Arquivos Segurança - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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3 em cada 4 usuários se sentem inseguros no transporte e mais de 60% consideram a tarifa ruim ou muito ruim

Pesquisa da Unifafire revelou as principais percepções acerca da mobilidade urbana na Região Metropolitana do Recife A nova pesquisa realizada pela UNIFAFIRE Inteligência de Mercado revela um panorama alarmante do transporte público na Região Metropolitana do Recife (RMR), com destaque para dois fatores que geram forte insatisfação entre os usuários: a segurança e o custo da tarifa. Os dados, coletados com 851 entrevistados entre os dias 29 de maio e 6 de junho de 2025, mostram que 75% dos usuários consideram a segurança nos veículos como "ruim" ou "muito ruim", percentual que sobe para 74,89% quando se trata de terminais e paradas. A sensação de insegurança está entre os pontos mais críticos do sistema, exigindo intervenções urgentes por parte do poder público. CRÍTICA AO PREÇO DAS PASSAGENS Em relação ao preço das passagens, 60,8% dos usuários avaliam o custo da tarifa de forma negativa, o que revela uma percepção de desequilíbrio entre o que se paga e a qualidade do serviço oferecido. Apenas 15,5% consideram o valor justo. Esse cenário se agrava quando cruzado com os índices de superlotação, falta de conforto e tempo de espera excessivo — todos apontados como insatisfatórios pela maioria dos entrevistados. PRECARIEDADE JOGA CONTRA O TRANSPORTE PÚBLICO A soma desses fatores cria um ciclo de insatisfação: o transporte público é essencial para mais de 60% da população, que o utiliza com frequência para ir ao trabalho ou à escola, mas enfrenta um serviço precário, caro e inseguro. A percepção negativa sobre a segurança vai além da violência urbana — inclui também a precariedade dos veículos e a ausência de medidas preventivas que garantam a integridade dos passageiros. PERCEPÇÃO POSITIVA DO VEM Apesar do cenário crítico, a pesquisa aponta que ações de modernização, como a adoção do cartão VEM, são vistas de forma positiva. Mais de 61% dos entrevistados acreditam que o uso do cartão melhorou a experiência no transporte público. O dado indica que, quando há investimento em melhorias tecnológicas e de gestão, há também reconhecimento por parte da população. No entanto, para reverter o atual quadro de insatisfação, será preciso ir além da bilhetagem eletrônica e enfrentar de frente os gargalos estruturais — com prioridade para segurança e custo acessível.

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São João 2025 em Pernambuco registra quatro dias de festa sem homicídios

Com reforço tecnológico e planejamento antecipado, grandes polos como Caruaru, Petrolina e Arcoverde tiveram queda nas ocorrências Com 1.386 polos festivos e 18 municípios recebendo atrações nacionais, o São João 2025 em Pernambuco registrou quatro dias de festas juninas sem homicídios e com queda nas ocorrências policiais nos principais centros. A Secretaria de Defesa Social (SDS) destacou que o resultado é fruto do planejamento da Operação São João 2025, que reforçou a presença das forças de segurança com tecnologia de ponta e articulação com prefeituras e instituições parceiras. A governadora Raquel Lyra comemorou os resultados da operação. "Realizamos toda a estruturação prévia para garantir que pernambucanos e turistas pudessem ter um São João de celebração... Foram dias de muita animação e cultura, com todo o aparato da segurança pública, mostrando que é possível brincar na paz", afirmou. Entre os destaques, Caruaru teve redução de 50,6% nas ocorrências, Petrolina caiu 27% e Arcoverde, 15%, nos dias de maior movimentação (21 a 24 de junho), em comparação com o ano passado. O combate a crimes patrimoniais também teve avanços expressivos. O número de celulares recuperados pelas polícias Militar e Civil aumentou 550% em relação a 2024, e integrantes de quadrilhas especializadas em furtos foram presos em cidades como Petrolina e Gravatá. A operação contou ainda com drones com visão noturna, videomonitoramento em tempo real, aeronaves do GTA e centros móveis de comando, além do reforço do programa Alerta Celular. O Governo de Pernambuco investiu mais de R$ 8,4 milhões na segurança do São João 2025. Ao todo, serão mais de 46 mil lançamentos extras de efetivo até o encerramento da operação, previsto para o dia 29 de junho. O balanço final das ações será divulgado após as festas de São Pedro.

