril, intenção em adquirir bens duráveis caiu 4% em Pernambuco

(Da Fecomércio-PE) Recorte realizado pela Fecomércio PE sobre a Pesquisa de Índice de Consumo das Famílias, mostrou queda na avaliação em setores como emprego, renda e consumo por parte dos entrevistados  Em abril, o índice de consumo das famílias recuou 1,3%.  É o que mostra o recorte local feito pela  Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), sobre a pesquisa ICF, calculada nacionalmente pela CNC. Ainda segundo a Federação, foi registrada uma queda de 4% na intenção de aquisição de bens duráveis, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar, sugerindo uma postergação nas decisões de compra desses itens por parte dos consumidores. O recorte também mostrou que houve uma queda nas avaliações de emprego, renda e consumo, por parte dos entrevistados. Quanto ao emprego atual, foi registrada uma queda de 3,3%, em relação à segurança no atual posto de trabalho, sugerindo uma possível desaceleração no mercado de trabalho. A avaliação da renda atual também teve uma redução de 1%, enfraquecendo possivelmente o poder de compra dos consumidores. Ainda de acordo com o recorte, foi possível observar se uma queda de 2,9% no índice geral do nível de consumo atual, refletindo uma menor confiança dos consumidores e uma disposição reduzida para gastos. Da mesma forma, a perspectiva de consumo também diminuiu, com o índice geral caindo 1,6%, indicando expectativas mais conservadoras em relação aos gastos futuros. “O cenário é desafiador para Pernambuco. A redução do consumo das famílias impacta a confiança do consumidor e suas perspectivas para os próximos meses. Essas percepções também são compartilhadas pelos empresários do comércio, conforme revelado pelo Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), que apresentou redução da confiança nas condições atuais da economia nacional”, constatou Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE. 

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Engajamento dos profissionais pernambucanos é maior do que a média nacional

Os profissionais em Pernambuco demonstram um nível de engajamento superior à média nacional, revelado pela primeira edição do Engaja S/A - Índice Nacional de Engajamento de Funcionários no Brasil. O estudo, conduzido pela Flash em colaboração com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) e o Grupo Talenses, entrevistou 1.732 trabalhadores de todas as regiões do país, entre agosto e outubro de 2023. O engajamento se destacou entre os profissionais da geração Z e aqueles que trabalham no setor de tecnologia, com índices de 75% e 74%, respectivamente. Comparativamente, as empresas do setor tecnológico em Pernambuco demonstram um envolvimento 14% maior do que as do setor de serviços e 38% superior ao setor industrial. Esses achados reforçam a importância do engajamento na produtividade e clima organizacional, além de destacarem a relevância do estado no cenário das startups, com 759 ativas em 2023, consolidando sua posição como líder no Nordeste. Uma característica distintiva do engajamento dos colaboradores em Pernambuco, em comparação com o cenário nacional, é o impacto positivo das oportunidades de crescimento. Esta dimensão impulsiona um engajamento de 71% entre os profissionais pernambucanos, contrastando com os 46% a nível nacional, onde fica apenas à frente da remuneração. Em segundo lugar, o ambiente de trabalho positivo é o principal motivador para os profissionais do estado, ao passo que a confiança na liderança completa o trio de fatores mais engajadores. No entanto, a remuneração emerge como um ponto crítico em todo o país, evidenciando uma insatisfação generalizada com o pacote de benefícios.

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Saúde em movimento: a dança é uma poderosa ferramenta de bem-estar físico e emocional

