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A força das associações: um pilar da democracia brasileira

A importância que nem sempre se vê *Por João Paulo Neves Baptista Rodrigues Recentemente, tive a honra de assumir a presidência do Comitê de Business Affairs da Amcham Pernambuco, em sucessão ao exímio profissional – e cidadão – Francisco Cunha (o nosso querido e conhecido “Chico”). Naquele momento, homenageamos o trabalho que Chico desempenha em diversos fóruns – com dedicação, visão e senso público. Para quem já participa ativamente de associações, conselhos, fóruns ou entidades de representação, a relevância desse tipo de espaço e o exercício da atividade associativa são evidentes. No entanto, essa clareza nem sempre se estende para fora desse círculo. É possível encontrar percepções – distorcidas – de que a participação associativa é perda de tempo, de que não gera valor concreto. Este artigo nasce, portanto, com duplo propósito: de um lado, prestar homenagem às pessoas que, como Chico Cunha, exercem com altruísmo e responsabilidade o papel de liderança associativa; de outro, trazer à luz a estrutura constitucional e institucional que garante – e valoriza – o direito de associação no Brasil. Um direito fundamental, com raízes históricas profundas e com importância crescente para o funcionamento da democracia e da sociedade contemporânea. 1. O Direito Associativo e sua Previsão Constitucional O direito de associação está expressamente previsto na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, incisos XVII a XXI. Trata-se de um dos direitos fundamentais assegurados aos cidadãos brasileiros. Essa previsão não é fruto do acaso. Resulta de uma longa trajetória histórica de luta pela organização coletiva da sociedade brasileira. Desde os tempos do Império, passando pela Primeira República, até os movimentos sociais e sindicais do século XX, o associativismo foi – e segue sendo – ferramenta indispensável para a defesa de interesses comuns, sobretudo em contextos de repressão ou exclusão política. A Constituição de 1988 reconhece essa importância ao estabelecer, com clareza, a liberdade associativa como instrumento legítimo e estruturante da vida democrática. Trata-se de uma conquista civilizatória: a possibilidade de cidadãos se organizarem, de forma livre e autônoma, para atuar na defesa de direitos e no fortalecimento de seus segmentos sociais ou econômicos. 2. O Valor Atual das Entidades Associativas Mais de três décadas depois da promulgação da Constituição, o associativismo continua se mostrando essencial – talvez mais do que nunca. Em uma sociedade cada vez mais complexa, polarizada e marcada por interesses diversos, é por meio das associações que empresas, setores e cidadãos conseguem exercer sua voz de forma organizada, legítima e eficaz. As associações funcionam como pontes entre o estado e os diferentes segmentos sociais. Elas organizam pleitos, qualificam o debate público, produzem conteúdo técnico e representam interesses legítimos em fóruns institucionais. A atuação associativa garante que políticas públicas possam ser formuladas e implementadas com mais equilíbrio, ouvindo diferentes perspectivas e minimizando distorções. Além disso, o ambiente associativo é espaço de construção de consensos, de cooperação e de geração de valor coletivo. Não se trata de uma arena de confronto, mas de articulação – um terreno fértil para o exercício da cidadania ativa e da democracia representativa. 3. Representatividade, Influência e Conteúdo: Muito Além do Lobby A relação entre cidadãos, empresas e associações não é uma relação de troca direta ou de ganho imediato. É, acima de tudo, uma relação de influência legítima. Participar de uma entidade representativa é participar de um processo maior: é fazer parte de um ecossistema de advocacy, representatividade setorial, produção de conteúdo qualificado e construção de redes de relacionamento. Em sua essência, essa atuação está voltada para o fortalecimento coletivo, para o debate público responsável e para a construção de soluções que considerem as diferentes realidades e necessidades de seus representados. 4. Conquistas Concretas da Participação Associativa Ao longo dos anos, a participação associativa foi decisiva para importantes avanços no ordenamento jurídico e institucional do País. Quatro exemplos ajudam a ilustrar esse impacto: - A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) construída com intensa participação da sociedade civil organizada, incluindo associações de tecnologia, direito e defesa do consumidor; - O marco legal das startups, que resultou de articulações de diversas entidades do ecossistema de inovação, promovendo segurança jurídica e fomento ao empreendedorismo; - A reforma da Lei das Licitações, influenciada por entidades empresariais e jurídicas que atuaram com seriedade e compromisso na modernização da contratação pública; e - Mais recentemente, no setor elétrico, a promulgação do marco legal do hidrogênio verde. Essas conquistas não seriam possíveis sem a atuação coordenada de representantes associativos que souberam dialogar com o poder público, propor soluções e defender interesses coletivos de forma transparente e técnica. 5. Um Chamado à Participação Ativa É essencial que cada vez mais cidadãos e empresas compreendam o valor da participação associativa. A estrutura legal brasileira não apenas permite, como incentiva e valoriza, o associativismo como ferramenta de ação democrática, de formulação de políticas públicas e de fortalecimento institucional. A história, a Constituição e os resultados bem demostram que é por meio da ação associativa, e por perfis como o de Chico Cunha, que empurramos setores – e o Brasil – na direção correta.  João Paulo Neves Baptista Rodrigues é presidente do Comitê de Business Affairs da Amcham Pernambuco, e diretor Institucional do Grupo Neoenergia.