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Raul Jungmann debate crise da segurança pública em evento do projeto Pernambuco em Perspectiva

Ex-ministro da Defesa será o palestrante de junho da iniciativa que discute estratégias de desenvolvimento para Pernambuco; evento tem patrocínio do Banco do Nordeste e do Governo Federal. O ex-ministro da Segurança Pública e da Defesa, Raul Jungmann, será o convidado da edição de junho do projeto Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo. Ele ministrará a palestra com o tema "O Grave Problema da Segurança Pública no País e nos Estados tem jeito?", contribuindo com a reflexão sobre um dos desafios mais urgentes do Brasil contemporâneo. O evento acontece nesta terça-feira (17), com recepção às 18h30 e conta com o patrocínio do Banco do Nordeste e do Governo Federal. A iniciativa é realizada pela revista Algomais, em parceria com a Rede Gestão, e visa discutir caminhos para um novo modelo de desenvolvimento para Pernambuco. A cada edição, especialistas em economia, desenvolvimento sustentável, gestão pública e inovação se reúnem com empresários, gestores e formadores de opinião. As palestras seguem os pilares do projeto: educação de alta qualidade; sustentabilidade ambiental e climática; gestão pública eficaz; ciência, tecnologia e inovação; empreendedorismo dinâmico; e infraestrutura adequada. O projeto conta com a coordenação de Ricardo de Almeida, Francisco Cunha e Fábio Menezes, sócios da TGI Consultoria. A edição será realizada no auditório do novo Empresarial RioMar 05 e as vagas são limitadas. Os interessados devem preencher o formulário de inscrição disponível no link: https://pernambuco.algomais.com/ Confira os conteúdos do encontro Pernambuco em Perspectiva: 🔹 Apresentações em slides.🔹 Matéria publicada na revista Algomais.

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Pernambuco registra redução de homicídios no Carnaval

Pesquisa realizada destaca melhores indicadores da segurança pública na festa nos últimos 22 anos. Foto: Miva Filho O Carnaval de Pernambuco em 2025 registrou os melhores índices de segurança das últimas duas décadas. Com uma queda de 15% nos homicídios em relação ao ano anterior e o menor número de mortes violentas desde 2004, o Estado consolidou um modelo eficiente de prevenção e monitoramento. A Secretaria de Defesa Social atribui os resultados ao uso de tecnologia, como reconhecimento facial e drones, além da intensificação do policiamento e controle nos acessos aos polos da folia. Além da redução expressiva nos homicídios, que passaram de 67 em 2024 para 57 este ano, os casos de violência contra a mulher caíram 27%, saindo de 677 para 496 registros. O secretário de Defesa Social, Alessandro de Carvalho, destaca que “Pernambuco acabou de fazer o Carnaval mais seguro de toda a sua história”, reforçando o impacto do planejamento estratégico das forças de segurança. O investimento na festa também impulsionou a cultura e o turismo. O Governo do Estado destinou R$ 39,5 milhões ao evento, ampliando as atrações e fortalecendo a participação de artistas locais. A movimentação econômica alcançou R$ 3,3 bilhões, com 96,16% de ocupação hoteleira e um crescimento de 8,71% no fluxo de passageiros do Aeroporto do Recife. A Secretaria de Turismo aponta que 93,78% dos visitantes pretendem voltar ao Carnaval de Pernambuco, consolidando a festa como um dos maiores eventos culturais do Brasil.

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Como proteger seu celular e dados durante a folia de Carnaval

