2021 - Página 64 De 173 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2021

Entre a solidariedade e o direito à normalidade

Depois de ficar acordado até tarde assistindo as provas de atletismo das Olimpíadas de Tóquio 2020, nada é mais revigorante do que acordar cedo para preparar as crianças na volta às aulas. Desta vez, além do material escolar habitual, outros itens são fundamentais: máscaras e álcool em gel. Há um pouco mais de um ano nos apressamos em chamar isto de novo normal. Em abril de 1995 a Universidade de Columbia, em Nova Iorque, organizou um simpósio para celebrar os 50 anos de libertação da Europa, coincidentemente quase uma semana após o ato terrorista de Oklahoma. Entre os conferencistas do evento, se encontrava o pensador italiano Umberto Eco, que estava ali para contar as lições de sua infância, em parte marcada pela Segunda Guerra Mundial. Mas como é possível agir de forma normal em meio a um conflito armado? Ou seguido do mais letal atentado terrorista dos Estados Unidos até aquele momento? Nosso cérebro gosta de rotina, muitas vezes nem refletimos sobre nossas atividades, apenas executamos o que está programado em nosso piloto-automático, até ser interrompido por um fenômeno inesperado. Hoje, na porta da escola, dois responsáveis se exaltaram por causa do uso da máscara, vai saber se por esquecimento, ou desprezo. O fato é que a acalorada controvérsia é interrompida por uma criança pedindo ao seu pai para vestir a máscara. Uma característica dos animais que vivem em sociedade é a solidariedade, segundo o historiador israelense Yuval Harari: a cooperação entre os seres humanos foi um filtro importante para nossa sobrevivência. Acontece que algumas pessoas não querem usar máscara, não pretendem se vacinar, desejam voltar imediatamente à normalidade, e reivindicam a garantia constitucional à liberdade. O jovem Umberto Eco descobriu aos 10 anos de idade que o uso retórico da liberdade pode ser mera perfumaria, quando venceu “um concurso com livre participação obrigatória”. A grande questão é que este menino se adequou ao momento, diferente de uma poltrona velha que se acomoda ao corpo de quem a usa, incapaz de sair da rotina de sua zona de conforto. No campo do Direito, o espaço das garantias de gerações futuras e direitos coletivos vem alcançando novas dimensões, mesmo diante de alguns retrocessos, o progresso normativo aponta para caminhos cada vez mais conciliatórios. Em tempos de pós-verdade a sociedade é mais informada do que foi no passado, o que nos falta é retomar o diálogo, muitas vezes perguntar é mais eficaz do que afirmar, pois leva a reflexão. O velho Umberto Eco aprendeu com o seu eu menino que libertação ainda não é liberdade, e estas são tarefas que não acabam nunca. Por isso, independente do que for o “novo normal”, liberte-se da zona de conforto, seja um sujeito coletivo. Wagner Arandas, professor de Direito do Centro Universitário UniFBV (wagner.arandas@professore.unifbv.edu.br)

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No aniversário de Joaquim Nabuco, Fundaj reabre equipamentos

