Arquivos São João - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

São João

SDS Divulgacao sao joao

São João 2025 em Pernambuco registra quatro dias de festa sem homicídios

Com reforço tecnológico e planejamento antecipado, grandes polos como Caruaru, Petrolina e Arcoverde tiveram queda nas ocorrências Com 1.386 polos festivos e 18 municípios recebendo atrações nacionais, o São João 2025 em Pernambuco registrou quatro dias de festas juninas sem homicídios e com queda nas ocorrências policiais nos principais centros. A Secretaria de Defesa Social (SDS) destacou que o resultado é fruto do planejamento da Operação São João 2025, que reforçou a presença das forças de segurança com tecnologia de ponta e articulação com prefeituras e instituições parceiras. A governadora Raquel Lyra comemorou os resultados da operação. "Realizamos toda a estruturação prévia para garantir que pernambucanos e turistas pudessem ter um São João de celebração... Foram dias de muita animação e cultura, com todo o aparato da segurança pública, mostrando que é possível brincar na paz", afirmou. Entre os destaques, Caruaru teve redução de 50,6% nas ocorrências, Petrolina caiu 27% e Arcoverde, 15%, nos dias de maior movimentação (21 a 24 de junho), em comparação com o ano passado. O combate a crimes patrimoniais também teve avanços expressivos. O número de celulares recuperados pelas polícias Militar e Civil aumentou 550% em relação a 2024, e integrantes de quadrilhas especializadas em furtos foram presos em cidades como Petrolina e Gravatá. A operação contou ainda com drones com visão noturna, videomonitoramento em tempo real, aeronaves do GTA e centros móveis de comando, além do reforço do programa Alerta Celular. O Governo de Pernambuco investiu mais de R$ 8,4 milhões na segurança do São João 2025. Ao todo, serão mais de 46 mil lançamentos extras de efetivo até o encerramento da operação, previsto para o dia 29 de junho. O balanço final das ações será divulgado após as festas de São Pedro.

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quadrilha marocas

16 fotos dos festejos de São João em Pernambuco Antigamente

Com a proximidade das datas juninas, selecionamos 16 imagens do São João no Recife e no interior em décadas passadas. Muitas quadrilhas, bandeiras, palhoças e bacamartes compõem o  cenário dos tradicionais festejos na região. As imagens são da Hemeroteca da Biblioteca Nacional, da Fundaj e de algumas prefeituras. Confira! De acordo com Hugo Menezes Neto, em sua dissertação, há registros de festas juninas ainda em 1857, mas que foram recusadas no Brasil Republicano. Apesar de abandonadas nos centros urbanos, as quadrilhas juninas nunca deixaram de acontecer no campo. Já no século 20, a modernização, o aumento da urbanização e diante do crescimento das migrações, essas manifestações culturais voltaram às práticas culturais brasileiras para não sair mais. Clique nas imagens para ampliar. . Noite do Bacamarte, em 1972, no Caxangá  (Hemeroteca da Biblioteca Nacional) . Festa Junina no Instituto Regina Coeli, no Espinheiro, nos anos 50. (Hemeroteca da Biblioteca Nacional) . Luiz Gonzaga no São João de 1956 (Hemeroteca da Biblioteca Nacional) .Quadrilha Junina em Olinda - Componentes da Quadrilha Flor do Abacate, atual Junina Forró Moderno, agremiação fundada em 1981, na Rua do Abacate, em Rio Doce (Foto da Página Olinda Antigamente, originalmente no livro nos Arraiais da Memória). .Festejos na Rua São Roque, na década de 70 (Foto: site Medium) .Palhoção no São João em Belo Jardim (Foto: site da Prefeitura Municipal de Belo Jardim) .O músico Pedro Raimundo, no Acordeon, veio a Pernambuco em 1955, para os festejos juninos, a convite da Rádio Tamandaré. (Hemeroteca da Biblioteca Nacional) . Bacamarteiros (Fundaj) . Fazendinha na Rua São Roque (Blog Paulo Nailson) . Quadrilha Junina olindense Pisa no Espinho, do Bairro do Rio Doce, nos anos 90 (Página Olinda Antigamente) . Quadrilha Kokota da Roça (Do arquivo Nos Arraiais da Memória) Festejos juninos no Recife antigamente, em 1989 (As imagens abaixo foram extraídas da Dissertação O Balancê no Arraial da Capital, de Hugo Menezes Neto) Quadrilha Truaka, em 1992, no Recife Quadrilha Deveras, no Recife, em 1992 Quadrilha Pelo Avesso, em 1990, no Recife Quadrilha Moderna Fuzarca, já em 2007, no Recife . Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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ALTO DO MOURA 22

