Arquivos Z_Destaque-principal - Página 32 De 62 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Estudo revela que 31% dos brasileiros buscam atividades extras para complementar a renda

Uma pesquisa colaborativa conduzida pelo Instituto Cidades Sustentáveis em conjunto com o Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) trouxe revelações significativas sobre as atividades econômicas dos brasileiros. Os dados indicam que 31% dos cidadãos no Brasil procuraram atividades extras para complementar sua renda ao longo deste ano. Uma comparação com 2022 evidencia uma queda de 14%, visto que naquele ano a porcentagem era de 45%. Percepção de Fome e Pobreza na Sociedade: Segundo a Pesquisa Nacional sobre Desigualdades, 57% dos entrevistados relataram a percepção de um aumento no número de pessoas vivendo em situação de fome e pobreza em suas cidades. Este índice registrou uma significativa redução de 18% em relação a 2022, quando alcançou 75%. Visão sobre Desigualdades Sociais e Preconceitos: O estudo, que envolveu a participação de 2.000 indivíduos com 16 anos ou mais de 127 municípios, revelou visões e opiniões importantes sobre desigualdades e preconceitos. Em relação a mudanças climáticas, 71% concordam, total ou parcialmente, que todos são igualmente afetados por eventos extremos. Além disso, 68% acreditam em tratamento diferenciado de acordo com a cor ou classe social. A pesquisa também aponta áreas específicas onde preconceito é mais observado, como shoppings, escolas e universidades.

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Priscila Urpia e Barbara Lino foto Eduardo Cunha

“A volta cinema de rua tem o potencial de ativar o Centro da cidade”

Priscila Urpia e Bárbara Lino, do Coletivo CineRuaPE (foto Eduardo Cunha) A lembrança de frequentar as sessões nos antigos cinemas de rua – como o Trianon, no Recife, o Iracema, em Vitória de Santo Antão ou o Cine Olinda – traz nas pessoas uma forte emoção nostálgica. Um sentimento compartilhado pelos que assistiram a Retratos Fantasmas, novo filme de Kleber Mendonça Filho, que trata do tema. Essa memória afetiva tem sido a força propulsora para as ações do coletivo CineRuaPE, que atua para salvaguardar e recuperar esses equipamentos. Mas, nessa empreitada, seus integrantes perceberam que, embora seja importante e louvável a recuperação das salas de exibição pelo poder público, é preciso também recuperar o seu entorno. Algo que é perceptível nas regiões centrais. “O Centro do Recife e de outras cidades do Estado são lugares que cresceram e foram fomentados junto com essas salas. Quando esses lugares prosperaram, os cinemas cresceram. Quando o território entra em decadência, os cinemas entram também”, analisa a cientista social e urbanista Bárbara Lino, que integra o coletivo. Bárbara e Priscila Urpia, outra componente do grupo, conversaram com Cláudia Santos sobre as ações do coletivo. Uma delas aconteceu na pré-estreia do filme de Kléber, quando promoveram uma visita dos espectadores à bela arquitetura art-nouveau do Cineteatro do Parque. Quais os propósitos do coletivo CineRuaPE? Bárbara: Ele foi fundado em 2015, é uma organização da sociedade civil composta por um corpo técnico e artístico que trabalha para salvaguardar o patrimônio dos cinemas de rua de Pernambuco, para recuperar não apenas a forma física do equipamento mas, também, entender que tipo de relações com o entorno essas edificações estabelecem. Pensamos como esse cinema pode voltar a fazer sentido com as relações que existem hoje nesses territórios. Além disso, fazemos um trabalho de articulação multissetorial entre as entidades competentes de cada cinema, monitoramos os equipamentos no que se refere à gestão, aos recursos que podem ser destinados a eles e tentamos aproximar as entidades responsáveis que podem fazer as coisas acontecerem nos equipamentos. O coletivo tem uma gama de projetos, como o Cineclube Cine Rua, em que fazemos sessões no cinema e nas fachadas para sensibilizar o poder público e a sociedade para a importância daquele cinema de rua. Outro projeto é o Cine Rua Itinerante, em que promovemos mostras e visitas guiadas. Priscila: O coletivo trabalha com cerca de 22 cinemas de rua de Pernambuco, distribuídos entre o Recife, Região Metropolitana, Agreste, Zona da Mata Sul e Norte e Sertão. O coletivo trabalha com a proposta de salvaguardar esses espaços, como equipamento, mas também como preservação, memória e programação regular. O que levou esses os cinemas de rua a fecharem? Priscila: O advento do videocassete e dos DVDs foi crucial para que fossem sumindo e virassem salas fantasmas. Muitos desses equipamentos se transformaram em igrejas ou mercados. Vemos essa dinâmica também hoje em dia pela quantidade de streamings existentes. E, aí, essas salas foram sumindo. E olhe que Pernambuco foi considerado uma Hollywood do Nordeste quando tinha mais de 100 salas de cinema de rua. Bárbara: A própria TV surge como esse equipamento novo nos anos 1950. Os cinemas chegam antes disso. Em Pernambuco em 1909/1910 já havia salas que eram privadas, porque todas eram empreendimentos para ganhar dinheiro como qualquer outro negócio. Havia muita demanda. As pessoas, realmente, consumiam muito cinema. As salas que sobreviveram são as que o poder público passou a ser o proprietário. Gostaria de falar um pouco sobre a história de onde esses cinemas se localizavam. Se a gente for pensar o Centro do Recife e de outras cidades do Estado veremos que são lugares que cresceram e foram fomentados junto com essas salas. Quando esses lugares prosperaram socioeconomica, cultural e simbolicamente, os cinemas cresceram também. Depois chegaram os shoppings centers. No Recife construímos esses equipamentos perto do Centro, que passou a ser abandonado pelas pessoas, em razão do discurso da violência, da decadência do velho contra o novo. O território, então, entra em decadência e os cinemas entram também. A causa do fechamento dos cinemas, portanto, é multifatorial. O que a gente vê neste momento é uma tentativa institucional de vários movimentos, também multifatorial, de retomar esse território. E imaginamos que se isso acontece, vai impulsionar a retomada do cinema. E se o cinema volta, ele impulsiona a retomada desse território, novamente um influenciando o outro. Qual a importância de resgatar o cinema de rua, em pleno século 21, diante de uma nova realidade de Pernambuco e do Brasil? Bárbara: E do mundo também, onde vemos essa retomada das salas de cinema. Esse equipamento ancora uma gama de atividades ao redor dele, não só de cultura, mas também econômica. Antes havia a sala de exibição, mas também tinha o encontro das pessoas, a referência de consumo ao redor do cinema, seja antes ou depois da sessão, seja de apreciação de um barzinho, de um restaurante ou uma livraria. O equipamento promovia o contrário da segregação urbana porque aglomerava pessoas com perfis e interesses diferentes no mesmo território. E isso é o objetivo da democracia. A volta cinema de rua tem o potencial de ativar o centro socialmente, mas também economicamente, porque as pessoas passam a transitar mais por ali e, obviamente, a consumir mais naquele local. A falta de salas influencia a decadência do centro e o contrário também. Hoje, alguns cinemas estão abandonados, mas têm uma capacidade para voltar a funcionar, porque a estrutura física ainda existe. Temos os do poder público que já voltaram, e o Recife é uma cidade muito consumidora de filmes, e também produzimos muito cinema. Tínhamos uma enorme quantidade de salas que eram associadas à grande produção de filmes, seja para o consumo deles, seja para cineclubes que já existiam na metade do século passado. Percebemos que o Estado continuou produzindo muito cinema e hoje é difícil assistir a essa produção. A ausência das salas de cinema pode vir a fazer com que essa produção tenha uma baixa e a gente sairia desse lugar

