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Especialista revela a importância da nutrição esportiva na prática de jiu-jitsu

Por jornalista Jademilson Silva Para o atleta de jiu-jitsu, ter um acompanhamento nutricional faz uma enorme diferença, pois a demanda de treinos exige muito do atleta, sendo essencial ter ajuda profissional para saber como se alimentar de maneira individualizada, conforme a programação de treinamentos e campeonatos. Para não haver um consumo energético e nutricional insuficiente tanto para o desempenho quanto para a saúde, assim também como quais suplementos podem ser interessantes para melhorar o desempenho durante o combate. ‘’Qualquer pessoa que se disponha treinar, consegue, mas treinar com qualidade e sentindo que o seu corpo tem a energia necessária para o seu desempenho é totalmente diferente. Eu percebo no meu dia a dia a diferença entre treinar consumindo a demanda nutricional adequada, suplementação correta baseada na minha demanda energética e hidratada, de quando eu não sigo nenhum planejamento’’, explicou a nutricionista esportiva Cecília Marques. O suporte nutricional adequado é fundamental para atletas de jiu-jitsu maximizarem seu desempenho, promoverem a recuperação muscular, prevenir lesões e garantirem uma boa saúde. Isso inclui uma ingestão adequada de proteínas, carboidratos, minerais e vegetais para atender às demandas específicas desse esporte. “As proteínas também precisam estar ajustadas conforme a demanda do atleta, visto que o seu consumo insuficiente prejudica a recuperação muscular e, principalmente em restrições energéticas, perda de massa muscular. Visando a saúde, não deixar as vitaminas e os minerais de fora, pois são essenciais para o atleta, visando o sistema imunológico, energia, saúde óssea e também desempenho”, diz Cecília. A suplementação pode ser recomendada para atletas de jiu-jitsu, desde que seja feita de forma consciente e sob a orientação de profissionais qualificados, como nutricionistas esportivos ou médicos especializados em medicina esportiva, ou nutrólogos. “Com a variedade de suplementos que temos hoje, nem todos possuem comprovação científica para efeitos ergogênicos, ou seja, com efeitos para melhorar o desempenho esportivo. A creatina, a beta-alanina, cafeína, nitrato e bicarbonato de sódio são suplementos com efeitos ergogênicos no jiu-jitsu”, relata a nutricionista. Para quem participa de campeonatos, estar na categoria correta ou que se encaixa melhor conforme o corpo, estatura e peso é fundamental. “Então, para quem precisa baixar de peso, fazer isso com segurança e com um profissional lhe orientando é fundamental para não haver restrições excessivas, perda de massa muscular e força ou desidratações severas, afetando a saúde”, revela Cecília Marques. Em um plano estruturado para a demanda e rotina do atleta, há o momento ideal para a reposição dos nutrientes, indo além da “matemática” da adequação. Cecília Marques acrescenta a importância da nutrição na recuperação muscular do atleta: “Saber o timing correto de repor o carboidrato após o treino, por exemplo, será um diferencial para preparar o atleta para a próxima sessão de treinamento evitando que o desempenho seja diminuído, para a recuperação muscular". Recuperação de lesões O jiu-jitsu é um esporte onde o risco de lesão pode ser alto, isso não quer dizer que todos irão se lesionar, mas a nutrição deve ser coadjuvante no tratamento dessas lesões, reforçando o consumo de proteínas para recuperação e manutenção da massa muscular, alimentos que possuem ação anti-inflamatória, vitaminas e minerais e, se necessário, suplementação. Dicas para jiujiteiro O suco de beterraba é muito interessante para o atleta de jiu-jítsu pelo seu efeito na performance esportiva. O nitrato presente na beterraba e em outros vegetais produzem o óxido nítrico que causará uma vasodilatação (dilatação e relaxamento dos vasos sanguíneos), permitindo com que mais nutrientes cheguem aos tecidos. “Entretanto, há algumas ressalvas sobre o seu consumo, pois para a conversão do nitrato em nitrito, as bactérias da cavidade oral são necessárias e se o atleta escova os dentes ou utiliza enxaguante bucal removerá essas bactérias, e também é necessário um tempo de cerca de 2-3h para que o seu efeito seja observado”, desvenda Cecília. A beterraba também auxilia na recuperação muscular, principalmente pelos seus compostos fitoquímicos, assim como o consumo de outros vegetais são importantes para uma recuperação de qualidade. O bicarbonato é considerado um tamponante, ou seja, ele retarda a fadiga reduzindo o pH, permitindo com que o atleta consiga manter o exercício por mais tempo, e pode ser utilizado de forma aguda nos esportes. “Mas é necessário ter cuidado em seu uso, pois pode provocar efeitos gastrointestinais indesejáveis, como diarreia, vômito e enjôo. A dosagem ideal é de 0,3g/kg de peso, mas o ideal é não realizar o seu uso sem acompanhamento profissional e jamais utilizar pela primeira vez em dia de competições”, informa a nutricionista. Avante! Oss! Cecilia Marques é formada em Nutrição, com pós-graduação em Nutrição Vegetariana e Vegana, além de especialista em Nutrição, Metabolismo e Fisiologia no Esporte. @ceciliamarquesm.nutri Sabemos que a hidratação é importante em todos os momentos. Manter o corpo hidratado durante a atividade física também é essencial. Mas, quais os prejuízos de fazer o treino com a bexiga muito cheia? Quem responde é o médico urologista da Clínica CS Uro, Paulo Carvalho “Fazer atividade física com a bexiga cheia pode aumentar o risco de vazamento de urina durante exercícios de força, especialmente se você estiver realizando exercícios que exercem pressão sobre a região pélvica, como levantamento de peso ou abdominais. É recomendável esvaziar a bexiga antes do exercício para evitar desconforto ou possíveis vazamentos”, orienta o médico Paulo Carvalho. "Os exercícios de elevação pélvica são úteis para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, o que ajuda a prevenir problemas como incontinência urinária durante atividades físicas ou no dia a dia. Um fisioterapeuta especializado em saúde pélvica vai fornecer orientação específica e exercícios personalizados para fortalecer essa região e melhorar o controle da bexiga. Esses exercícios são particularmente importantes para mulheres que passaram por gravidez e parto, bem como para pessoas que sofrem de incontinência urinária ou outros distúrbios do assoalho pélvico", diz Carvalho. Paulo Carvalho é médico urologista da CS Uro. @csurodinamica Dia 06 de abril foi celebrado o Dia Mundial da Atividade Física e não poderíamos deixar de lembrar a data Para a OMS, o adulto deve fazer 30 minutos de atividades físicas diárias, 5 dias por

