Arquivos Z_Exclusivas - Página 48 De 363 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Manifestações e repressão violenta ligam sinais de alerta

Milhares de pessoas tomaram as ruas do País no último sábado (29) em uma manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro. A cobrança por mais vacinas contra a Covid-19 e as críticas à fome e a crise econômica provocada pela pandemia estiveram no centro das reivindicações. Apesar dos protestos pacíficos, no Recife foram registradas reações violentas da Polícia Militar de Pernambuco, com uso de balas de borracha, bombas de efeito moral e spray de pimenta, deixando alguns manifestantes feridos no ato. A vereadora Liana Cirne (PT) foi uma das agredidas. As agressões tiveram repercussões imediatas nas redes sociais, com duras críticas à PMPE. O governador Paulo Câmara e a vice-governadora Luciana Santos reagiram rápido também à crise, informando em suas redes sociais que a ação não foi autorizada pelo Governo do Estado e que abririam inquérito para investigar o caso. Ainda no domingo, o governador determinou que os feridos nos protestos recebam assistência e indenização por parte do Estado. "Sempre pratiquei na minha condição de governador de Pernambuco, os mesmos princípios que defendo como cidadão e democrata. Repudiamos todo ato de violência, de qualquer ordem ou origem. Sobre o ocorrido durante manifestação no Centro do Recife, na manhã deste sábado, determinei a imediata apuração de responsabilidades. A Corregedoria da Secretaria de Defesa Social já instaurou procedimento para investigar os fatos. O oficial comandante da operação, além dos envolvidos na agressão à vereadora Liana Cirne, permanecerão afastados de suas funções enquanto durar a investigação", afirmou o governador no twitter. Dois alertas ficam acesos com as manifestações. O primeiro é do volume das manifestações contra o Governo Bolsonaro, que pela primeira vez depois do início da pandemia ganham às ruas, mesmo em meio aos riscos da crise sanitária. O ato reuniu milhares de pessoas nas capitais e em várias outras cidades brasileiras em um momento de fragilidade do Governo Federal diante das constatações de negligência na compra das vacinas que estão sendo expostas na CPI do Senado. O outro alerta fica por parte das reações aos movimentos anti-Bolsonaro. A luz amarela para o que pode ser enfrentado em 2022, durante à campanha eleitoral, em termos de violência está acesa.

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"Dá para aplacar a fome e ganhar muito dinheiro com a biodiversidade brasileira"