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Transnordestina no PAC foi uma batalha ganha, mas temos ainda uma guerra pela frente

Entre o Natal e o Ano Novo de 2022, os pernambucanos fomos surpreendidos por uma facada nas costas do desenvolvimento do Estado com a remoção do trecho que permitia a chegada da Transnordestina em Pernambuco até o porto de Suape. Na calada do recesso natalino, foi assinado, entre o Governo Federal e a empresa concessionária (TLSA), um aditivo ao contrato de concessão fazendo desaparecer o trecho pernambucano sem o qual Suape não passará de um porto local, deixando de realizar sua enorme vocação para hubport internacional. Não há porto relevante no mundo que não seja servido por ferrovia. Depois que percebemos a traição cometida com Pernambuco (a União, que é o poder concedente da ferrovia, nunca poderia ter permitido isso, muito menos da forma como foi feita, praticamente às escondidas), começamos uma articulação das entidades empresariais da sociedade civil com o Governo do Estado e a classe política que culminou no evento da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) em 17.07.23. O manifesto divulgado no evento solicitava a inclusão do trecho pernambucano no novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e no PPA (Plano Plurianual) 2024-2027. Com o lançamento do PAC na sexta-feira 11.08.23, ganhamos a primeira batalha. Agora, falta o PPA e a retomada das obras interrompidas. Mas as próximas batalhas tendem a ser crescentemente mais difíceis porque os concorrentes (que fizeram desaparecer o trecho Salgueiro-Suape) estão atuantes, inclusive com um anúncio veiculado na GloboNews tratando da ferrovia que só chega ao porto de Pecém, sem o trecho de Salgueiro a Suape. É preciso, pois, nos mantermos vigilantes e mobilizados pois foi a mobilização que nos trouxe de volta ao jogo depois do trecho pernambucano ter sido colocado no limbo no final de 2022. E essa mobilização aponta para os seguintes próximos passos: (1) o Governo do Estado formalizar o pedido dos projetos do trecho pernambucano à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), incluindo o famoso relatório da consultoria McKinsey & Company (que supostamente embasou a decisão da retirada do trecho pernambucano da concessão), como na música Conceição cantada por Cauby Peixoto, “ninguém sabe, ninguém viu”; e (2) efetivação de um convênio entre o Governo do Estado e o Governo Federal que deixe claras as responsabilidades das partes envolvidas na retomada das obras da ferrovia em Pernambuco. Isso porque, nunca é demais salientar, a Transnordestina é um equipamento vital para o desenvolvimento de Suape, de Pernambuco e de todo o chamado Nordeste Oriental (Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte). Se, por um terrível acaso, o trecho de Salgueiro a Suape não fosse construído, toda esta parte do Nordeste estaria irremediavelmente desconectada da malha ferroviária nacional conforme definido pelo Plano Nacional de Logística que, inclusive, prevê uma continuidade da Transnordestina completa até a ferrovia Norte-Sul (ver o trecho vermelho dentro do círculo cinza no mapa acima), a partir de Eliseu Martins no Piauí. Em suma, como já se disse por aí, em frase atribuída ao presidente norte-americano Thomas Jefferson, “o preço da liberdade é a eterna vigilância”. Pois se quisermos ter a liberdade de conduzir o desenvolvimento Pernambuco, temos que nos manter eternamente vigilantes porque tem uma turma aí, que não é pequena, querendo nos tungar.

