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Wearables: tecnologia a favor do fitness e wellness

Transforme sua rotina com a revolução dos wearables. O avanço tecnológico está remodelando o cenário do Fitness e do Wellness. Descubra como os dispositivos vestíveis estão transformando vidas e o que esperar até 2025. O que são wearables e como eles impactam sua saúde? Os wearables, ou dispositivos vestíveis, já não são mais uma tendência do futuro, mas uma realidade consolidada no presente. Estes aparelhos, como smartwatches, pulseiras fitness e até roupas inteligentes, ajudam a monitorar indicadores de saúde, como frequência cardíaca, qualidade do sono e níveis de estresse. Para Henrique Pimentel, especialista em inovação tecnológica, os wearables não são apenas gadgets: “Esses dispositivos estão transformando a forma como cuidamos da nossa saúde, integrando tecnologia de ponta com um propósito claro: melhorar a qualidade de vida.” Cenário atual Com mais de 1 bilhão de wearables vendidos em 2023, o mercado vive um crescimento exponencial. Segundo um relatório da Statista, o setor movimentou aproximadamente US$ 81,5 bilhões este ano. O principal motivo desse boom? A crescente preocupação com bem-estar e performance. Os dispositivos não só monitoram dados, mas também oferecem insights personalizados. Por exemplo: Henrique Pimentel comenta: “A personalização é a chave. Cada dado coletado é uma oportunidade para ajudar o usuário a alcançar metas específicas, seja emagrecimento, ganho de massa muscular ou redução do estresse.” Projeções para 2025 Até 2025, espera-se que os wearables estejam ainda mais integrados ao ecossistema de saúde. Aqui estão algumas previsões: Henrique Pimentel prevê: “No futuro, wearables estarão integrados ao sistema de saúde pública, ajudando a prevenir doenças e reduzir custos hospitalares.” Como escolher o wearable ideal Defina seus objetivos: precisa monitorar treinos, saúde ou ambas? Considere a compatibilidade: o dispositivo deve funcionar bem com o seu smartphone ou plataforma preferida. Verifique a durabilidade da bateria: ideal para quem pratica esportes intensos ou longos. Busque funções específicas: detecção de estresse, ECG ou GPS integrado, dependendo de suas necessidades. Leia avaliações: plataformas como o TechRadar oferecem análises detalhadas. Os wearables estão moldando uma nova era no cuidado com a saúde. Mais do que ferramentas tecnológicas, são aliados no caminho para um estilo de vida mais saudável e equilibrado. “A união entre tecnologia e saúde nunca foi tão poderosa. A revolução dos wearables apenas começou, e seu impacto será ainda maior nos próximos anos,” conclui Henrique Pimentel. Quer melhorar seu bem-estar? Aposte em um wearable e experimente a revolução da tecnologia ao seu alcance. Henrique Pimentel é especialista em inovação tecnológica @hdgpimentel Manter o peso perdido é um desafio para os pacientes, diz especialista O reganho de quilos precisa ser compreendido com base na ciência para ser enfrentado com eficiência Manter o peso após o emagrecimento é tão desafiador quanto perder os quilos a mais na balança. Por isso, o reganho de peso não pode ser assunto tabu e precisa ser discutido com informação responsável. Mas, afinal, por que é tão difícil manter o peso perdido? Vários fatores colaboram para esse fenômeno. Um deles encontra explicação em nosso cérebro. Lá dentro, o hipotálamo entende que perder peso é algo ruim do ponto de vista da sobrevivência, pois a gordura é sinônimo de energia. Logo, se a pessoa perde energia, corre o risco de morrer.A partir desse mecanismo, o que o hipotálamo faz? Vai fazer de tudo para trazer de volta o peso corporal mais próximo ao peso máximo que a pessoa já teve na vida. Além disso, também é importante destacar que quando perdemos peso em um curto espaço de tempo, existe um aumento da fome em torno de quase cem calorias por quilo de peso. Essa engrenagem funciona em qualquer método de emagrecimento.  Mas na cirurgia bariátrica acontece algo diferente. O aumento da fome é registrado também, mas ao invés de cem calorias por quilo de peso, o aumento da fome vai ser de trinta calorias por quilo de peso. A bariátrica proporciona a regulação da ação do hipotálamo em obrigar nosso corpo a buscar o peso máximo. Por isso a intervenção é considerada mais eficaz, seja do ponto de vista do peso perdido ou da manutenção dele. “Importante entender esse conceito porque muitas pessoas ainda veem a cirurgia de forma equivocada. Para elas, a fome e a vontade de comer são as mesmas de antes da cirurgia, mas existe uma barreira pela diminuição do tamanho do estômago. Isso não é verdade. Com a bariátrica, passa a existir também impacto dos hormônios no cérebro, o que é fundamental para entender a eficácia da cirurgia. Porque a intervenção não é só voltada à mudança na anatomia do trato digestivo. Há mudanças hormonais, metabólicas, entre outras”, explica a cirurgiã Luciana Siqueira. A médica reforça, ainda, que nenhum estudo demonstrou que essa adaptação buscada pelo hipotálamo se dissipou com o tempo. Ou seja, o corpo sempre vai tentar retornar ao peso máximo. O alerta também vale para o “combo” falta de exercício físico, ansiedade e compulsão alimentar, considerado de alto risco para o paciente que perdeu peso. “É preciso entender que o exercício físico diminui a ansiedade, pois libera endorfina e ajuda a reduzir a vontade de comer”, completa a médica. O debate, diz Luciana Siqueira, é importante para evitar a culpabilização das pessoas em processo de enfrentamento da obesidade e a armadilha de métodos “milagrosos” de emagrecimento. Luciana Siqueira é cirurgiã bariátrica. @dralusiqueira | https://bariatricarecife.blog.br Minha dose de saúde para 2025 é... Minha dose de saúde para 2025 é focar, principalmente, nas caminhadas. Nelas, além de realizar a prática de uma atividade física, consigo me conectar comigo mesma e com a natureza.  Estou sempre buscando lugares que tragam paisagens naturais para caminhar.  Seja na praia, quando estou em viagens ou feriados, seja nos parques que hoje a cidade do Recife oferece.  Como moradora de Casa Forte, uso muito os equipamentos próximos, como o Parque Santana e o novíssimo Parque do Poço.  Acho uma delícia caminhar por lá quando chega a tardezinha. 2025 promete muitas transformações e estou em busca, sempre, do que se transforma para o bem e para minha evolução pessoal e profissional.  Sei que na