Por jornalista Jademilson Silva No dia 29 de abril o mundo celebra o Dia Internacional da Dança, uma ocasião para reconhecer e homenagear uma das formas de expressão mais antigas e universais da humanidade. Além de ser uma manifestação artística, a dança oferece uma série de benefícios para a saúde física e mental, destacando-se como uma prática importante para o bem-estar de pessoas de todas as idades. “Pernambuco tem muita força musical, grandes artistas, coreógrafos, professores e bailarinos. Nas aulas de academia, a dança é fonte de inspiração e motivação, juntamente aos benefícios que são inerentes à prática de dança”, revela Renê Albino, que é Profissional de Educação e professor especialista em dança. A dança tornou-se dentro do quadro de aulas coletivas umas das atividades que mais resultam em retenção nas academias. As aulas possibilitam ao praticante exercitar-se com boas músicas, movimentos prazerosos, estar ao lado de amigos, entre outros. Características que resultam em motivação diária para conquistar cada vez mais adeptos de sua prática. “A prática da dança oferece uma ampla gama de benefícios para a saúde, que vão além do simples prazer de mover o corpo ao ritmo da música. Fisicamente, a dança é uma excelente forma de exercício, capaz de melhorar a condição cardiovascular, desenvolver coordenação, ritmo, fortalecer os músculos e aumentar a flexibilidade. Dos movimentos graciosos do balé à energia contagiante da salsa, cada estilo de dança trabalha diferentes grupos musculares, proporcionando um treino completo e divertido”, revela Renê Albino. Além dos benefícios físicos evidentes, a dança também exerce um impacto positivo na saúde mental e emocional.  “A prática regular da dança pode reduzir o estresse, a ansiedade e até mesmo os sintomas de depressão. Isso ocorre porque a dança estimula a liberação de endorfinas, neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar, e promove a conexão entre mente e corpo, ajudando as pessoas a se expressarem de forma criativa e autêntica. Muitos de nossos alunos compartilham conosco fortes relatos da prática da dança como auxiliar em seus processos de tratamento de sintomas de questões emocionais ”, diz Renê. A dança tira o indivíduo do sedentarismo e realiza a função primordial do corpo humano: movimentar-se Benefícios para a saúde física e mental Importância para a socialização A dança proporciona oportunidades de interação social e construção de relacionamentos, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades sociais e a formação de laços afetivos. Participar de aulas de dança na academia ou eventos comunitários é uma excelente maneira de conhecer novas pessoas e fazer parte de uma comunidade vibrante e acolhedora. A dança como modalidade para o idoso A dança é uma modalidade especialmente benéfica para os idosos, pois oferece uma forma divertida e acessível de exercitar o corpo e a mente. Além dos benefícios físicos mencionados anteriormente, a dança pode ajudar a combater a solidão e o isolamento social, promovendo a integração e o bem-estar emocional. Modalidades de dança nas academias As academias oferecem uma ampla variedade de modalidades de dança para atender às preferências e interesses de diferentes pessoas. Alguns dos estilos mais populares incluem: Restrições em relação à dança Embora a dança seja uma atividade acessível para a maioria das pessoas, algumas condições de saúde podem exigir cuidados especiais. Indivíduos com lesões musculares ou articulares devem evitar movimentos que causem desconforto ou dor. Além disso, pessoas com condições médicas específicas devem consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer programa de dança. É fundamental que o professor de dança tenha conhecimentos básicos de fisiologia humana para compreender os limites de cada aluno e prevenir lesões durante as aulas.  "Um bom professor de dança não apenas ensina os passos, mas também compreende o perfeito funcionamento do corpo humano, respeitando os limites e características individuais de seus alunos, garantindo uma prática segura, saudável e motivante", informa Renê Albino. O Dia Internacional da Dança é uma oportunidade para celebrar não apenas a arte da dança, mas também os inúmeros benefícios que ela oferece para a saúde física, mental e emocional. Seja qual for o seu estilo de dança preferido, pratique, se divirta e se conecte com os outros por meio do poder transformador da dança. Renê Albino é Profissional de Educação Física, professor de dança, líder da equipe @dance4recife e atua há 24 anos no segmento de dança. @renealbino A voz da experiência: qualidade da voz também contribui para o bem-estar do idoso O idoso deve buscar orientação de um fonoaudiólogo para avaliação e tratamento de problemas vocais Na jornada do envelhecimento, a voz desempenha um papel importante na comunicação, na expressão e na interação social dos idosos. No entanto, mudanças naturais decorrentes do processo de envelhecimento afetam a qualidade e a saúde vocal. “A voz é uma ferramenta essencial para a expressão emocional, a comunicação verbal e a interação social. Para os idosos, uma voz clara e bem articulada é fundamental para se fazer entender e para manter conexões significativas com familiares, amigos e cuidadores. No entanto, as alterações naturais na estrutura anatômica e na função muscular da laringe podem resultar em modificações na qualidade vocal, como rouquidão, soprosidade e diminuição da intensidade”, informa a fonoaudióloga Adriana Leite. A perda da capacidade de se expressar verbalmente pode causar frustração e ansiedade, afetando negativamente o bem-estar emocional e psicológico dos idosos. Cuidados Para manter uma voz saudável e funcional na terceira idade, é importante adotar medidas de preservação e cuidados vocais. Isso inclui: “O idoso deve buscar orientação de um fonoaudiólogo para avaliação e tratamento de problemas vocais, como disfonia e outras condições relacionadas”, diz Adriana. A voz desempenha um papel fundamental na vida dos idosos, sendo essencial para a comunicação, a expressão e a interação social. Portanto, é fundamental que os idosos cuidem da saúde vocal e adotem medidas para preservar a qualidade e a funcionalidade da voz. Adriana Leite é fonoaudióloga. @sergere.recife SmartFit no Difusora Shopping A rede de academias SmartFit vai abrir mais uma unidade no interior do estado, desta vez em Caruaru, no Shopping Difusora, área central da cidade. As obras estão avançadas e a unidade