Num momento em que se discute os caminhos para Pernambuco e o Brasil saírem dessa crise sanitária e econômica, a química de produtos naturais Cláudia Sampaio Lima aponta o uso racional e sustentável da biodiversidade brasileira como solução. Cláudia, que é professora da UFPE, alerta que existe um mundo de oportunidades em bionegócios que podem beneficiar de pequenos produtores às grandes indústrias, mantendo a floresta em pé. Para isso é necessária a união da sociedade, da academia e do governo. E é com essa filosofia que o ITCBio (Instituto Tecnológico das Cadeias Biossustentáveis) foi criado. Nesta conversa com Cláudia Santos, Cláudia Lima que é diretora do instituto, fala dos projetos da entidade, analisa os gargalos da inovação no País, cuja iniciativa privada não costuma investir em pesquisa, e aponta saídas com a bioeconomia. Na sua opinião quais os principais gargalos para o desenvolvimento da inovação no Brasil e, especialmente, em Pernambuco? No Brasil temos um problema muito sério de comunicação entre universidades e empresas. Fora do País, quem investe em inovação é a iniciativa privada. Tive a oportunidade de conhecer alguns centros de pesquisas, tanto na Europa quanto nos EUA, e o que observei é que a inovação é financiada pelas empresas que precisam se colocar no mercado e lançar novos produtos. E quem é que pode colocar as empresas à frente do mercado? São as universidades, são as cabeças pensantes que trabalham fazendo pesquisa básica, mas também pesquisa aplicada. Existe uma preocupação dos governos no exterior de também incentivar a pesquisa pública. Mas no Brasil, o que acontece é que o governo financia tudo: pesquisas básica e aplicada. Por que São Paulo tem um nível de comportamento empreendedor mais arrojado que as outras cidades brasileiras? É porque lá as universidades são financiadas pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), existe um polo industrial muito forte e uma parte dos impostos das empresas vão para essa fundação, para as universidades, para financiar projetos de pesquisa. Ou seja: impostos são revertidos em ciência e inovação. O que impede uma maior participação da iniciativa privada nos investimentos de ciência e pesquisa e da academia em atuar com inovação com as empresas? Professor universitário tem a mania de achar que a sua pesquisa é a coisa mais importante do universo. Eles pensam algo como: “quem tiver interesse que venha até a mim porque eu tenho vários artigos publicados em revistas nacionais e internacionais”. Só que a comunicação dessa forma não funciona. Por outro lado, as empresas têm muita pressa, não financiam pesquisa básica, eles querem a solução pronta, não entendem que existem pesquisas que estão patenteadas, que levaram 15 anos, com muita gente trabalhando. É aquela história de tentativa e erro, tentativa e acerto. E, muitas vezes, a pesquisa leva 15 anos porque os recursos são minguados, não há como pagar uma equipe. Por que outros países do Brics, como a Índia, Rússia, China, desenvolveram vacinas contr a Covid e o Brasil, não? Ouvi uma frase, já conhecida, que me bateu muito forte esta semana: brasileiro tem síndrome de vira-lata. Não valorizamos o trabalho local. Será que o Brasil não tem condições de desenvolver a vacina? Ele tem e já tinha há muito tempo. E por que o Brasil não estava fabricando vacina e o IFA (insumo farmacêutico ativo)? Por falta de incentivos. Fazia-se o feijão com arroz, e muito bem- -feito, porque erradicamos muitas doenças com vacinas do Instituto Butantan, da Fiocruz. Veja, eu tenho mestrado e doutorado em farmácia, faço palestras há muito tempo sobre insumos naturais nas quais sempre digo: se houvesse um bloqueio internacional, o País iria morrer doente. O que é o ITCbio? O instituto foi concebido dentro da UFPE, com trabalhos multidisciplinares. Todavia, não foi muito bem na universidade porque um grupo de professores ficou incomodado com essa situação de a pesquisa ser levada para a sociedade. Eu digo para meus alunos: “temos a obrigação de devolver para a sociedade os investimentos que ela fez em nós porque o meu salário e a universidade de vocês quem paga é a sociedade”. Como a gente pode retribuir, ao menos, minimamente, esse investimento? É fazendo ciência de qualidade e levando para a sociedade. Com esse pensamento, aprovamos dois grandes projetos com a Sudene, envolvemos num deles mais de 60 pessoas e atuamos em três Estados – Pernambuco, Bahia e Piauí – com projetos colaborativos. Foi a partir deles que nasceu o ITCbio (Instituto Tecnológico das Cadeias Biossustentáveis). Focamos em bioeconomia. A proposta do ITCbio é atender a sociedade, sem discriminações, desde agricultores familiares que precisam de um apoio em inovação até grandes indústrias. A sociedade é quem precisa de ciência, tecnologia e inovação e a partir dessa demanda, o ITCbio busca, com especialistas das universidades e dos institutos de pesquisas, ferramentas para resolver os problemas demandados. Sempre digo que ao se reunirem três ou quatro pessoas de áreas distintas para analisar um mesmo problema, cada uma terá um toque diferente. Se você consegue trabalhar de forma colaborativa, ouvindo todos os parceiros, você consegue uma solução muito mais ampla. A essência da bioeconomia é utilizar ferramentas científicas tecnológicas para apoiar cadeias produtivas sustentáveis, desde o básico, a produção do alimento, do bioinsumo até o consumidor final, passando pelas empresas. Você poderia falar um pouco dos projetos que desenvolvem? Temos uma diversidade grande de projetos. Vou falar de um simples, mas que promoveu uma diferença para a sociedade: o Jequiá Sustentável. O Jequiá é uma área do Recife que tem a única torre intacta de atracação do Zepelim do mundo. Existem três comunidades com vulnerabilidade socioeconômica muito alta que habitam o entorno do parque, que tem um conteúdo histórico fabuloso, mas, por não ter investimento, parecia um local abandonado. O que as pessoas fazem com um terreno que parece abandonado? Normalmente jogam lixo. Fizemos um trabalho nas comunidades e instauramos hortas suspensas de espécies orgânicas e medicinais junto com a Secretaria de Meio Ambiente do Recife. Elas eram suspensas porque, dessa forma, ficam protegidas de animais, e o

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Projeções em São Paulo e Recife marcam o primeiro ano da morte do menino Miguel

