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Não é fácil envelhecer

Por Manu Siqueira A internet está cheia de depoimentos maravilhosos de mulheres 50+ romantizando o envelhecimento. Mas a verdade é que não é fácil envelhecer. É natural. Por isso, em vez de romantizar, eu prefiro normalizar essa etapa que, por sorte, pode acontecer em nossa vida. Sim, envelhecer pode ser enriquecedor para o crescimento pessoal, emocional e intelectual, mas não é uma regra. Há muitas pessoas mais velhas que continuam imaturas, impulsivas e sem compostura. Como dizia Nelson Rodrigues: “Os canalhas também envelhecem.” É sempre bom lembrar. “Os canalhas também envelhecem”, Nelson Rodrigues Envelhecer para as mulheres é ainda mais difícil. Além das cobranças estéticas, lidamos com a queda de hormônios, causada pela menopausa, e que atinge diretamente o nosso bem-estar e a nossa qualidade de vida. Eu ainda não tive saudade da minha juventude. Ou melhor, não lembro! Ah! Outra coisa que a menopausa te dá: esquecimentos corriqueiros. Enfim, acho que ainda não tive saudade da minha juventude, mas sei que esse dia está perto de chegar. E não falo isso com certo amargor. Não! Falo isso com gratidão, pois quero preservar dentro de mim, as incontáveis memórias afetivas que tenho dessa época. Faço isso para que a Manu de ontem, cheia de vida e sonhos, viva diariamente na Manu de hoje, aos 48 anos, e mantenha-se pulsante na Manu de amanhã, aos 75. Tenho uma prima que, sempre que nos encontramos, relembramos as nossas aventuras juvenis. É muito gostoso reviver esses momentos com ela. Sou imensamente grata por ter construído essas memórias lindas e divertidas. Porém, percebo hoje que, por imaturidade, fiz, no passado, várias escolhas equivocadas que hoje me fizeram enxergar exatamente os erros que não quero repetir e nem os tipos de pessoas que quero ter por perto. Foi uma grande e nobre lição! Hoje, sou a melhor versão de quem eu já fui um dia. E, apesar de guardar boas recordações da Manu jovem que curtia o Recifolia e dançava até o sol raiar nas boates do Recife (sem dores na coluna), a Manu de hoje enxerga a vida com muito mais clareza e simplicidade. Tenho interesse pelo profundo, pelo que agrega e pelo o que soma. Somente me interessa o bom e o bem. Para o meu corpo e para o meu espírito. E isso já me é o bastante. Afinal, a gente não pode esquecer que envelhecer é manter-se jovem o máximo de tempo possível. *Manu Siqueira é jornalista

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UNIFBV Ambulatório Mulher Integral oferece atendimento gratuito no Recife

Serviços especializados visam garantir saúde e qualidade de vida para mulheres em situação de vulnerabilidade. O Ambulatório Mulher Integral, localizado na Imbiribeira, Recife, disponibiliza atendimento gratuito e especializado para mulheres que necessitam de acompanhamento ginecológico, exames preventivos e orientações sobre saúde reprodutiva. Este serviço, voltado especialmente para mulheres em situação de vulnerabilidade, tem como objetivo garantir acesso à saúde e promover a qualidade de vida, contribuindo para o bem-estar feminino na comunidade. As triagens para atendimento começaram no dia 18 de março e ocorrem às terças-feiras, às 18h30, e às quintas-feiras, às 8h. São oferecidas 10 vagas por ordem de chegada, que incluem aferição da pressão arterial, checagem de sinais vitais e levantamento do histórico de saúde. Com base nessa avaliação inicial, são indicados exames preventivos e agendadas consultas de retorno conforme as necessidades de cada paciente, promovendo um acompanhamento contínuo. Entre os serviços oferecidos estão consultas ginecológicas, exames especulares, pré-natal, planejamento familiar, testes rápidos para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e atendimento focado em menopausa e climatério. Os atendimentos são realizados por alunos e professores da UNIFBV Wyden, com supervisão de especialistas em áreas como enfermagem obstétrica, ginecológica, fisioterapia, nutrição, odontologia, direito e psicologia, assegurando um atendimento multidisciplinar e de qualidade. Andrea Tavares, coordenadora do curso de Enfermagem da UNIFBV Wyden, destaca a importância do ambulatório na assistência à mulher: “A queixa que traz a mulher ao consultório nos permite enxergar suas diversas necessidades, como sinais de violência doméstica, necessidade de planejamento familiar, suporte psicológico e até mesmo ajustes de acessibilidade no lar. Nosso objetivo é oferecer um atendimento integral e humanizado, promovendo o equilíbrio e o bem-estar dessas mulheres.” A iniciativa busca atender a uma demanda frequentemente negligenciada pela rede pública, especialmente em comunidades carentes. As pacientes não precisam de encaminhamento médico e devem comparecer ao ambulatório com documento de identidade e comprovante de residência. O Ambulatório Mulher Integral reafirma o compromisso social da UNIFBV Wyden com a saúde feminina, oferecendo acesso gratuito a serviços essenciais e incentivando a prevenção de doenças. Para mais informações, as interessadas podem comparecer ao ambulatório nos dias e horários indicados.