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), do Ministério da Educação (MEC), reabre seus equipamentos culturais no Recife e Região Metropolitana na quinta-feira (19). Na data, o Brasil celebra os 172 anos do nascimento do diplomata Joaquim Nabuco, patrono da Instituição sediada em Pernambuco e um dos principais intelectuais abolicionistas do Século 19. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, preside pela manhã a programação no Museu do Homem do Nordeste (Muhne). À tarde, a presidência da Fundaj anuncia projetos no Engenho Massangana, no Cabo de Santo Agostinho. “É com imensa satisfação que alguns de nossos equipamentos voltam a funcionar presencialmente. Sabemos da importância das atividades museais. Para viabilizar este retorno, todos os protocolos serão reforçados”, celebra o presidente da Fundaj, Antônio Campos. Desde março de 2020, o Muhne suspendeu suas atividades presenciais, em decorrência dos primeiros registros de casos de coronavírus (Covid-19) no Estado. Neste tempo, o equipamento iniciou um projeto de requalificação: instalação de equipamentos de prevenção e combate a incêndios. No local, uma caixa d’água de aproximadamente 30 mil/l foi construída, bem como a ampliação da rede hidráulica nos edifícios, salas de exposição e cinema, com sprinklers e mangotinhos. Sensores de fumaça, luzes e sinalizações de emergência também integram o projeto, que deve ser concluído até o fim de setembro, com a instalação de hidrantes no exterior do complexo. “É preciso salvaguardar a nossa história. O projeto já era previsto, mas conseguimos adiantar com o fechamento”, ressalta a coordenadora-geral do Muhne, Fernanda Cavalcanti. Na ocasião, o ministro da Educação confere em primeira mão a mostra “389 dias de Solidão”, na sala de abertura do edifício Gil Maranhão. A exposição reflete os desafios dos museus diante da pandemia. “A gente espera o público e o atual cenário o afastou dos espaços de visitação. A nossa instalação museológica problematiza esta ausência a partir de intervenções em reproduções de obras de renomados artistas, espalhadas em museus pelo mundo, e também da arte popular”, comenta o coordenador de Museologia, Albino Oliveira. Outra reabertura figura entre as novidades deste dia: a do Espaço Janete Costa Arte e Cultura. Dedicado aos artesãos e artistas populares, a loja do Muhne ocupa o hall principal do equipamento e conta com peças que podem ser adquiridas pelo público a preços acessíveis. Neste ano, o Espaço já publicou seu edital de seleção de artistas e artesãos para ocupar a galeria comercial. Mais informações disponíveis no site www.fundaj.gov.br. As inscrições seguem até o dia 1º de abril de 2022. A programação contará, ainda, com o lançamento do livro “Museu do Homem do Nordeste em 40 peças” (Editora Massangana, 2021), organizado pelos museólogos Henrique Cruz e Marília Bivar, e da exposição “Três Ceramistas”, na Sala Valdemar de Oliveira. O título que resgata a história do equipamento, a partir de peças expostas. Em 2019, o Muhne completou seus primeiros 40 anos peças. Já a montagem apresenta os trabalhos da designer Gisela Abad, do advogado Saulo Dubourcq e do cirurgião dentista Sergio Bandeira, em diálogo com o projeto Museu de Vizinhança. Na parte da tarde, os anúncios ocorrem no Engenho Massangana, no Cabo de Santo Agostinho. No local, onde Nabuco viveu até os oito anos de idade, a Fundaj instalará uma usina fotovoltaica, destinada à captação e produção de energia solar. A iniciativa será realizada em caráter piloto e integra o Projeto Fundaj Sustentável. “O objetivo é atender inicialmente as demandas energéticas do Engenho, mas pretendemos expandir para atender a necessidade de toda a Instituição”, explica o diretor de Planejamento e Administração (Diplad), Allan Araújo. A Fundaj encerra a programação de aniversário com o anúncio da segunda edição do Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa. Em 2020, o edital destinado aos nove estados do Nordeste destinou R$ 900 mil de orçamento da Instituição Federal e contemplou 90 projetos. Desta vez, o certame organizado pela Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) deverá abranger quatro categorias.

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Cenários Econômicos

Como forma de debater o cenário econômico atual e as habilidades do profissional do futuro, a Faculdade Nova Roma, realiza no dia 23 deste mês, às 19h, uma palestra online pelo instagram da instituição (@fnovaroma). O evento marca o início das atividades do calendário acadêmico de 2021.2. O convidado será Antonio Carvalho, professor, mestre em administração e doutor em economia. Os tópicos abordados serão: as tendências para o cenário econômico e do mercado contemporâneo; competências do profissional do futuro; produtividade, iniciativa e diferenciação (não seja mais um na multidão), carreira, empreendedorismo e autodesenvolvimento.

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Startup de Olinda vence crise financeira e reergue-se como aliada contra o vírus