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Ministério da Ciência e Sudene em debate sobre o fomento à formação tecnológica

Representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Sudene se reuniram para discutir parcerias visando o fomento da inovação nos 11 estados sob a jurisdição da Autarquia. A ministra Luciana Santos e o superintendente Danilo Cabral se encontraram para abordar estratégias alinhadas ao Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste, onde a inovação é um eixo fundamental. Entre os pontos discutidos, destacou-se a necessidade de financiamento para impulsionar a geração de inovação na região e o reposicionamento da base produtiva tradicional. No centro desse debate, a ministra destacou o compromisso do MCTI com o avanço da inteligência artificial na região, ressaltando iniciativas para a formação e qualificação de pessoal, como o programa de residência em tecnologia, que tem como meta formar 40 mil jovens neste ano. Além disso, foi debatido o fortalecimento da rede de Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) no Nordeste, em coordenação com a nova política industrial do Brasil, que atualmente conta com mais de 40 ICTs na região. O fomento à formação e qualificação de mão de obra no setor, que tem gerado muitos postos de trabalho no Recife e no Estado é estratégico para aproveitar as oportunidades da acelerada transição tecnológica do mundo e para fortalecer nossos pólos tecnológicos já em atividade em Pernambuco, com o protagonismo do Porto Digital. OR Empreendimentos lança primeiro compacto premium da Reserva do Paiva A OR, empresa do Grupo Novonor e responsável pelo planejamento inicial da Reserva do Paiva, lança o Evoke, um novo empreendimento que busca ampliar o acesso ao bairro planejado na Região Metropolitana do Recife. A construtora introduz uma nova categoria de produto imobiliário na área: os compactos de alto padrão, atendendo à demanda de solteiros, aposentados, recém-casados e outros perfis de moradores que buscam praticidade sem abrir mão de conforto, segurança e qualidade de vida. Com um valor geral de vendas (VGV) estimado em R$ 180 milhões, o Evoke marca uma nova fase na Reserva do Paiva. A primeira torre, situada na Rua Vitória Régia, 121, oferecerá 167 unidades em uma área privativa de 21 mil metros quadrados, em um terreno com mais de 14 mil metros quadrados, com a natureza abundante ao redor, incluindo 200 hectares de mata atlântica preservada e 8,5 km de praia. Grupo Dislub Equador entra em campo pelo futebol pernambucano O Grupo Dislub Equador - que atua em Pernambuco e opera nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste no mercado de combustíveis - entrou em campo para reforçar o futebol pernambucano. Além do Sport Clube do Recife e do Santa Cruz, a sexta maior distribuidora de derivados de petróleo no país passou a apoiar também o Náutico. Agora, os três times do Estado contam com aporte financeiro para entrar em campo e se preparar para as próximas disputas. O contrato de parceria já foi assinado. “É um compromisso nosso para fortalecer um esporte tão querido aqui no Estado e que muda a realidade de tanta gente. Por isso, acreditamos no futebol pernambucano”, adiantou o CEO do Grupo Dislub Equador, Sérgio Lins.