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Mulher e robo em interacao

Linguagem, comunicação e cultura: A Alma Digital

Entre algoritmos e afetos, o desafio de manter a linguagem humana viva em um mundo cada vez mais mediado pela inteligência artificial *Por Rafael Toscano A linguagem é uma das expressões mais profundas da nossa humanidade. Por meio dela, construímos mundos, compartilhamos ideias, expressamos emoções. E agora, com a inteligência artificial, estamos testemunhando uma mudança sem precedentes: máquinas que compreendem, traduzem, escrevem e até conversam conosco. O que antes parecia ficção científica tornou-se parte do nosso cotidiano. Aplicativos de tradução instantânea, assistentes de voz, chatbots e modelos de linguagem como o que está escrevendo estas palavras são exemplos de como a IA está transformando a comunicação. O campo do Processamento de Linguagem Natural (PLN) tem avançado a passos largos, permitindo que sistemas digitais entendam a estrutura e o sentido da linguagem humana com uma fluidez surpreendente. No entanto, entender palavras não é o mesmo que entender pessoas. A linguagem é cheia de nuances: ironias, emoções, contextos culturais. Embora algoritmos possam identificar padrões, ainda estão longe de captar plenamente a riqueza simbólica das expressões humanas. Traduzir “ao pé da letra” é fácil; entender a alma do que está sendo dito, não. A tradução automática, por exemplo, pode ser útil para quebrar barreiras linguísticas, mas também escancara os limites da IA. Idiomas não são apenas códigos; são formas de ver o mundo. Uma palavra em uma língua pode não ter equivalente direto em outra, porque carrega valores, histórias, visões de mundo. Quando a IA traduz, ela também interpreta — e toda interpretação traz escolhas, recortes, omissões. Além disso, algoritmos treinados com grandes volumes de texto retirados da internet correm o risco de reproduzir — e até amplificar — preconceitos existentes. Já vimos casos em que sistemas de tradução atribuem profissões tradicionalmente masculinas a homens e funções domésticas a mulheres, reforçando estereótipos. A neutralidade linguística é uma ilusão se não houver cuidado com os dados e com o design dos sistemas. Outro campo em ascensão é o da geração de conteúdo por IA. Modelos como o GPT-3 são capazes de escrever artigos, roteiros, poemas e até notícias. Isso levanta questões importantes: quem é o autor? O que é originalidade? Se um texto gerado por IA é indistinguível do humano, ainda assim é arte? Ou estamos entrando em um território novo, onde autoria se torna uma colaboração entre criador humano e máquina? A desinformação é outro ponto sensível. A mesma tecnologia que gera textos coesos pode ser usada para espalhar boatos, criar notícias falsas, manipular discursos. Algoritmos podem fabricar verdades alternativas com aparência de credibilidade. Por isso, a IA também está sendo usada no combate à desinformação, com ferramentas de verificação automática de fatos. Mas aqui surge um paradoxo: confiar na IA para corrigir os desvios da própria IA. Nas redes sociais, a presença da inteligência artificial é quase invisível — mas poderosa. É ela quem escolhe o que vemos, o que deixamos de ver, com quem interagimos. Os algoritmos de recomendação moldam a nossa experiência digital, criando bolhas de conteúdo que reforçam nossos pontos de vista e podem limitar o diálogo. A pluralidade cultural corre o risco de ser filtrada por interesses comerciais e padrões de engajamento. Por outro lado, a IA também tem sido uma ferramenta importante para a preservação cultural. Projetos que digitalizam livros raros, recuperam línguas ameaçadas ou recriam sítios arqueológicos em ambientes virtuais mostram o potencial da tecnologia como aliada da memória coletiva. Mas é preciso respeitar os contextos. A tecnologia deve servir à cultura — e não domesticá-la. Outro desafio ético envolve a representação cultural nos sistemas de IA. Vozes artificiais, assistentes virtuais e personagens digitais frequentemente adotam padrões ocidentais, brancos e padronizados. A diversidade cultural precisa ser incorporada desde o design. Não basta traduzir palavras — é preciso traduzir mundos. Nesse cenário, a alfabetização digital e ética torna-se urgente. Precisamos aprender a interagir com a IA com consciência. Entender como os algoritmos funcionam, o que priorizam, que dados usam. Saber identificar quando uma notícia é fabricada, quando uma imagem foi gerada artificialmente, quando uma opinião foi moldada por uma bolha informacional. A linguagem é o que nos conecta. E, quando mediada por inteligência artificial, ela pode tanto aproximar quanto distorcer. O desafio é manter a cultura viva, plural, humana — mesmo em um ambiente digital moldado por códigos. No fim das contas, a tecnologia deve servir à nossa voz — não nos calar. A IA pode ser tradutora, escritora, curadora. Mas somos nós quem damos sentido às palavras. A linguagem é, ainda, a alma do nosso tempo. E a cultura, o coração que pulsa por trás de tudo que queremos preservar. *Rafael Toscano é escritor, pesquisador e professor na CESAR School, engenheiro na Companhia Brasileira de Trens Urbanos e ocupa o cargo de Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Negócios na Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia (SECTI) da Prefeitura do Recife. Formado em Engenharia da Computação pela UFPE, é Mestre e Doutor pela Universidade de Pernambuco. **Esse Texto integra o livro IA Transformação das Humanidades