Especialistas alertam para golpes digitais e ensinam cinco formas de se proteger Com o aumento de 45% nos crimes digitais em 2024, segundo a Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP), o Carnaval se torna um período crítico para a segurança digital. O uso intenso de celulares e redes sociais em meio à festa abre espaço para golpes, como roubo de dados, phishing e acessos não autorizados a contas bancárias. Para evitar transtornos, especialistas da Tempest, empresa de cibersegurança do grupo Embraer, destacam cinco medidas essenciais. 1. Proteja seu celular e dados pessoais O celular é um dos principais alvos dos criminosos digitais. Para aumentar sua segurança, utilize senhas fortes (com letras, números e símbolos) e ative a autenticação de dois fatores (2FA) em aplicativos bancários, redes sociais e e-mails. Além disso, mantenha a função de rastreamento ativada – "Encontrar Meu Dispositivo" no Android ou "Buscar" no iPhone –, garantindo a possibilidade de bloqueio remoto caso o aparelho seja roubado. Evite desbloquear o celular em meio à multidão para não expor suas senhas. 2. Evite conexões inseguras Redes Wi-Fi públicas podem ser uma armadilha, já que hackers conseguem interceptar informações trafegadas sem segurança. Se precisar se conectar, evite acessar aplicativos bancários ou redes sociais. Para maior proteção, use uma VPN (Rede Privada Virtual), que criptografa os dados e dificulta ataques cibernéticos. 3. Cuidado com golpes digitais e phishing Golpistas aproveitam o Carnaval para enviar mensagens falsas por SMS, e-mail e redes sociais, fingindo oferecer ingressos promocionais ou descontos exclusivos. Desconfie de links desconhecidos e nunca informe dados bancários ou senhas fora dos canais oficiais das empresas. 4. Proteja suas redes sociais e localização Evite compartilhar sua localização em tempo real em postagens públicas, pois isso pode expô-lo a riscos de segurança. Ajuste as configurações de privacidade para restringir o acesso às suas informações e evite divulgar planos futuros de viagem ou compromissos. 5. Use aplicativos e pagamentos de forma segura Baixe apenas aplicativos de fontes confiáveis, como Google Play e App Store, e evite clicar em links de origem desconhecida. Para pagamentos, prefira carteiras digitais e sistemas seguros, reduzindo o risco de fraudes. Também é recomendável definir limites diários para transações bancárias e manter os aplicativos sempre atualizados. Seguindo essas recomendações, é possível curtir o Carnaval com mais segurança e sem preocupações digitais. Para mais dicas, acesse o site da Tempest (www.tempest.com.br) ou siga no Instagram @tempestsecurity.

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6 passos para reforçar a cibersegurança da sua empresa 

O atual cenário da cibersegurança demanda uma nova postura das empresas, calcada na resiliência, ou seja, na capacidade de uma organização de estar pronta para responder e se recuperar de um ataque cibernético, mitigando riscos.   Aplicado à cibersegurança, resiliência diz respeito à necessidade de elevar a segurança ao nível dos negócios, ajudando a identificar e responder de forma mais eficaz às ameaças e retomar a operação rapidamente. Tudo isso passa por questões práticas como a identificação e defesa das “jóias da coroa” do negócio.   Para aumentar o grau de resiliência e maturidade em segurança cibernética, é necessário que aconteçam mudanças no mindset da organização como um todo, da alta administração até os colaboradores, criando uma verdadeira cultura de cibersegurança. Lincoln Mattos, CEO e fundador da Tempest, aponta seis iniciativas que podem aumentar o grau de resiliência das organizações.  Conectar a cibersegurança à estrutura organizacional;  Há uma crescente percepção de que riscos cibernéticos são riscos aos negócios. Nesse cenário, é fundamental que haja uma maior conexão entre os assuntos ligados à cibersegurança e o próprio mapa de riscos do negócio.   Identificar dados e sistemas mais importantes para o seu negócio  Realizar um mapeamento dos dados e sistemas mais importantes para o negócio pode ajudar a diminuir as chances de ataques e, caso isso ocorra, essas informações estarão mais seguras.   Engajar as pessoas e desenvolver uma cultura de segurança positiva  A segurança digital deve ser considerada um pilar da cultura organizacional, apresentada e discutida com colaboradores, com o objetivo de educá-los e conscientizá-los sobre a importância da segurança da informação para o bem-estar organizacional e da sociedade como um todo. Uma cultura de segurança positiva ajudará muito a mitigar riscos internos e externos.   Envolver o seu supply chain e seus parceiros de negócios;  De acordo com última edição da pesquisa Tempest de Cibersegurança, realizada em parceria com o Datafolha, 85% das empresas ainda não consideram suas cadeias de suprimentos como um risco elevado à própria segurança. Trata-se de um dado que traz um alerta, afinal grande parte dos ataques cibernéticos ocorridos nos últimos anos exploram vulnerabilidades nesta cadeia. As conexões estabelecidas com empresas ou parceiros terceirizados em diferentes níveis se tornaram uma das mais sérias formas de exposição a ciberataques.  Usar gestão de riscos para tomar decisões de segurança  O atual cenário da cibersegurança demanda uma nova postura das empresas, calcada na resiliência, ou seja, na capacidade de uma organização de estar pronta para responder e se recuperar de um ataque cibernético, mitigando riscos.  Prepare-se para incidentes de segurança.  É necessário garantir agilidade de resposta em casos de ciberataques. Principalmente porque é questão de tempo até que todas as empresas sofram ataques digitais, por isso contar com profissionais especializados e conscientes sobre essa questão torna-se fundamental para garantir uma maior proteção do negócio. 