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Várias Mãos, uma cultura: retratos da arte popular pernambucana

Uma jornada pelo mundo da arte popular pernambucana que resultou numa coleção de cinco fascículos, evidenciando e trazendo nuances sobre a vida para valorizar os talentos e narrativas dos mestres e mestras que moldam a riqueza cultural de Pernambuco. "Várias mãos, uma cultura: Retratos da arte popular pernambucana" é um testemunho dedicado à preservação e celebração de heranças vivas. Nesta primeira edição, a coleção apresenta as histórias de vida e de trabalho de cinco mestres e mestras, cada um representando um trabalho essencial no retrato da cultura pernambucana: Nicola, J. Borges, Cida Lima, Marcos de Sertânia e Maria da Cruz. Originários de diferentes cidades, seus trabalhos ecoam cada região de Pernambuco. Com incentivo do Funcultura e idealizado pela pesquisadora e curadora Marly Queiroz, os livros têm pesquisa e textos de Bruno Albertim, autor de, entre outros, Pernambuco Modernista (Cepe Editora, 2022) e fotografia de Isabela Cunha. A produção executiva é de Camila Bandeira e Júlia Almeida, da Proa Cultural. A audiodescrição é de Liliana Tavares, da Com Acessibilidade. O design gráfico é da Zoludesign. “Cada página destes fascículos é um convite para explorar as memórias, os sentimentos e as inspirações que contemplam não apenas as obras desses artesãos, mas também suas vidas”, diz Marly. “Desde as lembranças da infância até os desafios e conquistas enfrentados ao longo do caminho, cada história é um testemunho da força transformadora da arte e da cultura”. Para capturar todo material de pesquisa, a equipe embarcou em uma viagem de carro desde Recife até Petrolina por vários dias. Marly Queiroz, idealizadora do projeto, ao lado de Camila Bandeira, Bruno Albertim e Isabela Cunha. Juntos, entrevistaram artesãos e familiares, mergulharam nos espaços de trabalho e nas cidades que criaram esses talentos, buscando cada detalhe para construir a pesquisa. Mais do que um registro histórico, "Várias mãos, uma cultura" é um tributo à resiliência, à criatividade e à humanidade que transmite em cada peça desses mestres e mestras. É um lembrete de que a arte não só preserva tradições, mas também inspira comunidades e enriquecendo vidas. Clique nos fascículos e baixe os livros para leitura:

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Cuidado (por Bruno Moury Fernandes)

Há, ali, no teu silêncio, na imagem dolorida da tua carne definhando sobre a cama, ainda assim, o cuidado. Há no teu cheiro e nos cabelos brancos que lambem minhas mãos, um cuidado. Há no embalo que tua presença proporciona, um cuidado. Não mais ouvir a história do teu joelho, a linha do trem sobre a qual caminhavas até chegar na escola, o dia do teu casamento, e a banana batida com leite condensado e farinha láctea que, infelizmente, não mais é preparada pelas tuas mãos, mas há nisso tudo, mesmo assim, o sabor do cuidado. Essa falta de lucidez, essa falta de memória, essa falta de compreensão, efeitos de uma longeva vida, tudo isso cuidou de mim. Essa falta de conversa – das nossas brigas e conversas –, esse desapontamento com as fendas que a navalha do tempo abriu nas montanhas rochosas do teu rosto, tudo, absolutamente tudo, cuidou de mim. Esse olhar vago que atravessa o meu, essa tristeza estampada na face enrugada, essas mãos cansadas com veias demasiadamente desenhadas e expostas, essas feridas que não cicatrizam, tudo, tudo, tudo fala sobre mim, cuida de mim. Essa música que toca ao fundo e me enlouquece porque uma lágrima escorreu do canto do teu olhar, denunciando que você ainda está ali, conquanto perdido seja esse olhar, joga-me na cachoeira do tempo, levando-me para o teu colo de espumas, que desde sempre cuidou de mim. Essa despedida que se aproxima, essa certeza da ruptura da nossa caminhada, essa maratona lenta dos ponteiros do relógio, essa ânsia pela interrupção do sofrimento físico, tudo cuida de mim. Esse banho diário dos raios de sol que atravessam a janela do teu quarto a iluminar teu corpo, imóvel, prostado em cima da cama, refletindo no metal do tubo de oxigênio o verde que nos deixa esperançosos com a proximidade do descanso merecido. Não merecias isso. E o teu não merecer de dor também cuida de mim. Arranca-te daqui. Chega! Vai caminhar num jardim florido ao lado do teu Joãozinho, de mãos dadas, e espera-me para que um dia, num final de tarde de uma rua sem saída, com as cadeiras na calçada e com crianças soltando fogos de artifício, possas fazer um novo curativo no meu dedo machucado, eternamente agradecido e ansioso pelos cuidados teus.

