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Paulo Camargo

Paulo Camargo: "Nunca desista de formar a sua equipe"

Uma das atrações da Feira do Empreendedor, realizada pelo Sebrae/PE, que terminou no dia 25, foi o empresário Paulo Camargo. O ex-presidente do McDonald's Brasil, compartilhou em sua palestra uma série de reflexões e ações que marcaram sua gestão, particularmente em relação à satisfação de clientes e colaboradores. No início de sua liderança, Paulo percebeu que, apesar de dispor de todos os dados e informações teóricas, havia uma desconexão significativa entre a empresa e seus clientes. Uma pesquisa abrangente em 14 cidades brasileiras revelou sentimentos de insatisfação entre os consumidores, como o depoimento de uma jovem que disse ainda gostar do McDonald's, mas sentir que a marca não gostava mais dela. Essa percepção dolorosa motivou a gestão da multinacional a investigar mais profundamente os problemas internos da empresa. OUVIR PARA TRANSFORMAR O AMBIENTE DE TRABALHO Um dos desafios mais críticos enfrentados foi a insatisfação dos colaboradores, que não sentiam orgulho de trabalhar na empresa. Para abordar essa questão, o executivo utilizou o diagrama de Ishikawa, uma ferramenta de análise de causa e efeito, para identificar e solucionar problemas complexos que estavam levando à alta rotatividade e absenteísmo na corporação. Foi através dessa metodologia que a gestão implementou várias melhorias, incluindo novos uniformes escolhidos pelos funcionários, treinamento de liderança, e melhorias nas salas de descanso e nos sistemas de treinamento. Essas ações resultaram em uma significativa redução da rotatividade e do absenteísmo, e uma maior satisfação entre os colaboradores. Entre as experiências na trajetória de sucesso que conduziu a corporação, ele enfatiza a importância de nunca desistir de formar uma equipe bem treinada e engajada. Carmargo revelou que passou seu primeiro ano na empresa em treinamento intensivo, trabalhando em diversas posições para entender profundamente os procedimentos e as pessoas. Esse foco no entendimento humano foi crucial para suas estratégias de gestão e para reverter o cenário de insatisfação que encontrou inicialmente. Em suas palavras, a chave para superar os desafios e construir uma empresa sólida reside no investimento contínuo em entender e valorizar as pessoas que fazem parte da organização. PAULO CAMARGO, ex-presidente do McDonald's "Se você tem um problema na sua empresa, se o seu colaborador está indo embora, deixa eu te dar uma dica: Nunca desista de formar a sua equipe." EMPATIA E HUMANIZAÇÃO NO TRATO COM A EQUIPE Ainda compartilhando a sua experiência em liderar equipes, Camargo destacou a importância do reconhecimento e da empatia na gestão de pessoas. Ele compartilhou na Feira do Empreendedor a história de um jovem colaborador, Maurício, que veio de uma comunidade simples e enfrentou desafios significativos para conseguir um emprego na empresa. O executivo relembrou um momento emocionante em que fez uma chamada de vídeo para o pai de Maurício, agradecendo por ter criado um filho tão dedicado e talentoso. Esse gesto não só reforçou o vínculo entre o colaborador e a empresa, mas também demonstrou a capacidade de equilibrar exigência e humanidade. Ele enfatiza que um bom líder deve estar presente e atento, capaz de inspirar e motivar sua equipe através de ações concretas e genuínas. Como na direção de uma família, ele comparou a atitude amorosa e de cobrança de um pai em relação ao filho, com o papel dos líderes nas corporações, de compreender, mas também de buscar o melhor desempenho de suas equipes. "O mesmo pai e o mesmo líder que abraça, que diz palavras de reconhecimento, eventualmente palavras de carinho, é o mesmo pai, é o mesmo líder, que vai colocar de castigo o filho que não tirou notas boas na escola, porque ele sabe o seu teto, que você pode melhorar, que você tem espaço para melhorar". (Paulo Camargo)

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Senado retoma debate de PEC que pode privatizar praias

