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7 fotos das sorveterias de antigamente

Pernambuco, principalmente o Recife, possui algumas sorveterias bem tradicionais e outras antigas também foram fechadas nos últimos anos. O saudosismo por esses estabelecimentos e as boas memórias levaram ao escritor Gustavo Arruda a publicar o livro "No tempo das Sorveterias" (Uiclap Editora, 2022, 158 páginas), que traz fotos, curiosidades e histórias desses lugares que marcaram a infância e juventude de muitos pernambucanos. O livro pode ser adquirido pelo site: https://loja.uiclap.com/titulo/ua21823/ O escritor Gustavo Arruda, que é pernambucano do Recife e colecionador de fotos antigas da cidade, compartilhou algumas imagens raras com a coluna Pernambuco Antigamente, que você pode conferir abaixo. Sorvetes Bacana, em Olinda, no ano de 1992 Fachada da primeira loja da John's, no bairro da Madalena, em 1980(Acervo da John's) Fachada da Beijo Frio Sorveteria, em Bairro Novo, Olinda (Acervo APO) Prédio da Fábrica de Sorvetes Xaxá, na Praça Oliveira Lima, no Recife(Acervo Fernando Machado) Sorveteria Glacier, em Olinda, 1990(Acervo de Ricardo Prestrelo) Fachada da primeira loja da futura FriSabor, na Rua Joaquim de Brito, no Recife, em 1957(Acervo de Luiza Maria) Sorveteria Peixe, em Vitória de Santo Antão, nos anos 1950(Acervo Rosângela Peixe) *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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DRA ANA ELIZABETH CRIANCA COMPORTAMENTO

"Depois da pandemia, as crianças estão desmotivadas e com dificuldade de acompanhar a aula"