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O segredo que muitos corredores ignoram: o poder do treino de força contra lesões

Fortalecer o corpo é tão essencial quanto correr. Especialistas e corredores revelam como o treino de força e neuromuscular impactam a performance e diminuem os riscos de lesão. Conversamos com o Professor Elton Alves sobre o assunto. A base invisível que sustenta cada passo Colocar o tênis, ativar o relógio e sair correndo. Para milhões de brasileiros, a corrida é liberdade, saúde e superação. Mas o que parece simples exige do corpo uma complexidade muscular, articular e neurológica que vai muito além do movimento de correr. E é aí que mora um erro comum: deixar de lado o fortalecimento físico, o que pode custar caro para o corredor, seja ele amador ou experiente. “Evitar lesões de forma absoluta é impossível. Mas conseguimos reduzir muito os riscos com estratégias bem aplicadas. E o treino de força e neuromuscular é uma delas, talvez a principal”, afirma o Profissional de Educação Física Elton Alves. Corrida cresce, mas lesões também O Brasil é hoje o segundo país com mais corredores do mundo. Segundo dados do Strava, são mais de 19 milhões de praticantes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2024, o país registrou mais de 2.800 eventos de corrida de rua. O esporte atrai cada vez mais adeptos por ser acessível, prazeroso e transformador. Mas há um alerta. Um estudo de 2021 revelou que 80% dos corredores de longa distância já tiveram ao menos uma lesão. Entre os corredores de curta distância, a taxa foi de 44%. A explicação está na sobrecarga dos tecidos corporais — músculos, tendões, ligamentos e ossos — que, sem o preparo adequado, cedem à repetição de impacto. “A corrida é repetitiva, exige demais do corpo e provoca microtraumas. Se o corpo não estiver preparado para suportar essa demanda, as lesões são uma consequência esperada”, reforça Elton. Força e controle: o que o treino específico entrega ao corredor O treino de força envolve muito mais que levantar pesos. Para corredores, ele trabalha pilares como força máxima, potência, resistência muscular e isometria. Já o treinamento neuromuscular ativa o sistema nervoso para melhorar o controle motor, equilíbrio, estabilidade articular e coordenação. Esses dois tipos de treino: “A ideia não é transformar o corredor em uma escultura de academia. O foco é preparar seu corpo para performar melhor e com mais segurança”, destaca Elton. Cada corpo, uma pisada. E cada pisada, uma exigência Outro fator determinante para a individualização do treino é o tipo de pisada: “Sem avaliação, o treino pode gerar mais lesão do que benefício. O corredor precisa entender como pisa, quais músculos estão fracos e o que deve ser fortalecido para que a corrida seja sustentável a longo prazo”, diz Elton Alves. Três trajetórias que mostram como a força transforma a corrida Juliana Souza Leão: força que sustenta a leveza A microempreendedora Juliana Souza Leão, 42 anos, já corre há nove anos. Mas foi só nos últimos dois que percebeu uma verdadeira transformação no corpo e na performance. “Antes, eu corria só correndo. Mas depois que comecei o treino de força voltado para a corrida, tudo mudou. Me sinto mais forte, mais estável. Até quando dou meu máximo numa prova, meu corpo responde bem e se recupera rápido”, conta. Juliana já correu mais de 50 provas, incluindo meias e maratonas. Em 2024, concluiu uma meia em 1h37 e, em 2025, cravou sua maratona em 3h36. “Hoje, não tenho ambição por grandes distâncias. Quero qualidade e saúde para correr bem por muitos anos. E sei que isso só é possível fortalecendo meu corpo com orientação profissional”, afirma. Álvaro Nascimento: potência que vence subidas Com apenas três anos de corrida, o representante comercial Álvaro Nascimento, 32 anos, já surpreende nos resultados. Ele realizou mais de 25 provas e alcançou 1h29 na meia maratona, correndo a 4:14/km. “Antes dos treinos específicos, sofria em provas com subidas. Perdida potência, perdia tempo. Mas com o treino de força voltado para corrida, me transformei. Em Vitória de Santo Antão, que tem um percurso duríssimo, consegui manter um ritmo de 3:57/km por 7 km”, celebra. Além do desempenho, ele sentiu melhora na recuperação: “Fiz 28 km num dia e, no seguinte, estava 100%. Isso nunca tinha acontecido. Hoje me sinto completo, seguro e pronto para enfrentar qualquer percurso. Meu sonho é correr uma maratona sub3h, e sei que estou no caminho certo.” Manoel Messias de Lima: veterano que se reinventou Com 46 anos e mais de 400 provas no currículo, o promotor de vendas Manoel Messias de Lima é um apaixonado pela corrida. Mas, após tantos anos, percebeu que só correr não era mais suficiente. “Comecei a sentir o corpo falhar nos treinos mais longos. Faltava força. Foi aí que busquei ajuda para fazer um trabalho de base, e foi um divisor de águas. O treino de força me deu sustentação, e hoje consigo treinar com mais segurança e buscar novos desafios”, diz. Sonha em correr uma maratona sub3h e não tem dúvida de que o caminho passa pelo treino fora das pistas: “Mais do que números, quero correr com saúde. E sei que, sem força, o corpo cobra a conta. Hoje me sinto mais forte, mais resistente e mais confiante.” Avaliação funcional: o começo de tudo A preparação deve começar com uma avaliação funcional do movimento. Existem tecnologias acessíveis, como apps validados cientificamente, além de análises presenciais detalhadas que observam desde o pé até o core. “Corpo é sistema. Se uma parte falha, outra compensa. Por isso precisamos avaliar tudo: tornozelo, joelho, quadril, core, padrão de pisada. E só depois planejar um treino verdadeiramente individualizado”, explica Elton. Benefícios do treino de força e neuromuscular para corredores Melhora a economia de corridaAumenta resistência à fadigaPrevine lesões musculares e articularesCorrige desequilíbriosMelhora biomecânica e posturaRecuperação mais rápidaMais segurança e confiança nas provas Correr bem é correr com inteligência Treinar a corrida é importante. Mas treinar o corpo para correr é fundamental. A trajetória de Juliana, Álvaro e Manoel mostra que não há idade, nível ou distância que dispense o fortalecimento. “O corredor precisa investir em si, como