Da Change.org Brasil “O resto da vida sem meu filho”. “Justiça por Miguel”. "Vidas negras importam". Quem passar pela Consolação, em São Paulo, ou pelo Recife Antigo, a partir das 18h, de amanhã, dia 1º, verá essas e outras frases projetadas em alguns dos prédios da região. A ação marca o primeiro ano da morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, que tinha apenas cinco anos de idade quando caiu do 9º andar de um prédio de luxo na área central de Recife, Pernambuco, no dia 2 de junho de 2020. A história chocou o país. A ação é organizada pela maior plataforma de abaixo-assinados online e webativismo do mundo, Change.org. A manifestação tem como objetivo que o caso não caia no esquecimento, além de ser também uma forma de pressionar a justiça a avançar no caso da morte de Miguel, que tramita no Tribunal de Justiça de Pernambuco e está permeado por irregularidades. A projeção em Recife terá a presença de Mirtes Renata Santana de Souza, mãe de Miguel. Fotos do menino também serão exibidas. “Esse primeiro ano está sendo bem difícil sem o Miguel, mas a gente vai levando, tentando sobreviver, ocupando a mente para não lembrar dos momentos ruins”, conta ela. “Esse ato vai ajudar a pressionar a justiça. O que está acontecendo no processo da morte do Miguel é um desrespeito à memória do meu filho”, lamenta Mirtes. Em Recife, a projeção acontecerá na Av. Rio Branco 162, no Recife Antigo. Em São Paulo, poderá ser visualizada na Rua da Consolação 753, na Consolação. Ambos, das 18h às 19h. "Esse um ano sem justiça sobre a morte do menino Miguel escancara o racismo e o abismo social em que vivemos. A dor de uma mãe e a vida de uma criança negra simplesmente não são consideradas pela Justiça”, ressaltou Monica Souza, diretora executiva da Change.org Brasil. "A petição foi criada na nossa plataforma um dia após a morte de Miguel e chegou à marca de 1 milhão de assinaturas em apenas um dia. Em 48 horas, já havia dobrado de tamanho. O abaixo-assinado é o maior já criado sobre um tema racial em toda a história da Change.org no Brasil. Mirtes Renata se tornou coautora do abaixo-assinado com o objetivo de intensificar a pressão nas autoridades para uma conclusão rápida e isenta do caso, com a adoção das medidas criminais, cíveis e trabalhistas cabíveis, bem como para protestar contra os injustificáveis meses de lentidão da Justiça”, disse Débora Pinho, coordenadora de campanhas na Change.org Brasil. A CHANGE.ORG A Change.org hospeda, desde junho do ano passado, um abaixo-assinado criado pela jovem Dani Brito e pela mãe de Miguel, Mirtes, pedindo justiça por Miguel: Change.org/JusticaPorMiguel. A petição tem mais de 2,8 milhões de assinaturas. A CHANGE.ORG A Change.org nasceu há 14 anos a partir do desejo de empoderar cidadãos para gerar mudanças a nível local e global. Desde então, as pessoas descobriram uma nova maneira de criar mobilizações, reunir apoiadores e convencer políticos e autoridades sobre a necessidade de transformar realidades na sociedade.

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Setor de Construção Civil cresce em 2021 e gera milhares de empregos