(Da Agência Brasil) O Senado volta a discutir nesta segunda-feira (27) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2022 que transfere a propriedade dos terrenos do litoral brasileiro, hoje sob o domínio da Marinha, para estados, municípios e proprietários privados. Aprovado em fevereiro de 2022 na Câmara dos Deputados, a PEC estava parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado desde agosto de 2023. Uma audiência pública discute hoje o tema, que está sob a relatoria do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e enfrenta resistência da base governista. Organizações ambientalistas alertam que a proposta traz o risco de privatização das praias por empreendimentos privados e pode comprometer a biodiversidade do litoral brasileiro. Além das praias, a Marinha detém a propriedade de margens de rios e lagoas onde há a influência das marés. De acordo com o Observatório do Clima, “esse é mais um projeto do Pacote da Destruição prestes a ser votado. Isso põe em risco todo o nosso litoral, a segurança nacional, a economia das comunidades costeiras e nossa adaptação às mudanças climáticas”. Para o grupo que reúne diversas entidades de defesa do clima e do meio ambiente, os terrenos da Marinha são guardiões naturais contra enchentes, deslizamentos e eventos climáticos extremos. “Essa defesa é essencial para a nossa segurança e resiliência. Essas áreas preservam nossa biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas costeiros. Privatização pode trazer danos irreversíveis”, afirmou o Observatório, em nota. A PEC exclui o inciso VII do artigo 20 da Constituição, que afirma que os terrenos da Marinha são de propriedade da União, transferindo gratuitamente para os estados e municípios “as áreas afetadas ao serviço público estadual e municipal, inclusive as destinadas à utilização por concessionárias e permissionárias de serviços públicos”. Para os proprietários privados, o texto prevê a transferência mediante pagamento para aqueles inscritos regularmente “no órgão de gestão do patrimônio da União até a data de publicação” da Emenda à Constituição. Além disso, autoriza a transferência da propriedade para ocupantes “não inscritos”, “desde que a ocupação tenha ocorrido pelo menos cinco anos antes da data de publicação” da PEC. Ainda segundo o relatório, permanecem como propriedade da União as áreas hoje usadas pelo serviço público federal, as unidades ambientais federais e as áreas ainda não ocupadas. MMA Em entrevista hoje à Rádio Nacional, a diretora do Departamento de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ana Paula Prates, defendeu que esses terrenos, hoje com a União, funcionam como proteção contra as mudanças climáticas. “Acabar com essa figura é um retrocesso enorme. A PEC termina com essa figura dos terrenos de Marinha, que são terrenos da União, e passa gratuitamente para estados e municípios, para poder, inclusive, privatizar essas áreas”, disse.A representante do MMA acrescentou que a PEC não privatiza diretamente as praias, mas pode levar ao fechamento dos acessos às áreas de areia. “Na hora em que esses terrenos todos que ficam após as praias forem privatizados, você começa a ter uma privatização do acesso a elas, que são bens comuns da sociedade brasileira”.] Defesa O senador Flávio Bolsonaro defende, em seu relatório, que a mudança é necessária para regularizar as propriedades localizadas nos terrenos da Marinha. “Há, no Brasil, inúmeras edificações realizadas sem a ciência de estarem localizadas em terrenos de propriedade da União”. Segundo Flávio, “os terrenos de marinha causam prejuízos aos cidadãos e aos municípios. O cidadão tem que pagar tributação exagerada sobre os imóveis em que vivem: pagam foro, taxa de ocupação e IPTU. Já os municípios, sofrem restrições ao desenvolvimento de políticas públicas quanto ao planejamento territorial urbano em razão das restrições de uso dos bens sob domínio da União”. O senador fluminense argumenta ainda que a origem do atual domínio da Marinha sobre as praias foi justificada pela necessidade de defesa do território contra invasão estrangeira, motivo que não mais existiria, na visão do parlamentar. “Atualmente, essas razões não estão mais presentes, notadamente diante dos avanços tecnológicos dos armamentos que mudaram os conceitos de defesa territorial”, disse no parecer da PEC. Audiência Na audiência pública desta segunda-feira, a CCJ do Senado deve ouvir a Coordenadora-Geral do Departamento de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Marinez Eymael Garcia Scherer; a representante Movimento das Pescadoras e Pescadores Artesanais (MPP); Ana Ilda Nogueira Pavã; o diretor-Presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa; o prefeito de Florianópolis (SC), Topázio Silveira Neto, entre outros convidados.

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Usina solar pernambucana recebe autorizaçãopara comercializar energia

