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Arena Pernambuco

Pernambuco entre as sedes da Copa do Mundo Feminina de 2027

Evento internacional vai movimentar a economia local com turismo, esportes e serviços A Arena Pernambuco foi confirmada como uma das oito sedes da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2027, que será realizada no Brasil. A escolha foi anunciada pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), após um processo de seleção que envolveu 12 cidades brasileiras. Além de São Lourenço, também foram selecionadas como sedes as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Fortaleza. “Somos profundamente gratos a todas as 12 cidades que participaram de um minucioso e competitivo processo de seleção para sediar a Copa do Mundo Feminina. Foi uma decisão muito difícil", afirmou o presidente da Fifa, Gianni Infantino. O Maracanã sediará tanto a abertura quanto a grande final da competição. Para o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, o Brasil está preparado para receber o maior evento esportivo feminino do planeta. “As cidades-sede escolhidas pela FIFA já contam com estádios modernos e centros de treinamentos para receber atletas e torcedores de todas as partes do mundo. Além disso, oferecem rede hoteleira qualificada e infraestrutura urbana eficiente”, destacou. Com previsão para acontecer de 24 de junho a 25 de julho de 2027, a competição deve impulsionar o turismo e diversos setores da economia nas cidades escolhidas. Na RMR, a expectativa é de geração de empregos temporários, atração de investimentos e projeção internacional da capital pernambucana. Ontem (07), a governadora Raquel Lyra comemorou a escolha de Pernambuco para a realização do evento. “Recebemos a notícia de que Pernambuco será sede da Copa do Mundo Feminina da FIFA 2027™ com felicidade. A Arena de Pernambuco está à altura de um evento desse porte. Temos cuidado da infraestrutura da Arena com muito zelo, o que foi comprovado pela FIFA em todas as análises técnicas. O nosso Estado será palco de uma bonita festa, reunindo pernambucanos e turistas, para celebrar o protagonismo das mulheres no futebol e a união das nações por meio do esporte", afirmou a governadora Raquel Lyra. Serviço:A Copa do Mundo Feminina 2027 será realizada entre 24 de junho e 25 de julho. Recife sediará jogos na Arena Pernambuco.

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Recepcionista foto Bigstock

Senac PE abre 93 vagas para cursos gratuitos na área de turismo

Iniciativa é uma parceria com o Ministério do Turismo. Aulas começam em junho O Senac Pernambuco, em parceria com o Ministério do Turismo, está oferecendo 93 vagas em cursos gratuitos de qualificação profissional na área de turismo. A iniciativa visa fortalecer a formação de trabalhadores do setor e ampliar as oportunidades para quem deseja atuar ou se aperfeiçoar nesse segmento estratégico da economia. As capacitações são na modalidade presencial e ocorrerão em cinco municípios do estado: Cabo de Santo Agostinho, Goiana, Garanhuns, Itamaracá e Tamandaré. As inscrições estão abertas até o dia 16 de maio e devem ser feitas por meio do formulário disponível no link https://docs.google.com/forms/d/1khPnb_DVm0QCVBnMwc9XY4Ljj4E0ZEiGiQ8vyu4hn3I/. Os cursos são voltados para pessoas com renda familiar de até dois salários-mínimos per capita, garantindo o acesso gratuito a uma formação de qualidade, com foco no desenvolvimento de competências práticas e exigidas pelo mercado de trabalho. A distribuição das vagas é a seguinte: 20 para o curso Técnicas de Recepção em Meios de Hospedagem no Cabo de Santo Agostinho, 20 para Camareira em Goiana, 20 para Condutor em Turismo em Garanhuns, 18 para Boas Práticas na Manipulação dos Alimentos em Itamaracá e 15 para o curso de Inglês Básico em Tamandaré. As aulas têm início previsto para o mês de junho, com carga horária variando entre 30 e 170 horas, a depender do curso escolhido. No Cabo, as aulas serão realizadas no Shopping Costa Dourada, enquanto em Goiana serão na unidade local do Sesc. Já em Tamandaré, os encontros ocorrerão na Secretaria de Meio Ambiente e Turismo do município. Em Garanhuns, as aulas acontecem na unidade do próprio Senac, enquanto em Itamaracá serão realizadas no Barão Beach Bar e Restaurante.