Ana Elizabeth Cavalcanti, psicanalista integrante do CPPL (Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem), avalia o impacto da pandemia no desenvolvimento e na saúde mental das crianças e adolescentes, o estresse sofrido pelos pais e analisa os problemas provocados pelo retorno às aulas presenciais nas escolas. Passado o período mais intenso de isolamento e das aulas 100% online (medidas adotadas no auge da pandemia) ob- serva-se nos estudantes a dificuldade do convívio social, um comprometimento do aprendizado e, sobretudo na população adolescente, um aumento nos índices de depressão. Para conversar sobre esse impacto da crise sanitária da Covid-19 nas vi- das dos alunos, Cláudia Santos conversou, por videoconferência, com a psicanalista Ana Elizabeth Cavalcanti, integrante do CPPL (Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem). Ela abordou a culpa dos pais por não corresponderem a um “ideal de família feliz” impossível de alcançar durante a situação de confinamento (como dar conta do trabalho remoto, da assistência ao ensino online dos filhos e do cuidado com a casa). A psicanalista tam- bém ressalta a dificuldade de crianças e adolescentes de se rea- daptarem às aulas presenciais e orienta como ajudá-los. Qual o impacto da pandemia no desenvolvimento da criança? O impacto é inquestionável e varia com a idade, a classe social, as condições que as crianças tiveram durante a pandemia. Uma pesquisa mundial da Unicef, na qual entrevistaram os pais, mostra que 63% deles tiveram perda financeira na pandemia e 6%, não tiveram o que comer. Aqui as pesquisas também apontam nessa direção. Isso gera insegurança, desespero, violência. Algo fundamental para ser levado em consideração é o confinamento, que implicava em você estar em casa com as crianças (aquelas que puderam ter essa condição). Algumas crianças ficavam em situações deploráveis, a violência doméstica explodia, em razão da convivência demasiada. Outro ponto crucial é a privação da escola. O Brasil foi o país que teve mais semanas sem aulas presenciais do mundo. Enquanto a média mundial foi de 20 semanas, nós chegamos a 70 semanas. Ficou muito visível o que representa a escola que, além da evidente função da educação formal, implica também, desde questões básicas de um espaço onde as crianças podem comer melhor, até a sua importância no desenvolvimento do contato social, da transmissão dos valores. De repente, elas se viram privadas de tudo isso. A escola é o espaço onde a criança vai aprender a lidar com as vicissitudes do seu desejo. Ela quer sempre fazer o que quer, objetalizar o outro. O que faz com que isso não se exacerbe é o exercício do convívio social. Somos todos agressivos? Sim. O que faz com que não nos matemos uns aos outros – até que se mata, mas não no nível de nos exterminarmos? É justamente esse exercício de relação entre as pessoas. Na escola acontece muito de um coleguinha morder o outro. O coleguinha chora, dizemos para a criança pedir desculpas. Depois, morde novamente e fazemos a mesma coisa. Esse é o exercício. A privação disso é expressa pela tendência ao isolamento. As depressões e as crises de ansiedade, sobretudo nos adolescentes, estouraram, assim como os índices de automutilação e suicídio. Para as crianças mais precoces, que estavam no infantil e na alfabetização, foi um desastre completo do ponto de vista afetivo emocional, porque sabemos a importância da escola nessa faixa etária. Existem crianças, por exemplo, que não falam e quando entram na escola começam a falar, em dois meses. Nas crianças com mais idade, vimos que todos esses componentes da sociabilidade da escola estavam lá presentes, mas houve também o comprometimento da educação formal. Os efeitos já são visíveis, mas serão ainda mais à proporção que o tempo passa. Do ponto de vista da saúde mental, pessoas de todas as idades foram atingidas. As mães que foram para a maternidade no auge da pandemia, não puderam ser visitadas, não contaram com o apoio dos familiares ou de outras pessoas, porque todos estavam confinados. Nas classes médias não tinha quem ajudasse na manutenção da casa. Tudo sobrou para os pais, que muitas vezes já tinham outra criança. Uma situação adversa para a chegada de um bebê. Os bebês que estavam confinados junto com os pais passaram a ver todas as outras pessoas que não estavam em casa – avós, tios, os primos, os amigos dos pais – mascarados. O rosto é uma referência importante porque é por ele que passam as mensagens afetivas. Esse foi um dos motivos que aumentou o número de diagnóstico equivocado de autismo. Se a criança está nesse contexto, privada de estimulação, sem conviver, sem ter acesso aos rostos humanos, é claro que farão uma sintomatologia como atraso de linguagem, irritabilidade, dificuldade de convivência, tendência a isolamento. Do meu ponto de vista fazer um diagnóstico de autismo nesse caso é um equívoco enorme. Outro componente fundamental é a presença das telas inclusive para bebês, numa situação muito especial porque os pais precisavam trabalhar, cuidar da casa, não havia maldade nisso. Qual o impacto da tela nas crianças? Sabemos que a exposição excessiva à tela coloca a pessoa numa situação de passividade. A criança desenvolve a linguagem e a capacidade de pensar na interação ativa, responsiva com outro. Na medida em que grande parte do seu tempo é ocupado pela tela, em que ela se coloca de forma passiva, com pouca capacidade de reagir a isso, é uma questão que preocupa. Outra consequência é a pouca aptidão para desenvolver relações na presença do outro, porque há uma tendência, não só nas crianças muito pequenas, mas também nas maiores e nos adolescentes, de ficarem naquele isolamento que a tela permite. No caso de crianças maiores, outra preocupação é a exposição a conteúdos que não são adequados. Temos visto muito na clínica o acesso a conteúdos difíceis, como pornografia e violência, que são acessados pela criança e absorvido por ela sem nenhuma mediação. A pandemia sobrecarregou os pais, que ficaram mais estressados, com home office, e por ajudar no ensino online dos filhos. Esse estado emocional dos

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O que pensam os candidado sobre educação, sustentabilidade e infraestrutura