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Sistema usa inteligência artificial para prever ocorrências de crimes em áreas urbanas

Na região central da cidade de São Paulo há 1.522 esquinas com maior probabilidade de ocorrência de assalto a transeuntes, além de outros pontos com alto risco de furtos e roubo de veículos ou de carga. Juntos, esses locais são responsáveis por quase metade dos registros desses tipos de crimes no centro da capital paulista. A identificação dessas regiões na cidade, que devem merecer maior atenção dos agentes de segurança pública, tem sido feita por meio de ferramentas baseadas em ciências de dados e inteligência artificial, desenvolvidas nos últimos anos por pesquisadores vinculados ao Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. As ferramentas computacionais despertaram o interesse de órgãos e secretarias de segurança pública de cidades como São Carlos, no interior paulista, afirma Luis Gustavo Nonato, pesquisador responsável pelo projeto.“O objetivo é que essas ferramentas possam ajudar esses órgãos a predizer regiões das cidades com maior probabilidade de ocorrência de crimes, visando a implementação de ações preventivas”, diz Nonato. Uma das linhas de pesquisa do CeMEAI, sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), campus de São Carlos, é a aplicação de técnicas de ciência de dados para compreender o impacto de fatores como a infraestrutura urbana, o fluxo de pessoas e até mesmo o clima em problemas como, por exemplo, o da criminalidade. Para realizar os estudos, são empregadas ferramentas da área de computação, matemática e estatística, mesclando técnicas de ciência de dados e de inteligência artificial, em especial, de aprendizado de máquina. Os resultados dessas análises complexas são apresentados por meio de plataformas de visualização computacional, de modo a facilitar a interação dos gestores públicos com os dados disponibilizados. “A ideia é ajudar os gestores a entender como esses fatores se correlacionam com ocorrências criminais, por exemplo, para auxiliar na criação de políticas públicas de baixo custo e com grande impacto econômico e social nas cidades”, diz Nonato. Criminalidade no entorno de escolas O projeto foi iniciado em 2015 por meio de uma colaboração com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV), outro CEPID financiado pela FAPESP. No âmbito dessa parceria, os pesquisadores do CeMEAI puderam ter acesso a uma grande quantidade de dados sobres crimes na cidade de São Paulo reunidos pelo NEV e empregar ferramentas de ciência de dados e inteligência artificial para identificar padrões de criminalidade e suas relações com variáveis externas associadas à infraestrutura urbana. A primeira ferramenta desenvolvida por meio da parceria foi o CrimAnalyzer – uma plataforma que possibilita identificar padrões de criminalidade ao longo do tempo em regiões da cidade e, dessa forma, verificar quais são os mais prevalentes em termos quantitativos, por exemplo. Por meio da plataforma, os pesquisadores realizaram estudo para avaliar a relação entre a criminalidade e a infraestrutura no entorno de escolas públicas na cidade de São Paulo. Reuniram dados de indicadores socioeconômicos, informações sobre a infraestrutura urbana, como pontos de ônibus e bares, além do fluxo de pessoas e histórico de crimes, como assalto a pedestres, de estabelecimentos comerciais e roubo de carros, durante o dia, à tarde, à noite e de madrugada, em um raio de 200 metros no entorno de 6 mil escolas públicas em São Paulo. Constataram que as escolas localizadas em regiões da cidade com melhores indicadores socioeconômicos e cercadas por um grande número de pontos de ônibus tendem a apresentar um maior número de crimes, principalmente roubo de carros e assalto a transeuntes – este último concentrado no período da tarde. O intenso fluxo de pessoas devido ao grande número de pontos de ônibus pode ser o fator a explicar o volume de assaltos de pedestres, diz Nonato. “Existe uma forte correlação entre pontos de ônibus e crimes no entorno dessas escolas”, afirma o pesquisador. “Isso mostra a efetividade dessa metodologia de ciências de dados para revelar padrões”, avalia Nonato. Resultado de uma colaboração, além do NEV-USP, com a Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as universidades federais do Espírito Santo (UFES) e de Alagoas (UFAL) e a New York University, dos Estados Unidos, o projeto está sendo implementado em São Carlos por meio de convênio da Secretaria de Segurança Pública da Prefeitura Municipal com o ICMC/USP para utilizar as ferramentas. “A prefeitura de São Carlos tem viabilizado o acesso a diversos dados, possibilitando um grande avanço no projeto”, diz Nonato. Séries temporais Uma das limitações do CrimAnalyzer é que os dados dos crimes estavam agregados por setor censitário – unidade territorial estabelecida para fins de controle cadastral, formada por área contínua e situada em um único quadro urbano ou rural. Essa forma de apresentação de dados prejudicava a captura de padrões de criminalidade. Em razão dos resultados alcançados com o projeto, os pesquisadores começaram a ter acesso a dados georreferenciados sobre crimes na cidade de São Paulo e desenvolveram uma nova ferramenta, batizada de Mirante. “O acesso aos dados georreferenciados fez uma diferença enorme no poder de análise e também na forma como passamos a apresentar e obter os padrões de criminalidade”, afirma Nonato. Por meio de tratamentos estatísticos, a plataforma faz o geoprocessamento em mapas de rua e, dessa forma, permite avaliar mudanças no padrão de criminalidade em locais da cidade ao longo do tempo. Ao analisar uma esquina em São Paulo que em 2010 não registrava roubos de veículos e que, a partir de 2017, começou a registrar, os pesquisadores observaram que um dos fatores que contribuíram para essa mudança foi a alteração no lado da via liberada para estacionamento.. Antes de 2010 era proibido estacionar no lado da via de mão dupla que dá acesso a uma avenida principal com ligação a uma via marginal. Com a liberação para estacionamento, aumentou o roubo de carros na região. “Isso pode ter facilitado aos criminosos roubar carros e sair rapidamente para a marginal, enquanto anteriormente eles teriam que dar uma volta dentro do bairro para poder ter acesso à marginal”, explica Nonato. Padrões de criminalidade