Pesquisa revela que 84% dos recifenses mantêm viva a tradição do São João

Estudo da UniFafire aponta que festas juninas seguem enraizadas na cultura local, com forte valorização de elementos tradicionais. Caruaru, na foto acima, é o principal destino para quem vai viajar Mesmo diante das transformações sociais e culturais das últimas décadas, o São João continua sendo celebrado por 84% dos moradores da Região Metropolitana do Recife. A informação é de uma pesquisa inédita do Centro Universitário Frassinetti do Recife (UniFafire), que entrevistou 851 pessoas em diversas áreas da capital entre 29 de maio e 6 de junho. A maioria dos recifenses, segundo o estudo, opta por comemorar a data com a família, dentro de casa ou em eventos locais. O levantamento revela que apenas 27,65% dos entrevistados planejam viajar no período junino, reforçando o caráter intimista e comunitário da festa. “O São João é tido como um momento de reunião familiar, de fortalecimentos de laços comunitários e de valorização das tradições regionais”, afirma o coordenador da pesquisa, João Paulo Nogueira. Entre os que pretendem viajar, Caruaru lidera com 27,25% das preferências, seguido por Gravatá (16,04%) e praias (7%). Cidades como Bezerros, Campina Grande e Arcoverde também foram mencionadas, embora com percentuais mais discretos. Os elementos culturais tradicionais seguem predominando: 42,30% dos entrevistados preferem festas com forró pé de serra, quadrilha e fogueira. Já os grandes shows com artistas nacionais são preferência de apenas 9,75%. As celebrações em família, escolhidas por 20,45%, reforçam o perfil afetivo e seguro da festa. “Os números reforçam que, apesar das transformações sociais e da modernização dos formatos festivos, a essência do São João permanece viva no imaginário popular”, pontua Nogueira. A culinária típica também mantém seu protagonismo: o milho verde, assado ou cozido, lidera com 24,32% das preferências, seguido por canjica (22,68%) e pamonha (18,45%). Itens como bolo de milho, munguzá e pé de moleque completam a lista, reforçando a ligação afetiva dos sabores com a infância e as memórias familiares. “Esse conjunto de preferências reforça o vínculo emocional das pessoas com sabores que remetem à infância, à casa da avó e às celebrações comunitárias”, acrescenta o coordenador. O uso de roupas típicas também permanece relevante: 58,66% dos entrevistados afirmaram manter esse costume, sendo que 34,39% usam sempre e 24,27% ocasionalmente. “O uso da roupa típica é mais do que uma escolha estética. É um gesto simbólico que reforça a identidade cultural nordestina e contribui para a valorização das raízes populares”, conclui Nogueira.

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festa sao joao

"Vamos Paulistar" no São João, mas sem artistas do Paulista", por Ricardo Andrade

O projeto "Vamos Paulistar" foi criado durante a gestão do prefeito Ademir Cunha em Paulista, Pernambuco, nos anos 90. O evento se tornou um símbolo cultural da cidade, especialmente durante as festas de São João, e chegou a ser um dos maiores eventos de São João de Pernambuco, com grande público e atrações como Wesley Safadão e Calcinha Preta. O nome "Paulistar" é um neologismo criado na época. A Banda Quinteto Violado, até gravou um jingle pra divulgar o slogan, que fez muito sucesso, tanto que, os Prefeitos posteriores continuaram com essa "chamada", nos eventos dos anos seguintes. No fim da década de 1980 o então vereador Maurílio Cavalcante(PMDB) conseguiu aprovar uma lei, que determinava que no mínimo, 50% das contratações nas festividades, fosse de artistas locais. Até hoje essa lei nunca foi respeitada, mas agora piorou. O problema é que a atual gestão, mesmo adotando o slogan "Vamos Paulistar", não colocou artistas locais na programação de São João deste ano. Daí as pessoas pelas ruas, estão questionando: como assim? "Vamos Paulistar", mas sem artistas de Paulista? Se a marca "Vamos Paulistar" traz um apelo de pertencimento e identidade local, como fazer isso sem referências e artistas do município do Paulista? O anúncio da Prefeitura, ao menos traz uma boa notícia, que é uma área de acessibilidade, mas quem deveria ter acessibilidade em primeiro lugar, são os artistas da cidade. Já não bastasse a descaracterização de nossas tradições juninas, até mesmo em grandes centros culturais (Caruaru, Campina Grande etc), com ritmos e artistas "alienígenas", produto da grande mídia e da indústria cultural, além do hiperfaturamento dos cachês, agora os artistas locais são excluídos de participar dos palcos do nosso São João. Que nossos gestores entendam, que os festejos juninos, não se reduz à palcos e atrações, à "pão e circo", mas representam o simbolismo e o universo de nossa memória afetiva/ coletiva, das genuínas tradições nordestinas. *Ricardo Andrade é Mestre em Gestão Pública, Historiador, músico, cantor/compositor.