*Por Rafael Dantas A s eleições se aproximam e em meio à acirrada disputa pelo Governo de Pernambuco a Algomais ouviu os candidatos à direção do Palácio do Campo das Princesas sobre a edu- cação, infraestrutura e a sustentabilidade ambiental. Esses são alguns dos temas apontados como estratégicos no documento Pernambuco Além da Crise — Proposta para os candidatos ao Governo, elaborado pela Algomais e Rede Gestão, com o apoio de pesquisadores, representantes de classe e empresários. Até o final desta que é a segunda reportagem sobre as eleições, responderam à redação os candidatos Anderson Ferreira (PL), Da- nilo Cabral (PSB), João Arnaldo (PSOL), Marília Arraes (Solidarieda- de), Miguel Coelho (União Brasil) e Raquel Lyra (PSDB). A partir da próxima segunda-feira, as respostas na íntegra de todos os candidatos serão publicados no site www.algomais.com/eleicoes2022 Leia a reportagem completa na edição 198.3 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Pernambuco Além da Crise: O que defendem os candidatos de Pernambuco nas eleições 2022?

A Algomais e a Rede Gestão produziram o documento "Pernambuco Além da Crise: Propostas aos Candidatos ao Governo de Pernambuco". Enviamos o material com sugestões e análises para todos os candidados e elaboramos perguntas sobre os aspectos que consideramos estratégicos para o Estado nos próximos anos. Confira nos links abaixo o que disse cada candidato.

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Rec'n'Play cresce em 2022 e espera promover mais de 500 atividades

Bairros centrais do Recife serão mais uma vez o palco de um dos maiores festivais de tecnologia e empreendedorismo do País. Fotos: Edson Holanda / PCR A edição 2022 do Rec'n'Play acontecerá entre 16 e 19 de novembro, na capital pernambucana. O evento, focado em tecnologia, empreendedorismo e cultura, promete uma programação bem extensa. Realizado em parceria pelo Núcleo de Gestão do Porto Digital e pela Ampla, com patrocínio da Prefeitura do Recife, o festival ocorre nos bairros do Recife e de São José, com o tema "O futuro em tempo real". Durante os dias do Rec'n'Play acontecem diversos eventos paralelos e os participantes podem definir uma trilha, de acordo com seus interesses, já que as ações acontecem bem próximas nos bairros. “São mais de 500 atividades, shows na rua, conteúdos durante o dia. Haverá muitos prédios abertos, inclusive o Chanteclair, que a cidade vai conhecer por dentro também. Vai ter muita coisa legal que vai acontecer. No sábado, inclusive, tem o Dia Kids, com o show do Mundo Bita. E na sexta-feira, teremos uma homenagem especial ao movimento Manguebeat, com show de Otto e também de Mundo Livre”, afirmou o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena. Hackathon, palestras, oficinas, apresentações culturais, rodadas de negócios, entre outras atrações irão compor o evento em 2022. A Prefeitura do Recife, por exemplo, está envolvendo 20 secretarias com ações e serviços durante o festival. “Acabamos de fazer o lançamento do Rec’n’Play deste ano, que está muito maior que as últimas edições. Este ano vai ser gigante, já que é uma referência em tecnologia, empreendedorismo, cultura e economia criativa para o Brasil inteiro. O Rec’n’Play não é apenas uma experiência de tecnologia, mas é uma experiência de cidade, de convivência, de ativação em diversas frentes. Vai ser gigantesco, maravilhoso, recifense, com a cara que a nossa cidade tem”, declarou o prefeito João Campos no lançamento. Em breve será possível conferir a programação completa e realizar as incrições no site https://recnplay.pe

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FRANS POST RUINAS DA MATRIZ DE OLINDA

