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Juan Sebastian Bustamante

Juan Sebastian Bustamonte: "Temos uma grande obsessão por conectar Medellín"

Urbanista e professor da Universidade EAFIT conta como investimentos em mobilidade, educação, parques e comunicação contribuiram para transformar Medellín de cidade mais perigosa do mundo na mais inovadora. Ele também ressalta que as mudanças foram feitas prioritariamente em áreas vulneráveis e que os planos agora incluem o enfrentamento da crise climática. Juan Sebastian Bustamonte, urbanista e professor da Universidade EAFIT Medellín, é uma das principais vozes do urbanismo social na América Latina. Em entrevista a Rafael Dantas, ele destacou a transformação de Medellín que superou um passado de violência e desigualdade com políticas inovadoras, integração urbana e o fortalecimento da cultura cidadã. Uma inspiração para a capital pernambucana. Durante visita ao Recife, acompanhado por Murilo Cavalcanti, ex-secretário de Segurança Cidadã, o especialista conheceu o Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha, e ressaltou a importância de priorizar áreas vulneráveis, promover conexões entre bairros e investir em educação e mobilidade para construir cidades mais equitativas. Na entrevista ele compartilhou a importância do metrô para a estruturação da cultura cidadã em Medellín e apontou também alguns dos sonhos dessa cidade inovadora, que saiu da posição de mais violenta do mundo para a liderança na recepção de turistas da Colômbia, como um destaque global de inovação. Qual seria para o senhor o conceito de urbanismo social? É uma ferramenta para transformar a realidade das pessoas que vivem em lugares em que há grande desigualdade e violência. Na experiência de Medellín, vocês tiveram muitos serviços sociais e a construção de centros comunitários. Mas esse foi o único caminho para barrar os indicadores de violência? São quase 30 anos de trabalho. Há um programa do Governo Nacional que começou a ser implementado nos anos 1990, que se chamava Consejería Presidencial (Conselho Presidencial para Reconciliação, Normalização e Reabilitação). Na liderança estava uma mulher, María Ema Mejia. Ela deixou um livro que conta a história de como ela trabalhou na transformação da cidade. É muito interessante porque é possível aplicar a países onde há desigualdade e violência. A Consejería Presidencial chegava a Medellín, com recursos do Governo Nacional, aos bairros onde havia mais violência para conversar com os jovens, escutá-los, gerar acordos, como parte de um processo de paz. O programa recebeu também uma cooperação alemã que permitiu que esse trabalho de conversar e escutar os jovens, onde há mais desigualdade e violência na cidade, se fortaleça. Isso fez com que desde os anos 1990 e 2000, Medellín tenha 20 anos de trabalho de fortalecimento de organizações de base comunitária. Quais as descobertas dessa escuta ativa das comunidades? A capacidade de liderança dos bairros de maior desigualdade e violência é muito alta. Há pessoas que têm capacidades de trabalho e de geração de acordos e espaços de conversação importantes. É um processo de paz de 20 anos. Começaram a ser implementadas estratégias de melhoramento integral dos bairros, como parte de um programa do município de Medellín. Esse programa tem o objetivo de melhorar as condições de acessibilidade e mobilidade nos bairros com maior precariedade, melhoramento das moradias e dos serviços públicos. O programa se chama Primed, Programa Integral de Melhoramento de Bairros Informais de Medellín. Quais as mudanças implementadas pelo Governo Nacional? Em 1991, paralelo a isso que estou dizendo, a Constituição da Colômbia sofreu uma mudança. Segundo os especialistas em políticas públicas, temos uma das melhores constituições do mundo. E parte das coisas que levaram a essa transformação da Carta, como fruto de um produto de um país que estava em guerra e que estava procurando como melhorar a situação da violência, que era o mais perigoso do mundo, é descentralizar o poder no país. Isso deu poder a cada município. Então, a primeira cidade que aproveitou essa mudança na Constituição foi Bogotá. Ela demonstrou ao país que uma cidade pode se transformar de uma maneira radical. Isso começou na gestão de Antanás Mockus, que é o nosso grande professor de cultura cidadã. Depois Henrique Peñalosa, entre outros prefeitos que são inspiradores para pessoas de Medellín, que estavam trabalhando em empresas, ONGs e universidades. Essa experiência inicial em Bogotá impulsionou Medellín? Essas pessoas em Medellín entenderam que não iriam mudar a realidade se não entrassem na política. Então, vendo o que estava acontecendo em Bogotá decidiram entrar na política. Esse grupo chegou ao poder em 2004, ficando por dois mandatos. Um grupo de pessoas que, pela primeira vez, estava na política, todos especialistas em seus temas. Cultura, urbanismo, economia, saúde… todos haviam estudado muito bem a cidade. Sabiam quais eram os problemas, quais eram as oportunidades que haviam. E, durante oito anos, como política pública, o urbanismo social foi implantado. Nos bairros de maior desigualdade e violência estão os maiores investimentos que há em Medellin. Um projeto somando a toda a sociedade, empresas, comunidades, governo e as universidades. Há uma aposta por educação para transformar a cidade no sentido mais amplo. Na prática, como essa aposta por educação aconteceu? O professor é a pessoa mais importante da sociedade. O primeiro prefeito é matemático (Mockus) e trabalhou toda a vida na universidade. É um acadêmico. Ele crê profundamente na educação. Seu pai foi arquiteto, um dos melhores da Colômbia. É muito sensível com a arquitetura, muito sensível com o desenho da cidade. Mais que fortalecer os professores, com capacitação, e promover a educação pública, foram criados planos de novos equipamentos educativos para o empreendedorismo, para o esporte, a recreação… foram fortalecidos os equipamentos públicos nos bairros de maior violência. Foram priorizados os mais pobres para melhorar as condições de moradia e habitação. E temos uma grande obsessão por conectar a cidade. Nossas cidades estão desconectadas. Há desigualdade, mas são fragmentadas entre aquelas que têm acesso a recursos e os que não tem. As comunidades são invisibilizadas e estigmatizadas. Em Medellín aconteceu que essas cidades eram percebidas como dos sicários (assassinos, facínoras), da pobreza e das pessoas ruins. Isso acontece também em várias outras cidades. Qual o papel das melhorias na mobilidade tiveram nessa transformação? Temos obsessão por conectar. Aí, aparece o sistema de transporte público massivo.