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Recifitness e Recife Nutrition 2024 prometem movimentar o setor de academias e nutrição em Pernambuco

A Recifitness e a Recife Nutrition ocorrerão nos dias 28 e 29 de setembro, das 10h às 20h, no Recife Expo Center, área central da cidade, e contará com a participação de 60 expositores de maquinários e equipamentos para academias, boxes, centros de treinamentos; roupas de ginástica, suplementação, alimentação saudável, tecnologia gym, serviços de bem-estar e saúde, a Batalha das Academias, que é um game show de dança e a novidade deste ano: a Batalha de Cross, competição de cross training. 10 mil pessoas deverão visitar as feiras, durante os dois dias, baseado em números das edições anteriores. A Recifitness se destaca como um evento essencial para o trade fitness em Pernambuco, reunindo especialistas, profissionais e fãs do setor. A publicitária Juliana Medeiros, coordenadora geral da feira, destaca a importância do evento para a comunidade local. "A Recifitness se consolidou como um ponto de encontro essencial para que todos os profissionais de academias, nutricionistas e atletas possam se conectar, compartilhar conhecimentos e explorar novas tendências no setor. A feira é uma oportunidade única para atualizar-se sobre inovações, técnicas e produtos que estão moldando o futuro do fitness em nossa região”, revela. As feiras, também por estatísticas passadas, devem movimentar R$ 5 milhões na rodada de negócios. Já estão confirmados 14 estandes só de maquinários e equipamentos de academia, sendo o ticket médio de negociação em cada marca expositora, de R$ 500 mil, atingindo principalmente empresas do nordeste com grandes holdings do sudeste. As negociações começam durante os eventos e seguem até 30 dias posteriores. “Há salas vips com empresários e representantes das marcas para realizar a transação comercial”, informa Juliana Medeiros. O setor de suplementação nutricional e alimentação saudável tem se destacado, principalmente pelo fato das pessoas pesquisarem mais sobre qualidade de vida. "Neste ano, cresceu em 20% a procura por expositores de alimentos veganos. Grandes marcas de suplementos esportivos já garantiram presença, alimentos integrais e orgânicos e energéticos”, destaca a nutricionista Thay Miranda, coordenadora acadêmica da Recife Nutrition. Serviços gratuitos Pela primeira vez o SEST/SENAT estará como expositores da Recifitness oferecendo serviços gratuitos de bem-estar e saúde: aferição de pressão, massagem, ventosaterapia, auriculoterapia e consultas com nutricionista. Recifitness: atualização para gestores de academias e personal trainer Neste ano, a Recifitness traz uma série de cursos e palestras especialmente voltados para a gestão de academias, marketing e inteligência artificial. Todos os eventos oferecem certificação digital e são reconhecidos como horas complementares, proporcionando não apenas conhecimento atualizado, mas também um acréscimo valioso ao seu currículo profissional. "Estamos muito animados com a programação deste ano na Recifitness. A integração entre gestão de academias, marketing e inteligência artificial é fundamental crucial para o sucesso no setor fitness moderno. Nossos cursos e palestras foram cuidadosamente elaborados para fornecer insights práticos e estratégias inovadoras que ajudam os profissionais a se destacarem em um mercado competitivo. A certificação digital e a validação como horas complementares são apenas um bônus adicional, assegurando que o aprendizado seja tanto enriquecedor quanto reconhecido no ambiente acadêmico e profissional", informa