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Polo Médico: entre investimentos e desafios

*Por Rafael Dantas Pernambuco abriga no Recife um dos maiores polos médicos do Brasil, com grandes hospitais públicos, privados e filantrópicos. Como todos os setores do País, a pandemia atingiu fortemente a saúde, que ainda não superou por completo as sequelas da pandemia. Porém, enquanto ainda busca a sustentabilidade e tenta se equilibrar ante as altas taxas de inflação médica, a capital pernambucana assiste também à chegada de novas estruturas e, principalmente, de mais tecnologia. As novas forças do setor não estão concentradas na Ilha do Leite, principal região do Polo Médico recifense, mas espalhadas também em bairros como o Pina, Santo Amaro e Caçote. Há investimentos milionários privados e públicos em andamentos e alguns recém-inaugurados. Os problemas, porém, que constam na agenda do setor, estão em um campo nacional ou até internacional. A receita entre a política e a economia, que preocupa a classe empresarial da saúde, foi o combustível dos debates do 10º Congresso Fenaess, promovido pela Fenaess (Federação Nacional dos Estabelecimentos e Serviços de Saúde) e pelo Sindhospe (Sindicato dos Hospitais Particulares de Pernambuco). Reforma tributária, Piso da Enfermagem e a inflação médica são alguns dos assuntos que os representantes dos hospitais querem discutir. NOVAS ESTRUTURAS DO SETOR NO RECIFE Uma das mais recentes novidades no setor foi a inauguração de um hospital dentro do Riomar Shopping: o MaxDay Hospital, fruto de investimentos de R$ 35 milhões. O hospital atende procedimentos de pequena e média complexidade, oferecendo alta médica no mesmo dia. O conceito inovador de hospital dia contribui para a maior segurança dos pacientes, de acordo com Alberto Souza Leão, um dos diretores do empreendimento. “O paciente chega e sai em, no máximo, 12 horas. Sem complicação ou exposição desnecessária”. A conexão com o shopping traz comodidades ao empreendimento, como acesso facilitado para médicos com clínicas nas proximidades e a possibilidade de desfrutar das opções de restaurantes do local. O Max Day Hospital representa um investimento 100% pernambucano. Com uma área de 3 mil m², a unidade conta com um centro cirúrgico, composto por nove salas, incluindo salas de recuperação, além de 35 leitos e UTI. A capacidade da unidade é de realizar, por dia, de 60 a 70 cirurgias. O Hospital Santa Joana Recife também recebeu fortes investimentos recentes, em seu setor de oncologia. A rede Americas, do UnitedHealth Group Brasil, investiu R$ 6 milhões para o Cancer Center, unidade oncológica do hospital. A estrutura proporciona tratamento integrado para casos oncológicos adultos e pediátricos, com capacidade para atender 10 pacientes simultaneamente. “Com o investimento, a receita do Cancer Center teve um crescimento de 100%. Também houve aumento de 50% no volume de atendimento. A expectativa é de uma ampliação ainda maior com a transferência da estrutura do Centro para a nova torre do Santa Joana, que está prevista para inaugurar no segundo semestre de 2024”, afirmou a diretora-executiva do hospital, Érica Batista. O Santa Joana também inaugurou uma Clínica Hiperbárica em parceria com a Clínica Regenere. A unidade oferece tratamento para casos de complicações cirúrgicas, úlceras varicosas, lesões decorrentes do diabetes e radioterapia. “Essa modalidade terapêutica intra-hospitalar é pioneira em Pernambuco e proporciona uma abordagem mais prática e rápida para pacientes internados”. No conjunto de novidades do último ano do setor médico do Recife está o novo prédio do HCP (Hospital do Câncer de Pernambuco). Fruto do investimento de R$ 8 milhões, a unidade aumentou a capacidade de atendimento em 30%. O edifício Governador Eduardo Campos conta com uma área de 8.890 m², abrangendo o Centro de Quimioterapia, a enfermaria de onco-hematologia, 20 leitos de UTI e um novo centro cirúrgico. “Nesse novo prédio, estruturamos toda a quimioterapia no térreo e aumentamos em 20 leitos a nossa unidade de terapia intensiva. Temos um total de 30 leitos de UTI. Com essa operação, já estamos atendendo bem melhor a população, também com um novo equipamento de radioterapia. Atendemos 100% SUS e somos também 100% oncológicos. Somos um dos quatro hospitais do País dessa forma e seguimos trabalhando bastante para ter melhores equipamentos e para reequipar o nosso centro cirúrgico. Além desses investimentos, estamos promovendo ações de gestão para fortalecer a transparência do hospital para mostrar à comunidade o que estamos recebendo e onde estamos gastando as doações e recursos que estão sendo disponibilizados”, afirmou o superintendente do HCP, Sidney Neves. No Imip, a superintendente Tereza Campos destacou uma série de ações para qualificar a prestação de serviços. “Na assistência, inauguramos a UTI Cardiológica Pediátrica, que tem capacidade para 10 leitos. A reestruturação física e a aquisição de equipamentos foram financiadas pelo Governo do Estado de Pernambuco”. O hospital está construindo também uma usina de energia solar, dentro dos esforços socioambientais. A gestora destaca ainda o reforço da segurança dentro do complexo hospitalar, com a instalação de um novo modelo de controle de acesso. “O Imip deu um passo importante para a qualificação do ensino e da pesquisa com a criação do Comitê Institucional de Cooperação Internacional e a reestruturação da Biblioteca Ana Bove, que ganhou instalações modernas e novos recursos tecnológicos. Por fim, no início de 2023, concluímos a implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente, inovação que reduziu o consumo de papel no hospital, além de padronizar e garantir mais segurança com os dados dos nossos usuários”, explicou Tereza Campos. Esses empreendimentos estão longe de contemplarem tudo o que está sendo erguido no Polo Médico do Recife, mas sinalizam os esforços de reestruturação, ampliação de serviços e da capacidade de atendimento, aportes em tecnologia, além da construção de novos centros hospitalares. INVESTIMENTOS EM ANDAMENTO Se a cidade já visualizou algumas inaugurações no pós-pandemia no Polo Médico, há um conjunto de novos investimentos, envolvendo recursos maiores no horizonte de 2024. O Hospital Santa Joana Recife, por exemplo, investiu mais de R$ 100 milhões na construção de um novo prédio hospitalar, com 15 andares e cerca de 15 mil m². A unidade vai ser inaugurada em 2024 e está integrada ao atual complexo hospitalar, no bairro das Graças. A nova torre abrigará um centro cirúrgico, com 132

