Arquivos Colunistas - Página 272 De 299 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Colunistas

Francisco Cunha faz palestra e caminhada no Rec'n'Play

O consultor e sócio da TGI, Francisco Cunha, ministra palestra no próximo dia 02 de dezembro no Festival Rec’n’play, que traz para o Recife Antigo uma série de workshops e atividades voltadas à experiências digitais criativas. Com o tema “Caminhabilidade no Bairro do Recife: um upgrade tecnológico”, a palestra que acontece no Apolo 235, das 8h30 às 12h, também contará com uma caminhada por pontos chaves do Bairro do Recife, guiada por Francisco, que é arquiteto e urbanista por formação e um dos integrantes do Movimento Olhe pelo Recife. No encontro, Francisco Cunha discutirá o que pode ser feito, através dos meios tecnológicos, para potencializar a experiência da mobilidade a pé nas ruas do Bairro do Recife, utilizando conceitos de caminhabilidade e apresentando um pouco da história do bairro. A palestra é uma iniciativa do CAM (Cidades Algomais), projeto da Revista Algomais que tem a proposta de debater questões da vida urbana sob a ótica de práticas bem sucedidas.

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89% dos insatisfeitos com a mobilidade reclamam da insegurança no trânsito

Na semana em que a população recifense está comovida com o acidente provocado por um motorista embriagado na Tamarineira, a pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) indica que, entre os insatisfeitos com a mobilidade urbana no País, 89% reclamam da insegurança do trânsito. A reincidência de tragédias criou com consenso de que é urgente mais rigor na punição aos motoristas que dirigem de forma insegura. Dar um "drible" nas autoridades do trânsito após ingerir bebidas alcoólicas é um comportamento que se tornou quase que comum nas grandes cidades. Não foram poucas as vezes em que ouvi alguém dar a dica de seguir por uma rua ou outra porque não tinham guardas. Ou ainda contar uma história de quase ter sido pego pelos agentes de trânsito após ingerir bebidas. Parece que não caiu ainda a ficha dos brasileiros de que uma atitude imprudente de dirigir alcoolizado pode acabar com a história de uma família. Como aconteceu nesta semana. Além da embriaguez, o comportamento de maneira geral dos motoristas no trânsito é agressivo. O estresse dos engarrafamentos quilométricos explica, mas não justifica a condução irresponsável nas ruas e avenidas. O esteriótipo do motorista esquentado e sempre apressado também virou banal. Infelizmente. Pesquisa A pesquisa da Aberje, que revelou esse número ouviu 323 profissionais e 155 empresas de todo o Brasil. O estudo revelou que um terço da população aponta a mobilidade como um dos principais problemas da cidade. O transporte coletivo (citado por 33% das pessoas) e o trânsito (32%) tiveram as piores avaliações. Do total de entrevistados, 60% disseram possuir veículo próprio. Os outros motivos de insatisfação no trânsito, além da insegurança, foram a falta de respeito às leis de trânsito por motoristas e pedestres (88%), a qualidade das calçadas (88%) e a falta de acessibilidade para pessoas com deficiência (86%). Os pedestres também sofrem nesse contexto, pois 39% dos entrevistados estão insatisfeitos com a quantidade de faixas de pedestres e 31% reclamam da localização delas. Nesta semana apresentaremos outros dados revelados na pesquisa coordenada pela Aberj. LEIA TAMBÉM Ciclistas sob ameaça no Recife Pesquisa aponta que 31,4% das rodovias pernambucanas são ruins ou péssimas Multa para pedestres e ciclistas: um retrocesso na legislação do trânsito    

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Sport ainda vive (por Houldine Nascimento)