Ítalo Mesquita, que é profissional de educação física e coordenador acadêmico da Recifitness. Cursos e palestras da Recifitness: “marketing e fitness: o desenvolvimento e modernização de vendas para academias” (Rodrigo Cavalcanti e Roberto Azevedo), “cirurgia bariátrica: desmistificando seus benefícios e malefícios dentro da visão do treinamento” (Priscila Cartaxo), “o futuro da gestão das academias com a inteligência artificial: do planejamento à execução de sucesso” (Leandro Batista), “as novas compreensões sobre a hipertrofia na medicina: a hora de mudar o foco” (Matheus Baltar), “o que não te contaram sobre o marketing digital: o que há de novo no ramo do mercado digital para o ramo fitness” (Felipe Pereira). Recife Nutrition: nutrição, alimentação e suplementação Além das diversas exposições e workshops, a feira contará com a Recife Nutrition, que tem a coordenação acadêmica da nutricionista Thay Miranda. Esta seção da feira será dedicada a explorar o mundo da nutrição, suplementação e alimentação saudável. Thay Miranda fala sobre a importância dos cursos e atividades que serão oferecidos: "A Recife Nutrition é uma parte vital da Recifitness. Oferecemos uma série de cursos e workshops para profissionais de nutrição, atletas e qualquer pessoa interessada em melhorar sua dieta e saúde. Estes cursos são projetados para fornecer informações práticas e atualizadas sobre nutrição esportiva, suplementação e hábitos alimentares saudáveis. Acreditamos que, com o conhecimento certo, todos podem alcançar seus objetivos de saúde e bem-estar", diz. Cursos e palestras da Recife Nutrition: “estratégias eficientes no fisiculturismo: bulking, cutting, finalização e pós-competição do atleta” (Rodrigo Moreira), “os 4 pilares de emagrecimento em mulheres com SOP” (Carol Faria), “microbiota intestinal e exercício (Hayane Leite), “marketing aplicado à nutrição: da captação ao consultório (Nutri Fofo), “emagrecimento e metabolismo (Dudu Haluch). Expositores da Recifitness e Recife Nutrition em 2024 Bad Bull, Frutis, Vitalli Fitness, Red Lion Nutrition, Lion Fitness, Shopping Fitness, Total Health, Cref12/PE, Square Tech, Fitness e Praia, BSCross, Lojão Fitness, LocFit, One Pro Fitness, Pharmapele, GOB Fitness, AM Fitness, Playfit, Açaíse, Protein Lounge, Bistrô Fit, Loffee, Food Mix, Hosta La Pizza, Mamtrara, Verde Mente, Ki Churros, Vaccine, La Builder, Com amor, Mariana, Tubiba, Samed, Space Totem, Grupo SVM, GO Mark, Loop, Gladark, Banco do Nordeste, Tecnografic, Climatizadores Vent Brisa, MoviCidade, Fênix, SEST/SENAT, LiminaFit, R-Cárdio, VO6 Fitness, Savory, Bokus, Fábrica Play, Imperious, MVB Distribuidora, Frostym, entre outras. Tecnologia e inclusão Tecnologia - A SVM, reconhecida por sua inovação no setor de tecnologia para academias, se destaca na Recifitness 2024 com soluções que prometem transformar a gestão e a experiência dos centros de fitness. Especializada em softwares de gerenciamento de academias, a empresa oferece ferramentas avançadas para otimização de processos, controle de frequência e personalização de treinos, visando não apenas a eficiência administrativa, mas também uma experiência mais rica e envolvente para os usuários. Com seu compromisso em trazer tecnologia de ponta para o setor fitness, a SVM se posiciona como um parceiro estratégico para academias que buscam inovação e excelência no atendimento ao cliente. Fitness para crianças com ou sem autismo A Movicidade, uma iniciativa voltada para atividades físicas inclusivas,

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Batalha entre Kellogg's e Post é tema de filme da Netflix