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Sindnei Tendler

"A exposição Deolinda vi o Recife acontece em junho na Bélgica"

Sidnei Tendler: Artista plástico carioca, que morou no Recife nos anos 1990, quando abriu o restaurante Mafuá do Malungo, organiza uma mostra em Bruxelas inspirada na capital pernambucana e em Olinda. Ele fala da sua trajetória internacional – iniciada a partir de uma oportunidade quando estava em Pernambuco – do seu processo criativo e do mercado de artes no Brasil. Em 1990, o artista plástico carioca Sidnei Tendler e sua mulher Carla, que é de Pernambuco, decidem mudar-se para o Recife para que as filhas cresçam sob o convívio caloroso da grande família pernambucana materna. Um dia, passeando pelo bairro das Graças, onde morava o sogro, Tendler deparou-se com um belo sobrado antigo, que ostentava a placa: nesta casa nasceu o poeta Manuel Bandeira. “Aí, eu falei: Vamos alugar! não sabia nem o que faria com a casa”, relembra o artista. Não demorou muito para que o casal com o cunhado e sua mulher abrissem o restaurante Mafuá do Malungo que, durante 10 anos, foi um point balado da cidade, frequentado por intelectuais, artistas e políticos.   A decoração da casa contava com um grande painel criado por Tendler, denominado A Cinza das Horas, nome de um conhecido poema de Bandeira. Numa ocasião, um cliente belga viu o quadro, achou-o interessante e convidou Sidnei para uma exposição na Bélgica. O ano era 1993 e, desde então, o artista realiza uma profícua carreira internacional até o ponto de se mudar com a família para Bruxelas.  Depois de todos esses anos, Sidnei Tendler volta-se para um projeto cujo tema é a terra onde surgiu a oportunidade de atuar no exterior. Com o bem-humorado título Deolinda vi o Recife, ele prepara uma exposição que será inaugurada em junho na Bélgica. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele fala do seu fascínio pelas cidades – talvez por influência de sua formação em arquitetura – da sua preocupação ambiental, que também impacta na sua criação, e sobre o mercado brasileiro de artes. Muitos dos seus trabalhos, como artista plástico, têm como tema as cidades. Qual o motivo desse seu fascínio por elas? Sou arquiteto de formação e sempre gostei de urbanismo, meu trabalho de conclusão de curso, inclusive, foi sobre o bairro do Catete, no Rio de Janeiro, e ganhou uma menção honrosa na União Internacional dos Arquitetos na Polônia. Sempre me interessei por filosofia, pela temática do homem e das suas facetas.  Depois que terminei arquitetura, pensei em fazer antropologia urbana, mas decidi fazer um curso de pós-graduação em design, que liga todos os meus interesses.  Minha produção artística começa com a fotografia e a fotografia que eu fazia, na época, remetia aos lugares por onde passei, era essa coisa do flâneur, que viaja, das paisagens, da arquitetura.  Como é essa relação entre a fotografia e as artes plásticas no seu trabalho? A fotografia foi o despertar do meu lado artístico com a poesia porque eu também escrevia e era assim que liberava o artista em mim, mas nunca havia relacionado a fotografia com a literatura. Fiz arquitetura, continuei fotografando, mas sem maiores pretensões, e levei esse lado da fotografia despretensiosa para a pintura.  Quando comecei a fazer os projetos das cidades e outros, passei a usar a fotografia como elemento do meu processo criativo. Eu começo fotografando, passeando pelas cidades, depois faço aquarelas e, em seguida, parto para a tela, que é um percurso que chamo de “o que eu vejo para o que eu sinto”. Assim, ia evoluindo no meu trabalho, sempre buscando referências para dar conteúdo escrito aos meus projetos.  Antes eu mostrava apenas o final dos trabalhos, que eram as telas, mas acho que é interessante as pessoas conhecerem o processo. Então, comecei a mostrar fotografias, nas exposições, além das aquarelas. Há uns três anos, uma curadora de fotógrafos olhou meu trabalho e disse que eu deveria mostrar mais fotos para expor o processo e sugeriu que eu fizesse uma exposição só com as fotografias, já que representavam meu trabalho como artista. Então, comecei a levar mais a sério essa ideia de mostrar também as fotos. Em que consiste esse projeto das cidades?  A ideia surgiu de outro projeto, um livro chamado 365, Um Diário Visual, em que, durante um ano, ao final de cada dia, eu fazia uma aquarela. Eu já morava na Bélgica, e quando fazia viagens, fotografava e, nesse livro, mostrei as 365 aquarelas e algumas fotos. Assim, comecei a perceber a existência da fotografia nas minhas telas, nas minhas viagens, nos meus passeios e resolvi tentar ver o que muda na minha pintura, quando muda a geografia.  Então, escolhi seis cidades de seis continentes para passar 10 dias em cada uma delas fotografando e pintando no próprio local. As cidades escolhidas foram: Rio de Janeiro (América do Sul), Los Angeles (América do Norte), Bruxelas (Europa), Sidney (Oceania), Cidade do Cabo (África) e Tóquio (Ásia). Assim, escolhi essas cidades e vi que era interessante, que a geografia realmente muda meu trabalho, muda as cores, muda tudo.  Foi um projeto muito legal, resultou num livro e, então, parti para a segunda ideia de fazer seis religiões, que foi bacana também, pois a religião não é marcada geograficamente, há países com várias religiões, como o Brasil, por exemplo. Então, no segundo projeto, viajei a alguns lugares, estudei, fui, por exemplo, a um congresso com o Dalai Lama na Suíça, para ver o budismo, passeei pela Índia, fui a dois centros iorubá, um em Salvador e outro no Rio de Janeiro, passei por igrejas europeias, fui a Palestina, Jerusalém, rodei o mundo e fiz o 6 Religiões, que também se tornou um livro.  E aí foi legal porque eu fiz essas seis religiões, depois eu fiz as seis cidades e em seguida fiz seis monumentos. E passei a chamar o conjunto desses trabalhos de trilogia.  E foi interessante porque, embora em todos os trabalhos, a pintura final seja abstrata, eles partiram de algo concreto como um monumento ou uma cidade.  Sua estadia no Recife é um episódio interessante na sua trajetória.

