2022 - Página 87 De 160 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2022

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Bacia do São Francisco perdeu 50% da superfície natural de água

A Bacia do São Francisco perdeu 50% da superfície de água natural entre 1985 e 2020. Considerando as ações humanas que por exemplo trouxeram um aumento artificial de 13% da superfície de água de reservatórios, a redução foi de 4%, com as maiores perdas observadas no Alto e no Baixo São Francisco, 19% e 21% respectivamente. Os dados são parte de um estudo lançado hoje pela iniciativa MapBiomas (www.mapbiomas.org) para marcar o Dia Nacional de Defesa do Rio São Francisco, a pedido do Plano Nordeste Potência, iniciativa de um conjunto de organizações brasileiras que trabalham pelo desenvolvimento verde e inclusivo da região. Somente a ação humana pode ser insuficiente para manter o recurso na região, especialmente considerando cenários de redução de chuva previstos para os próximos anos. “A criação de reservatórios aumenta a superfície de água, no entanto temos observado uma tendência de perda de água nos principais reservatórios, além da perda de superfície de água natural significativa na bacia do Rio São Francisco, isso favorece um cenário de crise hídrica”, observou Carlos Souza Jr., coordenador do MapBiomas Água. O estudo mostra como quatro grandes reservatórios apresentam tendência de queda na superfície de água nos últimos 36 anos. A maior das quedas é registrada na hidrelétrica Luiz Gonzaga (antes Itaparica), entre Pernambuco e Bahia, seguida por Sobradinho, Três Marias e Xingó. “Esses números refletem o que nós podemos ver na prática. A Bacia do São Francisco sofre com o uso intenso e sem planejamento, seja dos recursos hídricos quanto do seu solo. Hoje existem populações que vivem nessa região e que já sofrem com essas variações. Precisamos implementar soluções como a recuperação das áreas degradadas o mais rápido possível, além de promover uma boa gestão dos recursos”, afirma Renato Cunha, coordenador executivo do Gambá (Grupo Ambientalista da Bahia). A Bacia do São Francisco é a terceira maior do país e corresponde a cerca de 8% do território nacional. Ainda que haja grandes variações entre os anos, a tendência de queda é clara e soma-se a análises anteriores, inclusive do governo federal. Estudo feito em 2013 pela extinta Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, por exemplo, indicava que poderia haver uma perda de até 65% da vazão até 2040, com base no registro de 2005. “Os preocupantes indicadores do MapBiomas mostram que é urgente a implantação de um profundo programa de revitalização, previsto desde o início do projeto de transposição e nunca realizado. Além das ações de reflorestamento, recomposição de áreas degradadas e obras de saneamento em centenas de municípios, é fundamental um plano de elevação e estabilização da vazão média do rio e incentivos a um modelo de economia que impulsione a regeneração da bacia hidrográfica”, propõe Sérgio Xavier, coordenador do Projeto HidroSinergia, do Centro Brasil no Clima – CBC, que está desenvolvendo o Lab de Economia Regenerativa do São Francisco nas fronteiras dos estados de Alagoas, Bahia, Sergipe e Pernambuco. Alterações na paisagem Outros dados do MapBiomas mostram que o uso da terra na bacia se intensificou no período. Atualmente, a cobertura de vegetação nativa nessa área é de 57%, mas chega a somente 30% no Baixo e 37% no Alto São Francisco. Apesar de haver áreas consolidadas de agricultura e pastagem, a região hidrográfica perdeu 7 milhões de hectares de vegetação nativa nas últimas três décadas para a agropecuária, restando 36,2 milhões de hectares – desses, somente 17% estão em áreas protegidas. As pastagens ocupam 14,8 milhões de hectares e a agricultura, 3,4 milhões. A formação savânica foi a mais atingida, perdendo 4,6 milhões de hectares (14%). Além de Cerrado, outros dois biomas compõem a bacia, Mata Atlântica e Caatinga. As regiões do Baixo e Submédio São Francisco apresentam as maiores taxas de aumento de áreas de pastagem, 50% e 85% respectivamente. No Médio São Francisco, o destaque é para o aumento de 650% da agricultura, principalmente para a expansão da soja nos últimos anos. Já na região do Alto São Francisco, a silvicultura cresceu 400%. Esse avanço das atividades agrícolas se manifesta em outros indicadores. O Médio São Francisco registrou quase 2 mil alertas de desmatamento em 2019 e 2020, totalizando aproximadamente 99 mil hectares derrubados. A mesma sub-região mostrou o maior crescimento no número de sistemas de irrigação desde 1985, 1.870%, seguido pelo Alto São Francisco, com 1.586%. “A bacia do São Francisco está sob pressão, tanto pela agricultura quanto pela geração de energia, que coloca em risco milhares de pessoas que vivem na região”, complementa Washington Rocha, coordenador da equipe Caatinga no MapBiomas.