No auge da pandemia da covid-19, quando América do Sul era categorizada como epicentro da doença e o Brasil já preocupava o mundo com os altos índices de desinformação, cuidados negligenciados e mortes pelo novo coronavírus, 75 mil estabelecimentos comerciais com vínculos empregatícios fecharam as portas, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e os que conseguiram ficar abertas, tiveram que se reinventar. Há mais de dez anos no setor de confecção, no segmento de uniformes e fardamentos, o empreendedor Paulo Ferro encarou o desafio de diversificar a carteira de clientes, abranger um novo público e ampliar o atendimento em plena pandemia do coronavírus, como solução para tentar manter os negócios ativos. Para isso, o empreendedor lançou a Trevis Co, startup de tecnologia têxtil em Olinda, que oferece ao mercado pernambucano máscara e camisa antiviral, antibacteriana e antiodor. A tecnologia elimina as bactérias, inativa o vírus presente na superfície dos tecidos e ajuda a bloquear a contaminação cruzada. Os testes que comprovam a eficácia do tecido foram realizados no laboratório de virologia do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), obedecendo a norma que regula produtos têxteis antivirais. Os tecidos que a Trevis Co modela vieram da parceria entre a empresa de tecelagem Santaconstancia, de Santa Catarina, referência na indústria química inovadora, engajada na promoção do desenvolvimento sustentável. O tecido usado na confecção olindense é resultado da negociação com fornecedores de tecidos do estado de Santa Catarina, que importam tecnologia da Áustria. Foi na busca por uma camisa versátil, prática, durável e que não provocasse aqueles constrangimentos de mau cheiro ou marca nas axilas, que Paulo Ferro recebeu a indicação do fornecedor de tecidos para conhecer a tecnologia Modal, que é de baixo impacto ambiental e alto ganho tecnológico. A proposta traz tecidos que possuem acabamento antiviral de zinco, que inativa os vírus envelopados e não envelopados, incluindo a classe coronavírus e evita a contaminação cruzada. “Além da tecnologia antiviral, esse princípio ativo evita a formação de odor e proliferação de bactérias, esse com durabilidade de 40 lavagens”, explica o empreendedor. “Antes da pandemia, eu já vinha buscando um tecido para confeccionar camisas para serem usadas no cotidiano, que tivessem uma maior durabilidade e fossem antiodor. Mas depois que o mundo parou por causa do coronavírus, eu fui atrás também de um tecido que além dessas características, tivesse uma barreira contra o vírus Sars-CoV-2”, explica Paulo Ferro. O desafio de modelar o tecido e tocar com a produção ficou para a equipe reduzida dos funcionários que iam para a sede do negócio. Trabalhando há seis anos na empresa de fardamentos de Paulo Ferro, a costureira Maria da Glória Gomes, 62 anos, passou a costurar máscaras e a fazer o piloto das camisas da Trevis, para as costureiras que trabalham remotamente seguirem. “Logo no começo foi muito difícil, a gente não sabia como enfrentar a pandemia. Hoje vencemos. Eu me sinto importante em saber que a gente tá costurando tecido antibacteriano e antiviral. Usar uma peça dessa é dar confiança às pessoas. Agora a gente tá vacinado e ajudando a enfrentar essa pandemia”, compartilhou. Na função de revisora e embaladora de peças, responsável por checar se há defeitos ou se é preciso voltar para produção, Maria Clarisse da Silva, 61 anos, também compartilha do sentimento de alívio em poder voltar a trabalhar e ajudar a enfrentar o cenário pandêmico. “Penso que o pior da pandemia já passou. Mas se ainda ela está aí, o nosso tecido antiviral ajuda bastante. O tecido é bom e fazemos bem feito. Eu mesma usei, testei e aprovei”, conta. O tecido Modal usado pela Trevis Co também promove o conforto térmico, toque macio e efeito easy care ou fácil cuidado, que é sinônimo de roupas com secagem rápida, cores duráveis e que não amassam, mesmo após inúmeras lavagens. Esses são efeitos de longa duração prometidos pela modelagem. “Com tais características, as camisas da Trevis Co são direcionadas para o perfil de homens entre 25 a 40 anos, empreendedores e funcionários com rotina de trabalho muito ativa, que curtem tecnologia, não têm tempo para lavar roupas ou passar. Inclusive, para pessoas que começaram a rever as finanças e o consumo desenfreado com vestuário, já que a camisa tem alta durabilidade, acaba sendo sustentável para o meio ambiente e para o bolso”, explica o diretor da Trevis Co, Paulo Ferro. REVENDO A ROTA - Diante do cenário pandêmico, o empreendedor Paulo Ferro não cruzou os braços e resolveu trocar o foco da produção de fardamentos para modelar pijamas e máscaras, diversificando os produtos oferecidos aos clientes. A prioridade da empresa passou a ser a confecção de itens para o público que está de home office, ou que sai diariamente e precisa usar a máscara. Por consequência das vendas, o empreendedor ainda pôs em prática a empatia, ao converter parte da renda adquirida na venda dos itens em cestas básicas para doação. “O impacto da pandemia foi muito grande, nós praticamente paramos todas as operações, foi bem difícil. Uma estratégia que pensei para nos reerguermos e ainda ajudar pessoas, foi trocar o foco da produção de fardamento, para produzir pijamas e máscaras, incentivando as pessoas a comprarem esses produtos para que nós destinássemos parte do lucro para compra de cestas básicas e fazer doações. Refleti que assim como nós estávamos em dificuldade, imagina quem não tem o que comer”, compartilhou Paulo Ferro. Ainda de acordo com ele, a pioneira Trevis Co e a empresa de fardamentos que antecede a startup geram juntas 12 empregos diretos e mais de 30 empregos indiretos. Só que para embarcar no novo ramo, é preciso que o empreendedor tenha o mínimo de conhecimento sobre sua área de atuação, o mercado e o público que vai atender, é o que orienta a analista do Sebrae em Pernambuco, Aline Cavalcanti. "A pandemia do covid-19 modificou a forma como a sociedade consome e se relaciona. No universo dos pequenos negócios, acelerou o processo de transformação digital de muitas empresas

