2022 - Página 98 De 160 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2022

Foto Rodrigo Barros Avoada

Avoada lança novo clipe nesta quarta-feira (11)

Dirigido pelo cineasta Rodrigo Barros, vídeo ilustra a canção "A Pedra e a Janela", lançada pelo supergrupo pernambucano no ano passado O supergrupo pernambucano Avoada lança, nesta quarta-feira (11/4), o clipe de “A Pedra e A Janela”. Disponível no Youtube e dirigido pelo cineasta Rodrigo Barros, o vídeo acentua a metáfora presente na letra da canção: “ah, como era fácil ser pedra/ ah, como é difícil ser janela”.  Segundo Rodrigo, “o clipe tem um intenso trabalho estético, que tem sua construção narrativa amparada em simbologias que estão bem presentes no debate político atual”. Filmado em plena pandemia, “A Pedra e A Janela” traz alguns personagens que se relacionam à contemporaneidade do Brasil, como o armamentista manipulável e a artista hippie. Utilizando as máscaras de Julião das Máscaras, famoso artesão de Olinda, esses personagens evidenciam o posicionamento da Avoada na crítica ao fascismo crescente no país. O clipe teve roteiro de Veridiana Gatto, Feiticeiro Julião e Rodrigo Barros e foi produzido de modo independente.   A Avoada é composta pelos cantores e compositores Juvenil Silva, Marília Parente, Marcelo Cavalcante e Feiticeiro Julião, já tendo lançado um EP, dois singles e agora cinco videoclipes. Atualmente, o supergrupo grava seu primeiro disco, "Depois da Curva". Surgida no Recife, em 2019, a Avoada traz o mote de cair na estrada com violas e violões para desbravar o Brasil profundo. Entre suas influências estão o rock rural, de bandas como Sá, Rodrix e Guarabyra e também a psicodelia nordestina.  link: https://www.youtube.com/watch?v=C-sw-I8m-Xc

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imposto calculo renda

Pesquisa da Fecomércio-PE: 82,8% das famílias pernambucanas se declaram endividadas

A Pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), visando traçar um perfil do endividamento, acompanhando o nível de comprometimento do consumidor com dívidas e sua percepção em relação à sua capacidade de pagamento. Com oscilação de apenas 0,2 pontos percentuais, para baixo, a proporção de famílias que se declaram endividadas manteve-se estável na passagem de março para abril, ficando em 82,8%. Esse resultado é o maior patamar já registrado pela série histórica da PEIC em Pernambuco para um mês de abril, superando os 79,2% do ano passado. Por outro lado, vale ressaltar que esse percentual, na comparação anual, já se encontrava em ascensão desde 2019, mas agravou-se no último ano devido aos reflexos da pandemia sobre a atividade econômica, especialmente sobre o mercado de trabalho e a renda das famílias. Pernambuco: Percentual de famílias, segundo as situações de endividamento (valores em % do total de famílias) - abril/2010 a abril/2022 Compondo o quadro de endividamento em abril, 19,9% das famílias se dizem muito endividadas, a ponto de impactar o seu potencial de consumo (percentual que era de 11,7% em abril de 2021), e 34,7% se declaram moderadamente endividadas, ou seja, em um nível de endividamento prestes a impactar o consumo familiar. Outros 28,2% se declaram pouco endividadas e 17,2% registram que não possuem dívidas comprometendo o orçamento doméstico (percentual que era de 20,8% em abril de 2021). Pernambuco: Proporção de famílias segundo a dimensão do endividamento (% em relação ao total de famílias) - abril/2021, março/2022 e abril/2022 Fonte: PEIC/CNC. Entre os tipos de dívidas mais citadas pelas famílias como componentes das dívidas, o cartão de crédito se destaca com 93,6%. Por outro lado, houve uma queda de 2,6 pontos percentuais do cartão de crédito na comparação com abril de 2021. Na contramão, ocorreu um aumento da participação do crédito pessoal (de 5,8% para 7,7%) e dos carnês (de 22,8% para 26,3%) entre as dívidas mais citadas. A parcela média da renda comprometida com as dívidas novamente ficou estável em relação ao mês anterior. Na comparação anual, por outro lado, está 1,9 ponto percentual acima do registrado no mesmo mês do ano passado, quando era de 28,7%. Em termos de horizonte temporal, as famílias projetam que a composição atual das dívidas seguirá comprometendo a renda por aproximadamente 8 meses. O percentual de famílias com dívidas cujo pagamento se encontra atrasado recuou de 33,3% em março para 32% no mês de abril. Por outro lado, o tempo médio de atraso sobre o pagamento permaneceu no mesmo patamar de março, ficando em 58,4 dias. Com esse resultado, o tempo médio de atraso das contas a pagar em abril deste ano é maior que no mesmo período de 2021, quando ficou em 52,4 dias, indicando que a trajetória de elevação dos juros tem impactado nas condições de pagamento das contas em dia. Sobre esse aspecto, cabe ressaltar que embora os indicadores de inadimplência registrem um leve recuo no último mês, fica evidente a aceleração quando se comparação com abril de 2021, sobretudo no percentual de famílias em condições de pagamento das contas atrasadas, que era de 12% e chegou a 16,6% agora em abril de 2022. Perante a expectativa de continuidade da pressão inflacionário e para novos aumentos na taxa básica de juros até o final do ano, aspectos que dificultam as condições de negociação das dívidas, é possível que esse indicador siga elevado nos próximos meses.

