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Um ano após: Pesquisa revela reprovação dos brasileiros aos atos de 8 de Janeiro

Um ano após os eventos que resultaram na invasão e vandalismo dos edifícios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal em 8 de janeiro de 2023, a aversão àqueles acontecimentos persiste entre a vasta maioria da população brasileira. De acordo com uma pesquisa inédita da Genial/Quaest, realizada entre os dias 14 e 18 de dezembro com 2.012 entrevistas presenciais em todos os Estados do país, aproximadamente 90% dos brasileiros, independente de região, faixa de renda, escolaridade e idade, condenam os atos, cifra muito próxima aos 94% de rejeição registrados imediatamente após os incidentes. Entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, a desaprovação atinge 85%, enquanto aqueles que avaliam positivamente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostram uma reprovação de 93%. O cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest e autor do livro "Biografia do abismo – como a polarização divide famílias, desafia empresas e compromete o futuro do Brasil", destaca que a rejeição aos eventos de 8 de janeiro evidencia a resiliência da democracia brasileira. Ele ressalta a importância de não cair na armadilha da politização da violência institucional, considerando a polarização política que permeia o cenário nacional. Comparando os acontecimentos no Brasil com a invasão do Capitólio nos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021, Nunes aponta uma diferença crucial. Enquanto nos EUA, a aprovação dos atentados cresceu ao longo do tempo, no Brasil, os índices de apoio às invasões permaneceram baixos. Ele enfatiza que é imperativo evitar a partidarização do assunto para preservar a democracia brasileira. A pesquisa também aborda a influência do ex-presidente Bolsonaro na organização dos eventos, revelando uma divisão de opiniões, com 47% acreditando em sua influência e 43% discordando. Em relação à representatividade dos participantes das invasões, 51% consideram-nos radicais que não representam os eleitores de Bolsonaro. m meio a essas constatações, o estudo destaca a necessidade de manter o debate livre de cores partidárias, visando à defesa das regras, da Constituição e da própria democracia.

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E-Log anuncia investimento de R$ 150 milhões em Pernambuco

Com um aporte previsto de R$ 150 milhões, a E-Log amplia suas operações em Pernambuco, diversificando sua atuação para incluir o setor de armazenagem e logística com o lançamento do E-Log Condomínio Logístico. Atualmente, a empresa encontra-se na fase de construção da segunda etapa desse empreendimento estrategicamente localizado às margens da BR-101, no município de Jaboatão dos Guararapes. A inauguração está programada para o primeiro trimestre deste ano, com uma expectativa de ocupação inicial superior a 80%. José Roberto, presidente da E-Log “A decisão de investir na construção de um condomínio logístico foi impulsionada por um cenário dinâmico e em constante transformação nos setores de comércio e distribuição. Este movimento é alimentado pela demanda crescente dos consumidores por entregas que sejam não apenas rápidas, mas também eficientes.” EMPREENDIMENTO Abrangendo uma área total de 90 mil metros quadrados, o condomínio será inaugurado com 14 módulos de galpões, projetados com flexibilidade em tamanho para se adaptarem às necessidades específicas de cada empresa que escolher estabelecer-se no local. As instalações serão totalmente equipadas para suportar operações de armazenagem, manuseio e distribuição. Em resposta à chegada de novas empresas no Porto de Suape, o grupo realizou uma estratégica aquisição de uma área de 160 mil metros quadrados. Este investimento não apenas impulsionará a expansão do Pátio, mas também aumentará sua capacidade de lidar com cargas diversas. Em um movimento estratégico adicional, a empresa adquiriu uma área significativa nas margens da BR-101, na cidade de Caaporã (PB), localizada na divisa entre Pernambuco e Paraíba.