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A evolução das mulheres no mercado de trabalho empresarial

Uma jornada de resiliência, conquistas e muito por avançar *Por Luciana Almeida A história das mulheres no mercado de trabalho empresarial é uma narrativa de resiliência, determinação e conquistas progressivas. No entanto, essa jornada tem sido marcada por desafios, discriminação de gênero e desigualdade de oportunidades, conforme evidenciado em algumas etapas dessa trajetória. A chegada da Revolução Industrial encontra as mulheres exercendo papéis associados a afazeres domésticos e a trabalhos manuais muito mal pagos. Seguiram por décadas relegadas a tarefas acessórias, subvalorizadas e sub-remuneradas, quando comparadas aos seus colegas masculinos. O que mudou esse panorama, de certo modo, foram as guerras quando, por força de necessidades econômicas, as mulheres foram impulsionadas para o mercado de trabalho. Ainda que em situação de inferioridade em reconhecimento e remuneração, representou uma oportunidade para demonstrarem suas capacidades. O movimento feminista ganhou força ao longo do Século 20, reivindicando direitos civis, igualdade salarial, oportunidades de ascensão profissional e inspirando movimentos sociais e legislações em seu favor. Gradualmente, as mulheres conquistaram algum espaço em setores antes exclusivos dos homens. As disparidades, no entanto, persistiram. A representação das mulheres em cargos de liderança continuou limitada, reflexo de uma cultura enraizada em preconceitos que continuou a impedir o pleno desenvolvimento do potencial feminino. Apenas muito recentemente, houve uma mudança perceptível: as organizações começam a reconhecer o valor da diversidade de gênero, entre outras, e a adotar políticas inclusivas. É constatado em diversas pesquisas que empresas que investem em diversidade e inclusão criam ambientes que favorecem a inovação, a produtividade e o crescimento. Estudos mostram que empresas com uma representação equilibrada de gênero em cargos de liderança tendem a ser mais inovadoras, lucrativas e socialmente responsáveis. Mulheres líderes frequentemente demonstram habilidades de comunicação mais eficazes, capacidade de resolução de problemas, empatia e inteligência emocional, características essenciais em um mundo empresarial cada vez mais diversificado e globalizado. Há diferentes empresas que desenvolvem ações visando a uma equidade de gênero e buscam desenvolver uma cultura nesse setor. Destacam-se, por exemplo, o Prêmio Women’s Empowerment Principles, em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global, uma iniciativa da ONU para mobilizar as empresas para os ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável). Dentro desse pacto é possível ter acesso a diferentes empresas que apoiam a causa e fazem a diferença nesse setor. No Brasil, a Lei de Igualdade Salarial, promulgada em julho do ano passado, é outro passo no sentido de corrigir lacunas com vistas à promoção da igualdade de remuneração entre mulheres e homens que desempenham funções equivalentes. É, certamente, animador o crescimento de iniciativas para apoiar as organizações a promoverem igualdade de gêneros no ambiente de trabalho. Entretanto, as metas ainda estão distantes de serem alcançadas. Instituição que analisa a composição dos parlamentos em vários países aponta que entre os 192 pesquisados, o Brasil ocupa a posição de número 142 no ranking de participação de mulheres na política. Por outro lado, na liderança das empresas, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e da Spencer Stuart, apenas 14% das posições em conselhos de administração e 25% em diretorias são ocupadas por mulheres. Enquanto são celebradas as conquistas das mulheres no mercado de trabalho empresarial, também é essencial reconhecer que somente unindo forças e desafiando os obstáculos culturais constituídos poderemos avançar na direção de um futuro onde a competência, o talento e as habilidades sejam reconhecidos igualmente para todas e todos.

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O Recife, "de volta para o futuro 2" (por Mário Neto)