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Por um olhar mais atento à felicidade

O tema tornou-se uma prioridade para as pessoas que já não concordam em passar longas horas do dia no trabalho, para empresas atentas à ameaça do Burnout na sua equipe e por governantes que constatam que o desenvolvimento de um País não pode ser baseado apenas no crescimento econômico. *Por Rafael Dantas Talvez você conheça alguém que pediu demissão de um trabalho que adoecia e procurou cuidar mais da saúde em uma ocupação que exigia menos. Ou já deve ter ouvido sobre os projetos de vida de alguém que sonha em se aposentar e morar numa cidadezinha menor, com outro ritmo de vida. Esses perfis estão conectados a uma mudança de percepção da sociedade em que a busca pela felicidade ganhou um outro patamar. A corrida pelo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) segue sendo o indicador mais valorizado no noticiário, pelo mercado. Porém, diante de uma sociedade cansada e com maiores preocupações com a saúde mental, outros parâmetros ganham força. A soma deles é o que vem sendo chamado de FIB: a Felicidade Interna Bruta. Você já ouviu falar? O FIB é um conceito que foi desenvolvido no pequeno país asiático do Butão. Enquanto há um cálculo mais objetivo na medição da economia, a felicidade da população lida com muitos fatores diversos. Afinal, o que torna um indivíduo feliz nem sempre é o mesmo que satisfaz o vizinho ou o familiar que está em casa. Porém, no emaranhado de subjetividades que nos formam, a ciência anotou alguns critérios a serem observados e buscados por todos. “A Felicidade Interna Bruta é gerada de modo a demonstrar cientificamente a felicidade e o bem-estar geral da população. A medida informa os atuais níveis de satisfação humana, de forma dinâmica e também traz informações importantes para a política governamental”, explica o microbiologista, psicanalista e filósofo, Bruno Severo Gomes, que é professor do Centro de Ciências Médicas da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). A metodologia para se medir a felicidade de uma população varia de acordo com a organização que a calcula. Porém, ela une estudos que analisam a satisfação com a vida, dados econômicos (como PIB per capita, desigualdade), indicadores de saúde (a exemplo da expectativa de vida e dos acesso a serviços) e de educação (acesso, qualidade). Também entram no campo de análise fatores como liberdade e participação social, confiança nas instituições e qualidade do meio ambiente. O olhar sobre essa pauta levou a UFPE a criar, em 2019, a disciplina de Felicidade, que é ministrada pelo professor Bruno Severo Gomes. Ele explica que a proposta da criação e existência da matéria foi baseada na ciência da felicidade e nos estudos da neurociência e das emoções, e sua ligação com propósito de vida, saúde mental e inteligência emocional. FIB SERÁ MEDIDO EM FERNANDO DE NORONHA Neste mês foi anunciado pelo Butão que o indicador do FIB será implementado pela primeira vez no Brasil. O local escolhido para a realização do estudo será em Pernambuco, no paradisíaco Fernando de Noronha. “O arquipélago foi escolhido como projeto-piloto do FIB no Brasil devido ao seu modelo de desenvolvimento sustentável, que já conta com diversas iniciativas voltadas para a preservação ambiental e o bem-estar da comunidade”, afirma Caio Queiroz, CEO da Aguama Ambiental, que será o executor do estudo em território nacional. A opção pelo arquipélago pernambucano, porém, não foi apenas por motivações naturais, segundo Caio. “A ilha apresenta uma comunidade coesa e engajada, com uma conexão forte entre seus habitantes e o meio ambiente, o que facilita a implementação e avaliação de ações voltadas para a qualidade de vida. O ambiente único de Noronha, com uma economia altamente dependente do turismo sustentável, oferece um cenário ideal para testar e ajustar a metodologia do FIB antes de expandi-la para outros contextos no Brasil”. O IMPACTO DA PANDEMIA A crise sanitária e econômica gerada pela Covid-19 deixou muitas sequelas pelo Brasil e pelo mundo. Além dos milhões de mortos, a pandemia criou um desarranjo no consumo das famílias que ainda não foi superado. A queda do poder de compra lidera as preocupações sociais no Brasil, afetando 88% da população neste ano, segundo estudo da BNP Paribas Cardif. O aumento da taxa de juros também é motivo de inquietação para 72%. Mesmo com a redução significativa das taxas de desemprego, que alcança recordes históricos, a instabilidade do mercado de trabalho segue tirando o sono dos brasileiros. Na mesma pesquisa do BNP Paribas Cardif, 63% dos entrevistados afirmaram temer perder sua principal fonte de renda em curto ou médio prazo. “As consequências econômicas e sociais da pandemia – como desemprego, desigualdade e a sensação de desconexão social – reforçaram a importância de índices como o FIB para guiar políticas públicas que vão além do crescimento econômico tradicional e abordam o bem-estar de maneira mais ampla e integrada”, destacou o CEO da Aguama Ambiental. Associados às dificuldades de ordem econômica das famílias, os problemas relacionados à saúde mental e emocional dispararam. O País, cuja imagem remete ao samba, futebol e carnaval, agora é o quarto mais estressado do mundo, segundo o relatório World Mental Health Day 2024, produzido pela Federação Mundial de Saúde Mental. Quase metade (42%) reclama de problemas relacionados ao estresse e 54% consideram a saúde mental como o maior problema de saúde do País. Em sintonia com esses dados, o Ministério da Previdência Social apontou ainda que a ansiedade é a terceira maior causadora dos afastamentos de trabalho no Brasil. “A discussão sobre o FIB ganhou muito mais força nos últimos anos, especialmente devido à crescente atenção à saúde mental e às consequências da chamada 'sociedade do cansaço'. O aumento do estresse, ansiedade e casos de burnout, agravados pela pandemia, trouxe a necessidade urgente de repensar os modelos de desenvolvimento e qualidade de vida”, reforçou Caio Queiroz. INFELICIDADE NO TRABALHO E BURNOUT Uma pesquisa da Gallup, intitulada State of the Global Workplace 2024, destacou um panorama preocupante sobre o bem-estar emocional dos trabalhadores brasileiros. Segundo o estudo, 46% dos profissionais no Brasil afirmaram estar estressados, enquanto