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No Dia do Estagiário, o IEL-PE promove evento com oportunidades e aprendizado

Para comemorar o Dia do Estagiário, celebrado em 18 de agosto, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-PE) realiza a 1ª edição do Experience 2021: uma jornada rumo ao futuro, a partir das 13h40. O evento será aberto ao público, gratuito, online, ao vivo e vai reunir especialistas para conversar sobre mercado de trabalho, carreira e transformação digital. Na ocasião, os participantes vão ficar por dentro também sobre como funciona o cadastro para concorrer a uma das vagas ofertadas pelo IEL-PE, que, atualmente, são 183 para os níveis técnico, médio e superior. De acordo com o superintendente do IEL-PE, Israel Erlich, o estágio é o primeiro passo rumo à vida profissional e essa fase tem que ser cercada de orientação e oportunidade. “Sabemos da importância desse momento para os futuros profissionais e também para as empresas, que contarão com esses talentos para manter a sua engrenagem funcionando”, disse, destacando a importância do período de prática e aprendizagem profissional ligada à área de estudo do aluno. Pensando nisso, esta edição do Experience 2021 vai permitir que o estudante tenha contato exatamente com essa realidade, a partir de uma imersão em temas e assuntos por meio de palestras interativas. Dentro da programação, a primeira será sobre o Novo Ensino Médio e a importância dos cursos técnicos, um dos nichos de mercado que mais contrata estagiários hoje em dia. O momento contará com as participações do SENAI e SESI. O encontro virtual contará também com uma apresentação do SESI em Movimento, que falará sobre os benefícios oferecidos por meio do SESI Saúde para toda a população. Para encerrar o encontro, o Instituto convidou Lisiane Lemos, que é membro do Conselho Consultivo do Fundo de População das Nações Unidas, Kunumi Al e do Conselho Emérito do Capitalismo Consciente Brasil, tendo sido nomeada Forbes Under 30, em 2017. O tema da palestra dela será Carreira e Transformação Digital. Serviço: Evento: 1ª edição do Experience 2021: uma jornada rumo ao futuro Data: 18/08/2021 Horário: A partir de 13h40 Acesso: youtube.com/livesistemafiepe. Público: Aberto e gratuito

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Sexta edição da Moda Nordeste reunirá cerca de 300 marcas

A 6ª edição da Feira Moda Nordeste – Calçados e Acessórios, que acontece, no Polo Comercial de Caruaru, na próxima semana, nos dias 24, 25 e 26 de agosto, marca a retomada gradual das vendas, principalmente para o final do ano, em virtude do longo período de pandemia. A feira é voltada para varejistas de caçados e de acessórios e reunirá quase trezentas marcas nacionais e internacionais em um só espaço e cerca de 100 estandes. De acordo com Silvia Furtado que integra a comissão organizadora da feira, mesmo com as medidas de flexibilização adotadas pelo Governo do Estado, o evento cumprirá todos protocolos de segurança e de higiene com tecnologia de ponta, garantindo proteção aos expositores e ao público. “O momento atual exige todo cuidado sanitário, mas requer coragem, persistência e investimento do setor empresarial calçadista para a retomada dos eventos e do atendimento interpessoal que é de suma importância para o segmento e para o aquecimento das vendas", destacou Silvia A Moda Nordeste é uma feira tradicional que acontece semestralmente, em Caruaru e movimenta vários setores da economia da região, gerando renda, receita, assim como empregos diretos e indiretos.

