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Pernambuco vai contar com R$ 5,7 bilhões do Fundo de Financiamento do Nordeste

O anúncio foi feito pela Sudene e pelo Banco do Nordeste A Sudene e Banco do Nordeste anunciaram que Pernambuco contará com R$ 5,7 bilhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para o próximo ano. O superintendente do Banco do Nordeste em Pernambuco, Hugo Luís de Queiroz, afirmou que o objetivo do fundo é proporcionar desenvolvimento econômico e social para a região Nordeste e “para que a gente consiga ser efetivo com relação a esse objetivo, escutar os atores envolvidos no processo é fundamental, para entender quais são as expectativas, as atividades que hoje fazem sentido a gente redirecionar ou direcionar o FNE”. Os R$ 5,7 bilhões do FNE destinados para Pernambuco serão divididos entre os setores de Comércio e Serviços (R$ 1,4 bilhão), Infraestrutura (R$ 1,3 bilhão), Pecuária (R$ 1,2 bilhão), Indústria (R$ 753,1 milhões), Agricultura (R$ 711,2 milhões), Turismo (R$ 156,5 milhões), Agroindústria (R$ 84,6 milhões), FNE Verde Sol Pessoa Física (R$ 30,3 milhões) e FNE P-Fies (R$ 500 mil).O orçamento total do fundo pra 2025, contemplando os 11 estados da área de atuação da Sudene, está estimado em R$ 47,2 bilhões, 18,6% superior à estimativa inicial do FNE para este ano. Hugo Luís de Queiroz apresentou em reunião realizada ontem (17) um histórico de aplicações do FNE em Pernambuco entre 2020 e agosto de 2024, período que somou R$ 16,6 bilhões repassados pelo Fundo, que representaram 436,4 mil operações. O destaque foi o ano passado, que registrou financiamentos de R$ 4,64 bilhões. “Em 2024, devemos caminhar para uma aplicação maior que a de 2023”, enfatizou. No período avaliado, foram repassados R$ 10,77 bilhões para o semiárido, o que representa 64,94% do total. Entre os setores, o maior volume de recursos foi para Comércio e Serviços (R$ 5,9 bilhões), enquanto a divisão por tipologia contemplou os municípios considerados prioritários (de baixa e média rendas) com R$ 13 bilhões. Sebrae investe na suinocultura no Agreste Criadores de suínos do Agreste estão recebendo apoio do Sebrae/PE e da Prefeitura de Canhotinho para beneficiar a criação e ampliar os lucros. Nove criadores da região estão sendo beneficiados com consultorias de boas práticas na suinocultura, além da capacitação em diversos aspectos da criação, somando 90 horas de orientação técnica. “Com o aumento das atividades produtivas de suínos na região do Agreste Meridional, o Sebrae tem dado uma maior atenção para a profissionalização da atividade, em busca de garantir maior produtividade para os criadores”, explica Lucas Araújo, analista do Sebrae/PE. Ele conta que os trabalhos de articulação com o setor tiveram início em janeiro deste ano, quando aconteceu a palestra “A importância do diagnóstico na suinocultura”, realizada em parceria com a Secretaria de Agricultura e a Sala do Empreendedor. O objetivo foi despertar nos produtores locais a conscientização do potencial de produção da atividade na região. Já as atividades da consultoria Sebraetec começaram em agosto e seguem até dezembro. Nesse período, os suinocultores vão receber orientações técnicas sobre: adequação da infraestrutura de produção; manejo alimentar e nutricional dos animais em cada fase de desenvolvimento na granja; práticas que compõem o manejo reprodutivo nas granjas; correta detecção do cio; acompanhamento no período de gestação; cuidados com os leitões; manejo sanitário dos animais; e controle econômico e zootécnico. Sorvetes Frosty anuncia novo diretor de marketing A Sorvetes Frosty, empresa cearense de gelados comestíveis, está em franca expansão pelo nordeste e em Pernambuco, anunciou Christian Borges, como novo diretor de marketing. Durante sua trajetória, Christian atuou em empresas regionais e nacionais, passando por 14 estados brasileiros e Distrito Federal, onde liderou reestruturações estratégicas, campanhas integradas, projetos de inovação e equipes multidisciplinares. “Estou muito empolgado com esse novo momento na Frosty, que também passa por um plano de expansão ambicioso, o que só aumenta a minha responsabilidade e a honra por confiar em meu trabalho. Quanto a minha atuação, trago como compromisso a conexão de pessoas a marcas de forma autêntica, criando experiências de valor duradouro e construindo marcas que geram impacto real. Busco transformar marcas em agentes de transformação social, equilibrando criatividade, experiências e resultados". Recentemente, a corporação inaugurou a 16ª unidade em Pernambuco, que hoje é a segunda maior praça da marca no nordeste.

