2021 - Página 132 De 173 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2021

Morre o advogado Gustavo Costa

Algomais lamenta a morte de Gustavo Costa, advogado e integrante do Conselho Editorial da revista. Ele estava internado no Hospital Português, em razão do agravamento da Covid-19, e veio a falecer hoje (dia 14) pela manhã. Gustavo  de Freitas Cavalcanti Costa iniciou sua trajetória como auditor tributário da Secretária da Fazenda de Pernambuco, onde exerceu papel relevante na formulação da política tributária estadual durante os anos 90, na confecção do principal programa estadual de atração de investimentos privados mediante concessão de incentivos fiscais e na posição do Estado de Pernambuco em face da reforma tributária do ICMS. Foi conselheiro estadual e presidente da comissão de sociedades de advogados da OAB/PE, membro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda e vice-presidente jurídico de grupo empresarial sediado em São Paulo. Com mestrado em direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE, 2003), foi também mestre em direito tributário internacional e finance pela Queen Mary, Universidade de Londres, no Reino Unido. Em 2014 fundou o escritório Cavalcanti Costa Advogados. Autor de diversos artigos e livro jurídico, colaborou com a sua experiência com vários textos analíticos para a Algomais. Gustavo Costa era casado com Fabiana Nunes Costa, com quem teve dois filhos.

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Documentário Margaridas de Pernambuco em Marcha em exibição no Brasil e exterior

No mês marcado pela luta das mulheres, a Fetape e os Sindicatos rurais celebram a seleção do documentário “Margaridas de Pernambuco em Marcha” e do curta-metragem “Margarida, Presente!”, em festivais audiovisuais em todo o país. Até o dia 19 de março, o audiovisual “Margarida, Presente!”, será exibido na 4ª edição da Mostra Cine Diversidade – gênero e sexualidade no cinema, voltado para curta metragens independentes brasileiros. Ao todo serão exibidos mais de 55 filmes de todo o Brasil. Os três mais curtidos da mostra serão premiados por meio do voto popular. Para votar é só acompanhar a exibição pelo Youtube da ColetivA DELAS, na sessão Reflexos do feminino, pelo link: http://bit.ly/3l7bsJz . “Margarida, presente!” é um curta de 6 minutos que mostra a luta das margaridas de Pernambuco por políticas públicas para o campo. A personagem central é a presidenta da Fetape, Cícera Nunes, agricultora familiar, sertaneja e assentada da reforma agrária no município de Serra Talhada, Sertão de Pernambuco. Outro filme, dessa vez o documentário “Margaridas de Pernambuco em Marcha” (25 minutos) foi selecionado para participar da Edição online do Santos Film Fest – Festival Internacional de Cinema de Santos, que acontecerá de 16 a 23 de março. O filme conta a trajetória das trabalhadoras rurais em Pernambuco e o processo preparatório do curso de formação política da Escola Nacional de Formação da Contag (Enfoc-PE) para a 6ª Marcha das Margaridas (2019), que reuniu mais e 100 mil mulheres, em Brasília-DF. A Marcha é a maior manifestação feminista latino-americana da atualidade. Para falar sobre a experiência de produção do filme, a diretora e cineasta, Shaynna Pidori, participará de um bate-papo nas Redes Sociais do Santos Film Fest no dia 20 de março, às 9h50, com transmissão pela página no Facebook.com/santosfilmfest, e do canal do youtube: http://bit.ly/3evbjyb . O documentário “Margaridas de Pernambuco em Marcha” também será exibido durante a programação do 2º Cine Arcoverde – Mostra de Cinema Independente de Arcoverde, que acontecerá de forma online e gratuita entre os dias 22 e 27 de março de 2021, por meio do site www.cinearcoverde.com. A mostra não-competitiva tem como objetivo divulgar produção independente, pernambucana, nordestina e nacional. “A seleção desses audiovisuais é uma grande oportunidade de visibilizar para todo o Brasil o ativismo das mulheres pernambucanas dentro do movimento sindical rural. No pior momento da pandemia, em que o Brasil enfrenta recordes sucessivos de mortes, ver a luta dessas incansáveis ativistas é receber uma dose de esperança de que podemos ampliar os movimentos de base nesse país”, declarou a cineasta Shaynna Pidori. A diretora de Política para Mulheres da Fetape, Adriana do Nascimento, celebra a participação nos festivais e diz que muito significativo ter essa memória da história das mulheres registrado em filme, para que outras gerações de mulheres possam conhecer e dar continuidade a essa trajetória de lutas e conquistas. “Nunca uma ação nossa chegou ao patamar de concorrer a festivais. O fato de o documentário está concorrendo a esses festivais nacionais e internacional, é levar para o mundo inteiro a luta das mulheres agricultoras familiares de Pernambuco. Principalmente, nessa edição especial da Marcha, em 2019, na qual as mulheres foram para um debate político diante de uma conjuntura nacional totalmente desfavorável”, destacou Adriana. Programação: Filme “Margarida, Presente!” 4ª edição da Mostra Cine Diversidade – gênero e sexualidade no cinema Período: 13 a 19 de março de 2021 Exibição: Youtube da ColetivA DELAS pelo link: http://bit.ly/3l7bsJz   Edição online do Santos Film Fest – Festival Internacional de Cinema de Santos, Período: 16 a 23 de março de 2021 Programação completa e locais de exibição: www.santosfilmfest.com 2º Cine Arcoverde – Mostra de Cinema Independente de Arcoverde Período: 22 e 27 de março de 2021  