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Diabetes pede atenção redobrada com os pés

Que a diabetes é uma doença que vem crescendo a passos largos no Brasil, já é de conhecimento de toda a população. No entanto, que a doença é a causa mais comum de amputação de pés, muitos ainda desconhecem. O país contabiliza, todos os dias, 43 amputações de membros inferiores decorrentes de complicações da diabetes, segundo dados do Ministério da Saúde. Denominada popularmente de “pé diabético”, é uma das graves complicações que acometem as pessoas que têm a doença, principalmente devido à falta de atenção com os pés. A realidade, no entanto, pode ser mudada com a prevenção e a orientação de profissionais especializados. “A prevenção é a maneira mais eficaz de evitar complicações, mantendo os níveis da glicemia controlados, exame visual dos pés diariamente e avaliações periódicas com profissionais. “Pé diabético” é uma complicação crônica do diabetes mellitus, caracterizado por infecção e formações de ulcerações profundas. Podem estar associadas a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica nos membros inferiores”, explica a podóloga Cris Farias, especialista em podologia para pés diabéticos. “Pacientes diabéticos devem observar qualquer sinal nos pés como frieiras, bolhas, ferimentos e calos. Essas atitudes ajudam a manter a saúde equilibrada e a evitar problemas”. Aproximadamente 15% dos diabéticos apresentam tendência a desenvolver úlceras de pé em algum estágio de suas vidas. As três principais causas são neuropatia, suprimento deficiente de sangue (isquemia) e infecção. Alguns sintomas da diabetes, segundo destaca Cris Farias, podem levar à amputação dos pés, como a falta de sensibilidade na parte plantar (na palma do pé), ocasionada pela má circulação. Se ocorrer algum ferimento, a pessoa pode não sentir nenhuma dor e formar uma úlcera na sola do pé, com risco de gangrena. Cris aconselha que cabe ao podólogo realizar o atendimento de todas as patologias apresentadas pelo pé diabético, respeitando os níveis de cuidados diferenciados e de risco. “Para pacientes com essa patologia, são recomendadas sessões mensais para o corte das unhas, remoções de calos e calosidades, higienização geral e hidratação dos pés e, principalmente, para massagens reflexológicas, que é um estimulante à circulação”, afirma a podóloga, acrescentando que também é importante o acompanhamento com um especialista em nutrição e endocrinologia. Os instrumentos usados nas sessões de cuidado com os pés diabéticos são alicates para corte das unhas, brocas diamantadas para limpeza das unhas, cureta, lixas para nivelamento das calosidades, hidratação e massagem. Bisturi só será usado se houver calos e calosidades plantar. “É preciso saber examinar um pé diabético, observando se tem ou não fissura ou micose, saber fazer o corte correto da unha e procurar um especialista médico em alguns casos”, diz Cris Farias. “É importante que as pessoas procurem profissionais que tenham o conhecimento de anatomia, fisiologia, podopatias e o domínio de técnicas e instrumentos essenciais para lidar com o diabético”. CUIDADOS - Secar os pés com cuidado após o banho, manter a pele hidratada, utilizar meias de algodão, cortar as unhas de forma adequada (chamada de onicotomia) para a anatomia do paciente, de modo a não ferir os cantos dos dedos; não cortar os calos nem utilizar receitas domésticas ou calicidas para acabar com eles; não andar descalço nem mesmo dentro de casa. Outro ponto importante é sobre o uso de calçados. Uma boa opção para quem tem diabetes é optar por calçados ortopédicos ou semi ortopédicos, isso porque eles têm uma estrutura projetada para serem confortáveis, dar estabilidade ao caminhar e evitar que os pés fiquem apertados ou abafados. “Quando for adquirir o calçado, é necessário conversar antes com um podólogo porque o profissional poderá instruir sobre o melhor produto. Além disso, também ajudará quando a sensibilidade dos pés está comprometida, caso não se conheça o tipo de pisada ou se já apresenta deformações e outras particularidades que requerem atenção”, finaliza a podóloga.