Conheça a história do jesuíta Manuel de Morais: o padre traidor

Para algumas fontes holandesas, uma das grandes perdas para as forças luso-brasileiras foi a passagem para o lado dos invasores do jesuíta paulista Manuel de Moraes, quando da tomada da Paraíba em 30 de dezembro de 1634, pelas tropas comandadas pelo coronel Chrestofle d’Artischau Arciszewski, segundo assim descreve o autor das Memórias Diárias: “O padre Manuel de Moraes com um lenço em um pau foi render- -se ao inimigo, tão esquecido das obrigações de sua profissão, que a este juntou o maior, que foi casar-se depois em Amsterdã, sendo sacerdote e pregador apostólico, e abraçar a seita de Calvino!” Era esse jesuíta um grande conhecedor da língua dos indígenas, revelando-se posteriormente autor do Dicionário da Língua Tupi e de História da América, cujos originais receberam mais tarde elogios do filólogo Hugo de Groot. Exercia papel da maior importância entre as forças da resistência, como comandante das milícias indígenas a quem ensinara as técnicas da guerra de guerrilhas. Dele testemunhava, em 1631, Matias de Albuquerque: “pelejava com tão notável zelo e ardis como se fora sua profissão a guerra e milícia”. Por sua vez, era visto por fontes holandesas na Paraíba para onde se transferiu, como “a maior autoridade sobre todos os selvagens daquela região”. Mestiço, descrito por uns como mulato e por outros como mameluco, ele vivia há sete anos entre os indígenas e, mais recentemente, se encontrava empenhado em ministrar táticas de guerra volante. Dentre os seus aplicados alunos figurava o futuro herói da restauração e futuro dom, Antônio Filipe Camarão, que vem a ser seu sucessor no comando daqueles batalhões. Constrangido por ter perdido a função de capitão geral dos índios para o seu aluno Antônio Filipe Camarão, o padre Manuel de Moraes aproveitou a rendição da Paraíba para aderir à causa dos holandeses, renunciando sua fé católica e tornando-se um pregador luterano. Caindo nas boas graças do comandante Arciszewski, o padre ganhou notoriedade ao renunciar à teologia católica, tomando-se de paixão pelos ensinamentos da igreja reformada. Sua inesperada adesão, logo se transformou em propaganda da igreja reformada: “Padre torna-se protestante”. Foi o padre Manuel de Moraes de logo enviado aos Países Baixos a fim de melhor aprimorar seus estudos teológicos. Na Holanda, logo aprendeu a língua local e em pouco tempo veio a casar-se com a jovem Margaretha van der Heide, irmã do mestre dos pesos de Gelderland. Fixando moradia em Amsterdã, transformou-se de guerrilheiro em pregador devotado, conhecido por suas preleções nos púlpitos dos templos contra a doutrina e dogmas da igreja católica romana. Ainda nesta cidade escreve alguns textos científicos e, por causa do falecimento de sua mulher, transfere-se para Leiden onde se matricula na universidade local em 27 de julho de 1640, apresentando-se como Lusitanius Licenteatus Theologiae. Nesta cidade ele tenta a publicação do seu Dicionário da língua Tupi e de sua História da América. Sua vida afetiva, porém, toma novas cores quando do seu casamento com a jovem Anna Smits, uma das mais belas jovens de Leiden, que logo se tornou enfeitiçada pelo seu charme de mulato brasileiro. Apesar de sua aparência de homem “feio, preto, cara de chim”, segundo depoimento de Dona Anna Paes, “veio ele a se casar na Holanda com uma das moças mais formosas do país”. O segundo casamento, ao que parece, pouco durou, pois o padre apóstata se transfere para Amsterdã e lá tem um encontro secreto com o Núncio Apostólico, junto ao Reino dos Países Baixos, “onde se mostrou arrependido de sua escapada protestante e confessou seus pecados ao representante do papa que lhe deu absolvição”. Deixando na Holanda mulher e filhos, bem como amigos de prestígio como o historiador Jan de Laet, que tece elogios a sua inteligência, o padre Manuel de Moraes volta a sua terra a fim de explorar o corte de pau-brasil em área que lhe fora arrendada pela Companhia. Após algum tempo, João Fernandes Vieira, sabedor do retorno do padre apóstata o manda prender e logo que este chega à sua presença é acometido de grande arrependimento: “prostrou-se aos seus pés e com copiosas lágrimas, que lhe corriam sem cessar, lhe pediu encarecidamente que lhe desse uma palavra em seu aposento, com mostras de grande arrependimento, para que fosse um de seus soldados e assim se eximir do castigo que temia”. Abandonando a causa dos flamengos, tornou o padre aos exércitos dos insurrectos servindo com ardor, ao lado de João Fernandes Vieira, à causa da Insurreição Pernambucana, sendo o seu nome anotado por Diogo Lopes Santiago quando da batalha dos Montes das Tabocas, na qual participou exortando os soldados e rezando em voz alta suas orações, até a vitória final em três de agosto de 1645. Após o sucesso das tropas insurrectas em Tabocas e Casa Forte, foi o padre Manuel de Moraes enviado por João Fernandes Vieira à Lisboa, com a missão de narrar a D. João IV os feitos obtidos pelos exércitos da terra contra os holandeses. Durante essa temporada foi ele preso pela Inquisição de Lisboa e ali respondeu a processo, cujo teor vem a ser publicado na Revista do Instituto Histórico Brasileiro (v. LXX, Rio de Janeiro 1908). Da leitura de suas páginas se depreende que o religioso apresentou a seu favor “um perdão do Papa para sua apostasia ao catolicismo”, assegurando em seu depoimento “ter sido ele o único jesuíta preso a quem as autoridades nos Países Baixos haviam proibido de regressar ao Brasil, por temerem que levantasse o gentio contra o governo do Recife”.