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Estudantes de Nazaré da Mata usam pintura em grafite para transformarem paisagem

A iniciativa acontece no bairro do Alto da Santa, uma das áreas mais populosa e violentas da cidade. O trabalho, pioneiro no município, tem como proposta fomentar o empreendedorismo dos jovens, por meio das artes visuais. Além disso, ser um instrumento social na redução da insegurança urbana e estímulo ao turismo da localidade Cerca de quinze meninos e meninas negras, de 16 a 24 anos, estudantes de escolas públicas, moradores do bairro do Alto da Santa, uma das áreas mais violentas e carentes da cidade de Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, se juntaram para transformarem a paisagem do próprio local onde vivem. Munidos de tintas, pincéis e boas ideias, eles colorem muros, ruas, praças, escolas, entre outros locais. A arte, que vem transformando a paisagem do bairro onde nasceram e vivem os jovens, é inspirada na cultura local do Maracatu Rural, uma das importantes manifestações de cultura popular do Estado, que é Patrimônio Cultural do Brasil. A iniciativa faz parte do Projeto Nossa História, Nossa Cultura - a arte visual que nos inspira, educa e transforma, e que tem o apoio da Fundação Nacional de Artes (Funarte). O projeto, iniciado em fevereiro deste ano, vem capacitando adolescentes e jovens em várias atividades. A primeira delas foi ligada ao artesanato. Logo depois, em fotografia com o celular. E, agora, chegou a uma das etapas mais importantes, a oficina de grafite. Até junho, os participantes terão, ainda, oficina de marketing cultural. Tudo realizado gratuitamente. A realização da pintura em grafite no bairro é uma atividade inédita. As aulas acontecem às quartas-feiras, das 14h às 17h; e aos sábados, das 9h às 12h. Duas vezes por semana os alunos se encontram no Centro de Referência da Assistência Social (Cras), espaço mantido pela Prefeitura de Nazaré da Mata, dentro do bairro. De lá, eles seguem munidos de todos os materiais, para o local escolhido por eles próprios para ser pintado. Todo o trabalho conta com orientação do professor, Adelson Boris, contratado pelo projeto. Cabe a ele instruir cada participante sobre as pinturas, técnicas e formas que será aplicada no local escolhido. Quem convive na comunidade sabe que os desafios sociais e de infraestrutura são uma realidade do cotidiano. A localidade é considerada uma das mais violentas da cidade de Nazaré da Mata. Além disso, dispõe de poucas opções de lazer para os jovens. Seu entorno é composto por três grandes complexos de comunidades. São os loteamentos da Vila Madalena, Pedregulho e o bairro da Estação. Apesar da problemática social, a área conta com uma rede de serviços comerciais, saúde e educação, com padaria, supermercado, posto de saúde e escola. Segundo dados da prefeitura, mais de 10 mil famílias convivem na área. A proposta oficina de grafite dentro do Projeto Nossa História, Nossa Cultura é criar cerca de quinze painéis de grafite, que abordem a temática do maracatu rural, brincadeira popular que existe há mais de 100 anos na cidade. A pintura, feita a partir do olhar dos estudantes, busca ser um instrumento social na transformação da realidade onde vivem. “ É motivo de muita realização poder fazer este trabalho na nossa comunidade. Acreditamos que o protagonismo dos jovens, aliado a importância que o grafite tem para o universo da arte, juntos, vamos mudar o lugar que escolhemos para viver, tornando-o ainda mais cheio de cores, alegria e muito alto-astral” destaca o jornalista e coordenador do projeto, Salatiel Cícero. Ele acrescenta, ainda, que a atividade tem como proposta capacitar os jovens para o empreendedorismo, por meio das artes visuais. “ Esperamos que os jovens possam, após o projeto, realizar seus trabalhos de grafite independente e ter sua própria renda”, finaliza. O projeto foi finalista do Prêmio Funarte Artes Visuais – Periferias e Interiores 2021/2022, no qual disputou com mais de 800 iniciativas no País, ficando entre as 16 melhores do Brasil. Os painéis de grafite devem ficar prontos até o início de junho. Em seguida, será realizada uma agenda de visitações pelos locais que receberam a intervenção, uma maneira de apresentar a arte dos estudantes e construir uma rota turística no bairro.