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Como cultivar bons pensamentos para 2025?

O início de um novo ano é sempre um convite à reflexão e à renovação. Com 2025 se aproximando, muitos de nós desejamos um ciclo mais leve, com pensamentos positivos que nos impulsionem a viver melhor. Bons pensamentos não são necessariamente aqueles isentos de negatividade, mas os que nos ajudam a conectar com o que realmente importa: nossos valores, nossas relações e o cuidado conosco mesmos. O segredo está em cultivar um relacionamento mais saudável com nossa mente. Mas como treinar nossa mente para manter pensamentos saudáveis, mesmo diante dos desafios inevitáveis da vida? Pensamentos positivos não surgem da negação da realidade, mas de um olhar mais compassivo e estratégico para ela. É um exercício diário de cuidado mental, assim como cuidamos do corpo ou de uma planta. Pequenos hábitos consistentes podem gerar grandes transformações. Muitas vezes, associamos o pensamento positivo a ignorar desafios ou forçar um otimismo que não nos parece genuíno. No entanto, cultivar pensamentos saudáveis é algo mais profundo: trata-se de aprender a se relacionar com a mente de forma diferente, acolhendo o que surge sem julgamentos e escolhendo agir em alinhamento com o que realmente importa. Nosso cérebro foi moldado para a sobrevivência, não para a felicidade. Por isso, pensamentos negativos ou ansiosos frequentemente refletem um sistema de proteção que busca nos manter seguros. O problema surge quando nos apegamos demais a esses pensamentos ou os tratamos como verdades absolutas. Frases como “Eu não sou capaz” ou “Nada vai dar certo” podem nos paralisar, mas não definem quem somos ou o que podemos realizar. Em vez de rejeitar ou se culpar por esses pensamentos, é possível acolhê-los com gentileza, reconhecendo que fazem parte da experiência humana. Muitas vezes somos extremamente duros conosco. Quando algo dá errado, tendemos a nos criticar ou fugir da situação. Mas e se nos tratássemos com mais gentileza? Reconhecer que estamos fazendo o melhor que podemos dentro das circunstâncias não é fraqueza, mas força. Esse tipo de acolhimento cria um espaço interno seguro para lidar com os desafios sem nos sentirmos sobrecarregados. Aceitar a realidade como ela é não significa concordar ou se resignar. Aceitação é o reconhecimento do presente, que nos permite agir com mais clareza e eficácia. Pensamentos e emoções difíceis fazem parte da vida, mas não precisam controlar nossas ações. Quando aceitamos o momento presente com tudo o que ele traz, abrimos espaço para agir de acordo com nossos valores — aquilo que realmente importa. Para começar 2025 com uma mente mais saudável, algumas práticas podem ajudar. A atenção plena (mindfulness) é uma delas, pois nos ensina a observar pensamentos como nuvens que passam pelo céu, reduzindo o impacto emocional de pensamentos difíceis e aumentando a clareza para agir. Ser gentil consigo mesmo é outra estratégia essencial. Quando perceber pensamentos de autocrítica, pergunte-se: “Eu falaria isso para alguém que amo?”. Praticar autocompaixão não é indulgência, mas uma forma de se fortalecer. Também é importante definir o que é realmente significativo para você: identificar o que valoriza na saúde, nas relações ou no trabalho pode ser um guia para suas decisões, independentemente dos pensamentos ou emoções que surgirem. Criar distanciamento dos pensamentos negativos é outra ferramenta poderosa. Quando pensamentos como “Eu não sou capaz” aparecerem, tente reformulá-los dizendo: “Estou notando que minha mente está dizendo que não sou capaz”. Isso ajuda a enxergar o pensamento como apenas um evento mental, e não uma verdade absoluta. Por fim, é essencial acolher a imperfeição. Não podemos controlar completamente os pensamentos ou emoções, mas podemos desenvolver flexibilidade psicológica, que é a capacidade de nos adaptar e agir com propósito, mesmo diante de dificuldades. Em 2025, não precisamos de uma mente livre de pensamentos difíceis para viver bem. O segredo está em como escolhemos responder a eles. Ao praticar aceitação, compaixão e ações guiadas por valores, criamos um espaço interno mais leve e corajoso. Que este novo ano seja um tempo de reconexão consigo mesmo e com o que realmente importa. Porque, no fim, cultivar bons pensamentos é cultivar uma relação mais saudável e generosa com a própria vida. Rodrigo Nery é Psicólogo e Diretor Clínico do Grupo Ampliar, Mestre em Psicologia da Saúde, Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental @rodrigonerypsi Dose de Saúde: a jornalista Ana Lima é CEO de uma das maiores agências de assessoria de imprensa de Pernambuco, tem uma vida super corrida, mas não se descuida da saúde e qualidade de vida. Confira suas dicas de bem-estar para 2025. "Nunca fui descuidada com a saúde, mas vi minha vida ter muito mais qualidade quando priorizei a atividade física e os cuidados com alimentação. Em 2024, tive meu recorde na bike, pedalando do Cabanga a Maria Farinha, um percurso de 32 quilômetros. Mantive os treinos voltados para ganhar mais músculos, ter mais resistência e equilíbrio, procurando movimentar o corpo também nos finais de semana. Minha rotina é acordar cedo, agradecer, respirar com consciência, levantar da cama e acreditar que o dia será bom". Para 2025, Ana Lima se prepara para fazer seu primeiro rafting e ter aulas de remo, além de manter a musculação. Também irá fazer o meu terceiro Caminho de Santiago, desta vez pela rota portuguesa.  "A propósito, recomendo essa longa caminhada para qualquer pessoa. Faz bem ao corpo, à alma, conserta coisas que a gente nem sabia que estavam quebradas. O Caminho nos destrói fisicamente para nos revigorar emocionalmente. É incrível! Faça!", diz. "Dance, caminhe, corra, pedale… Mas não fique parado, olhando a vida passar nas redes sociais. Vamos cuidar da nossa saúde! Vamos cuidar da nossa vida!", finaliza. Ana Cristina Lima é jornalista e empresária @analimabrava