O Complexo São Pedro e Paulo, um empreendimento das empresas pernambucanas Kroma Energia e Elétron Energy, recebeu recentemente a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para iniciar suas operações comerciais. Com essa permissão, as usinas solares fotovoltaicas localizadas em Flores, no interior de Pernambuco, estão liberadas para começar a comercializar energia. A Kroma Energia, por sua vez, alcança um total de 1,8 gigawatts (GW) em energia comercializada e gerencia 500 unidades consumidoras. No que diz respeito à geração de energia, a Kroma soma 4,6 GW em projetos, incluindo tanto a potência já instalada quanto os projetos em fase de implementação. As usinas autorizadas pela Aneel são: São Pedro e Paulo I, São Pedro e Paulo V, São Pedro e Paulo VI e e São Pedro e Paulo VIII. Juntas, essas unidades somam 83,9 megawatts (MW) de capacidade. NOVOS PROJETOS NA REGIÃO Paralelamente, a Kroma, pioneira na comercialização de energia no Nordeste, está desenvolvendo novas usinas: o Complexo Arapuá, situado em Jaguaruana (CE), com uma capacidade inicial de 250 MWp, e o Complexo Colinas, localizado em Brejão (PE), com uma capacidade de 130 MWp. A previsão é que ambas as usinas comecem a operar em 2026. Filipe Godoy Souza, gerente de Geração de Energia da Kroma “É um dos passos mais importantes de uma usina. Isso significa que já foram feitos todos os testes e que o Operador Nacional do Sistema Elétrico indicou que estamos aptos para entrar em operação comercial”.

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Documentário acompanha luta de mulher trans para expressar sua fé

Não são poucos os trechos bíblicos que mostram Jesus recebendo pessoas com amor. O evangelho de João conta que uma mulher samaritana, antes desprezada pela sociedade, foi acolhida pelo nazareno. O mesmo evangelho relata que uma multidão esfomeada foi saciada com pão e peixe multiplicados por ele. É triste notar que muitos que se dizem seus seguidores fazem o oposto. É o que mostra o documentário "Toda Noite Estarei Lá". O filme acompanha Mel Rosário, uma mulher trans que luta na justiça contra a liderança de uma igreja neopentecostal após sofrer agressão e ser impedida de frequentar os cultos. Filmado ao longo de quatro anos, entre 2018 e 2022, o doc mostra a jornada de Mel nos corredores da justiça e na frente da igreja protestando pelo direito de entrar no templo. Logo na cena inicial, a câmera fixa posicionada na frente do salão de beleza onde Mel trabalha exibe como num quadro a preparação para mais uma noite de protestos. De véu branco na cabeça, Mel coloca pra fora uma cadeira de plástico. Logo em seguida apoia nela um cartaz que denuncia: "Pastor desonra a lei". No plano seguinte, uma trilha sonora eletrônica marca o compasso da marcha em direção ao templo. A câmera fixa estará presente em outros momentos do filme. Os longos planos desvelam sem pressa a rotina da protagonista, marcada pela forte religiosidade. Cenas em que aparece de joelhos em oração ou pintando frases bíblicas na parede da sala. Os cuidados com a mãe dividem espaço com a prática religiosa. Cuidados refletidos na forma carinhosa