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"As populações pobres são mais excluídas do verde urbano"

Maurício Ferreira, professor da USP, fala de estudos que comprovam os benefícios dos parques para a saúde dos moradores das cidades e para amenizar o calor. Destaca que pessoas mais vulneráveis têm menos acesso a esses espaços e explica a regra 3:30:300, que serve como um norteador para arborizar zonas urbanas. Pesquisas científicas realizadas em várias partes do mundo demonstram que as áreas verdes das cidades proporcionam muito mais do que ambientes de lazer. Elas são verdadeiros remédios naturais por estimularem as pessoas a praticarem atividades físicas, além de contribuírem para prevenir uma série de doença – de hipertensão à diabetes, mas também beneficia a saúde mental e auxilia na redução do estresse. Não por acaso, hospitais como o Albert Einstein, em São Paulo, tem investido em ambientes com vegetação, devido aos benefícios proporcionados às pessoas hospitalizadas. Espaços arborizados também amenizam o calor, um benefício nada desprezível nestes tempos de aquecimento global. “Uma árvore grande pode transferir, do solo para a atmosfera, entre 100 e 300 litros de água. Imagina uma praça, um parque inteiro, quantas toneladas de água não vão para a atmosfera?”, ressalta o biólogo e ecólogo Maurício Ferreira, professor da USP (Universidade de São Paulo). Nesta conversa com Cláudia Santos, ele ressalva que essas vantagens dificilmente são usufruídas pelas populações mais pobres, já que os espaços verdes se concentram em maior proporção nos bairros mais nobres. E, mesmo quando há áreas arborizadas próximas a esse segmento populacional, elas não são qualificadas, isto é, não são acessíveis no formato de parques ou praças. Maurício Ferreira afirma, porém, que várias cidades do mundo estão atentas à necessidade de espaços arborizados e explica nesta entrevista o conceito da regra 3:30:300, usada como norteador para as zonas verdes urbanas. Como estão as cidades brasileiras em relação às áreas verdes que dispõem? Temos um retrato bastante heterogêneo. São Paulo, por exemplo, é uma megacidade e quase metade dela é só áreas verdes, mas extremamente mal distribuídas. Há um grande maciço florestal na Zona Sul, algumas manchas grandes na Zona Norte, bem como na Zona Leste, onde fica o Parque do Carmo, mas é uma distribuição muito heterogênea. Outro exemplo é a cidade do Guarujá, que tem quase 67% de áreas verdes, duas áreas protegidas e está discutindo a criação de uma terceira área protegida. Esses instrumentos de conservação são muito importantes pois tornam a distribuição do verde urbano mais homogênea, trazendo benefícios para a saúde física e mental das pessoas que passam a usufruir desses espaços. Já Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, tem um perfil diferente, é uma cidade que acabou de fazer o plano diretor de arborização, tem bastante espaço verde, mas com uma estrutura de distribuição de baixa densidade nos bairros. Assim, de uma forma geral, as cidades são muito heterogêneas, e o grande problema das áreas verdes urbanas é a distribuição. As áreas historicamente mais ricas são avantajadas em termos de verde urbano em detrimento das áreas pobres. Quando as áreas pobres têm bastante verde urbano, como na Zona Sul de São Paulo, são áreas não qualificadas, e as pessoas normalmente não usufruem desses espaços porque não há uma infraestrutura mínima. É uma área verde não qualificada para visitação. Quais benefícios as áreas verdes proporcionam para as populações urbanas? Há uma relação evolutiva de proteção dos seres humanos com as árvores no que se refere ao abrigo saudável, frescor, sombra, amenização de temperaturas. Áreas verdes, por si só, trazem benefícios diretos e indiretos. Um dos benefícios indiretos está na capacidade de frescor do ambiente, pois as árvores conseguem transpirar água. Uma árvore grande pode transferir, do solo para a atmosfera, entre 100 e 300 litros de água. Imagina uma praça, um parque inteiro, quantas toneladas de água não vão para a atmosfera? Isso ajuda a manter menor a amplitude térmica, nas horas mais quentes do dia em relação às horas mais frias, trazendo benefícios, principalmente para idosos ou recém-nascidos, que são um público mais vulnerável a essas grandes variações de temperatura. Essa amenização térmica está associada a menores taxas de hospitalização. Já os benefícios diretos consistem na possibilidade de as pessoas usufruírem da sombra nos parques para atividades esportivas, religiosas, de espiritualidade, meditação, por exemplo. Vale ressaltar essa relação de proteção e bem-estar da espécie humana com as árvores. Alguns hospitais em São Paulo, como o Albert Einstein, apresentam benefícios nos indicadores de saúde de pacientes tratados em quartos com vistas para árvores, tanto que o hospital passou a utilizar quadros de árvores nos quartos. Além disso, foi inteiramente repaginado, dispõe de muito verde, tem um jardim lindíssimo no ambiente onde as pessoas transitam, o que traz uma sensação de bem-estar maior. Daí a importância dos espaços verdes nas cidades. Estamos falando de equipamentos urbanos que podem oferecer, diretamente, um espaço para a prática de esportes, evitando o sedentarismo e as doenças dele decorrentes ou, eventualmente, para restauração de estresse, restauração mental e, assim, a pessoa tem mais qualidade de vida e mais saúde. Em 2018, o SUS gastou R$ 3,5 bilhões no tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, que são hipertensão, diabetes e obesidade. Se tivéssemos mais espaços verdes qualificados, isso poderia ser reduzido em até 15%. Enfim, é uma situação mais confortável democratizar o verde urbano para que ele possa oferecer o seu serviço ambiental à população. O senhor poderia detalhar a relação entre algumas doenças e a ausência de verde nas cidades? Existe a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), que está muito associada à poluição, mas também é uma doença ligada ao tabagismo. Ou seja, não se pode culpar a poluição, principalmente se a pessoa é fumante ou mora em uma casa com outras pessoas que fumam. Mas também já há estudos mostrando que, nas cidades mais poluídas, a incidência dessa doença é alta em não fumantes. Além da poluição do ar, existe um estudo da cidade de São Paulo que mostra vários outros fatores, inclusive sociais. Segundo esse estudo, as pessoas que moram na Zona Leste, que é o lugar mais cinza

