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São Luiz (por Bruno Moury Fernandes)

É um ritual tão simples e, no entanto, misterioso: um piscar de luzes, um sussurro de vozes que se apagam, a tela que brilha e, de repente, estamos em outro tempo, outro lugar. Nas poltronas ao nosso lado, desconhecidos se tornam cúmplices silenciosos. Em algum momento, nossas respirações se alinham; nossos olhos, fixos na mesma narrativa, fazem parte de uma irmandade de estranhos, unida pelo encanto do cinema. Depois de um silêncio imposto por tempo e reformas, o São Luiz retorna, mais imponente, como uma joia esquecida num baú. E lá dentro está você que um dia viu de olhos arregalados a nave de ET sumir entre as estrelas no céu da infância. Essa tela gigante, que guardava o mistério de outras galáxias e as despedidas implacáveis dos grandes filmes, agora promete um reencontro. Lá está você assistindo aos Saltimbancos Trapalhões, segurando a mão de sua mãe, nesse que é um monumento da nossa cidade. As paredes falam, os lustres brilham e as poltronas vermelhas, alinhadas em respeitosa simetria, esperam pelas novas histórias e por quem queira ouvi-las. Lá, o Recife sonhou acordado, num pacto com o realismo mágico. Viu os heróis, os amores proibidos, os dramas épicos e as comédias que arrancavam risos e, por vezes, até mesmo “vaias poéticas”, como num teatro espontâneo da nossa cultura. Hoje, ao entrar no São Luiz reaberto, o coração do Recife talvez bata diferente. As luzes, os detalhes art déco, os ares de uma Hollywood nordestina misturada com o charme tropical e rebelde que só uma cidade como o Recife possui. E quando as primeiras imagens voltam a bailar na tela, a impressão é de que todos nós voltamos um pouco no tempo — talvez àquele instante em que ET embarcava em sua nave, deixando você e tantos outros com os olhos marejados e a promessa de que o cinema é, sim, um lugar onde a mágica acontece. Cinema não é apenas entretenimento. Aqueles que já foram tocados por ele sabem que é mais. O cinema é um portal, uma máquina do tempo, uma ponte entre mundos. E, no fim, talvez a mágica maior esteja em perceber que toda aquela fantasia que vimos na tela é, de certa forma, nossa própria realidade ampliada, iluminada. Então, chame sua mãe para assistir à próxima grande história projetada na tela do São Luiz, permita-se emocionar de novo. Quem sabe você reencontre aquela criança que chorou ao ver ET partir, mas que hoje, com um sorriso escondido, finge ter maturidade para não se emocionar, enquanto come pipoca, ao lado de quem lhe pariu. *Bruno Moury Fernandes é advogado e cronista, assina mensalmente a coluna Ninho de Palavras

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Hemingway e o mojito: uma história de amor cubana

Ernest Hemingway, o lendário escritor norte-americano, era conhecido por sua paixão por aventuras e por sua vida boêmia. Uma de suas paixões era a ilha de Cuba, onde encontrou inspiração para muitas de suas obras. E foi justamente em Havana que nasceu um dos mais famosos casamentos entre literatura e coquetelaria: a ligação entre Hemingway e o mojito. Um dos locais mais frequentados por Hemingway em Havana era o bar La Bodeguita del Medio. Era lá que o escritor encontrava amigos, saboreava a culinária cubana e, claro, desfrutava de seus mojitos. A fama do bar se espalhou tanto que até hoje ele é conhecido como o berço do mojito Hemingway. A história do mojito se confunde com a história de Cuba. Acredita-se que a bebida tenha tido origem nas plantações de cana- -de-açúcar, onde os trabalhadores misturavam rum, limão, hortelã e açúcar para se refrescar. Hemingway, ao provar a bebida, logo a popularizou entre a elite intelectual e artística que frequentava Havana. Quem sabe não foi inspiração para escrever O Velho e o Mar? OUTBACK TRAZ DE VOLTA A CAMPANHA DAS CANECAS TEMÁTICAS Quem nunca visitou o Outback Steakhouse e sonhou em ter em casa as famosas canecas congeláveis do restaurante de temática australiana? Agora, a partir de 1° de novembro, enquanto durarem os estoques, a nova edição da campanha Canecas Outback, em parceria com a Red Bull, vai presentear os consumidores com quatro modelos colecionáveis e exclusivos. Ao comprar uma Jr. Ribs junto com o Red Bull Tropical Summer Fresh (ou o Chopp do Outback), os clientes poderão escolher seu modelo favorito. Além disso, esse ano, a Caneca Outback quer fazer todo mundo comemorar em dobro: junto com a caneca, os clientes ganham uma raspadinha que dá acesso a um sorteio que pode render prêmios como itens do menu do Outback de cortesia e até jantares de R$ 500. CALDINHO, UMA PAIXÃO RECIFENSE O caldinho, para além de um simples prato, é um símbolo da cultura e da identidade recifense. Presente nos cardápios de bares e restaurantes, vendido por ambulantes nas praias e apreciado por moradores e turistas, essa iguaria conquistou um lugar especial no coração dos pernambucanos. Sua origem é incerta mas acredita-se que tenha surgido como uma forma de aproveitar os restos de feijão e outros ingredientes, transformando-os em um prato saboroso e nutritivo. Com o tempo, o caldinho foi se sofisticando, ganhando novos ingredientes e sabores, até se tornar o prato que conhecemos hoje. Com isso o caldinho tornou-se um dos protagonistas da culinária de rua do Recife. É comum encontrar vendedores ambulantes oferecendo diversas opções de caldinho nas praias, eventos e feiras, sendo tradicionalmente servido com acompanhamentos como charque, camarão seco, coentro e torresmo. Além do tradicional caldinho de feijão, existem diversas outras variedades, como caldinho de carne seca, de camarão, de peixe, passando por cebola e jerimum com charque. Por tudo isso ele é muito mais do que um simples prato. Ele é um símbolo da cultura recifense, um sabor que evoca memórias e que une pessoas. Se você ainda não teve a oportunidade de provar um bom caldinho, não deixe de experimentar essa iguaria que faz parte da alma pernambucana.