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Universo da Fórmula 1 é tema de novo filme de Brad Pitt

O mundo automobilístico continua encantando Hollywood, que de tempos em tempos lança algum filme ligado ao esporte. Desde produções de sucesso, como "Rush: No Limite da Emoção (2013)" e "Ford vs Ferrari (2019)" até àquelas de bilheteria modesta como "Ferrari (2023)". Este ano, mais um longa guiado pelo ronco dos motores chega aos cinemas: F1.  "F1" acompanha os passos do experiente piloto de corrida Sonny Hayes, interpretado pelo astro Brad Pitt. Trinta anos após sofrer um grave acidente que quase acabou com sua carreira, Sonny é convidado por Ruben (Javier Bardem), amigo de longas datas e dono da escuderia fictícia ApexGP, a retornar à Fórmula 1. A missão: ser mentor do jovem e inexperiente piloto Joshua Pierce (Damson Ideia).  O bom roteiro escrito por Ehren Kruger exibe a dicotomia entre a velocidade nas pistas e a falta de pressa em trabalhar a evolução dos personagens. Sonny e Joshua se completam, ainda que no início não suportem um ao outro. Suas jornadas individuais aos poucos vão se entrelaçando em benefício da equipe. Sonny, antes um piloto talentoso, porém individualista, começa a trabalhar para que o companheiro de escuderia se aproxime dos primeiros colocados. Joshua, outrora um piloto egocêntrico e arrogante, passa a reconhecer a importância de Sonny no caminho até à primeira vitória.  "F1" é filme para ser visto nos cinemas, na tela grande e com som de qualidade. A fotografia e edição acelerada, somada ao bom trabalho de som e trilha sonora, dão ao espectador a sensação de estar dentro de um cockpit de um carro de corrida. Aliada aos roncos dos motores, a trilha sonora eleva ao topo a emoção, principalmente nas cenas mais tensas. Destaque para “Lose My Mind”, música carregada de sintetizadores, colaboração entre os rappers Doja Cat e Don Toliver. Nomes como Ed Sheeran, Tiësto e Chris Stapleton também estão na lista.  O longa teve cenas gravadas no GP da Inglaterra e de Abu Dhabi durante a temporada de 2023. Nomes conhecidos da Fórmula 1 aparecem no filme, como Günther Steiner, ex-chefe de equipe da escuderia americana Haas, e Fernando Alonso. O maior piloto de todos os tempos, nosso Ayrton Senna, é citado e tem forte relação (ainda que fictícia) com o acidente sofrido por Sonny no início da carreira.   "F1" é dirigido por Joseph Kosinski, mesmo diretor de “Top Gun: Maverick”. Tem produção de Jerry Bruckheimer, conhecido pela franquia ‘Piratas do Caribe” e “Top Gun”. Outro nome bem conhecido, não do cinema, mas das pistas, está na lista de produtores: Lewis Hamilton. O heptacampeão da Fórmula 1 também atuou como consultor da história.  “F1” chega aos cinemas na próxima quinta (26/06).