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"Mais da metade das famílias chefiadas por mulheres negras está em insegurança alimentar no NE"

Vitória Régia da Silva, presidente da Associação Gênero e Número fala dos resultados da pesquisa Caminhos da Alimentação que se baseou em dados do IBGE associados ao acompanhamento do cotidiano de quatro integrantes da população feminina e negra da Região Metropolitana do Recife, chefes de família. Estatísticas são muito importantes mas, nem sempre conseguem abarcar os diferentes aspectos de uma realidade. Foi o que mostrou a pesquisa Caminhos da Alimentação, realizada pela Associação Gênero e Número que investigou a insegurança alimentar no Nordeste, de forma diferenciada, indo além dos dados numéricos. A partir da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a organização comparou os seus resultados com o cotidiano de quatro mulheres negras, chefes de família, residentes na Região Metropolitana do Recife, que foram acompanhadas por jornalistas no seu dia a dia. Desse convívio, resultou um trabalho híbrido, composto por audiovisual, fotos, texto, artigo, entrevistas com especialistas e informações que revelam as condições que levam à insegurança alimentar desse segmento da população. Entre elas, a mais perceptível é a falta de renda. Mas a pesquisa foi além. Mostrou como a ausência de uma rede de apoio e a sobrecarga de trabalho dessas mulheres impedem que tenham uma alimentação saudável. Mas o projeto revelou também as soluções para enfrentar o problema, como a importância das hortas urbanas e das cozinhas solidárias. Para conhecer os resultados da pesquisa Caminhos da Alimentação, Cláudia Santos conversou com Vitória Régia da Silva, presidente e diretora de conteúdo da Associação Gênero e Número. Antes de falar dos resultados da pesquisa Caminhos da Alimentação, gostaria que você explicasse a metodologia empregada, que é bastante incomum. Na Gênero e Número, trabalhamos com dados na cobertura especializada de gênero e raça. Enquanto uma organização de jornalismo, buscamos sempre trabalhar em rede, debatendo com especialistas, pessoas relevantes na área e com a academia. Nesse projeto, contamos com o apoio do Instituto Ibirapitanga, que também atua com sistemas alimentares sustentáveis. Os dados são necessários para que haja políticas públicas, e nosso papel é fomentar esse trabalho a partir de levantamentos e análises. Levamos quase um ano para chegar aos resultados, em meio a barreiras envolvendo transparência e falta de dados oficiais no Brasil para trabalhar alguns temas como alimentação. Por isso, na Caminhos da Alimentação, trabalhamos de forma híbrida em relação à apresentação da narrativa e aos dados, utilizando, como principal base, a última atualização da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) do IBGE, que aborda a alimentação e é referência no País. Apesar de ter guiado nosso trabalho e de ajudar a tomar decisões como os territórios pesquisados, a POF em si não conseguia trazer os rostos e as histórias das mulheres, e queríamos trabalhar especificamente com mulheres negras do Nordeste, que é a região com a cesta alimentar mais rica e diversa do País, com uma grande quantidade de alimentos in natura ou minimamente processados. Assim, além de olhar para o Brasil e