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Recifense Simony César recebe maior prêmio da América Latina para inovação social

Fundadora da Super NINA, Simony recebeu o Prêmio Empreendedor Social 2024, por iniciativa que combate assédio no transporte público. A plataforma já é política pública em Fortaleza. Foto: elipe Iruatã/Folhapress Simony César, empreendedora nascida no bairro de Dois Unidos, no Recife, foi a grande vencedora do Prêmio Empreendedor Social 2024 na categoria “Soluções que Inspiram”. A cerimônia aconteceu no Theatro Municipal de São Paulo e reuniu iniciativas de impacto social de todo o Brasil. Fundadora da Super NINA, uma startup que utiliza tecnologia para mapear e combater o assédio na mobilidade urbana, Simony destacou a urgência de criar cidades mais seguras para as mulheres, especialmente para as negras e periféricas, que são as mais afetadas pela violência nos deslocamentos urbanos. A Super NINA já é implementada em Fortaleza, onde integra o aplicativo “Meu Ônibus” e um canal de denúncias no WhatsApp. O trabalho é pautado em gerar dados que empresas, governos e instituições necessitam para garantir segurança e inclusão para todos nos espaços urbanos. A tecnologia gerou mais de 3 mil denúncias em 18 meses, contribuindo para a instalação de câmeras, iluminação estratégica e Wi-Fi em pontos críticos da cidade. “Estamos nos colocando como uma resolução de fornecimento de dados, tornando as cidades mais humanas e inteligentes”, afirmou Simony, reforçando o impacto transformador da plataforma em políticas públicas e no desenvolvimento de cidades inteligentes. Além de destacar o pioneirismo da Super NINA, Simony também celebrou a conquista pessoal em um setor tradicionalmente dominado por homens e pessoas brancas.“Receber o maior prêmio do empreendedorismo social na América Latina é uma honra e só aumenta nossa responsabilidade. Os setores de mobilidade e tecnologia no Brasil são majoritariamente aristocratas, brancos e masculinos. Então, o primeiro papel que eu estou cumprindo aqui é quebrar um padrão. Ao mesmo tempo que é uma grande responsabilidade que carrego, sinto que a partir daqui eu posso deixar caminhos abertos para que mais mulheres possam ocupar os mesmos lugares que eu consigo ocupar atualmente. Se a NINA ajudar a formular uma política de iluminação pública, já é um poder gigante. Estamos falando de garantir o direito de ir e vir para todas as mulheres” declarou Simony César. O QUE É A NINA? A Super NINA é uma tecnologia inovadora que transforma a mobilidade urbana em um ambiente mais seguro e inclusivo. A plataforma estimula a realização de denúncias de assédio, registrando e cruzando dados por meio de inteligência artificial. Com um painel de controle seguro e eficiente, permite melhor geolocalização dos usuários, além de orientar vítimas e testemunhas no protocolo de atendimento. A ferramenta também é desenvolvida em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo a privacidade dos dados dos usuários. Além das soluções tecnológicas, a Super NINA oferece treinamentos e consultorias para instituições públicas e privadas, preparando equipes para prevenir e enfrentar casos de violência de gênero de forma coletiva. Essa abordagem visa não apenas combater o assédio, mas também incentivar o desenvolvimento sustentável de cidades e grandes eventos, promovendo qualidade de vida e tornando os cidadãos protagonistas na construção de ambientes urbanos mais humanos e seguros. ServiçoA Super NINA pode ser integrada a aplicativos de mobilidade e oferece treinamentos para instituições públicas e privadas. Saiba mais no site superninamob.com e no Instagram @superninamob.