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Memória da cidade: 7 imagens de Boa Viagem antigamente

Cartão postal tradicional do Recife, a praia de Boa Viagem se urbanizou rapidamente nas últimas décadas. Nesse período de verão e muito calor na cidade, trazemos uma seleção de imagens do bairro mais nobre da zona sul em períodos que guardam ainda um bucolismo de uma praia menos badalada. Bondes elétricos, carros antigos, vendedores de caju e banhistas com trajes muito distintos dos atuais compõem o cenário desse acervo pertencente à Fundaj. "A povoação da Boa Viagem tem seu início no século XVII, devido à existência de algumas vendas que serviam de local de descanso dos viajantes que por ali transitavam vindos do caminho do sul da Capitania de Pernambuco", afirmou Leonardo Dantas no artigo Arrudando pelo Recife. Ele destacou que a construção da Avenida Boa Viagem (1924) e a proximidade com o Aeroporto dos Guararapes foram fundamentais para que o bairro ganhasse em 1954 o seu primeiro hotel de classe internacional, o Hotel Boa Viagem. 1. Casa térrea na Avenida Boa Viagem em 1937 (Acervo Benício Dias) 2. Destaque para formação rochosa na praia, em 1965. Legenda da foto indica Hotel Boa Viagem (Acerto Katarina Real) 3. Automóvel na Avenida Boa Viagem em 1939 (Acervo Josebias Bandeira) 4. Praça de Boa Viagem e o Obelisco. Destaque para o bonde elétrico na imagem (Acervo Josebias Bandeira) 5. Trecho da praia nas proximidades das Ruas Ribeiro de Brito e Bruno Veloso, em 1950. (Acervo Benício Dias) 6. Vendedores de caju na praia de Boa Viagem na década de 1940 (Acervo Benício Dias) 7. Banhistas na Praia de Boa Viagem em 1938 (Acervo Benício Dias) Se você deseja indicar alguma pauta para a seção de imagens antigas ou mesmo nos enviar algumas imagens do seu acervo, mande um e-mail para rafael@algomais.com

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Fiepe emite posicionamento sobre Reoneração da Folha de Pagamento

A Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) manifesta sua apreensão em relação à Medida Provisória 1.202, emitida pelo governo federal em 28 de dezembro de 2023, que revoga a decisão do Congresso Nacional de estender, até 2027, a desoneração da folha de pagamento de 17 setores econômicos. A entidade destaca que essa medida representa uma ameaça à economia, comprometendo a segurança jurídica e colocando em risco os 9 milhões de empregos gerados pela legislação em vigor. A MP cancela benefícios como a desoneração da folha em relação à contribuição previdenciária, ao mesmo tempo em que restringe as compensações de créditos provenientes de decisões judiciais já finalizadas. A FIEPE ressalta a importância de o governo considerar os impactos adversos dessa medida, respeitando as deliberações do Congresso e buscando soluções fiscais que minimizem os efeitos negativos sobre o emprego e a competitividade. POSICIONAMENTO DA FIEPE A Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) expressa sua preocupação em relação à Medida Provisória 1.202, emitida pelo governo federal em 28 de dezembro de 2023, a qual revoga a decisão do Congresso Nacional de prorrogar, até 2027, a desoneração da folha de pagamento de 17 setores econômicos.  A medida impacta negativamente a economia, compromete a segurança jurídica e representa um risco para os 9 milhões de empregos gerados pela legislação vigente.  A referida MP cancela benefícios como a desoneração da folha de pagamento em relação a contribuição previdenciária, ao mesmo tempo em que limita as compensações de créditos resultantes de decisões judiciais já concluídas. Apesar do argumento do governo sobre a necessidade de novas normas para equilibrar as contas públicas, esta abordagem desconsidera a autonomia legislativa e não apresenta uma solução eficaz para o desequilíbrio fiscal.  É fundamental que o governo respeite as deliberações do Congresso Nacional e leve em consideração os impactos adversos gerados pela MP 1.202/2023. É necessário buscar alternativas de políticas fiscais que minimizem os efeitos negativos sobre o emprego e a competitividade. 