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Sicredi Recife: Concurso premiará as melhores representações fotográficas da cultura nordestina

Ação voltada para associados será realizada em todas as regionais do Sicredi no Norte/Nordeste entre os meses de junho e julho Buscando inovar e trazer mais representatividade à cultura nordestina, a Sicredi Recife, em parceria com a Central Sicredi Norte-Nordeste , promove entre os seus associados o Concurso Fotográfico 2022 de tema “Regionalidade e Cultura Local”. A premiação contemplará as melhores fotografias que representarem a cultura nordestina nas temáticas: Dança, Artesanato, Culinária, Expressões Artísticas, Monumentos Históricos e Eventos Locais. Os 24 associados finalistas receberão um troféu, como incentivo à sua participação, e terão suas fotografias escolhidas para ilustrar o calendário Sicredi 2023 de todas as cooperativas do NNE. A  instituição também premiará as três melhores imagens com: Iphone 13 Pro Max para o 1º lugar; um Notebook Dell Inspiron 153000 para o 2º lugar; e um Tablet Samsung TAB S6 para o 3º lugar. Os associados interessados em participar do concurso podem acessar o regulamento e realizar suas inscrições pelo site da Sicredi Recife, a partir do dia 06 de junho. Serviço: Concurso Fotográfico Sicredi Recife “Regionalidade e Cultura Local”. Inscrições no site http://www.sicredi.com.br/recife,  de 06 de junho a 15 de julho. Resultados no dia 25 de julho.

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suape florestas

Projeto de restauração florestal de 170 hectares marca o Dia Mundial do Meio Ambiente em Suape

Até o final do ano, a intenção é plantar 283 mil mudas de espécies de Mata Atlântica cultivadas no Viveiro Florestal da estatal portuária, contabilizando 2.700.000 mudas já plantadas na ZPEC (Do Complexo de Suape) Neste 5 de junho, o Complexo de Suape lembra o Dia Mundial do Meio Ambiente com o plantio de mudas e o anúncio de projeto de restauração florestal de 170 hectares da Zona de Preservação Ecológica (ZPEC). Até o final do ano, a intenção é plantar 283 mil mudas de espécies da Mata Atlântica cultivadas no Viveiro Florestal da estatal portuária. Com esta nova área, a empresa contabilizará o plantio de cerca de 2.700.000 (dois milhões e setecentas mil) mudas de 78 espécies do bioma. “O ato, neste domingo, representa um grande passo para a sustentabilidade do território, proporcionando maior equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e o bem-estar socioambiental. A restauração de ecossistemas é fundamental para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), principalmente aqueles sobre mudança climática, erradicação da pobreza, segurança alimentar, bem como conservação da água e da biodiversidade”, explica o diretor-presidente da estatal portuária, Roberto Gusmão.Suape realiza ações de restauração florestal na ZPEC desde 2010, somando 1.067 hectares de áreas em processo de recuperação da Mata Atlântica, incluindo mangue, restinga e floresta ombrófila densa. Até o final de 2024, a meta é realizar o plantio de mais 291 hectares. As mudas utilizadas são advindas do Viveiro Florestal de Suape, que tem estrutura e capacidade para produzir cerca de 450 mil por ano e manutenção de 700 mil. De acordo com o Plano Diretor da estatal, a ZPEC, que abrange mais de 59% do território estratégico, é destinada para a prática de atividades de preservação, proteção e controle dos recursos naturais. De acordo com o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da empresa, Carlos Cavalcanti, as ações socioambientais promovidas pela empresa estão em sintonia com o Pacto Global e com as metas estabelecidas pela ONU. “Suape tem investido cada vez mais recursos para ampliar as ações ambientais e sociais no território estratégico. Além da restauração florestal, promove programas de segurança alimentar para as famílias, a exemplo dos Quintais Ecoprodutivos; pesquisa e proteção da vida marinha (Megamar); fomento ao empreendedorismo (projetos Tô na Feira e Suape Incentiva); energias renováveis com a futura implantação do hub de Hidrogênio Verde e instalação de placas fotovoltaicas no viveiro; economia circular, entre outras iniciativas”, pontua. MARCO MUNDIAL - Criado em 1972 pela ONU, o Dia Mundial do Meio Ambiente ocorre em 5 de junho, tendo como principal objetivo a reflexão sobre os impactos ambientais globais e a tomada de ações para intensificar a proteção da biodiversidade e dos recursos naturais.