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Secretário avalia impacto positivo dos investimentos na geração de emprego

Guilherme Cavalcanti destacou a mobilização de mão de obra promovida por grandes empreendimentos públicos e privados em Pernambuco *Por Rafael Dantas O Secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, avalia que a retomada dos empregos no Estado foi impulsionada por uma combinação de investimentos públicos em infraestrutura, políticas fiscais favoráveis e a confiança crescente da iniciativa privada. Segundo ele, o governo estadual tem adotado uma série de medidas que simplificam o ambiente de negócios e promovem setores estratégicos, como a agropecuária e a logística. “A governadora Raquel Lyra liderou a articulação regional para manutenção do regime automotivo do Nordeste, alterando regras tributárias que descomplicam, simplificam e modernizam o nosso sistema fiscal. Paralelo a isso, realizou um grande programa de regularização fiscal, adaptando regras para incentivar cadeias como a da bacia leiteira e o setor de logística. Com isso, a gestão já captou mais de R$ 5 bilhões em operações de crédito para investimentos em nosso Estado. Tudo isso, criou o ambiente e as condições para que grandes grupos empresariais comprometessem mais de R$ 30 bilhões em investimento", afirmou Cavalcanti. Ele ainda ressaltou que setores como a indústria de alimentos e o setor de serviços respondem rapidamente aos estímulos criados, demonstrando um crescimento promissor. De acordo com o secretário, o investimento da Stellantis, de R$ 13 bilhões, da Neoenergia, de R$ 5 bilhões, e da European Energy, de R$ 2 bilhões, são exemplos de como Pernambuco se posiciona como estratégico para o futuro da economia verde. “Esse ciclo de investimentos inaugura em nosso Estado a cadeia de combustíveis do futuro”. O efeito direto dessa dinâmica de novo investimentos levou Pernambuco a gerar mais de 90 mil empregos formais em 2024, superando as expectativas do governo e de analistas. O setor de serviços, em especial, tem sido beneficiado pelo efeito multiplicador da renda gerada pelos novos empreendimentos. O aporte direto do poder estadual, em torno de R$ 1,4 bilhão, um volume histórico comparado aos últimos 10 anos, contribuiu nesse cenário. Dados recentes do Condepe/Fidem apontam que o PIB de Pernambuco continua crescendo acima da média nacional. No último trimestre, o Estado registrou um aumento de 4,1% em relação ao ano anterior, enquanto o Brasil como um todo cresceu 3,3%.

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Aumento das taxas de emprego é mais um estímulo à economia