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"As perspectivas do turismo de Porto de Galinhas para janeiro são excelentes"

O presidente da AHPG (Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas), Eduardo Tiburtius, avalia a conjuntura atual do setor turístico em Pernambuco, faz projeções animadoras para o Réveillon e janeiro de 2024 mas afirma que a divulgação e a infraestrutura dos destinos precisam melhorar. Eduardo Tiburtius, presidente da AHPG (Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas), nesta entrevista a Rafael Dantas, faz um balanço do setor turístico de Pernambuco em 2023, enfatizando a retomada após a pandemia e a atuação proativa do trade estadual para manter o mercado local aquecido. Tiburtius explora os desafios e as conquistas do turismo em Porto de Galinhas, evidenciando o impacto positivo de iniciativas inovadoras, como a BioFábrica de Corais, projeto que desenvolve atividades de educação ambiental e que usa ferramentas biotecnológicas para favorecer a restauração dos recifes, por meio do cultivo de corais. Tiburtius aborda ainda a importância do crescimento conjunto de destinos vizinhos, destacando a necessidade de diversificação e promoção para atrair turistas nacionais e internacionais. As perspectivas para o futuro são otimistas. Em meio a projeções animadoras para o Réveillon e janeiro de 2024, o presidente da AHPG expressa confiança na capacidade de Porto de Galinhas se reinventar, prevendo um ano positivo no horizonte turístico. Qual o balanço que o senhor faz do setor turístico de Pernambuco neste ano? O Estado se recuperou plenamente da pandemia? O mercado de Porto de Galinhas teve sua retomada expressiva já no segundo semestre de 2021 e se repetiu também em 2022. Já em 2023 tivemos um ano de estabilidade em relação a 2022. Hoje temos uma operação doméstica que supera os anos pré-pandemia, mas ainda falta o restabelecimento da malha internacional para que possamos afirmar que temos uma recuperação completa. Pernambuco parece ter voltado à moda, ao desejo do turista nacional. Durante o Visit Pernambuco - Travel Show (evento que promove o turismo no Estado com rodadas de negócios, palestras e espaços de exposição nacionais e internacionais), o secretário Daniel Coelho afirmou que temos o dobro de movimentação dos aeroportos de Fortaleza e Salvador. O que houve para o Estado entrar nessa crescente? Eu considero uma junção de fatores. Creio que o trade do Estado teve uma atuação muito proativa e com uma forte capacidade de se reinventar de 2020 para cá. Exemplificando: em 2020, em plena pandemia, tivemos um número recorde de capacitações online oferecidas aos agentes de viagens naquele momento, explicando além dos temas tradicionais das atividades turísticas, as questões de segurança nas hospedagens necessárias naquele período. Também conseguimos em 2020, com toda segurança necessária, realizar o Visit Pernambuco trazendo para Porto de Galinhas os operadores que, até então, eram especializados em vendas de mercados internacionais e que naquele momento não teriam como vender os produtos internacionais pois as fronteiras estavam fechadas. Em 2021, no segundo semestre, fomos o primeiro mercado a voltar com capacitações presenciais em mais de 20 cidades nos grandes mercados emissores como o programa Encontro com Porto de Galinhas. É importante salientar que todas essas ações tiveram a participação massiva tanto do trade local mas, também, o apoio do Governo do Estado e da Prefeitura de Ipojuca. Devemos ressaltar também as campanhas do Recife com o projeto Recife é para Ficar e de participações de empreendimentos de Fernando de Noronha nas ações de Porto de Galinhas. E por último, mas também muito importante, a Azul Linhas Aéreas, que foi a empresa que, com muita agilidade, adaptou sua malha aérea com o fortalecimento do seu hub e foi essencial para o aumento no número de passageiros. Quais os principais resultados do Visit Pernambuco - Travel Show deste ano? Consideramos o Visit Pernambuco um evento essencial para o calendário do turismo do Estado. Nele, conseguimos trazer agentes de viagem, representantes de operadoras e a imprensa para apresentar in loco todas as nossas potencialidades quer sejam de atrativos como passeios, estabelecimentos comerciais, pousadas, restaurantes, atrações na vila de Porto de Galinhas como também podemos mostrar as atualizações dos hotéis em Porto de Galinhas que têm a característica de estar em constantes remodelações. Outro ponto importante é que o evento permite que empreendimentos que não têm a disponibilidade de participar de feiras fora do Estado possam ter o contato direto com os principais operadores de turismo do Brasil nas rodadas de negócios realizadas durante o Visit. Projetamos, a partir da pesquisa com os participantes, que a edição do Visit deste ano promoveu uma movimentação de R$ 112 milhões em negócios gerados no setor até 2024. As perspectivas são boas para o Réveillon e para as férias de janeiro? Sim, as perspectivas do setor de turismo de Porto de Galinhas para o Réveillon e para janeiro são excelentes. Já estamos com uma ocupação acima de 90% no Réveillon e um pouco acima de 82% no mês de janeiro. Vocês ganharam novas operações ou inauguraram novidades neste ano? Tivemos os lançamentos recentes de novos empreendimentos hoteleiros e este ano tivemos a grande satisfação de ter como novo associado o Samoa Beach Resort que veio muito agregar à Associação de Hotéis de Porto de Galinhas. Aliás, foi apresentado durante o Visit Pernambuco o novo empreendimento do grupo Samoa que será inaugurado em 2025. Outro atrativo importantíssimo é a BioFábrica de Corais que tem uma importância vital para o replantio dos corais da Vila de Porto de Galinhas, o principal atrativo turístico do nosso destino. Porto de Galinhas é a grande âncora do Litoral Sul, que é um dos maiores atrativos de Pernambuco. Mas outros destinos vizinhos estão em crescimento, como Sirinhaém. Esse movimento fortalece a região? Há demanda para todos? Sem dúvida nenhuma. Precisamos que o Estado todo aumente sua gama de destinos turísticos para cada vez mais atrair para o nosso Pernambuco o fluxo de passageiros do Brasil e do mundo. Apenas exemplificando a importância disso, posso lembrar das operações charters internacionais que tivemos até o ano de 2008 em que muitas vezes outros Estados foram escolhidos pelos emissores europeus (como Rio Grande do Norte e Bahia) porque as operadoras precisavam ter a oferta