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Vacine-se contra o Coronavírus e a Influenza.

Até amanhã (04/06), a Ferreira Costa da Tamarineira terá um ponto de vacinação contra a COVID-19 e gripe, em parceria com a Secretaria de Saúde. O mutirão de vacinação contra a Covid-19 e gripe está sendo realizado das 08h às 16h, na unidade da Tamarineira, localizada na Rua Cônego Barata, 275. Para se vacinar, basta comparecer ao local com cópia do CPF ou Cartão do SUS e o cartão de vacinação. Para quem irá se vacinar contra o coronavírus, no local será disponibilizada a primeira, segunda e terceira doses (primeira e segunda doses para crianças a partir de 05 anos; e a terceira dose para adolescentes a partir de 12 anos). Ja contra a gripe, estão aptos a se imitar apenas: gestante, puérperas, professores da rede pública ou privada, pessoas com comorbidades ou deficiências permanentes, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário, trabalhadores portuários, profissionais das forças de segurança, salvamento e das forças armadas, funcionários do sistema prisional, idosos a partir de 60 anos, trabalhadores da saúde e crianças entre 6 meses e 5 anos. O objetivo é oferecer mais um ponto de vacinação para ajudar a população a completar o esquema vacinal e se prevenir das influenzas, nesse momento mais frio, quando as doenças por vias respiratórias atingem a população pernambucana.

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Queijo: para pensar e comer

Na ampla e diversa história da alimentação, o queijo artesanal tem testemunhado o seu consumo, e fabricação, há cerca de cinco mil anos; e assim integra variados sistemas alimentares no mundo.São muitos os tipos de leite e de processos artesanais para se fazer o queijo. O leite de rena, de búfala, do iaque; e os leites mais convencionais e próximos dos nossos hábitos como leite de gado vacum, de gado caprino, de gado ovino. O queijo preparado com um leite específico, ou com a mistura de leites diferentes, traz uma imensa variedade de tipos e de sabores. Com certeza, são muitos os processos técnicos para se fazer queijo, entretanto há uma sequência clássica na fabricação que, na sua maioria, apresenta a coleta do leite, o processo de pasteurização ou processo de fabricação com o leite cru. Depois da coagulação ou coalhadura, separa-se a coalhada do soro; há a moldagem e a salgadura; para então seguir-se a maturação e o affineur, entre outras técnicas que atendem aos milhares de tipos de queijos que estão em consumo hoje no mundo. Atualmente, há uma ampla e forte tendência para a recuperação dos queijos regionais, e tudo isso se inicia a partir da valorização dos produtos de terroir, e os seus bens culturais agregados, assim já assistimos a tão merecida patrimonialização dos queijos brasileiros pelo IPHAN. Ainda, novas leituras para os queijos nacionais, na sua rica variedade de sabores, de técnicas, de estilos, de territórios de produção; e de vocações gastronômicas. Muitas das questões sobre a fabricação, a circulação de produtos e sua legislação, precisam ser resolvidas para possibilitar um consumo mais ampliado, e desse modo chegue de forma mais abrangente até os apaixonados por queijos, e os cozinheiros, os chefes, e outros profissionais. O Ministério da Agricultura mostra que a produção de queijo no Brasil é feita por cerca de 170 mil produtores artesanais/domésticos, que os fazem de muitos e diferentes tipos e estilos. Novos sabores podem ampliar novos mercados de consumo, trazer identidade, e mostrar como é plural a cozinha brasileira. Assim, a necessidade de uma normatização, uma legislação, que toque no que diz respeito ao “artesanal” é importante para novas pesquisas, novos trabalhos, sobre uma gastronomia integrada à cultura e a sua diversidade. E este tão desejado reconhecimento avança, e se dá com a promulgação da LEI 13860 de 18 de julho de 2019, que no seu Artigo 1 diz: Considera-se queijo artesanal aquele elaborado por métodos tradicionais, com vinculação e valorização territorial, regional ou cultural, conforme protocolo de elaboração especifico estabelecido para cada tipo e variedade, e com emprego de boas práticas agropecuárias e de fabricação.Nestes contextos, destaco a figura do produtor agro-artesanal, um tema que necessita de maiores leituras e observações. Tudo em virtude da variedade de técnicas, tipos de fabricação e processos, que mostram bases etno-históricas, e ainda trazem características peculiares como: meio-ambiente, tipos de criatórios, tipo de fornecimento de leite, e outros itens que marcam tantas e diferentes formas de produção de queijo no âmbito artesanal. Destaco que a ampliação crescente das premiações nacionais e internacionais dos nossos queijos artesanais, que recentemente em 2019, no Mondial du Fromage (França), o Brasil recebeu medalhas de ouro; e o queijo paraibano “Serra do Pico”, da fazenda Carnaúba, Taperoá (Paraíba) recebeu medalha de bronze. Creio que os nossos queijos da região Nordeste, possam revelar muitas questões que ampliem o conhecimento que gera valorização tanto no seu uso em receitas, quanto em ações organizadas dentro do segmento .de ensino/aprendizagem na gastronomia, como áreas afins que tratam do amplo e complexo universo da comida.