em que pinta o cabelo da mãe, ou nas lágrimas que derrama ao receber dela uma oração. A jornada de Mel transcende a luta pelo direito de ir e vir, de praticar sua fé em absoluto através do contexto religioso que a representa. É uma tentativa de conciliação entre dois mundos que, no cenário atual, não conseguem dialogar. "Toda Noite Estarei Lá" é dirigido por Suellen Vasconcelos e Tati Franklin, cineastas do Espírito Santo. Esse é o primeiro longa-metragem da dupla. O projeto recebeu sete prêmios incluindo melhor direção no 12º Olhar de Cinema. Estreia nos cinemas em 30 de maio.

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90% dos brasileiros acham que as mudanças climáticas afetarão mais as pessoas

Relatório da PwC Brasil e do Instituto Locomotiva revela que 89% dos brasileiros acham que empresas devem combater as mudanças climáticas Um estudo inédito realizado pela PwC Brasil e pelo Instituto Locomotiva indica que nove em cada 10 brasileiros avaliam que o ser humano será cada vez mais afetado pelos eventos extremos das mudanças climáticas. Metade dos brasileiros afirmam já serem afetados por episódios como alagamentos na rua nos últimos cinco anos. Frente a esse cenário de riscos, 89% considera que as empresas deveriam adotar práticas sustentáveis de combate às mudanças climáticas. Para o relatório, os institutos entrevistaram 1,5 mil pessoas, no período de 26 de março a 10 de abril. O estudo é anterior ao desastre ocorrido no Rio Grande do Sul. A tragédia vivida no sul do País deve ampliar essa percepção acerca dos riscos de enchentes. Mudanças climáticas já afetam a vida de muitos brasileiros nos últimos cinco anos 18% já tiveram a casa invadida por enchentes 38% dos brasileiros afirmam que ficaram "presos" em casa ou em algum estabelecimento por conta de enchentes/alagamentos  8 em cada 10 afirmam ter notado chuvas mais fortes do que o habitual 63% têm receio de ter a casa invadida pela água 74% temem sofrer alagamentos na rua em que moram ou trabalham Impactos afetam de forma diferentes as classes sociais 50% dos cidadãos das classes DE já vivenciaram mais alagamentos onde moram 46% das classes AB já enfrentaram alagamentos onde moram 52% dos negros já enfrentaram alagamentos nos últimos anos, ante 46% dos brancos.  Percepção e soluções A percepção sobre as mudanças climáticas é uma realidade para a maioria dos brasileiros: 81% atribuem esse fenômeno às ações humanas. Questionados sobre o aumento de alagamentos ou enchentes, 76% observam esse fato na cidade onde vivem e 95% acreditam que as atividades humanas são a causa. Mauricio Colombari, sócio responsável pela área de sustentabilidade da PwC Brasil, destaca a necessidade de planos climáticos robustos devido aos últimos acontecimentos. "A mitigação das mudanças climáticas falhou em nível global, e, portanto, já passou da hora dos governos se concentrarem na adaptação, com foco nos riscos trazidos por essas mudanças, assim como nos planos de contingência. A essa altura, a magnitude dos investimentos necessários para esse processo de adaptação representa um desafio enorme para os governos em todos os níveis.”   