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Pernambuco teve junho com menos roubos em 15 anos

Da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco Junho de 2020 registrou o menor quantitativo de Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs) desde que essa modalidade delituosa começou a ser computada pela segurança pública de Pernambuco, em 2005. De lá para cá, houve 15 junhos, todos com registro de roubos acima das ocorrências do mês passado, quando ocorreram 3.490 casos. Nessa série histórica, o de 2010, com 3.908, era até então o junho com menos crimes patrimoniais. A cidade do Recife, com 1.097 CVPs, também teve a menor incidência nessa década e meia. O segundo resultado mais baixo da capital foi em junho de 2013, com 1.758 boletins de ocorrência. Em relação a junho de 2019 (6.684), Pernambuco apresentou uma redução de 47,79%. Com mais esse declínio, o Estado completou 34 meses consecutivos de diminuição dos CVPs, grupo de crimes que inclui assaltos, roubos e furtos de celulares, carros, a bancos, coletivos e outras modalidades. Foi em setembro de 2017 que esse conjunto de delitos iniciou a curva descendente. Considerando o 1º semestre de 2020 (28.087 queixas), a retração foi de 33,82% em comparação ao mesmo período do ano anterior (42.440). Foram os primeiros seis meses do ano com menor violência visando bens em seis anos, ficando acima apenas de 2013. Confira toda a linha do tempo, no mesmo recorte: 2019 (42.440), 2018 (50.680), 2017 (63.921), 2016 (54.786), 2015 (39.693), 2014 (32.169) e 2013 (26.129). “O planejamento operacional, sob coordenação do Pacto Pela Vida, evitou consequências negativas prováveis da pandemia e da crise econômica, a exemplo de arrastões, saques, vandalismos, aumento nos arrombamentos, furtos e assaltos. A população, nesse período, pôde ficar em casa e também se deslocar pelas ruas com tranquilidade. Foi um esforço grande feito pelos profissionais da segurança pública, divididos entre as fiscalizações e suas atividades ordinárias. Os resultados estão expostos e aproveitamos para agradecer pelo empenho de todos. Mas queremos avançar. É preciso asfixiar o crime e fazer os agentes da violência perderem terreno para os da paz”, analisa o secretário Antonio de Pádua. ROUBOS CAEM 55% NO RECIFE – Na capital pernambucana, as denúncias de crimes violentos contra o patrimônio caíram 55,37% no mês passado. Ao todo, foram 1.097 registros em junho último, contra 2.458 no sexto mês do ano passado. Quando se leva em conta o primeiro semestre, a redução chega a 41,34%. Se nos seis primeiros meses do ano passado notificaram-se 15.730 crimes do tipo, no mesmo período deste ano contabilizaram-se 9.227 - ou seja, 6.503 roubos a menos. Considerando todos os meses de junho da série histórica, a capital teve o sexto mês com menos crimes patrimoniais em 15 anos, ou seja, desde o início da contagem dos CVPs. Na sequência da linha do tempo, com menores estatísticas, vieram junho de 2013 (1.758) e junho de 2012 (1.956). Todos os outros ficaram acima de 2 mil registros. “Operações permanentes em áreas estratégicas da capital, como a Agamenon Magalhães, Boa Viagem e Cerne (no Centro), são fundamentais para prevenir os roubos e furtos. Nessas áreas, as diminuições ficaram entre 60% e 80%. Estamos, a cada dia, aprimorando a atuação para proteger trabalhadores, estudantes, comerciantes e moradores do Recife e do Estado como um todo”, complementa o secretário. ZONA DA MATA PUXA A QUEDA – Em junho, a redução dos crimes contra o patrimônio em Pernambuco foi liderada percentualmente pela Zona da Mata. A região somou 372 ocorrências do tipo no período, o que representa um decréscimo de 46,63% em relação a 2019 (697 CVPs). Ainda no último mês, a retração no Sertão e Agreste seguiu a tendência do Estado. Enquanto o Sertão apresentou diminuição de 45,4% (1.936 para 1.143), o Agreste teve -44,76% (de 1.278 para 706 crimes). A Região Metropolitana (exceto a capital) também demonstrou um importante desempenho, saindo dos 1.936 registros no ano passado para 1.143 neste ano (-40,96%). Na soma dos seis primeiros meses, é a Região Metropolitana (salvo a capital) que lidera a redução dos CVPs, com uma queda de 30,16% (de 12.987 para 9.070 crimes). Em seguida, vem a Zona da Mata, que retraiu 29,46% (saindo dos 3.995 para 2.818 casos). As regiões do Sertão, com decréscimo de 28,62% (de 2.142 para 1.529), e Agreste, com -28,25% (de 7.586 para 5.443), fecham a lista. ZERO ASSALTO A BANCO – No mês passado, não houve nenhum tipo de investida contra instituições financeiras, seja agência bancária, caixa eletrônico ou carro-forte. No mesmo mês do ano passado, duas acabaram consumadas, fazendo com que a queda em junho deste ano fosse de 100%. Já nos seis primeiros meses de 2020, somando 9 ocorrências, a redução é de 36%. No mesmo período do ano anterior, tinham acontecido 14. Só neste ano, 23 pessoas envolvidas com esse tipo de crime foram presas pelas forças de segurança pública, que atuam por meio da Força-Tarefa Bancos. ALERTA CELULAR RECUPERA 674 APARELHOS – Por meio do Programa Alerta Celular, só no mês passado 674 aparelhos telefônicos foram recuperados pelas forças policiais pernambucanas, o que leva à prisão dos receptadores e até dos criminosos envolvidos neste tipo de ação. Desde sua implementação, o Alerta Celular foi responsável por tirar das mãos de criminosos um total de 23.786 telefones. Com isso, esse tipo de crime continua a cair, no Estado, pelo terceiro ano consecutivo. Só no mês passado, a queda foi de 40,5%, saindo das 2.554 denúncias em junho de 2019 para 1.520 neste ano. Entre janeiro e junho de 2020, quando se computaram 11.766 roubos do tipo, a retração é de 30%. Ao todo, 16.811 ocorrências haviam sido anotadas no ano passado. ROUBOS DE VEÍCULOS REDUZEM 32% – Com um total de 740 casos no mês passado, os roubos de veículos apresentaram redução de 32,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, foram 1.093 registros em 2019. No acumulado do ano, a retração chegou a 18,39%, saindo de 6.546 ocorrências entre janeiro e junho do ano passado para 5.343 este ano. MENOS INVESTIDAS CONTRA ÔNIBUS E CARGAS – As investidas contra transportes coletivos caíram

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Conheça Simony: criadora do Nina e destaque da Forbes Under 30