O que esperar de um filme escrito, dirigido, produzido e estrelado por Jerry Seinfeld? O cara é simplesmente o criador de uma das melhores séries de comédia de todos os tempos, a que leva no título o seu sobrenome. Saber disso só aumenta a decepção pelo resultado de A Batalha do Biscoito Pop-Tart, produção original Netflix. A história acompanha a guerra entre duas empresas americanas do ramo de cereais, Kellogg's e Post. Elas correm contra o tempo para descobrir a receita ideal de biscoito que fará grande sucesso nos cafés da manhã de crianças americanas. Seinfeld interpreta Bob Cabana, executivo da Kellogg’s responsável pela difícil missão. Do outro lado da trincheira de cereais está Marjorie Post, chefe da empresa rival, interpretada pela comediante Amy Schumer. Volto à pergunta lá do início: o que esperar de um filme escrito, dirigido, produzido e estrelado por Jerry Seinfeld? Decepção seria a última coisa, mas é o que acontece. As piadas não funcionam, algumas cenas parecem clamar por aquelas risadas de apoio tão comuns em sitcons. Provavelmente nem isso arrancaria qualquer risada do espectador. É duro dizer, mas "A Batalha do Biscoito Pop-Tart" mais parece uma cópia ruim de alguma comédia do Adam Sandler. Pouco demais, considerando a força do currículo do seu criador. O constrangimento é compartilhado pelo bom elenco. Hugh Grant encarna um ator de teatro que faz bico por baixo da fantasia de Tony the Tiger, famosa mascote da Kellogg’s. Em uma das poucas boas sequências do longa, o personagem lidera um protesto de mascotes contra os abusos da empresa. Melissa McCarthy interpreta uma desenvolvedora de produtos alimentícios, responsável por desenvolver o novo biscoito. O filme parece aplaudir a máxima do tudo pelo lucro, independente de quem sofrerá as más consequências. Não importa a quantidade de produtos químicos e conservantes acrescentados aos biscoitos. O importante é não deixar sobrar uma única caixa nas prateleiras dos mercados. No fim, sabemos muito bem quem sairá derrotado. Não será a Kellogg's, nem a Post.

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Patos: animação do mesmo estúdio de Minions chega ao Prime Video

Como dizia Abelardo Barbosa, nosso Chacrinha, “Nada se cria, tudo se copia”, conhecida frase inspirada em Antoine-Laurent de Lavoisier que certa vez afirmou: “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Isso vale para muita coisa na vida, inclusive para o audiovisual. Inspirada ou não nesse entendimento, chega ao Prime Video a animação Patos, do estúdio Illumination, o mesmo de Meu Malvado Favorito e Minions. “Pai inseguro superprotege os filhos e, com medo de que algo de ruim aconteça, impede que conheçam o mundo além de seu território”. Já viram algo parecido em algum lugar? Se pensaram em Procurando Nemo, acertaram. É o que acontece em Patos. A trama acompanha uma família de patos formada por Mack (Kumail Nanjiani), um pai superprotetor que tenta ao máximo convencer os filhos Dax (Caspar Jennings) e Gwen (Tresi Gazal) a não cruzarem a linha além do lago onde vivem. Mack é refutado por Pam (Elizabeth Banks), uma mãe cheia de coragem e com vibe de exploradora. A tranquilidade acaba quando um grupo de patos pousa na região e abre a possibilidade dos protagonistas conhecerem um mundo novo, mais especificamente a Jamaica. Dirigida por Benjamin Renner (A Raposa Má, Ernest et Célestine) e Guylo Homsy (Meu Malvado Favorito), a animação prende a atenção pelo carisma dos personagens principais e secundários e pela narrativa sempre em movimento, ora com boas piadas, ora com cenas de tensão. Coadjuvantes como a garça Erin (na versão brasileira dublada por Claudia Raia), personagem que protagonizaria tranquilamente qualquer filme de terror psicológico. Outro personagem é o Tio Dan (dublado pelo excelente Ary Fontoura), que no início dá a impressão de que será apenas um peso para os aventureiros, mas prova ser bom alívio cômico para a história. Voltando ao questionamento lá do início, ter uma sinopse parecida a de outra animação não é um problema. Até porque numa receita, o ingrediente principal pode ser trabalhado de diversas formas, o que contará no final será a criatividade. Patos é uma prova disso. É daquelas animações que merecem pedido de bis. Quem sabe, em breve, uma continuação? Patos está disponível no Amazon Prime Video.

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Documentário acompanha luta de mulher trans para expressar sua fé

Não são poucos os trechos bíblicos que mostram Jesus recebendo pessoas com amor. O evangelho de João conta que uma mulher samaritana, antes desprezada pela sociedade, foi acolhida pelo nazareno. O mesmo evangelho relata que uma multidão esfomeada foi saciada com pão e peixe multiplicados por ele. É triste notar que muitos que se dizem seus seguidores fazem o oposto. É o que mostra o documentário "Toda Noite Estarei Lá". O filme acompanha Mel Rosário, uma mulher trans que luta na justiça contra a liderança de uma igreja neopentecostal após sofrer agressão e ser impedida de frequentar os cultos. Filmado ao longo de quatro anos, entre 2018 e 2022, o doc mostra a jornada de Mel nos corredores da justiça e na frente da igreja protestando pelo direito de entrar no templo. Logo na cena inicial, a câmera fixa posicionada na frente do salão de beleza onde Mel trabalha exibe como num quadro a preparação para mais uma noite de protestos. De véu branco na cabeça, Mel coloca pra fora uma cadeira de plástico. Logo em seguida apoia nela um cartaz que denuncia: "Pastor desonra a lei". No plano seguinte, uma trilha sonora eletrônica marca o compasso da marcha em direção ao templo. A câmera fixa estará presente em outros momentos do filme. Os longos planos desvelam sem pressa a rotina da protagonista, marcada pela forte religiosidade. Cenas em que aparece de joelhos em oração ou pintando frases bíblicas na parede da sala. Os cuidados com a mãe dividem espaço com a prática religiosa. Cuidados refletidos na forma carinhosa em que pinta o cabelo da mãe, ou nas lágrimas que derrama ao receber dela uma oração. A jornada de Mel transcende a luta pelo direito de ir e vir, de praticar sua fé em absoluto através do contexto religioso que a representa. É uma tentativa de conciliação entre dois mundos que, no cenário atual, não conseguem dialogar. "Toda Noite Estarei Lá" é dirigido por Suellen Vasconcelos e Tati Franklin, cineastas do Espírito Santo. Esse é o primeiro longa-metragem da dupla. O projeto recebeu sete prêmios incluindo melhor direção no 12º Olhar de Cinema. Estreia nos cinemas em 30 de maio.