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Ministério da Infraestrutura garante a Paulo Câmara que Ramal de Suape será viabilizado

O governador Paulo Câmara recebeu do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, a garantia de que o Ramal Suape da Ferrovia Transnordestina será viabilizado. Em reunião na sede do ministério, em Brasília, na tarde desta segunda-feira, o governador ouviu do ministro que o trecho da linha que vai da cidade de Custódia, no Sertão, até Suape será desmembrado da atual concessão, e o Estado poderá finalizar a obra por meio de uma nova concessão. Freitas também assegurou que a Ilha de Cocaia será retirada da poligonal do Porto Organizado de Suape e poderá ser utilizada como terminal de uso privativo para exportação de minérios. “O ministro deixou claro que sua declaração anterior, de que apenas o Ramal de Pecém da Transnordestina seria concluído, se referia ao que vai permanecer dentro do contrato de concessão com a TLSA. A intenção do Governo Federal é retirar o Ramal de Suape do contrato existente e liberar o trecho para que possamos fechar uma nova concessão”, afirmou Paulo Câmara. O governador lembrou que Pernambuco se antecipou a essa decisão do ministério e enviou à Assembleia Legislativa, na semana passada, projeto de emenda à Constituição Estadual que prevê a possibilidade de o governo estadual explorar o serviço ferroviário no seu território. “Temos conversas avançadas com investidores interessados em concluir a ferrovia e explorar esse novo modal logístico através de Suape, um porto campeão nacional em movimentação de cargas”, concluiu. Além de Paulo Câmara, participaram da reunião no Ministério da Infraestrutura o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio; o presidente de Suape, Roberto Gusmão; e o diretor de Planejamento do Porto, Francisco Martins.

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Paulo Câmara vai a Brasília discutir retomada das obras da Transnordestina

O governador Paulo Câmara se reúne, nesta segunda-feira (16.08), em Brasília-DF, com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, para discutir a retomada das obras da Ferrovia Transnordestina. No último dia 9 de agosto, Paulo Câmara enviou à Assembleia Legislativa uma Proposta de Emenda à Constituição Estadual que concede a Pernambuco competência para explorar a infraestrutura e os serviços de transporte ferroviário no seu território. A medida é mais uma ação do governo que vai contribuir para viabilizar a conclusão do Ramal Suape, da Ferrovia Transnordestina.

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Vazamento de dados gera direito a indenização por danos morais?