A queda na taxa de desemprego traz a perspectiva de recuperação econômica e, para alguns analistas, também influencia na redução da vulnerabilidade social e estabilidade política *Por Rafael Dantas A taxa de desemprego do País chegou a 6,6%. É a menor taxa registrada pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de toda a série histórica, que começou em 2012. Em Pernambuco, os números ainda são bem maiores, mas estão em queda. O Estado registrou 11,5% de desemprego, que é 2,6% menor do que no ano anterior. Essa mudança vem acompanhada com um aumento da renda dos trabalhadores. Transições que têm efeitos importantes na economia local e nacional. Luiz da Silva Neto, 48 anos, representa essa mudança no cenário do trabalho formal. Após dois anos de desemprego, o trabalhador, que já atuou como auxiliar de serviços gerais, cortador de cana e lavador de veículos, encontrou esperança em um novo emprego como ajudante de pedreiro em um empreendimento da Construtora Carrilho, no Recife. Com dois filhos, de 13 anos e 1 ano e meio, e sendo o único gerador de renda da casa, a carteira assinada dá uma tranquilidade que ele não tinha há mui- to tempo. “Eu deixava currículo em toda parte e sempre esperava uma chance. O que aparecia, eu tentava. Agora, espero com essa carteira assinada crescer na empresa e dar um futuro melhor para meus filhos”, planeja Luiz, que é morador de São Lourenço da Mata. “Estamos sempre na luta. A gente, pai de família, é quem mais sofre quando as coisas não vão bem. O trabalho é tudo, e quanto mais eu puder aprender, melhor”, diz ele, esperançoso. Sua história se entrelaça com o crescimento do emprego em Pernambuco. No setor da construção civil, o Estado registrou um aumento de 250,8% na geração de vagas na comparação entre os meses de janeiro e julho de 2024 com o mesmo período do ano passado. O total de geração de postos superou a casa de 6 mil contratações. A empresa em que Luiz trabalha, a Construtora Carrilho, está construindo oito novos empreendimentos. Para essas obras, ampliou o quadro em mais 150 profissionais. O avanço da geração de postos de trabalho e a redução do desemprego é fruto do crescimento econômico sustentado nos últimos anos e em 2024, segundo o economista e professor da UPE (Universidade de Pernambuco) Sandro Prado. “Nos últimos três anos (2022-2024), o Brasil viu um crescimento econômico significativo, com taxas que se aproximam dos 3%. Essa recuperação tem sido um fator crucial na luta contra o desemprego pois significa mais investimentos e, consequentemente, mais contratações. Esse cenário não só gera novas oportunidades, mas também atua como um motor para a formalização do trabalho, refletindo um ambiente econômico mais saudável.” Pernambuco recebeu em 2023 e neste ano grandes anúncios de empreendimentos, como da Stellantis, em Goiana, e da Refinaria Abreu e Lima, em Suape. O economista ressalta que Pernambuco lidera o percentual da geração de empregos no País, mas ressalva que o Estado ainda apresenta um dos patamares mais elevados de desemprego. Pernambuco e o Recife chegaram a superar as marcas de 14% e 16%, respectivamente, de desocupação, cravando por anos, com Bahia e Salvador, os postos de liderança do desemprego. Se o agronegócio foi o grande protagonista dos desempenhos econômicos do País na última década, a recente onda de avanço do emprego tem sido puxada principalmente pela indústria e pelos serviços. Apenas em agosto, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foram 6.498 novas vagas na indústria e 5.815 nos serviços. No ano, o saldo de empregos no Estado, em todos os setores, é de 43.492 novos trabalhos formais. No ano, o comércio gerou 5.594 vagas, enquanto os serviços foram responsáveis por contratar 33.274 profissionais. O presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, destaca o ciclo positivo da economia do País e os impactos positivos nos setores representados pela federação. “O comércio varejista, o comércio por atacado e o comércio e reparação de veículos automotores são os segmentos que mais empregam no Brasil e os mais sensíveis à empregabilidade. Com mais pessoas empregadas, há um aumento no consumo local. Isso gera um ciclo positivo em que o comércio e os serviços prosperam, contribuindo para a recuperação da economia. O aumento da empregabilidade melhora a condição econômica das famílias, contribui para uma melhor qualidade de vida, reduzindo a vulnerabilidade social”. Além desse olhar por setores, Sandro Prado destaca que houve uma retomada dos empregos públicos a partir de 2023. A retomada dos concursos públicos e o aumento das contratações também das prefeituras, em áreas como ensino fundamental e na administração pública, também contribuíram. “Nós tivemos crescimento de empregos na iniciativa privada, mas tivemos de igual modo o aumento do número de empregos no setor público. Isso acontece após praticamente seis anos sem concursos públicos, sem que novos servidores estivessem sendo contratados.” EFEITOS ECONÔMICOS DA ATIVAÇÃO DO EMPREGO O efeito renda criado pelo avanço do emprego e também pelo aumento da remuneração se espalha por toda a economia. “A redução do desemprego resulta em um aumento da renda disponível das famílias, o que pode impulsionar o consumo. Com mais pessoas empregadas e recebendo salários, a demanda por bens e serviços tende a crescer, estimulando o setor privado e promovendo o crescimento econômico”, avalia Bernardo Peixoto. O presidente da Fecomércio-PE aponta ainda que enquanto uma região com alto índice de desemprego tende a refletir um quadro de insegurança financeira, altos índices de violência e baixo resultado dos setores produtivos, a virada que está sendo vista no País tende a gerar benefícios sociais relevantes. “A diminuição das taxas de desemprego pode contribuir para uma maior estabilidade social e política. Com menos pessoas em situação de vulnerabilidade econômica, há uma tendência de redução da criminalidade e dos conflitos sociais, criando um ambiente mais otimista para investimentos”. A diminuição da vulnerabilidade econômica das famílias pode gerar, segundo Sandro Prado, uma menor pressão no Governo Federal e no Governo do Estado em relação aos programas de distribuição direta de renda,

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15 anos das Caminhadas Domingueiras (por Francisco Cunha)