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Desafios e trunfos econômicos no radar de Raquel Lyra e João Campos em 2024

Iniciado o novo ano, a governadora Raquel Lyra e o prefeito João Campos têm motivos para comemorar do ano passado e desafios diferentes em 2024. Dois dos maiores trunfos dos executivos estão na captação de recursos e na geração de empregos. INVESTIMENTOS LOCAIS O Governo do Estado, além de ter emplacado vários projetos dentro do PAC (R$ 91,9 bilhões), conseguiu captar R$ 3,4 bilhões em operações de crédito. A capital pernambucana, também agraciada por investimentos federais, tem já o início do Pró-Morar Recife, que captou mais de R$ 2 bilhões para investir na melhoria das condições habitacionais mais precárias da cidade. No balanço de 2023, o Governo do Estado também comemorou a atração de R$ 2,6 bilhões de investimentos anunciados pela iniciativa privada em Pernambuco. EMPREGOS O Estado e a capital se destacaram na geração de empregos, que é um indicador muito sensível ao humor da população. Dados do Caged apontaram que 59.902 postos de trabalho foram criados em Pernambuco entre janeiro a novembro. No mesmo período, o Recife anotou mais de um terço desse montante, com 22.199 cargos gerados. Esse número cresceu muito em novembro, quando 60% dos postos gerados no Estado foram na capital. EM 2024 As estimativas econômicas são de um crescimento econômico menos acelerado em 2024 no País. Em geral, o Estado e a capital acompanham a curva do desempenho do País. Além de executar as obras com os recursos captados, a Prefeitura e o Estado tem o desafio de articular a vinda dos investimentos anunciados pelo PAC. Nas últimas edições do programa, muitos projetos anunciados não chegaram a sair do papel. Além disso, a atração de novos empreendimentos privados seguem no horizonte.