“O pulso ainda pulsa e pulsa bastante.” A frase do meia-atacante Diego Souza após a vitória do Sport sobre o Fluminense por 2 a 1, no último sábado, reflete o sentimento da torcida rubro-negra. A esperança que parecia ter desaparecido na goleada sofrida por 5 a 1 para o Palmeiras ressurgiu, muito devido à consistente atuação da equipe pernambucana no Maracanã. Prova disso é que, com 23 minutos, André tinha feito os dois gols que garantiram o triunfo diante do clube carioca. Há duas rodadas, o rebaixamento parecia inevitável, especialmente pelo fraco desempenho do Leão. Àquela altura, o Sport já havia disputado 16 partidas neste segundo turno do Campeonato Brasileiro e vencido apenas uma: contra o Vitória, pior mandante da competição, em Salvador. Foram oito pontos conquistados de 48 possíveis. Para se manter na Série A, o Rubro-negro precisaria ganhar os três jogos restantes e torcer por resultados que o favorecessem. O primeiro passo foi a vitória ante o Bahia por 1 a 0 no Recife. Na sequência, veio o êxito contra o Fluminense no Rio. A situação ainda é difícil, mas os dois últimos jogos animam o torcedor. Para o duelo com o Corinthians, no próximo domingo (3), alguns setores da Ilha do Retiro já estão com os ingressos esgotados. O Leão não depende só de si. Precisa vencer o campeão brasileiro e rezar para que o Coritiba não vença a Chapecoense na Arena Condá ou que o Vitória não derrote o Flamengo no Barradão. Tanto a Chape quanto o Flamengo ainda tem objetivos na competição. As duas equipes buscam uma vaga na Copa Libertadores de 2018, fator que alimenta a fé dos pernambucanos. Caso o Sport continue na Primeira Divisão, dará um suspiro à péssima temporada do futebol do estado. Batalha dos Aflitos completa 12 anos O episódio mais trágico da história do Náutico completou 12 anos ontem. Em 26 de novembro de 2005, Timbu e Grêmio duelaram pelo acesso à Série A. Ao clube pernambucano, apenas a vitória interessava. E o Náutico teve muitas chances para que isso acontecesse: dois pênaltis a favor, quatro jogadores do adversário expulsos e o estádio dos Aflitos tomado pela massa alvirrubra. Incrivelmente, tudo deu errado e, mesmo com sete atletas em campo, o time gaúcho acabou ganhando por 1 a 0, gol de Anderson. A atmosfera absurda daquela partida parecia saída de um livro de Gabriel García Márquez. O Grêmio, que tinha tudo para seguir mais um ano na Segunda Divisão, retornou à elite nacional e com o título da Série B. Mano Menezes, hoje no Cruzeiro, era o técnico gremista e aquele jogo mudou o rumo de sua carreira, do time que comandava e do próprio Náutico, que desde então permanece num jejum de títulos.

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E aí? Qual seu tipo de cerveja? (Por Rivaldo Neto)

De vez em quando em uma conversa com amigos quase sempre sou abordado com a seguinte pergunta: Qual tipo de cerveja artesanal eu devo começar? A pergunta parece de fácil resposta, mas não é. Isso também não quer dizer que existe dificuldade em respondê-la, também não é o caso. A grande questão é a complexidade da pergunta, pois isso gira muito em torno do que é mais simpático ao seu paladar. Podemos assim dar alguns passos básicos, dicas simples para descomplicar esse processo de descoberta dos estilos e sabores do variado mundo cervejeiro e assim o “iniciante” começa um delicioso caminho até escolher os tipos, estilos, harmonização e até qual cerveja cai bem em alguns tipos de climas. O interessante nesse processo é equilibrar e ir abrindo o leque. A maioria das pessoas já experimentou cervejas Pilsens, até porque era o tipo de cerveja fartamente mais encontrada nos bares, restaurantes e supermercados. Isso não quer dizer que devemos deixar a “loira”, de lado, muito pelo contrário, ela funciona como uma espécie de “farol guia”. Mesmo tendo esse ponto de partida, que podemos chamar de ponto de equilíbrio, abra sua mente para o que está por vir. Não seja muito ousado no começo, vá com rótulos mais leves e menos robustos, mas não tenha preconceitos. As cervejas artesanais tem sabores muito mais diversificados do que a maioria está acostumado a provar. Quando for a um local que venda esse tipo de bebida, procurar se informar. Se estiver em uma loja especializada, procure o vendedor para que o ele possa fazer uma breve descrição do rótulo escolhido. Existe muita literatura sobre cervejas hoje na internet, descrevendo as famílias e os estilos. Uma leitura mais profunda sobre o assunto vai agregar muito as suas escolhas e assim delimitar um caminho. Esse conhecimento permite que ela seja escolhida de forma mais direcionada e que possa ser julgada de acordo com a família à qual pertence. Se seu ponto de partida, depois desse processo, foi iniciar com uma Pilsen ou Lager, vá passando por etapas. Depois de familiarizado, a ideia é embarcar em rótulos mais intensos com sabores mais amargos por exemplo. Um ponto fundamental nesse processo são as taças e copos, adquira alguns. Tenho visto em lojas kits para cerveja com ao menos 4 tipos para determinados estilos de cerveja. Isso eu posso garantir, faz toda diferença. Apenas citando um exemplo: Se por exemplo, você quiser optar por uma cerveja Weiss, aquele longo copo vai proporcionar a você uma experiência totalmente diferente pelas características que ele possui e as necessidade que o estilo necessita para que os aromas da bebida sejam aproveitados da melhor forma possível. São dicas simples que vai ampliar seu paladar e o seu conhecimento cervejeiro, pode apostar. MUNDO CERVEJEIRO O golaço da Babylon Fui ao lançamento da Kaffe Amber Lager , da Cervejaria Babylon, que ocorreu na Kaffe Torrefação e Treinamento. De antemão posso dizer que foi um golaço da Babylon. Ela é uma mistura de malte com o cold brew feito na própria Kaffe. O cold brew é uma forma de extração do café a frio, sem contato algum com água quente. Tal processo é bem mais lento e cuidadoso e pode chegar a 18 horas. O resultado é uma cerveja deliciosamente leve, refrescante com uma espuma intensa, densa e de excelente cremosidade. Um show!    