Sempre gostei de caminhar e, bem pequeno, ia e voltava do colégio a pé, distante alguns quarteirões de casa, no Bairro do Espinheiro, ainda hoje um dos mais arborizados e, portanto, mais caminháveis do Recife, apesar das calçadas maltratadas. Quando passei a estudar no Colégio de Aplicação da UFPE, na época localizado na Rua Nunes Machado, na Soledade, do lado da fábrica dos refrigerantes Fratelli Vita, voltava todo dia a pé pra casa na Avenida João de Barros, quase esquina com a Conselheiro Portela. Quando entrei na Faculdade de Arquitetura, na Cidade Universitária, passei a me locomover predominantemente de ônibus e, ocasionalmente, de carona com colegas que moravam perto de casa. Logo depois de formado, comecei a trabalhar e, estimulado pelos amigos e familiares, comprei um carro. Feito isso, saí da cidade e passei exatos 25 anos, uma geração inteira, fora do Recife. Digo isso porque, só vim entender depois que, quando entramos num automóvel, saímos da cidade, passando a vê-la como numa espécie de filme projetado continuamente no para-brisa. Com a popularização do ar-condicionado, então, é como se ficássemos confinados dentro de uma cápsula refrigerada, completamente apartados do que está acontecendo do lado de fora, a não ser pelo contágio da raiva dos outros motoristas que querem passar na nossa frente… Fiquei apartado da cidade, aboletado dentro de cockpit refrigerado, mas não deixei de gostar de caminhar e fazia isso sob a forma insana de, nos sábados e domingos, ir de carro da Zona Norte, onde nunca deixei de morar, até Boa Viagem, andar na praia e voltar de novo de carro pra casa. Isso até que, em 2006, resolvi ilustrar um livro sobre a história de Pernambuco, que estava escrevendo junto com Carlos André Cavalcanti, com fotografias do Recife atual por entender, como o historiador Leonardo Dantas Silva, que a cidade é “um museu vivo da história de Pernambuco”. Então, fazendo as locações para o estudo fotográfico, de dentro do carro, fui ficando com a impressão de que estava deixando de ver alguma coisa que escapava à visão em movimento a cada locação. Então, resolvi que, publicado o livro, voltaria a pé aos locais marcados para tentar ver o que não estava conseguindo de dentro do carro. Aí, então, digo que atirei no que vi e acertei no que nem sequer imaginara. Abriu-se para mim um mundo completamente novo e imenso. Passei a fazer caminhadas, sempre aos domingos (e nos feriados também), pela cidade toda, incialmente sozinho, depois com o amigo de infância Plínio Santos, em seguida, com amigos mais próximos interessados na união do exercício físico, com a aventura exploratória, a pesquisa histórica, a conversa descontraída e, porque não dizer, a cerveja restauradora no final da caminhada. Depois de algum tempo, com o conhecimento adquirido, eu e Plínio escrevemos e publicamos dois guias ilustrados, um de Olinda e outro do centro do Recife (Um Dia em Olinda e Um Dia no Recife). Em seguida, para tentar organizar as coisas que estávamos vendo e descobrindo, montamos um blog que chamamos de “Recife Passo a Passo – O Blog das Caminhadas Domingueiras” e, algum tempo depois, criamos um perfil no Facebook. Com essa publicidade, logo a coisa escalou e passamos a ter semanalmente dezenas de caminhantes pelas ruas antes desertas do Recife. No domingo de manhã, logo cedo, eu recebia uma chuva de mensagens perguntando por onde seria a caminhada do dia, o local de encontro, o tema… Para não enlouquecer (e preservar minhas madrugadas dos domingos), resolvi instituir a periodicidade mensal para dar tempo de organizar e divulgar adequadamente as Caminhadas Domingueiras. Desde então foram centenas de caminhadas, milhares de caminhantes e quilômetros percorridos, praticamente pela cidade toda. Pessoalmente calculo que, desde o início, já andei cerca de 40.000 km (a medida da circunferência da terra!) exclusivamente dentro dos limites geográficos do Recife. Outro dia, fui fazer uma pesquisa para tentar identificar quando o movimento coletivo começou e descobri que a primeira publicação do blog que torna público, pela primeira vez, a expressão “Caminhadas Domingueiras” se deu no dia 04 de fevereiro de 2010. Há quase 15 anos, portanto. Daí, me dei conta de que, passadas quase duas décadas de minha decisão de sair do carro para tentar ver, conhecer e entender mais e melhor o que não estava conseguindo de dentro dele, um mundo totalmente novo se abriu para mim e, creio, para muitas das pessoas que me deram o privilégio de caminhar junto com elas. Conheci lugares e pessoas antes desconhecidos, passei a pesquisar a história da cidade e do seu desenvolvimento urbano, fiz descobertas interessantíssimas e conexões inusitadas. Ouso dizer que a caminhada no Recife representou uma revolução na minha maneira de ver a cidade e, mesmo, o mundo e a vida. Digo também, fazendo blague, que me graduei em arquitetura pela UFPE mas me pós-graduei em urbanismo e em história do Recife, mesmo, pelos pés. Se é assim, portanto, nada mais justo do que encontrar uma maneira de comemorar à altura a data redonda dos 15 anos das Caminhadas Domingueiras no Recife, um movimento que tem ajudado a mudar o ponto de vista das pessoas em relação à cidade e, deixando um pouco a modéstia de lado, também a mudar a própria cidade para melhor. Vamos ver como fazer a comemoração. Os caminhantes e a cidade merecem! *Francisco Cunha é formado em Arquitetura e Urbanismo e sócio da TGI e da Algomais

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Medica Natascha Fox Foto Manuela Arruda

Mantenha o bem-estar e a qualidade vida durante e após o tratamento do câncer de mama