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Para atravessar a Era dos Extremos

*Por Rafael Dantas O ano de 2023 foi marcado por cenas que ilustram eventos de intensos conflitos no mundo, no Brasil e em Pernambuco: duas guerras com imagens chocantes, catástrofes naturais que inundaram várias cidades ou eventos climáticos que levam o Sertão à desertificação e, na política nacional, a destruição da Praça dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro. Inspirado na obra clássica do historiador britânico Eric Hobsbawm, A era dos extremos chegou, como atravessá-la foi o tema e a provocação da palestra do consultor Francisco Cunha na 25ª edição da Agenda TGI, para compreender o ano que passou e indicar perspectivas e desafios relevantes para 2024. O consultor da TGI elencou cinco fatores relevantes a serem observados para entender as tensões mais inflamadas do Brasil e do mundo: extremos da geopolítica, da política nacional, da segurança pública, do clima e da tecnologia. CONFLITOS GLOBAIS O mundo, que iniciou o ano ainda aflito pela invasão da Rússia na Ucrânia, assistiu ao atentado do Hamas em Israel e, na sequência, aos ataques à Faixa de Gaza. Além desses dois conflitos, que dominam o noticiário internacional, Francisco Cunha lembrou de outras guerras que seguem em curso pelo planeta, como em Burkina Faso, no Sudão, em Mianmar, na Somália e no Iêmen. “Essas são guerras que estão acontecendo. São extremos da geopolítica, mas temos também extremos de polarização, como da China e dos Estados Unidos”, afirmou Francisco Cunha. A tensão político-econômica entre as duas maiores potências do mundo foi chamada pelo consultor de Guerra Fria 2.0. A incerteza sobre o futuro político dos EUA, com a possibilidade de retorno de Donald Trump à Casa Branca, é uma das peças chaves do tenso tabuleiro internacional. Além dessa disputa, o consultor pontuou o avanço da Índia no cenário internacional. “A China tem uma disputa regional com a Índia, que já ultrapassou a China em população e se aproxima em renda per capita. Essa é uma realidade geopolítica, mais regional, que está dentro desse espectro mundial da chamada Guerra Fria 2.0”, analisou o consultor. Na América do Sul, duas novidades no tabuleiro geopolítico regional terão desdobramentos para 2024. O primeiro é a ascensão de Javier Milei à presidência da Argentina. Com uma campanha ilustrada pela motoserra, o político que se intitula anarcocapitalista foi eleito com um discurso que prometia mudanças bem heterodoxas, como a dolarização da economia e a extinção do Banco Central. O segundo é a ameaça de guerra entre a Venezuela e a Guiana pela região de Essequibo, que representa 70% do território guianês e é reivindicada pelo país do ditador Nicolás Maduro. ECONOMIA MUNDIAL PARA ALÉM DOS CONFLITOS Tanto a OCDE, como o FMI têm apontado um crescimento da economia mundial um pouco menor em 2024 comparado ao desempenho de 2023. As estimativas para o próximo ano são respectivamente de 2,7% (na projeção da OCDE) e 2,9% (segundo o FMI). Ao olhar o cenário internacional, Mauro Rochlin, coordenador do MBA de gestão estratégica e econômica de negócios da FGV, avalia que para o Brasil um dos grandes movimentos externos que podem trazer efeitos locais são os juros praticados pelos EUA. "No cenário internacional é importante observar o movimento da taxa norte-americana. Ela é o preço dos preços e se o Banco Central americano iniciar um ciclo de queda em maio, que o mercado agora passou a considerar, isso é positivo para o Brasil porque vai permitir que uma política monetária mais frouxa seja adotada aqui. Isso pode acelerar o ritmo de queda da taxa Selic, o que vai certamente estimular o consumo e o investimento". O panorama da economia internacional não é animador para Rochlin. "O cenário externo não é dos mais auspiciosos, a gente vê a economia americana crescendo abaixo de 2% para ano que vem, economias europeias também, muitas, aliás, estagnadas. A China vem crescendo menos do que cresceu nas últimas décadas e, portanto, o cenário internacional também não favorece um crescimento maior". Em um olhar mais estrutural de longo prazo, o economista Marcos Troyjo, que participou da I Conferência Internacional dos Guararapes, promovida pela Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia ), destacou que é importante observar no crescimento populacional do mundo as oportunidades que surgem desse fenômeno. “Entre 2048 e 2050, a população mundial será de 10,5 bilhões de pessoas, o que significa que nós vamos ter um acréscimo líquido de 2 bilhões de pessoas sobre o nosso planeta. Imagina qual o tamanho do impacto sobre a demanda de alimentos, de água, por energia, por infraestrutura, resultante desse aumento populacional tão significativo que nós veremos nos próximos 25 anos”. O Troyjo, que é ex-presidente do Banco dos BRICS, destacou as oportunidades que esse fenômeno deve gerar para o Brasil, que é um grande produtor de alimentos. Troyjo também ressaltou o rearranjo da demanda desse comércio internacional, visto que além do avanço populacional da Índia, que já ultrapassou os chineses, outros players em ascensão nesse indicador são Nigéria e Paquistão. Apenas oito países — todos asiáticos ou africanos — devem concentrar metade do crescimento do número de habitantes até 2050. FOTOGRAFIAS DA TENSÃO POLÍTICA Entre as cenas de 2023, duas marcaram o mês de janeiro. A primeira, com a subida da rampa do Palácio do Planalto de representantes do povo brasileiro, para a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu terceiro mandato, após uma acirrada eleição. Uma semana depois, outra imagem do mesmo cenário tomou o mundo, com a depredação dos prédios da Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. “Estavam querendo promover um golpe de estado, numa invasão da sede dos três poderes”, declarou Francisco Cunha. Para contrastar com os atos de 8 de janeiro, Francisco Cunha lembrou o árduo percurso de reconquista da democracia no Brasil quando a população tomava as ruas para pedir Diretas Já e para participar da Constituição Cidadã de 1988. No ano em que o País comemorou os 35 anos da promulgação da sua Carta Magna, a tentativa de golpe falhou.