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Pães e Delícias, de Caruaru, conquista o Prêmio Baker Top 2024

Padaria é reconhecida entre as 100 melhores do Brasil pela 10ª vez consecutiva A Pães e Delícias foi premiada com o Baker Top 2024, considerado o “Oscar das padarias”. A premiação, que destaca as 100 melhores padarias do Brasil, reconhece a excelência e a qualidade dos produtos e serviços no setor de panificação e confeitaria. Organizado pela revista Padaria 2000 desde 1997, o Baker Top é a mais prestigiada premiação do segmento em todo o País. Com duas unidades em Caruaru, a padaria é uma empresa familiar que ganhou e fidelizou o público na cidade, com uma operação que agrega ainda restaurante e confeitaria. Um dos destaques da casa, por exemplo, é a linha dos pães orgânicos. O empresário e fundador do negócio, Elijames Laureano, afirma que receber o Baker Top é motivo de grande orgulho para a Pães e Delícias. “Essa premiação consagra o trabalho artesanal de qualidade e o comprometimento diário intuito de oferecer alimentação de excelência, desde a aquisição da matéria prima a condução e manuseio dos produtos para a mesa do cliente”, comemora o empresário, trazendo para Caruaru mais um Baker Top.

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Novembro Azul: o combate ao diabetes e a luta contra a obesidade

Em 20 anos, 75% dos brasileiros terão obesidade ou sobrepeso Manoel Ribeiro tinha 54 anos quando começou a tratar o diabetes. O representante comercial pernambucano pesava 131 quilos, não fazia atividades físicas e tinha péssimos hábitos alimentares. Hoje, três anos depois e 30 quilos a menos, ele se exercita diariamente, faz tratamento medicamentoso para manter as taxas de glicose normalizadas e agora possui dieta saudável.  Seu Manoel é um entre as 828 milhões de pessoas no mundo com o diagnóstico, segundo a mais recente publicação da revista científica “The Lancet”, com base em estudo feito pela NCD Risk Factor Collaboration (NCD-RisC) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A pesquisa estima haver 22 milhões de diabéticos no Brasil e, dentre eles, cerca de 5 milhões desconhecem que vivem com a condição. Os analistas apontam que a obesidade e a má alimentação são os principais fatores para o aumento da doença em escala global. Aqui no país, estima-se que 75% dos adultos brasileiros terão obesidade ou sobrepeso em 20 anos. “Toda obesidade um dia foi sobrepeso. Na verdade, são espectros da mesma doença. Ninguém se torna obeso do dia para a noite”, provoca a endocrinologista Karina Santos. Com mais de 13 anos de experiência na especialidade, o principal foco de atuação da médica  tem sido em obesidade e sobrepeso, identificando padrões alimentares disfuncionais e os diversos fatores e comportamentos que influenciam no surgimento e no tratamento desses males. “A obesidade é uma doença crônica, que pode reduzir a expectativa de vida de oito a dez anos. Aumenta o risco não apenas do diabetes, mas também da hipertensão, doenças do coração (como angina e infarto), acidente vascular cerebral (AVC), além de diversos tipos de câncer”, orienta. CONSCIENTIZAÇÃO - Durante o Novembro Azul, mês de conscientização sobre o diabetes, entidades médicas lembram que a detecção precoce e a consulta médica são essenciais para prevenir o avanço da doença, que age silenciosamente no nosso corpo. Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), o Brasil é o 6º país com mais casos de diabetes no mundo e cerca de 70% dos pacientes só descobrem depois que surgem complicações (danos de nervos e artérias, o que favorece infarto e acidente vascular cerebral (AVC). A pré-diabetes, estágio clínico que antecede a diabetes tipo 2, pode já ter atingido mais de 17 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com dados da 10ª edição do Atlas da IDF. “Quanto antes se inicia o tratamento, maiores as chances de bons resultados em longo prazo. Isso porque seu cérebro ‘grava’ o peso máximo alcançado na vida como seu peso normal e ele vai desenvolver mecanismos para que você sempre volte a esse estágio da balança. Além de ficar de olho nos números, é fundamental prestar atenção a padrões alimentares disfuncionais, como o comer emocional, fissura por doces, dificuldade de saciedade, que devem ser tratados assim que surgirem. Não se pode esperar a obesidade para buscar ajuda profissional”, alerta a endocrinologista. Você sabe a diferença entre os tipos de diabetes? Tipo 1 - O diabetes se caracteriza pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina. É resultante da destruição autoimune das células produtoras desse hormônio. O diagnóstico do tipo 1 acontece, em geral, durante a infância e a adolescência, mas pode também ocorrer em outras faixas etárias. Tipo 2 - Nesse caso, o pâncreas produz insulina, mas há incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Esse tipo é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, acima do peso, sedentárias, sem hábitos saudáveis de alimentação, mas também pode ocorrer em jovens. Gestacional - Durante a gravidez, a mulher passa por mudanças hormonais. A placenta é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo. Então, o pâncreas aumenta a produção de insulina para compensar. Em algumas mulheres, contudo, o processo não acontece e elas desenvolvem o diabetes gestacional, aumentando o nível de glicose no sangue. Pré-diabetes - O termo é usado quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos que o normal mas não o suficiente para um diagnóstico de Diabetes Tipo 2. Obesos e hipertensos estão no grupo de alto risco. O perigo é que 50% dos pacientes nesse estágio ‘pré’ vão desenvolver a doença, além de se tornarem propensos a infarto e derrames. Karina Santos é médica endocrinologista @karinasantosendocrino Rio Doce Beneficente: futebol e solidariedade reúnem artistas, políticos, ex-jogadores e sociedade olindense No dia 7 de dezembro, o Estádio Grito da República, em Olinda, será palco do Rio Doce Beneficente, uma partida de futebol solidária que reúne amigos, políticos, artistas e ex-jogadores em prol de uma boa causa. O evento começa às 13h e a entrada é 1 kg de alimento, que será doado às instituições carentes da região. Organizada por amigos do professor Lupércio e de Gledson Ricca, a partida tradicional busca união esportiva e solidariedade, além de celebrar o espírito de união e amizade no final de ano. Gledson Ricca, um dos organizadores do evento, comenta: “O Rio Doce Beneficente não é só uma partida de futebol; é um encontro que reflete a união e a vontade de ajudar. O mais importante é ver as pessoas contribuindo e se divertindo por uma causa maior", diz Gledson A confraternização de final de ano já se tornou um marco em Olinda, trazendo emoção dentro e fora do campo. Em 2024, o Rio Doce Beneficente reúne os amigos do professor Lupércio e de Gledson Ricca, além de artistas e ex-jogadores que, de forma voluntária, se juntam para um dia de muito futebol e solidariedade. A animação será garantida pelo grupo de pagode Reconkista, que se apresentará ao longo do evento para envolver o público em um clima festivo e descontraído. A partida será composta por dois tempos especiais, criados a partir dos amigos de Lupércio e Gledson. Para o público, além de assistir a um jogo cheio de emoções, o evento é uma oportunidade de contribuir com