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Cantor Anderson Freire abraça campanha para ajudar doentes de fígado

Considerado um dos principais ícones da música gospel brasileira, o cantor e compositor Anderson Freire gravou um depoimento em apoio a campanha solidária “Seja um amigo da APAF e não deixe a APAF fechar”. Em vídeo publicado nas redes sociais da Associação Pernambucana de Apoio aos Doentes de Fígado (APAF), localizado em Santo Amaro, no Recife, o artista que é mantenedor de alguns projetos no Brasil e costuma apoiar causas sociais, reforçou a necessidade do funcionamento do espaço e que os serviços oferecidos não podem parar. “Ela [a APAF] tem 18 anos atuando no Brasil, e as circunstâncias vem para fazer parar, mas você pode ser alguém que pode motivar a continuar. Seja você um motivador da APAF. Seja você alguém que investe na APAF, alguém que abraça a camisa e transpira a APAF”, reforçou Anderson Freire, ao encerrar o vídeo cantando a música raridade, uma das suas mais conhecidas composições e recorde de sucesso em reprodução. Com quase 2 mil composições, Anderson é autor de músicas que foram gravadas por grandes nomes da música gospel no Brasil, como “Ressuscita-me”, interpretada por Aline Barros, “Sou Humano” e “Advogado Fiel”, de Bruna Karla, “Não é Tarde”, interpretada por Fernanda Brum, além de “Tempo”, gravada recentemente por Luciano Camargo. Cassiane, Damares, Davi Sacer, Jozyanne, e Gisele Nascimento, são outros artistas do gospel brasileiro que tem músicas de autoria do cantor capixaba. Vencedor do Grammy, a principal premiação do mundo da música e com sete álbuns autorais, Anderson Freire tem 10 anos de carreira solo. https://www.instagram.com/p/CMUfjUwBTyO/ CONTATOS Quem desejar falar com os voluntários da associação, pode fazer contatos através do telefone (81) 3184.1244 ou (81) 9 8894.7939.    COMO AJUDAR A APAF? ASSOCIAÇÃO PERNAMBUCANA DE APOIO AOS DOENTES DE FÍGADO – APAF CNPJ: 04.833.011/0001-03 Banco Santander: Agência: 4020, Conta Corrente: 13000011-8 Chave PIX: 04.833.011/0001-03

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Energia solar gera economia de R$ 45 milhões por ano em Petrolina e Juazeiro