Neste novo contato com você, caro(a) leitor(ora), vou dar prosseguimento ao assunto abordado na minha estreia, nesta coluna. Aliás, pretendo ampliar a discussão a respeito da trilogia que, assim como nas telas de cinema obviamente teve três edições (1985/1989/1990), pode ser dividida, na vida real da capital pernambucana, em três momentos: O início da abertura da avenida Dantas Barreto (1943), assunto abordado na coluna anterior (se você não leu ainda, recomendo, para se situar), a criação da Aries (Agência Recife para Inovação e Estratégia), em 2013, e a data dos 500 anos do Recife, em 2037. Caso você ainda não sabia, a nossa Veneza Brasileira será, em 2037, a primeira capital atual do País a completar cinco séculos. Quem discorda de que será um verdadeiro marco histórico? E, muito além da mania de grandeza que dizem termos (que, por si só, já demonstra o orgulho de sermos recifenses, independente de todos os desafios e obstáculos que ainda temos pela frente), será o símbolo dessa caminhada para chegarmos mais próximos desse futuro que tanto queremos para nós, nossos filhos e netos. Pois bem, além do gigantesco boulevard, que deve começar no Palácio do Campo das Princesas (Praça da República), passando pelo antigo prédio do INSS, avenida Guararapes, avenida Dantas Barreto, até chegar à frente d'água, no Cais Estelita, (detalhado pelo arquiteto e urbanista Roberto Montezuma, na coluna do mês passado), há um outro projeto para um dos atores principais da nossa cidade: o rio Capibaribe. E, esse projeto tem nome: Parque Capibaribe, fruto das discussões iniciadas lá em 2013, pela Aries, dando vida ao Plano Recife 500 Anos, que tem como uma das metas reaproximar o recifense do rio que, antes de chegar à capital, percorre outros 41 municípios. A idéia é a de garantir, ao longo da margem do rio, a existência de corredores ecológicos e parques, num grande e integrado sistema que permita essa interação entre pessoas e meio ambiente, possibilitando melhorar a qualidade de vida, socializando, unindo e cuidando desse ecossistema do qual fazemos parte. E ninguém pode dizer hoje que isso é uma utopia. Já estamos observando essas mudanças em alguns pontos da cidade. São eles: O Jardim do Baobá, ali por trás da estação Ponte D’Uchoa, na avenida Rui Barbosa, na Praça Otávio de Freitas, e no recém-concluido Parque das Graças, que liga as pontes da Torre e da Capunga, pela margem do rio Capibaribe. Isso é o que poderíamos chamar de uma “degustação” do que pode (e está) por vir. Quando completo, o Projeto do Parque Capibaribe prevê mais de 30 quilômetros de extensão, com áreas requalificadas desde o Parque Santana e Caiara, passando pelo Parque da Jaqueira pelas pontes da Torre, Capunga e chegando até a Ponte e praça do Derby. Além disso, estão previstos, 200 km de rotas cicláveis, 12 passarelas, ligando 24 bairros pelo rio e 140 km de vias que estarão integradas ao meio ambiente, reoxigenando a cidade. Dê um like por isso! :). Trata-se de um projeto de longo prazo prioritário, que vai além de políticas de governo, deste ou daquele gestor municipal. Na verdade, é um projeto de Estado ( e, não confunda com do Estado). E, como em todo final de filme rolam as cenas extras após os créditos, vou dar um “spoiler” da próxima coluna, para o “Recife de volta pro futuro 3” o último desta série: vamos falar sobre uma outra trilogia que já está disponível para sua leitura e que contém todas essas e muito mais informações sobre o projeto Recife 500 anos…Aguarde! 🙂

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Porto Digital cresce 14% em faturamento e já emprega mais de 18 mil pessoas

O faturamento do Porto Digital aumentou em 14%, atingindo uma receita de R$ 5,4 bilhões para suas corporações, que agora empregam 18.400 colaboradores. O parque, localizado no Bairro do Recife, abriga atualmente 415 empresas. Adicionalmente, o cluster tecnológico já conta com uma comunidade que ultrapassa 300 startups cadastradas. O crescimento do pólo aconteceu principalmente com a chegada de novas empresas. Entre os grandes players que inauguraram escritórios e centro de inovação estão as multinacionais Liferay e Deloitte e as brasileiras Bradesco e Grupo Moura. Com essas novas corporações o ecossistema deverá abrir mais 1.500 postos de trabalho. A pesquisa é feita anualmente pelo Porto Digital, Softex-PE, Assespro-PE/PB e Seprope. Os dados são comparados com as informações da Prefeitura através dos impostos gerados. Maiores empresas do Porto Digital A lista dos maiores faturamentos do pólo tecnológico do Recife incluem: Accenture, Avanade, Avantia, CESAR, Deloitte, Extreme Digital, Globo, Liferay, Neurotech e Tempest. No seleto grupo das empresas que mais cresceram estão a Extreme Digital, Incognia e Safetec. Em número de colaboradores, as 10 empresas que mais empregam são: Accenture, Avanade, Avantia, CESAR, Datamétrica, FITec, Serttel, Speedmais, Tempest e Uninassau EAD. Pierre Lucena, presidente do Porto Digital Quais os segmentos que o Porto Digital viu crescer mais forte neste ano? Na verdade a chegada de empresas de economia tradicional, que estão colocando a base dentro do parque tecnológico, como o Bradesco e a Moura. Quais as expectativas futuras para o Porto Digital? Novas empresas devem surgir pela comunidade local de startups e pela atração de empresas de economia tradicional, que querem montar laboratórios de inovação e enxergam no Porto Digital o local ideal, já que Recife possui uma boa rede de possíveis fornecedores de tecnologia e capital humano. Quais os maiores desafios para o Porto Digital seguir crescendo? Melhorar a infraestrutura do Bairro do Recife. O serviço de energia elétrica é precário e vem comprometendo os serviços. Além da manutenção urbana.