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Economia brasileira cresce 1% no 1º trimestre, diz IBGE

(Da Agência Brasil) O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. O dado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o IBGE, o PIB totalizou R$ 2,2 trilhões, em valores correntes, no primeiro trimestre do ano. Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, a economia do país cresceu 1,7%. Os dados também mostram um crescimento de 4,7% no acumulado de 12 meses. SetoresO setor de serviços impulsionou o crescimento do primeiro trimestre deste ano, na comparação com o quarto trimestre de 2021. O setor cresceu 1%. A indústria teve variação de 0,1%. A agropecuária recuou 0,9% no período. Sob a ótica da demanda, a alta do PIB no período foi puxada pelo consumo das famílias, que subiu 0,7%. O consumo do governo variou 0,7%, enquanto que a formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, caiu 3,5%. No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 5%, enquanto as importações caíram 4,6%.

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Último dia para startups se inscreverem no programa de inovação aberta da Yduqs

Termina nesta sexta-feira (03), o prazo para inscrição na primeira edição do programa Yduqs Labs. Startups de qualquer região do país, com soluções validadas, CNPJ vigente, e que atendam aos desafios propostos, podem se inscrever. As empresas selecionadas irão executar pilotos remunerados que serão avaliados no contexto da companhia e terão, futuramente, oportunidades de contratação, investimento e co-criação de produtos. O número de startups no Brasil só cresce, segundo dados da ABStartups: só no setor de educação, são mais de 748. Esse número ajuda a entender por que dados do Distrito Report apontam que as edtechs – empresas que usam a tecnologia para criar soluções na área de educação – devem movimentar globalmente mais de US$ 350 bilhões até 2025. Alinhada à tendência global, a Yduqs, maior grupo de educação superior no Brasil, adquiriu em 2021, a QConcursos e, em 2022, a Hardwork Medicina, suas primeiras edtechs. Reforçando a jornada de transformação digital, a Yduqs lançou neste mês o seu próprio programa de inovação: o Yduqs Labs, que fará a ponte entre a empresa e startups do ecossistema para impactar milhares de estudantes com soluções inovadoras. Desde 2018, o grupo tem feito investimentos recorrentes – que chegam a quase 50% do total investido pela companhia – que possibilitaram a criação de um ecossistema de produtos, plataformas e ofertas que conectam a jornada do aluno de ponta a ponta, levando a melhor experiência e facilitando o aprendizado. O programa que tem como principal objetivo trazer melhorias para os negócios atuais e criar possíveis novos negócios fomentando a colaboração com soluções inovadoras, que ajudem a Yduqs a entregar mais valor aos alunos e parceiros. “O Yduqs Labs é a porta de entrada para a conexão do nosso negócio com o ecossistema de inovação. Por meio dele, estamos em busca de startups que possam ampliar as possibilidades de resolução dos nossos desafios de forma inovadora e ágil”, explica Rossano Marques, vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Yduqs. Interessados em se inscrever no programa e que ainda tenham dúvidas sobre a aderência da sua solução aos desafios apresentados, podem assistir o vídeo, disponível no Youtube, com mais detalhes: Yduqs Labs | Sessão Informativa (23/05/2022) - YouTube ServiçoYduqs Labs – Programa de Inovação AbertaInscrições: www.yduqslabs.com.br