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Descontentamento da população de menor renda reflete barreiras de crédito e endividamento

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no Brasil registrou um aumento de 1,8% entre julho e agosto, segundo cálculos da CNC. No entanto, a pesquisa realizada pela Fecomércio-PE, com foco em Pernambuco, revelou um crescimento ainda mais expressivo, atingindo 2% nesse período. Os resultados indicam melhorias nas avaliações do emprego, perspectivas profissionais, nível de consumo atual, expectativas de consumo e apropriação de bens duráveis no estado. Panorama do Emprego e Perspectivas Profissionais em Pernambuco A pesquisa destaca que 23% dos pernambucanos se sentem mais seguros em relação ao emprego comparado ao ano anterior. Enquanto 37,7% daqueles com renda acima de 10 salários-mínimos compartilham essa confiança, 34,8% dos entrevistados com renda inferior a 10 salários-mínimos também se sentem em situação semelhante. As perspectivas profissionais permanecem divididas entre uma melhora (37,6%), piora (34,5%) ou incerteza (28%). Observa-se que a população com renda mais alta demonstra maior otimismo em relação ao emprego, com 52,7% acreditando em boas perspectivas profissionais. Desafios de Acesso ao Crédito e Comportamento de Consumo em Pernambuco As diferenças entre faixas de renda também se refletem no acesso ao crédito e nos padrões de consumo. Enquanto 44,1% da população com renda acima de 10 salários-mínimos percebeu maior facilidade no acesso ao crédito comparado a 2022, 29,5% da população de renda mais baixa sente o contrário. Isso influencia as decisões de consumo, onde 45,9% das famílias com renda até 10 salários-mínimos estão comprando menos em comparação ao ano passado, ao passo que 42,3% daqueles com renda superior a 10 salários-mínimos aumentaram suas compras. A pesquisa também revela um cenário desafiador para empresas de comércio e serviços devido à desigualdade de renda, afetando as perspectivas de consumo.

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Bruno Bezerra

“Temos um robusto ecossistema empreendedor cercado por péssimas estradas”