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Ademi-PE cria comitê voltado para loteamentos

A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE) estabeleceu um novo comitê, o Loteia-PE, dedicado à discussão das demandas específicas do mercado de loteamentos e condomínios de lotes no Estado. Com o intuito de atrair novas empresas e expandir a atuação da associação, o comitê tem como metas promover a troca de experiências, fortalecer os laços com entidades e órgãos públicos relacionados ao tema, além de elaborar uma agenda voltada para as empresas do ramo imobiliário e da construção civil. O plano de ação do comitê Loteia-PE inclui iniciativas como o desenvolvimento de missões técnicas, a realização de eventos setoriais, a organização de compras em conjunto e a realização de um feirão imobiliário específico para loteamentos. Também estão previstas pesquisas de mercado e outras atividades. Atualmente, a Região Metropolitana do Recife conta com 23 loteamentos, totalizando 18,2 mil unidades lançadas, com preço médio de R$ 617,55 por metro quadrado. O tamanho médio dos lotes é de 481 metros quadrados. Camaragibe é a cidade com o maior número de loteamentos, seguida por São Lourenço, Igarassu, Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão, conforme dados da pesquisa de mercado da BCB Inteligência. Rafael Simões, presidente da Ademi-PE “Enxergamos a possibilidade de crescermos como um grupo forte e representativo que irá atuar em todo o Estado. De forma organizada, traremos benefícios para os associados que trabalham com loteamentos e para a sociedade, que adquire um imóvel de forma mais segura e com qualidade” Eduardo Gonçalves, gestor do Comitê Loteia-PE “O loteamento é, em muitos casos, a primeira forma de aquisição de um imóvel das classes sociais com menor poder aquisitivo. Outro mercado promissor é das famílias que buscam moradias mais exclusivas ou em locais mais tranquilos e afastados dos centros urbanos, em condomínios de loteamentos. Hoje temos uma tendência grande de interiorização desses empreendimentos, onde esses espaços são vistos como uma ferramenta de urbanização de muitas cidades do Agreste e Sertão” Novo estudo sobre atividades econômicas das regiões de desenvolvimento de Pernambuco é lançado Foi lançado recentemente o livro "Vocações Econômicas das Regiões de Desenvolvimento de Pernambuco", escrito por Raphael D'Emery. Com 450 páginas, a obra independente apresenta um estudo detalhado das atividades econômicas das 12 regiões de desenvolvimento do estado, abordando dinâmica empresarial, perfil produtivo e formação de mão de obra através da análise de oito bases de dados. O livro está disponível para acesso no site da consultoria Necotium (www.necotium.com.br). O autor é graduado em Turismo e mestre em economia do Turismo e Desenvolvimento Regional. Parcerias para capacitação do setor empresarial em Paulista são discutidas pelo Shopping Norte Janga e a Fecomércio Representantes do Shopping Norte Janga e da Fecomércio-PE se reuniram em uma agenda institucional na sede da entidade em Santo Amaro. O encontro teve como objetivo debater possíveis parcerias para proporcionar oportunidades de qualificação a empresárias e empresários locais. Durante a reunião, a CEO do shopping, Cléia Alves, expressou o interesse em fortalecer o setor privado da região e buscar uma colaboração sólida com a Fecomércio. Por sua vez, o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, destacou a disposição da entidade em apoiar a nova gestão do Shopping Norte Janga e contribuir para o desenvolvimento econômico da área. As próximas etapas incluem uma visita da vice-presidência da Fecomércio ao shopping para analisar suas potencialidades e elaborar ações de capacitação voltadas ao uso da tecnologia, visando alavancar o crescimento e promover a região de Paulista. Na próxima semana acontece leilão de Nelore no Agreste A cidade de Sairé vai receber, no próximo dia 13 de abril, às 14h, o 23º Remate da Coqueiral Nelore RK & Convidados (Leilão), comandado pelo pecuarista Ricardo Kühni. Haverá transmissão ao vivo pelo site leilonorte.com e retransmissão pelo site Remate Web. Ofertará reprodutores, novilhas, matrizes e embriões Nelore PO. Um momento importante para o agreste pernambucano, com encontro de criadores e comercialização de selecionados Nelore Puros de Origem (P.O.).