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Conheça “O Matador”, primeiro filme brasileiro produzido pela Netflix (Por Wanderley Andrade)

Após produzir a série brasileira 3% e ter alcançado boa recepção de seus assinantes, principalmente nos EUA, a Netflix aposta em mais uma produção tupiniquim, desta vez, um longa-metragem: O Matador. Escrito e dirigido pelo carioca Marcelo Galvão, o filme é um western no estilo Sérgio Leone, ambientado no sertão nordestino, período de declínio do cangaço. A história tem como protagonista Cabeleira, interpretado pelo ator português Diogo Morgado. Cabeleira teve uma infância marcada pelo abandono: ainda bebê, fora deixado sozinho em meio à caatinga. Prestes a ser devorado por uma onça, é salvo pelo conhecido pistoleiro, Sete Orelhas (Deto Montenegro), que executa o animal. Sete Orelhas resolve adotar a criança, que cresce aprendendo todos os pormenores do manejo de uma arma. Mas chega o dia em que Sete Orelhas vai à cidade grande e, desde então, nunca mais retorna. É quando começa a jornada de Cabeleira à procura por seu pai de criação. O roteiro falha ao mudar o foco do Cabeleira para o Tenente, personagem interpretado por Paulo Gorgulho. Tenente tornou-se pistoleiro após ter esposa e filho mortos a mando do Francês, um fazendeiro inescrupuloso dono da maioria das terras da região. A trama secundária quebra o ritmo do filme e faz o espectador esquecer do protagonista. Apesar do furo no roteiro, a história ganha força outra vez com o retorno de Cabeleira, culminando, enfim, em um surpreendente desfecho. O elenco é formado por grandes atores, entre eles, o experiente ator francês Etienne Chicot que já acumula 40 anos de carreira. Chicot atuou ao lado de Tom Hanks no filme O Código Da Vinci. Estão também no elenco a atriz Mel Lisboa, o ator Igor Cotrim e a cantora portuguesa Maria de Medeiros. Chama a atenção a fotografia do longa que, através de belos planos abertos, exibe a imensidão e secura das terras sertanejas. O sertão apresentado não é aquele extremamente caricato costumeiramente visto em produções televisivas. Não à toa, O Matador conquistou o prêmio de Melhor Fotografia no Festival de Gramado. As locações escolhidas para o filme foram o Pico do Papagaio e o distrito de Cimbre, em Pesqueira e as cidades de Paulo Afonso (BA) e Campinas (SP). Com O Matador, Marcelo Galvão consegue homenagear, de uma só vez, os clássicos westerns spaghetti e o sertão nordestino através de suas belas paisagens e personagens peculiares. Sem dúvida, uma boa estreia brasileira na era dos serviços streaming.  