comparar com o Nordeste, o projeto tem diferentes abrangências trazendo também um olhar específico para Pernambuco e para a Região Metropolitana de Recife, que é onde a gente acompanha as histórias de quatro mulheres negras: Gercina, Claudecir, Conceição e Lindalva. Escolhemos composições familiares diferentes e acompanhamos a alimentação completa dessas mulheres, observando, por exemplo, onde elas adquiriam alimentos, se em supermercados, hortas ou por meio de doações, se elas se alimentavam no trabalho, enfim, vimos todos os alimentos que elas consumiam. Construímos uma pequena nova base de dados inspirada nas rotinas dessas mulheres negras, também como uma forma de nos inspirar a pensar para além dos dados oficiais, entendendo que, a partir dessas histórias, é possível criar dados e inspirar outras iniciativas em escalas maiores. Você mencionou que o Nordeste tem a cesta alimentar mais rica e diversa do Brasil, o que contrasta com a ideia de pobreza e escassez da região. Fale mais sobre isso. É interessante isso. Por esta razão nos questionamos como uma região que tem uma cultura alimentar tão rica, tem esse imaginário de pobreza alimentar, de escassez? O que acontece que leva a esse cenário no Nordeste? Por isso, na nossa pesquisa, também escolhemos analisar um dos três estados na região – Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte – que tinham uma cesta alimentar mais variada. Optamos por Pernambuco porque liderava a aquisição de alimentos in natura e apresentava a maior população. E os dados mostram que a gente tem, sim, questões de segurança alimentar em que as mulheres negras são as principais afetadas. Mais da metade das famílias chefiadas por mulheres negras está em insegurança alimentar no Nordeste. Uma das causas da insegurança alimentar que afeta mulheres negras, chefes de família, detectada pela pesquisa é a renda. Qual é a realidade financeira dessas famílias hoje, em especial, diante da realidade de programas sociais como o Bolsa Família? A renda das famílias chefiadas por mulheres negras é menos da metade daquela das famílias chefiadas por homens brancos no Brasil. A renda realmente é muito relevante para que a população possa se alimentar melhor, comendo produtos in natura ou minimamente processados, pois alimentação está relacionada a escolhas, e a baixa renda leva à falta de opções para as mulheres negras como Conceição, que é mãe solo de duas crianças autistas, está desempregada e sobrevive apenas com o Bolsa Família. Por isso, conforme diversas pesquisas, programas de transferência de renda são tão importantes para garantir parte da alimentação das famílias. É nesse sentido que nosso projeto reforça, por meio das histórias, dos dados e da conversa com especialistas, como as políticas de combate à fome e de transferência de renda, no Brasil, precisam priorizar as mulheres. São elas que, no dia a dia, chefiam as famílias e tomam as decisões sobre alimentação, o cuidado e a vida das pessoas que residem naquela residência. Levando em consideração o exemplo de Conceição, com o valor de R$ 700 do Bolsa Família, ela praticamente faz milagre para pagar as prestações do barraco onde mora, comprar alimentos e

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Mulheres sertanejas cultivam inovação e sustentabilidade no campo