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Virtuosi Brasil volta aos palcos do Recife nesta quinta-feira (12)

Décima quarta edição do festival começa nesta quinta, 12, no Teatro Luiz Mendonça e homenageia o Maestro Rafael Garcia Com incentivo do Sistema de Incentivo à Cultura - SIC através da Fundação de Cultura Cidade do Recife e Secretaria de Cultura da Prefeitura do Recife, o VIRTUOSI BRASIL chega à sua 14ª edição, nesta quinta-feira (12). Após edições especiais online nos últimos dois anos, o Virtuosi retoma sua programação anual de eventos de forma presencial nos palcos do estado. O festival é filiado à Abrafin e tem produção executiva da Coda com realização da Virtuosi Sociedade Artística. A volta do VIRTUOSI BRASIL está programada para esta semana, 12, 13 e 14 de maio de 2022, no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu - Boa Viagem), onde o público poderá apreciar recitais com exímias instrumentistas da música de concerto. Em cada noite de apresentações, que contam com entrada gratuita, será possível conferir os trabalhos do QUARTETO BOULANGER, da harpista CRISTINA BRAGA e da pianista JULIANA STEINBACH. Com direção artística de Ana Lúcia Altino, o XIV VIRTUOSI BRASIL vem apresentando espetáculos protagonizados por instrumentistas e solistas femininas.“Pela primeira vez e por causa da morte de Rafael Garcia, eu assumo a direção artística do festival e procurei enfatizar a instrumentista profissional mulher encontrando grandes nomes da música clássica. Sendo minha primeira vez dirigindo a parte artística fiz questão de que todo cenário fosse feminino”, revela Ana Lúcia. Convocatória - O VIRTUOSI BRASIL neste ano abre espaço em sua programação para solistas através de uma convocatória inédita. Destinada a revelar instrumentistas do Nordeste, a seletiva recebeu propostas de apresentações de vários músicos e de diversos estados da região. Selecionados por esta convocatória, a violista Raquel Paz, o violoncelista Rodrigo Prado e o violonista Carlos Alberto da Silva do Duo Pessoa da Silva terão a oportunidade de apresentarem seus trabalhos e performances no Teatro Luiz Mendonça abrindo cada uma das noites de programação. Natural de Igarassu, a violista Raquel Paz iniciou seus estudos musicais aos nove anos de idade, ingressando em 2014 no Centro de Criatividade Musical. Em 2015 ingressou no Bacharelado em viola na UFPE. Participou de diversos festivais nacionais e internacionais desde 2016, também destacando-se como semifinalista no Programa Prelúdio da TV Cultura em 2018 e obtendo menção honrosa na II edição do concurso Jovens solistas da Orquestra Criança Cidadã. Foi chefe de naipe em 2017 na Round Top Music Festival no Texas/EUA e em 2019 na Orquestra Sinfônica Mozarteum Brasileiro (OAMB). Rodrigo Prado é formado pela Faculdade Santa Marcelina tendo se inclinado para o lado da música contemporânea. Possui experiência com orquestra, música de câmara, eletrônica mista, improvisação, música popular, em conjunto de balé e teatro. Estreou diversas obras para violoncelo dedicadas a ele, trabalhando em colaboração com compositores brasileiros. Recentemente se apresentou na 24ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea no Rio de Janeiro. Formado pelos músicos Carlos Alberto da Silva (bandolim e violão) e João Paulo Pessoa (violão), o Duo Pessoa da Silva desenvolve um trabalho de pesquisa e transcrição e apresenta um repertório variado, mesclando valores eruditos e elementos populares de culturas diversas. O duo tem se dedicado a transcrever e executar sonatas para solista e contínuo de Domenico Scarlatti, além de obras de J.S. Bach, Astor Piazzolla, Egberto Gismonti, Luiz Bonfá, e Heitor Villa-Lobos. Masterclasses - A programação do VIRTUOSI BRASIL ainda traz uma série de masterclasses no Teatro Luiz Mendonça nos dias 12 e 14 de maio pela manhã com a presença de instrumentistas renomadas mundialmente nas categorias de cordas e piano. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas de forma online: https://www.virtuosi.com.br/masterclasses-xiv-virtuosi-brasil. Os participantes selecionados para participar das masterclasses deverão escolher uma obra para executar e receberão mentoria e certificados por sua participação. Estas atividades também estarão abertas aos interessados em participar como ouvintes. Atrações - O nome do grupo QUARTETO BOULANGER é uma homenagem a uma das maiores mulheres da História da Música, a compositora, regente e professora Nadia Boulanger (França, 1887-1979). E apesar de cada uma de suas integrantes ter nascido em países diferentes, as quatro acabaram se encontrando no Brasil por meio da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. O quarteto é formado pelas musicistas Jovana Trifunovic (Violino/Sérvia), Flávia Motta (Viola/Brasil), Lina Radovanovic (Violoncelo/Sérvia) e Ayumi Shigeta (Piano/Japão), todas com vasta experiência internacional e convivência de quase uma década juntas. Cada vez mais inspiradas em Boulanger, as componentes do Quarteto têm buscado, com suas visões e ideias sobre o trabalho musical em nível de excelência, incrementar a pesquisa e a divulgação do campo composicional feminino para sua formação musical. A harpista e cantora CRISTINA BRAGA tem sido grande responsável pela divulgação de uma harpa brasileira de jazz no mundo. Com um trabalho consistente, mostrou que seu instrumento também tem alma popular, tocando samba, choro e bossa. Participou de inúmeros projetos de música clássica e popular com a mesma desenvoltura. Cristina tem 16 discos gravados, alguns lançados também na Europa, Japão e EUA. Tocou com as divas eternas Nara Leão, Ana Carolina e Zizi Possi, colocou harpa no rock nacional acompanhando os Titãs, e participou de apresentações ao lado de Lenine. Foi convidada por Roberto Menescal e Andy Summers (The Police) para uma participação especial no DVD United Kingdom of Ipanema. De João Pessoa para o mundo. Assim é a trajetória da pianista JULIANA STEINBACH que começou seus estudos musicais na França aos cinco anos de idade. Diplomada dos Conservatórios de Musica de Lyon e Paris, da Accademia Pianistica de Imola na Italia e da Juilliard School de Nova York, Juliana se formou com ilustres pedagogos do piano internacional. A pianista é laureada de vários concursos internacionais e é solista convidada de numerosas orquestras na Europa e no Brasil. Juliana Steinbach é ainda a fundadora e diretora artística de dois festivais na Borgonha e na Transylvânia. Sua discografia inclui três albums solos com obras de Liszt, Mussorgsky e Debussy e várias gravações de música de câmara. Homenagem - Falecido em outubro do ano passado, o maestro Rafael Garcia criou o festival Virtuosi ao lado