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6 imagens dos arcos antigos do Recife

A primeira ponte construída na capital pernambucana foi a Maurício de Nassau, ainda no longínquo 1643. Chamada inicialmente como Ponte do Recife e também, durante um tempo, por Sete de Setembro, ela tinha um charme especial antigamente, que eram os arcos nas suas cabeceiras. De um lado o Arco da Conceição e do outro o Arco de Santo Antônio. Selecionamos três imagens de cada um deles. Arco da Conceição Instalado no lado do bairro do Recife, esse arco tinha portas, que segundo Gilberto Freyre foi edificado em 1645 e derrubado em 1913. O aumento do trânsito do cidade foi o motivo da sua demolição. Arco de Santo Antônio Ficava localizado na cabeceira oposta da ponte, no Bairro de Santo Antônio. As imagens são do acervo disponibilizado pela Villa Digital, da Fundação Joaquim Nabuco e a última do Instituto Arch. e Geogr. Pernambucano.  

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Ministério das Cidades promete recursos do FGTS para financiar mobilidade

O Ministério das Cidades, que até poucos dias era dirigido pelo pernambucano Bruno Araújo, anunciou uma linha de crédito para financiar projetos da iniciativa privada para melhorar a infraestrutura de mobilidade. O alto custo das obras para qualificar as cidades, como sistemas de transporte sobre trilhos ou corredores de ônibus, inviabiliza diversos projetos, que permanecem anos na gaveta. A novidade, anunciada hoje pelo Governo Federal, é que serão disponibilizados recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), pelo programa Avançar Cidades - o PAC do Governo Temer - para a instalação de BRTs, Veículos Leves sobre Trilhos (VLT), terminais rodoviário, pontos de ônibus e até mesmo aplicativos como GPS e sistema de informação para os usuários do transporte público. Só podem solicitar esses recursos operadoras de serviços de transporte público coletivo urbano ou empresas que já tenham projetos na área de mobilidade urbana. O Portal Brasil indica que as empresas interessadas em apresentar projetos precisam preencher uma carta-consulta que está disponível no página do Ministério das Cidades e enviá-la para a Caixa Econômica Federal. Essa é uma medida do programa Pró-Transporte, do Ministério das Cidades, que teve sua publicação ontem no Diário Oficial da União. A Instrução Normativa N.º 47 diz que o objetivo do programa é "melhorar a qualidade da prestação dos serviços de transporte público coletivo nos ambientes urbanos e a circulação de pessoas por intermédio do financiamento ao setor privado dos investimentos de implantação, ampliação, adequação ou modernização de sistemas de transporte público coletivo urbano e/ou transporte público coletivo intermunicipal de caráter urbano, além de ações voltadas à qualificação viária, ao transporte não motorizado (transporte ativo) e à elaboração de projetos de mobilidade urbana." Investir em transporte público é um caminho para desafogar as cidades, travadas pelos congestionamentos diários. O incentivo ao transporte ativo (não motorizado) é uma bola acertada do programa. A espera da iniciativa privada para o lançamentos dos projetos é um ponto que parece estranho. Os projetos de mobilidade deveriam estar integrados à planos maiores inclusive que às cidades, mas atendendo os interesses metropolitanos. O Ministério das Cidades afirmou em seu site apenas que o "programa contará com participação do poder público local – Estados e municípios - que será responsável pela autorização dos projetos, atestando que os mesmos atendem às legislações e requisitos locais".

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A quarta força do futebol nordestino