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ong bazar

ONG CasaRosa promove Bazar Solidário em clima de Dia das Mães

A ação, que terá cerca de 5 mil peças e valores a partir de R$5, será a partir desta quarta (7), no Mar Hotel, em Boa Viagem, em prol de mulheres em tratamento contra o câncer de mama nos hospitais públicos do Recife. Acesso livre/gratuito. A ONG CasaRosa realiza nova edição do seu tradicional Bazar Solidário em sintonia com o Dia das Mães. A ação será promovida a partir desta quarta (7) até a sexta (9), das 9h às 17h, no Mar Hotel, em Boa Viagem, com acesso livre/gratuito. O projeto, proposto a partir de doações da sociedade civil, representa uma oportunidade para quem deseja adquirir peças novas e seminovas como roupas femininas, masculinas, infantis, perfumes, acessórios pessoais e outros, e ainda contribuir com a moda circular. “Teremos em torno de 5 mil produtos com valores a partir de R$5, garantindo que todos os interessados possam contribuir de acordo com suas possibilidades em uma data tão especial como o Dia das Mães. Além da participação no Bazar Solidário, o público também pode doar outros itens novos e seminovos para comercialização durante o evento ou mesmo conhecer mais possibilidades de abraçar a nossa causa no dia a dia como o voluntariado, por exemplo”, destaca uma das gestoras da CasaRosa, Kadja Camilo. Em tempo, a iniciativa visa angariar base financeira para continuar viabilizando o acolhimento às mulheres que vêm do interior do Estado para fazer tratamento contra o câncer, principalmente de mama, nos hospitais públicos de Recife. Todos os recursos arrecadados serão integralmente destinados para sustentar e expandir os serviços oferecidos pela instituição, com sede no Espinheiro, na Zona Norte do Recife. Sobre a CasaRosaA ONG surgiu há onze anos a partir de iniciativa totalmente voluntária das cidadãs Bruna Trajano, Cristina Maranhão, Juliana Sarubbo e Kadja Camilo juntamente com um time de conselheiras. Possui charmosa sede, no bairro do Espinheiro, na Zona Norte do Recife, onde a manutenção é toda feita em cima de doações (pessoas físicas e jurídicas), incluindo a força de voluntários. O trabalho de albergar mulheres de outras cidades que fazem tratamento contra o câncer de mama nos hospitais públicos do Recife requer os mais variados itens, como alimentos, produtos de higiene pessoal e outras necessidades das mulheres albergadas, além do lado financeiro para o pagamento de despesas como energia, gás, internet/telefone e o aluguel da casa.