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Companhia das Letras investe em Centro de Distribuição em Pernambuco

O Grupo Companhia das Letras anunciou a abertura de um novo Centro de Distribuição em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, em abril. Esse movimento representa um marco para o mercado editorial brasileiro, historicamente concentrado na região Sudeste, e reforça as previsões de uma série de investimentos públicos e privados programados para o Nordeste até 2033, conforme projeções da Tendências Consultoria. Com o projeto, o grupo planeja inicialmente oferecer um serviço mais rápido e eficiente em oito estados: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Toda a operação e logística do Centro de Distribuição ficará a cargo da Transpo Express, que é especializada em entregas e coletas no mercado editorial. Luciana Borges, Diretora Comercial da Companhia das Letras “Com um Centro de Distribuição no Nordeste vamos ganhar em agilidade nas entregas e grande redução nos custos do frete. Com isso, prevemos um aumento de 20% do faturamento para a região em 2 anos. Os nossos parceiros comerciais focam as aquisições e acervos nos livros mais vendidos e lançamentos. Com um custo menor de frete e entrega ágil vamos possibilitar um investimento maior nas obras do nosso catálogo e um aumento na disponibilidade de títulos. A tendência será gerar maior oferta para o leitor, ter mais títulos expostos nas lojas e sites, e, consequentemente incremento nas vendas” José Diego Virgínio, analista de Produtos da Livraria Jaqueira “Sofremos muito com os clientes em busca de lançamentos que ainda não chegaram nas lojas. Com esse depósito aqui não teremos mais demora em receber os lançamentos e reposições da Companhia. Atualmente a Companhia já representa boa parte do nosso acervo e esperamos uma parceria ainda mais frutífera e plural. Acreditamos que é um passo grande, mas apenas inicial, da Companhia, que poderá desdobrar em uma atuação mais presente no Nordeste e com a possibilidade de realização de grandes eventos” Assaí Atacadista Reduz 10% de Emissões de Carbono em 2023 No seu mais recente relatório financeiro, o Assaí Atacadista divulgou uma queda de 10% nas emissões de carbono. Essa redução, que engloba tanto as emissões diretas da empresa quanto as provenientes do consumo de energia elétrica, reitera o compromisso da empresa com a luta contra as mudanças climáticas. O objetivo da empresa é reduzir as emissões em 38% até 2030. Dentre as medidas que contribuíram para esse resultado estão a gestão eficiente de resíduos, investimentos em energias renováveis e a transição para um modelo de loja mais sustentável, com a utilização de equipamentos energeticamente eficientes. As novas lojas são concebidas com base em princípios de ecoeficiência e gestão ambiental, incorporando características como iluminação totalmente em LED, utilização de portas em ilhas de congelados e refrigerados, e fachadas que maximizam a entrada de luz natural. Além disso, a empresa realizou a transição para o mercado livre de energia, assegurando o abastecimento com fontes renováveis. Cresce procura de jovens por planos de assistência funeral Planos de assistência funeral estão se tornando cada vez mais populares, não apenas entre os mais velhos, mas também entre os jovens. Com um funeral básico custando cerca de R$ 2.400, sem incluir despesas adicionais como sepultamento ou cremação, o planejamento financeiro se torna essencial para muitas famílias. De acordo com Jarlyson Rocha, gerente comercial do Grupo Morada, atualmente 14,43% dos clientes do Morada da Paz Essencial – Assistência Funeral, em Pernambuco, têm entre 18 e 25 anos. Embora os clientes mais comuns estejam na faixa etária de 40 a 69 anos, o aumento nas vendas para jovens é atribuído a uma abordagem inovadora e sensível. O grupo destaca a importância do planejamento financeiro desde cedo, oferecendo opções flexíveis e personalizadas e adotando uma comunicação eficaz que ressoa com a realidade dos jovens.

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Inclusão em movimento: a importância dos esportes e atividades físicas para a pessoa autista