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Raio de Sol Mirim II

Festival de Quadrilhas Juninas movimenta Sítio Trindade com cultura popular e tradição nordestina

Com apoio da Prefeitura, evento reúne 16 quadrilhas adultas e infantis representando sete bairros do Recife nos dias 25 e 26 de junho O Sítio Trindade, no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, será palco de um dos maiores espetáculos juninos da cidade. Nos dias 25 e 26 de junho, a partir das 19h, acontece o Festival de Quadrilhas Juninas do Recife, reunindo 16 grupos – 10 quadrilhas adultas e 6 infantis – que representam sete bairros da capital. Realizado pela Liga Independente das Quadrilhas Juninas do Recife, o evento tem incentivo da Prefeitura por meio do Sistema de Incentivo à Cultura. Em sua terceira edição, o festival reafirma a importância das quadrilhas para o São João recifense e valoriza a tradição como manifestação cultural viva e popular. “O festival já é uma tradição do calendário junino do Recife e demonstra a importância do movimento de quadrilhas juninas no município. É uma grande festa para celebrar essa cultura tão fundamental para o São João do Recife”, afirma Roberto Carlos, presidente da Liga. Durante as duas noites de apresentações, os quadrilheiros fazem suas evoluções sob o comando dos marcadores no tradicional espaço do Sítio Trindade, ícone das celebrações juninas da cidade. No segundo dia do evento, uma banca de jurados especializados avalia as performances e define as campeãs das categorias adulta e infantil. Os três primeiros lugares de cada categoria recebem troféus. O festival, que nasceu em 2022, tem como objetivo fortalecer o movimento junino local e destacar a relevância das quadrilhas para a identidade cultural da cidade. Serviço:Festival de Quadrilhas Juninas do Recife📍 Sítio Trindade (Estrada do Arraial, Casa Amarela, Recife)📅 Dias 25 e 26 de junho, a partir das 19h🔗 Mais informações: instagram.com/liquajur Horários: Dia 25/06: 19 hrs – Quadrilha Junina Raízes do Rosário 19h40 – Quadrilha Junina 04 de Outubro 20h20 – Quadrilha Junina Fusão 21 hrs – Quadrilha Junina Origem Nordestina 21h40 – Quadrilha Junina Evolução 22h20 – Quadrilha Junina Raízes do Pinho 23 hrs – Quadrilha Junina Dona Matuta 23h40 – Quadrilha Junina Lumiar Dia 26/06: 19 hrs – Quadrilha Junina Matutinho 19h40 – Quadrilha Junina Brincants 20h20 – Quadrilha Junina Mirim Raio de Sol 21 hrs – Quadrilha Junina Deveras 21h40  - Quadrilha Junina Raio de Sol 22h20 – Quadrilha Junina Tradição 23 hrs – Quadrilha Junina Traque 23h40 – Quadrilha Junina Arrocha o Nó

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Festa Junina Sensivel e Alegre