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Mulheres de baixa renda assumem maior responsabilidade financeira nos lares

Pesquisa revela que mulheres lideram finanças domésticas, mas enfrentam desafios como endividamento e dificuldade de acesso ao crédito Uma pesquisa da Serasa revela que 93% das mulheres brasileiras contribuem financeiramente para o sustento da família, e em 33% dos lares elas são as únicas responsáveis pela renda. A desigualdade socioeconômica, porém, acentua essa realidade: nas classes D e E, 43% das mulheres assumem sozinhas as finanças do lar, enquanto nas classes A e B esse número cai para 18%. No Nordeste, o cenário se repete, com 33,2% das mulheres bancando integralmente as despesas da casa. Além disso, 54,7% apontam a dificuldade de acesso ao crédito como um dos principais desafios para organizar suas finanças, um índice superior à média nacional de 46,8%. Apesar do protagonismo, 90% das entrevistadas afirmam que, além do trabalho fora de casa, precisam lidar com as responsabilidades domésticas. Mesmo assim, muitas veem a conquista de espaço no setor financeiro como uma vitória, e 36% destacam a compra de imóvel e a quitação de dívidas como seus principais objetivos financeiros. A pesquisa, conduzida pelo Instituto Opinion Box, ouviu 1.383 mulheres entre 14 e 24 de fevereiro de 2025. Mais informações podem ser acessadas no site da Serasa (www.serasa.com.br) e pelas redes sociais (@serasa).

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The White Lotus: em qual lado da moeda você está: Daphne ou Harper?

*Por Beatriz Braga Impossível assistir Daphne e permanecer alheio a ela. Impossível assistir The White Lotus 2 e não questionar-se em qual lado do termômetro Daphne-Harper você vive. De um lado, Daphne figura uma versão adulta de pollyana: "eu conheço o mundo e o vejo todo colorido". Com uma inegável esperteza, ela se recusa a ser vítima da sua existência e encontrou os meios para não deixar-se abalar. O que requer coragem, mas não deixa de ser uma falsa ideia de controle. Quem decide trair porque está sendo traída não é livre. Na cena triunfante da conversa com Ethan, ela deixa escapar uma sombra disfarçada: existe dor e tristeza em suas camadas menos superficiais. Apesar disso, ela parece ser a hóspede que mais se diverte e também que está mais confortável em ser quem é. Daphne não vê notícias, não lê, não vota, como se, ao evitar o mundo real, não precisasse assumir as suas próprias profundezas. Resta o true crime, maridos matando esposas na TV de casa, um flerte sádico com a realidade. Já Harper segue outro caminho. Ela questiona, julga, fica obcecada pelo quarto vizinho e está preocupada com o apocalipse. Porém, ao tentar desmascarar a vida alheia, distancia-se do que realmente lhe diz respeito: seu casamento e sua felicidade. Aponta a arrogância e a competição sem notar que tornou-se um exemplo perfeito do seu alvo. Eu não diria que Daphne é, necessariamente, mais feliz, mas certamente vive mais "leve" porque parece ter mais poder sobre suas emoções e escolhas. Do outro, pouco sabemos. Mas sobre nós, The White Lottus tem uma provocação: O que você faz com suas sombras? Você é realmente dono de suas escolhas? Quão protegidos estão os seus castelos? Eu não escolheria viver como Daphne, mas a primeira cena da temporada me deixou atenta: ela sempre teve a garantia da sobrevivência. E aposto que será a única a estar nas Maldivas, na próxima temporada, com seu sorriso constante e seu olhar misterioso. *Beatriz Braga é jornalista e empresária (biabbraga@gmail.com). Ela escreve a coluna Maria pensa assim para o site da Revista Algomais