Mais de 83% dos autistas apresentam algum déficit motor, que pode variar desde falta de força, coordenação, equilíbrio. O que pouca gente sabe é que, quando se trabalha o desenvolvimento motor do autista, essa prática ajuda não só na questão física, mas também na comunicação, na sociabilização e nas questões cognitivas, sendo assim imprescindível o acompanhamento desse desenvolvimento. Conversamos com o prof. Kadu Lins, referência nacional quando o assunto é a pessoa autista nos esportes, atividades físicas e psicomotricidade, para essa edição especial da "Algomais Fitness e Welness" sobre a campanha Abril Azul - mês de conscientização do autismo. Por jornalista Jademilson Silva Segundo o Profissional de Educação Física e Diretor Geral do Instituto do Autismo (IDA), Kadu Lins, as práticas esportivas são aceitas pela ciência para desenvolvimento das pessoas autistas. “Hoje em dia já temos a ciência mostrando os benefícios em diversas modalidades, desde os esportes coletivos, aos treinos aeróbios de corrida, com bicicleta, treino de musculação, natação, lutas, entre outros. O importante é que seja algo que vamos conseguir dar sequência, que a criança demonstra interesse e tenha prazer em praticar”, diz Kadu Lins. O ambiente aquático tende a ser muito reforçador para o autista, principalmente para aqueles que têm déficits motores. Além dele ter uma maior liberdade, o autista se sente mais livre e relaxado. “Porém, é importante ressaltar que o risco de afogamento também aumenta, caso não acompanhado. É preciso entender que a água também é um ambiente de treino, e não só de brincadeiras, para que ele se desenvolva. Mas de maneira geral, a água ajuda bastante o tônus muscular e a capacidade cardiorrespiratória”, revela. A prática de artes marciais ajuda a melhorar a coordenação motora, o equilíbrio, a concentração e a autoconfiança, além de proporcionar uma atividade física divertida e socialmente estimulante. No entanto, é importante considerar as necessidades individuais da pessoa com autismo e garantir que a prática da arte marcial seja adaptada e supervisionada por profissionais qualificados. “Os esportes de luta, além de ajudarem no desenvolvimento da força, da consciência corporal, e de outras capacidades físicas, tendem a ajudar muito nas questões sensoriais, de contato físico, suor, roupas diferentes, com o uso do Kimono”, informa Kadu Lins. A criança deve ter a orientação do profissional de educação física. Sobre psicomotricidade Psicomotricidade é uma ciência que estuda o ser humano em relação ao movimento, ao mundo interno e externo, as suas emoções e habilidades interpessoais. “Para o autista, é de grande importância a psicomotricidade, justamente por trabalhar desde a parte motora, como também a parte relacional, de sociabilização, do desenvolvimento socioafetivo e do controle de emoções. É saber ganhar, saber perder, buscar soluções para os problemas, aprender a usar seu corpo da melhor forma com eficiência”, diz Kadu Lins. A atividade esportiva deve ser adequada, segura e prazerosa para a pessoa autista, de modo a promover não apenas o desenvolvimento da psicomotricidade, mas também a socialização, a autoconfiança e o bem-estar geral. Desafios e conquistas O prof. Kadu Lins elenca os principais desafios enfrentados sobre a inserção da criança atípica para praticar esportes e atividades físicas. “O desafio começa pela falta de locais e de profissionais capacitados. Depois vem o preconceito dos outros participantes. Esse desafio segue com a falta de conhecimento da própria família sobre os benefícios do esporte. Mas todos esses podem ser superados, com muita informação. Eu sempre falo da educação parental. Quanto mais os pais souberem dos benefícios, mais poderão ajudar seus filhos. Não desistir quando seu filho não quiser ir depois da primeira vez. É preciso tentar entender o porquê ele não quer ir, para ir solucionando os problemas, até ele sentir vontade de não parar mais”. Para Kadu Lins, existem várias adaptações às necessidades específicas de cada pessoa autista, no tocante às atividades multidisciplinares desenvolvidas por profissionais especializados. “Podemos dizer que há várias adaptações. Autismo não tem apenas uma característica. Falo muito de adaptar para o autista e não para o autismo. No geral, estabelecer rotinas visuais do que vai acontecer para mostrar a ele previsibilidade, fazer adaptações para diminuir o toque, caso ele se incomode com o sensorial no início, diminuir o volume da música, imitar o movimento e não só falar, respeitar o tempo de descanso dele que pode ser maior. É dar opções que se adequem ao seu cognitivo, e sempre oferecer suporte necessário”, revela Kadu. Os pais ou responsáveis fisicamente ativos são modelos para crianças autistas se espelharem e optarem também por atividade esportiva ou física. “Falo muito que o exemplo começa em casa. Pais fisicamente ativos tendem a ajudar ainda mais seus filhos a gostarem de esportes e de atividades físicas. Fora isso, dar todo o suporte necessário, não desistir na primeira atividade. Às vezes, os pais escolhem um esporte, a criança não se adapta, e daí não tentam outras práticas esportivas. Incentive, dê exemplos, tente várias atividades e sempre comemore as evoluções”, diz Portanto, a família tem ação crucial para o desenvolvimento do autista no contexto esportivo. Depoimento de um caso sobre esportes e desenvolvimento do autista Kadu Lins cita o caso de gêmeos autistas que melhoraram a sociabilidade, a condição motora e emocional, ao começar a praticar esportes e atividades físicas. “Temos várias crianças e adolescentes que mudaram de vida depois do esporte. Temos gêmeos autistas, Pedro e Ângelo, que só conseguiram escrever depois que praticamos diversas modalidades, como tênis, natação e musculação, e conseguiram desenvolver a força e a coordenação que as mãos precisavam para a escrita. Já no treino de futebol, conseguimos fazer com que tocassem as pessoas, aprendessem a perder, tolerassem o barulho. Até de campeonato eles participaram. De atletas famosos, temos jogadores de futebol, de basquete, de dança, corredores, todos com relatos de que entraram no esporte por serem introspectivos, com dificuldade de comunicação, questões sensoriais e hoje superaram para poder se tornar mundialmente conhecidos”, informa. Para tornar a sociedade mais inclusiva e acolhedora em relação à participação de pessoas com autismo em atividades esportivas e de treinamento, se faz necessário respeitar as diferenças. “Primeiro entendendo

Inclusão em movimento: a importância dos esportes e atividades físicas para a pessoa autista Read More »