Como tornar o São João mais acolhedor para pessoas neurodivergentes

Segundo a psicoterapeuta da Clínica Mundos, Ana Paula Calado, Neurodivergentes podem ter desconfortos e até crises, mas é possível ajudá-los O colorido vibrante das bandeirinhas, o cheiro inconfundível das comidas típicas, as batidas da música, o calor das fogueiras e o estrondo dos fogos: o São João é uma celebração rica em sensações. Para muitos, essa mistura é parte da mágica da festa. Mas, para pessoas neurodivergentes — como aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), TDAH ou outras condições —, esse turbilhão sensorial pode gerar sobrecarga, ansiedade e até crises. A alegria das quadrilhas e brincadeiras de grupo pode rapidamente se tornar um desafio para quem lida com hipersensibilidade a ruídos, cheiros, toques ou luzes. A fumaça da fogueira, os tecidos das roupas típicas e o inesperado dos sons e movimentos são apenas alguns dos gatilhos que podem afetar crianças, adolescentes e adultos neurodivergentes. Especialistas alertam que, com pequenas adaptações e uma dose generosa de empatia, é possível fazer do São João uma experiência mais inclusiva e respeitosa para todos. “O que acontece é que, para o cérebro neurodivergente, esse é um momento de sobrecarga de informações, que gera ansiedade”, explica Ana Paula Calado, psicoterapeuta da Clínica Mundos, que atua no tratamento terapêutico das neurodiversidades.  Um dos ícones mais tradicionais das festas juninas, a fogueira, pode ser também um dos maiores desafios para pessoas neurodivergentes. O calor intenso, a fumaça densa e o cheiro característico são estímulos fortes que nem todos conseguem processar com facilidade. Além disso, o barulho dos fogos de artifício, tão comum durante o São João, pode provocar sustos, desconforto e até crises sensoriais, especialmente em crianças com hipersensibilidade auditiva. “O cheiro intenso da fogueira ou o som abrupto dos fogos pode ser extremamente desconfortável para pessoas com hipersensibilidade sensorial. Por isso, adaptar os ambientes e oferecer espaços mais tranquilos é essencial”, orienta Ana Paula Calado. Quando o arraiá vira desafio, o jeito é antecipar, ensaiar, respeitar Para tornar o São João mais acessível e acolhedor, a preparação pode fazer toda a diferença. Criar roteiros visuais com fotos do ambiente, mostrar vídeos das quadrilhas ou fazer pequenos ensaios com amigos e familiares são estratégias que ajudam a antecipar os estímulos da festa. Essa previsibilidade traz mais segurança emocional e reduz as chances de sobrecarga sensorial. Outra medida importante é respeitar o ritmo de cada criança: se ela preferir apenas observar, sem participar ativamente, isso também deve ser valorizado. Muitas famílias recorrem a fones abafadores de som e conversas prévias sobre o que esperar da celebração, estratégias simples que promovem conforto. E já começam a surgir boas práticas em festas e escolas, como os chamados “horários tranquilos”, com sons e luzes reduzidos — uma alternativa inclusiva que acolhe não só pessoas neurodivergentes, mas também idosos e bebês. “Uma dica importante é respeitar o tempo da criança. Ela não precisa estar na quadrilha se isso causar sofrimento. Ela pode estar ali de outro jeito, no seu tempo, com acolhimento e apoio”, orienta Ana Paula. Adaptações que fazem a diferença “A inclusão é um processo contínuo e afetuoso. Quando pensamos nas necessidades sensoriais e emocionais de cada um, estamos dizendo: você é bem-vindo, do seu jeitinho. E isso é o que realmente importa numa festa popular como o São João” - Ana Paula Calado.

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pe moleque paes

Pães e Delícias vive auge junino com novo cardápio que une tradição e inovação

Com cardápio completo, casa aposta no São João para atrair turistas e moradores com receitas regionais e opções saudáveis A Pães e Delícias, tradicional padaria de Caruaru, está vivendo um de seus melhores momentos do ano com a chegada do São João. "É o segundo melhor momento do ano, quase igual ao Natal. Muito forte", afirma Elijames Laureano, diretor da casa. O movimento junino aquece as vendas de delícias típicas como bolo de milho, fubá, mandioca, Souza Leão, engorda-marido e, claro, o pé de moleque artesanal, feito sem farinha de trigo nem corante — sua cor característica vem do açúcar mascavo. Além dos moradores, a Pães e Delícias se consolidou como parada obrigatória para turistas que chegam a Caruaru, especialmente durante o São João, quando a cidade se transforma no principal polo de festas juninas do país. “Hoje, se alguém chega em Caruaru, o morador já traz para a Pães. Muitos visitantes passam por aqui”, afirma Elijames Laureano. A combinação de comidas típicas feitas com ingredientes regionais e ambiente acolhedor faz da padaria uma referência para quem busca viver uma experiência gastronômica. A Pães e Delícias tem conquistado público também para sua linha de produtos zero açúcar, pensada especialmente para quem tem restrições alimentares ou busca uma alimentação mais equilibrada, sem abrir mão do sabor. Entre os destaques estão o tradicional pé de moleque e o bolo de macaxeira, ambos em versões sem adição de açúcar, que mantêm o sabor autêntico das receitas juninas. MATURIDADE DA UNIDADE MAURÍCIO DE NASSAU Ao inaugurar sua nova loja, há quatro anos, a proposta inicial era priorizar o serviço à la carte. No entanto, os clientes esperavam reencontrar o tradicional self service. “Poucas horas depois de abrir, percebemos que o cliente queria o que sempre encontrou na casa”, explica Elijames. O resultado foi um modelo híbrido, que respeita os hábitos dos frequentadores e introduz novidades com cautela e escuta ativa. Nos últimos anos, vários produtos foram sendo agregados ao cardápio para atender a pedida dos consumidores e a proposta da nova casa. Nessa fase de conclusão do cardápio, a Pães e Delícias acaba de lançar novos pratos à la carte, como salmão e filé mignon, além de opções regionais como cuscuz com camarão à nata e carne de sol à nata. Sanduíches reforçados com proteínas — como cupim, rosbife, charque e frango — também foram incorporados, atendendo à proposta de oferecer refeições completas em forma prática. "A ideia é que sete pessoas entrem na loja e cada uma consiga achar algo do seu interesse, com variedade suficiente", conclui o empresário. O cardápio inclui ainda sucos funcionais com até 75% de fruta in natura.