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Candidatos ao Governo mostram seus planos

Em meio às emoções e rivalidades que se formam em cada pleito eleitoral, não é incomum que no momento de campa- nhas os projetos e planos para a gestão fiquem em segundo plano nos debates. Para contribuir com sugestões para o desen- volvimento sustentável do Estado, a Algomais e a Rede Gestão produziram o documento Pernambuco Além da Crise — Proposta para os candidatos ao Governo, elaborado com o apoio de pes- quisadores, representantes de classe e empresários. As edições da Algomais desta semana e da próxima apresen- tam os principais eixos desse trabalho e o que os candidatos ao Palácio do Campo das Princesas pretendem fazer nas áreas da gestão pública; do empreendedorismo; da ciência, tecnologia e inovação; da educação inclusiva e capacitação de mão de obra; da infraestrutura; e da sustentabilidade ambiental. Desses seis temas, considerados estratégicos no documento Pernambuco Além da Crise, trataremos dos três primeiros na edição de hoje. Até o final da apuração, responderam à nossa redação os(as) candidatos(as) Danilo Cabral (PSB), João Arnaldo (PSOL), Marília Arraes (Solidariedade), Miguel Coelho (União Brasil) e Raquel Lyra (PSDB). A partir da série de e-books, Pernambuco Além da Crise, o corpo técnico responsável pela elaboração do documento enviado aos candidatos definiu uma visão (de longo prazo, para 2037, quando o Recife completará 500 anos) e um desafio para os próximos quatro anos de gestão de Pernambuco. Confira abaixo: VISÃO Em 2037, quando do aniversário de 500 anos do Recife, Pernambuco será um Estado mais próspero e com mais qualidade de vida e justiça social, adequando-se às exigências das mudanças climáticas, mas tirando o máximo proveito da maior exposição ao sol no semiárido e do excesso de ventos no litoral na geração de energia limpa e mais barata para o desenvolvimento . DESAFIO DA PRÓXIMA GESTÃO ESTADUAL (2023-2026) Preparar as bases para um salto de qualidade capaz de adequar o modelo de desenvolvimento estadual às novas e acentuadas exigências político-econômico-sociais-ambientais, nacionais e internacionais, decorrentes da pós-pandemia, da nova geopolítica mundial e das mudanças climáticas aceleradas. Como síntese dos e-books, que foram publicados ao longo da pandemia, e dessas declarações de Visão para 2037 e Desafio no horizonte de 2023 a 2026, foram apontados os seis eixos estratégicos, com um diagnóstico e uma proposta, que foram remetidos aos candidatos e que você pode acessar pelo link. GESTÃO PÚBLICA Perguntamos aos candidatos o que cada um pretende fazer para qualificar a gestão pública. O documento sugere como propostas para esse tema: reorientar as estruturas do Estado para uma atuação voltada à obtenção de resultados e promoção da inclusão social, com ampla participação da sociedade na vida pública. Também considera importante reforçar mecanismos organizacionais de planejamento e de integração das ações no governo de modo a garantir o alinhamento em torno de uma estratégia de desenvolvimento. Propõe ainda investir na renovação das organizações públicas e na modernização dos seus processos para potencializar seus recursos, experiências e capacidades de gestão. O deputado federal e candidato do PSB, Danilo Cabral, promete dar