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UFPE inaugura Núcleo de Extensão e Cultura em Sertânia

(Da Prefeitura de Sertânia) A Universidade Federal de Pernambuco inaugurou nesta semana em Sertânia, o Núcleo de Extensão e Cultura do Sertão do Moxotó, Ipanema e Pajeú (NEMIP). O ato aconteceu na Câmara de Vereadores e teve a participação de várias lideranças, como o reitor da UFPE, Dr. Alfredo Gomes, que abriu a solenidade por vídeo chamada, o Pró-reitor da UFPE, Dr. Oussama Naouar e o Prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira, presentes no local. O evento contou com a fala das autoridades e com uma apresentação cultural da banda dos professores da Casa de Cultura da Princesa do Moxotó. O momento foi aberto a toda a comunidade que pôde conhecer os quatro eixos de atuação do NEMIP em Sertânia. São eles: Laboratório de Fabricação Digital (Espaço Maker) - trabalha com processos de fabricação por impressão 3D, cortadora laser e uso de computadores que contribuem na formação de estudantes de ensino fundamental e médio; Programa de Cursos de Extensão e Cultura direcionado para a qualificação profissional de jovens e adultos em temas diversos que dialogam com a cultura, tecnologia, ciência e sustentabilidade ambiental; Programa de Educação Continuada (PEC) para Gestores e Professores de Escolas Municipais. É voltado à realização de cursos para professores e gestores, passando por temáticas priorizadas em colaboração com o público-alvo; Pós-Graduação (Lato Sensu) em Governança Municipal, que compreende um diálogo com a Prefeitura de Sertânia para que, colaborativamente, possam ser definidos cursos de extensão e ajustes, se necessários, na formatação dos cursos de gestão e de pós-graduação, que atenda as necessidades locais. Estiveram presentes, ainda, o vice-prefeito de Sertânia, Antônio Almeida; Secretária de Educação, Simoni Laet; presidente do SINTEMUSE, Quitéria Neta e o ex-prefeito de Sertânia, José Ivan de Lima. Os vereadores Antônio Henrique Ferreira (Presidente da Câmara), Washington Passos, Niltinho Souza, Tadeu Queiroz, Junhão Lins e Galba Siqueira também prestigiaram o ato. Assim como os professores da UFPE, Sadi da Silva Seabra Filho, Flávio José da Silva, Tatiana Cristina dos Santos Araújo e Roberta de Moraes Rocha, responsáveis pelas apresentações de cada eixo. Esse é o primeiro encontro de extensão e cultura do núcleo e tem uma programação agendada para toda a semana. O encerramento será com o Fórum “Trilhas da Cultura do Inédito-viável no Sertão com Paulo Freire”, que começa na próxima quinta-feira (12/05).