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Moda Junina istockphoto

A estética das festas juninas: tradição, história e reinvenção nas vestimentas típicas 

Do xadrez à customização: como as roupas de São João refletem a história, a cultura nordestina e a criatividade da moda contemporânea. Coloridas, quadriculadas, criativas. As roupas das festas juninas vão muito além da estética divertida e simbólica que se vê nos arraiais espalhados pelo país. A tradição das vestimentas tem raízes históricas profundas e revela um processo de transformação cultural que une influências europeias, práticas religiosas e expressões regionais brasileiras.  Originalmente, as festas juninas celebravam os santos populares, especialmente São João e Santo Antônio, em um contexto rural ligado ao ciclo da colheita. No Brasil Colônia, segundo relatos do padre Fernão Cardim, jesuíta do século XVI, essas celebrações foram incorporadas às aldeias indígenas como estratégia de catequização. As festas juninas eram dançadas nas aldeias, como parte de um processo de aproximação e ensino religioso aos povos originários.  Neste cenário de religiosidade, cultura e território, surgem os trajes típicos. O figurino dos homens — calça, camisa quadriculada, colete e chapéu de palha — remete à figura do trabalhador rural europeu, posteriormente adaptada ao sertanejo brasileiro. As mulheres vestem saias rodadas, vestidos estampados, laços no cabelo, rendas e babados. “A tradição das vestimentas de São João, na verdade, vem de uma mistura de influências”, explica Paulo Medeiros, coordenador de Moda do centro universitário UniFBV Wyden. “Originalmente, ela está ligada ao contexto rural. Por isso essa estética caipira, com o uso do xadrez, do jeans, do chapéu de palha e dos vestidos mais rodados. É uma representação — ainda que romantizada — da vida no campo”, explica.  Com o tempo, essas peças se consolidaram como símbolos da cultura popular e passaram a ser reinterpretadas ano após ano. “Elas ganharam força como ‘fantasias juninas’, mas também abriram espaço para releituras mais contemporâneas”, afirma Medeiros. “Hoje, a moda para o São João acompanha movimentos mais amplos como sustentabilidade, reaproveitamento de tecidos e uma forte valorização da identidade regional”, destaca.  Segundo o especialista, elementos como renda, crochê, chita, bordados e aplicações manuais continuam presentes, mas agora se misturam a propostas urbanas e criativas. Camisas jeans são combinadas com saias estampadas, acessórios como chapéus, lenços, flores e brincos ganham protagonismo e as sobreposições se tornaram tendência. “É possível montar um look com o que já se tem em casa, repensando o uso das peças, customizando com retalhos, e compondo produções que dialogam com o espírito junino sem a necessidade de comprar algo novo”, exemplifica o coordenador.  Mais do que se vestir para uma festa, o São João se torna uma oportunidade de expressão. “A gente não precisa se prender ao ‘fantasiado’”, destaca Medeiros. “O importante é montar um look que respeite a simbologia da festa, claro, mas que também traga a identidade da pessoa. São João é celebração, é cultura, mas também é um convite à criatividade e ao afeto no ato de vestir”, e afirma, “Entre traços históricos e tendências atuais, o que permanece é a essência da festa: um encontro entre tradição e reinvenção, entre o campo e a cidade, entre o passado e o presente — tudo costurado com muita cor, alegria e personalidade”, finaliza.  Já para a professora do curso de Moda da Wyden, Sabrina Nascimento, houve, naturalmente, uma modernização nos estilos de roupas para a época junina, mas, segundo ela, é preciso não deixar as transformações acabar com as tradições.  “As festividades e roupas juninas mexem com a memória afetiva e de pertencimento cultural dos nordestinos. Como a moda acompanha a sociedade e suas transformações, hoje é possível observar mudanças significativas nas roupas tradicionais. Atualmente, temos looks que se adequam à personalidade de cada pessoa, mantendo elementos simbólicos da tradição, mas incorporando tendências contemporâneas, novas modelagens, materiais e interpretações estilísticas. Essas releituras revelam não apenas a criatividade dos criadores locais, mas também uma demanda crescente por individualização e representatividade nas peças, mesmo dentro de contextos culturais marcadamente coletivos como o São João. Assim, o vestuário junino deixa de ser apenas uma reprodução de trajes típicos e passa a ser também um meio de expressão pessoal, refletindo a diversidade de corpos, estilos e identidades presentes na sociedade atual. Contudo, é importante que, mesmo com essas transformações, a essência da tradição não se perca”, conclui. 