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curso formacao

SENAI-PE abre 103 vagas gratuitas para cinco cursos técnicos

Inscrições já estão abertas e vão até o dia 12 de maio O SENAI Pernambuco tem101 vagas gratuitas para cinco cursos técnicos. As inscrições vão até o dia 12 de maio, com previsão de início das aulas entre 28 de maio e 5 de julho. As capacitações são oferecidas em duas modalidades: presencial e Ensino à Distância (EaD), divididas nas unidades de Areias, Cabo, Petrolina e Santo Amaro. Os cursos disponíveis são os seguintes: automação industrial (Areias), eletromecânica e mecânica (Cabo); manutenção automotiva (Petrolina); eletrotécnica (Santo Amaro). Para eletromecânica e automação industrial também está disponível o formato a distância. Mesmo assim, é necessário que o aluno resida próximo às escolas, já que a grade curricular prevê aulas presenciais aos sábados. Para se candidatar, o aluno tem que ter idade mínima de 17 anos e estar matriculado ou ter concluído o Ensino Médio ou equivalente EJA. Também é necessário preencher o documento de autodeclaração de baixa renda. O critério para classificação é a ordem de inscrição e a documentação exigida. O resultado será divulgado no site do SENAI (pe.senai.br/editais). Esse resultado é a consolidação do processo de matrícula. Após a confirmação, o aluno só precisa comparecer às aulas. Confira o edital: https://encurtador.com.br/4v84h

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analfabetismo funcional

Alfabetismo funcional atinge 29% dos brasileiros desde 2018

Estudo mostra piora entre jovens e destaca desigualdades raciais e educacionais; especialistas alertam para urgência de políticas públicas integradas (Foto: Freepik) Apesar dos avanços tecnológicos e do crescimento da digitalização no Brasil, o país continua enfrentando um sério desafio educacional: 29% da população entre 15 e 64 anos é considerada analfabeta funcional, ou seja, não compreende frases simples nem realiza operações matemáticas básicas. O dado, divulgado nesta segunda-feira (5) pelo Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), é o mesmo registrado em 2018, evidenciando uma preocupante estagnação. Segundo os responsáveis pela pesquisa, a situação atual exige um esforço mais amplo e contínuo de políticas públicas que enfrentem as desigualdades de forma estrutural. O levantamento, realizado entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025 com mais de 2,5 mil brasileiros, revelou também um retrocesso entre os jovens: o analfabetismo funcional entre pessoas de 15 a 29 anos subiu de 14% para 16% no período. A pandemia, com o fechamento de escolas e a interrupção de aulas presenciais, pode ter contribuído para esse agravamento, segundo os pesquisadores. "Um resultado melhor só pode ser alcançado com políticas públicas significativas no campo da educação e não só da educação, também na redução das desigualdades e nas condições de vida da população", afirma Roberto Catelli, da Ação Educativa, uma das instituições coordenadoras do Inaf. A pesquisa também revelou disparidades alarmantes. Entre trabalhadores, 27% são analfabetos funcionais e apenas 40% têm níveis consolidados de alfabetização. Mesmo entre os que possuem ensino superior, 12% não conseguem interpretar textos ou resolver problemas simples. Quando se observa o recorte racial, as desigualdades se aprofundam: 47% dos amarelos e indígenas estão no nível mais baixo de alfabetismo, frente a 30% entre negros e 28% entre brancos. Esses dados escancaram a persistência da exclusão educacional em diferentes camadas sociais. O Inaf 2024/2025 foi correalizado por diversas instituições, entre elas Fundação Itaú, Fundação Roberto Marinho, Instituto Unibanco, Unicef e Unesco. Pela primeira vez, o levantamento também avaliou a capacidade dos brasileiros de compreender e atuar em ambientes digitais, um passo essencial diante da crescente presença da inteligência artificial e das tecnologias no cotidiano. “A gente vai precisar melhorar o ritmo de como estão acontecendo as coisas porque estamos já em um ambiente muito mais acelerado”, alerta Esmeralda Macana, coordenadora do Observatório Fundação Itaú. “Precisamos garantir que as crianças, os jovens, os adolescentes possam ter o aprendizado adequado para a sua idade”, completa. (Com informações da Agência Brasil)