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5 fotos da Rua do Sol antigamente

Rua do Sol. O nome é pelo fato de ser iluminada na maior parte do dia. Hoje ela é apenas uma via com pouca vida, mais um lugar de passagem. Mas no passado não era assim. Passeios públicos privilegiados e aa proximidade do Teatro Santa Isabel, do Palácio do Campo das Princesas e da Antiga Casa de Detenção faziam dela uma rua bastante movimentada. Os jardins e o vasto espaço para os pedestres representam um Recife mais bucólico e, aparentemente, mais agradável e humano. Na primeira foto temos ainda o registro de veículos de tração animal na cidade. Mas é nesta rua que em 1867 é construído um ponto de embarque para a Maxambomba - um serviço de transporte da companhia Brazilian Street Railway Companny Limited. Todas as fotos foram retiradas do acervo da Villa Digital, da Fundação Joaquim Nabuco. (Clique nas imagens para aumentar) 1900 (foto do Acervo Benício Dias) 1900 (Foto Studio Recife, no Acervo Josebias Bandeira) 1915 (foto de Eugenio Nascimento, do Acervo Josebias Bandeira) 1920 (Acervo Benício Dias) Rua do Sol (sem data - Acervo Josebias Bandeira) Se você tem imagens antigas do Recife, nos envie pelo e-mail: rafael@algomais.com

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Revista Algomais conquista Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo

Série de reportagens sobre transição energética, assinada pelo repórter Rafael Dantas, foi a vencedora do prêmio em Pernambuco. Na imagem acima os jornalistas Fabiola Vasconcelos (Carta Capital) e Rafael Dantas (Revista Algomais) com o presidente Paulo Câmara e o superintendente Hugo Queiroz. (Foto: Heudes Regis) A revista Algomais foi destaque na edição 2024 do Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo em Desenvolvimento Regional. O jornalista Rafael Dantas, integrante da redação da publicação, venceu a categoria Estadual Profissional com uma série de reportagens que abordam o tema da transição energética no Nordeste. A premiação ocorreu em um evento realizado no Recife, onde o troféu foi entregue pelo presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara. O reconhecimento reforça o papel da Algomais como um veículo de referência na cobertura de temas econômicos e regionais. A cobertura premiada destacou os desafios e oportunidades da transição energética em Pernambuco, com foco no hidrogênio verde e nas matrizes eólica e solar. O texto abordou como o estado pode se posicionar como líder nesse mercado global, aproveitando sua base industrial, inovação tecnológica e recursos naturais. Especialistas ressaltaram a necessidade de um plano estratégico para atrair investimentos e fomentar tecnologias como a eletrólise, enquanto enfrentam gargalos como a disponibilidade hídrica. A matéria também explorou o papel do Brasil no cenário mundial de energias renováveis e os avanços necessários em mobilidade elétrica e infraestrutura. Além da Algomais, outro destaque pernambucano foi a jornalista Fabiola Mendonça, correspondente da Carta Capital. Ela conquistou o Grande Prêmio Nacional do Banco do Nordeste de Jornalismo com a matéria "Especial Nordeste: Transição energética e indústria verde". A entrega ocorreu no dia 3 de dezembro, em Fortaleza (CE), reconhecendo o trabalho que explora os impactos e oportunidades da transição energética na região.