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Lives do São João da PCR têm início hoje

Pode pendurar as bandeirinhas, providenciar a canjica e abrir as janelas de casa e da internet para o forró entrar. Começa hoje (23) a programação de lives e apresentações volantes, preparada pela Prefeitura do Recife, para celebrar o São João 2020, apesar da pandemia. O palco da festa será o site www.saojoaodorecife.com.br, cheio de serviço e música para embalar os festejos juninos no arraial que cada recifense precisou improvisar em casa. No arraial virtual, preparado pelas secretarias de Turismo, Esportes e Lazer, Cultura e pela Fundação de Cultura Cidade do Recife, serão disponibilizadas apresentações artísticas gravadas de casa pelos artistas, além de oito shows ao vivo, transmitidos nesta terça-feira junina (23) e no próximo dia 29, diretamente do Sítio Trindade, sob o comando dos dois homenageados do São João 2020: Silvério Pessoa e Josildo Sá. A festa vai ser animada e acessível. Nos dois dias de apresentações ao vivo no Sítio, intérpretes de Libras democratizarão o balancê da capital. Também haverá intérprete de libras na Celebração dos Santos Juninos, que será a primeira parada deste inusitado passeio na roça virtual. Celebração dos Santos Juninos Antes que as sanfonas comecem a resfolegar, os padroeiros do ciclo serão homenageados, a partir das 18h de amanhã, com uma celebração virtual no Santuário do Morro da Conceição, conduzida pelo padre Luiz Rodrigues e transmitida pela internet, para evitar aglomerações dentro da igreja. Adaptando a liturgia da tradicional Procissão dos Santos Juninos, as bandeiras serão posicionadas no altar do Santuário durante a cerimônia, que será captada por seis câmeras e transmitida no Facebook do São João da Prefeitura do Recife (www.facebook.com/saojoaodorecife) e em todas as redes sociais do Santuário: no Facebook (www.facebook.com/santuariomorrodaconceicao), no Instagram (www.instagram.com/santuariomorrodaconceicao) e no YouTube (https://www.youtube.com/channel/UC-4cAsnCvXooKdmLYvNMMpg). Do Santuário, o andor dos Santos Juninos descerá o Morro para ser levado, da Rua da Harmonia até o Sítio Trindade, em carro aberto, acompanhado pela Forrovioca. De lá, a Forrovioca parte para animar a cidade. Mas não leva todo o forró embora. A festa finca pé no Sítio, onde a noite será de muito forró virtual, animada por Silvério Pessoa e seus convidados. Lives no Sítio Das 19h em diante, no Sítio Trindade, Silvério Pessoa recebe Geraldinho Lins, Nando Cordel e Michelle Melo, para uma noite de muito forró e brega. Os apresentadores serão a dupla Mateus e Catirina, que já emprestam sua alegria e irreverência aos festejos do Sítio há muitos ciclos juninos. A live junina será transmitida no YouTube da Prefeitura do Recife (www.youtube.com/prefrecife). Para evitar aglomerações, o acesso do público ao estúdio de transmissão dos shows, localizado dentro do casarão do Sítio Trindade, não será permitido. No dia 29, tem mais forró ao vivo, com Josildo Sá e seus convidados: Cristina Amaral, Maciel Melo e Petrúcio Amorim. A programação será transmitida pela TV Pernambuco nos dias 23 e 29 e pela Frei Caneca FM, no dia 29. Forroviocas Enquanto Silvério semeia forró no Sítio e na internet, as Forroviocas distribuem alegria pelas ruas da cidade. Até