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Femina Salutem lança espaço especializado na saúde da mulher

Um novo espaço voltado para a saúde da mulher já está funcionando no MedHall Consultórios Inteligentes, em Boa Viagem. O Femina Salum tem à frente as enfermeiras Danielle Nunes, Emanuela Rozeno e Rafaela Nunes, com experiência no atendimento ao público feminino; e conta com uma equipe de parceiros formada por psicóloga, doulas, ginecologista, colposcopista para atendimento completo à mulher. De exame pré-nupcial, ao planejamento da gravidez, com acompanhamentos ao longo da gestação e orientações sobre amamentação. “A gente é mais que uma triagem. Conseguimos avaliar a mulher nos aspectos físico e mental de forma geral e com um acompanhamento mais humanizado”, explica uma das sócias, a enfermeira Danielle Nunes. Segundo Danielle, o Femina Salutem já planeja novos investimentos em programa específico para gestantes, um plano único de pré-natal completo e multiprofissional – incluído exames laboratoriais, nutricionista, psicologia, ultrassonografia, doula no parto e visita pós-parto para orientações sobre amamentação.

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Processos de violência doméstica e feminicídio crescem em 2019

O Brasil terminou o ano de 2019 com mais de um milhão de processos de violência doméstica e 5,1 mil processos de feminicídio em tramitação na Justiça. Nos casos de violência doméstica, houve aumento de quase 10%, com o recebimento de 563,7 mil novos processos. Os casos de feminicídio que chegaram ao Judiciário cresceram 5% em relação a 2018. Os dados estão no Painel de Monitoramento da Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgados nesta segunda-feira (9/3). Para a coordenadora do Movimento Permanente de Combate à Violência Doméstica do CNJ, conselheira Maria Cristiana Ziouva, os dados sinalizam uma mudança de postura das mulheres. “As mulheres estão denunciando os agressores. Elas têm buscado o Poder Público, as delegacias, a Justiça, a Defensoria e têm pedido a concessão dessas medidas. Essa é uma ação importante das mulheres, que não aceitam mais viver uma vida de violência e terror e confiam no Judiciário para buscar a saída.” A quantidade de medidas protetivas concedidas também cresceu. Foram 70 mil medidas a mais do que em 2018, chegando a 403,6 mil no ano passado – aumento de 20%. Em termos absolutos, o estado que mais concedeu medidas protetivas foi São Paulo (118 mil); seguido do Rio Grande do Sul (47 mil) e do Paraná (35 mil). Também foi verificado aumento no número de sentenças em processos: foram 35% de sentenças a mais nos casos de feminicídio e 14% a mais nos de violência doméstica. Justiça pela Paz em Casa Nessa semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, tribunais de todo o país vão movimentar milhares de processos relativos a casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. É a 16ª edição da Semana Justiça pela Paz em Casa, que, além de prever um esforço concentrado para julgamento de processos judiciais, envolve atividades de conscientização e de sensibilização sobre o tema.

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“O silêncio mata, a comunicação salva” em exposição no Plaza Shopping

O Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março (domingo), é uma data marcada pela luta por melhores condições de vida e celebração das conquistas econômicas, políticas e sociais das mulheres. Também é o momento de refletir sobre os desafios a serem enfrentados, como a violência doméstica e sexista, que cada vez mais resulta em feminicídio. Para abordar o assunto, a Prefeitura do Recife, através da Secretaria da Mulher, em parceria com o Plaza Shopping, realiza a exposição “O silêncio mata, a comunicação salva”, que estará aberta ao público de 8 a 22 de março no piso L4 do mall. O objetivo da mostra é esclarecer os visitantes sobre os diversos tipos de violência sofridos pela mulher, indicar onde buscar ajuda e divulgar o LIGA, MULHER (0800.2810107), serviço telefônico de orientação para mulheres em situação de violência doméstica e/ou sexista. “Não se realiza políticas públicas para a mulher isoladamente, por isso essa parceria com o Plaza Shopping é importante para nós. É a partir nessa junção da sociedade civil com o poder público que podemos construir uma política que dê visibilidade à luta das mulheres,” declarou a secretária da Mulher do Recife, Cida Pedrosa.  “Essa exposição que estamos fazendo com o Plaza permite a muitas mulheres o acesso a temas como prevenção à violência, lugares onde pedir ajuda e ajudá-las a entender como devem agir para se isolar do ciclo da violência.” Quem visitar a exposição “O silêncio mata, a comunicação salva” vai poder conferir painéis que destacam os tipos de violência sofridos pela mulher, esclarecendo que ela não é só física. Um grande tabuleiro será montado no chão, revelando como se dá o ciclo da violência. A ideia é mostrar, de forma lúdica, que violência não é brincadeira, não tem tempo, hora e nem limite. Que ela começa com interferências na fala da mulher, passando por regulação sobre o tipo de roupa que veste, obrigação de pedir desculpas por erros do companheiro, que também é violento quando mexe nas coisas dela, controla o dinheiro, xinga, chantageia, persegue, humilha em público, ameaça, isola dos amigos e da família, agride e ameaça, antes de chegar ao ato extremo do feminicídio. A exposição também leva ao público dois conceitos que remetem a comportamentos muito comuns entre os homens e que já se caracterizam como violência: o mansplaining, quando o homem insiste em explicar algo para a mulher subestimando, implicitamente, sua inteligência, referindo-se a assuntos óbvios sobre os quais ela tem domínio; e gaslighting, quando o homem tenta desestabilizar a mulher e ela passa a duvidar de seus pensamentos, percepções e sentimentos. O painel “Palavra Amiga” também fará parte da exposição. Nele, serão oferecidas mensagens de incentivo, empoderamento e força para as mulheres que passarem pela exposição. “É fundamental colocar esse tema em evidência para que cada vez mais mulheres tenham acesso à informação, sejam acolhidas, peçam e recebam ajuda. Toda a sociedade precisa se conscientizar sobre a gravidade desse problema que atinge mulheres de todas as idades e classes sociais”, comentou Zuleica Lira, superintendente do Plaza Shopping. PELO SHOPPING – A escada monumental do Plaza Shopping, que leva o público do Piso L1 para o L2, será ativada com mensagens de empoderamento feminino e reflexão sobre a violência contra a mulher. Os banheiros do mall também receberão adesivos alusivos ao combate à violência e ao Dia da Mulher. Os femininos com frases como “Minha roupa não é convite”, “Sou mais do que atributos físicos” e “Não quero corpo perfeito. Quero respeito”. Já no masculino, as frases convidam os homens a se tornarem aliados na luta pelo fim da violência contra a mulher. NÚMEROS DA VIOLÊNCIA - De acordo com dados da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, 10.543 mulheres foram vítimas de violência doméstica e familiar em 2019 no Recife. Isto significa que, aproximadamente, a cada 50 minutos um caso de violência doméstica foi registrado no ano passado. Dos 198 assassinatos de mulheres, ocorridos no Estado, ano passado, 57 foram classificados como feminicídios. O número é 23% menor que em 2018, quando houve 74 casos do tipo. Embora 2019 tenha sido o ano com menor número de mortes de mulher em Pernambuco desde 2004, enquanto as mulheres forem mortas apenas por ser mulheres, não haverá muito o que comemorar. ACOLHIMENTO E ORIENTAÇÃO – O Centro de Referência Clarice Lispector acolhe e orienta mulheres em situação de violência doméstica e/ou sexista. É formado por uma equipe multidisciplinar com psicólogas, assistentes sociais, advogadas e educadoras sociais, que acolhem mulheres agredidas e encaminham para a rede de proteção à mulher. O Centro ainda dispõe de um espaço lúdico com atividades direcionadas aos filhos e filhas das mulheres atendidas. Todo o atendimento é gratuito e funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 19h. O centro conta, ainda, com o disque-orientação LIGA MULHER (0800 2810107), que funciona de segunda a sexta, das 7h às 19h, e tira dúvidas relacionadas à violência contra a mulher e à rede de enfrentamento à violência doméstica. Em 2019, o serviço recebeu 4.028 ligações, um crescimento de 56,5 % em relação ao ano anterior. Ano passado, 611 mulheres passaram pelo primeiro atendimento e acolhimento no Centro de Referência. Foram realizados 4.060 atendimentos psicológicos, sociais e jurídicos, sendo o maior número de atendimentos psicológicos. O crescimento foi de 38% em relação a 2018. O Clarice Lispector fica na rua Bernardo Guimarães, 470, no bairro da Boa Vista (próximo a Unicap). Serviço: O que: Exposição “O silêncio mata, a comunicação salva” (8 de março – Pelo fim da violência contra a mulher) Onde: Plaza Shopping, Piso L4 Quando: de 8 a 22 de março, no horário de funcionamento do shopping Acesso gratuito