Em 2021, o Brasil pode se tornar o terceiro maior mercado de geração distribuída de energia solar do mundo. Ocupando um lugar de destaque no ranking nacional de municípios com maior potência instalada, Petrolina e Juazeiro (BA), já contam com 2.454 sistemas de energia fotovoltaica. Isso equivale a geração de 33.97 megawatts-hora e uma economia de R$ 45 milhões por ano, segundo relatórios das concessionárias, liberados pela Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica. Solução limpa, renovável e sustentável que garante economia na conta de luz para residências e empresas, além de diminuir os poluentes lançados no meio ambiente, a energia solar está cada dia mais acessível e presente na vida da população. A cooperativa de crédito Sicredi Vale do São Francisco, por exemplo, criou uma linha de financiamento que vem facilitando o acesso aos sistemas fotovoltaicos para os associados pessoa física e jurídica. Com taxas a partir de 1,04% ao mês, e prazo de até 60 vezes para pagar, o primeiro passo do associado é apresentar o orçamento do empreendimento. Depois da aprovação, o crédito será concedido diretamente na conta-corrente da empresa que irá executar o projeto. De acordo com o diretor Executivo do Sicredi Vale do São Francisco, Albérico Pena, os principais benefícios do financiamento para energia solar, além da economia, são a flexibilidade e a comodidade. “O associado tem acesso ao crédito de forma rápida e sem burocracia, podendo financiar os recursos necessários à instalação da tecnologia, a exemplo dos sistemas de montagem, inversores e placas de captação. Depois de escolher a forma de pagamento, que pode ser parcelada ou única, o valor é debitado na conta corrente, obedecendo a capacidade de pagamento em cada caso’, ressaltou. Albérico Pena também citou o EcoMoney, o programa da Prefeitura de Petrolina que concede descontos no IPTU aos microgeradores de energia fotovoltaica. O abatimento é de 0,20 do coeficiente na alíquota do Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana, válido por até cinco anos. Segundo Alysson Farias, diretor de uma das empresas regionais do segmento de instalação de sistemas, Petrolina e Juazeiro possuem as principais características para o crescimento do mercado de energia solar. “Em primeiro lugar, a abundância de raios solares, que garante uma excelente geração fotovoltaica com mais eficiência até em pequenos sistemas”, enfatizou. Farias destacou ainda que os sistemas possuem tecnologia de ponta, anulam a emissão de poluentes (em relação a energia termoeletrica), ocupam pouco espaço, baixo custo em manutenção, tem garantia de até 25 anos (o painel) e o investimento é pago com a própria economia na fatura de energia.

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Cepe Editora inaugura a Livraria Tarcísio Pereira

A Cepe Editora inaugura nesta sexta-feira (12), aniversário de Recife e Olinda, sua quarta livraria física. Ela funcionará dentro do Centro de Artesanato de Pernambuco, no Bairro do Recife, e levará o nome do livreiro Tarcísio Pereira, falecido em janeiro passado vítima de Covid-19, e que durante anos respondeu pela Superintendência de Marketing e Vendas da empresa. A loja estará aberta ao público a partir das 10h. Situada no Marco Zero, principal cartão postal do Recife, a livraria destacará em seus 21 metros quadrados de área útil, livros de autores pernambucanos e títulos que dialogam com a história e a cultura do Estado. Funcionará durante todos os dias da semana em dois horários: das 9h às 19h (segunda-feira a sábado) e das 9h às 17h (domingo). Neste primeiro final de semana, no entanto, a loja permanecerá fechada, respeitando as medidas restritivas adotadas pelo Governo do Estado. Para o presidente da Cepe, jornalista Ricardo Leitão, a livraria representa um grande esforço da editora para ampliar o seu objetivo de promover o livro a leitura mesmo em um momento de forte retração econômica e do mercado livreiro. “Além disso, para nós, a nova loja da Cepe tem um significado muito especial porque presta homenagem ao livreiro Tarcísio Pereira. Acreditamos que dar o nome de Tarcísio Pereira a uma livraria é uma homenagem à altura de sua história”, assegurou. Roberto Abreu e Lima acredita que a parceria entre o Centro de Artesanato de Pernambuco e a Cepe trará mais mais relevância ao Cape, reconhecidamente um dos mais importantes equipamentos públicos da cidade. “Ganha a população pernambucana e os amantes da cultura, seja ela na forma da promoção do livro e da leitura ou na divulgação das artes plásticas”, avalia. Segundo Márcia Souto, o Armazém 11 vem se transformando em um espaço de referência da economia criativa para a cidade. E contar com uma livraria é fundamental. “Estamos felizes e mais ainda por homenagear um amigo de tanta importância e relevância para a cena literária e de resistência cultural pernambucana, que é Tarcísio Pereira”, afirmou. Além da nova loja, a Cepe Editora conta com livrarias instaladas no Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), no Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa (Olinda), na sua sede, no bairro de Santo Amaro, além da loja virtual. Atualmente a editora conta com um catálogo com mais de 400 títulos. Cinquenta lançamentos estão previstos para 2021.