as 22h, duas Forroviocas circularão pela cidade, levando gabaritadas atrações para garantir o rala bucho dos recifenses, nem que seja no parapeito da janela. A festa volante se repete nos dias 24, 26, 27, 28 e 29. A cada noite, cada Forrovioca transportará quatro shows cidade afora. Entre os artistas que embarcarão na programação das Forroviocas, estarão: Lia de Itamaracá, Novinho da Paraíba, Gerlane Lops, Quinteto Violado, Ed Carlos, Nádia Maia, Cezzinha, Almir Rouche, André Rio, Maciel Salu, Nena Queiroga, Maestro Forró, Walmir Chagas, Liv Moraes, Azulão e Bia Marinho, entre muitos outros. A solidariedade também será atração da festa. As lives promoverão a arrecadação de recursos, que serão destinados à compra de cestas básicas para a Sociedade dos Forrozeiros e para a Federação de Quadrilhas e Similares do Estado de Pernambuco (Fequajupe). As doações confirmadas durante as lives serão captadas pelo Quero Impactar, através da geração de um QR CODE, criado especificamente para o evento realizado virtualmente. Poderão ser feitas doações também acessando diretamente o site www.queroimpactar.com.br. O ciclo junino, que começou no último dia 16, com as rodas de conversa sobre o movimento quadrilheiro pernambucano, será todo viabilizado com recursos da iniciativa privada, através de chamamento público, realizado antes da pandemia, para seleção de patrocinador para os ciclos culturais da cidade. Site junino No arraial virtual que a Prefeitura providenciou para este São João, tem um bocadinho de cada coisa que o ciclo junino tem de melhor. Entre os conteúdos que já estão na página ou entrarão ao longo da semana, tem brincadeiras e simpatias sob o comando da influenciadora Jurema Fox e aulão de forró com a bailarina e produtora cultural Andréa Carvalho. Tem ainda vídeo do chef Elsinho Simões, ensinando a fazer mungunzá salgado e bolo de fubá, além de dezenas de apresentações de trios de forró e forrozeiros para colocar todo mundo para arrastar pé entre as lives. Os recifenses também poderão acompanhar a programação e os conteúdos juninos pelo Portal do Turismo (visit.recife.br); além dos outros canais oficiais da Prefeitura do Recife (youtube, instagram e facebook). PROGRAMAÇÃO SÃO JOÃO 2020 LIVES SÍTIO TRINDADE DIA 23, a partir das 19h Silvério Pessoa recebe Geraldinho Lins, Nando Cordel e Michelle Melo Apresentação: Mateus e Catirina   DIA 29, a partir das 19h Josildo Sá recebe Cristina Amaral, Maciel Melo e Petrúcio Amorim Apresentação: Mateus e Catirina   FORROVIOCAS DIA 23, a partir das 17h Forrovioca 1 Itinerário: Casa Forte - Bomba do Hemetério (RPA 3) Fabiana Pimentinha Quinteto Violado Ed Carlos André Macambira Forrovioca 2 Itinerário: Santo Amaro - Recife Antigo (RPA 1) Gennaro Irah Caldeira Dudu do Acordeon Carlinhos Monte Verde   DIA 24, a partir das 17h Forrovioca 1 Itinerário: Derby - Prado (RPA 4) Lia de Itamaracá Jorge Silva Beto Hortis Tempero Brasileiro Forrovioca 2 Itinerário: Linha do Tiro - Campo Grande (RPA 2) Israel Filho Edilza Ayres Tribo Cordel Belo Xis   DIA 26, a partir das 17h Forrovioca 1 Itinerário: Afogados - Areias (RPA 5) Nádia Maia Cezzinha Almir Rouche Cascabulho Forrovioca 2 Itinerário: Bomba do

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Geraldo Azevedo e Gilberto Gil no São João da Osquestra Sinfônica da Bahia