Conhecido pela determinação de seus empreendedores, o Polo de Confecção do Agreste superou mais uma dificuldade ao atravessar o complicado período da pandemia. Hoje o setor se recupera da crise sanitária e econômica e investe em novas tecnologias, principalmente na venda pela internet e, segundo Bruno Bezerra, presidente da CDL (Câmara de Diretores Lojistas) de Santa Cruz do Capibaribe, são boas as perspectivas para o segundo semestre. Mas o polo ainda enfrenta desafios como os transtornos logísticos provocados pela situação das rodovias na região, o antigo problema do abastecimento de água, além de dificuldades na área da segurança. Outro tema que tem trazido dor de cabeça aos empresários do ramo de confecções no Agreste é a isenção concedida pelo Governo Federal nas importações de compras de até US$ 50. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Bruno Bezerra analisa as dificuldades e os progressos do setor e como o anúncio do PAC e o fato de a governadora Raquel Lyra ser do Agreste e conhecer a realidade local podem ajudar a solucionar os gargalos do setor. Como está a conjuntura atual do Polo de Confecções, neste pós-pandemia? No decorrer de uma jornada empreendedora de aproximadamente 60 anos, um dos grandes diferenciais do Polo de Confecções do Agreste Pernambucano tem sido uma incrível capacidade de adaptação para melhor posicionar-se diante de adversidades e oportunidades. Foi assim durante a pandemia e tem sido assim no pós-pandemia. Este ano, por exemplo, depois de décadas, mudamos os dias de funcionamento do Moda Center, a nossa principal feira, que acontece em Santa Cruz do Capibaribe, cidade-mãe do Polo de Confecções do Agreste. Antes era realizada sempre às segundas e nos períodos de alta temporada (maio, junho e novembro/dezembro) aos domingos e segundas. Atualmente a feira acontece às sextas. Uma mudança necessária para ganharmos competitividade e nos adaptar a uma nova dinâmica logística do mercado, além de promover a qualidade de vida dos nossos empreendedores. Outro ponto relevante no pós-pandemia tem sido a profissionalização do processo de digitalização das empresas do polo. Nossos empreendedores entenderam a importância estratégica de dominar as vendas digitais e aliar o físico com o digital no negócio. Como tem sido esse investimento das empresas nas vendas digitais e quais os resultados? Muitas empresas do Polo de Confecções estão conseguindo um excelente nível de maturidade digital. Isso acontece quando o empreendedor de curiosidade aguçada decide investir tempo e recursos financeiros na preparação das equipes e na adequação da estrutura para dominar as vendas online, além de se manter atualizado com as mudanças que acontecem cada vez mais rápido. Os resultados têm sido os melhores possíveis, sobretudo porque os empreendedores não precisam deixar as vendas presenciais por causa das vendas online. Eles estão entendendo que não é um contra o outro, é um com o outro, é o digital como mais um canal de vendas. Qual foi o crescimento de vendas e/ou faturamento do setor no ano passado e quais as perspectivas para este ano? São períodos complicados para termos como referência, pois em 2021 e 2022 houve uma forte influência da pandemia no ambiente de negócios. Já em 2023 houve uma mudança de Governo Federal, depois de uma das mais polarizadas eleições para presidente da República, o que gerou um cenário de incerteza que praticamente paralisou o mercado. A partir do início do segundo semestre de 2023, começamos a ter mais clareza da situação. Esperamos ter boas rodadas de negócio no mês de agosto e um excelente período de alta temporada nos meses de novembro e dezembro. Qual a perspectiva do setor em relação à gestão da governadora Raquel Lyra, que é do Agreste Pernambucano? A expectativa é a melhor possível. Pela primeira vez na história temos uma governadora que é do Agreste Pernambucano e conhece bem o potencial do Polo de Confecções. Contudo, temos também desafios gigantescos. Se levarmos em consideração que a maior parte dos insumos vem de fora de Pernambuco e a maioria também dos clientes que compram no polo vem de outros estados, podemos afirmar que nosso negócio é essencialmente de logística. Hoje temos no Polo de Confecções do Agreste Pernambucano um robusto ecossistema empreendedor cercado por péssimas estradas de todos os lados (do território pernambucano). O problema do abastecimento d’água que se arrasta por décadas e dificulta a promoção de um real desenvolvimento socioeconômico. Sem falar na falta de segurança que afasta compradores do Polo de Confecções com a violência nas cidades que formam o polo e, especialmente, com os assaltos que acontecem constantemente nas estradas que levam até as feiras de Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru. O setor já levou essas questões para a governadora? E como o setor avalia o anúncio do PAC que entre outros investimentos prevê adequação da BR 104 (Caruaru – Divisa PB) e a primeira etapa da Adutora do Agreste Pernambucano? Constantemente essas questões são levadas para o Governo do Estado, agora em agosto tivemos reunião com a secretária de Defesa Social para tratar da questão da segurança. A questão da BR-104 em 2024 completará 15 anos. Uma situação lamentável, uma vergonhosa debutante que promove prejuízos ao nosso ambiente de negócios e vem tirando a vida de muitas pessoas com diversos acidentes ao longo de todos esses anos. A questão da água é um apelo de décadas. Durante todo esse tempo nunca desistimos de gritar, por mais que todos parecessem surdos. Como sempre, nos resta continuar trabalhando duro no fortalecimento do Polo de Confecções do Agreste Pernambucano, um dos mais robustos ecossistemas de negócios da América Latina. Por mais que a jornada até aqui diga que não, é nosso dever abraçar a esperança, ainda mais agora com o anúncio do PAC. Vamos seguir cobrando o retorno dos impostos que pagamos, para que nossos governantes façam o que precisa ser feito para melhorar a infraestrutura do Polo de Confecções. Que Deus nos abençoe nessa missão. O setor tem sofrido o impacto do e-commerce internacional que agora tem isenção de imposto de importação em compras até US$ 50? A isenção de imposto

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Quais as perspectivas do Novo PAC para o Estado de Pernambuco?