um salto de qualidade na gestão e aproximá-la do cidadão, fazendo a transformação digital dos serviços públicos. “Vamos chamar os setores produtivos, ver quais são os gargalos, verificar os fluxos, monitorar e dar velocidade a processos existentes, como expedição de alvarás, licenciamentos e outras medidas. Para isso, vamos criar uma plataforma de serviços. Também vamos incorporar novas tecnologias nos serviços, como a telemedicina. Temos uma experiência muito exitosa na Prefeitura do Recife, com o prefeito João Campos. O Conecta Recife, plataforma que concentra todos os serviços da gestão municipal, entre eles o agendamento da vacinação contra a Covid-19, é um exemplo disso”. A deputada federal e candidata Marília Arraes, do Solidariedade, ressalta a redução da burocracia e o avanço na transformação digital. “Desburocratização do Estado, com simplificação de processos, agilização de licenças e demais documentos estatais. O Estado terá prazo para concluir as demandas recebidas da população e dos empreendedores. Com o programa Pernambuco na Palma da Mão, vamos reforçar a transformação digital do Estado. Nas áreas de saúde, educação e gestão, faremos a implantação do prontuário médico único e digitalização de licenciamentos e processos administrativos”. Sobre a qualificação da gestão pública, a ex-prefeita de Caruaru Raquel Lyra, do PSDB, defende uma redução e maior eficiência da 32Ed. 198.2 | Set 22 33Ed. 198.2 | Set 22 máquina pública. “Nosso governo irá racionalizar os gastos, alavancar os investimentos para recuperar a economia e resgatar a qualidade de vida em Pernambuco. Temos o compromisso de qualificar a gestão pública, avançando com mecanismos que incluam a adoção de regras claras de avaliação e acompanhamento contínuo, bem como implantando padrões de excelência de governança corporativa na administração pública e focada em resultados. Vamos trabalhar na prevenção e repressão à corrupção por meio do Programa de Combate à Corrupção, inclusive com a reabertura da Delegacia de Combate à Corrupção e do fortalecimento do Disque Combate à Corrupção”. O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, do União Brasil, defende a redução da máquina pública. “A gente precisa de um governo com atitude. Pernambuco sofreu nos últimos anos com falta de liderança, de alguém que deixasse de lado as brigas políticas. Vamos enxugar o governo, acabar com essa coisa de só colocar apadrinhados políticos, promover uma grande auditoria para checar a situação das contas e reformar as unidades de saúde que estão sucateadas. Nos primeiros 100 dias, queremos fazer uma grande reforma administrativa, ajustar as contas e iniciar um programa de investimentos para recuperar estradas, hospitais entre outros equipamentos públicos”. O candidato João Arnaldo, do PSOL, pontuou as seguintes metas para qualificar a gestão pública: “Gestão territorial e participativa. Criação dos conselhos regionais de desenvolvimento sustentável. Fortalecimento da política de conselhos estaduais e participação social na gestão. Desprivatizar o Estado. Valorização do servidor com capacitação permanente e fim das terceirizações”. Leia a reportagem completa na edição 198.2 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Temas desconsiderados pelos presidenciáveis podem comprometer futuro do Brasil