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O que fazer para o Recife não repetir Porto Alegre?

*Por Francisco Cunha Entre as décadas dos anos 40 a 70 do século passado, as cidades de Porto Alegre (em 1941 e 1967, sobretudo) e do Recife (em 1966 e 1975, principalmente) foram vítimas de grandes enchentes que deixaram a maior parte dos seus territórios debaixo d’água, impingindo desolação às milhares de pessoas atingidas. No caso do Recife, a decisão técnica considerada mais adequada para a proteção contra as cheias foi a construção de grandes barragens na bacia do Rio Capibaribe (Tapacurá, Goitá e Carpina). Isso, de fato, defendeu a cidade e, desde 1978, quando o sistema de proteção por barragens foi concluído, o Recife não sofre nenhuma grande enchente provocada pelo Capibaribe. Já no que diz respeito a Porto Alegre, a solução, pelo que ficamos sabendo por conta da tragédia atual, foi construir uma barreira de proteção em torno da parte baixa da cidade, incluindo o seu centro, às margens do Lago Guaíba. Esse sistema de proteção é composto por 68 quilômetros de diques e um muro de concreto armado de 3 metros de altura na Avenida Mauá onde não há largura suficiente para colocar uma barreira de terra como no restante da área protegida, além de 14 comportas e 23 casas de bomba. Esse sistema parece ter funcionado a contento até que se deu o dilúvio atual provocado por um nível de precipitações recorde nas bacias dos rios que desaguam no Lago Guaíba, os principais do estado. Aí, acontece o inaceitável: a vedação dos portões (comportas) do muro e as bombas de esgotamento da água de refluxo falharam, pelo que dizem os especialistas, por falta de manutenção. Houve grandes vazamentos nas comportas, tendo uma delas, inclusive, rompido pela força da água. Segundo a prefeitura, das 23 estações de bombas, 19 tiveram de ser desligadas em razão de inundação das dependências e por risco de “choque elétrico”. Guardadas as devidas proporções, seria como se as comportas das barragens que protegem o Recife das cheias do Capibaribe, por falha de manutenção, deixassem passar toda a água que deveriam reter, inundando a cidade como em 1975… O risco do Recife repetir Porto Alegre em termos de inundação não está propriamente em falhas do sistema de proteção de enchentes dos rios que deságuam na capital, já que o do sistema pernambucano tem-se mostrado mais seguro ou, no mínimo, menos vulnerável a descasos tão danosos quanto os verificados em Porto Alegre. O risco do Recife está mais relacionado, por um lado, à intensificação das precipitações com deslizamentos de encostas e alagamentos decorrentes e, por outro, no médio e longo prazos, à subida do nível do mar em decorrência do aquecimento global. De fato, o Recife é considerada a cidade brasileira mais baixa em relação ao oceano (média de apenas 4 metros acima do nível do mar, contra 10 metros de Porto Alegre, por exemplo) e já foi classificada pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) da ONU como a 16ª cidade mais vulnerável do planeta às mudanças climáticas por conta da elevação do nível dos oceanos. Diferentemente também de Porto Alegre, o Recife já começou a tratar, de forma estruturada, o problema da regeneração urbanística pela via ambiental com o desenvolvimento da pioneira pesquisa urbana aplicada que resultou no Parque Capibaribe, o mais importante plano ambiental-urbanístico da história do Recife. Esse plano, por intermédio do que se poderia chamar do “urbanismo-lego”, aquele que produz o “desenho” geral do “quebra-cabeças” que se pretende montar e permite a colocação de cada “peça” à medida que surge a oportunidade e/ou os recursos disponíveis para executá-la. Com este conceito é que já foram “colocadas” as “peças” ou conjunto de “peças” do Jardim do Baobá em Ponte D’Uchoa, da Praça Otávio de Freitas na frente do memorial da Medicina no Derby, do Parque das Graças, dos Jardins Filtrantes no Parque do Caiara na Iputinga e do Cais da Vila Vintém perto do Shopping Plaza no Parnamirim, sem falar das Praças da Infância, influenciadas pelos conceitos desenvolvidos pelo Parque Capibaribe, em especial os aplicados no Parque das Graças. Todos dentro do “desenho” geral do Parque Capibaribe que prevê uma zona-parque de 500 metros de cada lado do Rio (contados a partir do seu eixo) de cerca de 15 km (30 km se consideradas as duas margens), desde a entrada do Capibaribe no Recife (na Várzea) até sua chegada ao oceano (no Bairro do Recife). A importância da pesquisa que produziu o Parque Capibaribe foi não só relevante por ter produzido o desenho do “quebra-cabeças” do plano como também por ter lançado a hipótese de que, a partir da experiência bem-sucedida do Parque, o Recife tem o potencial de vir a tornar-se uma cidade-parque no horizonte do seu aniversário de 500 anos em 2037, o da primeira capital brasileira a completar cinco séculos. Uma cidade-parque capaz de, não só se regenerar urbanisticamente pelo verde (com parques, praças, jardins e ruas fartamente arborizadas), como também proteger-se eficazmente contra as mudanças climáticas com soluções baseadas na natureza. Neste sentido é que a Prefeitura do Recife e a UFPE, com o envolvimento direto do Laboratório da Paisagem e do Departamento de Oceanografia, firmaram um novo convênio para a realização de uma outra pesquisa, já em andamento, intitulada Recife Cidade Parque – Plano de Qualidade da Paisagem, que preconiza a extrapolação do conceito do Parque Capibaribe (que “corta” o território, mais ou menos, no meio geográfico da cidade) para o norte, com o Parque Beberibe, e para o sul, com o Parque Tejipió (onde, inclusive, como se pode ver na reportagem de capa desta edição da Algomais, já está em curso o programa ProMorar com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento com o objetivo de adequar a macrodrenagem da bacia às novas exigência do clima). Além desses três parques, um quarto, o Parque Marinho (na frente atlântica da cidade) também está sendo estudado com o objetivo específico de criar uma proteção face ao aumento do nível do mar. Ou seja, diante do fato, que tudo faz crer irreversível, de que as mudanças climáticas