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Avenida Guarrapes

Uma parte da história do Brasil em cada esquina do Recife

*Por Francisco Cunha Desde que a Prefeitura do Recife anunciou, no final do ano passado, a criação do Programa Recentro e do Escritório do Centro que eu me voluntariei para apoiar esse esforço, mais do que meritório, essencial para o futuro da cidade. Pois acredito piamente que não pode existir cidade minimamente desenvolvida com um centro degradado como está o nosso. Ainda mais sendo um centro de cidade tão importante para a história do Brasil como o do Recife! Comecei propondo um roteiro “recosturador” dos fragmentados bairros do Recife, de Santo Antônio e de São José e guiando diversas caminhadas de reconhecimento pelo território do Recentro. E devo confessar que, mesmo para mim que já caminhei provavelmente milhares de quilômetros pela região, foram inúmeras as surpresas. Eu já havia repetido várias vezes, parafraseando Leonardo Dantas Silva, que “O Recife é o museu vivo da história de Pernambuco”. Todavia, não seria demais esticar a imagem e dizer que o centro da nossa cidade é uma espécie de “museu vivo da história do Brasil”. Se não, vejamos, dentre outras singularidades verificáveis, no interior do território demarcado, encontramos: o local da primeira Sinagoga das Américas (Rua do Bom Jesus); a primeira ponte de sua dimensão no País (a Maurício de Nassau, a do “boi voador”, que tinha pelo menos o dobro do seu atual comprimento); o local do primeiro observatório astronômico do Hemifério Sul, construído por Maurício de Nassau (no atual cruzamento da Rua do Imperador com a Primeiro de Março); o prédio do mais antigo diário em circulação da América Latina (Diário de Pernambuco, na “Pracinha do Diário”); uma dos primeiros edifícios com elevador do Brasil (o “Arranha-céu da Pracinha, também na “Pracinha do Diário”); a única avenida totalmente projetada antes de ser construída do Brasil (a Av. Guararapes, em estilo Art Déco); o local onde funcionou o Quartel General da Quarta Frota da Marinha Norte-Americana na 2ª Guerra Mundial (a Frota do Atlântico Sul, na Av. Guararapes); o local demarcado da eclosão da Revolução Pernambucana de 1817 (onde o “Leão Coroado” furou a barriga do marechal português, atual Edifício Seguradora); o local da chegada ao Continente Americano do primeiro voo a cruzar o Oceano Atlântico (tripulado por Gago Coutinho e Sacadura Cabral, na atual Praça 17); o local onde se deu o estopim da Revolução de 1930 com o assassinato de João Pessoa, presidente da Província da Paraíba, e candidato derrotado a vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas (na antiga Confeitaria Glória, no cruzamento das atuais ruas Nova e da Palma); o prédio onde foi instalada a segunda escada rolante da América Latina (na antiga Viana Leal, na Rua da Palma). E olhem que esses exemplos não constituem sequer a vigésima parte do que já tenho anotado como pontos de interesse histórico do Centro do Recife. Isso sem falar do inestimável tesouro barroco/ rococó das igreja e capelas da região, patrimônio histórico do Brasil e do mundo, com sua impressionante e única cantaria em pedra de arrecifes e suas maravilhosas talhas douradas… É esse tesouro histórico, artístico, cultural e humano que os recifenses temos a obrigação geracional de resgatar, valorizar, animar e restituir à cidade, tornando-o novamente desfrutável para os da terra e os de fora. Vamos nos engajar nesse esforço coordenado que está sendo feito. Estamos devendo isto ao Recife, a Pernambuco e ao Brasil!

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centro vivo

Colaboratório #CentroVivo abre inscrições para formação

Buscando desmistificar preconceitos e compreender as vivências da População em Situação de Rua do Recife, o CoLaboratório #CENTROVIVO convida estudantes e profissionais do Design, Comunicação, Assistência Social, Arquitetura, Enfermagem, Direito, Medicina, Ciências Sociais, Psicologia, entre outras áreas que possuam interesse no tema, para participar da oficina que acontece entre os dias 23 e 27 de maio, das 14h às 17h. São 30 vagas gratuitas abertas para uma experiência de caráter imersivo e presencial no Espaço Criadouro (@espacocriadouro), localizado no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife. Na atividade, os participantes irão construir, de forma colaborativa, projetos que desacortinem possibilidades de enfrentamento aos principais desafios vividos por essas pessoas e pelos projetos que as apoiam. Para se inscrever, é preciso ter mais de 18 anos e preencher o formulário (http://bit.ly/colaboratoriocentrovivo) até 18 de maio. É importante que haja disponibilidade do participante em comparecer ao evento nos cinco dias. Mais informações: contato.ceca@gmail.com