Os candidatos à Presidência nas eleições em 2022 têm priorizado os temas urgentes do presente — inflação, fome, desemprego — e deixado de lado temas do futuro. Contudo, se não tratados agora, pautas como transição demográfica e transformação do mercado de trabalho, por exemplo, podem se transformar em problemas de mesma dimensão e importância. A transição demográfica acelerada é a mais impactante das pautas do futuro não tratadas pelos presidenciáveis. Estimativas do IBGE demonstram que, na década de 2030, o Brasil terá mais idosos do que jovens e que a população começará a diminuir de tamanho (veja a figura). A causa é a ocorrência simultânea de dois fatores, que também se potencializam: aumento da expectativa de vida e diminuição da taxa de natalidade da população. A expectativa de vida do brasileiro tem aumentado gradativamente. Na década de 1940, era em média 45,5 anos, passando para 76 anos em 2018. A partir de 2042, a projeção do IBGE aponta que a expectativa média de vida no Brasil deve ultrapassar o patamar dos 80 anos, podendo chegar a 82,47 na região Sul e 84,49 em Santa Catarina, em 2060. Isso é fruto, de uma forma geral, do aumento da qualidade e do alcance dos tratamentos de saúde. O segundo fator é a queda contínua da taxa de natalidade no Brasil. Entre 1940 e 1960, a média era de 6,2 filhos por mulher, hoje essa taxa tem registrado 1,7, abaixo do que seria necessário para a reposição da população, que é de 2,1. Em alguns estados, como o Piauí, a redução seria realidade já em 2032. Em Pernambuco deve acontecer apenas em 2044. Na média nacional, a reversão deve ser conferida a partir de 2048. A grande consequência da acelerada transição demográfica da população brasileira é que vamos envelhecer e diminuir o crescimento populacional antes de chegar a um padrão de bem-estar social elevado. Isto é, teremos expectativa de vida de países mais ricos, porém proteção social insuficiente para o novo perfil de cidadão: um em cada quatro brasileiros terá 60 anos ou mais em 2040. Haverá aumento do gasto público com assistência à saúde devido à elevação da quantidade de procedimentos complexos, como o tratamento do câncer. Por consequência, deve ocorrer também o crescimento da frequência de atendimentos e maior tempo de internação. Uma nova reforma da previdência pública também será exigida, pois a conta não fecha quando há mais pessoas para se beneficiar e menos pessoas para contribuir. Sobre a transformação do mercado de trabalho, o rápido avanço da automação nas empresas, caracterizada pelo combo “IA-robotização-conectividade”, substituirá humanos na maioria das atividades pesadas e repetitivas. O Laboratório do Futuro, da COPPE-RJ (Pós- -Graduação e Pesquisa de Engenharia), avaliou que 60% dos empregos no Brasil devem ser impactados pela inteligência artificial nas próximas décadas. Os trabalhadores mais vulneráveis e de baixa qualificação serão os mais afetados. Isso indica um cenário de desemprego estrutural em que haverá sobra de vagas para trabalho qualificado e falta de trabalhadores aptos para preenchê-las. Esse será um dos principais desafios dos governantes nos próximos anos, pois o sistema educacional brasileiro, de uma forma geral, não prepara atualmente os jovens para o trabalho do futuro. E uma mudança como essa consome muito tempo e já deveria ter começado para produzir frutos daqui a 10 anos, por exemplo. Com desemprego estrutural, uma consequência direta é a diminuição da renda média do trabalhador, que gera queda no consumo das famílias, afetando o crescimento econômico. Haverá também a necessidade de aumento do gasto público com programas sociais de renda mínima. E, por outro lado, a diminuição da arrecadação com encargos trabalhistas, afetando mais uma vez a previdência pública. Como vimos, a falta de debate e de propostas para enfrentar a transição demográfica acelerada e a transformação do trabalho pode levar o País a apagões na saúde, na educação e na economia. O presente que queremos no futuro é aquele que construímos no passado. E não estamos construindo neste momento. Nesse sentido, o círculo vicioso da visão de curto prazo dos presidenciáveis é a principal ameaça ao futuro do Brasil.