*Por Houldine Nascimento Pernambuco corre grande risco de virar a quarta força de um claudicante futebol nordestino. Isso porque o Sport, que disputa o Brasileirão, está seriamente ameaçado de cair. Com os rebaixamentos de Náutico e Santa Cruz para a Série C, o estado só teria um representante na Segunda Divisão. Caso o descenso rubro-negro seja confirmado, Bahia, Ceará e Alagoas passariam à frente dos pernambucanos: os baianos por terem Bahia e Vitória na Série A; os cearenses pelo Fortaleza na Série B e o Ceará na elite nacional em 2018; e os alagoanos pela dupla CRB e CSA na Segundona. Não há perspectiva de melhora para a prática futebolística por estas bandas. Além das gestões ruinosas que vêm afundando as principais equipes locais há anos, a Federação Pernambucana de Futebol nada faz para mudar esse quadro. Subservientes, os próprios clubes se curvam aos desmandos de FPF e CBF, resignados com as migalhas que recebem de cotas de TV. Pior do que isso: ajudam quem os maltrata a manter-se no poder. As Federações só existem em razão dos clubes, e não o contrário. E, se o trio de ferro do Recife passa por apuros, o que dizer do futebol do interior? O Central, que tem tradição e costuma dificultar a vida dos times da capital, não é sombra pálida do que já foi. O estádio Luiz Lacerda, onde manda seus jogos em Caruaru, sofre com a deterioração. Sem falar nas dificuldades financeiras por que passa a Patativa. Apenas o Salgueiro se apresenta firme, mais por méritos de seus gestores do que qualquer outra coisa. Não há uma política para fortalecer o futebol pernambucano, seja no Recife, Agreste, Zona da Mata, Litoral ou Sertão. Pernambuco já brilhou no cenário nacional muitas vezes. Em 1966, o Náutico passou por cima do Santos de Pelé em São Paulo. No ano seguinte, o Timbu foi vice-campeão da Taça Brasil, capitaneado por jogadores memoráveis, como Bita, Lala, Gena, Salomão e Ivan Brondi. O Santa Cruz também viveu momentos de glória, como em 1975, quando chegou às semifinais do Campeonato Brasileiro e teve Ramon como artilheiro dois anos antes. O Tricolor pernambucano também foi o primeiro e dos raros times do Brasil a derrotar nossa Seleção, além de projetar vários craques para o mundo, como Rivaldo, Givanildo, Nunes e tantos outros. No Brasileirão de 1986, o aguerrido Central não tomou conhecimento do Flamengo e venceu o time carioca por 2 a 1 em Caruaru. No Rubro-negro, havia Jorginho, Bebeto e Zinho em campo sob o comando de Lazaroni. E o Sport conquistou a Copa do Brasil de 2008 atropelando grandes adversários, foi vice-campeão da Copa dos Campeões após derrubar o São Paulo de Raí e fez campanhas marcantes no Brasileirão, chegando ao topo em 1987. Que os nossos clubes não fiquem presos ao passado glorioso, mas que se espelhem no que fizeram de bom noutros tempos. O povo pernambucano, tão apaixonado por futebol, não merece vivenciar tanto vexame. *Houldine Nascimento é jornalista e passa a escrever nas segundas-feiras para a Algomais sobre futebol

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Animage: festival contará com mais de 100 filmes na programação