Em homenagem ao Outubro Rosa, a médica Natascha Fox fala sobre a relação entre o câncer de mama e a qualidade de vida das mulheres. A especialista ressalta a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do suporte emocional no enfrentamento da doença. Ao refletir sobre esses aspectos, Natascha Fox busca conscientizar a sociedade sobre a necessidade de uma abordagem integral na luta contra o câncer de mama. Embora seja uma das neoplasias mais comuns entre mulheres, o câncer de mama tem cura. Quando detectado no início, o índice de sucesso com o tratamento é superior a 90%. Ou seja, a detecção precoce e o tratamento adequado podem aumentar significativamente as taxas de sobrevivência. Por isso, todo cuidado é pouco! O primeiro passo é fazer, periodicamente, os exames de rotina. Ao primeiro sinal de incômodo ou caroço, procure um médico. O diagnóstico geralmente envolve exames clínicos, mamografias e biópsias, permitindo identificar a doença em estágios iniciais. Manter a qualidade de vida durante e após o tratamento é essencial. Dentre as estratégias que podem ajudar no enfrentamento da doença estão: Cuidar de si mesma é um ato de amor que pode transformar a experiência com o câncer em um caminho de resiliência e esperança. Natascha Fox é ginecologista e obstetra no Grupo MaterCore (@mater.core) Outubro Rosa: Cimed realiza parceria com o Instituto Protea A Farmacêutica Cimed anuncia a campanha de conscientização sobre o câncer de mama promovida pela marca Dermafeme, especializada em cuidados íntimos, em parceria com o Instituto Protea. A iniciativa integra as ações do Outubro Rosa e tem como objetivo apoiar o tratamento de mulheres de baixa renda diagnosticadas com câncer de mama, ampliando a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e do autocuidado. Para a campanha, parte das vendas do Kit Autocuidado Dermafeme - que consiste em uma caixa com dois sabonetes íntimos - será revertida em apoio ao Instituto Protea. Os recursos são destinados ao custeio de exames diagnósticos, consultas com mastologistas, cirurgias, quimioterapias e radioterapias. Desde sua fundação, o Protea já beneficiou quase 4 mil mulheres em todo o Brasil, com mais de 35 mil exames e consultas, além de 80 mil sessões de tratamento contra o câncer de mama. “Trabalhamos para promover acessibilidade, e é por isso que a parceria com o Instituto Protea faz tanto sentido para nós. O câncer de mama é a segunda maior causa de morte entre as mulheres brasileiras. Infelizmente, perdi minha mãe, Claudia Marques, para a doença, e engajar o tema virou um compromisso pessoal para mim", comenta Karla Felmanas, vice-presidente da Cimed. Câncer de mama: Oncoclínicas realiza campanha “é sempre hora de se cuidar” Para apoiar na conscientização sobre o câncer de mama, ao longo do mês de Outubro, estará no ar a campanha “É sempre hora de se cuidar” da Oncoclínicas&Co. A ação promove conteúdos informativos e estimula a realização de exames e consultas sempre em dia. Com ativações em redes sociais, ambientes físicos e anúncios nas grandes mídias, a iniciativa tem por objetivo incentivar o diagnóstico e tratamento precoce, aumentando assim as chances de cura. Para mais informações, acesse: https://cuidarsemlimites.com.br/outubro-rosa.

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Confira o cenário eleitoral dos 5 maiores colégios eleitorais de Pernambuco

Confira a média das pesquisas do Recife, Jaboatão, Olinda, Caruaru e Petrolina As eleições municipais de 2024 estão se aproximando, e as intenções de voto nas principais cidades de Pernambuco revelam um cenário eleitoral dinâmico. O economista Maurício Costa Romão traçou uma média dos resultados das pesquisas de intenção de votos dos principais colégios eleitorais de Pernambuco, indicando a tendência das urnas que serão revelados no próximo domingo. Este levantamento abrange as intenções de voto para prefeitos em Recife, Olinda, Caruaru, Petrolina e Jaboatão dos Guararapes, com dados coletados de diversas pesquisas realizadas entre agosto e setembro de 2024. Recife Em Recife, o atual prefeito João Campos (PSB) mantém uma liderança significativa, com uma média de 73,5% nas intenções de voto. As pesquisas indicam uma queda em relação ao mês anterior, onde a média foi de 75,9%. O segundo colocado, Gilson Machado (PL), possui 11,5%, enquanto Daniel Coelho (PSD) e Dani Portela (PSOL/Rede) aparecem com 4% e 3,4%, respectivamente. O percentual de indecisos (NS/NR) se mantém em torno de 2,1%, indicando uma forte tendência de continuidade para o atual prefeito. Olinda Em Olinda, a disputa se mostra mais acirrada. Mirella Almeida (PSD) lidera com 24,1%, seguida por Vinicius Castelo (PT), que obteve 19,5% e Izabel Urquiza (PL) com 16,3%. Antônio Campos (PRTB) e Márcio Botelho (PP) somam juntos uma média inferior a 15%, refletindo um quadro em que a competição entre os candidatos é intensa. Os indecisos representam 13,1% do eleitorado, um número considerável que pode influenciar a dinâmica das campanhas. Caruaru Em Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSDB) aparece com uma média de 42,8%, à frente de Zé Queiroz (PDT), que possui 34,8%. Fernando Rodolfo (PL), com apenas 6,9%, e Armandinho (SD), que contabiliza 2%, mostram que a liderança de Pinheiro é robusta. O percentual de eleitores indecisos é de 5,9%, o que pode representar um espaço para mudanças nas próximas semanas. Petrolina Em Petrolina, Simão Dourado (UB) destaca-se com uma média de 51,7%, consolidando uma vantagem expressiva sobre Júlio Lóssio (PSDB), que possui apenas 21,1%. Odacy Amorim (PT) e outros candidatos somam juntos apenas 13%, o que sinaliza uma dominância de Dourado na corrida eleitoral. O percentual de indecisos (NS/NR) é de 8,9%, podendo impactar a definição do pleito. Jaboatão dos Guararapes Em Jaboatão dos Guararapes, o cenário também mostra uma disputa relevante. Mano Medeiros (PL) lidera com uma média de 38%, seguido por Clarissa Tércio (PP), que alcança 25,2% das intenções de voto. Elias Gomes (PT) aparece com 17,7%, enquanto Daniel Alves (Avante) permanece com 4,2%. Os eleitores indecisos e os que pretendem votar nulo ou branco representam 7,8%, mostrando que há uma margem ainda considerável para mudanças até o dia da eleição. Os dados das intenções de voto revelam um panorama eleitoral diversificado em Pernambuco, com diferentes níveis de competitividade entre as principais cidades. Enquanto Recife e Petrolina apresentam um forte apoio ao atual prefeito, Olinda, Caruaru e Jaboatão dos Guararapes mostram disputas que devem ir para o segundo turno. O comportamento do eleitorado, especialmente entre os indecisos, poderá moldar o resultado das eleições municipais mais acirradas.