A evolução do emprego formal na construção civil, com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foi de 106 mil no fim de 2020. Já superou 113 mil em março deste ano, mantendo boas perspectivas para todo primeiro semestre. Este é um dos setores que mais empregam no País. O setor participa com 6% do PIB (Produto Interno Bruto), podendo atingir participação superior a esta taxa neste ano. Em abril, utilizando os dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas), foi registrada forte e importante reversão nos índices de confiança e de expectativas dos empresários que estavam apresentando valores negativos. Fazendo um recorte local, a Rio Ave também está com boas perspectivas. A construtora pernambucana tem conseguido manter os atuais contratados e tem planos de gerar novos postos de trabalho, até final do ano. A expectativa é incrementar o quadro de pessoal em 40% para tocar as obras atuais e executar os novos projetos, previstos até o final do ano. Atualmente, estão sendo erguidos três residenciais em Boa Viagem. Do residencial Terraço Jaqueira, que acaba de ser lançado na Zona Norte, a Rio Ave já vendeu 65% das unidades. Além disso, o crescente interesse das famílias em adquirir um imóvel maior e com mais funcionalidades, o surgimento de novas necessidades para o lar – residir e trabalhar – e também a redução da taxa básica de juros têm ajudado a alavancar o setor. "Somos sempre cautelosos quanto ao volume de lançamentos e temos prezado pelos melhores terrenos e por entregar os melhores produtos. Estamos pautados nos resultados atingidos e confiantes com a movimentação do mercado", disse a diretora de mercado da empresa, Carolina Tigre. Em 2020, a empresa registrou recorde de vendas na história do grupo pernambucano. Os números do Valor Geral de Vendas (VGV) do ano passaram dos R$ 160 milhões. . . Pernambuco Construtora anuncia lançamento do Candeias Prince Beach Home A Pernambuco Construtora volta para um dos bairros mais valorizados da Região Metropolitana com um lançamento: o Candeias Prince Beach Home, um projeto que foi planejado para o estilo de vida praiano, de acordar e correr no calçadão, depois curtir o mar e o sol e finalizar o dia na piscina, curtindo os espaços de lazer como continuação da praia em casa. A novidade, com lançamento programado para este mês, terá unidades com preço a partir de R$ 430.000,00. “Candeias é um bairro com os qual temos uma forte relação, inclusive já entregamos empreendimentos incríveis na vizinhança, como o Piedade Prince e o Acqua Prince, em Piedade, e o Porto Prince, na beira mar de Candeias. Os três foram sucesso de vendas já no lançamento”, explica Mariana Wanderley, diretora-executiva da Pernambuco Construtora. O Candeias Prince terá duas torres de 21 andares com 3 apartamentos por andar, totalizando 126 unidades, com metragem 66,75m². A área total do terreno é de 2.610m². . . Senado aprova prorrogação de isenção no IR para venda de imóvel (Da Agência Brasil) O Senado Federal aprovou uma proposta de prorrogação da isenção do pagamento de Imposto sobre a Renda relativo ao ganho de capital nos casos de compra de imóvel residencial com o dinheiro da venda de outro imóvel residencial. Para obter essa isenção, o intervalo entre a venda de um imóvel e a compra de outro não poderá exceder a data de 31 de dezembro de 2021. Essa isenção, originalmente de 180 dias, já existe e o objetivo é prorrogá-la enquanto persiste a pandemia de covid-19 no Brasil. A ideia é estimular o setor imobiliário e contribuir para que o valor da venda de um imóvel seja usado para a compra de outro, mantendo o setor aquecido, sobretudo em um período de crise econômica. O projeto segue agora para a Câmara dos Deputados.

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Agreste vive pior momento da pandemia

Da Secretaria Estadual de Saúde Os últimos indicadores epidemiológicos apontam que o Agreste de Pernambuco vivencia, atualmente, o seu pior momento de toda a pandemia da Covid-19. Em análise dos indicadores epidemiológicos da última semana e dos 15 dias anteriores, divulgada nesta quinta-feira (27/05), a 2ª macrorregião de Saúde registrou um aumento de 35% em apenas uma semana e de 55% em 15 dias nas solicitações de vagas de UTI para pacientes suspeitos ou confirmados para a doença na região. O cenário na localidade já está repercutindo, inclusive, nas outras macrorregiões. Enquanto o Agreste registrou aumento de 35% e 55% nos pedidos de vagas de terapia intensiva na última semana e nos últimos 15 dias, o Estado inteiro notificou, no mesmo período, crescimento de 15% e 18% nas solicitações, respectivamente. “O Agreste vive, hoje, seu pior momento em toda pandemia, passando por uma situação de extrema gravidade. Nenhum sistema de saúde consegue suportar a velocidade de crescimento de demanda que observamos na região nesta última semana. A saturação da rede de saúde por lá já está repercutindo para as outras macrorregiões, gerando uma fila crescente na solicitação de vagas nos serviços”, alertou o secretário estadual, André Longo, durante coletiva de imprensa online na tarde de hoje. As análises epidemiológicas apontam, ainda, que, em relação aos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), Pernambuco teve um aumento de 17% nas notificações em uma semana e de 22,5% em 15 dias. No mesmo período, a 2ª macrorregião de Saúde registrou aumento de 20% e 48%, respectivamente. O secretário falou, ainda, que o Governo de Pernambuco também está atento à situação da Região Metropolitana e da Zona da Mata, já que a I Macrorregião de Saúde, em uma escala menor, também registrou dados preocupantes, com aumento de 9% nas solicitações de UTI em uma semana e de 9,8% em 15 dias. Além de crescimento de 15% e 16,7% nas notificações de SRAG em uma semana e 15 dias, respectivamente. Longo lembrou que, além de respeito às medidas restritivas, é preciso uma mudança de comportamento da população. “Infelizmente, não aprendemos a conviver bem com o vírus. Até “rave” foi registrada no final de semana. E é por atitudes irresponsáveis como estas que voltamos a ter aceleração da doença. Precisamos reverter esta situação, o que só será possível com o engajamento e conscientização de todos. O curso da pandemia está em nossas mãos. Vocês podem contar com o trabalho diuturno do Governo de Pernambuco para salvar o máximo de vidas possíveis. E não hesitaremos em ampliar as medidas restritivas, se necessário. Nossas atitudes serão determinantes para o futuro e o controle da pandemia”, alertou.