*Por Rafael Dantas O anúncio do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) promete para Pernambuco um volume de R$ 91,9 bilhões, a serem executados nos próximos quatro anos. Frente aos baixíssimos indicadores de investimento das últimas gestões do Governo Federal, o otimismo da classe política e empresarial é grande. Porém, há um conjunto de peças colocadas nesse tabuleiro econômico e político que precisam se acertar para que o Estado colha os frutos desses empreendimentos. A cautela se dá, principalmente, pelo fato de o PAC ter um histórico recente de baixa execução de projetos. No entanto, ao menos no plano de jogo – dos projetos apresentados – o programa indica estar no caminho certo. No conjunto de investimentos anunciados no PAC, há algumas peças chaves montadas pelo Governo Federal em comunicação com o Governo do Estado. Um terço de todos os recursos previstos para Pernambuco (R$ 30,9 bilhões) estão nas pastas que englobam infraestrutura, mobilidade e cidades. Somente no Programa Água para Todos, por exemplo, estão previstos R$ 10,3 bilhões para a revitalização das bacias hidrográficas, em projetos de preservação, conservação e recuperação. Para virar o tabuleiro da estagnação econômica e da baixa competitividade no Estado, entre as obras previstas mais importantes para Pernambuco estão a Transnordestina, os investimentos de recuperação e adequação das rodovias, as adutoras, a retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima e o Minha Casa Minha Vida. Para o Metrô do Recife está previsto apenas um estudo para a requalificação. Sobre o esperado Arco Metropolitano aparece nas planilhas do programa uma alínea de construção da variante do Contorno de Recife (BR-101/408). Além das obras já anunciadas em âmbito nacional, a partir do próximo mês o Governo Federal promete lançar editais para outros projetos prioritários de estados e municípios que somam R$ 136 bilhões. As áreas beneficiadas nessa nova fase são desde a urbanização de favelas, construção de unidades de saúde básica, creches, entre outras. Há uma expectativa, portanto, de que o Estado ou os municípios pernambucanos consigam novos projetos aprovados nessa outra fase do PAC. DO MARKETING À EXECUÇÃO DAS OBRAS O economista Sérgio Buarque descreve o PAC como uma coleção de projetos e intenções, muitos deles já existentes ou antigos, empacotados com um grande marco de marketing do Governo Lula. Ele considera positivo o fato de o programa estar mais aberto a concessões e PPPs (parcerias público-privadas), mas avalia que essa postura não se reflete nos projetos que foram pensados para Pernambuco. A efetividade desses anúncios é a grande dúvida que ele levanta, a partir do histórico do programa. “O PAC é uma coleção de projetos e intenções. Agora, isso lembra o que todo governo faz no primeiro ano, que é o plano plurianual, que vai para a aprovação do Congresso, e está previsto de ser realizado precisamente em quatro anos. A diferença é que eles empacotaram e fizeram marketing. Isso não é ruim. Mas está criando expectativas muito grandes de coisas que a gente não tem muita certeza de como é que vão ser, porque o Governo Federal tem limitações e porque boa parte do que está pensado depende da disposição dos empreendedores privados”, ressalva o economista. Do montante de R$ 1,7 trilhão projetado de investimento para todo o País, dos cofres do Orçamento Geral da União estão previstos R$ 371 bilhões. O restante está na conta das empresas estatais, com R$ 343 bilhões; de financiamentos, R$ 362 bilhões; e do setor privado, R$ 612 bilhões. Sérgio Buarque lembra que a parcela de recursos anunciada pelo Governo Federal de investimentos diretos representa pouco mais de 20% do total do PAC. No entanto, esse montante por ano é muito superior à média executada pelo Brasil nos últimos anos. Ele considera que a implementação dos projetos requer um esforço financeiro substancial para alcançar o volume destinado ao Orçamento Geral da União, bem como segurança jurídica e incentivos para envolver o setor privado. TRANSNORDESTINA DE VOLTA A PERNAMBUCO Alguns dos projetos que voltam a surgir no PAC 3, estiveram presentes nas edições anteriores, a exemplo da própria Transnordestina. Iniciada em 2006, a concessão se arrasta há 17 anos na gestão da iniciativa privada. Mesmo com aportes diretos do Governo Federal e financiamentos públicos para a execução do empreendimento, a TLSA retirou o trecho Salgueiro-Suape da ferrovia em dezembro. Como já previsto nas últimas semanas, a linha pernambucana da Transnordestina voltou ao mapa de investimentos. Não se pode falar ainda num xeque-mate do retorno das obras da ferrovia em direção à Suape. Porém, o trecho local voltou ao tabuleiro e precisa avançar novas casas para ser executado. “É fundamental essa integração ferroviária. Tivemos problemas na execução dessa obra, que é antiga. Foi uma vitória, porque ela estava no limbo. Pernambuco foi aglutinando forças e a gente conseguiu botar a classe política no palco e a classe empresarial na plateia para requerer que, imediatamente, a Transnordestina entrasse no PAC e, depois, no PPA. No PAC entrou, no PPA é o próximo passo”, projeta o consultor Francisco Cunha. Após a formulação de um manifesto com assinaturas de mais de 30 organizações e as articulações empresariais para que o pleito chegasse ao Governo Federal, a próxima batalha, na avaliação do consultor, é garantir um cronograma para que as intenções saiam do papel. “Vamos agora voltar às reuniões para ver como a gente amplia a pressão. Fizemos um gol, mas ainda tem um longo caminho pela frente.” São esperadas novas definições sobre os recursos, o modelo de execução e gestão, além dos prazos para cada etapa das obras do empreendimento tão aguardado pelo setor produtivo de Pernambuco. As expectativas é de que seja executado inicialmente pela Infra S/A, com investimentos na ordem de R$ 4,5 bilhões. Além das palavras do presidente Lula e do ministro de transportes Renan Filho, o consultor destaca ainda a presença de dois pernambucanos à frente da Sudene e do Banco do Nordeste como fatores positivos para o avanço da linha ferroviária em Pernambuco. Para o economista Sérgio Buarque, tanto na Transnordestina (Salgueiro-Suape), como nos demais

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O que já foi anunciado sobre a Transnordestina após lançamento do PAC?

Um dos maiores pleitos pernambucanos para o Programa de Aceleração do Crescimento era a realização da linha Salgueiro – Suape da Transnordestina. O trecho, que foi excluído do projeto em dezembro, ainda no Governo Bolsonaro, entrou na lista de obras previstas no Novo PAC. Mas sem muitos detalhes. Em entrevistas, no entanto, o ministro dos Transportes Renan Filho vem clareando os próximos passos para que a ferrovia saia do papel. INVESTIMENTO Em coletiva, ele mencionou que enquanto os trajetos ligando Eliseu Martins (PI) a Salgueiro, localizado no interior pernambucano, e de Salgueiro ao Porto de Pecém, no Ceará, serão executados através de financiamento privado avaliado em cerca de R$ 7 bilhões, o trecho que interliga Salgueiro ao Porto de Suape tem um custo estimado de R$ 4 bilhões, será construído com recursos provenientes do OGU. A novidade da coletiva foi a informação de quanto do recurso está previsto dentro do PAC. O ministro falou das cifras de R$ 450 milhões para o próximo ano. RENAN FILHO “O trecho de Pernambuco será inserido no PAC e tocado com recursos do OGU. Nesse primeiro momento, até que a gente consiga [os recursos], o governo tem a inserção para o próximo ano de R$ 450 milhões para iniciar a obra”, afirmou Renan Filho. Os investimentos anunciados, então, são relevantes para destravar a retomada das obras, o que já é uma grande notícia para o projeto que estava sem nenhuma previsão. Porém, ele representa ainda menos de 15% do orçamento para sua conclusão. A consolidação desse anúncio no Plano Plurianual e na Lei Orçamentária Anual de 2024 são os próximos passos.