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Fecomércio PE analisa impactos das chuvas e da suspensão do São João no comércio

(Da Fecomercio-PE) Grande parte da população nordestina aguardava ansiosa pela retomada das festividades juninas em 2022. Embora as manifestações populares relacionadas a essa época do ano tenham maior expressividade nas regiões interioranas, os festejos juninos costumam movimentar a economia dos estados do nordeste em toda a sua extensão. Mesmo nas regiões litorâneas, o período que se estende de 12 de junho, véspera de Santo Antônio, a 29 de junho, dia de São Pedro, mobiliza diversas atividades de serviços na realização de arraias públicos, competição de quadrilhas e eventos privados embalados pelo ritmo do forró. São atividades que vão desde a montagem de estruturas, produção audiovisual e serviços de manutenção, até produção de alimentos típicos e confecção de vestuários e adereços. Em termos de fluxo turístico, além dos segmentos mencionados, há também a perspectiva sobre as atividades receptivas no interior do estado, especialmente no Agreste e Sertão. Municípios como Caruaru, Gravatá, Arcoverde e Petrolina concentram um grande fluxo de visitantes, de diversas regiões do estado e também de fora de Pernambuco, chegando a registrar elevadas taxas de ocupação hoteleira nos períodos juninos pré-pandemia. Dos visitantes pernambucanos no São João do interior, a região metropolitana costuma ter peso relevante, com pessoas que buscam as festas públicas ou o clima agradável durante feriado. E para tal, tendem a movimentar as vendas do segmento local de vestuários e calçados. Nesse sentido, apesar de não ter a mesma magnitude que o Carnaval para a RMR e litoral, o São João também tem papel relevante na economia local, especialmente para o varejo. Em cenário de retomada das atividades presenciais e de fragilidade no comércio varejista, as festas juninas são vistas nesse momento como uma oportunidade relevante para o setor terciário. Entretanto, em virtude das fatalidades decorrentes das fortes chuvas que atingiram o litoral e zona da mata no final de maio, diversas prefeituras optaram por suspender ou oficialmente cancelar os eventos públicos, convertendo os recursos disponível das festividades para o atendimento emergencial das famílias afetadas pelas tragédias. Para além do impacto sobre a realização dos eventos juninos, as fortes chuvas também causam um impacto relevante sobre a atividade de comércio. Em função dos diversos pontos de alagamento, a redução da circulação de pessoas tende a reprimir a demanda por segmentos sensíveis à compras por impulso, como vestuários e artigos para o lar, e também necessidades básicas, como supermercados e farmácias. Não apenas a mobilidade de pessoas foi reduzida nos últimos dias. Em divesos pontos estabelecimentos também se viram obrigados a não abrir suas portas, seja por falta de demanda, seja por falta condições de enfrentar as chuvas torrenciais, transbordamento dos cursos de água e alagamento dos principais corredores comerciais. Mesmo centros de compras modernos e shopping centers sofreram com os transtornos do acúmulo de águas. Quanto às decisões sobre cancelamentos e suspensões dos festejos juninos em algumas cidades, a Fecomércio corrobora a iniciativa dos gestores municipais, entendendo que esse é o momento de preservar o bem estar das famílias atingidas e seus sobreviventes. Nesse sentido, a instituição também buscou fazer a sua parte, realizando ações de assistência à população menos favorecida como o fornecimento de refeições nas cidades do Recife, Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe e a arrecadação de donativos em todo o estado de Pernambuco. Da mesma forma, reforçando seu compromisso com o setor, a Federação buscará o diálogo com os governos municipais e estadual de forma a encontrar alternativas e oferecer oportunidades aos segmentos do varejo e serviços das cidades fortemente atingidas e que não realizarão eventos públicos de São João – eventos esses que movimentam atividades formais e também atividades informais, que contribuiriam gerando renda para uma população bastante afetada pelo elevado desemprego. Mas, é importante ressaltar que cidades importantes para o ciclo junino no interior, a exemplo de Caruaru, mantém suas agendas de festividades para o mês de junho, em que o comércio e serviços contribuirão significativamente para a economia local e estadual, após dois anos de restrições sobre os grandes eventos.