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Revista Algomais Everton Lacerda Capa

Da ceia à academia: estratégias para recuperar a rotina de treinos após as festividades de fim de ano

A decisão de manter ou ajustar o treino pós-ceia de Natal e Réveillon, nestas primeiras semanas de 2024, depende de diversos fatores, obviamente. Você deve considerar as suas metas de condicionamento, de emagrecimento e não precisa se desesperar. Siga o plano, peça orientação ao instrutor da academia ou ao seu personal trainer. O Profissional de Educação Física, Everton Lacerda, afirma que de um modo geral não é preciso alterar o treino, após o período festivo. Por Jademilson Silva A constância nos treinos é prerrogativa chave para um 2024 mais saudável. “A rotina de treino não precisa ser alterada nas semanas precedentes às confraternizações de Natal e Réveillon, o indicado é que as pessoas sigam o cronograma de treino normalmente, sem exageros. O importante é manter a constância dos treinos”, informa. A constância ao longo do tempo é fundamental. Em alguns dias de desvio da rotina de treinamento durante as festas não terão um impacto significativo, se você retornar ao seu plano de treino regular. Exagerar nos treinos após as festividades de final de ano não será a melhor solução. “Não é prudente as pessoas exagerarem nos treinos após as celebrações de fim de ano. No mês de dezembro é normal que as pessoas percam um pouco o foco no treino, devido ao clima festivo e as confraternizações que acontecem durante todo mês. Treinar intensamente logo após os períodos de ceias pode levar ao “overtraining”, que é o excesso de treino”, diz Everton Lacerda. O excesso de treino pode levar a pessoa à fadiga muscular e isso facilita o surgimento de lesões. Outro fator negativo é a baixa da imunidade, facilitando o aparecimento das infecções por vírus e bactérias. “O indicado é que as pessoas sigam a rotina de treino normalmente no mês de janeiro, sem grandes alterações”, reforça o profissional. Além da academia Ficar de férias e longe da academia não é motivo para se descuidar os treinos. Existem várias opções de exercícios que podem ser feitos por quem está de recesso e não tem acesso à academia, como uma caminhada ou corridinha na área da praia; exercícios de alongamento e mobilidade; treinamento funcional ou até mesmo a calistenia, que consiste em exercícios utilizando o próprio peso corporal e tem grandes benefícios estéticos e para a saúde. “O importante é não deixar de se exercitar, mesmo no recesso. São essas estratégias de treino que utilizo com meus alunos e alunas que estão de recesso no litoral, com exercícios de 20 a 30 minutos diários. Dessa forma, eles não perdem totalmente o ritmo”, alerta Everton Lacerda. Lembre-se de ouvir seu corpo e ajustar seu treino conforme necessário. Se você estiver exausto ou precisar de mais tempo para se recuperar, não hesite em fazer uma pausa e retome seus treinos quando se sentir pronto. Colaborou com a reportagem Everton Lacerda é Profissional de Educação Física e especialista em treinamento feminino. @everton. trainer

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Marketing digital em 2024: no que apostar?

Especialista comenta algumas tendências de marketing digital que moldarão as conexões no próximo ano Em um universo dinâmico e em constante evolução como o do marketing, antecipar-se e adaptar-se às tendências é essencial para garantir uma presença online cada vez mais eficaz e marcante. “Desde o surgimento de novas plataformas até a transformação na abordagem de interação com o consumidor, o cenário digital se torna mais desafiador a cada ano que passa”, explica Renan Vargas, CEO da Agência de marketing e comunicação Páprica.  