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Shopping Tacaruna Praca de Alimentacacao Recife 26 11 2024 Foto Americo Nunes

Shopping Tacaruna investe em revitalização e expansão de mix para 2025

O projeto de retrofit, com investimentos de R$ 18 milhões e R$ 12 milhões em 2025, busca renovar a estrutura e oferecer mais conforto aos clientes. Foto: Américo Nunes O Shopping Tacaruna concluiu em 2024 a primeira fase de um projeto de revitalização que envolveu um investimento de R$ 18 milhões na reforma da fachada e das Praças de Alimentação Olinda e Recife, com melhorias no mobiliário, revestimento acústico, iluminação e paisagismo. Em 2025, a segunda fase do projeto será realizada, com R$ 12 milhões previstos para a renovação do teto, troca de vidros para maior eficiência energética, novo design de forro e iluminação mais moderna. O projeto arquitetônico, assinado pelo premiado arquiteto Paulo Baruki, visa trazer mais sofisticação e conforto ao ambiente, alinhado às tendências globais. O shopping também diversificou seu mix de lojas, com a chegada de novas operações como Kinitos Festas, Restaurante Bode do Nô, Óticas Carol e Hope (Lingerie). Para 2025, o Tacaruna se prepara para a chegada de marcas como Narciso e Zeiss, além de outros novos empreendimentos. O shopping conta atualmente com 304 operações e mais de 1,1 milhão de visitantes mensais. Connectoway e Huawei realizam teste pioneiro de Wi-Fi 7 no Carnatal 2024 A pernambucana Connectoway, líder na distribuição de soluções Huawei na América Latina, realizou o primeiro teste de Wi-Fi 7 no Brasil durante o Carnatal 2024, em Natal. Com access points Huawei 8771X1-T, a tecnologia operou nas bandas de 2,4GHz, 5GHz e 6GHz, garantindo ultra velocidade e baixa latência para o evento. Além de atender à produção, uma rede aberta permitiu acesso público via QR code. Construtora Baptista Leal lança Start Recife Residence na Zona Norte A Construtora Baptista Leal (CBL) lançou o Start Recife Residence, localizado no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife, oferecendo apartamentos com dois quartos, suíte canadense, cozinha, varanda e sala para dois ambientes. O empreendimento possui área verde de mais de 15 mil metros quadrados e infraestrutura de lazer, que inclui piscina, salão de festas, academia ao ar livre, bicicletário, brinquedoteca, pet play. Com localização é próxima à Estrada da Mumbeca e BR-101, o projeto tem financiamento facilitado pela Caixa Econômica Federal. A CBL também entregou recentemente outros empreendimentos, como o Dumont Garden e o Like Clube Boa Viagem, e segue com obras de novos projetos na cidade.

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Corrida de rua em 2025: orientações para alcançar seus primeiros KMs