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Olinda, de onde se vê…

Com a sua paisagem tecida de sonho e claridade, impregnando pelas diversas tonalidades de verde, nas águas do seu mar, e de azul e outras cores no crepúsculo do seu céu, Olinda vem fascinando a todos que a conhecem desde os primórdios de sua colonização. A sua paisagem litorânea, povoada de jangadas e outros tipos de embarcações, foi uma sedução para esses viajantes ao longo dos séculos sendo hoje fonte de deleite e de paz para o visitante e mesmo os próprios olindenses. Para Joaquim Nabuco, esta paisagem tem seus fascínios quando vista do alto, de onde “o olhar não precisa mover-se para apanhar a totalidade do cenário que se prolonga à beira do mar, salpicado das velas brancas das jangadas, penas destacadas das grandes asas da coragem, do sacrifício e também da necessidade humanas!” Em passeio por Olinda e seus arredores, como cicerone do escritor português Ramalho Ortigão, em 1887, Joaquim Nabuco assim descreve a paisagem, quando vista do terraço da Sé de Olinda: O que faz a grande beleza deste nosso torrão pernambucano é em primeiro lugar o seu céu, que muda a cada instante, leve, puro, suave, onde as nuvens parecem ter asas, e que não é o mesmo em um minuto; é depois o nosso mar, verde, vibrátil e luminoso, as nossas areias tépidas e cobertas de relva, os nossos coqueiros, que vergam desde o soco até ao espanador de um brilho metálico e dourado, com que parecem ao longe sacudir as nuvens brancas, as jaqueiras e mangueiras cuja sombra rendada é um oásis de frescura e abundância… Em sua descrição, publicada no jornal O Paiz (Rio de Janeiro), em sua edição de 30 de novembro de 1887, Joaquim Nabuco, pinta, com a mão de um mestre, as belezas do seu torrão natal, utilizando-se das mais contagiantes cores de sua palheta. … não é uma dessas vistas de altura, das quais o mar fica tão abaixo aos pés do espectador, que perde o movimento e a vida, parecendo uma tela diáfana estendida sobre o fundo vazio do ar, vistas em profundidade, que dão vertigem e nas quais a perspectiva é tão longínqua como se víssemos por um óculo virado. A vista de Olinda é outra; é uma vista em comprimento, em que os planos sucedem-se uns aos outros como o desenvolvimento da mesma sensação visual, em que desde Olinda até ao  Recife, e mais longe até o Cabo de Santo Agostinho, o olhar não precisa mover-se para apanhar a totalidade do cenário que se prolonga à beira do mar, salpicado das velas brancas das jangadas, penas destacadas das grandes asas da coragem, do sacrifício e também da necessidade humanas! O que mais impressionava o visitante e seu cicerone era a limpeza da cidade: “O que primeiro fere a vista […] é a limpeza da cidade, a brancura de toda ela. Vê-se bem a cidade de um povo de rio, que vive n’água, como o pernambucano. É um reflexo da Holanda, que brilha aqui!”. Possuído do orgulho de ser pernambucano, enfatiza Joaquim Nabuco, com o seu poder de observador:  Para conhecer uma paisagem não basta vê-la, é preciso muito mais, é preciso que as duas almas, a do contemplador e a do lugar, cheguem a entender-se, quantas vezes elas nem mesmo se falam! Não é a todos que a natureza conta os seus segredos e inspira o seu amor, mas mesmo com os poucos de quem ela tem prazer em fazer pulsar o coração é preciso que eles se aproximem dela sem pressa de a deixar, com tempo para ouvi-la. Os viajantes nunca estão nessa disposição de espírito em que é possível estabelecer-se o magnetismo da paisagem sobre os sentidos, de fato sobre o coração. Felizmente Ramalho Ortigão é uma máquina fotográfica instantânea, que apanha num segundo o seu objetivo todo, e acontece que hoje as boas máquinas percebem e notam sombras na pele, que não se veem a olho nu, e que servem para conhecer a enfermidade latente. Ele não terá sentido os eflúvios desta nossa terra, os quais talvez seja preciso ser pernambucano para sentir e que podem não ter realidade e magia senão para nós mesmos, mas a impressão que lhe causou a nossa Veneza há-de render-nos uma pintura que durará como as gravuras holandesas do Século XVII. Por Leonardo Dantas Silva *Publicado originalmente em 16 de abril de 2018

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Cone reforma casarão antigo remanescente do período colonial