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4 hábitos que aumentam a ansiedade e sugam sua energia

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o Brasil tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno. No primeiro ano da pandemia, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%, de acordo com um estudo recente da OMS. “Se já não bastasse o mundo caótico nos deixando em constante estresse, ainda temos que lidar com nossos próprios desafios, como hábitos e comportamentos adquiridos ao longo da vida e que se internalizam, sendo que muitos deles nos impactam negativamente e nem percebemos. São práticas tão automáticas que já viram rotina, mas vão sugando nossa energia diariamente”, afirma Monica Machado, psicóloga pela USP, fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.   Segundo ela, o primeiro passo é reconhecer os hábitos nocivos, perceber seus efeitos negativos e se prontificar às mudanças. Para isso, a psicóloga listou alguns dos comportamentos que trazem prejuízos na qualidade de vida, mas que podem ser revertidos: Sabotar a hora de acordar Quando você faz isso, inconscientemente quer reivindicar o controle da sua vida, como se pensasse “eu decido a hora de levantar”. O problema é que esse hábito faz você entrar em um modo automático de procrastinação e deixar tudo para mais tarde. É realmente dessa forma que você quer começar seu dia? Levantar assim que o despertador toca interrompe esse processo e ajuda a começar o dia com tempo suficiente e sem correria. “Adotando isso como regra de vida, passamos a diminuir uma tendência de pensar excessivamente sobre cada detalhe, o que muitas vezes nos paralisa, e partir para a ação no momento em que ela nos chama, decisão que fará toda a diferença quando temos metas a cumprir”, diz Monica Machado. Lotar a agenda sem incluir tempo para você Passamos muito tempo envolvidos com detalhes da rotina, do trivial e do outro, o que não só reduz nosso tempo, como desvia a atenção do autocuidado. Se não dedicamos tempo para nós e para o que desejamos, ao final do dia só o que sentimos é um vazio, apesar de termos feito mil coisas. “Bloquear momentos para nós e para nossas prioridades não é egoísmo, é oxigênio para nossa vida. Se cuidamos de nós, estamos mais potentes para cuidar dos outros. Nossos dias passam a ter mais significado e experimentamos a sensação de satisfação por estarmos caminhando rumo ao nosso objetivo, incluindo nós mesmos”. Alimentar pensamentos negativos Quando você define uma lente pela qual enxergará o mundo, seu cérebro começa a captar as coisas sempre focado nela. E sempre que acontece algo que valida essa lente, ele manda sinais para prestarmos atenção naquilo. O resultado é que o pensamento negativo gera resultados negativos, que confirmam nossos pensamentos negativos, nos colocando em um espiral direto para o fundo do poço. Passamos a ver só o que é ruim e o que dá errado. “A boa notícia é que o contrário também é verdadeiro. Se focarmos no lado bom das coisas, temos a tendência de ver o copo meio cheio. Um exercício fácil e poderoso para entrar nesse novo modo é praticar a gratidão. Você pode começar agradecendo diariamente por 3 coisas bacanas que aconteceram no seu dia”, aconselha Monica. Comparar-se aos outros e tentar fazer igual Com as redes sociais nos dando acesso a todas e todos, cair nessa armadilha é muito fácil. Muitas vezes deixamos de ser nós mesmos para tentar agir/ser como alguém que é mais famoso, bonito ou bem-sucedido. Esse é um dos hábitos mais destrutivos que podemos ter. “A comparação e a cópia matam sonhos, paralisam e deixam o mundo mais pobre, pois todos perdem quando um ser humano decide não expressar sua criatividade original. Você nunca será uma melhor versão da pessoa que você copia. O que você faz e fala, o post que você publica, a roupa que você veste, tem que ter a sua cara. Sua força está na sua autenticidade”, finaliza Monica Machado.

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Senado discute projeto que regula produção de energia em alto-mar