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QUINTETO

"O Quinteto Violado não tem medo d'e misturar os sons do Nordeste com a música do mundo"

Integrantes do grupo que inovou a canção nordestina, com arranjos sofisticados e fusão de ritmos, Dudu Alves e Roberto Medeiros contam como ele foi formado, a participação de Gilberto Gil na sua projeção, o sucesso nos palcos internacionais e o inusitado episódio em que tiveram que substituir Wesley Safadão num show no São João de Caruaru. Também comentam sobre o mercado musical em tempos de streamings. O jornalista e crítico musical José Teles equipara a importância do Quinteto Violado aos expoentes do movimento mangue beat, Chico Science & Nação Zumbi, por ter levado para fora de Pernambuco ritmos como caboclinho, cavalo-marinho e ciranda. Teles também ressalta que o Quinteto renovou a música carnavalesca pernambucana ao gravar frevos com uma instrumentação que incluía flauta e viola. Inovar e misturar ritmos, sem perder as raízes nordestinas, na verdade, sempre foi uma característica do grupo, a ponto de levar Gilberto Gil a definir o som da banda pernambucana como free nordestino. Em tom de brincadeira, Dudu Alves, tecladista e arranjador do grupo, afirma que o pai, Toinho Alves, fundador do Quinteto, era químico, portanto afeito a fazer misturas, e adaptou a atividade à música. Nesse ritmo descontraído e bem-humorado, Dudu e Roberto Medeiros, (percussionista) conversaram com Cláudia Santos e Rivaldo Neto sobre a trajetória do grupo que completa 54 anos em outubro, quando farão um show no Recife. Neste sábado (26/04) fazem um outro show da Casa Estação da Luz. Eles relembram episódios, como a primeira vez que Luiz Gonzaga ouviu a versão que fizeram de Asa Branca e que levou o Rei do Baião às lágrimas, e a acalorada receptividade que tiveram da plateia na antiga Iugoslávia e na Coreia. Comentam como têm se adaptado às plataformas, como Spotify, e contam um acontecimento inusitado em que Wesley Safadão não pôde participar do São João em Caruaru e eles tiveram que substitui-lo e cantar para um grande público que desconhecia a música do grupo. Como surgiu o Quinteto Violado? Dudu Alves – Em 1971, Toinho Alves, meu pai, tinha vontade de ter um grupo que tocasse músicas do Nordeste numa junção com a música instrumental. Ele era químico, então gostava de fazer essas misturas (risos).  Ele já tinha um grupo que se apresentava na TV Universitária. Marcelo Melo, que chegou da Europa, onde fazia um curso de agronomia, se juntou ao grupo. Existe a versão bonita de que o Quinteto Violado nasceu nas pedras de Nova Jerusalém, mas não foi nada disso. Como assim? Roberto Medeiros – O Quinteto nasceu nos banheiros da TV Universitária (risos), se chamava Bossa Norte e tocava num programa da emissora. O tempo era curto para ensaiar e o banheiro era o local que se tinha para passar o som, além de ter uma acústica legal. Toinho e Marcelo chamaram para integrar o grupo Fernando Filizola, um guitarrista exemplar, que tocava no Silver Jets, a banda de Reginaldo Rossi. Mas aí Toinho disse, “você vai tocar viola” e ele começou a estudar o instrumento e transformou-se num grande violeiro. Havia também Luciano Pimentel, que era baterista, um cara virtuoso, e o Sando, flautista, que era um menino, tinha 13, 14 anos. Ai, o grupo se tornou Quinteto.  