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Revista Algomais capa 1

Rotina de atividades físicas traz série de benefícios à pele

Caro leitor, sabemos que você é um praticante de atividades físicas e tem consciência, portanto, do quão bem à saúde e ao seu bem-estar geral está fazendo ao manter tal rotina. Mas sabia que a sua pele também agradece aos treinos que vem fazendo? Quem mantém o hábito regular, em poucos meses, já percebe mais viço e beleza - e não é impressão. É que há melhoras na circulação, renovação e nutrição das células epiteliais, ação antioxidante e, por isso, a pele fica mais hidratada, de cor vívida, textura macia e, claro, mais saudável. Segundo a dermatologista Marina Coutinho, o principal motivo dessa lista robusta de benefícios é que as atividades físicas aumentam o fluxo sanguíneo das células e melhoram a oxigenação dos tecidos. “Produzimos mais substâncias químicas, como o hormônio do crescimento e L-Glutamina, que têm grande ação antienvelhecimento, sendo a musculação a atividade que melhor nos dá essa resposta”, explica. O importante, na verdade, é se mexer. Durante o movimento de qualquer exercício, há constante renovação, fortalecimento e regeneração de estruturas que dão tonicidade à pele. “Dessa forma, reduzimos o risco de flacidez ou o aparecimento de rugas. Ganhamos em firmeza e elasticidade, com a produção constante de colágeno e elastina. E a ação antioxidante está diretamente ligada ao aumento da produção de enzimas bloqueadoras dos radicais livres, agentes que provocam envelhecimento e doenças”, diz a dermatologista. Isso tudo sem contar com um importante fator hormonal: durante as atividades físicas, nosso corpo libera endorfina, conhecido como o hormônio da felicidade, que reduz a percepção da dor e desencadeia sentimentos de euforia. Aí temos uma reação em cadeia: melhora a imunidade, a qualidade do sono, alivia a ansiedade e o estresse. Tudo isso nos proporciona bem-estar. “A serotonina (hormônio que regula sono e humor) e a endorfina também proporcionam uma melhora significativa na pele. Os dois aumentam e agilizam o processo de recuperação cutânea. Afinal, prazer e felicidade são os melhores e mais eficazes tratamentos para conquistar uma pele mais saudável”, revela Marina. Suando a camisa Benefícios e malefícios da transpiração Transpirar nos faz bem! Quem se exercita, bebe bastante água e libera suor, além de aumentar o gasto metabólico e liberar toxinas provenientes de uma má alimentação e da ingestão de bebida alcoólica, por exemplo. Mas um importante alerta: o suor resseca a pele e os cabelos. Por isso, acabou o exercício, corre para tomar uma ducha e tirar a roupa que estava usando, pois as peças suadas podem ser transmissoras de fungos e bactérias. Cabeleiras Hidrate os fios e use acessórios maleáveis Para as madeixas, a dica é passar um leave-in (creme), um produto com silicone, antes da atividade, que vai fazer uma película protetora. Como é difícil se exercitar com os cabelos soltos, atenção na hora de escolher como amarrar ou fazer um penteado. Varie as maneiras de prender, para não ficar marcado. Prefira acessórios mais maleáveis, que não maltratem nem apertem os fios - uma boa saída são os feitos com cetim. Rotina é tudo Ao ar livre Para quem gosta de caminhadas, funcional, tênis e beach tennis A limpeza e proteção da pele são importantes em todas as situações, independente da prática de esportes ou não. Os que fazem atividades ao ar livre e estão expostos ao sol, a proteção solar deve ser feita no corpo inteiro, não apenas no rosto e antes de sair de casa (sem roupa), também fazer reposição ao longo da atividade. Lembrar de áreas comumente esquecidas, como orelhas e pescoço. Corrida: moda que veio e ficou! De manhã Lavar, hidratar e proteger Antes, o ideal é lavar o rosto com um sabonete neutro ou específico para seu tipo de pele. Isso porque os produtos aplicados à noite devem ser removidos. Em contato com o sol, eles podem manchar ou arder. Depois, aplicar hidratante e, somente em seguida, usar um protetor solar com alto FPS e proteção UVA – de preferência com resistência à água e ao suor. Para correr à noite Lavar e hidratar Comece tirando a maquiagem do dia e lave o rosto. O uso do protetor solar é dispensável, mas não renuncie a um hidratante com propriedades antioxidantes. Depois do treino, o ideal é lavar bem o rosto e, se tiver pele mais oleosa, utilizar produtos com ácido salicílico. O hidratante vem logo em seguida, e as corredoras com a pele seca devem optar por produtos mais pesados, enquanto os indicados para as com pele oleosa são os mais leves, com absorção rápida. Tchibum Natação e hidroginástica Para os que fazem atividades aquáticas pela manhã ou à tarde, o protetor solar deve estar sempre à mão - e vale a mesma regra de usar o item ainda em casa, antes de colocar a roupa de banho. Manter os cabelos dentro da touca, sem molhar - cloro e outros produtos utilizados para a limpeza e manutenção da água agridem os fios, especialmente os que já sofreram ação química (coloração e tratamentos). Ao término, novamente, tomar uma ducha e tirar maiô/biquíni/calção quanto antes - nada de apenas se secar com toalha, para não correr risco de dermatites e micoses.  Marina Coutinho é médica dermatologista @dermatomarinacoutinho Tecidos tecnológicos nas roupas fitness: confortáveis, respiráveis e sustentáveis Por Roberta Imperiano Toda roupa é um meio de comunicação onde códigos sociais econômicos culturais são lidos intuitivamente por quem lhe ver. E quando você não está nem aí, nega o cuidado mínimo com o que você veste, está comunicando também. O descuido as vezes é uma forma de desprezo com o outro. Você malha a mais de 10, 20 anos? Então é do tempo da @lycra e acompanha a evolução dos tecidos e materiais para se exercitar! Os novos tecidos “respiram”, são antibactericidas, de bamboo, dry fit, pets etc. É inegável o conforto que esses materiais nos trazem, principalmente em uma região tão quente como a nossa.Todo o estudo para melhoramento dos materiais para roupas e acessórios vem das pesquisas feitas para os esportes que sempre investiu pesado para aumentar a performance e

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Armazém da Criatividade: Porto Digital de mudança para centro de Caruaru