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Jungle Fight 132, no Recife, consagra atletas pernambucanos

Luis Aguiar, peso-mosca, precisou de apenas 37 segundos para destronar o campeão da categoria, Wagner Reis, no duelo principal e mais esperado da noite. Agora, os atletas campeões pernambucanos estão em busca de patrocinadores para alavancar novos desafios nacionais e internacionais Na primeira vez do Jungle Fight no Recife, em sua 132ª edição, realizada no sábado (16/11), o peso-mosca pernambucano Luís Henrique Aguiar desbancou o mineiro e então campeão Wagner Reis para colocar seu estado no hall dos detentores de cinturão do maior evento de MMA da América Latina. O triunfo de Luis Henrique Aguiar foi relâmpago. Em apenas 37 segundos de luta, ele mandou Wagner Reis para a lona após um direto de encontro. Sentindo cheiro de sangue tal qual um tubarão, o pernambucano não desperdiçou a oportunidade, pegou as costas do mineiro e encaixou um mata-leão para definir. Agora campeão peso-mosca do Brasileirão do MMA, Luís Aguiar, ampliou seu cartel para oito vitórias, sendo sete por finalização, e apenas uma derrota. “Mostramos hoje a força de Pernambuco no MMA. Vim para fazer história e estou saindo hoje como o primeiro pernambucano campeão do Jungle Fight", celebrou Luis Aguiar. O lutador Luis Aguiar ressalta o valor do MMA de Pernambuco: O Jungle Fight foi um grande passo para a valorização do MMA aqui em Pernambuco, tivemos diversas boas lutas de atletas locais, como as de Matheus Golden Boy, Caio Trovão e Jhonatan Vicente. E pra completar com chave de ouro a vitória de um Pernambucano em casa pelo cinturão do maior evento da América Latina. Foi engrandecedor para o MMA de Pernambucano Para Luis Aguiar o próximo passo, agora, é defender o cinturão do Jungle Fight e chegar ao UFC. Luta resolvida em 10 segundos Os 37 segundos que Luis Aguiar levou para definir a luta principal são uma eternidade, comparados aos incríveis 10 segundos que o paulista Cláudio Ribeiro precisou para superar o experiente e duríssimo pernambucano Cassio “Jacaré”. Num piscar de olhos, Ribeiro conectou duas mãos que tiraram o adversário de órbita. Duelos levantaram o público no Geraldão Numa das lutas mais empolgantes da noite, que fez o público presente no Ginásio Geraldo Magalhães, o Geraldão, ficar ensandecida, Fábio “The King” venceu o resiliente Miguel Firmino por finalização no final do terceiro round. Apesar da derrota, o carismático e resistente Firmino saiu aplaudido de pé. Outra luta que levantou o público foi entre Denes “3D” e Gilson Nogueira. Após bons momentos por parte dos dois lutadores e quando vivia seu pior momento no duelo, “3D", que já foi campeão peso-mosca do Jungle Fight, conseguiu se recuperar e aplicar um chute no corpo para nocautear o adversário, já no terceiro round. “Essa é a força do MMA do Nordeste, do MMA de Pernambuco. É só dar a oportunidade imparcial, como faz o Jungle Fight. Primeira vez do Jungle Fight em Pernambuco e o evento termina com um campeão do Recife", destacou Wallid Ismail - organizador do evento. E complementa: "Parabéns a todos os pernambucanos, ao prefeito João Campos, ao deputado federal Felipe Carreras e ao secretário de Esportes Joka Heráclio por investirem no esporte como ferramenta de inclusão social. Agora vamos com tudo para São Paulo, dia 7 de dezembro", diz. Secretário de Esportes de Recife, Joka Heráclio, exaltou o sucesso da edição. “A gente fica muito feliz por estar recebendo um evento da magnitude do Jungle Fight, por poder mostrar a nossa força. E este Jungle Fight é só o primeiro de muitos que ainda vamos receber aqui no Recife. Obrigado" O Jungle Fight 133, como anunciou Wallid Ismail, será no dia 7 de dezembro, na capital de São Paulo. A luta principal será um embate entre São Paulo x Distrito Federal. Os protagonistas serão o paulista Vanderlei “Soul Glo” e o brasiliense Jefferson Moreira dos Reis. Outros destaques de Pernambuco Lutador Caio Trovão "Participar do Jungle Fight foi algo incrível. Passei por várias dificuldades no meu camp, mas Deus não me deixou fraquejar em momento nenhum. Agora estou mirando eventos maiores nacionais e internacionais", diz Caio Trovão. Lutador Jhonattan The Killer Vicente "O evento foi incrível em todos os aspectos. Consegui uma grande vitória, eu queria nocautear, busquei o nocaute o tempo todo, mas meu adversário foi muito guerreiro e aguentou os 3 rounds. Fiquei muito feliz pelo meu resultado e por meus companheiros, que tiveram grandes performances e saíram com o resultado positivo", diz Jhonnattan Vicente. Lutador Matheus Evangelista "Foi uma sensação indescritível, lutar num evento tão prestigiado e que dá uma grande visibilidade aos atletas, além de lutar diante do povo recifense. Até agora, sete lutas vencidas por nocaute ou finalização, nenhuma derrota, estou pronto para alçar voos maiores, o meu objetivo principal é chegar ao UFC, estou trabalhando duro para isso", diz Matheus Evangelista - o Golden Boy Confira abaixo os resultados Participaram da Reportagem Com informações da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Esportes/PCR