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Feminicídios caem 50% em agosto em PE

Agosto de 2019 teve menos homicídios em relação a agosto de 2018 e tornou-se o 21º mês consecutivo de redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) em Pernambuco. Essa série descendente foi iniciada em dezembro de 2017. Somando os oito primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, a retração das mortes chegou a 21,8%, caindo de 2.913 ocorrências, em 2018, para 2.276, neste ano (diferença de 636 para menos). Com 275 CVLIs, -4,2% em relação a agosto de 2018 (287), o mês passado foi, entre os agostos da série histórica, o menos violento em 5 anos. Ficou acima apenas do oitavo mês de 2014, quando houve 250 crimes contra a vida. Destacaram-se ainda, na análise do mês, a diminuição de 50% nos feminicídios. No mês passado, houve 3 feminicídios, contra 6 em agosto de 2018. Agosto de 2019 foi, junto com fevereiro deste ano, o mês em que menos mulheres foram mortas pela condição do gênero. No acumulado do ano, a diminuição desse tipo de crime chegou a 22,9%, caindo de 48 registros, entre janeiro e agosto de 2018, para 37 neste ano. Ainda no somatório dos oito primeiros meses de 2019, a redução dos homicídios de mulheres chegou a 19,2% em relação à mesma parcela de tempo do ano anterior: caiu de 167 no ano passado para 135 este ano (diferença de -32 mortes). Os estupros também apresentaram redução em agosto. Ao todo, foram 173 ocorrências notificadas no mês passado, contra 231 no de 2018, isto é, -25,11%. No consolidado do ano, a queda é 16,48%, caindo de 1.827, nos oito primeiros meses de 2018, para 1.526, no mesmo período de 2019. Ainda em agosto, as polícias pernambucanas registraram menos queixas de violência doméstica contra a mulher. Ao todo, foram 3.028 denúncias registradas, no último mês, contra 3.376 notificadas em agosto de 2018, ou seja, declínio de 10,31%. “A violência contra a mulher costuma ser silenciosa por ocorrer, na maioria das ocasiões, dentro dos lares, praticada por companheiros ou pessoas muito próximas. Cabe ao poder público promover a conscientização e colocar os serviços de proteção mais perto das mulheres. No ano passado, entregamos a nova sede da Delegacia da Mulher do Cabo e inauguramos uma nova unidade em Afogados da Ingazeira, referência para o Pajeú. Vale ressaltar o trabalho da Patrulha Maria da Penha da PMPE, vigiando e cuidando das mulheres com medida protetiva concedida pela Justiça, e das unidades do IML, descentralizadas e regionalizadas desde o ano passado. Perícias e exames, como o sexológico e o traumatológico, têm sido fundamentais para a devida identificação e punição dos agressores. Mas é preciso que a sociedade também se mobilize, ajude a coibir e denunciar. Não dá pra aceitar ou fazer vista grossa. Estatísticas mostram que, sem a intervenção das autoridades, esse tipo de agressor mantém e avança no comportamento violento até chegar ao fato mais dramático, que é o feminicídio", explica