O Armazém da Criatividade, braço do Porto Digital na Capital do Agreste, mudará de endereço. A infraestrutura atual no Polo Caruaru, será transferida para o prédio do Espaço Cultural Tancredo Neves, na região central da Capital do Agreste. A previsão de operação no novo espaço é no primeiro trimestre de 2025. Não se trata apenas de uma troca de endereço. A mudança para o centro da cidade dialoga como o DNA do Porto Digital, que é contribuir para o desenvolvimento do território urbano, com a circulação de profissionais, estudantes e atração de empresas de startups. O Recife Antigo, por exemplo, tem uma dinâmica completamente diferente com a vida desse ecossistema de inovação na ilha. O Armazém da Criatividade é um hub de inovação gerido pelo Porto Digital com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo de Pernambuco. Além da decisão dos seus gestores para a transição, essa virada de chave contará com recursos do Finep e a cessão do imóvel pela Prefeitura de Caruaru. Pierre Lucena, presidente do Porto Digital “Integrar ações ao território sempre foi uma diretriz fundamental para o Porto Digital no Recife e agora teremos a mesma oportunidade em Caruaru. O novo espaço será mais acessível, mais inclusivo e promoverá inovação e impacto para toda a região. Esse novo Armazém da Criatividade terá mais integração com a cidade, pois está localizada no Centro, e inclui o restauro dos arredores. Neste espaço, nós iremos desenvolver inovação para Caruaru, Pernambuco e também para todo o país. Precisamos fazer a interiorização do Porto Digital e este é um importante passo neste sentido"”. Mauricélia Vidal Montenegro, secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado “A mudança representa uma decisão estratégica voltada para fortalecer e facilitar o acesso dos empreendedores, estudantes e entusiastas da inovação às ferramentas e recursos essenciais para o sucesso de seus projetos. Ao nos posicionarmos mais próximos das instâncias de ensino, ciência e tecnologia, estamos criando um ambiente propício para a colaboração, o intercâmbio de ideias e o florescimento de novas iniciativas". Inscrições vão até 23 de maio para vagas do Instituto PROA de tecnologia no Grande Recife O Instituto PROA prorrogou as inscrições para a terceira turma do curso gratuito de capacitação profissional para jovens moradores da região do Grande Recife. Para participar, os interessados precisam estar cursando ou terem concluído o 3º ano do Ensino Médio na rede pública. As inscrições irão agora até o dia 18 de maio e podem ser feitas no site da organização: https://www.proa.org.br/proprofissao. Os jovens receberão notebook emprestado, uniforme, mochila, vale-transporte e todo suporte necessário para acompanhar as aulas - que acontecerão de segunda a sexta-feira no período da tarde (14h às 18h) no Senac Recife (Av. Visconde de Suassuna, 500, Santo Amaro – PE). O curso tem duração de seis meses e é semipresencial.  PLACAS DO BRASIL LANÇA NOVA COLEÇÃO NO RECIFE A Placas do Brasil (ES), indústria brasileira especializada em painéis de MDF de alta qualidade, apresenta a Coleção Vozes, que será lançada em Recife no dia 23 de maio. Inspirada na Amazônia, a nova coleção reflete a união entre natureza e arte, com padrões únicos que capturam as vozes da floresta. Desenvolvida ao longo de mais de um ano de pesquisa intensa, a coleção inclui 11 padrões inéditos, reproduzindo com precisão os detalhes naturais graças ao escaneamento de materiais nativos brasileiros. A Coleção Vozes promete trazer a alma da floresta para os lares brasileiros, transformando mobiliário em peças de conforto e bem-estar. Connectoway participa de evento de CIOs de empresas públicas, em Florianópolis A Connectoway, empresa do ramo de Telecom, marca presença no CIO Brasil GOV, evento exclusivo para CIOs de empresas públicas, que ocorre de 22 a 26 de maio, em Florianópolis. O evento vai contar com painéis e debates sobre a adoção de tecnologias no setor governamental, estratégias para fortalecer a segurança cibernética digital, inovação, além do papel da Inteligência Artificial na administração pública. Cerca de 120 CIOs (Chief Information Officer) de todo o Brasil estarão presentes no CIO Brasil GOV, entre eles o head de enterprise da Connectoway, Paulo Frosi.