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A interiorização da educação superior e o impacto sobre a economia sertaneja

*Por Geraldo Eugênio A expansão do ensino médio e superior para o interior do País aconteceu em 2004 no primeiro mandato do presidente Lula e é um movimento digno de admiração. Em todo o País foram abertas 14 universidades federais, mais de 120 campi, e centenas de campi dos institutos federais que passaram a oferecer ensino de nível médio e superior. Raros são os países que em pouco mais de uma década ampliaram a oferta de vagas à sua juventude, como o Brasil. A interiorização da educação superior, porém, foi questionada por alguns. Vamos então analisar cada uma das críticas: 1 - Estudantes do interior não seriam tecnicamente preparados para ingressarem em uma universidade. Com o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), ocorreu uma mudança no acesso à universidade. Apesar dos alunos que ingressavam estarem mais qualificados, por terem obtido melhores notas, o diferencial é a motivação. Para a maioria dos jovens do interior entrar numa universidade pública era o sonho que os pais e toda a família alcançaram através dele. Na metade do curso os estudantes do interior das áreas agrárias, em particular, estão tão bem ou mais bem qualificados do que os jovens da capital. Há também exemplos edificantes do desempenho de jovens médicos quando expostos à seleção para residentes em escolas e hospitais exigentes. 2 - Haveria uma superoferta de profissionais formados não passíveis de absorção pelo mercado. O fato é que com a economia dos municípios do interior, mesmo os mais longínquos, estando aquecida, a demanda por pessoas qualificadas aumentou e o aproveitamento dos egressos em áreas como comércio, administração, economia, contabilidade, sistemas de informação tem permitido dizer que a procura seja superior à oferta. As escolas têm feito a sua parte em incentivar a aproximação entre a academia e os empresários e, de forma especial, a inserção do jovem na empresa como estagiário, trainee ou bolsista. 3 - Faltaria qualificação técnica às novas escolas, uma vez que a região não contava com professores pós-graduados e os formados em grandes centros não estariam dispostos a ocupar as vagas abertas. Os investimentos em treinamento de jovens pesquisadores e professores foi intenso nas últimas décadas, permitindo o preenchimento das vagas em qualquer modalidade por profissionais qualificados. Apesar da taxa de fixação ainda ser menor do que se espera, centenas de jovens professores têm o semiárido como sua opção de vida afetiva, profissional e familiar. 4 - A infraestrutura das cidades não comportaria uma expansão acelerada com o número de colaboradores e alunos que demandariam por habitações, escolas, hospitais, comércio, comunicação, logística. A primeira vez que estive em Serra Talhada foi em 1977. A rodoviária do Recife era no Cais de Santa Rita. A empresa que opera a linha desde então era a Progresso, com seus ônibus Mercedes Benz, com o motor na traseira, emitindo calor e ruído. Ao chegar em Serra, onde não existia terminal rodoviário, o ponto de parada era um bar. A cidade tinha poucas opções de restaurante, de comércio e o telefone era algo tão escasso que aqueles que trabalhavam aqui, mas eram de outras cidades usavam o posto telefônico, que contava com o bom atendimento de duas irmãs sempre amáveis e educadas. O lazer semanal era a missa na igreja matriz seguindo-se dos desfiles das jovens a mostrar a beleza e o que tinham de melhor em termos de moda. Aos jovens ainda não comprometidos cabia sentar-se em uma mesa do Morumbi ou de uma barraca em frente à atual agência do Banco do Brasil e esperar um sinal que lhe autorizasse estabelecer um contato e, em sendo bem-sucedido, iniciar um namoro. Hoje, há um consenso entre o povo de Serra Talhada que a instalação da UFRPE-UAST atraiu novos investimentos em educação, dinamizou o mercado imobiliário, demandou novos serviços, um comércio dinâmico, restaurantes, bares, clínicas, hospitais e, em menos de 20 anos, o que e vê é uma cidade que oferece um padrão de vida que não deixa nada a desejar das grandes cidades ou da capital. Com a expansão das escolas, universidades e institutos praticamente consolidada, surge um problema positivo que é a inserção dos egressos no mercado de trabalho. O desafio é cultivar a esperança de jovens que chegaram à universidade, que agora necessitam do suporte de agentes bancários, instituições de fomento, associações de classe e da própria escola para torná-los jovens empresários e empreendedores capazes de acelerar o desenvolvimento regional. O fato é que a educação faz e fará de modo ainda mais intenso a diferença entre o que significa uma região estagnada e outra próspera. *Geraldo Eugenio é professor titular da UFRPE-UAST (Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica de Serra Talhada).