Atado ao discurso em defesa da liberdade de ideias "em tempos de acirramento do conservadorismo e falsos moralismos" começa, no próximo dia 24, no Recife, o Animage - Festival Internacional de Animação de Pernambuco. O evento chega à sua oitava edição já consolidado como um dos principais festivais de cinema de Pernambuco e um dos maiores do país em quantidade de filmes (este ano, exibirá mais de 100). A mostra competitiva contará com 88 produções de 29 países, entre eles, EUA, Colômbia, Polônia e Japão, além do Brasil. Também será promovido um Masterclass, com a ilustradora e animadora Rosana Urbes, criadora da personagem Guida. O festival será realizado em cinco lugares diferentes: Cine São Luiz, Caixa Cultural Recife, Cinema do Museu, Teatro Bianor Mendonça Monteiro (Camaragibe) e Teatro Apoilo 235. Em entrevista à Revista Algomais, o curador do evento, Júlio Cavani, conta como surgiu o Animage e fala sobre algumas produções que estarão na programação. Revista Algomais - Como surgiu o festival? Júlio Cavani - O festival foi criado há oito anos por Antonio Gutierreze, o mesmo produtor dos festivais Rec Beat (música) e Continuum (arte-tecnologia), que também já foi produtor das bandas Mundo Livre S/A e Cordel do Fogo Encantado. Na primeira edição do Animage, o curador foi o cineasta Pedro Severien. Em 2017, faço a curadoria do festival pela terceira vez. Qual temática o Festival explorará? O festival não tem um tema anual. O conjunto de filmes selecionados sugere algumas combinações, mas não é algo intencional, até porque são mais de 100 filmes muito diversificados entre si. Por causa do contexto atual da sociedade brasileira, com acirramentos de conservadorismo e casos recentes de censura, talvez a questão da liberdade de expressão ganhe um significado especial este ano no festival. Das mostras que serão exibidas você destaca alguma em especial? Destaco especialmente as sessões de longas-metragens que serão realizadas no Cinema São Luiz, com os filmes Torrey Pines, Teerã Tabu, Tenha um Bom Dia, Minha Vida de Abobrinha e I'll Just Live in Bando. É muito raro poder assistir a longas-metragens de animação no Recife. No Recife, normalmente apenas filmes de animação infantis entram em cartaz nos cinemas. O Animage é uma oportunidade única para ver filmes adultos, de vários países. Como você avalia a força do Festival no estado? Com mais de 100 filmes a serem exibidos em oito locais, o Animage já é um dos maiores festivais de cinema do Recife. É também um dos principais festivais de cinema de animação do Brasil. É o festival do país, por exemplo, com o maior número de longas-metragens de animação na programação. Como está Pernambuco em relação ao Cinema de animação? O livro História do Cinema de Animação em Pernambuco, lançado em 2017 por Marcos Buccini, oferece um bom panorama sobre o assunto. A produção do estado tem aumentado a cada ano e novos artistas e cursos têm surgido. Os curtas de animação pernambucanos também estão participando de cada vez mais festivais. Além disso, o crescimento é verificado não só no cinema, mas na internet e na televisão também, seja na publicidade ou em séries de sucesso, como o Mundo Bita. Confira a programação completa.

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Ciclistas sob ameaça no Recife

No último final de semana Lígia Lima, que integra a coordenação da Ameciclo e do Observatório do Recife, foi atropelada enquanto estava pedalando na ciclofaixa da Estrada do Encanamento. O carro que atropelou a ativista estava estacionado na calçada e para acessar a via passou pela ciclofaixa, quando aconteceu o choque por trás da bike. Lígia teve ferimentos. Uma história diferente de tantos ciclistas da capital pernambucana e do Brasil que perderam suas vidas por imprudência. A "invisibilidade" dos ciclistas nas ruas pelos motoristas de carros e motos precisa de um enfrentamento. A Ameciclo descreveu na sua página o atropelamento e relatou que o condutor não admitiu a culpa por ter atropelado Ligia. "Apesar de ter permanecido no local, o condutor negou ter sido responsável pelo atropelamento até que descobriu que o evento tinha sido filmado por um carro passante. Ligia, que já foi medicada e apesar de ainda estar sentido fortes dores pelo corpo, está fora de perigo e estável. O atropelamento ocorreu porque o condutor, que estava com o veículo parado irregularmente sobre a calçada, acessou a via invadindo a ciclofaixa e atingiu a ciclista, que estava na ciclofaixa, por trás. Ligia sem chance de uma reação rápida foi imediatamente ao chão, desmaiando por alguns segundos". A ciclofaixa da Estrada do Encanamento foi criticada pela associação, que já alertou a CTTU na necessidade de ajustes, que nunca foram realizados, como o alargamento da faixa e a fiscalização de velocidade. Em nota, o Observatório do Recife defendeu incisivamente que o poder público trate o tema da segurança dos ciclistas com urgência: "É preciso que a Prefeitura do Recife, junto com os órgãos competentes, passem a enfrentar os problemas de mobilidade da cidade com a urgência e seriedade necessários para que outras situações como estas não voltem a acontecer. A vida do cidadão precisa ser a prioridade dos órgãos que ordenam e fiscaliza o trânsito na cidade!" O caso de Lígia está longe de ser isolado. Há um mês outro associado da Ameciclo, Cezar Martins, foi atropelado na Av Mário Melo. Em outubro o pernambucano Raul Aragão perdeu a vida em Brasília, quando pedalava na Asa Norte. O crescimento do número de ciclistas, que são recifenses em busca de uma mobilidade mais saudável e sustentável,  infelizmente não tem sido acompanhado por políticas de segurança e educação no trânsito. Pedalar virou fator de risco.

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