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Crítica: Uma Parede Entre Nós (Netflix)

Como seria apaixonar-se por alguém sem conhecer a aparência física, apenas ouvindo sua voz? Não estou falando de “Casamento às Cegas", famoso reality da Netflix. Essa é a premissa da nova produção da plataforma, a comédia romântica espanhola Uma Parede Entre Nós. O filme conta a história de Valentina, uma pianista que após um traumatizante término de relação tenta recomeçar a vida mudando-se para um novo apartamento. Ela espera, com a nova moradia, ter paz e tranquilidade para se preparar para uma audição de piano. Porém a tranquilidade dura pouco após conhecer David, um vizinho barulhento. David é criador de jogos, vive há três anos enclausurado no próprio apartamento, imerso na construção de um jogo. O silêncio necessário à concentração no trabalho é interrompido pelas notas do piano da nova vizinha. O conflito de interesses dá início a uma discussão, ironicamente mediada por uma parede que os impede de se verem. Assim são executadas as primeiras notas de uma relação que, como todo romance, seguirá inevitavelmente do ódio à paixão. Uma Parede Entre Nós é filme para assistir após um dia cansativo, daquelas histórias para acalmar o coração e relaxar. Não espere um romance com sacadas inteligentes como os dirigidos por Woody Allen ou cheio de paixão explodindo nas veias no melhor estilo Almodóvar. A trama não escapa dos clichês e deixa muitas pontas soltas. "Uma jovem traumatizada foge de relação abusiva e tenta recomeçar a vida em outro lugar. Encontra um novo amor, mas conflitos de interesse ameaçam pôr fim à relação." É o tipo de premissa fácil de encontrar em uma lista enorme de filmes da Sessão da Tarde. Um bom roteiro faz o espectador duvidar que o protagonista conseguirá o que tanto deseja. O que não acontece no filme da Netflix. Em nenhum momento sentimos a relação de Valentina e David ameaçada, ainda que algumas sequências tentem nos convencer do contrário. Uma Parede Entre Nós é dirigido por Patricia Font (Café Para Llevar) e protagonizado por Aitana (A Última Chance) e Fernando Guallar (Gente que Vai e Volta). É remake do filme francês "Un peu, beaucoup, aveuglément", de Lilou Fogli.

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Páscoa com equilíbrio: descubra como manter a saúde e o sabor das comidas nesta Semana Santa