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Cenário atual de Pernambuco na internacionalização

*Por João Canto O Estado de Pernambuco tem uma importância histórica tanto em nível regional quanto nacional que não pode ser negada. Desde os primeiros períodos da economia brasileira, Pernambuco se destacou como um dos principais centros econômicos do país, o que o confere características de um estado cuja economia é dinâmica e diversificada em suas atividades. Ao longo de várias décadas, a econômica de Pernambuco apresentava resultados estatísticos que refletiam sua característica importadora. Ou seja, recorrentemente, as importações eram superiores às exportações, o que ilustrava que a economia local estava mais propensa a consumir materiais e produtos importados. Esta característica foi invertida a partir de 2014, conforme apresenta o gráfico abaixo. É possível verificar que o volume financeiro de exportações ultrapassou o volume de importações, se mantendo desde então. Atualmente, podemos considerar que Pernambuco se tornou um estado exportador, uma vez que as estatísticas apontam este perfil na ultima década. Figura – Formatação pelo Autor. Dados: Comexstat No histórico de Pernambuco, um dos grandes motivadores desta inversão da dinâmica de internacionalização é o inicio do polo automotivo em Goiana. O inicio da produção e exportação de veículos aumentou muito o volume financeiro das exportações em função do valor agregado dos carros, contribuindo fortemente na mudança radical da pauta exportadora. As empresas da cadeia automotiva já existente – e as que se instalaram ao longo da década – também contribuem fortemente no resultado. Outros setores produtivos também contribuem de forma importante na pauta exportadora, como produtos derivados de petróleo, químicos, vidros, baterias automotivas, cerâmicas, alimentos, frutas, entre outros além do açúcar – que já consta historicamente na pauta. Figura - Comexstat - https://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis/5/26 Um outro aspecto estatístico importante é a diminuição da participação no comercio exterior, iniciada em 2023. Segundo os dados do Comexstat / Quantum das Exportações, Pernambuco vem apresentando diminuição das exportações. No gráfico abaixo, fica clara a curva em movimento de baixa. Figura - Comexstat, Quantum das Exportações - https://balanca.economia.gov.br/balanca/IPQ/uf_mes.html Vários aspectos que incentivam as empresas a exportarem podem incluir o acesso a novos mercados, permitindo que as empresas ampliem sua base de clientes e potencializem suas vendas. Isso é especialmente relevante para negócios que podem saturar rapidamente o mercado interno, pois a exportação oferece oportunidades de crescimento em regiões e países diferentes. Outro fator importante é a diversificação de riscos; ao operar em mercados internacionais, as empresas podem reduzir sua dependência da economia local, minimizando o impacto de crises econômicas regionais. Além disso, a competição em mercados externos estimula as empresas a melhorar constantemente seus produtos e processos, aumentando a competitividade geral e promovendo inovação. Essa pressão pode levar a investimentos em pesquisa e desenvolvimento, resultando em produtos mais qualificados, não somente internamente na empresa exportadora como também na cadeia de fornecedores, melhorando todo um universo econômico ligado ao produto final. Outro aspecto relevante é a possibilidade de economias de escala, que permitem a redução de custos unitários com o aumento da produção. Isso não apenas melhora a margem de lucro, mas também possibilita que as empresas ofereçam preços mais competitivos no mercado internacional. Por fim, a exportação contribui significativamente para a valorização da marca, elevando sua reputação no cenário global e promovendo a fidelização de clientes, o que pode resultar em parcerias de longo prazo e um fluxo contínuo de receita. Nos últimos anos, o tema de exportação tem permeado várias das pautas governamentais e associativas, fomentando que as empresas busquem se internacionalizar. Os incentivos governamentais, como subsídios e programas de apoio ao comércio exterior, também são fundamentais, pois oferecem recursos e informações que facilitam o acesso a mercados internacionais. Esses fatores, combinados ou não, fazem da exportação uma estratégia atraente e essencial para o crescimento sustentável das empresas. PERNAMBUCO: MEIs e MPE Exportadoras: Segundo dados do levantamento da Secretaria de Comércio Exterior - SECEX/MDIC (https://balanca.economia.gov.br/balanca/outras/porte/relatorio_porte.html), atualizado em 2024, apontam que a participação de MEI, micro e pequenas empresas nas exportações brasileiras representou um total de 41% do totais de empresas, contabilizando um total de 11.456 dos 28.524 de CNPJs exportadores. Em Pernambuco, no mesmo ano, a participação foi de 31%. Importante comentar que, em relação aos estados da Bahia, Ceará, e Paraíba, Pernambuco possui a menor participação de MEIs e MPEs nas exportações. O gráfico abaixo ilustra a diferença entre os estados, inclusive em relação à média nacional. Figura – Formatação pelo Autor. Dados: https://balanca.economia.gov.br/balanca/outras/porte/relatorio_porte.html Figura - Formatação pelo Autor. Dados: https://balanca.economia.gov.br/balanca/outras/porte/relatorio_porte.html Nota-se uma curva ascendente a partir de 2019, refletindo um movimento de crescimento na quantidade de empresas deste porte no quantitativo de exportadores em cada um dos estados apresentados. Em 2023, Pernambuco apresentou uma redução de 2% na participação de MEI e MPEs exportadores em relação ao ano anterior. *João Canto é vice-presidente do Iperid