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UFPE discute estratégias para criação de vacina contra a Covid-19 em Pernambuco

Da Ascom da UFPE Apresentar as estratégias que estão sendo desenvolvidas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para a criação de uma vacina contra a Covid-19. Este foi o objetivo de reunião ocorrida nesta semana entre o reitor Alfredo Gomes, o vice-reitor Moacyr Araújo, o secretário Estadual de Saúde de Pernambuco, André Longo, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (Secti), Lucas Ramos, e pesquisadores da UFPE. O trabalho de desenvolvimento das estratégias vacinais contra a Covid-19 foi apresentado pelo professor Antônio Carlos de Freitas, coordenador do Laboratório de Estudos Moleculares e Terapia Experimental (Lemte), do Departamento de Genética da UFPE. Entre outros pontos, ele falou sobre o trabalho do grupo, que estuda o uso de leveduras como elemento de transporte das vacinas de DNA ou RNA contendo o antígeno, o que potencializaria a resposta imunológica do organismo. Outra estratégia vacinal estudada pelo laboratório é a alteração da estrutura da levedura, de forma a associar um pedaço da estrutura genômica da Sars-CoV-2 na parede da levedura. O professor apresentou ainda os aportes financeiros necessários para a evolução do estudo, incluindo a aquisição de equipamentos, bolsas de estudo e o avanço para a fase de testes pré-clínicos e clínicos. “A ideia é que a gente possa dar um salto de qualidade do ponto de vista de evolução das capacidades que a Universidade tem de desenvolvimento. Então, a possibilidade que nós temos hoje nos permite pensar em uma estrutura que pode atender a Covid, mas, mais do que isso, ela vai ser uma estrutura que vai ser benéfica para o povo pernambucano do ponto de vista das outras doenças que ele é acometido, a exemplo da chicungunha, que teve um aumento de 191% no número de casos”, afirmou Antônio Carlos de Freitas. INVESTIMENTO – Na avaliação do secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, é de grande importância o investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação de modo a suprir as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). “Junto com a Secretaria de Ciência e Tecnologia, a Secretaria Estadual de Saúde vai procurar fomentar essa pesquisa, porque ela tem um futuro interessante no desenvolvimento de plataformas que podem resultar em vacinas para atender a população. Foi uma grata surpresa saber que a gente já tem uma estrutura montada e uma plataforma muito bem pensada que podem resultar numa vacina pernambucana”, disse. “A gente acredita e quer contribuir para que esse projeto possa resultar num produto para a população de Pernambuco”, completou André Longo. “Me coloco à inteira disposição para a gente encontrar caminhos para parceirizar. Precisávamos ter esse encontro para enxergar a oportunidade incrível que bate em nossa porta”, avaliou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (Secti), Lucas Ramos. “A UFPE está empenhada em fazer parcerias para fortalecer as pesquisas estratégicas para o desenvolvimento de vacinas aqui na Universidade e no estado de Pernambuco. Essa tem sido uma ação de articulação por meio da qual já conversamos com o Governo do Estado e estamos conversando com o Ministério Público e também com outros parceiros para viabilizá-las”, disse o reitor Alfredo Gomes. “A produção de uma vacina no contexto que temos atualmente é fundamental para o enfrentamento à Covid-19, mas também para preparar o estado, por meio de sua plataforma de trabalho e pesquisa, para o enfrentamento de outras doenças e situações”, completou. Para o vice-reitor Moacyr Araújo, é preciso ser audacioso. “Nós temos uma coincidência de fatores aqui hoje de capacitação científica e tecnológica, de equipamentos e história científica acumulada que faz com que nós não possamos nos dar ao luxo de perder essa oportunidade”, avaliou. “O Governo do Estado tem um papel importante, assim como a Universidade, e não vamos perder essa oportunidade de ouro para a saúde dos pernambucanos”, completou Moacyr, que também é coordenador do Grupo de Trabalho para Enfrentamento da Covid-19 (GT Covid-19) da UFPE.