o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua. SERTÃO LIDERA RANKING DE REDUÇÃO NO MÊS E NO ACUMULADO DO ANO – Com uma retração de 28,21% nos crimes contra a vida, o Sertão manteve a liderança no ranking de redução dos homicídios, caindo de 39 ocorrências, em agosto do ano passado, para 28 neste ano. Em seguida, vêm os municípios da Região Metropolitana (exceto a Capital), com uma queda de 19,19% nos CVLIs. Ao todo, foram 80 mortes contabilizadas no último agosto, contra 99 no mesmo período do ano anterior. Na Zona da Mata, a diminuição foi de 17,86% (de 56 para 46 óbitos). Sempre destaque no recuo dessa modalidade criminosa, o Agreste foi a única região a oscilar para cima no número de mortes em agosto. Um acréscimo de 37,93%, subindo de 58 crimes, no oitavo mês de 2018, para 80 no mês passado. No consolidado do ano, o Sertão continua mantendo o destaque na redução dos CVLIs. Ao todo, os municípios da região somaram 251 homicídios, entre os meses de janeiro e agosto de 2019, o que representa uma queda de 26,39% em relação ao mesmo período de 2018, quando foram notificados 341 casos do tipo. Em seguida, vem a Região Metropolitana (exceto a Capital), com um decréscimo de 25%. Ao todo, os municípios da área somaram 663 ocorrências, neste ano, contra 884, nos oito primeiros meses do ano passado. Apesar do aumento registrado no mês passado, o Agreste ainda mantém taxa de retração no consolidado do ano, com 585 crimes contra a vida, -21,69% em relação a 2018, com 747 vítimas. Por fim, a Zona da Mata fecha o ranking, com 21,39% óbitos a menos (de 547 para 430). CAPITAL – Apesar de apresentar um aumento nos crimes contra a vida no mês de agosto, quando foram contabilizadas 41 ocorrências, número 17,14% maior que o mesmo período do ano passado, quando houve 35 casos, o Recife continua com retração no número de mortes no acumulado do ano. Em todo o ano, foram 348 crimes contra a vida registrados na cidade, -11,68% em relação aos 394 crimes dos oito primeiros meses de 2018. DE DROGAS LIDERA MOTIVAÇÕES – O tráfico de drogas e demais atividades criminosas continuam sendo as principais motivações de crimes contra a vida no Estado. Dos 2.276 homicídios registrados nos primeiros oitos meses deste ano, 68,91% foram motivados por envolvimento com o tráfico de drogas, acerto de contas ou outras atividades criminais. Em seguida, vieram os conflitos na comunidade, com 387 (17%). Conflitos afetivos e familiares tiveram relação com 85 casos (3,73%). Latrocínios representaram 3,56% e outras motivações, 2,02%. Já em agosto, das 275 ocorrências, 71,64% tiveram origem no tráfico e outras atividades criminosas. Enquanto isso, os conflitos na comunidade, com 35 casos, foram responsáveis por 12,73%. Conflitos afetivos e familiares tiveram relação com 10 casos (3,64%). Latrocínios representaram 3,27% e outras motivações, 2,18%. (Do blog do Governo de Pernambuco)

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Bolsonaro propõe idade mínima de 62 anos para homem e 57 para mulher