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mulher forte

O vídeo que mudou a minha vida

Por Manu Siqueira Quem me acompanha por aqui já sabe que mudei de casa e de bairro há três meses. Casinha nova, hábitos novos, pensei. Ledo engano. A correria do dia a dia e as demandas intensas nem sempre permitem que mulheres frequentem, regularmente, uma academia de ginástica. Ainda mais, mulheres como meu tipo que é aquele que quando sente vontade de me exercitar, deita e espera a vontade passar. Não que eu seja uma preguiçosa profissional, mas também estou longe de ser uma atleta. Mas, acredite: não sou sedentária. Fiz dança popular na infância e na adolescência e retomei essa antiga paixão, em 2022, mas tive que parar devido a uma lesão no joelho. Depois que fui mãe, também fiz aulas regulares com uma personal trainer, em um grupo de mulheres, no antigo condomínio em que morava. Aulas sempre eram regadas a movimento e dança. E antes da pandemia, ainda frequentei uma academia, embora fosse apenas para as aulas de dança. A minha relutância sempre foi com a tal da musculação. Ô prática insuportável. Como uma pessoa pode pagar caro para sofrer levantando peso? Nunca consegui entender essa lógica. Até que um dia, tudo mudou. Primeiramente, me mudei para uma rua que tem uma academia a 100 metros de onde eu moro. Então, já não podia resmungar que era longe e que perderia tempo para me deslocar. No caminho para o supermercado, a gente sempre flertava. Eu olhava para a academia e dizia: será que um dia eu vou conseguir ter prazer fazendo musculação? Nas caminhadas, e até nas poucas corridinhas que arrisquei, a tal da endorfina nunca me visitou. Ficava esperando o frenesi que todo mundo sentia e...nada. Isso me desestimulava demais. Pois bem, uma noite, zapeando o Instagram, me deparei com um vídeo da jornalista e influencer Viviane Rolemberg. Viviane, aos prantos, com roupa de ginástica e uma toalhinha na nuca, destilava toda angústia e raiva que estavam também dentro dela e, de alguma forma, também dentro de mim. Choramos juntas. Ela falava no vídeo que toda a sua família era sedentária e que ela é a primeira mulher a romper esse padrão. Mas não é fácil, sabemos. É sofrido, é dolorido, é um processo, às vezes, bastante lento. E o nosso objetivo era o mesmo: não perder a autonomia durante a velhice. Nunca pensei em me exercitar para ter a barriga estilo tanquinho, e sim, para poder respirar e dormir melhor, sentindo menos dores no corpo. Ao contrário da família de Vivi, minha mãe sempre se exercitou. E sempre admirei isso nela. Sempre pensei: “sou das artes, fiz teatro, fiz curso de expressão corporal, nunca vou gostar de musculação”. Isso é verdade. Talvez eu nunca consiga gostar de levantar peso, mas, aos 47 anos, entendi que, se quero chegar aos 80 sem precisar usar cadeira de rodas ou muletas, eu vou precisar fortalecer os meus músculos. Não há escapatória. É isso ou isso. Ainda não consigo frequentar regularmente a academia, mas já dei o primeiro passo: eu me matriculei e estou frequentando uma aula de dança semanal. Depois sigo para a musculação e tento alternar os dias em que pego no pesado. Em uma hora e meia, eu consigo avisar ao meu corpo que ele não está mais morto, e sim, segue vivíssimo e pronto para novas aventuras. Quando eu não consigo ir à academia, tento pegar meia hora livre para me alongar, dançar ou “mexer o esqueleto” de alguma forma. Trabalhar escrevendo em frente a um computador o dia inteiro, como é o meu caso, pode trazer sequelas imensas para a coluna, pés, pernas, braços e ombros. Por isso, eu convido você a ler essas palavras com carinho, assim como eu assisti ao vídeo da Vivi. Reflita e veja o que você pode mudar agora. Precisamos plantar bem para termos uma colheita farta. Quem sabe eu não me transforme naquelas mulheres 60+ que escalam montanhas ou pedalam com vigor e paixão pela vida? Acho que, no final das contas, é isso. Se exercitar é manter viva a paixão pela vida. Vamos juntas? Ah! E para quem teve curiosidade, o vídeo da Viviane Rolemberg está disponível no Instagram: @reviravivi

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Francisco Cunha é o entrevistado no episódio de retorno do Pernambucast

O Pernambucast, podcast da Revista Algomais, retorna com uma temporada especial sobre "Gestão e Carreiras". No episódio de reestreia, agora em novo formato, os jornalistas Cláudia Santos e Rafael Dantas entrevistam o consultor da TGI Francisco Cunha. Com mais de 30 anos de atuação em consultoria, Francisco Cunha desvenda alguns mitos sobre "Governança e Planejamento Estratégico". O consultor compartilha algumas experiências e traz orientações sobre a montagem de um plano para as empresas. Nessa temporada sobre Gestão e Carreira, a equipe de redação da Algomais entrevistará os sócios da TGI Consultoria em Gestão. Os episódios serão publicados quinzenalmente no canal do YouTube da Algomais e no nosso site.

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