Após séculos de abandono, um casarão histórico ressurge no Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. O casarão do Engenho Guerra, construído no século XIX, passou por restauro e hoje é exemplo de revitalização da arquitetura do local. Remanescente do período colonial brasileiro, o Casarão do Engenho Guerra está localizado em uma das áreas pertencentes ao Cone S/A, numa região que testemunhou o auge do ciclo da cana-de-açúcar em Pernambuco, entre os séculos XV e  XVIII. A edificação, no entanto, passou por um período de intensa degradação após sua desocupação, convivendo com mato, entulhos e sofrendo os efeitos da deterioração por causa da ação do tempo. Embora não seja tombado por órgãos municipais, estaduais ou federais, o imóvel denota indiscutível riqueza histórica e cultural, representando um período importante da  história de Pernambuco. Pensando na importância da preservação e valorização da história, o Cone e a GL Empreendimentos resolveram atuar para resgatar as características originais do patrimônio. Com uma área construída de 350m², o imóvel recebeu obras emergenciais de resgate às características originais do edifício.  Foram feitos levantamento documental arquitetônico e fotográfico, mapa de danos e reconstrução, resultando em um processo de restauração fiel ao passado. Todos os cuidados foram tomados. Antes em estado de ruínas, o casarão recebeu de volta seus elementos estruturais e plásticos, alusivos à arquitetura colonial, num projeto assinado pelos arquitetos Jorge Passos e Vera Menelau. Os adornos florais e peças decorativas da cobertura, que já não ostentavam a beleza de outrora, foram reformadas. Janelas e portas substituídas. A casa, que foi construída a partir de tijolos maciços, e encontrava-se destelhada, rachada, pichada e até com algumas paredes demolidas, foi também totalmente revitalizada. O empreendedor Marcos Roberto Dubeux, à frente do CONE, está abrindo e escutando empreendedores com propostas inovadoras para que juntos possam mobilizar ideias e projetos para a utilização do casarão. O Cone considera importante preservar e valorizar a história, como forma de aprender com as experiências do passado à medida em que o futuro é construído.

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História do Cangaço será debatida no Seminário Sertão, Beatos e Cangaceiros

A Fundação Cabras de Lampião realiza nos próximos dias 19, 20, 21, em Serra Talhada, no sertão pernambucano, o seminário Sertão, Beatos e Cangaceiros. Neste ano, o evento que está na sua quarta edição, ocorrerá de forma online, devido à pandemia. O propósito é divulgar os vários aspectos da história do cangaço, envolvendo o sincretismo religioso do sertão e o coronelismo, tendo como eixo a vida de Lampião. Toda a programação vai ser transmitida pelo canal do Youtube do grupo Cabras de Lampião, sempre a partir das 20h. O Seminário será iniciado na sexta-feira (19/03) com uma discussão sobre “O que dizem os livros que abordam Lampião e Maria Bonita: Fatos e Mentiras”. Participam da mesa de diálogo, a neta de Lampião e Maria Bonita, jornalista e escritora, Vera Ferreira e o pesquisador, escritor do cangaço e produtor cultural Anildomá Willians de Souza. “Essa é uma ação para entendermos os diversos aspectos do cangaço, e como os cangaceiros ajudaram a compor a base de nossa identidade cultural”, declarou Anildomá. No sábado (20/03), o tema da palestra será “Religiosidade no Sertão: Sincretismo religioso”, conduzido pelo historiador, sociólogo, pesquisador, escritor e professor José Ferreira Júnior, e pela historiadora, socióloga, pesquisadora e professora Janaína Freire dos Santos Ferreira. A programação, no domingo (21/03), conta com uma discussão sobre “Maria Bonita – Nascimento, Vida e Morte da Rainha do Cangaço”, e quem vai falar sobre o assunto é a jornalista e pesquisadora do cangaço Wanessa Campos. De acordo com a presidente da Fundação Cabras de Lampião e mediadora do evento, Cleonice Maria, debater a história, os mitos e a influência do Cangaço na formação da identidade cultural do Sertão contribui para fortalecer a autoestima de cada cidadão e cada cidadã do Sertão. A iniciativa conta com o apoio cultural da Lei Aldir Blanc, da Prefeitura Municipal de Serra Talhada, Governo Federal e Governo de Pernambuco. PROGRAMAÇÃO: Programação completa em www.cabrasdelampiao.com.br Endereço no youtube do Grupo Cabras de Lampião: https://www.youtube.com/channel/UCtxtdKSP4PdZKupF1W5mxYw DIA 19/03 – SEXTA FEIRA 20h – Mesa de Diálogos: “O que dizem os livros sobre Lampião e Maria Bonita: Fatos e Mentiras”, com Vera Ferreira (jornalista e escritora, neta de Lampião e Maria Bonita) e Anildomá Willans de Souza (Pesquisador do Cangaço e Produtor Cultural). Mediação de Cleonice Maria. DIA 20/03 – SÁBADO 20h – Mesa de Diálogos: “Religiosidade no sertão: Sincretismo religioso”, com José Ferreira Júnior (Historiador, sociólogo, pesquisador, escritor e professor) e Janaina Freire dos Santos Ferreira (Historiadora, socióloga, pesquisadora e professora). Mediação de Cleonice Maria. DIA 21/03 – DOMINGO 20h– Mesa de Diálogos: “Maria Bonita – Nascimento, Vida e Morte da Rainha do Cangaço”, com Wanessa Campos (jornalista e pesquisadora do cangaço). Mediação de Cleonice Maria.