Responsável pelo desenvolvimento de grandes campanhas para marcas como Magnetron, Marista Brasil, Alegra Foods, Docol e outras, Renan comentou algumas tendências de marketing digital que moldarão o panorama empresarial no próximo ano: Sem sombra de dúvidas, um dos assuntos mais comentados no marketing em 2023, e que seguirá como forte tendência em 2024 é a inteligência artificial. “A IA desempenha um papel crucial na realização e automação de tarefas, otimizando processos e liberando tempo para que os profissionais de marketing foquem em estratégias mais criativas e inovadoras”, explica Renan. Ao incorporar a inteligência artificial no marketing digital, as empresas podem aprimorar a segmentação de audiência, melhorar a eficácia das campanhas publicitárias e aprimorar a experiência do cliente, impulsionando assim o sucesso nas estratégias de marketing. Em um mundo cada vez mais digital, estabelecer conexões genuínas entre marcas e consumidores se torna cada vez mais essencial para empresas que desejam se destacar frente aos concorrentes. “Humanizar a marca e a experiência de compra ou serviço não apenas cativa o público, mas também contribui para a construção de uma imagem de marca autêntica e memorável”, comenta Renan. O UGC (User Generated Content) seguirá como forte estratégia em 2024, permitindo que, em um mercado cada vez mais saturado, empresas se destaquem da concorrência transmitindo autenticidade e uma personalidade única.  Automatizar a coleta de dados pode ser um dos fatores determinantes no sucesso de empresas que adotam o marketing digital como estratégia. “Ao entender o comportamento do consumidor, suas preferências e interações online, as empresas podem adaptar suas campanhas de marketing de maneira mais precisa. Isso resulta em mensagens mais relevantes e direcionadas, aumentando a probabilidade de engajamento e conversão”, comenta. A automatização de dados no marketing digital não apenas agiliza processos, mas também capacita as empresas a tomarem decisões mais informadas, personalizar estratégias, melhorar a eficácia das campanhas e, em última análise, alcançar resultados mais significativos em um cenário digital dinâmico. Consumidores estão cada vez mais conscientes e exigentes, e a percepção de uma marca como ética e responsável pode ser um diferencial competitivo, ajudando a construir uma reputação sólida para a marca. “O marketing ético envolve considerar o impacto social e ambiental das atividades da empresa, demonstrando um compromisso com causas relevantes. Consumidores estão mais propensos a se tornarem clientes fiéis quando percebem que a marca compartilha dos mesmos valores éticos que eles”, explana Renan.   “No cenário digital, onde a autenticidade é cada vez mais valorizada pelos consumidores, a colaboração com influencers “da vida real”, sobretudo os micro e nano influencers, proporciona uma abordagem genuína e humanizada ao marketing, contribuindo para o fortalecimento da imagem da marca, do senso de comunidade e para o estabelecimento de relações duradouras com os consumidores”, argumenta Renan Vargas.  “Percebemos uma melhora técnica na questão de viabilização de compras diretas nos canais sociais, bem como uma tendência de aumento desta forma de consumo. Assim, o usuário pode usar a rede social para entretenimento, e em paralelo escolher produtos e comprá-los rapidamente”, comenta Renan. Neste modelo, o papel dos criadores de conteúdo se torna ainda mais importante na jornada de compra, que se torna cada vez mais ágil.  Renan finaliza argumentando que, nos dias atuais, é quase impossível imaginar uma empresa prosperar sem adotar estratégias digitais. “As marcas podem ampliar sua presença alcançando público além das fronteiras geográficas, vendendo seus produtos e serviços ou mesmo transmitindo sua mensagem”, completa o especialista.