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Painel Mensal da Agenda discutiu as expectativas sobre as Eleições 2022

A tradicional Agenda TGI, maior evento empresarial de final de ano de Pernambuco, promove agora paineis mensais em formato digital. Na segunda edição do Painel Mensal da Agenda TGI, Francisco Cunha tratou sobre "O que esperar das eleições?". Antes de tratar do pleito eleitoral, o consultor trouxe a preocupação da insustentabilidade do modo atual de produção e consumo planeta. Ele alerta como as mudanças climáticas ameaçam o mundo, caso mantenha a mesma direção de uso excessivo dos recursos naturais. Após navegar por dificuldades críticas globais, com a manutenção da guerra da Rússia e Ucrânia e com o avanço da inflação mundial, Francisco Cunha destacou que no Brasil há um cenário econômico positivo em 2022. O crescimento do PIB, puxado pelo comércio e serviços represados na pandemia, e a melhora da balança comercial são as principais notícias do semestre. "O número de desempregados caiu abaixo de 10 milhões desde 2016. Essas foram as boas notícias". Apesar de alguns bons indicadores econômicos em 2022, Francisco Cunha tratou de uma pergunta: "Porque o PIB cresce e há uma sensação de mal estar persistente no Brasil?" A criação de empregos mais precários e a fraqueza da renda são alguns dos motivos que explicam esse sentimento da população. Há indicadores elevados ainda de miséria no País e de fome na base da pirâmide social. O QUE ESPERAR DAS ELEIÇÕES? "Mais uma vez estamos fazendo uma campanha presidencial sem que se discutam questões essenciais. Os debates foram levados a questões de costumes, religião e acusações. Temas que não não essenciais, mas superficiais. Temos hoje mais de 60% da população em insegurança alimentar leve. Com isso não podemos dizer que a economia está indo bem. São 33 milhões de insegurança grave", afirmou o consultor. Ele destacou vários indicadores que expõem as dificuldades sociais e econômicas, com níveis enormes de misérie e pobreza, principalmente na metrópole. "Nada disso está sendo discutido nos debates eleitorais. Nesse momento, a batalha contra a fome e a pobreza é mais importante que a bataha contra a desigualdade social. Regredimos quase três décadas". "Pernambuco representou o maior aumento da pobreza, entre 2019 e 2021 no Brasil. Foi o Estado onde a pobreza mais cresceu, segundo o estudo da FGV Social. Pernambuco é também o quarto lugar no Brasil em população de pobres em 2021, com 50,32% dos pernambucanos considerados pobres", afirmou Francisco Cunha. Para o Estado, o consultor destacou uma declaração de Visão para 2037, que foi enviada pela TGI e Algomais para os candidados ao Governo de Pernambuco neste ano, bem como o desafio da próxima gestão estadual. No agregador das pesquisas apresentadas na última semana, Francisco Cunha destacou a 12% de diferença entre Lula e Bolsonaro, mas também o crescimento das demais candidaturas. Apesar da vantagem, ele aponta a perspectiva do segundo turno, ancorada pelas medidas de incentivo econômico que foram aprovadas pelo congresso. "Conclusões parciais: O problema do acrescimento global é sério, como se mostram os eventos do clima mais próximos uns dos outros. A economia do mundo tende diminuir acentuadamente em 2023. Nas eleições presidenciais, o cenário de hoje sinaliza um segundo turno onde deve se dar "guerra do fim do mundo" no País. Em Pernambuco, tudo indica haver segundo turno entre a primeira colocada e quem conseguir se firmar na segunda posição. Tudo indica hoje que o segundo será Marília Arraes e um dos quatro demais candidatos". Para participar da próxima edição do Painel Mensal da Agenda TGI, assine a Algomais: assine.algomais.com

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