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Residência artística com britânico Paul Davies é atração do Reside Lab – Plataforma PE

De 15 a 31 de março de 2021, acontece, de forma digital, o Reside Lab – Plataforma PE – Festival Internacional de Teatro, que contempla a apresentação de 11 espetáculos, dois Encontros Reside, uma Residência Artística e um workshop com o britânico Paul Davies. Reafirmando seu caráter prioritário de espaço de intercâmbio e colaboração, a Residência Artística abre e encerra o festival, e é realizada com o patrocínio do Programa Pontes. A parceria entre o Programa Pontes Oi Futuro e o British Council é inédita e tem o objetivo de oferecer novas alternativas de fomento aos festivais brasileiros e promover a produção artística do Reino Unido no Brasil. Os 11 espetáculos apresentados priorizam a produção local com grupos artísticos pernambucanos. Nos Encontros Reside serão abordados os temas “Dramaturgia Ibero-americana na pós-pandemia”, e “Adaptações e modelos de festivais de Artes Cênicas”, que conta com convidados internacionais. Já a residência artística com Paul Davies, diretor do Volcano Theatre, do País de Gales, no Reino Unido, acontece durante todo período do festival e será concluída com a apresentação de um produto virtual apresentado pelos participantes no último dia do festival. Vale ressaltar que todas as ações do Reside são gratuitas, com curadoria dos espetáculos locais e com uma nova proposta de assistir teatro pelas telas do computador ou celular. A experiência busca conectar os olhares de quem está por trás das telas, e, dessa forma, propor novas dinâmicas e sensações, estimulando a cumplicidade entre os atores e o público. História do festival – Em 2018, a produtora cultural Paula de Renor lançou o Câmbio, festival de teatro que teve como objetivo alavancar mudanças, promover transformações e troca entre interlocutores. Em 2019, o festival ampliou a colaboração e formação artísticas, com o intuito de compartilhar experiências e saberes, debater ideias e processos criativos, através de encontros de formações, apresentações e residências com artistas de vários países. Nessa transição, o Câmbio deu lugar ao Reside – Festival Internacional de Teatro de Pernambuco. Com o hiato de um ano, já que em 2020 não houve edição, o Reside apresenta em 2021, um festival especial e totalmente virtual, moldado ao momento atual em que o mundo vive, por conta da pandemia do novo coronavírus, e com patrocínio da Lei Aldir Blanc. Período: de 15 a 27/03/21 Horário: das 15 às 17h   OBS: será necessário que os participantes tenham disponibilidade de horário para encontros pré-agendados de acompanhamento individual dos exercícios que serão vivenciados.   Inscrições: site do Reside (www.residefestival.com.br)     WORKSHOP com Paul Davies/Volcano Theatre (País de Gales/UK) Encontro com a participação de estudantes, professores, artistas e público para exposição de métodos de criação e trabalhos realizados no Reino Unido, através da Volcano Theatre. Dia: 29/03/21 Horário: das 15h às 17h Inscrições: site do Reside (www.residefestival.com.br) Transmissão na plataforma Zoom. OBS: o encontro contará com tradução simultânea e de libras. RESULTADO da Residência Artística “Qual o Caminho para os Jardins?”, com Paul Davies/ Volcano Theatre (UK)   Apresentação do produto fruto do processo criativo da residência artística. Dia 31/03/21 