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rodrigo kroma

Empresas buscam economia de até 40% na conta com o Mercado Livre de Energia

Às vésperas da abertura do Ambiente de Contratação Livre (ACL) no Brasil, mais conhecido como Mercado Livre de Energia, a perspectiva de uma economia de até 40% na conta de luz está atraindo a atenção de empresas dos mais diversos setores, incluindo supermercados, hospitais, hotéis, escolas, padarias e indústrias. Embora a mudança esteja iminente, a falta de conhecimento sobre o tema ainda persiste entre os consumidores. MIGRAÇÃO A partir de janeiro de 2024, conforme estabelecido pela Portaria Normativa Nº 50/2022 do Ministério das Minas e Energia, será permitida a migração de todos os consumidores classificados como Grupo A (alta e média tensão) para o ambiente de contratação livre. “O Mercado Livre de Energia é um ambiente de negociação onde o cliente possui a liberdade de escolher quem vai fornecer sua energia”, explica o CEO da Kroma Energia, Rodrigo Mello, uma empresa pernambucana pioneira na comercialização do Nordeste. Os consumidores de média e alta tensão que estão no Grupo A são empresas de grande e médio porte, entre comércios e indústrias, que utilizam voltagem acima de 2,3 kV (quilovolts), ou seja, que geralmente possuem uma conta de luz média superior a R$ 10 mil mensais, de acordo com estimativas da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). EXPERIÊNCIAS Empresas que já adotaram a energia limpa estão colhendo os benefícios. Antônio Jayme da Fonte, superintendente do Hospital Jayme da Fonte, relata uma economia mensal de cerca de 19% desde 2020, representando R$ 1 milhão ao longo desse período. A gerente de Suprimentos do Grupo Iquine, Natália Andrade, destaca uma economia superior a R$ 3,5 milhões desde março de 2020. No Cesar School, a economia chega a 30% nos gastos com a conta de luz, conforme Júlio Glasner, engenheiro eletricista da instituição. À medida que o Mercado Livre de Energia se torna uma opção mais acessível e atrativa, as empresas estão explorando essa oportunidade para otimizar seus custos e contribuir para práticas mais sustentáveis no setor energético.

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