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90% dos profissionais trocariam de emprego por saúde mental e bem-estar

Estudo do Infojobs aponta insatisfação com o ambiente de trabalho e urgência no cuidado com a saúde mental A saúde mental, satisfação e felicidade no ambiente de trabalho tornaram-se prioridades para 90% dos profissionais brasileiros, de acordo com uma pesquisa do Infojobs, HR Tech especializada em soluções para RH. O levantamento, realizado em setembro de 2024, aponta que a maioria dos trabalhadores consideraria trocar de emprego para garantir uma melhor qualidade de vida e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Segundo Hosana Azevedo, Head de Recursos Humanos do Infojobs, há uma transformação na maneira como os profissionais enxergam suas carreiras. "As pessoas não estão mais dispostas a sacrificar seu bem-estar em troca de um salário", afirma ela. "Trabalhar com propósito e equilíbrio emocional é fundamental para uma vida profissional saudável." O estudo também revela que 56% dos entrevistados não se sentem felizes em seus atuais empregos, e 62% relatam falta de segurança psicológica no ambiente de trabalho. Lideranças tóxicas (66%), cobranças excessivas (41%) e a ausência de reconhecimento (40%) foram apontados como os maiores desafios para a saúde mental no trabalho. Além disso, 83% dos entrevistados já passaram por situações em que precisaram, ou conhecem alguém que precisou, se afastar por questões de saúde mental. Em 86% dos casos, as empresas não estavam preparadas para lidar com esses afastamentos, reforçando a necessidade de uma cultura organizacional mais acolhedora. Estresse elevado e falta de equilíbrio A pesquisa também revelou que 42% dos profissionais classificaram seus níveis de estresse como altos (entre 8 e 10), enquanto a qualidade de vida no trabalho foi avaliada de forma insatisfatória por uma grande parcela dos entrevistados. Apenas 51% acreditam que conseguem equilibrar satisfatoriamente a vida profissional e pessoal. Hosana Azevedo destaca que "as empresas precisam ser aliadas na promoção da saúde mental. Criar um ambiente acolhedor, onde os colaboradores se sintam valorizados e seguros, é essencial não só para evitar afastamentos, mas para promover o desenvolvimento pleno de seus talentos." A pesquisa reflete a urgência de se tratar a saúde mental como prioridade nas organizações. O futuro do trabalho, como aponta Hosana, está nas pessoas: "Negligenciar a saúde mental não apenas prejudica os profissionais, mas também impacta o sucesso das empresas. É vital que a saúde mental seja integrada à cultura organizacional, promovendo um ambiente mais saudável e produtivo."

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Fabrica da Oggi Sorvetes em Pernambuco

Oggi Sorvetes inaugura fábrica em Pernambuco com investimento de R$ 50 milhões

Nova unidade fabril na Região Metropolitana do Recife gera 600 empregos e reforça a expansão da marca na região A Oggi Sorvetes, maior rede de franquias de sorvetes do Brasil, inaugurou oficialmente sua primeira fábrica no Nordeste, localizada em Abreu e Lima, região metropolitana do Recife. Com um investimento de R$ 50 milhões, a nova unidade vai gerar 600 empregos diretos e indiretos, consolidando a presença da marca no mercado nordestino. O espaço, anteriormente ocupado pela marca Zeca's, foi totalmente reformado e equipado com tecnologia de ponta, permitindo maior eficiência na produção. A fábrica tem capacidade para produzir cerca de 50 milhões de litros de sorvete por ano, o que dobrará a produção anual da Oggi, alcançando 100 milhões de litros. Esse aumento significativo na capacidade produtiva é parte da estratégia da empresa para expandir sua presença no Nordeste e consolidar sua posição como uma das maiores fabricantes de sorvetes do Brasil. “Acreditamos muito no potencial de nossa fábrica, pois temos o objetivo em assumir a liderança na produção nacional de sorvetes”, afirmou Rodrigo Mauad, sócio fundador da Oggi Sorvetes. Durante a cerimônia de inauguração, o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), André Teixeira Filho, ressaltou a importância do empreendimento para a economia local. "Pernambuco está sempre de braços abertos para receber empreendimentos como o da Oggi Sorvetes, que irá gerar 600 empregos", destacou, mencionando ainda os incentivos fiscais do Prodepe e o ambiente de negócios favorável oferecido pelo estado. Com a nova fábrica, a Oggi Sorvetes visa aumentar sua competitividade e atingir a meta de R$ 1 bilhão de faturamento até o final de 2024, graças a sua eficiência tecnológica, logística otimizada e preços acessíveis.