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Matriz Santo Antonio recife

7 fotos do Recife para celebrar o Dia do Patrimônio Histórico

O Dia do Patrimônio Histórico é comemorado hoje (17), em referência ao aniversário do escritor e jornalista Rodrigo Melo Franco de Andrade, que foi responsável pela criação do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), que atualmente tem o nome de Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em comemoração, a coluna Pernambuco Antigamente resgata 7 imagens de imóveis históricos do Recife. As fotos são da Biblioteca do IBGE. Igreja Matriz de Santo Antônio, no Recife (1952)(Autor: Stivan Faludi / Lindalvo Bezerra dos Santos) A Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento de Santo Antônio destaca-se como um dos mais belos templos do Recife, apresentando um estilo barroco colonial. Sua construção foi iniciada em 1753 e finalizada em 1790, sendo dedicada a Santo Antônio. Situada na Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio, essa igreja é um marco arquitetônico significativo. Concatedral de São Pedro dos Clérigos A Catedral de São Pedro dos Clérigos, situada em Santo Antônio, é um destacado exemplar arquitetônico religioso de Pernambuco. De estilo barroco, originou-se da fundação da Irmandade de São Pedro dos Clérigos no Recife, no início do século XVIII. A construção iniciou em 1728, sendo sagrada em 30 de janeiro de 1782. Sua fachada, remodelada em estilo do século XVIII, termina em pequenos pátios. A planta é de Manuel Ferreira Jácome. O interior, marcado pelo século XVII, apresenta pinturas de João de Deus Sepúlveda. Já o forro do coro foi pintado por Manuel de Jesus Pinto entre 1806 e 1807. Em 1998, o Iphan a tombou. Igreja da Ordem Terceira do Carmo Erguida em 1687, a Basílica e Convento Nossa Senhora do Carmo exibe características do estilo barroco. No coração de seu altar ricamente adornado, destaca-se a representação em tamanho real de Nossa Senhora do Carmo, a padroeira do Recife. Vale ressaltar que foi neste convento que Frei Caneca recebeu a ordenação sacerdotal. Fonte das Cinco Pontas O Forte de São Tiago das Cinco Pontas, construção holandesa de 1630, é um ícone arquitetônico colonial no Bairro de São José, Recife. Inicialmente chamado de Forte Frederico Henrique, visava garantir água potável à população e controlar o Rio Capibaribe. Restaurado por João Fernandes Vieira entre 1677 e 1684, o nome atual advém da capela interna dedicada a São Tiago Maior. Atuou como prisão, Quartel General Militar, sede da Secretaria de Planejamento da Presidência e, desde 1982, é o Museu da Cidade do Recife. Frei Caneca foi morto próximo ao histórico paredão adjacente. Forte do Brum (1957) (Foto de Tibor Jablonsky) O Forte de São João Batista do Brum, construído a partir de 1629 em Olinda, teve sua construção continuada pelos holandeses. Após a retomada portuguesa em 1654, foi reconstruído com um fosso inundado e serviu como refúgio durante a Revolução Pernambucana. Também foi prisão de guerra durante a Confederação do Equador e a Insurreição Praieira. Hoje, abriga o Museu Militar. Mercado São José A bela foto do Mercado Público de São José foi registrada pelo fotógrafo Manoel Tondella (1861 – 1921). Este monumento, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1973, ilustra a história da cidade mais antiga entre as capitais estaduais brasileiras. Conhecido por ser o mais antigo edifício pré-fabricado em ferro no Brasil, o Mercado de São José foi trazido da Europa para o Recife no final do século XIX. Sua construção foi planejada pelo engenheiro da Câmara Municipal do Recife, J. Louis Lieuthier, em 1871. Inspirado no Mercado de Grenelle em Paris, o projeto foi executado pelo engenheiro francês Louis Léger Vauthier, também responsável pela construção do Teatro de Santa Isabel. Inaugurado em 7 de setembro de 1875, o mercado recebeu esse nome devido à sua localização no bairro de São José. Sua edificação ocorreu no mesmo local onde existia o antigo Largo da Ribeira do Peixe, tradicional ponto de comércio de diversas mercadorias para a cidade do Recife. Estação Recife Na metade do século XIX, entre 1850 e 1856, foi erguida a primeira estação da Rede Ferroviária do Nordeste, conhecida como Estação Central. Localizada à margem esquerda do rio Capibaribe e em frente à atual Casa da Cultura, na rua Floriano Peixoto, no bairro de São José, Recife. Mais tarde, a Estação Central foi destinada a atender a Estrada de Ferro Central de Pernambuco e oficialmente inaugurada em 1888.