(Da Agência Brasil) De autoria do senador Jean Paul Prates (PT-RN), o projeto define regras de outorga para o aproveitamento de potencial energético offshore. A medida vale para empreendimentos situados fora da costa brasileira, como o mar territorial, a plataforma continental e a Zona Econômica Exclusiva (ZEE). O projeto também estabelece diretrizes dando poderes ao órgão regulador e aos agentes para elegerem suas prioridades, conforme as diretrizes políticas de um plano de governo. A audiência pública contou com a presença de representantes do governo e da iniciativa privada. Segundo Gabriela Oliveira, gerente de Desenvolvimento de Energias Renováveis da Shell, o Brasil está entre os quatro países considerados prioritários para investimentos em energias renováveis onshore (gerados em terra firme). “Com a consolidação do nosso marco regulatório, espero que o Brasil se encontre também como um dos países prioritários para o investimento offshore. O potencial eólico offshore deve ser visto como uma nova fonte de energia para o Brasil. Uma fonte limpa, que possibilita diversos usos finais de energia. Não só a elétrica, mas também o hidrogênio verde e a amônia renovável”, afirmou. O gerente de Desenvolvimento de Negócios da Ocean Winds, José Partida Solano, defendeu que a legislação leve em conta investimentos já realizados pelas empresas privadas e que a remuneração da União - originalmente prevista de 3% a 5% - seja limitada a 1% ou 1,5%. O diretor de Éolicas Offshore da Equinor para o Brasil e América Latina, André Leite, disse que a empresa norueguesa deve aplicar metade dos investimentos previstos até 2030 em projetos de energia renovável e em descarbonização. Ele defendeu que a legislação brasileira não onere “de antemão” as empresas interessadas em investir no segmento offshore. “Apenas em eólica offshore, serão 23 bilhões de dólares a serem investidos nos próximos cinco anos [em todo o mundo]. O Brasil possui grande potencial. Seria ideal atrelar a remuneração da União ao sucesso do empreendimento. Onerar de antemão um empreendimento, sem que se tenha uma visão clara de sua rentabilidade, pode inibir a participação de empresas que conhecem a complexidade, os custos e os riscos desse mercado”, disse. O advogado Diogo Pignataro, representante do Instituto Brasileiro de Transição Energética, lembrou que a transição para fontes limpas de energia “é uma pauta global”. Para ele, o Brasil pode sair na frente se desenvolver leis seguras e estáveis para o setor. “A energia renovável através da eólica offshore é aquela com o maior potencial de descarbonização por megawatt instalado. O mundo precisará implantar a eólica offshore para substituir a geração baseada em combustíveis fósseis. Agora precisamos no Brasil de estruturas políticas concretas, regras bem definidas e estáveis. Um ambiente estável para seu desenvolvimento”, disse. O representante do Ministério do Meio Ambiente, Eduardo Wagner da Silva, lembrou que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) começou a analisar os primeiros processos para a geração de energia offshore em 2017. Desde então, o número de pedidos abertos no órgão saltou de sete para 54. Na avaliação do secretário-adjunto da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Marcello Nascimento Cabral, já há regulação do tema no Brasil. “Quando o MME começou a desenhar a regulação para offshore, a primeira pergunta que nos fizemos foi: precisamos de lei? Depois de diversas reuniões, entendemos que na verdade a lei não seria necessária para começar, para dar o passo inicial. Depois que o decreto foi publicado, o mercado respondeu de maneira rápida e positiva. Houve um aumento de 40 gigawatts [em processos abertos] no Ibama para mais de 130 gigawatts. Isso demonstra a importância do tema e a receptividade que o mercado teve com o decreto”, disse. Para o senador Jean Paul Prates, o Decreto 10.946, editado pelo Poder Executivo em janeiro, que trata do aproveitamento dos recursos naturais no mar territorial, na zona econômica exclusiva e na plataforma continental a partir de empreendimento offshore, “muito mais confunde do que ajuda”. “O decreto cria um ambiente provisório, precário, burocrático, frágil e contestável. O próprio setor deveria discutir isso mais seriamente, e não ficar embevecido com a rapidez do processo. Vamos regular uma relação de 50 a 100 anos. Não podemos abrir o setor no ano que vem com dois tipos de outorgados diferentes. O decreto é uma regulamentação capenga, fraca. Quem investir por ele estará sob alto risco”, disse. * Com informações da Agência Senado

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Suely de Luna 1

"Há outra cidade colonial por baixo do Recife"