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O papel estratégico das relações internacionais para Pernambuco

A formação hoje de Relações Internacionais no Recife está em pleno processo de mudança *Por Gustavo Delgado Foi com uma das turmas inaugurais do primeiro curso de Relações Internacionais (RI), da antiga Faculdade Integrada do Recife, que tive meu contato inicial com este curso que, até então, não sabia nem do que se tratava. Faz tempo, isto foi ainda antes dos anos 2000. Lembro ainda que, em uma seguinte vaga de estágio que tivemos, fiz questão de contratar uma estagiária desse curso, porque queria conhecer essa formação e como estava sendo formado futuro profissional. Desde então me encantei, e poucos anos depois, já na minha área também acadêmica, fui convidado a compor sua equipe de docentes, no lugar da minha ex-chefe, amiga e professora Erika Kovacs. Foram 11 anos de docência em RI na mesma instituição, chegando a coordenar por alguns anos o curso. Neste período entendi os detalhes da formação, a ampla visão e atuação, as possíveis novas áreas, aquilo que fazíamos aqui e o que ainda não fazíamos. Formamos muita gente boa para o mercado de trabalho. Entendi também a importância deste curso para o mercado e a sociedade atual. Não é apenas o título pomposo de ser internacionalista, embora também seja, mas é a possibilidade de atuação em áreas adjacentes, como comércio exterior, ONGs internacionais, e o que defendo tanto de empreendedorismo internacional. Cheguei a defender em uma outra Instituição de ensino a abertura de um curso de RI, como mais uma oportunidade de ampliarmos este mercado, e a superintendência se convenceu e abriu o curso em Boa Viagem. Temos ainda uma terceira importante Instituição de ensino, que infelizmente anunciou seu fechamento recentemente, na Zona Norte do Recife, que ainda vem formando excelentes alunos também, até o final de 2025, e projetando-os para boas posições no mercado de trabalho. Desta maneira, a formação hoje de Relações Internacionais no Recife está em pleno processo de mudança. Ainda com o curso de RI mais antigo no Nordeste; acrescenta-se na sociedade este novo curso na Zona Sul, que ainda está chegando ao segundo ano de existência; mas perde-se aquele de referência na Zona Norte. Ou seja, como será a entrega de novos profissionais para o mercado de trabalho nos próximos dois anos? Preocupado com isto, estamos trabalhando em uma nova possibilidade que será anunciada em breve. - Publicidade - Mas os questionamentos que trago com as preocupações que não são apenas minhas são: – Como dar suporte ao Itamaraty, que tem uma sede aqui em Recife? Como ajudar todo corpo consular, o segundo maior do Brasil? Como fornecer mão de obra qualificada para todas as empresas exportadoras, importadoras, tradings, agentes de carga e despachantes? E as secretarias públicas, quer sejam do Estado ou do Município, que cada vez têm tido um foco internacional? E o movimento de internacionalização das Startups e de nossas tecnologias, encabeçado pelo Porto Digital e por OCCA, em seu programa de “imersão internacional”? Este que será uma residência, com uma convivência do dia a dia, sobre as várias camadas de culturas internacionais, se preparando para uma internacionalização real. Assim sendo, minha visão é de que é importante a conexão neste momento. A participação de todos interessados direta ou indiretamente na formação deste profissional. É preciso manter a criação da base, dos profissionais, para as projeções que queremos para nossa cidade e no Estado. São eles que dão suporte à manutenção operacional de investimentos internacionais aqui no Estado e que projetam nossa imagem para o mundo. É um trabalho de formiguinha que não pode parar!  E não pararemos! *Gustavo Delgado é Consultor de comércio exterior de internacionalização de empresas, Diretor de OCCA, Diretor de inovação da ABDAEX, Coordenador de MBA em Comércio exterior, Coordenador dos cursos de Gestão da UNIFBV e Mestre em Economia

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"Vamos Paulistar" no São João, mas sem artistas do Paulista", por Ricardo Andrade