*Por Rafael Dantas Samila Macedo, Auricleia Gomes e Tatiana Melo têm alguns pontos em comum em suas trajetórias. São três mulheres sertanejas, empreendedoras e inovadoras no setor agropecuário. O Vale do São Francisco, já é um case pernambucano conhecido pela sua internacionalização e pela modernização das cadeias produtivas do agronegócio. A experiência recente, porém, tem indicado que a economia do campo tem-se movido com experiências corporativas em direção à sustentabilidade, agregando mais valor aos seus produtos. A associação entre as inovações no campo e o protagonismo feminino está relacionada com o posicionamento ousado e conectado com as tendências que estão transformando o mundo. "As mulheres que estão à frente dos negócios rurais têm tido uma visão atenta às inovações no mercado. É fácil associar o empreendedorismo feminino à inovação, pois elas buscam ativamente novas soluções e têm a proatividade de implementá-las na prática", afirma Heloísa Nóbrega, analista do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa) em Petrolina. A diversidade na composição das equipes e das gestões é um fator percebido há algum tempo no meio corporativo como um valor de qualquer empresa. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres estão à frente da gestão de 8,4% das áreas rurais no no Brasil. Em Pernambuco, segundo dados do RAIS, o número formal de mulheres no setor agropecuário em 2022, em cargos de direção ou gerenciamento, foi de apenas 174 profissionais. Apesar do número ainda reduzido, ele é crescente. “Diferentes estudos sobre a diversidade nos ambientes de trabalho já indicam valiosos ganhos para as organizações e para os profissionais, independentemente do setor. Quando falamos de inclusão de mulheres, estamos também falando de dar espaço à diversidade. Organizações ganham com aumento de produtividade, melhoria do clima organizacional, multiplicidade de habilidades na tomada de decisão estratégica. Porém, é importante ressaltar que ainda existem muitos desafios quando falamos das mulheres na gestão das empresas. Ainda há muita dificuldade para assumirem cargos de liderança e apesar de desempenharem um papel significativo na agricultura, ainda são a minoria no campo”, afirma Luciana Almeida, consultora e sócia da TGI. Se as mulheres são minoria na administração no campo, a agropecuária permanece como um dos protagonistas da economia nacional, com 23,8% na participação do PIB, segundo cálculo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP. Sem considerar os agrosserviços e a agroindústria, o setor representa 15,1% da atividade econômica brasileira, de acordo com dados IBGE. ORGÂNICOS DO VALE Em Pernambuco, com mais de dois terços do seu território no semiárido, o primeiro setor tem uma participação menor nessa composição, de apenas 5,17%, segundo os números da Agência Condepe Fidem. Uma das exceções é justamente Petrolina, em que a indústria, agroindústria e os agroserviços jogam um papel mais relevante na atividade econômica. A cidade é onde Tatiana Melo apostou em uma produção orgânica para se diferenciar no mercado. Formada em tecnologia da informação, a empresária optou por abandonar a sua rotina urbana e o promissor setor tecnológico para voltar ao campo. Filha de um produtor de frutas, ela comprou uma propriedade na área rural do município para investir na fruticultura irrigada, atividade que atrai pessoas de todo o País para o Vale do São Francisco. Os primeiros passos foram no cultivo de goiaba, logo após direcionou seus esforços para a manga e a acerola. Sua diferenciação no mercado agrário, com o suporte do Sebrae Pernambuco, foi a adoção de práticas orgânicas e a busca por selos de certificação. “Quando mudei de setor, percebi que precisava fazer algo diferente, não poderia ficar como todo mundo. Então percebi que a produção de orgânicos era a melhor saída. É para onde o mundo está caminhando. A Europa já bateu o martelo de que, até 2030, os supermercados terão metas para oferta de produção orgânica. Hoje eles compram para atender o mercado, mas serão, pelo menos, 25% da composição das prateleiras. Isso para a Europa é muita coisa”, vislumbra Tatiana. Ela começou esse processo com a acerola, vendida para a empresa de origem japonesa Niagro, que tem uma unidade em Petrolina e, recentemente, começou a trabalhar também com mangas. Neste ano, as primeiras vendas orgânicas do produto estarão no mercado nacional e internacional. "Quanto mais certificações temos lá fora, o preço sobe. Lá dão valor à certificação", conta a empresária. Sua produção de acerola está planta- da numa área de 3,5 hectares, sendo 1,8 hectares de produção já efetiva da fruta, que é transformada em pó pela Niagro para atender setores industriais de cosméticos, medicamentos, alimentos, entre outros. Após ter expertise nesse produto, ela começou a investir na manga, que é o carro-chefe da atividade na região. Ela possui 4,6 hectares plantados com a fruta, sendo 3 hectares já mais consolidados para produção, que seguirá para os Estados Unidos e para São Paulo. O quilo de manga convencional, por exemplo, é vendido por R$ 5, enquanto o da fruta com certificação orgânica está por R$ 6 no mercado. O quilo da acerola convencional custa R$ 3,50, enquanto a orgânica é comercializada por R$ 4,30. Além da melhora no preço, ela revela que a produção orgânica reduz a incidência de pragas. A produtora enfatiza que há um mito de que a fruta orgânica é feia e não tem produtividade. Ela esclarece que isso depende do manejo produtivo. "São frutas bonitas sim, mais saudáveis e com mais tempo de prateleira. Esses são alguns diferenciais da fruta orgânica. Hoje nosso grande desafio para essa produção tem sido a mão de obra escassa na região ". PETROLINA ALÉM DAS FRUTAS Ainda na principal cidade do Vale do São Francisco, outro produto que vai ganhando espaço é o mel. Apesar de a apicultura não se comparar com o porte e a produtividade da fruticultura, a atividade tem-se adaptado à Caatinga, alimenta circuitos curtos de comercialização e promete alcançar novos mercados com as experiências de produção orgânicas. Além de mais produtivas, elas têm melhor receptividade do consumidor