Caso o seu plano para 2025 inclua participar de corridas de rua, há muito a ser considerado antes de calçar o tênis e sair correndo pelas ruas. O treinador de corrida e profissional de educação física, Ângelo Silva, reuniu orientações essenciais para quem deseja abraçar essa modalidade, reforçando os cuidados com preparação física, prevenção de lesões e motivação ao longo da jornada. Para iniciantes, o primeiro passo é buscar orientação profissional. “Saber os volumes e intensidades corretas é essencial para evitar lesões ou problemas que podem ocorrer pela falta de conhecimento técnico sobre treinamento”, alerta Ângelo. O acompanhamento garantirá que as atividades sejam seguras e eficientes. Na montagem da rotina de treinos, comece de forma gradual, combinando corrida leve com caminhadas. “Para quem ainda não tem condicionamento, usamos pausas programadas, intercalando tempo de caminhada e corrida, sempre de forma proporcional e adaptada”, explica o treinador. A frequência é um ponto importante. Treinar três vezes por semana já é o suficiente para o iniciante, sempre respeitando o nível de preparo do corredor. E não se esqueça de incluir um dia de descanso para recuperação. “Fortalecimento muscular é fundamental”, reforça Ângelo, destacando que não precisa se limitar à musculação tradicional. Atividades que desenvolvam força e mobilidade são bem-vindas, ajudando na prevenção de lesões. A alimentação também deve estar alinhada aos treinos. “Além de correr, é preciso cuidar bem da hidratação e da dieta para obter os melhores resultados”, salienta o treinador. Lesões comuns e como evitá-las Entre os problemas mais frequentes entre iniciantes estão lesões no joelho, quadril e, principalmente, a canelite (inflamação na canela). “Para preveni-las, é importante controlar os volumes e intensidades dos treinos”, orienta Ângelo. Ele destaca que aquecimento e resfriamento são etapas indispensáveis de cada sessão. “O aquecimento eleva a temperatura corporal e prepara o corpo para atividades intensas. Já o resfriamento ajuda na recuperação, reduzindo o risco de dores e lesões”. Para uma primeira corrida oficial, como os 5 km, Ângelo estima que três meses de treinamento sejam suficientes para iniciantes. Esse prazo, porém, varia conforme o condicionamento do corredor. Manutenção da motivação A motivação é uma das chaves do sucesso. Segundo Ângelo, a evolução gradativa no condicionamento físico estimula os praticantes a continuarem comprometidos. “A orientação correta e o acompanhamento profissional mantêm os treinos interessantes e desafiadores, aumentando o interesse”, afirma. No dia da corrida Para obter o melhor desempenho, constância nos treinos e descanso adequado são essenciais. “Alimente-se bem, durma o suficiente e respeite os limites do corpo”, recomenda Ângelo. Conexões sociais Correr é também uma excelente oportunidade para socializar. Ângelo destaca que treinar em grupo ou participar de equipes de corrida ajuda a manter a motivação em alta. “Estar cercado por pessoas que compartilham objetivos semelhantes cria um ambiente de apoio e incentiva a consistência nos treinos. Isso transforma a corrida em um momento de interação e diversão, não apenas de exercício físico”, afirma o treinador. Segundo dados do Strava, principal plataforma para pessoas ativas, com 135 milhões de membros em mais de 190 países, o Brasil é destaque como a segunda maior comunidade da rede, com 19 milhões de usuários. De acordo com o relatório anual Year in Sport 2024, as atividades de corrida em grupo no país cresceram 109%, impulsionadas por grupos informais, conhecidos como crews, e assessorias esportivas. Globalmente, o aumento foi de 59%. Em ambos os cenários — no mundo (48%) e no Brasil (56%) —, o principal motivo para participar de corridas foi a oportunidade de fazer conexões sociais. Além disso, a corrida foi identificada como o esporte mais praticado tanto pelos brasileiros quanto em nível global em 2024. Ângelo conclui:  “Ao combinar todos esses pilares, os resultados serão excelentes e permitirão atingir suas metas com segurança”. Roupas e equipamentos Para correr na rua, os equipamentos são simples, mas fundamentais. O principal item é um par de tênis adequado ao uso da modalidade. Quanto à roupa, opte por tecidos leves e tecnológicos que favoreçam a transpiração e sequem rapidamente, evitando desconforto e superaquecimento. No verão, prefira camisetas de manga curta ou regatas, bermudas ou leggings. Já nos dias mais frios, o ideal são roupas de camadas leves, como jaquetas corta-vento e calças justas térmicas. Use também meias adequadas para corrida, que ajudam a evitar bolhas. E não se esqueça do filtro solar. Ângelo Silva é treinador de corrida @angelo_5 Creatina: eficiência comprovada, mas consumo exige cautela e orientação A creatina tem se consolidado como um dos suplementos mais eficazes para melhorar o desempenho atlético e aumentar a força muscular. No entanto, seu uso requer responsabilidade e informação, principalmente diante dos riscos associados ao consumo de produtos de origem duvidosa. Gesika Assunção, professora de Nutrição no Centro Universitário UniFBV Wyden, destaca a importância de optar por suplementos devidamente regularizados. "Escolher produtos aprovados pela ANVISA é essencial para garantir segurança e eficácia no consumo", reforça. A especialista também alerta para os perigos das aquisições feitas em plataformas de marketplace ou lojas sem credibilidade. "Sempre verifique a procedência do suplemento. Priorize sites oficiais ou lojas conhecidas que assegurem a qualidade do produto", orienta Gesika. Além disso, o acompanhamento profissional é indispensável para maximizar os benefícios da creatina. "O nutricionista pode avaliar as necessidades individuais e determinar a dosagem adequada, ajudando o paciente a atingir seus objetivos de maneira segura", aponta. Embora amplamente reconhecida pelos benefícios no esporte, a creatina tem sido investigada em outras áreas, como o tratamento de doenças neurológicas e metabólicas, o que, segundo Gesika, ainda exige mais estudos. "Isso reforça a importância de um consumo consciente e monitorado por profissionais qualificados", ressalta. Mais do que um suplemento, a creatina deve ser integrada a um estilo de vida saudável, que inclua uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios. "Utilizada corretamente e com hábitos saudáveis, a creatina pode trazer resultados expressivos. Com uma boa avaliação nutricional, é possível potencializar seus efeitos com segurança", conclui a especialista. Fazer escolhas conscientes, apoiadas por orientações profissionais, é o caminho para que a creatina seja uma aliada poderosa na busca por melhor

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auto compadecida2

O Auto da Compadecida 2 (Crítica)

Sequências sempre enfrentam a pressão de ter de superar ou, pelo menos, igualar o sucesso do filme anterior. A situação ganha intensidade quando o longa em questão é um clássico nacional do porte de "O Auto da Compadecida". As presepadas de Chicó e João Grilo estão de volta à tela grande em "O Auto da Compadecida 2", vinte e cinco anos após a estreia do primeiro filme. Na história, Chicó segue a vida na mítica cidade de Taperoá, no sertão nordestino. Agora, vive da venda de santinhos esculpidos em madeira e da contação de causos para turistas, como a história do milagre da ressurreição de João Grilo. Para surpresa e alegria de Chicó, o amigo reaparece e passa a ser tratado como celebridade pelos habitantes de Taperoá. A fama de João Grilo chama a atenção de dois adversários políticos: o Coronel Ernani (Humberto Martins), um poderoso fazendeiro da região, e Arlindo (Eduardo Sterblitch), dono da única rádio da cidade. Ainda que se desenrole na década de 50, a trama traz como pano de fundo temas bem atuais. Os conflitos entre os personagens interpretados por Humberto Martins e Eduardo Sterblitch servem de mote a discussões sobre fakenews e adoração à celebridades. Além do Coronel Ernani e de Arlindo, outros personagens marcam estreia na franquia. Fabíula Nascimento interpreta Clarabela, filha do Coronel e novo par de chamego de Chicó. Luis Miranda encarna o trapaceiro e amigo de longas datas de João Grilo, o carioca Antônio do Amor. Outra personagem importante retorna: Rosinha (Virgínia Cavendish), par romântico de Chicó. Agora, uma mulher madura, independente, que trabalha como caminhoneira, bem diferente da jovem do primeiro longa, ingênua e subserviente ao pai, o Major Antônio Morais. Dirigido pelos pernambucanos Flávia Lacerda e Guel Arraes, "O Auto da Compadecida 2" mantém-se fiel à obra de Ariano, desde a caracterização e motivações das personagens até a construção do universo em que transitam. Taperoá é alçada ao nível de Macondo e Ítaca, famosas cidades míticas, como citou Flávia Lacerda em entrevista recente. Erguida em estúdio e finalizada em CGI, a cidade transpira fábula. Fazer comparações deste com o filme anterior pode macular a experiência com a nova proposta. Ainda que entrelaçadas pelo mesmo universo e personagens, cada obra, em parte, reflete o período em que fora lançada. No final, "O Auto da Compadecida 2" revela-se uma bela e divertida homenagem à criação do mestre Ariano. O filme estreia nos cinemas no próximo dia 25.