O presidente Jair Bolsonaro disse que a proposta de reforma da Previdência em discussão no governo prevê a idade mínima de 62 anos para os homens e 57 anos para as mulheres com aumento gradativo. Segundo Bolsonaro, seria mais um ano a partir da promulgação e outro em 2022, mas com diferenças de idade mínima de acordo com a categoria profissional e a expectativa de vida. Segundo Bolsonaro, o futuro presidente avaliaria a necessidade de novos ajustes no sistema previdenciário. “Quando você coloca tudo de uma vez só no pacote, você pode errar, e nós não queremos errar”, disse em entrevista ao SBT, a primeira após ter tomado posse. O presidente indicou que as medidas visam principalmente à previdência dos servidores públicos. “O que mais pesa no orçamento é a questão da previdência pública, que terá maior atenção da nossa parte. Vamos buscar também eliminar privilégios”, afirmou o presidente, que descartou aumentar a alíquota de contribuição previdenciária dos servidores, hoje em 11%. Aprovação Bolsonaro disse que a reforma não vai estabelecer regras únicas para todos os setores e todas as categorias profissionais. Citou a expectativa de vida no Piauí, que é 69 anos, argumentando que seria “um pouco forte estabelecer a idade mínima de 65 anos”, como previa o texto da reforma enviado ao Congresso pelo governo do ex-presidente Michel Temer. A diferenciação visa, conforme Bolsonaro, facilitar a aprovação no Congresso, mas também evitar “injustiça com aqueles que têm expectativa de vida menor”. O presidente voltou a dizer que poderá aproveitar a proposta já em tramitação na Câmara dos Deputados, com alguns ajustes. “O que queremos é aproveitar a reforma que já está na Câmara, que começou com o senhor Michel Temer. A boa reforma é aquela que passa na Câmara e no Senado, não aquela que está na minha cabeça ou na [cabeça] da equipe econômica”, afirmou. Bolsonaro argumentou que a reforma é necessária para impedir que o país “em mais dois ou três anos entre em colapso”, a exemplo do que ocorreu com a Grécia. “Agora todos terão de contribuir um pouco para que ela seja aprovada. Eu acredito que o Parlamento não vai faltar ao Brasil”, disse. Justiça do Trabalho Segundo o presidente, o governo poderá propor a extinção da Justiça do Trabalho, transferindo para a Justiça comum as ações trabalhistas. “Qual país do mundo que tem? Tem que ser Justiça comum e tem que ter a sucumbência – quem entrou na Justiça e perdeu tem de pagar”, argumentou. Bolsonaro disse que, antes da reforma trabalhista, havia 4 milhões de ações trabalhistas em tramitação. “Ninguém aguenta isso. Nós temos mais ações trabalhistas que o mundo inteiro. Algo está errado, é o excesso de proteção”, afirmou. O presidente voltou a criticar o excesso de encargos trabalhistas, que acabam onerando a mão de obra no país. Bolsonaro afirmou que não vai mexer em direitos trabalhistas previstos na Constituição, mas que vai aprofundar a reforma trabalhista. “O Brasil é um país de direitos em excesso, mas falta emprego. Nos Estados Unidos, não têm quase direito trabalhista. Não adianta você ter direitos e não ter emprego”, afirmou.

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Pesquisa traça perfil das mulheres na gestão empresarial em Pernambuco

A mulher na Gestão e na Governança da Empresa Familiar será o tema principal da edição 2018 do evento Empresa Familiar Competitiva. A pesquisa anual realizada pela TGI, organizadora do seminário, terá como ênfase identificar os os desafios que as mulheres encontram na inserção e na atuação nos negócios. O estudo faz também um levantamento sobre o que as corporações pernambucanas estão fazendo para reforçar a sua competitividade e garantir sua perpetuação.  Hoje apenas 12% das empresas familiares ultrapassam a 3ª geração. De acordo com um estudo feito em 10 países pelo LinkedIn, as mulheres ocupam apenas 25% dos cargos mais altos das empresas. Outro estudo, elaborado pela Peterson Institute for International Economics, já havia apontado que a presença feminina em cargos de liderança pode melhorar o desempenho das empresas e aumentar sua lucratividade. Relatórios que mostram a situação feminina no cenário do trabalho em âmbito internacional. No estudo, em elaboração pela TGI, serão analisados exclusivamente experiências pernambucanas sobre a presença feminina na gestão. No evento será apresentado também um case de sucesso de Liderança Feminina na gestão de uma Empresa Familiar pernambucana. Será exposta também uma experiência bem sucedida sobre a construção de um Conselho Familiar. O seminário acontecerá no dia 26 de outubro, no Mar Hotel Conventions. O investimento para inscrição de um participante é de R$ R$ 270. Para inscrição de dois participantes, o valor por pessoa é de R$ 250. Já para grupos de três inscrições, o custo por participante é de R$ 230. As inscrições para o evento podem ser feitas pelo link: empresafamiliar.tgi.com.br SERVIÇO: Empresa Familiar Competitiva 2018 Local: Mar Hotel, em Boa Viagem Data: 26 de outubro de 2018 (das 8h30 às 12h30) Mais informações: (81) 3134-1740

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