Desde a entrada em vigor da lei 13.709/2018, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em setembro do ano passado, a discussão sobre a obrigação das empresas de garantir a segurança dos dados aos quais têm acesso se intensificou e ganhou os tribunais. Um questionamento, em especial, tem se destacado. O vazamento de informações gera direito a indenização por danos morais? Ou o titular dos dados precisa comprovar que resultaram danos dessa exposição? As decisões judiciais sobre o tema, que ainda não alcançou as cortes superiores, têm orientações divididas. Enquanto algumas concedem a indenização levando em conta o fato de haver exposição dos dados, outras condicionam o pagamento de danos morais à vinculação entre o vazamento das informações e danos sofrido pelos autores das ações. O vazamento de informações por si só não gera indenização. A disposição está na própria LGPD, que em seu artigo 42 estabelece que “o controlador ou o operador que, em razão do exercício de atividade de tratamento de dados pessoais, causar a outrem dano patrimonial, moral, individual ou coletivo, em violação à legislação de proteção de dados pessoais, é obrigado a repará-lo”. O artigo 186 do Código Civil diz que ‘aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano, ainda que exclusivamente moral, comete ilícito’. A LGPD tem exatamente a mesma estrutura. A única coisa de novo é o dano moral coletivo. Decisões opostas Decisões recentes mostram que o entendimento não é pacífico. Em abril deste ano, o juiz Mario Sergio Leite, da 2ª Vara Cível da Comarca de Osasco (SP), decidiu no processo 1025226-41.2020.8.26.0405 negar indenização de R$ 10 mil a uma usuária da Eletropaulo cujos dados ficaram expostos, o que foi reconhecido pela empresa. A autora da ação alegou que a situação “tirou seu sono, causando angústia e sentimento de tristeza”, uma vez que os dados vazados são irrecuperáveis e estão sujeitos a ser negociados para propaganda ou usados para possíveis golpes. No entanto, para o juiz, embora fosse “inequívoco que a ré tem a obrigação de proteger os dados pessoais de seus clientes (...) para o surgimento do dever de indenizar, faz-se necessário aferir se tal vazamento de dados causou efetivamente à parte autora algum dano”. Ainda de acordo com o magistrado, “a parte autora informa genericamente que sofreu abalos psicológicos pelo vazamento de seus dados, não havendo, todavia, demonstração alguma de que, após a invasão, tais dados foram utilizados de forma indevida” e, além disso, também “não demonstrou que eventuais e-mails indesejados e ligações de empresas tenham relação com o vazamento de dados, até porque, muito comum recebê-los sem o referido vazamento”. Por outro lado, em 22 de junho os desembargadores da 26ª Câmara de Direito Privado do TJSP no processo 1003122-23.2020.8.26.0157. O caso envolvia um cliente que efetuou uma compra no site da empresa Sodimac.  Horas depois, foi contatado por um desconhecido via WhatsApp, que o informou que seus dados estavam expostos na página eletrônica da empresa. Em sua defesa, a companhia alegou que adota diversos protocolos de segurança e que “pequenos problemas como esses” são rapidamente resolvidos. Ainda assim, os desembargadores entenderam que “a divulgação de dados pessoais do autor em página eletrônica, acessível por terceiros, ainda que por curto período de tempo, é hábil a ensejar indenização por danos morais” e determinaram o pagamento de R$ 2 mil ao cliente. Dano moral coletivo Em de 23 de fevereiro, em resposta à apelação no processo 0418456-71.2013.8.19.0001, numa ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, as empresas Smarty Solutions, BV Financeira, Bracom e Grupo Líder foram condenadas a pagar R$ 500 mil por dano moral coletivo e R$ 1 mil por danos materiais e morais aos consumidores, individualmente considerados, devido a um vazamento de dados que deixou expostos por pelo menos três meses de informações dos clientes da BV Financeira. Segundo os autos, "a Bracom, integrante do Grupo Líder, possuía os dados dos clientes da BV Financeira em função de seu papel mercadológico, já que a prestadora utiliza os serviços da financeira. Por outro lado, delegou a manutenção do banco de dados para a empresa Smarty Solutions". Para os julgadores, houve negligência da BV Financeira: "Não há como deixar de se constatar a culpa in eligendo, pela má escolha do preposto, que inobservou as cláusulas contratuais referentes ao sigilo, como também pela culpa in vigilando, pois o descaso como dever de cuidado sobre as funções delegadas a Smarty, é de tal ordem que a empresa BV só tomou conhecimento do vazamento do seu banco de dados meses depois." Diante deste cenário, a melhor forma das empresas se protegerem é adotar sempre as melhores práticas em segurança da informação. Neste sentido, se a empresa apresenta atuação objetiva seja na mitigação, seja com a preocupação da empresa com a proteção dos dados dos clientes isso será levado em conta pelas autoridades judiciária e administrativa. Sanções administrativas A LGPD é discutida em ações judiciais desde o ano passado, mas somente em 1º de agosto de 2021 passaram a valer as sanções administrativas para empresas que não se enquadrarem nas novas regras. As punições previstas na legislação vão de advertência a multa no valor de até 2% do faturamento da empresa, limitada a R$ 50 milhões. Na esfera administrativa a situação é diferente da esfera judiciária, aplicando-se multa no caso de mero vazamento de dados. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), responsável por fiscalizar a aplicação da LGPD, divulgou que nos primeiros meses adotará o que chamou de uma postura responsiva, tentando mostrar quais medidas as empresas devem adotar para remediar o problema e, se o agente não cooperar, vai estabelecer um procedimento administrativo, ou aplicar sanção. Portanto, o segmento empresarial precisa estar pronto para este novo desafio e as incertezas que o rodam apostando em metodologia, transparência, sistema e com ênfase numa analise jurídica preventiva do tema, a fim de mitigar riscos e usar isso como capital da empresa e diferencial num mercado tão competitivo e enfrentando uma enorme

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