E como surgiu o nome Quinteto Violado? Dudu – Antes o nome era só Quinteto. Mas após uma apresentação num festival em Nova Jerusalém, havia uns meninos brincando ali naquele momento e disseram, “oh, lá vem os violados!”, porque estávamos com violas e instrumentos de cordas e tal. Foi quando meu pai olhou para Marcelo e disse, “tá aí, batizado: Quinteto Violado”. Como o grupo ganhou projeção?  Roberto – Um dos primeiros trabalhos foi um álbum, gravado no Recife, com toda a discografia de músicas do Nordeste – maracatu, ciranda etc. O grupo pegava o som original e incluía a sua sonoridade, com viola, flauta, violão. Na época Marcos Pereira montou esse projeto, que tornou o Quinteto conhecido. Foram quatro LPs com ritmos Nordestinos. Daí, houve o interesse das grandes gravadoras, e o grupo foi ganhando projeção.  Além disso, coincidiu com a época em que Gilberto Gil, voltando do exílio, parou no Recife e, numa roda de música na casa de Hermilo Borba Filho, conheceu o grupo e ficou encantado. Quando chegou no Rio de Janeiro, a imprensa lhe perguntou o que “achou de novo no Brasil?”. Ele respondeu “o Quinteto Violado, lá no Recife”. E quando perguntavam o que o Quinteto tocava, se era baião, Carnaval, xote... Gil respondeu “Eles fazem um free nordestino”. Na época, era o auge do Free Jazz. Ou seja, a gente faz o tema, rola uns improvisos, temos a liberdade de pegar a música de fora, sem perder as raízes do Nordeste.  Dudu – O Quinteto Violado também teve uma influência do Quarteto Novo (composto por Theo de Barros, no contrabaixo e violão; Heraldo do Monte,viola e guitarra; Airton Moreira, bateria e percussão; e Hermeto Pascoal, na flauta). Era um grupo que tocava jazz mas conseguiu trazer a música popular, com os arranjos que foram montados. Além do jazz, fazemos outras misturas interessantes, como a música clássica. O Quinteto se apresenta muito com orquestras sinfônicas. Também agregamos a música nordestina a outras vertentes. Trouxemos da Galícia uma sanfona galega e a colocamos numa música nossa.  Roberto – Fomos à Síria, trouxemos tambores que usamos no show e em músicas que montamos. O Quinteto não tem medo de misturar os sons do Nordeste com a música do mundo. É verdade que Luiz Gonzaga adorou o arranjo que vocês fizeram de Asa Branca? Roberto – Foi a irmã, Chiquinha Gonzaga, que contou. Ela colocou a faixa Asa Branca do nosso disco na vitrola para ele ouvir. Quando acabou a música, ele estava aos prantos e disse “preciso conhecer esses meninos para agradecer porque, quando gravei essa música pela primeira vez, a gravadora disse que ela não ia acontecer. E a música aconteceu comigo tocando e agora com o Quinteto, que fez um arranjo belíssimo, e nunca essa música vai morrer”. Asa Branca teve milhares de gravações,

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pe perspectiva 2

Marcelo Carneiro Leão defende protagonismo da ciência e tecnologia no desenvolvimento de Pernambuco