O projeto "Vamos Paulistar" foi criado durante a gestão do prefeito Ademir Cunha em Paulista, Pernambuco, nos anos 90. O evento se tornou um símbolo cultural da cidade, especialmente durante as festas de São João, e chegou a ser um dos maiores eventos de São João de Pernambuco, com grande público e atrações como Wesley Safadão e Calcinha Preta. O nome "Paulistar" é um neologismo criado na época. A Banda Quinteto Violado, até gravou um jingle pra divulgar o slogan, que fez muito sucesso, tanto que, os Prefeitos posteriores continuaram com essa "chamada", nos eventos dos anos seguintes. No fim da década de 1980 o então vereador Maurílio Cavalcante(PMDB) conseguiu aprovar uma lei, que determinava que no mínimo, 50% das contratações nas festividades, fosse de artistas locais. Até hoje essa lei nunca foi respeitada, mas agora piorou. O problema é que a atual gestão, mesmo adotando o slogan "Vamos Paulistar", não colocou artistas locais na programação de São João deste ano. Daí as pessoas pelas ruas, estão questionando: como assim? "Vamos Paulistar", mas sem artistas de Paulista? Se a marca "Vamos Paulistar" traz um apelo de pertencimento e identidade local, como fazer isso sem referências e artistas do município do Paulista? O anúncio da Prefeitura, ao menos traz uma boa notícia, que é uma área de acessibilidade, mas quem deveria ter acessibilidade em primeiro lugar, são os artistas da cidade. Já não bastasse a descaracterização de nossas tradições juninas, até mesmo em grandes centros culturais (Caruaru, Campina Grande etc), com ritmos e artistas "alienígenas", produto da grande mídia e da indústria cultural, além do hiperfaturamento dos cachês, agora os artistas locais são excluídos de participar dos palcos do nosso São João. Que nossos gestores entendam, que os festejos juninos, não se reduz à palcos e atrações, à "pão e circo", mas representam o simbolismo e o universo de nossa memória afetiva/ coletiva, das genuínas tradições nordestinas. *Ricardo Andrade é Mestre em Gestão Pública, Historiador, músico, cantor/compositor.

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CDL Recife celebra 65 anos destacando força do comércio local

Com mais de 8 mil associados, entidade reforça papel estratégico no desenvolvimento econômico da capital pernambucana. Fotos: Janaína Pepeu/Secom A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do Recife comemorou, nesta quinta-feira (19), seus 65 anos de atuação como uma das principais entidades de representação do comércio na capital e em Pernambuco. A celebração reuniu autoridades e lideranças do setor produtivo para marcar mais de seis décadas de contribuição ao fortalecimento do varejo local e à promoção da atividade econômica. Compromisso com os lojistas Com um universo de mais de 8 mil estabelecimentos associados, a CDL Recife tem papel ativo na defesa dos interesses dos lojistas e na articulação de parcerias institucionais. “Os 65 anos chegam com muita representatividade. Nós trabalhamos com o lojista, que é o nosso principal foco. Agradecemos as parcerias do Governo do Estado, principalmente a Polícia Militar, por meio da segurança, parceiro em todos os momentos”, afirmou o presidente da entidade, Fred Leal, que entregou um quadro comemorativo à governadora Raquel Lyra. Comércio como motor da economia Presente à cerimônia, a governadora destacou a força do setor de comércio e serviços em Pernambuco, bem como os investimentos públicos em infraestrutura e recuperação do Centro do Recife. “Pernambuco é terra de mascates, o comércio sempre foi um serviço muito forte na nossa região. Apesar de todas as adversidades, nosso setor de serviço e de comércio cresce, acompanhando aquilo que vem acontecendo no nosso estado ao longo dos últimos tempos”, declarou Raquel Lyra. Investimentos e crescimento do PIB Os dados recentes reforçam o bom momento vivido pelo setor. Apenas em 2024, Pernambuco investiu mais de R$ 2,8 bilhões, o que impulsionou um crescimento de 4,7% no Produto Interno Bruto (PIB), o maior dos últimos 15 anos. O ambiente favorável, segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, é resultado da aproximação com o setor privado e da modernização de processos que impactam diretamente o ambiente de negócios.

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Autismo em Pernambuco é caso de CPI

*Por Bruno Moury Fernandes Imagine um Estado que simplesmente ignora o sofrimento de milhares de crianças. Imagine mães que percorrem quilômetros em busca de uma avaliação médica. Imagine a frustração, o luto silencioso, o cansaço de uma batalha diária que poderia ser suavizada – não por milagres, mas por políticas públicas. Esse Estado tem nome: Pernambuco. O Tribunal de Contas do Estado escancarou a tragédia. Não é exagero, é diagnóstico técnico. Um relatório recente sobre os serviços públicos voltados ao TEA (Transtorno do Espectro Autista) revelou o que as famílias já sabiam – e sofriam na pele: a rede pública de saúde para pessoas com autismo está em colapso! Na verdade, ela nunca existiu. A radiografia é chocante: A esmagadora maioria dos municípios não oferece nem mesmo o básico – uma equipe mínima com psicólogo, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo. E mesmo quando existentes esses profissionais, apenas uma minoria é capacitada para lidar com TEA: 9,45% possuem capacitação para atender essa complexa demanda. Apenas 25 municípios realizaram treinamentos com os profissionais para aplicação do protocolo para detecção do autismo em crianças de 0 a 30 meses. Somente 15 municípios realizaram treinamento relacionado ao TEA direcionado aos pais. Dentre todos os municípios do Estado, 6 possuem equipamento de saúde exclusivo para o público autista. Mais de 45 mil pessoas estão na fila para diagnóstico. O Governo do Estado tinha orçamento de R$ 27 milhões para gastar com esse público em 2024, mas apenas R$ 70 mil foram investidos. Um escárnio! Um escândalo! Se fosse apenas descuido, já seria grave. Mas não. É omissão sistemática, institucional e persistente. A Secretaria Estadual de Saúde foi diversas vezes provocada. Recebeu relatórios, alertas, dados, recomendações. Nada fez. Ou melhor, fez o que o Estado brasileiro, infelizmente, faz tão bem: ignorou, engavetou, arrastou. Essa omissão não é técnica, é política. O desenvolvimento cerebral de uma criança autista não se congela até que a máquina pública funcione. E quando a política falha nesse grau, estamos diante de algo que ultrapassa a fronteira da incompetência. Estamos no território da negligência institucionalizada. Pernambuco precisa de uma CPI. Sim, uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa. Que convoque gestores, revele documentos, exponha as entranhas da negligência. Não para fazer espetáculo. Mas para produzir consequências. *Bruno Moury Fernandes é advogado