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“Conseguimos uma vitória com a entrada da Transnordestina no PAC”

O Painel Mensal da Agenda TGI traça o panorama das últimas semanas do cenário internacional, nacional e com destaques para Pernambuco. O evento é exclusivo para assinantes, que tem a oportunidade de participar do debate com Francisco Cunha, após a exposição e comentários dos principais acontecimentos que marcaram o mês. Na edição de agosto, Francisco Cunha voltou a destacar a melhoria de uma série de indicadores econômicos, mencionou os desafios do relacionamento com o Congresso Nacional e trouxe novas informes sobre o preocupante cenário das mudanças climáticas. Sobre Pernambuco, o consultor comemora a inclusão oficial da Transnordestina no PAC, mas destaca: “O próximo objetivo é entrar no PPA”. Confira abaixo um resumo dos principais tópicos da apresentação. Conquista da Inclusão no PAC e desafio do PPA: O estado de Pernambuco obteve uma vitória significativa ao conseguir a inclusão da Transnordestina no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Essa conquista é fruto de uma articulação colaborativa envolvendo diversas entidades, tanto empresariais quanto políticas, destacando a importância do trabalho conjunto para alcançar metas estratégicas. Passo a Passo na Articulação Política: Francisco destaca que o processo de conquista e influência requer passos cuidadosamente planejados e articulados. A inclusão da Transnordestina no PAC foi resultado de uma estratégia gradual, que envolveu a mobilização de várias partes interessadas e a criação de uma pressão progressiva para alcançar os objetivos propostos. Progresso na Pressão e Resultados Alcançados: A inclusão da Transnordestina no PAC foi uma conquista importante, simbolizando um gol em um jogo estratégico de pressão e negociação. O sucesso dessa iniciativa ressalta a eficácia da colaboração entre setores público e privado para impulsionar projetos de infraestrutura e desenvolvimento. O próximo passo é a inclusão no Plano Plurianual (PPA) e a definição de um cronograma para o projeto. Quebra de braço em Brasília: No cenário político atual, observa-se a estratégia da “operação tartaruga” na Câmara dos Deputados, que pode ser interpretada como uma tática de espera em relação às trocas ministeriais e à votação do arcabouço fiscal, incluindo a reforma em discussão. Essa postura evidencia uma queda de braço política entre Lula e a liderança de Arthur Lira na Câmara. A dinâmica política envolve movimentações estratégicas por parte de ambos, visando ao alcance de seus objetivos e à influência nas decisões do legislativo. Brasil Melhora Classificação de Risco e perspectiva de crescimento. O Brasil registra avanços na economia com o aumento da classificação de risco pelas agências FIT e S&P, indicando melhoria no desempenho e responsabilidade fiscal do governo. O país busca recuperar seu status de grau de investimento, refletindo a retomada econômica e esforços de gestão. No ano, o País foi o que mais cresceu a perspectiva de crescimento esperado do PIB em 2023. Exportações Brasileiras Fortalecidas: A balança comercial brasileira apresenta números positivos, com saldo de 9 bilhões de reais em julho de 2023. A carência global de grãos impulsiona as exportações, favorecendo a economia brasileira. Essa tendência, juntamente com o crescimento do consumo e a queda da inadimplência, aponta para uma recuperação consistente. Mercado Financeiro Dividido sobre Política Econômica: O mercado financeiro brasileiro revela uma divisão de opiniões sobre a política econômica. Pesquisas mostram que 47% acreditam que a política está na direção certa, um aumento significativo em relação aos 10% anteriores. No entanto, a incerteza persiste, com 53% considerando a situação como errada. O otimismo sobre a economia e a confiança na recuperação também crescem, consolidando a percepção de que o país está no rumo certo. Moeda Digital: O Banco Central também está avançando na criação da moeda digital, chamada de Drex (real digital), que oferecerá um ambiente seguro e regulado para o desenvolvimento de negócios e a participação da população na economia digital. Essa iniciativa tem como objetivo proporcionar mais pessoas com acesso aos benefícios da economia digital, representando um passo significativo na modernização do sistema financeiro. Mudanças climáticas: O consultor ressalta recordes preocupantes na crise climática. Julho, o mês mais quente já registrado globalmente, testemunhou temperaturas extremas, como 52 graus na China e 37 graus na Cordilheira do Chile. O secretário-geral da ONU alerta para uma ‘era de ebulição global’, enfatizando a gravidade do aquecimento. Incêndios intensos no Havaí refletem esse cenário. Apesar disso, há sinais positivos: desmatamento na Amazônia caiu 42%, mas cresceu no Cerrado. Cunha destaca a necessidade de enfrentar o novo normal quente e agir em prol da sustentabilidade. Francisco Cunha alerta ainda para a elevação do nível dos oceanos, evidenciando a subida de 10 centímetros em 30 anos, prejudicando regiões litorâneas como Recife. Desafios da Demografia Internacional: O panorama econômico revela desafios para o setor imobiliário, incluindo uma grande empresa que demonstra insatisfação. O alto desemprego entre jovens, acima de 20%, gera preocupação. A trajetória da taxa de desocupação, afetada pela pandemia, segue uma tendência de queda, projetando um crescimento anual de cerca de 3% até 2028. A China, agora segunda em população após a Índia, enfrenta um dilema com uma juventude educada e escassez de empregos qualificados, levantando riscos de instabilidade política. O presidente dos EUA alimenta tensões ao chamar a economia chinesa de ‘bomba-relógio’. Na Europa, programas de incentivo financeiro buscam novos moradores para lidar com desafios demográficos.

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