Suely de Luna, historiadora e arqueóloga da UFRPE, conta como são realizados os trabalhos nas escavações da região do Pilar, no Recife, onde foram encontrados dois cemitérios, um da época da ocupação holandesa e outro do Século 19, os vestígios de um forte e várias peças e fragmentos de objetos. Desde março, a mídia tem noticiado a descoberta de verdadeiros tesouros arqueológicos na comunidade do Pilar, no Bairro do Recife. Na região está sendo construído um conjunto habitacional e durante as escavações foram revelados dois cemitérios, dos quais não havia registros, e vestígios do Forte de São Jorge, um dos primeiros da cidade. Também foram encontrados peças e mais de 40 mil fragmentos de objetos. Um verdadeiro quebra-cabeça que profissionais da Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, estão montando para entender melhor o nosso passado e sua influência no presente. Para explicar como é realizado esse trabalho, Cláudia Santos conversou com Suely de Luna, historiadora arqueóloga e coordenadora geral do programa de resgate arqueológico na Comunidade do Pilar. Ela fala da importância dessas descobertas e da possibilidade que proporcionam de transformar a região em ponto turístico, abrindo novas perspectivas de geração de renda entre os moradores locais. Como está sendo o trabalho das escavações no Pilar? Para realizar qualquer projeto de construção no Centro histórico do Recife é necessário que seja feito o trabalho arqueológico, por ser uma área histórica tombada. Uma outra equipe já atuou no local tempos atrás. Em 2015 a prefeitura fez uma licitação pública e a Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, ganhou e, no final daquele ano, começamos a escavação. Eles dividiram a área em quadras (ao todo são cinco quadras) e estipularam que a primeira a ser trabalhada seria onde havia uma parte de um habitacional construído. Concluímos o trabalho nessa área onde foram implantadas obras, como alguns edifícios, creche, escola e o posto de saúde. Essa parte já está entregue à comunidade. À medida em que foi sendo trabalhada cada quadra, tivemos vários achados. É muito material de praticamente todas as épocas, desde o final do Século 16 até o Século 21. Mas a concentração maior é do Século 19, quando houve uma expansão do Recife e aquela região foi mais ocupada por pessoas. Antes no período colonial, era uma área chamada de “fora de portas”, que era o limite do que seria a Vila do Recife, e que começou a expandir no final do Século 18. No Século 19 houve um boom. Foram construídas muitas casas. A Igreja do Pilar é do Século 18 e foi erguida com parte das pedras que eram de uma fortificação. Com as escavações conseguimos localizar uma parte da fundação dela. Era o Forte de São Jorge, que foi o primeiro do Recife. Existiam dois: um ao lado da barra e outro no istmo. Quando houve a invasão holandesa da Companhia das Índias Ocidentais, esse forte se transformou numa enfermaria. Depois que os holandeses foram embora (nós chamamos os holandeses, mas, na verdade, trata-se da Companhia das Índias Ocidentais, que era uma empresa privada) aquela região ficou quase abandonada, o forte ficou sem serventia e houve a doação daquele pedaço de terra para uma pessoa da época. Uma das cláusulas para a doação era que se construísse a igreja que foi a de Nossa Senhora do Pilar. E o que se sabe sobre os esqueletos encontrados? Ninguém sabia, mas no período da ocupação havia um cemitério próximo de onde hoje está a igreja e do antigo forte. Calculamos que que ele seja do final do Século 16 até, pelo menos, meados do Século 17, pelas datações que fizemos de carbono 14. O cemitério tem características bem peculiares, são esqueletos de pessoas de porte alto, que condizem mais com um tipo de europeu do centro da Europa, a região nórdica, do que da península. A maioria, 99% deles, são homens, jovens, de idade militar. Até agora, pelo menos o que a gente conseguiu identificar em campo, é que só há uma mulher e é uma menina relativamente nova, de uns 14 anos, que tinha cerca de 1,75 m de altura, portanto, mais alta do que a média normal das mulheres da colônia. A estrutura desse cemitério também é diferente, há sepulturas com um esqueleto, outras têm dois e existem sepulturas com três esqueletos. Geralmente quando se tem sepulturas duplas ou triplas significa que aquelas pessoas morreram no mesmo dia e que foram enterradas nessa coletividade. Por que eles foram enterrados assim? Qual a causa dessas mortes? São questões que vamos investigar em laboratório. Mas há duas possibilidades. Primeiro, é que foram mortos em enfrentamentos bélicos, talvez uma parte, não todos. Outra grande possibilidade é que morreram em decorrência de alguma epidemia, porque ter sepulturas com duas ou três pessoas significa que foram mortes sucessivas, em períodos extremamente curtos. Mas só os estudos de laboratório, que serão feitos por especialistas na área de bioantropologia humana, é que podem comprovar essa possibilidade. Existia alguma epidemia naquele período? Existiram vários surtos de epidemia desde o período colonial até o período imperial, na verdade, até o Século 20, de doenças como difteria, cólera, e muitas pessoas, na época inicial da ocupação, principalmente, sofriam de escorbuto. Não era uma epidemia, mas uma doença que se desenvolvia por falta de vitaminas. Eram comuns também febres e diarreias crônicas devido à qualidade de água ou de algum alimento contaminado, porque a água não era fácil de ser encontrada. Isso ocorria, principalmente, nos anos iniciais em que os holandeses estiveram no Recife. Eles ficaram ilhados, não tinham acesso a uma água boa, a frutas, a uma alimentação mais rica e isso deve ter causado grandes problemas de saúde. Lembrando que a área era pequena e o contingente de pessoas muito grande para o espaço. Isso a gente encontra nos relatos históricos, como a reclamação dos preços dos aluguéis no Recife, onde se amontoava muita gente, havia muitos soldados mercenários da companhia que não

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