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Novembro Azul: estudos mostram que a prática do exercício físico reduz risco de câncer

Por Jademilson Silva O câncer de próstata é um dos tipos mais comuns entre os homens, especialmente aqueles com mais de 50 anos. A boa notícia é que hábitos saudáveis, como manter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas regularmente, reduzem significativamente o risco de desenvolver a doença. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a prática de exercícios físicos tem um papel importante na prevenção, como revelam dois estudos recentes sobre o tema. Um estudo realizado na Suécia, publicado no British Journal of Sports Medicine e liderado pela pesquisadora Kate Bolam, revela que homens com um bom nível de condicionamento físico têm 35% menos chances de desenvolver câncer de próstata do que aqueles com condicionamento físico inferior. A pesquisa analisou mais de 58 mil homens e reforçou a importância de um estilo de vida ativo ao longo da vida. Diagnóstico precoce: peça chave para o tratamento eficaz Apesar dos hábitos saudáveis ​​ajudarem na prevenção, o diagnóstico precoce ainda é fundamental para aumentar as chances de cura do câncer de próstata. O urologista Charles Kelson Aquino, destaca a importância da campanha Novembro Azul, que visa incentivar os homens a procurarem um médico para exames regulares e detectarem a doença nos estágios iniciais, quando ela for mais tratável. “Nos estágios iniciais, o câncer de próstata muitas vezes não apresenta sintomas evidentes. Por isso, a detecção precoce é tão importante”, alerta o urologista. "Aos poucos, os pacientes podem começar a apresentar sinais urinários, como diminuição da força do jato urinário, dificuldade para começar ou terminar de urinar, e idas frequentes ao banheiro, especialmente à noite. Caso o câncer seja mais avançado, podem surgir também dores ou sangue na urina", complementa. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que todos os homens comecem a realizar exames preventivos a partir dos 50 anos. Para homens negros ou com histórico familiar de câncer de próstata, o início dos exames deve ocorrer aos 45 anos. O objetivo é detectar o câncer de próstata nas fases iniciais, quando as chances de um tratamento bem-sucedido são mais altas. Exames e tratamentos: opções para o diagnóstico e cura Os exames para diagnóstico do câncer de próstata são simples, mas precisam ser feitos periodicamente. “Os principais exames incluem o exame de toque retal, o exame de sangue para medir o PSA (antígeno prostático específico), ultrassonografia prostática e ressonância magnética”, explica o médico. "Se necessário, pode ser indicada uma biópsia prostática para confirmar o diagnóstico." O tratamento do câncer de próstata varia conforme o estágio da doença e o estado geral de saúde do paciente. As opções incluem cirurgia, radioterapia e tratamentos medicamentosos. “É fundamental que a escolha do tratamento seja feita em conjunto com o médico especialista, levando em consideração o estágio da doença e as preferências do paciente”, enfatiza o urologista. Embora o câncer de próstata seja uma condição grave, a detecção precoce e o tratamento adequado podem resultar em altas taxas de cura. O médico conclui: "É essencial que homens, especialmente aqueles que estão em grupos de risco, realizem exames regulares. O diagnóstico precoce é a chave para garantir uma vida longa e saudável." Hábitos de vida que ajudam na prevenção do câncer Adotar hábitos saudáveis ​auxilia na prevenção e controle da doença Todo homem precisa de Alimentação balanceada: inclui frutas, verduras, legumes e grãos integrais. Evite o consumo excessivo de alimentos processados ​​e gordurosos. Atividade física regular: pratique exercícios pelo menos 150 minutos por semana. A atividade física reduz o risco de várias doenças, inclusive o câncer. Controle do peso: manter o peso saudável é um fator importante na prevenção do câncer e outras doenças crônicas. Redução do álcool e do tabaco: evitar bebidas alcoólicas em excesso e não fumar pode reduzir o risco de desenvolvimento de câncer. Charles Kelson é médico urologista da Hapvida NotreDame Intermédica @charles_kelson @hapvida "Feijuca do Seu Cassi" completa 15 anos com amizade e solidariedade No próximo dia 23 de novembro, o Boteco da Praça, em Casa Forte, Zona Norte do Recife, recebe a 15ª edição da Feijuca do Seu Cassi, evento beneficente organizado pelo personal trainer e empreendedor social Cassiano Vasconcelos. A tradicional confraternização, que começa às 10h30, é uma festa de solidariedade, arrecadando brinquedos e cestas básicas para crianças em situação de vulnerabilidade social. Ao longo de 15 anos, a Feijuca do Seu Cassi se consolidou como um encontro de amizade e generosidade, além de levar alegria para diversas crianças no Natal, reunindo alunos, ex-alunos, mundo fitness, empresários, empreendedores e artistas. Com uma história de 15 anos, a Feijuca do Seu Cassi se tornou um evento especial no calendário de Recife, combinando lazer e responsabilidade social. A iniciativa, criada pelo personal trainer Cassiano Vasconcelos, é uma oportunidade para reunir amigos, familiares e a comunidade, em uma festa onde todos os convidados fazem o bem. O evento arrecada brinquedos novos e cestas básicas, que serão doados a comunidades carentes. Cassiano Vasconcelos destaca que a Feijuca é mais do que uma festa: “A ideia sempre foi criar um evento em que todos pudessem se divertir, mas também ajudar. Ver a adesão das pessoas é inspirador; muitos participam desde as primeiras edições e trazem novos amigos para apoiar a causa. Nossa recompensa é ver o sorriso das crianças que recebem esses brinquedos”, disse ele. O Boteco da Praça, na charmosa Praça de Casa Forte, será o cenário para uma confraternização que inclui uma feijoada completa, música ao vivo e a chance de se reunir em um clima descontraído e familiar. Para participar, cada convidado é incentivado a levar um brinquedo e uma cesta básica, que serão destinados aos mais carentes. Além da comida e da música, o evento contará com surpresas para tornar a celebração ainda mais especial. “A Feijuca do Seu Cassi é sobre união, amizade e um Natal mais alegre para quem precisa. Esperamos que cada um possa contribuir e fazer parte desse momento especial”, ressalta Cassiano. Atrações confirmadas: Kaio Mad (Swingueira e Axé), Tonny Neto (Passinho, Sertanejo e Forró), Kid Rosa (Pop Rock), TaGostoZin (Pagode). Informações: @cassianovasconcelos @feijucadoseucassi Novembro