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Relações entre Pernambuco e Europa Central ganham impulso com série de eventos internacionais

Programação celebra 200 anos de laços diplomáticos e fortalece internacionalização a partir do Consulado da Eslovênia em Pernambuco Entre os dias 23 de julho e 8 de agosto, Recife e Cabo de Santo Agostinho serão palco de uma agenda especial voltada à diplomacia, paradiplomacia e internacionalização. A programação celebra os 09 anos do Consulado da República da Eslovênia em Pernambuco e os 200 anos das relações diplomáticas entre o Brasil e seis países da Europa Central: Áustria, Hungria, Eslovênia, República Tcheca, Eslováquia e Croácia. Com o tema “Criando Pontes entre o HUB Pernambuco e o HUB Mundo – Cases de Internacionalização”, os eventos reúnem representações consulares, instituições acadêmicas, empresas e organizações da sociedade civil, em ações que visam ampliar o diálogo global e fomentar novas oportunidades de negócios, educação e inovação. A abertura da exposição “esLOVEnia e seus encantos culturais”, o jantar comemorativo da Data Nacional da Eslovênia e seminários temáticos compõem a programação. Segundo o cônsul honorário da Eslovênia em Pernambuco, Rainier Michael, a proposta é transformar Pernambuco em uma plataforma de conexões internacionais. “Estamos criando pontes reais entre o que temos de melhor aqui e o que o mundo pode nos oferecer em termos de cooperação, conhecimento e oportunidades. Celebrar o passado diplomático é importante, mas olhar para o futuro com estratégias concretas de internacionalização é ainda mais urgente”, afirmou. Além do fortalecimento institucional do HUB consular de Pernambuco — que já reúne mais de 40 representações —, parte dos recursos arrecadados com os eventos será revertida para ações sociais do Rotary Clube de Cabo de Santo Agostinho e do Rotary Clube Largo da Paz, ampliando o alcance da chamada diplomacia cidadã. Serviço📅 De 23 de julho a 8 de agosto de 2025📍 Recife e Cabo de Santo Agostinho🔎 Mais informações: @sloinpe

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“Queremos chegar a 100 sistemistas nos próximos anos”, afirma Emanuele Cappellano