Páscoa chegando e com ela vem sempre aquele momento tensão nas pessoas: o medo de engordar, desequilibrar a dieta, e até mesmo colocar tudo no prato quando o assunto é o almoço de páscoa e ovos de chocolate. A páscoa sempre traz exageros, alimentos mais calóricos, e a depender do caso, é importante ter determinados cuidados.  Quem fala sobre o assunto alimentação na Semana Santa e Páscoa é a nutricionista Thay Miranda. A nutricionista usa em seu consultório a regra 80/20: “Sempre acho importante lembrar que se deve considerar o contexto geral da paciente, antes de qualquer coisa, e dar autonomia e liberdade necessária para aprender a equilibrar o consumo de alimentos mais calóricos com escolhas mais saudáveis no dia a dia. Uma regra que é de lei em meu consultório é a 80/20, onde explico que se em 80% do tempo ele estiver seguindo uma rotina saudável, onde considero alimentação, exercício, consumo de água e sono de qualidade, não serão os 20% que faz em momentos de relaxamento, ou em uma refeição livre que irá atrasar o seu processo, ou lhe causará danos”, explica Thay Miranda. A observação da nutricionista cai bem para a época de alimentos excessivamente calóricos, como as comidas de coco e ovos com diversos recheios. “Aprender a diferenciar o que deve ser regra e exceção na rotina, fazer uma boa estratégia de redução de danos, e claro, voltar para o esquema após ‘Day off’ e tratar para esse paciente o resultado esperado. Por esse motivo, vamos conversar um pouco mais sobre os alimentos que mais vemos na deliciosa mesa de páscoa”, diz. É possível ter uma peixada mais saudável? Preparar uma peixada mais saudável para o almoço tradicional da época é uma ótima ideia para aproveitar a ocasião sem abdicar da saúde, já que as estrelas da mesa, que costumam ser os frutos-do-mar, são excelentes fontes de proteínas. “Uma sugestão é escolher peixes magros, como tilápia, linguado, dourado, badejo, namorado, robalo, e até mesmo o bacalhau, que têm menos gordura, e consequentemente, menos calóricos. O que de fato influencia são as formas de preparo, uma das dicas é fazer a substituição do óleo de dendê, rico em gorduras saturadas, pelo óleo azeite de oliva virgem ou extra virgem, ou mesmo o óleo de coco, que são opções mais saudáveis e conferem um sabor delicioso ao prato”, informa Thay Miranda. Outra dica é aumentar a quantidade de vegetais na receita, como tomate, pimentão, cebola, cenoura e ervas frescas, para adicionar mais fibras, vitaminas e minerais. “Você também pode acrescentar ingredientes como brócolis, couve-flor e espinafre para tornar o prato ainda mais nutritivo. Também considero importante evitar frituras, opte por métodos de cocção mais saudáveis, como assar, grelhar ou cozinhar no vapor. Assim, você reduzirá o teor calórico da peixada, mantendo-a leve e saborosa para o almoço”, acrescenta. Cuidado com as calorias do coco Os pratos com coco tendem a ser mais calóricos devido ao teor de gordura naturalmente presentes no leite de coco, ele é rico em gorduras saturadas, que são calóricas e podem contribuir para um aumento no consumo de calorias. No entanto, também adiciona sabor e cremosidade aos pratos, o que pode ser apreciado com moderação, já que estamos em uma ocasião especial. “Para reduzir o teor calórico de pratos que utilizam este ingrediente, você pode optar por versões com baixo teor de gordura ou até mesmo usar leite de coco light. Além disso, é importante controlar as porções e equilibrar o restante da refeição com ingredientes mais leves, como vegetais e proteínas magras”, Bredo: amado e odiado Uns amam, outros odeiam, esse prato de fato divide opiniões na mesa, mas a verdade é que essa PANC (planta alimentícia não tradicional) traz, sim, excelentes benefícios à nossa saúde. “O bredo possui propriedades capazes de reduzir os radicais livres no organismo, inibindo potenciais inflamações, também é fonte de compostos fenólicos antioxidantes, em especial, o ácido clorogênico, que pode melhorar o metabolismo lipídico e promover uma redução nas gorduras ruins relacionadas ao colesterol”, informa Thay Miranda. Nas mulheres, o chá do bredo pode auxiliar no controle do ciclo menstrual e sintomas da TPM.Sobre os nutrientes presentes, podemos citar o ferro, potássio, cálcio e vitaminas A, B1, B2 e C, que o torna um ótimo aliado na dieta dos veganos, por exemplo. Todas as partes do vegetal podem ser consumidas. Dessalgando o bacalhau Dessalgar o bacalhau corretamente é essencial para garantir sabor e textura ao prato, além de deixar mais saudável. Lembre-se de sempre se planejar, pois é um processo que demora entre 24 e 48 horas. Esse processo começa pela escolha da peça de bacalhau, sendo de boa qualidade, e de preferência com a pele, pois isso facilitará o processo de dessalgue. “Antes de começar o processo de dessalgue, deve-se lavar o bacalhau em água corrente para remover qualquer excesso de sal superficial. Após isso, coloque o bacalhau em uma tigela grande ou em uma bacia e cubra completamente com água fria/gelada. Lembrando que a água quente pode cozinhar o bacalhau, alterando sua textura”, diz Durante o processo de dessalgue, é necessário trocar a água regularmente para remover o sal. “Recomendo trocar a água a cada 4 ou 6 horas. Esse processo pode levar de 24 a 48 horas, dependendo do tamanho e da espessura do bacalhau. Durante esse período, guarde na geladeira para manter a qualidade”, informa a nutricionista Thay Miranda. Para verificar se o bacalhau está dessalgado o suficiente, retire um pequeno pedaço e prove. Se ainda estiver muito salgado, continue o processo de dessalgar, trocando a água conforme necessário. Uma vez que o bacalhau esteja completamente dessalgado, pode ser armazenado na geladeira por até dois dias antes de ser preparado. Ovos de páscoa Existem várias alternativas saudáveis para substituir o chocolate tradicional na Páscoa, porém é importante esclarecer que não necessariamente haverá uma diferença calórica relevante nessas opções fitness, fazendo necessário o consumo com cautela da mesma forma que as versões mais tradicionais. A nutricionista Thay Miranda separou dicas valiosas sobre o

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Como nos informamos na sociedade digital e na era da desinformação?