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Piscinas Naturais de Porto de Galinhas Vinicius Lubambo 2

Turismo de Pernambuco apresenta forte crescimento em 2024

Setor teve aumento de receita de 10% em comparação a 2023 e prevê um 2025 igualmente promissor, em razão de novas conexões aéreas, investimentos hoteleiros e o bom momento do setor de negócios. Foto: Vinicius Lubambo *Por Rafael Dantas O turismo de Pernambuco vive um período de forte aquecimento. E não é apenas o verão que está esquentando a movimentação dos hotéis e dos serviços de lazer do Estado. Com a oferta crescente de conexões aéreas, tendo o aeroporto mais movimentado do Nordeste, e a estruturação dos principais destinos, a Terra dos Altos Coqueiros figura como protagonista em várias listas de desejos dos visitantes do País. De acordo com o Prêmio Melhores Destinos, Porto de Galinhas foi apontado como o segundo melhor destino de praia do Brasil. No ranking do Booking de preferência de viagens para o Natal e Ano Novo, Fernando de Noronha e Porto de Galinhas estão, respectivamente, em segundo e em terceiro lugar. E na lista de desejos para viajar no próximo ano, em pesquisa do Ministério do Turismo, em parceria com o Instituto de Pesquisa de Reputação e Imagem, Pernambuco apareceu em quinto lugar nacional. Se Porto de Galinhas desponta como a joia da coroa, a capital pernambucana também surge com força em algumas pesquisas. No levantamento da Embratur e da Decolar sobre a busca dos turistas estrangeiros, o Recife ficou em segundo lugar em todo o País. Os bons ventos para o setor, porém, estão distribuídos também nos destinos do interior, em novos roteiros que estão despontando e em segmentos, como das viagens de negócios e eventos. Mudam as metodologias e os recortes, mas o interesse pelos principais destinos do Estado já está visível nos números consolidados do setor. O Índice da Atividade Turística divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que entre janeiro e setembro, a receita do setor foi 38,8% superior à do período pré-pandemia. O crescimento entre 2023 e 2024 foi de 10,2%. LIDERANÇA REGIONAL DE VOOS Uma das receitas desse sucesso é a força do setor aéreo. Além de ter um hub da Azul, Pernambuco registra um avanço da malha aérea desde a reabertura da pandemia. “Temos o dobro de voos de Fortaleza e uma vez e meia a mais que Salvador”, destacou o presidente da Empetur, Eduardo Loyo. O grande volume desses voos é nacional, mas as conexões com o exterior estão em andamento. Mesmo ainda abaixo do período pré-pandemia, Pernambuco já consegue se conectar com os Estados Unidos, a Argentina, Portugal, além dos recentes voos para o Paraguai e para o Chile. É a volta do turismo internacional a bola da vez esperada pelo setor hoteleiro. Durante o Visit PE Travel Show, o presidente do Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau, Otaviano Maroja, destacou a importância dessas conexões para atrair o turista. “O mercado sul-americano é muito bem-atendido com voos para o Caribe, mais que para o Nordeste. Então, esses operadores estão sempre negociando as melhores condições para trazer esses clientes. E é muito importante para a gente ter esse cliente o ano todo, com voos para o ano inteiro”. Ele revela o potencial de atração que Porto de Galinhas passa a ter com o voo direto Recife — Santiago, recém-inaugurado. A demanda do turista pernambucano, inclusive, de conhecer a capital chilena fortalece esse voo, visto que as companhias têm compradores nos dois sentidos da viagem. Entre os meses de janeiro e outubro de 2024, Pernambuco recebeu 44.467 visitantes estrangeiros, segundo a Empetur. Os principais mercados emissores internacionais foram Portugal (27,12%), Uruguai (19,52%), Argentina (16,98%), Itália (5,98%) e Alemanha (5,98%). A retomada da malha aérea internacional é o foco do setor, segundo Eduardo Tiburtius, presidente da Associação de Hotéis de Porto de Galinhas. “O turista doméstico já voltou completamente, após a pandemia. Agora temos mais volume de voos do que antes de 2019. Mas o internacional, ainda não. Chegamos a ter oito voos semanais na alta temporada da Argentina, hoje temos três”, comparou o empresário. “O turismo é um processo, vendemos o futuro e isso demanda um certo tempo. Mas neste ano nossos focos são Santiago, que está acostumado a ir para o Caribe e Estados Unidos, mas vem pouco ao Nordeste. Assunção também tem se mostrado um mercado muito interessante, com 100% vendido”, declarou Tiburtius. Marcando presença no evento, a governadora Raquel Lyra garantiu também a melhoria da infraestrutura do aeroporto de Fernando de Noronha. O terminal aéreo tem recebido apenas aviões de menor porte (até 70 lugares) até a conclusão dos trabalhos. Assim que tiver seu aeroporto requalificado, o arquipélago poderá receber aviões maiores e já tem a garantia de um voo direto vindo de Guarulhos, já pactuado com a Latam. “As obras do Aeroporto de Noronha estão andando bem, demoraram mais pela falta do material com que se faz o asfaltamento da pista. No máximo em janeiro, a gente entrega e junto será feita a requalificação, será um novo aeroporto para os turistas”, assegurou Raquel Lyra. Ela destacou ainda a conquista de uma parceria com o Ministério dos Transportes para refazer as vias urbanas da cidade. Ela prometeu também lançar um novo projeto de saneamento para o arquipélago. “As ilhas de Fernando de Noronha são pérolas que servem para atração de turistas também para outras regiões do Estado”. Para os próximos dois anos, há uma expectativa também no recente anúncio do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Ao lado do ministro do Turismo, Celso Sabino, ele anunciou o investimento de R$ 63,6 milhões na promoção internacional dos destinos do Nordeste. O aporte faz parte do Pati (Programa de Aceleração do Turismo Internacional), que espera gerar 500 mil novos assentos no período de um ano. PORTO DE GALINHAS EM DESTAQUE De acordo com o diretor de vendas da plataforma Omnibees, Rodolfo Delphorno, Porto de Galinhas é o único destino que supera a capital em número de reservas entre todos os principais Estados do Brasil. A plataforma registrou 222,7 milhões de pesquisas para a alta estação. O balneário tem uma estadia