O projeto Pernambuco em Perspectiva, realizado pela Revista Algomais e pela Rede Gestão, recebeu na noite de ontem (29) o presidente do Cetene (Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste), Marcelo Carneiro Leão. O evento aconteceu no auditório do Riomar 5 e contou ainda com a apresentação da pesquisa pelo consultor Francisco Cunha e com um pitch do gerente do escritório da Superintendência Estadual de Pernambuco do Banco do Nordeste Antógenes Simões. Francisco Cunha ressaltou que Pernambuco caiu três posições na última edição do ranking da competitividade do CLP - Centro de Liderança Pública. Por outro lado, o consultor destacou na sua preleção as experiências dos projetos Parque Capibaribe e Recife Cidade Parque como dois cases de sucesso na reorganização do território recifenses a partir do uso da pesquisa, baseada em ciência, tecnologia e inovação. Em sua fala, Francisco Cunha destacou o impacto das transformações no modelo de desenvolvimento de Pernambuco anterior, refletindo sobre os desafios enfrentados pelo estado. Ele explicou que, embora o modelo industrial portuário tenha sido bem sucedido por muito tempo, ele agora está em processo de esgotamento. "Nós pensamos num processo possível possível de tratamento dessa questão, seja, o modelo antigo, esse industrial portuário e Suape, é a evidência máxima, a cereja do bolo desse modelo." Cunha também abordou a importância da ciência, tecnologia e inovação como pilares para o redesenho de um modelo que busque maior sustentabilidade e adaptação às exigências futuras. Marcelo Carneiro Leão apresentou um diagnóstico dos problemas relacionados ao investimento em ciência e tecnologia no Brasil, que caiu drasticamente após 2014, só voltando a crescer nos últimos dois anos. Ex-reitor da UFRPE, ele defendeu o investimento no setor como fundamental para o desenvolvimento no País. "Não existe nenhum país na história da humanidade que tenha se desenvolvido sem investir pesado em educação, ciência e tecnologia." Na sua apresentação, Marcelo explicou ainda sua concepção "Do paper ao PIB", que provoca o ecossistema de desenvolvimento de pesquisas a transpor a publicação de artigos e registros de patentes. "A gente precisa transformar as nossas publicações, as nossas pesquisas em algo concreto que impacte na vida das pessoas." Ele ainda apresentou vários exemplos de como o Cetene tem atraído aportes para incentivar o empreendedorismo no Estado e no Nordeste. BANCO DO NORDESTE Antógenes Simões, gerente do escritório da Superintendência Estadual de Pernambuco do Banco do Nordeste, destacou, em sua palestra, o papel da instituição no desenvolvimento econômico da região. Ele enfatizou que, para reduzir as desigualdades entre o Nordeste e as regiões mais desenvolvidas do Brasil, é fundamental que o banco continue investindo em projetos inovadores e que incentivem a mecanização e modernização de setores estratégicos, como a agricultura e a indústria. Simões alertou que, "ou a gente vira a chave, ou vamos continuar aumentando o déficit entre o Nordeste e as regiões mais desenvolvidas", ressaltando a necessidade urgente de uma transformação no processo produtivo e de financiamento de novos empreendimentos. Durante sua fala, Simões também reforçou que o Banco do Nordeste tem cumprido seu papel social, proporcionando recursos essenciais para o crescimento dos pequenos e grandes negócios. Com uma atuação focada em fomentar a inovação e a produtividade, a instituição tem sido um pilar fundamental para o avanço econômico do estado e da região. Ao afirmar que o banco "não é só uma instituição financeira, é um banco de desenvolvimento", ele sublinhou a importância de não apenas formalizar contratos, mas garantir que os recursos cheguem efetivamente às empresas, gerando emprego e renda para a população. A cobertura completa do evento será publicada na edição da Algomais do próximo sábado.