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Confira os novos grupos prioritários autorizados para vacinação em Pernambuco

Do Governo de Pernambuco O governador Paulo Câmara anunciou, nesta quinta-feira (27.05), que o Estado vai avançar na imunização contra a Covid-19, com a vacinação de todos os grupos prioritários previstos no Plano Nacional de Imunização (PNI) e de pessoas com 59 anos de idade. Segundo o governador, a partir de agora trabalhadores da educação, motoristas e cobradores do transporte público, agentes penitenciários, entre outras categorias, já podem começar a ser vacinados. “Nossa luta contra a Covid-19 vai entrar numa nova fase. Ajustamos nosso plano estadual de imunização, pactuamos com as secretarias municipais de saúde e vamos acelerar a vacinação da nossa população. Estamos autorizando todas as prefeituras pernambucanas a iniciar, a partir de hoje, a imunização de todos os grupos prioritários previstos no PNI”, informou Paulo Câmara. De acordo com o governador, o Estado continua empenhando esforços para otimizar ao máximo os estoques de vacinas que permitam avançar o mais rápido possível e alcançar mais pessoas, inclusive reduzindo a faixa etária, que estava em 60 anos. “Vários países do mundo, que estão com a imunização avançada, já mostraram que é possível superar essa pandemia e retomar o crescimento econômico e o convívio social”, explicou. O agendamento dos novos grupos prioritários e o avanço para a faixa etária de 59 anos de idade estão devidamente autorizados e serão organizados de acordo com o esquema de cada município. Grupos prioritários já autorizados: Pessoas com 60 anos ou mais abrigadas em instituições Pessoas com Deficiência abrigadas em instituições Povos indígenas Trabalhadores de Saúde Pessoas com 60 anos de idade ou mais Povos e Comunidades tradicionais Quilombolas Pessoas com comorbidades e gestantes e puérperas com ou sem comorbidades Pessoas com Deficiência Permanente Forças de Segurança e Salvamento Trabalhadores de Transporte Aéreo Trabalhadores Portuários Autorizados a partir de hoje: Pessoas com 59 anos ou mais (nova faixa etária autorizada em Pernambuco) Trabalhadores da Educação do Ensino Básico (creche, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA) Trabalhadores da Educação do Ensino Superior Forças Armadas Trabalhadores de Transporte Coletivo Rodoviário de Passageiros Trabalhadores de Transporte Metroviário e Ferroviário Trabalhadores de Transporte Aquaviário Caminhoneiros Trabalhadores Industriais Trabalhadores da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos Funcionários do Sistema de Privação de Liberdade População Privada de Liberdade Pessoas em Situação de Rua (18 a 59 anos)

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Impactos socioeconômicos da pandemia no país foram maiores que em outros, diz pesquisa

Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre os impactos socioeconômicos ocasionados pelos altos índices de mortes e desemprego, durante o primeiro ano de pandemia da Covid-19, trouxe à tona dados alarmantes. Neste panorama, o Brasil foi o mais afetado no comparativo com demais países, os quais também tiveram os números da pandemia analisados. Os economistas do Ipea compararam os dados coletados pela Organização Mundial de Saúde e também pela Organização Internacional do Trabalho. Na pesquisa, a equipe observou que, proporcionalmente, o quantitativo de mortes registrado foi 89,3% superior, em comparação a outros 178 países. O índice de pessoas desocupadas, ou seja, que perderam o emprego em 2020, foi maior que os 84,1% registrados em 63 países, segundo os dados da Organização Internacional do Trabalho. “São dados preocupantes, pois significa que entre os 179 países com algum registro de morte por Covid-19 em 2020, de acordo com a OMS, o Brasil aparece com a 20ª maior proporção de sua população vitimada, colocando-o na lista dos mais atingidos do mundo em perdas de vidas e de emprego. Considerando que mais de 90% do total de empresas são representadas pelos pequenos negócios, que também são responsáveis por pelo menos 52% dos empregos formais no Brasil, é possível entender o estrago que a pandemia causou e vem causando na economia local”, afirma Werson Kaval, professor de MBA e Pós-Graduação nas áreas de Empreendedorismo, Inovação, Planejamento Estratégico e Gestão de Negócios/Startup’s do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE). Desemprego elevado Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que desde que a pandemia do novo Coronavírus chegou ao Brasil, em torno de 716.000 empresas fecharam as portas, principalmente ao se verificar que estas empresas não tinham estratégicas planejadas e preparadas para enfrentar uma Transformação Digital, que foi o melhor, e talvez o único caminho, para se manter no mercado. “A queda da atividade econômica levou à necessidade de criação de estímulos econômicos e programas assistenciais para reduzir os efeitos da pandemia, elevando o nível de endividamento do país. Em contrapartida, foram abertos mais de 2,6 milhões de MEI’s (microempreendedores individuais), em 2020, o que reafirma a força e importância dos pequenos negócios para o país, além de serem um dos pilares da retomada após o fim da Pandemia do Covid-19”, destaca o professor.