Natural do bairro de Dois Unidos, na periferia da Zona Norte do Recife, Simony César criou uma solução para um problema que ela vivenciou de perto desde cedo: o assédio às mulheres no transporte público. Simony é filha de uma ex-cobradora de ônibus. Na sua família várias pessoas trabalham nos coletivos do Recife. Quando ela mesma trabalhou numa empresa do setor, por um breve tempo, viu como as denúncias abertas pelas passageiras eram ignoradas. Na universidade, a indignação com o silêncio diante da violência contra as mulheres nos ônibus se transformou em pesquisa e em um serviço, que atende pelo nome de Nina. Ela conseguiu uma publicação científica no Congresso Cybercultura, o que validou cientificamente sua ideia inicial. Após os primeiros passos na academia, o projeto foi aprovado em um edital de empreendedorismo social da RedBull. “Eu queria entender como a violência de gênero na mobilidade urbana é um fator impeditivo para acesso e manutenção das mulheres no curso superior. Uma amiga sugeriu criarmos um produto viável. Fizemos um app para que as mulheres denunciassem o assédio no campus. Depois dessa experiência, percebemos que precisávamos criar uma tecnologia que viesse integrada em aplicativos e não desenvolver um app”, explica Simony. O projeto foi escolhido pela Toyota Mobility Fondation para receber apoio financeiro e institucional. Com a tecnologia desenvolvida, foi a capital cearense o local escolhido para aplicar a solução. E o Nina foi embarcado no aplicativo Meu Ônibus Fortaleza. Ao apertar um botão no app, as passageiras abrem um alerta e a empresa é obrigada a emitir as imagens do horário da ocorrência do assédio para a Polícia Civil em até 72h. Simony lembra que o serviço não é só de tecnologia. “Temos duas frentes, a tecnologia e a consultoria para mobilidade e gênero. Costuramos toda a política pública para depois integrar a solução tecnológica”. Com as notificações, há um mapa de informações que passam a ser acessadas pela Prefeitura de Fortaleza para combater a violência contra as mulheres. Essa solução, que nasceu na academia e já está em uso na vida real, chamou a atenção da Forbes. E no dia 31 de dezembro a versão digital da lista começou a circular com o nome da pernambucana. “Isso nunca tinha sido um sonho para mim, nem imaginava a repercussão que veio após a divulgação”, surpreende-se Simony. A jovem pretende levar a Nina para outros estados e até países. A startup planeja também criar um selo de cidades seguras para mulheres. Há uma expectativa de implantação do sistema em Pernambuco. O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Bruto, afirmou em entrevista à Algomais que o Governo do Estado tem interesse no sistema e está em fase final de desenvolvimento do sistema operacional da frota de transporte (Simop). "Queremos finalizar o Simop no primeiro semestre. Estamos discutindo um plano de trabalho e forma de financiamento. Temos todo desejo de integrar essa tecnologia e tê-la presente dentro do Simob e também no protocolo de atendimento às denúncias e ocorrências da SDS e da Secretaria da Mulher. Estamos numa fase dessa de entendimento e desenho dos protocolos e operação, ao mesmo tempo discutindo condições de financiamento para fechar essa equação. Esperamos que ainda durante o ano conseguirmos esse resultado". Mais 5 cidades iniciaram os trâmites para implantação da nossa tecnologia em 2020. De acordo com Simony, que tem circulado o mundo discutindo o tema da violência contra mulher no transporte público e apresentado a solução do Nina, há possibilidade de levar a tecnologia e a consultoria do Nina também para outros Países. Um projeto em fase inicial ainda com a MAN, empresa do grupo Volkswagen que produz caminhões e ônibus, estudar a possibilidade da tecnologia da Nina ser embarcada de fábrica nos ônibus da marca, inicialmente na África do Sul. "A Nina quer garantir a cidade segura para as mulheres!", afirmou a empreendedora. Mais informações sobre o Nina pelo site: portal.ninamob.com. Para acompanhar os passos de Simony, o perfil no Linkedin é www.linkedin.com/in/simonycesar  

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Pernambuco registra sequência de queda de roubos por 29 meses seguidos