A chegada do mês de junho em meio ao isolamento social em prol do combate ao Covid-19 vem junto com toda uma memória afetiva dos festejos juninos, que vai dos ritmos musicais, como o forró, o baião e o xote, passando pelo colorido das bandeirolas e as comidas de milho. Pelo quarto ano consecutivo a Orquestra Sinfônica da Bahia se integra a esta data tão importante no calendário nordestino e realiza o São João Sinfônico, que desta vez ganha edição em vídeo que vai ao ar no canal oficial da OSBA no YouTube (www.youtube.com/OSBAOrquestraSinfonicaDaBahia), hoje ( 23 de junho), às 18h. Com repertório que celebra grandes compositores nordestinos como Luiz Gonzaga (1912-1989), Sivuca (1930-2006) e Dominguinhos (1941-2013), o vídeo-concerto junina conta com as participações dos músicos Gilberto Gil, Geraldo Azevedo, Mariana Aydar, Marcelo Caldi e do repentista e músico Bule-Bule. REPERTÓRIO E PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS: celebrar o São João é celebrar os ritmos nordestinos como o forró, o xote e o baião e seus compositores consagrados. Do Rei do Baião Luiz Gonzaga serão interpretadas pelos músicos da OSBA as músicas “Sabiá”, com participação especial de Geraldo Azevedo, “Asa Branca” e “Noites Brasileiras”, esta última cantada por João Cavalcanti. “Feira de Mangaio”, do sanfoneiro paraibano Sivuca, será interpretada em versão instrumental. Já Mariana Aydar participa cantando “Gostoso Demais”, de Dominguinhos, que também integra o repertório com a versão instrumental de "Lamento Sertanejo". Também será interpretada uma paródia feita especialmente para o vídeo-concerto por Edu Krieger da música “Esperando na Janela”, cantada pelo mestre Gilberto Gil - com uma letra que trata do atual momento de isolamento. O músico, repentista e escritor Bule-Bule também marca presença no concerto junino recitando o cordel de sua autoria “O Brasil ainda chora a morte de Gonzagão” e cantando “O sertão melhorou tanto que nem parece sertão” e “Coco pra São João”. PARTICIPAÇÃO DO PÚBLICO: o São João Sinfônico é um dos projetos mais queridos do público e já faz parte do calendário da OSBA. Como forma de celebrar de maneira mais próxima do seu público-crush uma das festas mais importantes da Bahia, a última música do programa "Asa Branca" (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), contará com a participação do público. No dia 6 de junho (sexta-feira), houve convocação pública nas redes sociais da OSBA (Facebook e Instagram) para envio do vídeo formando um coro virtual. Os vídeos foram enviados até o dia 12 de junho. Todos estes conteúdos do período de quarentena estão sendo desenvolvidos remotamente, sem necessidade de encontros e deslocamentos, tendo em vista que o corpo de músicos e o corpo administrativo da OSBA estão seguindo o isolamento social indicado pelas autoridades. A Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), criada em 30 de setembro de 1982, é um corpo artístico do Teatro Castro Alves e que teve seu processo de publicização consolidado em abril de 2017. Desde então, a Associação Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA) – entidade sem fins lucrativos qualificada como Organização Social (OS) – realiza a gestão da OSBA, que permanece como corpo artístico público, sendo mantida com recursos diretos do Governo do Estado da Bahia, através da sua Secretaria de Cultura (SecultBA). SÃO JOÃO SINFÔNICO – ESPECIAL QUARENTENA TERÇA-FEIRA, 23/jun, 18h CANAL OFICIAL DA OSBA NO YOUTUBE: Youtube.com/OSBAOrquestraSinfônicadaBahia PROGRAMA/ FICHA TÉCNICA ESPERANDO NA JANELA Targino Gondim/Manuca Almeida/Raimundinho Do Acordeon Arranjo: Marcelo Caldi com Gilberto Gil O SERTÃO MELHOROU TANTO QUE NEM PARECE O SERTÃO Bule Bule LAMENTO SERTANEJO Dominguinhos/Gilberto Gil Arranjo: Jean Marques GOSTOSO DEMAIS Dominguinhos/Nando Cordel Arranjo: Marcelo Caldi com Mariana Aydar O BRASIL AINDA CHORA A MORTE DE GONZAGÃO Bule-Bule ASA BRANCA Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira Arranjo: Marcelo Caldi Participação do Público crush da OSBA NOITES BRASILEIRAS Luiz Gonzaga/Zé Dantas) Arranjo: Marcelo Caldi com João Cavalcanti COCO PRA SÃO JOÃO Beija Flor - Adaptação (Versos Improvisados) Bule Bule FEIRA DE MANGAIO Sivuca/Glorinha Gadelha Arranjo: Marcelo Caldi Improviso de Mário Soares, violino SABIÁ Luiz Gonzaga/Zé Dantas Arranjo: Marcelo Caldi com Geraldo Azevedo

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