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PE ultrapassa marca de 10 mil profissionais da saúde chamados para atuar na pandemia

Do Governo de Pernambuco Em mais um esforço para qualificar a assistência aos pacientes com Covid-19, o Governo de Pernambuco autorizou a ampliação de vagas em seleções simplificadas da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), possibilitando o chamamento de mais 828 profissionais, entre médicos e outros trabalhadores da saúde, para atuar em unidades sob gestão estadual espalhadas em todas as regiões do Estado. Além disso, também foi anunciada a nomeação de mais 6 novos profissionais de saúde aprovados em concurso público para reforçar o quadro do Hospital Regional Dom Moura (HRDM), em Garanhuns, no Agreste pernambucano. A lista dos aprovados em concurso e a autorização de ampliação de certames simplificados foram divulgadas no Diário Oficial do Estado (DOE). Com o novo quantitativo, o Governo de Pernambuco já convocou mais de 10 mil profissionais para atuar no enfrentamento à pandemia da Covid-19 no Estado, sendo 3.267 profissionais aprovados em concurso público e outros 7.863 aprovados por meio de seleções simplificadas. Para o Hospital Dom Moura, foram convocados quatro médicos clínicos e dois fisioterapeutas em terapia intensiva. Já nos próximos dias, a unidade deve colocar em funcionamento mais dez leitos de UTI para atender os casos suspeitos e confirmados do novo coronavírus, reforçando o quantitativo de vagas no Agreste pernambucano. A partir da publicação em DOE, os candidatos terão o prazo de cinco dias para tomarem posse e 48h, após a posse, para se apresentarem no local de exercício funcional comunicado pela SES-PE. Já os 828 profissionais classificados em seleções simplificadas da Secretaria, sendo 491 profissionais de diversas áreas de nível superior, 283 de nível médio e 54 médicos, começaram a ser chamados hoje. Eles estão divididos nas seguintes categorias: médico (cirurgião, clínico geral, coloproctologista, intensivista, neonatologista, neurocirurgião, pediatra, tocoginecologista, traumato ortopedista e urologista) assistente social, biomédico, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo, técnico de enfermagem, técnico de laboratório e técnico em radiologia. Os aprovados serão encaminhados para serviços espalhados pela I (Recife), II (Limoeiro), IV (Caruaru), V (Garanhuns), VII (Salgueiro), XI (Serra Talhada) e XII (Goiana) Gerências Regionais de Saúde (Geres). “O investimento em recursos humanos é uma das principais estratégias no enfrentamento à Covid-19 e o Governo de Pernambuco tem atuado fortemente nessa frente. Com a abertura de novos leitos nas unidades de saúde, principalmente nas regiões que registraram maior aumento de casos, como o Agreste, é essencial ampliar também o número de profissionais envolvidos nas ações de assistência e vigilância”, pontua o secretário estadual de Saúde, André Longo.

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"A Transnordestina seria muito útil para o transporte de frutas"