Os Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP) caíram 11,2% em janeiro de 2020 em relação ao mês correlato de 2019. São 768 abaixo do computado no ano passado, uma vez que as ocorrências tiveram declínio de 6.860 para 6.092. Nas áreas onde existem operações permanentes de combate a CVPs, a média de redução foi ainda maior, chegando a -41,1%. Assim, Pernambuco chega ao 29º mês seguido de diminuição em comparação com o seu equivalente no ano anterior. A diferença entre a série estatística de setembro de 2017 a janeiro de 2020 e a de setembro de 2016 a janeiro de 2019 chega a 47.673 ocorrências a menos. Das três operações permanentes de prevenção e repressão aos crimes contra o patrimônio, a Operação Agamenon Magalhães terminou janeiro com a maior retração no confronto com o mesmo mês de 2019: -41,1%, ao passar de 56 para 33 registros de roubo em seu perímetro de atuação. Patamar próximo ao da Operação Boa Viagem, cujo resultado na mesma comparação chegou a -31,1%. Os CVPs no bairro da Zona Sul recuaram de 241 para 166. Por fim, a Operação Cerne, que cobre os bairros do Centro do Recife, finalizou janeiro com -15,8% (de 292 para 246 crimes notificados). O reforço no efetivo das forças de segurança neste início de ano é uma das estratégias adotadas pelo Governo de Pernambuco, através da SDS, para seguir avançando no combate aos CVPs, como explica o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antonio de Pádua. "Em janeiro já fortalecemos o policiamento ostensivo nas ruas, com mais 500 novos soldados que ingressaram na Polícia Militar de Pernambuco, e continuamos esse reforço em fevereiro, quando mais 400 agentes de Polícia Civil se integraram aos quadros da segurança pública para agilizar as investigações. Assim, pudemos aumentar a presença das Polícias no calendário de Carnaval, desde as prévias até uma semana depois do fim oficial da festa. Temos uma cobertura de efetivo 7,84% maior do que no Carnaval de 2019, com um investimento de R$ 10,2 milhões. Sem dúvida, estaremos empenhados, de maneira integrada com diversas esferas de governo, para proporcionar uma festa de paz e tranquilidade do Litoral ao Sertão", salienta. RECUPERAÇÃO DE CELULARES ROUBADOS SEGUE EM AUMENTO – As polícias de Pernambuco continuaram ampliando as apreensões de celulares roubados em janeiro de 2020. Em pleno janeiro, marcado pelas prévias de Carnaval, a recuperação desses aparelhos pelas forças de segurança do Estado subiu em 16%. Se no mês inicial de 2019 houve 724 apreensões com suspeitos de roubo ou furto, este ano foram 842. Desde que o programa Alerta Celular da SDS foi criado, em março de 2017, foi possível retirar das mãos de criminosos o total de 18.931 telefones. Para possibilitar que os verdadeiros donos possam ter seus aparelhos de volta, a SDS orienta que os cidadãos cadastrem o código IMEI de seus telefones no Programa Alerta Celular. pelo site www.sds.pe.gov.br. Se for vítima de roubo ou furto, o cidadão também deve prestar o boletim de ocorrência. Assim, nas abordagens, os policiais poderão consultar se os aparelhos apreendidos têm registro de roubo ou furto no Alerta Celular, devolvendo-os aos donos. O programa da SDS tem ajudado a inibir essa prática criminosa. Somente em janeiro deste ano, a redução foi de 7% em relação ao mesmo mês de 2019, passando de 2.621 para 2.431 roubos. TODAS AS REGIÕES REGISTRAM MENOS ROUBOS – Recife é o destaque com -21,91% nos casos de CVP no confronto entre os primeiros meses de 2020 e 2019. Na capital pernambucana, as notificações baixaram de 2.488 para 1.943. Em seguida, os demais 14 municípios da Região Metropolitana apresentaram uma variação de -8,75% (de 2.079 para 1.897). No Sertão, o recuo foi de 5,05% (de 376 a 357), enquanto Agreste e Zona da Mata tiveram declínio de 1,2% e 0,95%, respectivamente, ao sair de 1.284 para 1.268 e de 633 para 627. Entre as Áreas Integradas de Segurança (AIS), a que abrange os municípios de São Lourenço da Mata e Camaragibe (AIS 9) sobressaiu por ter atingido o menor número de ocorrências de roubo dos últimos 13 meses. As 199 queixas de janeiro de 2020 foram maiores apenas que as 195 de 2018. Já a AIS 13, que está sediada em Palmares e inclui outros 17 municípios da Zona da Mata Sul, as 130 ocorrências de CVP no mês passado foram o menor patamar dos últimos quatro meses. NENHUM ROUBO A BANCO NO PRIMEIRO MÊS DE 2020 – Nenhum caixa eletrônico ou agência bancária foi alvo de investida consumada de criminosos no último mês de janeiro. Nesses 31 dias, registrou-se um roubo a carro-forte. Dessa forma, os furtos e roubos contra instituições financeiras diminuiu em 67% na comparação com janeiro de 2019. A retração foi de 3 para 1 caso. MAIS DE 3 MIL PRISÕES EM FLAGRANTE – As forças policiais do Estado contabilizaram, no primeiro mês deste ano, 3.339 pessoas presas em flagrante delito, além de 497 adolescentes autuados por ato infracional. Também apreenderam 442 armas e efetuaram autuações em 445 ocorrências por tráfico de entorpecentes. (Do blog do Governo de Pernambuco)

Pernambuco registra sequência de queda de roubos por 29 meses seguidos Read More »