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Copergás anuncia R$ 20 milhões para ampliação da rede domiciliar do Gás Natural

O Governo de Pernambuco, por meio da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), está expandindo o acesso dos moradores do Recife à rede de gás natural. Um dos projetos prioritários no planejamento estratégico da empresa para os próximos seis anos é o Bolsão Campo Grande-Arruda, que já está em processo de implementação. Com um investimento de R$ 20 milhões, espera-se que a expansão da rede de gás natural nos bairros da Zona Norte do Recife, Campo Grande e Arruda, beneficie inicialmente 130 clientes até 2026 e 900 clientes até 2029. Atualmente, a Copergás atende aproximadamente 86,5 mil clientes em todo o Estado. O projeto envolve a instalação de 26 km de rede em Polietileno de Alta Densidade (PEAD), um material reconhecido por sua resistência e segurança. Os principais beneficiados por essa ampliação serão os lares, estabelecimentos comerciais e veículos da região, que poderão usufruir de uma fonte energética segura, de qualidade, econômica e sustentável. Os bolsões de gás natural, como o planejado para Campo Grande-Arruda, desempenham um papel crucial na democratização do acesso a essa fonte de energia, especialmente em áreas urbanas. O Bolsão Campo Grande-Arruda é um projeto estratégico para impulsionar a utilização do gás natural na cidade do Recife e faz parte do plano de investimento de quase R$ 1 bilhão da Copergás para os próximos seis anos. Guilherme Cavalcanti, secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado “O gás natural é um combustível menos poluente e ampliar a instalação deste componente em indústrias, residências e estabelecimentos comerciais faz parte da política de descarbonização estadual e eficiência energética” Felipe Valença, presidente da Copergás “Essa iniciativa reflete o compromisso contínuo do Governo de Pernambuco e da governadora Raquel Lyra com o desenvolvimento econômico e social do estado, tendo a Copergás como um dos atores da infraestrutura de Pernambuco. Ao diversificar a matriz energética e promover a expansão do gás natural, estão pavimentando o caminho para um futuro mais próspero e sustentável para todos os pernambucanos”.

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IBGE revela aumento do rendimento mensal médio em Pernambuco

(DO IBGE) Em 2023 foram estimadas 9.721.000 milhões de pessoas residentes em Pernambuco, ante 9.070.000 em 2012. Do total de pessoas residentes em Pernambuco em 2023, 66,1% possuíam algum tipo de rendimento. Houve uma pequena redução em relação a 2022 quando 66,7% tinham algum tipo de rendimento. O rendimento médio mensal real da população residente com rendimento a preços médios do ano, no Estado de Pernambuco em 2023 era R$ 1952,00 reais, superior ao registrado em 2022 que foi R$ 1916,00 reais. A massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita em Pernambuco totalizou R$ 10.692 milhões em 2023, superando os R$ 9.983 milhões de 2022. Na série histórica o maior valor foi alcançado em 2014 com R$ 12.086 milhões. O expressivo aumento da massa de rendimento do trabalho em 2023, em relação a 2022, foi resultante tanto do crescimento da população ocupada quanto do rendimento médio do trabalho. DESIGUALDADE O índice de Gini mede o grau de concentração de renda em determinado grupo.Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um. Quanto mais próximo de zero, melhor a distribuição dos rendimentos e quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade. A análise da série histórica do índice de Gini do rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos mostra uma tendência de redução desse indicador passando de 0,482 em 2022 para 0,477 em 2023.

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