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Alunos voluntários de Medicina auxiliam desabrigados em Jaboatão

Além da avaliação e escuta humanizada pelos estudantes, a faculdade também realiza campanha de arrecadação de donativos na cidade e no interior de Pernambuco Alunos de Medicina da Faculdade Tiradentes (FITS) se voluntariaram para ajudar famílias, vítimas das fortes chuvas, em Jaboatão dos Guararapes. Eles estão se revezando para apoiar pessoas em três escolas municipais, que estão servindo de abrigos temporários na cidade. Elas estão localizadas em Saturnino de Brito, na Estrada da Batalha, Malvinas e Jardim Muribeca. A ação social, que iniciou sábado (30/05), conta com o suporte de professores e é feita em parceria com a secretaria municipal de Jaboatão dos Guararapes. Além da escuta humanizada e acolhimento, os alunos também realizam aferição de pressão e avaliam se há alguma necessidade clínica para fazer o encaminhamento da pessoa à rede pública de saúde. Um professor e especialista em saúde pública da FITS visitou abrigo e elaborou um protocolo seguro para haver o acolhimento temporário das pessoas. A boa prática já foi replicada a outros abrigos temporários da cidade. “Essa iniciativa dos alunos ajuda no aprendizado técnico e humanizado e também é uma oportunidade para eles desenvolverem o lado da responsabilidade social”, adianta a coordenadora de pesquisa e extensão da FITS, Evelyne Solidonio. Ela informou que os alunos já realizam atendimentos nas comunidades, via Programa Saúde da Família, com profissionais da área. Quem confirma os benefícios da iniciativa é a aluna do quinto período do curso de Medicina, Júlia Beraldi, que integra a ação e coordena eventos no Diretório Acadêmico da instituição de ensino. “A experiência do voluntariado, essencialmente em situações atípicas e de calamidade como a que estamos enfrentando, afetam diretamente a saúde de muitos e nos traz, na prática, uma frase que rege a Medicina: quando não houver o que fazer, é papel do médico acalentar e acolher”. Campanha de arrecadação Para apoiar os desabrigados da cidade, as unidades da Faculdade Tiradentes (FITS), em Jaboatão dos Guararapes e em Goiana, estão recebendo alimentos não perecíveis, itens de limpeza e de higiene pessoal, além de roupas, agasalhos, roupas de cama e colchões no Recife, Jaboatão dos Guararapes e Goiana, interior de Pernambuco. Em Jaboatão, os itens podem ser entregues na sede da FITS Jaboatão, na Avenida Barreto Menezes, 738, Prazeres, Jaboatão dos Guararapes. Já no interior do Estado, as doações podem ser feitas na FITS Goiana, na R07, Loteamento Novo Horizonte, Rua Boa Vista, 12 - lote 03 e 04 Quadra, em Goiana.