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Banco do Nordeste cria superintendência para apoiar micro e pequenas empresas

Nova estrutura reforça apoio ao segmento e amplia acesso ao crédito comercial O Banco do Nordeste (BNB) anunciou a criação de uma superintendência específica para Micro e Pequenas Empresas (MPE), com o objetivo de fortalecer o apoio a esses negócios e atender pessoas físicas interessadas em empreender ou adquirir franquias. Segundo o presidente do banco, Paulo Câmara, a iniciativa reflete o compromisso do BNB com o desenvolvimento econômico regional, alinhando-se às diretrizes do governo federal para fomentar um segmento essencial na geração de emprego e renda. Entre janeiro e setembro deste ano, as operações do banco com MPEs cresceram 10%, totalizando 34.700 contratações e R$ 4,4 bilhões em crédito concedido. A nova superintendência será liderada por Lívio Tonyatt, funcionário de carreira do banco, que promete inovar nos serviços oferecidos para garantir o acesso das pequenas empresas aos recursos necessários para prosperar. Luiz Abel, diretor de Negócios do BNB, destacou que a iniciativa permitirá mais atenção ao setor e ampliará o crédito comercial para funcionários dessas empresas, fortalecendo a economia regional. A criação da superintendência reafirma o papel estratégico do banco em apoiar empreendimentos e impulsionar o desenvolvimento nos estados nordestinos, Minas Gerais e Espírito Santo. Restaurante-Escola do Senac promove a 5ª edição do "Natal que Dá Gosto" No dia 18 de dezembro, o Mascate Restaurante-Escola do Senac será palco da ceia beneficente "Natal que Dá Gosto", uma iniciativa do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac PE, Natto e Instituto Cesar Santos, com apoio da ONG Anjos da Noite. O evento atenderá cerca de 200 pessoas em situação de vulnerabilidade social, divididas em dois turnos, e contará com um menu especial preparado por chefs e alunos do Senac, liderados pelo chef Cesar Santos. A ação une solidariedade e aprendizado. Feira Terra Pernambuco destaca arte, gastronomia e inovação cultural A Feira Terra Pernambuco – Feira de Inovação, Arte e Gastronomia acontece de 13 a 15 de dezembro, celebrando a cultura local nos jardins do Museu do Estado de Pernambuco. A programação inclui oficinas no Sebrae PE, exposições de artesanato, palestras, atividades sensoriais e apresentações musicais, com destaque para a Orquestra Giral e Rodrigo Morcego. A feira homenageia o ceramista Zezinho Muriçoca, ícone da arte pernambucana, e reúne expositores como Guida Marques e Marcos de Sertânia, fortalecendo o empreendedorismo cultural no estado. Com entrada gratuita, o evento valoriza a troca de experiências entre produtores e consumidores, oferecendo produtos como cerâmicas, joias e cachaças, além de atrações como harmonização de cafés e degustações de bebidas regionais. O diretor do Museu do Estado, Rinaldo Carvalho, destaca a importância da feira: “A troca de experiências e o incentivo à inovação são essenciais para o crescimento cultural e econômico da nossa cidade.” Franquias de Saúde, Beleza e Bem-Estar crescem 12,7% no 3º trimestre de 2024 As franquias de Saúde, Beleza e Bem-Estar registraram um crescimento de 12,7% no terceiro trimestre de 2024, superando a média de 12,1% do setor de franquias, de acordo com a ABF. O faturamento do segmento subiu de R$ 14,2 bilhões para R$ 16 bilhões, impulsionado pela busca por qualidade de vida e tratamentos personalizados. Redes como Royal Face, com mais de 270 clínicas, e Oral Sin, líder em implantes dentários com 400 unidades, destacam-se por inovações e expansão acelerada, reforçando as oportunidades no setor.

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