Horário: 19h Apresentação no YouTube do Reside   Encontros Reside   1º Encontro: Dramaturgia Ibero-americana na pós-pandemia   Nesse encontro será abordada a relevância que o trabalho de dramaturgos e demais autores vêm ganhando, e que despertam novas concepções de teatro desde o início dos tempos pandêmicos. Se o confinamento ampliou a necessidade de manifestar ideias e posicionamentos sócio-políticos, como se avalia o reflexo disso no campo da dramaturgia teatral? Que transformações, expansões e giros a pandemia vem produzindo na escrita para a cena?   Palestrantes: Diego Aramburo – dramaturgo e encenador (Bolívia) Damián Cervanates- ator, encenador e dramaturgo (México) Lorena Vega – atriz, diretora e dramaturga (Argentina) Mediação: Rodrigo Dourado- professor, encenador e dramaturgo (PE/Brasil)   Dia: 20/03/21 (sábado)  Horário: das 17h às 19h   Inscrições: site do Reside (www.residefestival.com.br)   2º Encontro:  Adaptações e Modelos de Festivais de Artes Cênicas   O setor de festivais, bem como toda a indústria das artes, têm sido  particularmente afetados por causa da pandemia. Com isso, as apresentações artísticas e os festivais ao redor do mundo tiveram suas edições canceladas em 2020. No entanto, muitas produções já voltaram a acontecer com distintos formatos. Como os festivais responderam e se adaptaram à situação? Como um setor pode se reinventar em meio a uma pandemia? Qual é o futuro da programação inovadora para festivais internacionais em 2021? O formato híbrido seguirá existindo? Essas são algumas das perguntas que precisam de respostas. Convidamos então, representantes de festivais dos Estados Unidos, Portugal e Chile para debaterem o assunto.   Palestrantes: Antonio Altamirano – diretor artístico do Festival Cielos del Infinito (Chile) Gonçalo Amorim- Diretor Artístico do FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (Portugal) Elizabeth Doud– Curadora, produtora e performer (Estados Unidos) Mediação: Felipe Assis – Diretor Artístico do FIAC-Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia.   Dia: 27/03/21 (sábado)  Horário: das 17h às 19h   Inscrições: site do Reside (www.residefestival.com.br)   Sobre o Programa Pontes – O objetivo da iniciativa é apoiar projetos culturais brasileiros que integrem residências artísticas de profissionais britânicos à sua programação. Partindo de um modelo inovador, baseado na colaboração institucional, o programa une a expertise do Oi Futuro, na gestão de editais de seleção de projetos culturais, e a experiência do British Council, na formação de redes internacionais de artistas e especialistas. Os festivais foram escolhidos por serem importantes veículos de acesso à cultura e de estímulo à economia criativa local. Sobre o Volcano Theatre/Paul Davies – Como diretor artístico da Volcano Theatre e há 26 anos fazendo parte da sua equipe criativa, Paul Davies desenvolveu programas inovadores com jovens e professores. Em seus trabalhos, Davies explora ideias e relações sociais através da atuação e participação, visualizando seus públicos como participantes ativos na criação de significado e abraçando o imediatismo, a surpresa e o risco, no centro da experiência ao vivo, na qual ele é altamente reativo ao contexto social e político. Com um permanente senso de trabalhos inacabados, a Volcano está empenhada em fazer, desmontar e refazer, sempre trazendo novo sentido ao seu material