A pandemia não arrefeceu o mercado de frutas. Pelo contrário, no primeiro quadrimestre deste ano o volume de mangas exportadas cresceu 24%, quando comparado com o mesmo período de 2020, e o de uvas, nada menos que 93%, segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O consumidor, em meio à crise sanitária, passou a adotar hábitos mais saudáveis, como incluir frutas na sua dieta diária. Ressalte-se que 90% da uva de todo o Brasil que é comercializada para o mundo sai do Vale do São Francisco, e 93% da manga também. Para falar sobre este bom momento da fruticultura, Cláudia Santos conversou com o presidente da Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados) Guilherme Coelho. Esse bom desempenho não significa que os fruticultores do Vale estão colhendo apenas boas notícias em seus negócios. Eles enfrentam alguns gargalos como a infraestrutura do escoamento da produção, que poderia ser mais fácil e com menor custo se fosse realizada pelo modal ferroviário. Confira a seguir a entrevista. Quais as consequências que a pandemia trouxe para setor de fruticultura? Graças a Deus, a pandemia não afetou diretamente o setor de fruticultura do Brasil, nós continuamos trabalhando, porque o agro não pode parar, fornecendo alimentos para o Brasil e o mundo. Como está a exportação de frutas? A perspectiva deste ano é muito boa, nós estamos muito animados. Essa semana saiu um dado da Conab/Mapa (Ministério da Agricultura), que diz que no primeiro quadrimestre deste ano, nós crescemos cerca de 22% o volume de frutas exportadas e 32% em volume em dólar no Brasil. Neste mesmo período, foram 44 mil toneladas de manga e 12 mil toneladas de uvas exportadas, sendo que 90% da uva de todo o país que é comercializada para o mundo sai do Vale do São Francisco, e 93% da manga também. Então, estamos muito animados, entendendo que o mundo está  consciente de que a fruta é um alimento muito saudável e o consumo de fruta continua aumentando cada vez mais. Além da manga e da uva, quais são as outras frutas com potencial de grande produção e comercialização no Vale do São Francisco? Aqui se destacam a manga, como a fruta mais exportada, e a uva, que passou por grandes transformações nos últimos cinco anos no que diz respeito às novas variedades – uva branca, uva negra, uva vermelha – que têm despontado muito bem lá fora. O que tem crescido bastante aqui, no Vale do São Francisco, é o melão, hoje são 1.5000 hectares dessa fruta, que não é exportada, é vendida no mercado interno. Mas também tem crescido o mercado da acerola, da goiaba, do coco. Como tem sido o processo de produção para seguir os protocolos de segurança? É muito importante dizer que, para uma fazenda exportar fruta, ela tem que ter vários certificados internacionais. Então, é o certificado social para saber quem são os trabalhadores rurais, como eles trabalham, se usam EPI (que é o equipamento de proteção individual), se têm carteira assinada, se existem bons tratos para com essas pessoas, se há transporte adequado e tudo mais. Temos também certificações que tratam do manuseio do alimento, da fruta. Temos ainda certificados que falam da sustentabilidade. Então, em relação a isso, os consumidores no Brasil e no mundo podem ficar tranquilos, porque nós temos todos os certificados e as frutas são produzidas em ambientes sustentáveis. Como estão as vendas para o mercado interno? Nós somos o terceiro maior produtor de frutas do mundo e temos um mercado interno muito forte. A Organização Mundial de Saúde sugere que cada habitante do mundo coma cerca de 150 quilos de fruta por ano. No Brasil, o consumo é de 50 quilos de frutas/habitante ano, e precisamos cada vez mais melhorar. Com a pandemia e a conscientização de que a fruta é um alimento saudável, eu acredito que está crescendo a cada dia o consumo. Como vai a indústria de sucos de frutas no Vale? Em relação a essa indústria, temos várias empresas aqui de suco de uva, que é um suco fantástico, muito aceito no Brasil inteiro e no exterior, e eu creio que vem sempre crescendo. Existem também muitas indústrias de polpa de frutas, produzidas por agricultores familiares e pequenos agricultores, e de envasamento de água de coco que gera muito emprego e renda. Como está a infraestrutura de escoamento das frutas? Logo no começo da pandemia, houve uma paralisação dos aviões de passageiros para o exterior, principalmente para a Europa, e é muito importante dizer que a grande quantidade de fruta exportada por via aérea vai nos porões nos aviões de passageiros. Mas isso logo normalizou, essas frutas não foram perdidas, foram transferidas tanto para o mercado interno, como também enviadas de navio. Então, isso não houve nenhum prejuízo em relação a essa questão. O que a gente sofre bastante – e o Ministério da Agricultura tem trabalhado neste sentido – é quantidade insuficiente de fiscais agropecuários nos portos e aeroportos. A gente efetivamente precisa de mais fiscais porque, muitas vezes, existe uma demanda de contêiner para embarcar em tal porto e essa fiscalização não ocorre na rapidez e eficiência que a gente precisa. Mas o governo está tomando essas providências. Quais os gargalos que o setor enfrenta para crescer ainda mais? Um dos gargalos é o fato de algumas regiões do Brasil ainda não estarem livres da mosca da fruta [praga que ataca as plantações de fruticultura]. E isso impede algumas exportações, principalmente para os Estados Unidos, sendo necessário algum tratamento. Aqui, no Vale do São Francisco, o tratamento hidrotérmico da manga tem um custo maior e a fruta não sai com a qualidade que nós esperávamos. Mas, o governo brasileiro, através do gabinete de Segurança Institucional, está trabalhando bastante em irradiação de frutas, que é como se fosse um escâner que passa pelo palete onde está a fruta e, com isso, resolve-se qualquer dificuldade que tenha em relação a uma larva de mosca da fruta e também de outras

"A Transnordestina seria muito útil para o transporte de frutas" Read More »