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Conectado o tempo todo? Isso pode prejudicar seu aprendizado, bem-estar e saúde mental

Estresse, ansiedade, dificuldade de concentração no trabalho e nos estudos são apenas alguns dos sintomas causados pelo uso excessivo do celular e das redes sociais, aponta especialista da Wyden Quantas vezes você checa o seu celular todos os dias? A cada quatro minutos? Parece muito? Pesquisas mostram que essa é a média de consultas que os americanos fazem, ou seja, verificam a tela do telefone 344 vezes em apenas um dia! Outro estudo revela que passamos em média 5 horas diariamente no celular, quantidade de tempo que cresceu 35% desde 2019! Não há dúvida de que hoje vivemos em uma sociedade conectada, onde a internet e as redes sociais integram nosso estilo de vida, mas o tempo excessivo dedicado às atividades online pode trazer prejuízos à saúde mental que afetam nosso aprendizado e desenvolvimento. “Com a evolução da tecnologia, os celulares se tornaram imprescindíveis, proporcionando conexão em todo lugar e agregando utilidades que vão desde o registro fotográfico até o acesso a contas bancárias e as conversas com os amigos, há lugares em que as pessoas não têm saneamento básico, mas todo mundo tem um celular”, destaca Maria Cristina Zago Castelli, psicóloga e professora do curso de Psicologia da Wyden. “Mas a questão é que, justamente por proporcionar conectividade ao mundo em tempo real, se mal utilizado o celular pode ser também fonte de estresse, ansiedade e dificuldade de concentração, com notificações que pulam na tela a cada instante e interrompem sua concentração”, diz Maria Cristina. “Fica mais difícil estudar e trabalhar”. A professora da Wyden alerta também que a dependência exagerada do celular pode, inclusive, virar uma condição médica e que já tem nome: nomofobia. “As pessoas nessa situação se sentem mal quando estão longe do aparelho, ficam ansiosas e podem apresentar sinais semelhantes a uma abstinência mesmo, onde o telefone ocupa um espaço preponderante no comportamento, cognição e pensamentos desses usuários”. A psicóloga acrescenta que outro fator importante no contexto das redes sociais é a ansiedade pelo feedback ou aprovação social “virtual”, que pode comprometer as relações “reais”. “Além da dificuldade de concentração, o usuário pode ficar dependente do impacto que suas conversas ou publicações podem produzir nas outras pessoas”. Não menos importante são os impactos dessa conexão excessiva nos períodos de descanso. “O simples fato de dormir com o celular na cabeceira da cama, pra quem usa como despertador, já é suficiente para produzir uma alteração no ciclo de sono, pois a pessoa pode ficar atenta às notificações e no meio da noite checar as informações no telefone, hábito que já foi comprovado entre adolescentes e universitários em pesquisas”, diz a professora da Wyden. “O sono é uma necessidade básica para o organismo, reduzindo a fadiga, regulando os hormônios e relaxando a nossa atenção aos estímulos externos para que o Sistema Nervoso Central possa se concentrar nas novas aprendizagens realizadas e atuar na consolidação da memória”, esclarece. “Dormir mal é péssimo para nossa saúde física e mental, então planejar um ambiente tranquilo para o seu sono, longe da tecnologia, é fundamental”, recomenda Maria Cristina. A especialista ressalta que o caminho, claro, não é renunciar a toda a praticidade e utilidade que os equipamentos e a internet oferecem, e sim adotar o bom senso no dia a dia. “O importante é usar de maneira sábia, aproveitando os seus benefícios, mas ao mesmo tempo restringindo o seu acesso indevido ou excessivo, preservando seu bem-estar e sua saúde”, completa a professora da Wyden. Confira quatro dicas para usar o celular, a internet e as redes sociais de forma mais saudável*: Se habitue a desligar o celular quando estiver se dedicando a atividades como dirigir, participar de reuniões, praticar esportes, fazer refeições em família ou brincar com os filhos. Mantenha o foco no que está acontecendo no presente e na vida “real”. Não fique no celular antes de dormir. A luz emitida pelos aparelhos pode causar distúrbios no sono se os equipamentos forem usados até duas horas antes de se deitar. Ao invés de usar equipamentos eletrônicos para ler, opte por livros impressos. Determine períodos do dia para usar o celular e somente após cumprir tarefas importantes, como terminar um trabalho para a faculdade ou um relatório de trabalho. Pare de se preocupar em estar sempre perdendo algo. Limitando o uso do celular, certamente você perderá algumas notificações e acontecimentos, há tanta informação circulando na internet que é impossível estar sempre a par de tudo, mas não há problema nenhum nisso. Aceitar esse fato ajuda a lidar com a necessidade de estar sempre conectado e reduz o estresse.

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