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“As mulheres negras são maioria entre as que perdem suas vidas por feminicídios”

Na semana do 8 de Março, conversamos com Glauce Medeiros sobre violência de gênero, políticas públicas e sobre a sua gestão na Secretaria da Mulher da Prefeitura do Recife. Socióloga, com mestrado em Extensão Rural e Desenvolvimento Local, ela tem uma trajetória acadêmica e profissional dedicada à luta por igualdade social e de gênero. A violência contra a mulher, que é um dos principais temas de todas as estruturas públicas voltadas para a população feminina, aumentou com o confinamento? O que já se sabe sobre esse fenômeno? O estudo Violência Doméstica Durante a Pandemia de Covid-19 feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou aumento de 22% dos casos de feminicídio no Brasil só nos dois primeiros meses de pandemia, ao passo que as denúncias de casos de violência contra a mulher nas delegacias diminuíram. A subnotificação da violência contra a mulher aumenta em períodos de isolamento. É preciso ficar em casa para salvar vidas, mas mantemos nossos serviços para que as mulheres tenham o apoio necessário quando estiverem em situação de violência. O confinamento aumentou a vulnerabilidade das mulheres ante os seus agressores. A necessidade de isolamento fez com que as mulheres vítimas de violência passassem a ter convívio exclusivo com os agressores, e as manteve afastadas do convívio com familiares e amigos, e sob vigilância do agressor, o que diminuiu as possibilidades de denunciar e de pedir ajuda. Desse modo, a subnotificação aumenta ainda mais. No início da pandemia, a Prefeitura do Recife disponibilizou o serviço de orientação por Whatsapp 24h, e garantiu o atendimento presencial e pelo Liga Mulher das 8 às 18h. Realizamos também a campanha Ficar em casa não é ficar calada, com vídeos e cards para a internet e cartazes distribuídos em postos de saúde supermercados e farmácias. Os casos de violência doméstica atingem mulheres de todas as classes sociais ou existe alguma classe que sofre mais este tipo de agressão? A violência contra a mulher não tem classe social, mas a autonomia financeira impacta diretamente nas condições concretas para que as mulheres saiam do ciclo violência. Desta forma, infelizmente, as mulheres negras, que estão na base da pirâmide social, são maioria entre as que perdem suas vidas em decorrência dos feminicídios. De acordo com os dados do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, 73% das mulheres que morrem pela condição de gênero são mulheres negras. Qual tem sido a principal agenda da Secretaria da Mulher neste período de plena pandemia? Neste período de pandemia, a Secretaria da Mulher tem centrado esforços na prevenção e no enfrentamento da violência contra a mulher por meio da ampliação dos nossos serviços de atendimento e acolhimento. Os atendimentos feitos pelo Centro de Referência Clarice Lispector, de orientação jurídica, acompanhamento psicológico e social para mulheres vítimas de violência doméstica e sexista, passaram a ser realizados também nas unidades do Compaz. No dia 8 de março, o prefeito João Campos anunciou a autorização para ampliarmos o horário de atendimento presencial do Clarice Lispector para 24 horas. A rede municipal de proteção das mulheres em situação de violência conta ainda com a Brigada Maria da Penha, uma parceria da Secretaria da Mulher e da Secretaria de Segurança Urbana, e com o Centro de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sony Santos, o centro fica dentro do Hospital da Mulher do Recife e é coordenado pela Secretaria de Saúde. A Prefeitura do Recife é a primeira capital do País que instituiu uma paridade de gênero nas suas secretarias, com 50% dos postos ocupados por mulheres. Em que essa decisão influencia no trabalho da gestão municipal? Essa medida traz um simbolismo muito grande, mas é também uma política efetiva na construção da igualdade gênero. Esse gesto indica o compromisso da gestão com a promoção da igualdade de direitos e oportunidades entre mulheres e homens. E garantir a paridade de gênero no secretariado significa que a tomada das decisões que impactam o dia a dia das mulheres vai ser pensada por quem também vivencia as consequências de viermos em uma sociedade que oprime as mulheres. As políticas públicas para mulheres têm muito forte a característica da transversalidade, então ter mulheres nas diferentes áreas de atuação fortalece a formulação e execução de políticas específicas para esse público em todas as áreas. Ter mais mulheres em cargos de poder contribui para termos uma sociedade que trate as mulheres com mais respeito? Sim. A disparidade de representação entre mulheres e homens nos cargos de poder é fruto de um conjunto de desigualdades historicamente construídas e socialmente naturalizadas, que relegaram às mulheres ao espaço privado e às funções domésticas e de cuidado. Quebrar essa barreira e ascender aos postos de comando é romper também com o padrão de pensamento e comportamento que estrutura não só essa, como outras opressões. É uma reação em cadeia, em que a conquista de um direito pavimenta o caminho em direção à equidade. A senhora está ainda nos primeiros meses à frente da Secretaria da Mulher. Quais marcas ou legados a senhora gostaria de deixar até o final desse mandato? Assumir a pasta da Secretaria da Mulher é um grande desafio, o cotidiano de trabalho é muito intenso, mas só é possível realizá-lo, em razão de uma equipe totalmente comprometida e uma gestão integrada. As políticas para mulheres só têm robustez se desenvolvidas de forma transversal, e hoje tenho a felicidade de fazer parte de uma gestão que enfrenta as desigualdades de gênero de forma efetiva, garantido a paridade de gênero nos cargos de lideranças. Esse é um legado histórico, uma importante marca da gestão do prefeito João Campos. Enquanto secretaria, queremos servir cada vez mais e melhor a nossa população, contribuir com políticas públicas estruturadoras para as mulheres, promovendo a autonomia financeira e gerando oportunidades, realizar ações de prevenção da violência doméstica e sexista, sempre garantido serviços de qualidade nos equipamentos de atendimento às mulheres em situação de violência. Tudo isso dialogando com os vários setores da sociedade.   A senhora tem trabalhado no movimento de

“As mulheres negras são maioria entre as que perdem suas vidas por feminicídios” Read More »