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Joao Paulo pe

Deputado João Paulo solicita informações sobre o trecho Salgueiro–Suape da Transnordestina

Parlamentar quer acesso a cronograma, entregas e situação atual das obras previstas em contrato com a Infra S.A. O deputado estadual João Paulo (PT), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Transnordestina em Pernambuco, protocolou um Pedido de Informação junto ao Consórcio Estratégico–PROSUL. A solicitação, baseada na Lei de Acesso à Informação (nº 12.527/2011), busca esclarecer os prazos, entregas e o estágio atual das obras do trecho entre Salgueiro e o Porto de Suape, previsto no Contrato nº 27/2024 firmado com a estatal federal Infra S.A. No documento, o parlamentar requer cópias dos projetos básicos e executivos já concluídos, especialmente os referentes aos 55 quilômetros cujo prazo de entrega terminou em dezembro de 2024. Ele também solicita detalhes sobre etapas executadas, previsão de novas entregas, cronograma, critérios de medição e pagamento, possíveis alterações no traçado da ferrovia e eventuais subcontratações. A situação das desapropriações e a frequência de vistorias técnicas também estão entre os pontos levantados. Para João Paulo, a fiscalização do contrato é essencial para assegurar que o trecho Salgueiro–Suape avance com responsabilidade e cumpra sua função estratégica. “Não podemos permitir que esse projeto, vital para a economia do estado e para a integração do Nordeste, continue paralisado ou avançando sem clareza e fiscalização. A Frente Parlamentar tem atuado para que o trecho Salgueiro–Suape seja uma realidade”, declarou o deputado. Desde o cancelamento do trecho ao final do governo Bolsonaro, João Paulo vem liderando articulações para sua reinclusão no projeto da ferrovia. A exclusão do ramal até Suape comprometeu interesses logísticos e econômicos de Pernambuco, e sua retomada é vista como prioritária para a competitividade regional.

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rota moda

Rota do Mar: Desfile Autoral no Festival do Jeans de Toritama Homenageia Dona Adalva

Marca pernambucana prepara coleção especial para celebrar 29 anos de história e legado no setor de moda A Rota do Mar, referência no cenário de moda casual pernambucana, está se preparando para brilhar no Festival do Jeans de Toritama (FJT 2025), um dos eventos mais prestigiados do Brasil no segmento jeanswear. Com abertura prevista para 30 de abril, a marca será protagonista no evento na próxima sexta-feira, 2 de maio, a partir das 19h, com um desfile que promete emocionar o público de 1.200 pessoas. A grande surpresa será a apresentação de uma coleção especial, que resgata a história da Rota do Mar, celebrando seus 29 anos de trajetória no mercado da moda. A coleção, que será apresentada no desfile, traz um conceito autoral inspirado no tema Retro Future do evento, refletindo a evolução da marca ao longo dos anos. Serão 15 looks completos que destacam os rebrands que marcaram a trajetória da empresa, como "Onda Perfeita", em 1996, "Siga sua Onda", de 2015, e o atual posicionamento "Encontre sua Direção". Com um mix de peças direcionadas tanto para o público masculino quanto feminino, o desfile promete inovar ao apresentar produtos com apelo futurista, mas com referências ao passado. O desfile também será uma homenagem a Dona Adalva, mãe de Arnaldo Xavier, CEO da Rota do Mar, que teve um papel essencial na construção do legado da empresa. A estilista Bruna Melo destaca que a escolha por Dona Adalva reflete o reconhecimento de todas as pessoas que contribuíram para o sucesso da marca, especialmente os colaboradores que fizeram parte dessa jornada de quase três décadas de inovação e pesquisa no polo de moda pernambucano. A diversidade também será um destaque, com um casting que incluirá modelos de diferentes gêneros, raças e tipos físicos. “Escolhemos prestar uma homenagem a tudo que a Rota do Mar tem como legado dentro do polo de moda da região e a expressividade do evento, considerado referência nacional por reunir desfiles, shows, exposições e negócios. A nossa marca é uma das mais antigas no circuito, de forma geral, com quase três décadas de atuação, pesquisa e inovação para várias praças locais. Fora isso, estamos levando em conta também a importância das pessoas colaboradoras em todo o nosso processo, com base nos momentos nos quais a empresa construiu a sua história junto a tantos profissionais incríveis, de diversos setores. Uma delas é a Dona Adalva, a mãe do CEO Arnaldo Xavier, que será a grande homenageada do desfile”, destaca a estilista Bruna Melo.

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