Com o novo ciclo de investimento, a montadora projeta a ampliação da sua cadeia local de fornecedores O Polo Automotivo Stellantis em Goiana, Pernambuco, vive um momento de grande expansão estrutural e estratégica. Segundo Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis para a América do Sul, a empresa pretende ampliar significativamente o número de sistemistas locais, passando dos atuais 39 para 100 nos próximos anos. Essa expansão é parte do robusto ciclo de investimentos de R$ 13 bilhões, que reforça a importância da planta como um polo de inovação, geração de empregos e desenvolvimento socioeconômico na região. Como tem sido a implementação do novo ciclo de investimentos da empresa? Quais as principais novidades que ele tem promovido na empresa em Goiana? Com os R$ 13 bilhões em investimentos anunciados para o Polo Automotivo Stellantis Goiana (PE), a Stellantis avança em um novo ciclo estratégico, que contempla renovação do portfólio de produtos, desenvolvimento de tecnologias nacionais e expansão da cadeia local de fornecedores, com forte impacto em geração de empregos e inovação industrial. Recentemente, durante a comemoração dos 10 anos do Polo, foram confirmadas duas grandes novidades que integram esse novo ciclo: a chegada de uma nova marca ao portfólio da planta e o lançamento de seis novos modelos até 2030, incluindo o primeiro veículo equipado com a tecnologia Bio-Hybrid produzido em Goiana, a partir de 2026. Com isso, aceleramos rumo a um futuro promissor com novas marcas, produtos, e tecnologias híbridas. Além da geração de empregos, que é um impacto muito relevante para a sustentabilidade das cidades da região, como tem sido a relação da Stellantis com outros entes locais, como o poder público, organizações sociais ou mesmo empresas locais? A Stellantis mantém um relacionamento respeitoso e colaborativo com governos, organizações e empresas nas regiões nas regiões onde atua. Em Pernambuco, esse compromisso se concretiza por meio de parcerias institucionais voltadas ao desenvolvimento socioeconômico, à qualificação profissional, à inclusão produtiva e ao fortalecimento das cadeias locais. Além da geração direta e indireta de empregos, a companhia participa ativamente de iniciativas conjuntas com o poder público, como programas de formação técnica e apoio a políticas de desenvolvimento regional, contribuindo para o fortalecimento da indústria e para a criação de oportunidades sustentáveis. Também desenvolvemos ações de responsabilidade social em parceria com organizações locais, com foco em educação, cidadania, meio ambiente e empreendedorismo. Entre os projetos de destaque, estão: o Vem Pra Roda (Projeto de economia circular que transforma resíduos da indústria automotiva em produtos de moda sustentável. A iniciativa já reaproveitou cerca de 48 toneladas de materiais reutilizáveis do Polo Automotivo de Goiana), Programa de Biodiversidade de Goiana (Voltado à recuperação e conservação da Mata Atlântica, bioma nativo da região. O projeto acompanha toda a cadeia, desde a coleta de sementes até ações de educação ambiental, promovendo a preservação da fauna e flora locais junto às comunidades do entorno) e o Programa de Residência Tecnológica (Promove a capacitação de profissionais em áreas estratégicas da indústria automotiva em parceria com instituições de ensino e pesquisa). Em 2022, numa entrevista com Mateus Marchioro (plant manager da fábrica em Goiana), ele falou do plano de "passar dos 30 sistemistas que temos atualmente aqui para chegar a 50". Quantos sistemistas estão em Pernambuco atualmente? Além de gerar empregos diretos e indiretos, a fábrica da Stellantis em Goiana também estimulou a criação de um ecossistema automotivo na Zona da Mata Norte de Pernambuco, atraindo fornecedores e ampliando a cadeia produtiva. O número de fornecedores locais cresceu de 22, em 2015, para 39, em 2025, com a perspectiva de atingir 100 nos próximos anos. Esse crescimento demonstra o impacto estrutural da Stellantis no território e o compromisso com o desenvolvimento econômico regional de longo prazo. Marchioro apontou entre os desafios: "desenvolver as pessoas de dentro do polo e buscar fortalecer a nossa identidade como polo na região". Como é a política de desenvolvimento de pessoas da fábrica? Na Stellantis, o desenvolvimento das pessoas é um dos pilares centrais da nossa estratégia de longo prazo. Valorizamos nossos talentos internos e promovemos a formação contínua dos colaboradores, com foco na qualificação técnica, no crescimento profissional e na construção de uma cultura forte e integrada ao território onde atuamos. No Polo Automotivo de Goiana, temos o compromisso de fortalecer a identidade regional do time, promovendo o crescimento de profissionais locais. Esse compromisso se traduz em programas estruturados de capacitação, formação técnica, desenvolvimento de liderança, trilhas de carreira e incentivo à aprendizagem contínua, como o Rocket, que é um programa de aceleração de carreira para desenvolver futuros líderes da organização; o Plural Mentoring, que é um programa de mentoria interna para o compartilhamento de experiências, conhecimentos, orientações; e o Corporate Leadership Development Program, iniciativa global de desenvolvimento de liderança. Qual a produção da fábrica de Goiana em 2024 e qual a previsão para 2025? Em 2024, o Polo de Goiana produziu 233.513 veículos, consolidando-se como uma das unidades industriais mais produtivas e estratégicas da companhia na América do Sul. A expectativa para 2025 é superar esse volume, acompanhando o bom desempenho da fábrica no primeiro trimestre do ano. Entre janeiro e março, já foram produzidas 56.972 unidades, representando um crescimento de 10,9% em relação ao mesmo período de 2024. Esse avanço reflete o impacto positivo do novo ciclo de investimentos e a maior demanda por modelos produzidos em Goiana. A perspectiva é de crescimento sustentado da produção ao longo do ano, alinhado à estratégia da Stellantis de atender aos mercados nacional e internacional com um portfólio competitivo e diversificado. Como estão as exportações? Com o novo ciclo de investimentos deve crescer? As exportações do Polo Automotivo Stellantis de Goiana seguem em ritmo crescente e refletem o fortalecimento da presença internacional da companhia. Em abril, a planta registrou seu maior volume mensal de embarques desde a inauguração, em 2015, com 7.194 unidades exportadas. No acumulado entre janeiro e abril de 2025, foram 17.479 veículos exportados, o que representa um aumento de 38,8% em relação ao mesmo período de 2024. Esse desempenho reforça não apenas

“Queremos chegar a 100 sistemistas nos próximos anos”, afirma Emanuele Cappellano Read More »