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mauricio guerra

"Não podemos tardar em fazer uma revolução ambiental nas cidades"

Diretor de Meio Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Guerra, fala sobre o programa Cidades Verdes Resilientes e dos desafios para implantá-lo. Ele defende o uso de tecnologias sustentáveis no processo de adaptação à crise do clima e a ideia de que a qualidade ambiental deve ser vista como um serviço público que atinja as pessoas mais vulneráveis. S egundo dados do ONU-Habitat, publicados em 2022, as áreas urbanas abrigam 55% da população global, percentual que chegará a 68% até 2050. Se fizermos um recorte para a América Latina e Caribe, esse número sobe para 81% e, segundo o IBGE, chega a 85% quando o foco é o Brasil. Com tamanha densidade populacional, as cidades, também de acordo com a Organização das Nações Unidas, já são responsáveis por cerca de 70% de todas as emissões de gases de efeito estufa. Para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1.5 °C, a ONU estabeleceu a meta de até 2050 as cidades atingirem a neutralidade de carbono. Diante desse desafio, o Governo Federal lançou o programa Cidades Verdes Resilientes que compreende iniciativas tão amplas quanto a proteção das populações aos efeitos das mudanças climáticas, ampliação das áreas verdes urbanas, estímulos às soluções baseadas na natureza e à mobilidade ativa, entre outros pontos de atuação. Para falar sobre os desafios de colocar em prática esse ambicioso programa, Cláudia Santos conversou com o diretor de Meio Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Guerra. Ele esteve no Recife para participar do evento do Simaclim (Centro de Síntese em Mudanças Ambientais e Climáticas). Guerra destacou a necessidade de se ter uma articulação metropolitana para implantar essas ações. “Não tem outro caminho, a natureza e os problemas ambientais não estão restritos a barreiras geopolíticas, eles simplesmente se manifestam no ambiente”, adverte. Também elogiou o projeto Recife Cidade Parque, como um exemplo do que pode ser uma cidade verde resiliente e ressaltou a importância do papel da ciência e da participação das pessoas nessa transição. O que é o Programa Cidades Verdes Resilientes? É um programa que articula três grandes ministérios: o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério das Cidades e o Ministério da Ciência e Tecnologia, cada um com o seu perfil de atuação. A ideia é estabelecer que a importância da resiliência consiste nos sistemas naturais das cidades. A primeira questão é proteger as populações, especialmente as mais vulneráveis, articulando serviços urbanos e infraestrutura atrelada ao meio ambiente, como elemento de resiliência, de ampliação de biodiversidade, trazendo qualidade ambiental e de vida para essas populações. Para isso, articulamos grandes temas, como o uso e ocupação sustentável do solo. Não adianta promover cidades desiguais onde as pessoas não têm acesso ao solo e esse acesso tem que ser sustentável. Então, é preciso convergir vários serviços urbanos próximos da população e que esses serviços tenham valor ambiental associado. A ideia é promover equidade e sustentabilidade à ocupação do solo. Outro tema desse programa são as áreas verdes e a arborização urbana. É importante compreender a estrutura verde da cidade e, assim, ampliar instrumentos de planejamento, criação de novas áreas verdes e identificação dessas áreas para expandir e potencializar a arborização e a conexão desses verdes, trazendo biodiversidade. Outro tema são soluções baseadas na natureza, que é associar a infraestrutura cinza às infraestruturas verde e a azul. A infraestrutura verde é compreender que as soluções devem estar articuladas à natureza, é ampliar a área de permeabilidade com verde, gerar áreas de contenção naturais, grandes praças, espaços que vão receber as águas em período de chuva. Já a infraestrutura azul são as águas, os nossos rios. Ou seja, é preciso planejar os espaços urbanos a partir das bacias hidrográficas, compreender como a malha hídrica se comporta para que possamos conviver com ela da melhor forma possível e não lutando contra as águas o tempo todo. Por isso as infraestruturas verde e azul têm que estar casadas nesse planejamento, melhorando nossas áreas verdes para trazer proteção e conservação da biodiversidade para os espaços urbanos. O outro tema desse programa é a tecnologia de baixo carbono, na perspectiva de neutralizar as emissões, promover construções mais sustentáveis, mais alinhadas ao verde e mais eficientes do ponto de vista energético. Outro viés é a mobilidade urbana sustentável, a mobilidade ativa, ou seja, calçadas e ciclovias articuladas ao verde da cidade, como parques lineares onde aumentam-se as áreas de caminhabilidade e de acesso da população a áreas verdes. Além disso, a ideia é investir em transportes urbanos cada vez mais sustentáveis e com energias renováveis para evitar a poluição e melhorar a qualidade de vida e o acesso da população a meios de transportes menos poluentes e mais adequados. E, por fim, o programa Cidades Verdes Resilientes trata da gestão dos resíduos sólidos orgânicos, associando o serviço de compostagem às atividades de cooperativas de catadores e de agricultura urbana, utilizando esses resíduos dentro da estrutura verde da cidade. Dessa forma, o programa conecta esses elementos para tornar as cidades sustentáveis, trazer o verde para o centro da transformação urbana, cuidando da equidade no acesso aos serviços urbanos sustentáveis à população. Diante de um programa com uma pauta tão vasta, quais desafios que vocês estão enfrentando para implantá-lo? São muitos desafios. Do ponto de vista técnico normativo, ainda há soluções baseadas na natureza que não estão devidamente enquadradas e precisam ser definidas. Um dos maiores desafios serão os aspectos de governança, ou seja, ampliar a relação interfederativa, articulando as capacidades dos municípios em desenvolver projetos sustentáveis. Por exemplo, hoje várias prefeituras investem em canalização dos seus rios, riachos e córregos. Essa é uma das piores alternativas. É preciso investir na renaturalização dos rios. Esse é um exemplo que a gente precisa articular os municípios para terem capacidade de pensar os projetos nesse novo cenário climático para nossa cidade. Há também a questão do financiamento, pois dispor de recursos significativos para mudar o cenário da cidade é um importante desafio. Vale reforçar que temos investimento, ao longo dos anos, em infraestruturas

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