Na edição em que comemoramos os 18 anos da Algomais, discutimos alguns dos dilemas presentes e futuros do jornalismo *Por Rafael Dantas Temos mais acesso à informação do que em qualquer período na história. Ao mesmo tempo, os desafios da comunicação nunca foram tão presentes na sociedade, a ponto de ameaçar o debate público, com uma enxurrada de fake news. Em pouquíssimo tempo a prática de se informar predominante transitou do impresso ao digital, dos grandes canais às plataformas, das grades de programação da TV aberta ao streaming. Transições não só tecnológicas mas, que também, impulsionam mudanças sociais e econômicas, com impactos na sobrevivência da própria democracia e nas soluções para problemas centrais do planeta, até cada recanto do Estado. Quando a Algomais nasceu, em 2006, como uma revista local e impressa, não havia ainda Instagram nem WhatsApp. As redes sociais davam seus primeiros passos. Para se ter ideia, o Twitter nasceu também em março daquele ano, estávamos perto do auge do finado Orkut e nos primeiros anos do Facebook. Nada de streamings, nem de influencers. Ainda faltavam 10 anos para termos como pós-verdade e fake news ganharem os postos de palavras do ano em 2016 e 2017. Uma transição avassaladora no setor. Esperar o horário do noticiário da TV ou a chegada do furo de reportagem do jornal impresso pela manhã ficaram no passado que nem lembramos mais. Na sociedade online, conectada 24 horas por dia, as notícias e fake news saltam nas notificações ao longo do dia. Especialmente das grandes plataformas e redes sociais, sejam por aquelas que decidimos seguir ou via amigos da nossa imensa rede de conexões virtuais. Mas as transformações não param por aí. Flávio Moreira, editor- chefe do UOL e mestre em estratégias digitais para empresas de mídia, projeta que há uma grande transição no horizonte futuro, ao menos para o jornalismo. “A grande mudança no consumo de notícias é que estamos saindo da era das plataformas. Nas duas últimas décadas, vivemos um período em que os publishers tiveram sua distribuição de conteúdo impulsionada por redes sociais e mecanismos de busca. Agora, as plataformas diminuíram a prioridade para mostrar notícias e o consumo passa a ser por canais mais diretos, como newsletters e apps de mensagens. Sobrevive quem consegue construir marca e cria pontos de contato próprios para que o usuário consuma notícias sem passar por um intermediário”. “A grande mudança é que estamos saindo da era das plataformas. Elas diminuíram a prioridade para mostrar notícias e o consumo passa a ser por canais mais diretos, como newsletters e apps de mensagens.” (Flávio Moreira, editor do Uol) A relação tensa entre as grandes plataformas globais de circulação de mídias com a produção de jornalismo não é uma novidade. Essa virada, inclusive, é desafiante. No estudo mais recente do Reuters Institute for the Study of Journalism, o Digital News Report 2023, apenas 22% dos entrevistados declararam que seu consumo de notícias acontece diretamente em sites ou aplicativos de notícias. Um total de 30% disseram preferir acessar o noticiário por meio das redes sociais ou de pesquisas online. O estudo ouviu mais de 93 mil consumidores de notícias online do mundo. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO RADAR Se a forma como consumimos e produzimos informação já deu alguns giros de 360 graus nos últimos anos, ainda temos pela frente novas cambalhotas com a popularização da inteligência artificial. Moreira considera que o impacto da IA no setor acontece em dois pontos principais. “O primeiro é na personalização do produto jornalístico. Conseguimos escala para entregar dados e informações noticiosas de acordo com o perfil do usuário e no formato que ele mais gosta de consumir”. A segunda mudança que ele destaca está nos mecanismos de busca. O jornalista conta que as inteligências artificiais usam o conteúdo de publishers para entregar respostas e conteúdos prontos, sem que haja a necessidade de o usuário clicar no link do site de notícias. “É um paradoxo, pois quebra-se um modelo de negócio no qual presumia-se um page view vindo do mecanismo de busca para justificar a permissão para que ele fosse usado no serviço. Se agora o Google vai mandar menos tráfego para sites de notícias, deixa de ser interessante que eles forneçam seus dados para aprendizado da IA ou até pode ser que muitos se tornem financeiramente inviáveis. Com menos sites de notícias produzindo jornalismo, com quem a IA vai aprender?”, questiona o editor do UOL. O engenheiro da computação, Rafael Toscano, que é doutorando em engenharia com foco em inteligência artificial aplicada, considera que a tecnologia tem potencialidades de facilitar a vida dos jornalistas, qualificar a experiência dos consumidores de notícias mas, também, guarda riscos relevantes. “Em se tratando de auxílio ao profissional jornalista, a IA traz grande potencial na automatização de diversas tarefas maçantes ou demoradas, como a coleta de dados, permitindo que jornalistas se concentrem em atividades do campo criativo e analítico. Algoritmos de IA, por exemplo, podem analisar grandes conjuntos de dados em poucos segundos, identificando padrões, tendências, etc. Possibilitando a geração de insights valiosos e oportunidades para reportagens interessantes num piscar de olhos”, afirmou o engenheiro. Pela ótica do consumidor de informações, Toscano considera que a IA surge como uma tecnologia assistiva (no sentido de prestar apoio, assistência) na curadoria de conteúdos relevantes, a partir dos interesses e preferências dos usuários. “Plataformas extremamente consolidadas como o Google News usam IA para personalizar e elevar a experiência do usuário, sugerindo artigos com base no histórico de navegação mas, principalmente, pela identificação de seu comportamento online. Ainda sob a ótica do consumo e a onda assistiva, as tecnologias de tradução automática, reconhecimento de voz e transcrição automática ampliam a inclusão e a diversidade no acesso à informação, democratizando a entrega e o consumo das informações”. Na escolha do conteúdo que chegará ao leitor, ouvinte ou usuário, a curadoria passa, nesse contexto, das mãos dos editores para os algoritmos. Quanto às ameaças que o avanço da IA pode impor à sociedade, o engenheiro destaca que todas as tecnologias associadas ao