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Influência da religião na política é tema de novo documentário de Petra Costa

Pessoas oram de mãos dadas vociferando numa língua difícil de entender, conhecida no meio evangélico como "língua estranha". Outros de mãos erguidas abençoam bancadas e objetos, enquanto alguém, de Bíblia na mão, discursa em alta voz. Não, elas não estão dentro de um templo. Tudo acontece em um lugar nada comum à tal prática: a câmara dos deputados. A cena que aparece logo nos primeiros minutos de "Apocalipse nos Trópicos", documentário de Petra Costa, serve de prenúncio ao que está por vir. Registros de bastidores revelam nuances que não costumam aparecer em palavras e gestos de figuras públicas quando orientadas por uma assessoria em entrevistas para a imprensa. É o que mostra o novo trabalho de Petra. A diretora teve acesso privilegiado a conhecidos nomes da política como Sóstenes Cavalcante, líder da bancada evangélica, e o presidente Lula, da mesma forma que em "Democracia em Vertigem", filme indicado ao Oscar em 2020. De todos os personagens, um chama a atenção por sua influência na política brasileira nos últimos anos: Silas Malafaia. A câmera acompanha o pastor em situações longe dos púlpitos e palanques. Uma cena inusitada mostra Malafaia dirigindo e batendo boca com um motoqueiro. O religioso justifica a atitude lembrando que Jesus também foi duro ao chicotear pessoas que faziam comércio na frente do templo. Em outro momento, Malafaia orgulha-se da liberdade que tinha na relação com Jair Bolsonaro e da influência que exercia nas decisões do ex-presidente, como aconteceu na escolha do pastor presbiteriano André Mendonça para o STF, o ministro "terrivelmente evangélico". O documentário é apresentado em capítulos, costurado por reflexões em off da diretora, ilustradas por pinturas de temáticas apocalípticas que exibem inferno e morte, obras de artistas como o holandês Hieronymus Bosch. Inferno e morte representados da mesma forma nas sequências seguintes por áudios de profissionais da saúde de Manaus desesperados por falta de oxigênio e cenas de tratores cobrindo de terra centenas de covas em enterros coletivos durante a pandemia de Covid. "Apocalipse nos Trópicos" expõe a contradição de um discurso dominador e excludente que clama por liberdade na ânsia por um governo teocrático. Tipo de discurso que culminou na tentativa de golpe no fatídico 8 de janeiro. A história mostra quão sombrios foram os períodos em que religião e política decidiram marchar juntas. Para o bem da democracia, que esse cálice seja afastado da política brasileira. "Apocalipse nos Trópicos" foi exibido no Janela Internacional de Cinema do Recife. Ainda sem previsão de estreia no circuito comercial.

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