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Crítica: Orion e o Escuro (Netflix)

O medo é uma reação espontânea a toda ameaça que surge. É um mecanismo de sobrevivência do ser humano. Porém, em excesso, perde a aura de proteção e pode causar grande sofrimento. Esse medo que se transmuta em ansiedade e paralisa a vida é tema da nova animação da Netflix, Orion e o Escuro. Orion é um garoto de medos peculiares. Medo de dar descarga e a água do vaso transbordar a ponto de alagar toda a escola, medo de levar uma picada de mosquito e perder o braço, medo de matar o valentão da escola com um soco e ser preso num reformatório. De toda a lista, nenhum supera o clássico medo de escuro.  A jornada começa quando o próprio Senhor Escuro em pessoa aparece para uma visitinha. Conforme o desenrolar da história, o jovem protagonista é apresentado a outras entidades da noite: Sono, Insônia, Silêncio, Ruídos Inexplicáveis e Bons Sonhos. A aventura será um passeio pelas profundezas de seu maior medo. Apesar de ser uma animação voltada ao público infantil, “Orion e o Escuro” trata de assuntos complexos, travestidos por uma carcaça amigável e multicolorida. Em uma das cenas, Orion discorre sobre o final da vida, opõe correntes filosóficas como Niilismo e Existencialismo. “Tento imaginar como é a morte. Cheguei à conclusão que é como nada", reflete. Em essência, o medo do escuro mascara o pavor da incerteza do nada. “Orion e o Escuro” é uma adaptação do livro infantil homônimo escrito por Emma Yarlett. O roteiro é do premiado roteirista Charlie Kaufman, conhecido por seu trabalho em “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças”, filme que lhe rendeu o Oscar de Melhor Roteiro Original. A animação é produzida pela DreamWorks, mesma produtora de sucessos como “Shrek”, “Gato de Botas”, “Kung Fu Panda” e "Madagascar”. Segue a mesma vibe de animações modernas como “Homem-Aranha no Aranhaverso” e “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas”, que combinam técnicas 2D e 3D. 

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Crítica: A Sociedade da Neve (Netflix)

Resiliência diz respeito à capacidade de se adaptar às mudanças, de resistir às dificuldades e desafios que surgem. Não há palavra melhor que expresse em profunda essência a história contada em A Sociedade da Neve. O longa espanhol narra a história dos passageiros de um voo que caiu nos Andes em 13 de outubro de 1972, em sua maioria integrantes da equipe uruguaia de rugby, “Old Christians Club”. Dos 45 ocupantes do avião, apenas 16 sobreviveram à queda e à jornada de 72 dias em meio às montanhas do Vale das Lágrimas. Com direção do cineasta espanhol Juan Antonio Bayona, o filme é baseado no livro “A sociedade da neve”, de autoria do jornalista e escritor uruguaio Pablo Vierci. J.A.Bayona consegue o feito de unir tensão à poesia. Numa das cenas, um plano aberto exibe a imensidão dos Andes pincelada em sua totalidade pela brancura da neve que cobre todo o vale como um imenso lençol. Sobre ele, o que restou do avião. A música dissonante ao fundo parece sussurrar aos novos visitantes um sejam bem-vindos macabro. A narrativa é costurada por antíteses, um misto de beleza e desespero. Desde as cenas que mostram os sobreviventes comendo a carne dos que morreram ao momento em que um deles saboreia com satisfação um chocolate que fora encontrado entre os destroços. Desde a tristeza pela morte de um amigo à alegria de sentir na pele o calor do sol após dias soterrados O elenco é formado em sua totalidade por atores desconhecidos, uruguaios e argentinos, muitos deles provenientes do teatro. O trabalho de preparação de elenco somado ao talento do cast principal rendeu sequências carregadas de tensão e realismo, de pegada documental. As cenas da queda da aeronave impressionam. Passageiros sendo espremidos entre os assentos, lançados ao teto ou jogados para fora do avião. Sequências construídas em sua maioria com efeitos práticos, pouco CGI. Cenas chocantes, porém trabalhadas por J.A.Bayona com muito cuidado e respeito às vítimas do acidente. “A Sociedade da Neve” recebeu duas indicações ao Oscar, Melhor Filme Internacional e Melhor Maquiagem e Penteado.  Está disponível no catálogo da Netflix.

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